Banca de QUALIFICAÇÃO: TAINA FERNANDES ALVES OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAINA FERNANDES ALVES OLIVEIRA
DATA: 30/08/2023
HORA: 15:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO:

O olhar através da janela: impactos da rodovia BR 116 e do “desenvolvimento” nas Comunidades Quilombolas Gavião e Cavaco: Memória, Identidade, Território e Pertencimento

PALAVRAS-CHAVES:

Comunidade Quilombola; memória e território; impacto da BR 116 e desenvolvimento.

PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

A pesquisa se trata de um estudo etnográfico com as Comunidades Quilombolas Gavião e Cavaco, localizadas em Antônio Cardoso, estado da Bahia, que tem como recorte analisado em campo como pertinente, entender e analisar a forma como essas comunidades quilombolas vivenciaram e experienciaram os impactos negativos, que o Estado denomina ser “desenvolvimento”, em seu território tradicional, após a construção da Rodovia BR 116. Essa alteração estrutural nos perímetros das comunidades, segundo os relatos dos mais velhos, cortou as comunidades no passado acarretando perdas de partes do território antigamente ocupado. Para realizar essa análise utilizo o conceito de memória discutido na literatura e no campo das ciências humanas e sociais, relacionando-o com os impactos sentidos pelas comunidades quilombolas e o pertencimento com o outro lado da BR, que me foram apresentados através da “janela” como metáfora para representar a permanência da memória com esse outro lado pelos mais velhos e na memória coletiva das comunidades. A memória do outro lado da BR aparece em diversas ocasiões da vida dos mais velhos que são reconhecidos pelas comunidades como os guardiões da memória identitária do grupo e os detentores da história da comunidade. A rodovia BR 116 impactou na perda do território, e em várias outras esferas sociais e comunitárias do grupo, impactou em sua identidade, com a necessidade de reafirmação constante dela, impactou na sensação de pertencimento da comunidade com o outro lado da BR, que de acordo com as memórias, é onde se funda a comunidade e é onde está presente os relatos da origem comum. Por fim, atingiu, sobretudo, os seus direitos com relação ao território anteriormente ocupado. Desse modo, pretendo buscar na literatura, a discussão e análise crítica sobre o que é o “desenvolvimento” e como esse conceito se relaciona com os impactos da rodovia nas comunidades quilombolas e em seu território tradicionalmente ocupado. 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DEBORAH BRONZ
Presidente - 573.076.107-44 - ELIANE CANTARINO ODWYER - UFF
Interno - 2316255 - KATIANE SILVA
Interno - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN