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LUCAS MEIRELES MATOS
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EFEITOS DA CAMINHADA NÓRDICA PROGREDIDA AO SPRINT SOBRE A FUNÇÃO RESPIRATÓRIA E A CAPACIDADE DE MARCHA EM PESSOAS COM PARKINSON SUBCLASSIFICADAS EM HIPERCINÉTICAS E RÍGIDOS-ACINÉTICAS
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Data: 27/12/2023
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Introdução: O quadro clínico de pessoas com Doença de Parkinson (DP) é caracterizado pela tétrade motora: bradicinesia, tremor de repouso, instabilidade postural e rigidez. A combinação dos sintomas motores e não motores, como por exemplo, depressão, demência, alteração de sono, propicia o imobilismo e com o decurso da doença surge a preocupação relacionada à marcha. Esta, é caracterizada por passos curtos, arrastados com pouca variação de flexão das articulações, e uma frequência de passada aumentada, denominada de marcha festinante. Estas alterações se tornam um predisposto para quedas, um dos principais fatores limitantes para o desempenho de suas funções, e comprometendo a qualidade de vida. Essas pessoas, quando não inseridos precocemente em programas de reabilitação podem desenvolver quadros progressivos de dispnéia e fadiga excessiva, menor tolerância ao exercício e predisposição a redução de força muscular. Concomitante, com o avanço natural da DP, ocorre o declínio da função respiratória, o prejuízo de ações coordenadas, disfunções das contrações eficientes de músculos inspiratórios e redução da tosse eficaz, o que torna a pneumonia aspirativa a principal causa de morte neste perfil de indivíduos. Sendo assim, a inserção em programas de reabilitação, como os exercícios aeróbicos, pode promover uma maior funcionalidade, ajustes mecânicos posturais, aumento de fatores neurotróficos e plasticidade cerebral, capaz de agregar a estas pessoas mais autonomia em seu cotidiano. Neste contexto, a caminhada nórdica é um recurso que promove funcionalidade através do treino de marcha associado ao uso de bastões, que facilitam a dissociação de cinturas, o equilíbrio dinâmico através da reorganização do corpo no ambiente e sinergias musculares que favorecem a automação da marcha. É preconizado que exercícios aeróbicos melhoram a condição cardiovascular, assim como favorecem o fluxo respiratório associado ao aumento de forças associadas à pressão inspiratória e expiratória. Entretanto, não está bem esclarecido sobre os benefícios do treinamento muscular respiratório associado à diferentes intensidades de caminhada nórdica nesta população. Objetivos: Analisar os efeitos do treinamento muscular respiratório associado à diferentes intensidades de caminhada nórdica sobre a função pulmonar de Pessoas com Parkinson (PcP) e, ainda, verificar as possíveis correlações entre a atividade pneumofuncional e os subtipos clínicos da DP . Materiais e Métodos:Trata-se de um Ensaio Clínico Randomizado, paralelo, duplo cego, e de dois braços, cujas etapas da pesquisa seguirão as recomendações do Checklist Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT). A pesquisa será submetida ao Conselho de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Pará (CEP/UFPA). O tamanho da amostra será calculado pelo Software Gpower 3.1.9.7®, com um poder de 0,90 e nível de significância = 0,05. Como critérios de inclusão, a amostra será composta por PcP, acima de 45 anos, com diagnóstico clínico apresentado mediante laudo médico.Serão incluídos aqueles que estiverem realizando o uso da medicação corretamente, que alcançarem a pontuação mínima de 24 pontos na escala Mini Mental, não apresentar alterações osteomioarticulares que os impeçam de realizar o treino de caminhada nórdica, não apresente sintomas gripais, ou quadro obstrutivo grave,hipertensos e excluídos aqueles que possuírem doenças cardiovasculares não controladas, e estar em período de pós operatório. A avaliação constará de escalas relacionadas ao aspecto Cognitivo Escala Mini Exame do Estado Mental, a avaliação motora referente ao estadiamento da doença por meio da escala Hoehn & Yahr modificada, e a Escala Unificada da Doença de Parkinson (UPDRS - III). Em relação à marcha, serão analisados a Velocidade Autosselecionada (VAS), a Velocidade Rápida (VR) por meio do teste de caminhada de 10 m (TC10).O desempenho no Teste de Caminhada de seis minutos (TC6’) será utilizado para a prescrição e controle do volume das sessões, nas diferentes intensidades e protocolos. Em seguida os voluntários serão submetidos aos testes específicos para avaliação da função respiratória, que serão realizados por meio da