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Banca de DEFESA: ELIENE DOS SANTOS RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIENE DOS SANTOS RODRIGUES
DATA: 11/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO JOAO PAULO DO VALLE MENDES - ICB/UFPA
TÍTULO:

Saúde Indígena: Com o Caderno e a Caneta na Mão Trazendo os Determinantes Sociais, Epidemiologia, Genética/Ancestralidades e os Povos Indígenas na Pandemia da COVID-19, Amazônias - Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Indígenas, Saúde, Determinantes sociais, COVID-19.


PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

As vivências nos primeiros meses da pandemia foram difíceis, longe de nossas famílias e territórios, e principalmente com a preocupação com os nossos anciãos e anciãs, pois são nossas bibliotecas vivas de ciências ancestrais que muitas vezes não conseguimos reconhecer e aprender para dar continuidade com os conhecimentos das medicinas indígenas. Este Tese é desenvolvida por meio da agregação de um texto integrador e quatro artigos científicos. Na primeira parte é descrita minha trajetória acadêmica e profissional entre dois mundos, os quais se vinculam fortemente com a minha “pertença” Baré/Baniwa. Os Determinantes Sociais, a relação entre o subsistema de saúde indígena e os impactos da pandemia de SARS-CoV-2 nos grupos indígenas, bem como a discussão de possíveis impactos da biologia evolutiva e de questões de natureza epidemiológica como hipóteses e desafios para explicar o padrão de morbimortalidade pela COVID-19 observado entre os povos indígenas atendidos pelo Subsistema de Saúde Indígena, serão apresentados como partes do texto integrador, seguido por três artigos publicados que demonstram a resistência ancestral dos Povos Indígenas, com base em dados epidemiológicos, genéticos e suas ciências ancestrais, além de um artigo ainda em construção sobre as bases genéticas subjacentes que podem explicar a resposta dos povos indígenas à infecção pelo Sars-CoV-2. O artigo 1 relata a experiência de indígenas estudantes na UFPA com a COVID-19nos serviços de saúde pública de Belém. O artigo pretendeu ser propositivo nessa reflexão, dando voz aos indígenas que passaram por essas experiências e rompendo com o que poderia ter se tornado apenas silêncio, mas que, agora, é um grito. E trouxe para discussão também os dados epidemiológicos dos indígenas estudantes que foram contaminados pelo Sars-CoV-2 e os sintomas mais frequentes da COVID-19. Os artigos 2 e 3 estão entre os primeiros no Brasil a trazer informações em relação ao sistema imune dos Povos Indígenas em contexto de aldeamento. Os resultados apresentados no artigo 2 reforçam a importância dos estudos de vigilância soroepidemiológica, especialmente estudos usando métodos com alta sensibilidade/especificidade para minimizar resultados falso-negativos. É destacada também a importância das políticas públicas de saúde indígena como meio de monitorar e minimizar o impacto durante a pandemia da COVID-19. O artigo 3, submetido para publicação, é um estudo descritivo sobre a pandemia de COVID-19 no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2021, que foi realizado com dados da SESAI nos povos indígenas atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) que perfazem um total de pouco mais de 762 mil indígenas, distribuídos em 250 etnias ou povos, que vivem em terras indígenas em todo o Brasil. Visto de outro modo, os resultados obtidos nesse artigo descrevem aspectos altamente positivos dos povos indígenas brasileiros, com uma resposta não usual frente à pandemia pelo Sars-CoV-2, pois, ao contrário do esperado, pelo menos com relação à mortalidade, se saíram melhor do que a população brasileira em geral. No artigo 4 são descritos dados sobre a frequência de variantes dos genes ACE1, ACE2 e TMPRSS2, envolvidos na entrada do SARS-CoV-2 na célula hospedeira, em seis povos indígenas do estado do Pará, na Amazônia brasileira (Araweté, Kararaô, Parakanã, Xikrin do Bacajá, Kayapó e Munduruku). O estudo teve como x objetivo descrever informações que possam contribuir para esclarecer a base genética subjacente à suscetibilidade à infeção por SARS-CoV2 e à gravidade da doença COVID-19. O perfil genético exibiu um padrão étnico-específico, com baixas frequências de alelos de risco, sugerindo que o risco global de gravidade da COVID-19 representado pelas variantes genéticas analisadas é menor do que nas populações continentais e nos brasileiros em geral.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 573.076.107-44 - ELIANE CANTARINO ODWYER - UFF
Interno - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Presidente - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2181599 - ISABEL ROSA CABRAL
Externo ao Programa - 326592 - JOAO FARIAS GUERREIRO
Interno - 2316255 - KATIANE SILVA
Externo à Instituição - ROSANI DE FATIMA FERNANDES
Externo ao Programa - 1705671 - WILLIAM CESAR LOPES DOMINGUES
Notícia cadastrada em: 06/10/2023 10:39
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