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Banca de QUALIFICAÇÃO: IGOR ERICK DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IGOR ERICK DA SILVA
DATA: 05/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO:

Kirĩbasáwa Yúri Yí-Itá a força que vem das águas: um estudo sobre as experiências da diversidade sexual e de gênero no interior amazônico


PALAVRAS-CHAVES:

Sexualidade, Gênero, Paisagem, Sensorial, Antropoceno, Amazônia


PÁGINAS: 211
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Os estudos de sexualidade e gênero no Brasil englobam vários temas de investigação no âmbito da antropologia, dentre os quais destacam-se as pesquisas sobre os marcadores sociais da diferença, a interseccionalidade e as relações de sobreposição, discriminação e dominação. Tais conceitos analíticos estão presentes em pesquisas sobre os espaços de sociabilidade. Esse último tema – as sociabilidades – será a base de investigação para a realização desta tese. A ideia de sociabilidade me serviu como fonte de inspiração para a criação do conceito de paisagens do desejo que busco desenvolver ao longo da minha pesquisa. Trata-se de pensar a partir das interações de interlocutores/as (indígenas, ribeirinhos, quilombolas e pessoas pretas) com as paisagens aquáticas e terrestres como: os rios, igarapés, igapós, lagos, floresta, praia de areia, campo de futebol e o barracão localizados nas comunidades ribeirinhas e nas aldeias indígenas que permeiam o território amazônico. Essas paisagens surgem como um campo multissensorial presente nas relações desde o desejo de estar no e sentir particularmente o Rio Tapajós, local principal da pesquisa. Eu os esquematizei da seguinte forma: a) as paisagens aquáticas e terrestres são espaços de socialização dos/as interlocutores/as; a interação nesses ambientes é descrita de várias formas e uma delas é a experiência sensorial narrado pelas pessoas em contato com o rio; b) a produção de uma matriz explicativa sobre o tema da diversidade sexual e de gênero a partir do uso das encantarias (Boto); c) o sentimento de desejo e ser/estar criados diante das interações dos/as interlocutores/as com as paisagens e, do mesmo modo, da maneira que eles/as percebem o mundo ao seu redor; d) o uso da memória e da história oral sobre os encantes e os encantados como ferramentas de luta e resistência diante do “fim do mundo” no Baixo Tapajós; e) os modelos de restrições e moralidades descritos pelos/as interlocutores/as durante as interações com o seu ambiente; f) a percepção do que é uma cidade, um interior, uma comunidade ribeirinha e uma aldeia indígena para as pessoas; parte dessa percepção se desdobra nos discursos dos/as interlocutores/as sobre a ideia de permissividade, daquilo que é proibido e do que não é proibido nessas localidades. Assim, creio que podemos questionar sobre esse outro modo de vivenciar a sexualidade na Amazônia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2279514 - BEATRIZ DE ALMEIDA MATOS
Interno - 2153603 - EDNA FERREIRA ALENCAR
Externo à Instituição - ESTÊVÃO RAFAEL FERNANDES
Externo ao Programa - 2185069 - FABIO FONSECA DE CASTRO
Interno - 3243262 - HELBERT MEDEIROS PRADO
Externo à Instituição - LUIZ FELIPE KOJIMA HIRANO
Externo à Instituição - THIAGO MOTA CARDOSO
Notícia cadastrada em: 02/02/2024 09:03
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