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Banca de DEFESA: ANA DÉBORA DA SILVA LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA DÉBORA DA SILVA LOPES
DATA: 28/08/2015
HORA: 15:00
LOCAL: MINIAUDITORIO PPGA
TÍTULO:

"A Cura que Vem da Natureza: Conhecimentos, Práticas e Apreensões da Biodiversidade por Beiradeiros da Estação Ecológica Terra do Meio, Amazônia Brasileira."


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

Beiradeiros, Animais Medicinais, Mágico-Religioso, Etnoecologia


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

O resultado das relações entre o ambiente e as experiências vivenciadas pelos seres humanos têm sido associado ao aumento da diversidade biológica, pois para os povos tradicionais essa diversidade também é cultural e social, sendo as espécies objetos de conhecimento, de domesticação, uso e fonte de inspiração para mitos e rituais. Partindo do interesse sobre os conhecimentos, práticas e apreensões da biodiversidade como uma forma de evidenciar o pensamento selvagem, o presente estudo objetivou fazer uma primeira investigação sobre as práticas culturais e cosmologias inerentes as diferentes formas de apreensão dos animais, nos contextos medicinal e mágico-religioso, por beiradeiros que residem na Estação Ecológica Terra do Meio, Pará, Amazônia brasileira. Sendo o mesmo, desenvolvido na perspectiva da Etnoecologia e influenciado por autores como Tim Ingold, Victor Toledo, Naciso Barrera-Bassols, Antonio C. Diegues, Eduardo Viveiros de Castro, Marcel Mauss, Lévi-Strauss, além de outros que desenvolvem estudos enfocando a relação dos seres humanos e os animais. O estudo desenvolveu-se a partir de um enfoque etnográfico, com realização de trabalho de campo assentado no aspecto da etnografia como prática e experiência. Para a coleta de dados foram realizadas também entrevistas abertas com o uso de questionários semi-estruturados. A biodiversidade animal está inserida no cotidiano dos beiradeiros, tanto animais domésticos quanto os animais silvestres são usados no contexto medicinal e mágico-religioso, dos quais várias partes ou produtos podem servir como fonte de zooterápicos, além de fazerem parte do sistema simbólico local. 60 etnoespécies foram citadas na medicina tradicional local, distribuídas nas seguintes categorias taxonômicas: Invertebrados, Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos, as quais foram indicadas para tratar 55 problemas de saúde. São várias as relações que os beiradeiros têm com a fauna e estão imbuídas de simbolismo. Os bichos fazem parte do imaginário local, vão além de ser apenas recurso alimentar e medicinal, muitos são utilizados como indicadores ecológicos, como amuletos - estando relacionados às pessoas e aos objetos (de caça, por exemplo) - ou para dar proteção, sorte nos negócios e na caça, e ainda têm aqueles que são evitados por conta do seu poder de atrair má sorte, todos constituídos de significados indispensáveis na reprodução do modo de vida dos beiradeiros.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1805399 - AGENOR SARRAF PACHECO
Presidente - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Interno - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 3185045 - VOYNER RAVENA
Notícia cadastrada em: 24/08/2015 07:55
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