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Banca de DEFESA: JOSELINE SIMONE BARRETO TRINDADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSELINE SIMONE BARRETO TRINDADE
DATA: 07/08/2015
HORA: 14:00
LOCAL: MINIAUDITORIO PPGA
TÍTULO:

“Lavrando a memória, cultivando a terra: o direito de dizer e fazer a roça no Quilombo do Curiaú-AP”


PALAVRAS-CHAVES:

 

Quilombolas; Conflito socioambiental; Unidade de Conservação; Roça.


PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

A tese aborda a temática dos conflitos socioambientais produzidos a partir da sobreposição de unidades de conservação (UCs) com as terras tradicionalmente ocupadas no Brasil, especificamente, as UCs que incidem sobre os territórios quilombolas, tomando-se como estudo de caso o conflito no Território Quilombola do Curiaú (TQC) e a gestão da Área de Proteção Ambiental do rio Curiaú (APA), no estado do Amapá, no período de 2011 a 2014. O objetivo da tese é problematizar como os instrumentos de gestão ambiental, a exemplo dos planos de manejo e das políticas de zoneamento, impactam as dinâmicas territoriais dos quilombolas. Metodologicamente foi realizada uma etnografia dos conflitos socioambientais a fim de explicitar as estratégias dos agentes sociais: agricultores quilombolas, instituições públicas e mediadores, no debate sobre as novas regras de uso do território com o advento da Unidade de Conservação de Uso Sustentável (UCUS), especificamente, para analisar de que forma a UC vem impactando o “fazer a roça” dos agricultores quilombolas do Curiaú, entendido como um “fenômeno social total”, abrangendo um complexo de relações sociais e expressão de diversidade cultural e territorial. As políticas de conservação ambiental não podem prescindir do entendimento das lógicas locais e de suas especificidades. Ao desconsiderar os aspectos dos laços sociais, da organização e dos sistemas simbólicos dos quilombolas, estes poderão ser desestruturados ou enfraquecidos. Ao criminalizar a atividade da roça, a gestão da APA poderá levar a uma desestruturação e impactar um modo de vida como um todo, pois o “fazer a roça” é um fator que agrupa diversas dimensões da vida da comunidade: religioso, econômico, ritual e os vínculos sociais. O conflito entre essas duas lógicas: a da “conservação sem sujeito” e a da prática secular do “fazer a roça” precisa ser visibilizado, para evitar-se que esse sistema desmorone de forma sutil em nome de uma pretensa defesa do “ambiente sem sujeito”.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CYNTHIA CARVALHO MARTINS
Interno - 2153603 - EDNA FERREIRA ALENCAR
Interno - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Presidente - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 1652467 - NOEMI SAKIARA MIYASAKA PORRO
Notícia cadastrada em: 03/08/2015 11:32
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