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Banca de DEFESA: NADIA ALINNE FERNANDES CORREA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NADIA ALINNE FERNANDES CORREA
DATA: 25/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO:

Bom para comer, bom para pensar: políticas públicas e a segurança alimentar e nutricional de populações quilombolas na Amazônia paraense


PALAVRAS-CHAVES:

Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); Comunidade quilombola; Amazônia; Saberes Tradicionais; Bioantropologia


PÁGINAS: 152
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Historicamente, para grupos negros rurais da Amazônia, ter segurança alimentar e nutricional significa garantir a soberania alimentar. Isto se concretiza com a propriedade e posse de suas terras, e do acesso aos recursos naturais, de maneira a estabelecer proteção aos meios biológicos, à agricultura e à diversidade de alimentos de suas dietas, os tornando menos suscetíveis aos danos à saúde. Tais situações, no entanto, têm sido impactadas por conflitos que envolvem injustiça ambiental, estimulando o surgimento de doenças crônicas relacionadas a má nutrição, a falta de assistência médica e estilos de vida não saudáveis. As novas identidades étnicas e raciais, como os quilombolas, trazem uma mobilização intensa pelo reconhecimento de direitos à biodiversidade, à sociodiversidade e à proteção às tradições alimentares. Estes processos de luta estão influenciando as políticas de alimentação no contexto da segurança alimentar e nutricional no Brasil. Esta tese, estruturada em formato de artigos, examina a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e sua interseção com as comunidades remanescentes quilombolas da Amazônia paraense. O estudo foi desenvolvido a partir da análise do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa Bolsa Família (PBF), pilares da política de alimentação e nutrição no país. A coleta de dados pautou-se em pesquisas exploratórias nos sites dos órgãos governamentais; no Mapa de Insegurança Alimentar, com recorte no Pará-2018; e observação direta e entrevistas na Escola Municipal de Ensino Fundamental da comunidade quilombola de Umarizal — Baião-PA. Os resultados evidenciaram um nível severo de insegurança alimentar e nutricional dos grupos quilombolas da região e uma invisibilidade desta categoria nas agendas públicas. Há a necessidade em desenvolver e implementar políticas e práticas que garantam o direito de existir desses sujeitos a partir da inclusão das especificidades dos grupos quilombolas, para combater a discriminação racial historicamente construída contra a população negra rural e que a impede de alcançar melhores condições de vida.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Interno - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Externo ao Programa - 1505830 - FLAVIO LEONEL ABREU DA SILVEIRA
Presidente - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2191704 - MARIA DOLORES LIMA DA SILVA
Interno - 3139780 - PEDRO JOSÉ TÓTORA DA GLÓRIA
Interno - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Notícia cadastrada em: 22/08/2022 18:46
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