Manovacuometria e Espirometria. O Manovacuômetro utilizado no exame será o Manovacuômetro analógico M120 (Murenas®, SP) para determinar a pressão máxima inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx). Para a espirometria, será utilizado o aparelho Mir MiniSpir® (Smart Medical, RS) vinculado ao software WinspiroPRO® (Smart Medical, RS). Os voluntários que compuserem a amostra serão divididos em dois grupos, o grupo de intervenção denominado de Corrida Nórdica (CN) e o grupo comparador ativo,denominado Caminhada Nórdica (NW). As intensidades serão determinadas por duas diferentes velocidades de locomoção para ambos os grupos. Para Grupo CN serão as velocidades: Máxima, Trote, e Sprint, com caminhadas e corridas, para o Grupo NW serão as velocidades: VAS, Intermediária e Máxima de caminhada. . Para o controle da intensidade, utilizaremos a Escala de Percepção Subjetiva, - PSE com valores 0 a 10. As intervenções irão ocorrer em um período de 16 semanas envolvendo avaliação, a familiarização do uso dos bastões para a marcha nórdica, as sessões descritas e reavalição. O período de avaliação ocorrerá na primeira semana, após isto, serão destinadas duas semanas para a familiarização do treino, com frequência de três sessões na semana neste momento. As doze semanas seguintes serão destinadas às sessões de Caminhada nórdica, cujo serão realizadas duas vezes na semana em um tempo médio de cinquenta minutos. Cada sessão será composta de cinco minutos de aquecimento muscular, de trinta a quarenta minutos do treinamento de Marcha Nórdica, e cinco minutos de alongamento muscular. Os dados serão tabulados em uma planilha do Microsoft Excel para uma comparação dos momentos pré e pós tratamento, considerando sua média e desvio padrão. Em seguida, para análise dos resultados, será utilizado o Pacote Estatístico SPSS 22.0 para então análise estatística dos dados serão utilizados os testes: ShapiroWilk (normalidade), GEE para as variáveis independentes, o Índice de Confiança de 95% (IC95%) e a utilização do Tamanho de Efeito pelo “d” de Cohen. Será adotado um nível de significância para as inferências estatísticas de p≤0,05. Resultados esperados e hipóteses: Como resultado da pesquisa, espera-se traçar um perfil da qualidade Pneumofuncional destas Pessoas com Parkinson, correlacionando estes aspectos com os diferentes subtipos da doença, e comparar os diferentes momentos (pré x pós) para observar a influencia de diferentes intensidades de caminhada nórdica na atividade respiratória destes indivíduos. Como Hipótese, acredita-se que a corrida nórdica é capaz de promover uma melhor resposta respiratória em Pessoas com Parkinson quando comparado com a caminhada.
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BRENO CALDAS RIBEIRO
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ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE FRAGILIDADE, INCAPACIDADE E AVALIAÇÃO DE DISTÚRBIOS DE SONO NA PESSOA IDOSA RESIDENTE NA COMUNIDADE
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Data: 30/10/2023
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Introdução: A fragilidade é considerada um estado de vulnerabilidade a estressores de saúde, tornando pessoas idosas predispostas a incapacidade, hospitalização e mortalidade. Recentemente estudos apontam o aumento da prevalência do risco de fragilidade em pessoas idosas com distúrbios do sono. Considerando que a fragilidade apresenta um estado dinâmico com potencial de reversão, é primordial o rastreio de possíveis fatores modificáveis para prevenção, atenuação ou interrupção do processo de fragilidade. Sendo assim, se faz necessária a estratificação da fragilidade e investigação da possível relação entre qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e risco de distúrbios do sono em pessoas idosas. Objetivo: Estratificar o risco de fragilidade e incapacidade e pesquisar possíveis associações com qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e risco de Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) em pessoas idosas residentes em comunidade. