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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCIANO VIEIRA DIAS DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANO VIEIRA DIAS DA SILVA
DATA: 22/04/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

FATOR DE RISCO DA INGESTÃO DE Hg E As POR INDÍGENAS DA AMAZÔNIA EM ÁREA IMPACTADA POR ATIVIDADE GARIMPEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

Garimpo; elementos tóxicos; indígenas; fator de risco, contaminação do ecossistema.


PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
SUBÁREA: Química Analítica
ESPECIALIDADE: Análise de Traços e Química Ambiental
RESUMO:

A Amazônia sofre com a ocorrência de milhares de garimpos ao longo de suas rotas hidrográficas; esses processos têm consequências ambientais, principalmente devido ao lançamento de rejeitos resultantes da exploração do ouro, que são fontes de metais nocivos ao meio aquático, sobretudo o mercúrio. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o risco de contaminação pelos elementos tóxicos arsênio e mercúrio aos quais os povos indígenas estão expostos por meio do consumo de água, pescado e tracajá em uma área impactada por atividade garimpeira na bacia dos rios Curuá, Baú e Curuaés, Altamira-PA. No total foram 45 amostras de água de rios e 10 amostras de água de poços; 55 exemplares de pescados e 10 exemplares de tracajá. A quantificação dos metais ocorreu por Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES). A avaliação de risco foi realizada de acordo com os procedimentos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Os resultados de água foram tratados por meio de estatística e comparados com os valores de referência da Resolução n° 357/2005 do CONAMA e a água de consumo através da Consolidação n° 5 Anexo XX do Ministério da Saúde. Em comparação com a legislação, o As apresentou níveis seguros em todas as amostras; entretanto, para o Hg, as amostras ARB12 (0,220 µg L-1 – amostra de água do rio Baú) e PRC10 (4,552 µg g-1 - amostra de peixe do rio Curuá), ultrapassaram os níveis permitidos de 0,200 µg L-1 (valor máximo permitido de Hg para água de rio) e 1 µg g-1 (valor máximo permitido de Hg para peixe carnívoro), respectivamente. Os mapas de isoteores que foram criados facilitaram a visualização da distribuição espacial de As e Hg na água. Apenas nos pescados o processo de bioacumulação (BAF) representa risco aos indígenas, em decorrência da presença de Hg no meio aquático. A avaliação de risco para o consumo de água, pescado e tracajá pelas razões HQ e HI revelou que apenas o consumo de pescado, ligado à presença de Hg, representa a existência de riscos deletérios aos povos indígenas, principalmente as crianças. Esses fatores sugerem que a presença de Hg originário do garimpo de ouro é um fator que prejudica o ecossistema aquático, principalmente os peixes. E dessa forma, no momento que os indígenas consomem esses pescados, ficam expostos ao Hg.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2278490 - DAVI DO SOCORRO BARROS BRASIL
Interno - 327514 - SIMONE DE FATIMA PINHEIRO PEREIRA
Externo ao Programa - 2995023 - DAVIS CASTRO DOS SANTOS
Externo à Instituição - CLEBER SILVA E SILVA
Externo à Instituição - RONALDO MAGNO ROCHA
Notícia cadastrada em: 06/05/2022 10:31
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