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Banca de DEFESA: LUCIANA RAILZA CUNHA ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANA RAILZA CUNHA ALVES
DATA: 22/12/2023
HORA: 15:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO:

O POVO DO FUNDO: cosmologias em construção e territorialidades no Baixo Amazonas


PALAVRAS-CHAVES:

Territorialidade, cosmologia, identidade étnica, mundo do encante


PÁGINAS: 167
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Esse é um trabalho de pesquisa etnográfica desenvolvido na região do Baixo Tapajós e Amazonas entre agentes sociais de diferentes identidades étnicas (indígenas, quilombolas) e os autoatribuídos pajés, curadores, benzedores, sacacas e puxadores. A pesquisa objetiva apreender como a cosmologia está imbricada no território, para tal questão foi necessário acessar diferentes localidades, narrativas do modo de viver dos povos e comunidades tradicionais com os quais trabalhei. No percurso do trabalho foi possível observar como a prática de cura, fundamentada, às vezes, na viagem ao fundo do rio realizadas por aqueles dotados do dom, os sacacas. As viagens aparecem como transmissão de conhecimento e o domínio que exercem sobre o território (O’Dwyer, 2019), ultrapassando os limites de fronteiras das comunidades. Nas narrativas o fundo do rio ou o encante, emergem os encantados: animais (boto, sereia, sapo, cobragrande), bichos, mestres, os quais são assinalados numa relação cotidiana com os agentes sociais. O que me faz questionar: o que estes agentes sociais ao ressaltar a importância dos lugares, o encante, morada dos encantados, trazem como contribuição para compreensão da relação identidade, território e cosmologia, diante do contexto de conflitos entre madeireiros, sojicultores e o avanço de projetos de infraestruturas (portos, estradas, etc.), os quais têm devastada em larga escala sobre as florestas nativas, assoreamento dos rios e envenenando solo? Como organizar a reprodução social e a manutenção do modo de vida destes povos e comunidades tradicionais? Como se dará a busca pelo conhecimento no fundo dos rios, tendo em vista o crescente destes avanços? Neste sentido, a interpretação dos dados coligidos em trabalho de campo me leva a seguinte tese: é possível pensar o território sem cosmologia? Na pesquisa de campo realizei entrevistas, conversas informais, assistir documentários e em meio a pandemia da Covid 19 passei a conversar por meio da rede social WhatsApp. Neste sentido, as narrativas dos agentes sociais, revelam que a cosmologia está diretamente associada à identidade étnica e à luta pela permanência nos territórios.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CHRISTIANE DE FATIMA SILVA MOTA
Externo à Instituição - DEBORAH BRONZ
Presidente - 573.076.107-44 - ELIANE CANTARINO ODWYER - UFF
Interno - 1349908 - FABIANO DE SOUZA GONTIJO
Interno - 2316255 - KATIANE SILVA
Externo à Instituição - PATRICIA MARIA PORTELA NUNES
Interno - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Notícia cadastrada em: 19/12/2023 13:27
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