Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS MONTEIRO DE ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS MONTEIRO DE ARAUJO
DATA: 12/05/2016
HORA: 08:00
LOCAL: SALA 02 PPGA
TÍTULO:

A AMAZÔNIA MARAJOARA EM RELATOS DE VIAJANTES: Natureza, Habitantes e Práticas de Saberes Locais no Século XIX

PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia Marajoara. Relatos de Viagem. Representação

PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Durante o século XIX, a região amazônica foi constantemente visitada por diversos viajantes estrangeiros que narraram suas aventuras em livros, diários, revistas e periódicos de circulação nacional e internacional. O Arquipélago de Marajó, aqui interpretado como Amazônia Marajoara, desponta como uma das regiões centrais das incursões enquanto possuidor de um rico patrimônio cultural, surpreendido nas procuras realizadas pelos viajantes na escolha do local para viajar. A partir desta constatação nos questionamos: que representações os viajantes do século XIX produziram sobre marajoaras? Como o contato com a natureza e os habitantes locais foram descritos e, em que medida, essas relações afetaram estes encontros? Ainda, de que maneira os saberes locais e as práticas culturais foram vistas e registradas pelos viajantes? Quais aspectos são revelados e silenciados sobre a vida marajoara na pena dos viajantes? Assim, o objeto central deste estudo são as representações forjadas por viajantes sobre a região marajoara em seus escritos. Á luz dos questionamentos delimitamos dois grandes objetivos: a) analisar como foram representadas por estes homens de letras as áreas de campos e florestas, bem como os habitantes locais, seus modos de vida, saberes e práticas cotidianas; e b) desvelar aspectos centrais das narrativas que demonstrem os mecanismos utilizados na construção da realidade vivenciada pelos viajantes. Para alcançarmos tais intentos, buscamos suporte em autores que trabalham com literatura de viagem e o uso dos arquivos como fonte para a Antropologia. A fundamentação teórica toma como norte investigativo as premissas da Antropologia Pós-Moderna e História Cultural em diálogo com os campos dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais, Como resultados preliminares, constatamos nestas narrativas uma diversidade, às vezes conflitantes, de modos de narrar a Amazônia Marajoara, onde, por um lado, os viajantes exaltavam as belezas naturais da região, deixando de lado o caráter científico característico das incursões do oitocentos frente a descrições romantizadas da natureza, mas por outro, expunham uma mazela social fruto de choques de concepções sobre vida e trabalho.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1805399 - AGENOR SARRAF PACHECO
Interno - 1534733 - DENISE PAHL SCHAAN
Interno - 1349908 - FABIANO DE SOUZA GONTIJO
Interno - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN