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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA ISABEL BATISTA RODRIGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA ISABEL BATISTA RODRIGUES
DATA: 08/08/2023
HORA: 15:00
LOCAL: PGEDA_presencial_e_on_line
TÍTULO:

Formação do ser social infantil na contradição capital e trabalho: experiência no território quilombola Mupi-Torrão ∕ Cametá-Pará


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalho como princípio educativo. Ser social infantil. Subjetividade. Modo de vida. Formação.


PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO:

A investigação em andamento tem como título “A formação do ser social infantil na contradição capital e trabalho: experiência no território quilombola Mupi-Torrão ⁄ CametáPará e apresenta como objetivo geral de estudo analisar a formação do ser social infantil no interior dos processos de trabalho uma comunidade de agricultores na Amazônia, a de MupiTorrão, localizada no município de Cametá, considerando que lá também esteja presente a disputa entre o capital e o trabalho em torno da constituição da subjetividade humana. De forma específica objetivamos: (i) identificar o trabalho no processo de formação do ser social infantil no contexto do trabalho familiar, no município de Cametá, localidade de Mupi; (ii) compreender as práticas produtivas dos trabalhadores agricultores e sua relação com a formação do ser social infantil, a partir de indicadores de subjetividades relacionadas ao capital e ao trabalho; e, por fim, (iii) analisar a relação entre as ações desenvolvidas no processo de produção do trabalho coletivo com os princípios do trabalho enquanto processo educativo, para a constituição da subjetividade das crianças da comunidade de Mupi. Diante disso, consideramos que o ser social infantil no que condiz ao seu processo formativo parte da interação com o outro e com o meio onde se constitui a vida; no caso da investigação, numa comunidade de trabalhadores agricultores que buscam garantir sua existência por meio da prática do trabalho familiar, aqui tomado como pressuposto, o coletivismo, o sentido do cuidado, o senso de responsabilidade, o que nos possibilita a entender que são subjetividades que se opõem às lógicas o capital que promovem o individualismo, a competição, o isolamento. Diante isso, constituímos o seguinte problema para investigação: que mediações formativas são experienciadas por crianças quilombolas, a partir da comunidade de MupiTorrão, localizada no município de Cametá, por meio do trabalho, que lhes potencializem identidades de modo de vida coletivo, emancipador e de autonomia em oposição às subjetividades do modo de produção capitalista, pautadas na racionalidade de mercado? E para consubstanciar tal investigação consideramos importante a compreensão do trabalho como dimensão social em Marx (2020) e enquanto princípio educativo, conforme Gramsci (1991), o qual possibilita a formação dos indivíduos enquanto seres sociais, e ainda Saviani(1986), considerando a perspectiva ontológica do trabalho que fomenta as dimensões humanas. Partimos também de uma perspectiva histórico-cultural da natureza infantil a partir de Kramer (2020) e Mello(2005), considerando a criança como ser social, sujeito de sua história e produtora de cultura, um ser criador e autônomo. Tomamos também a compreensão sobre modos de vida a partir de Tiriba e Alves (2018) e Picanço (2019), constituindo-se como elemento importantíssimo na nossa investigação, posto que o modo de vida, constituído de acordo com a organização social de um determinado povo diante de seu território, vai possibilitar entender sua forma de viver, produzir, bem como sua resistência ou não às investidas do capital. Estamos também buscando refletir sobre subjetividade, tendo como referência Chagas (2013), por considerar que no contexto das relações sociais os sujeitos não produzem somente bens materiais, compartilham valores, ideias, representações, ou seja, suas subjetividades se constituem socialmente mediante uma dada formação social, levando em consideração seu determinado tempo histórico. Elegemos como pressupostos teóricometodológicos para a concretização desta investigação os fundamentos do materialismo histórico, uma vez que necessitamos adentar numa realidade social que dialeticamente vive as dimensões do modo de produção capitalista, onde a foça de trabalho é intensamente explorada visando ao acúmulo de mercadoria; por outro lado, vivenciam processos de trabalho que se realizam numa relação de reciprocidade com outros elementos da natureza e com seus pares, constituindo sua forma de pensar, agir, formar sua própria identidade e dessa forma garantir sua existência. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2190546 - GILMAR PEREIRA DA SILVA
Interno - 357.475.792-15 - SOLANGE HELENA XIMENES ROCHA - UNICAMP
Externo ao Programa - 3425816 - JOAO BATISTA DO CARMO SILVA
Externo à Instituição - ANA ELIZABETH SANTOS ALVES
Externo à Instituição - LIA TIRIBA
Notícia cadastrada em: 12/07/2023 13:03
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