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Banca de DEFESA: JOANA EMMERICK SEABRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOANA EMMERICK SEABRA
DATA: 30/01/2024
HORA: 15:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO:

Mulheres organizadas e corpo-territorialidades de cuidado: saberes-fazeres e lutas frente aos conflitos e megaprojetos de morte do extrativismo em Abya Yala e Pindorama


PALAVRAS-CHAVES:

mulheres organizadas, cuidado, territorialidades, corpos-territórios, violências


PÁGINAS: 330
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Por toda Abya Yala e Pindorama, o (neo)extrativismo vem implicando aprofundamento de contínuos de violência colonial nunca ceifada. Mega projetos de desenvolvimento avançam com seus fluxos, processos de territorialização e infraestruturas logísticas, capitaneados sobretudo pela mineração e agronegócio, cercando e pressionando os corpos-territórios de mulheres diversas e suas comunidades. Nesta pesquisa, acompanhamos mulheres organizadas que estão muitas vezes à frente dessas lutas ecológicas-ontológicas, buscando aprender com elas sobre as múltiplas violências perpetradas contra a terra/natureza, os corpos feminizados e racializados, nestes contextos, por um lado, e, por outro, as formas como a relação corpoterritório-terra é mobilizada em sentipensamentos, territorialidades e estratégias de coletivização das r-existências. Construímos uma etnografia em movimento, através de conversas no espaço virtual, nos anos de 2020 e 2021, pisando o chão de algumas de suas/nossas lutas, e através de documentos, relatórios, e outros textos escritos e publicizados em diferentes canais. Seguindo os fios que tecem suas/nossas teias, vamos atentando ao diálogo com mulheres indígenas, negras e quilombolas, ribeirinhas, extrativistas, quebradeiras de coco, lideranças, sabedoras – parteiras, com uma diversidade de saberes-fazeres e perspectivas e com atuação político-comunitária em cinco territórios no Pará e no Maranhão. Todas estas conversas, virtuais e presenciais, tangenciam os significados do corpo-território-terra para cada uma delas e suas coletividades, assumindo o conceito como categoria de análise etnográfica. Categoria que nos leva a aprender e descrever como o cuidado desponta como elemento articulador da relação corpo-território-terra nos distintos sentipensares, evidenciando certas semelhanças nas discursividades sobre os corpos-territórios em luta. Argumentamos que isto reflete a vigência de um processo de afirmação e politização destes saberes, práticas e relações garantidoras da reprodução das vidas em sentido comunitário, logo, de uma politicidade ecológica própria pautada no cuidado. Sustentamos a tese de que mulheres diversas e suas comunidades encarnam, por sua vez, territorialidades de cuidado, políticas e espirituais, na permanente constituição de seus corpos-territórios/mundos, e que o cuidado expressa modos de defesa das relações de vida que se contrapõem e enfrentam os projetos e planos da morte de mega projetos extrativistas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DELMY TANIA CRUZ HERNANDEZ
Externo à Instituição - DIANA AGUIAR ORRICO SANTOS
Interno - 2153603 - EDNA FERREIRA ALENCAR
Interno - 1349908 - FABIANO DE SOUZA GONTIJO
Interno - 2316255 - KATIANE SILVA
Externo à Instituição - LORENA LIMA DE MORAES
Externo à Instituição - RENATA VERSIANI SCOTT VARELLA
Presidente - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Notícia cadastrada em: 26/01/2024 07:57
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