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Banca de DEFESA: RENATTO CASTRO CONDE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENATTO CASTRO CONDE
DATA: 26/04/2023
HORA: 19:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E FUNCIONALIDADE EM PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE, SEUS CONTATOS INTRADOMICILIARES E ESCOLARES DE ÁREA ENDÊMICA: Correlação com biomarcador molecular e sorológico de infecção pelo Mycobacterium laprae


PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase; diagnóstico; dinamômetro de força muscular; avaliação de deficiência.


PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
SUBÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

A hanseníase pode causar importantes incapacidades físicas quando não diagnosticada e tratada precocemente. O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio de exame dermatoneurológico, incluindo um subjetivo e pouco sensível teste manual de força muscular. Os contatos intradomiciliares de pacientes sem tratamento são as pessoas com maior risco de desenvolver a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para a quebra da cadeia de transmissão e para prevenção de incapacidades. O desenvolvimento de testes clínicos e/ou laboratoriais mais sensíveis para o diagnóstico é uma das prioridades de pesquisa em hanseníase. O uso da dinamometria fornece dados objetivos sobre a força de preensão manual, por meio de um teste clínico simples e de baixo custo. Estes testes objetivos, bem como testes funcionais, poderiam contribuir para uma detecção precoce de disfunções de nervos periféricos. Deste modo, o objetivo deste estudo é correlacionar dados de força de preensão manual e de funcionalidade com biomarcadores de infecção pelo Mycobacterium leprae entre pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares de áreas endêmicas. O estudo foi realizado em Imperatriz (MA) e Marituba (PA) e São luís (MA), e possui aprovação do CEP do ICS-UFPA (Parecer 5384136). Nosso grupo de pesquisadores realizou visitas domiciliares a pessoas que foram diagnosticadas com hanseníase nos últimos 10 anos. Estes sujeitos e seus contatos intradomiciliares foram examinados clinicamente e tiveram amostras biológicas coletadas para detecção de anticorpos IgM-anti-PGL-I e para detecção molecular do M. leprae por meio de RT-PCR. Adicionalmente, escolares menores de 15 anos de idade, de escolas públicas, foram submetidos aos mesmos exames clínicos e laboratoriais. A força de preensão palmar e de pinça foi medida através do dinamômetro manual, enquanto utilizamos o teste de função manual Jebsen Taylor (TFMJT), teste dos nove pinos nos buracos (9-PnB) e a escala SALSA para avaliação da funcionalidade. Cento e setenta e nove indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 94 do sexo feminino (52,51%), 67 casos de hanseníase (28 casos novos e 10 casos índices) e 60 contatos intradomiciliares saudáveis, com média de idade de 36,5 ±14,69 anos. Cinquenta e dois voluntários são escolares saudáveis de região endêmica. Observamos maior prevalência de fraqueza muscular entre casos de hanseníase comparados aos indivíduos saudáveis acima de 15 anos de idade. Os sujeitos saudáveis maiores de 15 anos do sexo masculino obtiveram valores significativamente maiores de média de força de preensão e de pinça em comparação aos casos de hanseniase do sexo masculino, exceto na pinça polpa. Foi observado que 43,75% do indivíduos saudáveis apresentavam fraqueza muscular, sendo 40,62% fraqueza severa. Os casos de hanseníase > 15 anos apresentaram prejuízos funcionais, avaliados pelos TFMJT e 9-PnB, quando comparados ao grupo saudável, principalmente as mulheres. Encontramos que 32,56% indivíduos saudáveis apresentavam perda funcional e 25,61% perda global, os soropositivos apresentaram valores médios de força de preensão e de pinça menores em comparação aos soronegativos. Houve fraqueza muscular na maioria dos indivíduos positivos (p>0,05), onde a maioria eram sujeitos saudáveis. Há correlação inversamente proporcional entre os títulos de IgM anti-PGL-I e a força de preensão muscular e de pinça em maiores de 15 anos. Os sujeitos RT-PCR negativos apresentaram maior média de força de preensão manual e de pinça, porém não houve diferença estatística. Houve fraqueza muscular na maioria dos casos positivos para RT-PCR. Dos indivíduos positivos para RT-PCR, 42,31% apresentaram perda funcional nos testes. Os sujeitos positivos apresentaram significativamente um maior tempo no TFMJT. Houve diferença estatistica entre RT-PCR e os subtestes de empilhamento de blocos (p=0,04) e simulação de alimentação (p=0,02). Portanto, esses dados nos mostram que pode haver um comprometimento motor e funcional nessa população mais vuneravél para o desenvolvimento da hanseníase, onde esses testes podem encontrar incapacidades, além daquelas da avaliação clínica tradicional.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1350218 - CLAUDIO GUEDES SALGADO
Presidente - 2504686 - JOSAFA GONCALVES BARRETO
Interno - 1537980 - NATALI VALIM OLIVER BENTO TORRES
Notícia cadastrada em: 26/04/2023 10:27
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