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal de caráter quantitativo que seguiu as recomendações do The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) e que ocorreu entre abril de 2022 e agosto de 2023. O estudo consistiu em estratificar o risco de fragilidade e incapacidade por meio do questionário The Frail Non-disable (FiND) (incapacidade) e FRAIL Scale (fragilidade), e a avaliação de risco de apneia obstrutiva do sono, qualidade de sono e sonolência diurna excessiva em pessoas idosas residentes da comunidade, por meio do questionário STOP-BANG (Snoring, Tiredness, Observed apnea, high blood Pressure, Body mass index, Age, Neck circumference, and Gender), Escala de Qualidade Sono de Pittsburgh (PSQI) e Escala de Sonolência Diurna de Epworth (ESE), respectivamente. Foi utilizado o teste Kolmogorov-Smirnov para normalidade dos dados. Para comparações categóricas binomais foi o utilizado o Teste Binomial e para comparações múltiplas o Teste de Proporções. Para avaliação de correlação foi utilizado o Teste de Correlação de Spearman. Resultados: Foram avaliadas 109 pessoas idosas (61% do gênero feminino, p = 0,02), com mediana de idade de 68 anos, procedentes da capital (86%), autodeclarados pardos (68%) e em estado de pré-obesidade (36%). De acordo com o FiND, 26% dos participantes foram considerados frágeis e 32% foram considerados incapazes. Já de acordo com a Escala FRAIL, 33% eram pré-frágeis e 25% frágeis. Além disso, a maioria dos pacientes apresentou má qualidade do sono (80%, p = 0,010), risco moderado de apneia obstrutiva do sono (49%, p < 0,010) e ausência de sonolência diurna excessiva (62%, p < 0,010). Houve fraca relação entre fragilidade e incapacidade com má qualidade do sono (rho = 0,39; p < 0,001) e risco de apneia obstrutiva do sono (rho = 0,26; p =0,000). Não foi observada relação entre fragilidade e incapacidade e sonolência diurna excessiva (rho = 0,04; p = 0,660). Na análise de correlação com fragilidade, também foi observada relação fraca com a qualidade do sono (rho = 0,33; p < 0,001) e o risco de apneia obstrutiva do sono (rho = 0,27; p = 0,001) também foi observada na análise de correlação com fragilidade, mas não foi encontrada relação com sonolência diurna excessiva (rho = 0,05; p =0,590). Conclusão: Este estudo mostrou uma fraca relação entre o risco de fragilidade e incapacidade com a qualidade do sono e o risco de apneia obstrutiva, mas não foi observada relação com a sonolência diurna excessiva.
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THAYS DE PAULA BARBOSA MACHADO CHAGAS
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CORRELAÇÃO DE MOTRICIDADE, COGNIÇÃO E COMPORTAMENTO ADAPTATIVO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ATRAVÉS DO INVENTÁRIO DIMENSIONAL DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
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Data: 16/10/2023
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Introdução: As características essenciais para o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) são descritas como prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Adicionalmente, habilidades motoras prejudicadas ou atrasadas; capacidades adaptativas mínimas; alterações cognitivas são características associadas que apoiam o diagnóstico e apesar disso, existirem poucos estudos que tenham avaliado as características associadas ao TEA, bem como a correlação entre essas variáveis. Objetivo: Analisar a correlação entre a motricidade, cognição e comportamento adaptativo de crianças com Transtorno do Espectro Autista através do Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil. Método: O estudo é do tipo descritivo, observacional com delineamento transversal, desenvolvido na região Norte do Brasil, onde foi realizado a aplicação do Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil no domínio de motricidade, cognição e comportamento adaptativo de forma online ou presencial com mães, ou outros membros familiares de convívio diário com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista na faixa etária entre 24 e 72 meses. Resultados: Participaram do estudo 93 crianças, sendo 31 com diagnóstico de TEA e 62 com desenvolvimento típico, o sexo predominante no TEA foi o sexo masculino (77,4%), onde suas idades variaram de 30 a 71 meses (M= 49,9, DP=12,3). Na análise entre os grupos, foi observada diferença significativa em todos os domínios (Cognição, p=0,002; Motricidade Ampla, p<0,001; Motricidade Fina, p<0,001; Comportamento Adaptativo, p<0,001). Na análise do grupo TEA foram encontradas correlações significativas, positivas e moderadas entre a motricidade fina e cognição (0,60, p<0,001), motricidade ampla e cognição (0,48, p<0,01), comportamento adaptativo e cognição (0,50, p<0,01), motricidade ampla e comportamento adaptativo (0,44, p<0,05), e motricidade fina e comportamento adaptativo (0,63, p<0,001). A correlação entre motricidade ampla e fina (0,39, p<0,05) foi significativa, positiva e fraca. Conclusão: Observamos que a correlação entre a motricidade fina e a cognição se manteve significativa, positiva e de moderada magnitude após todas as estratificações, exceto renda familiar e a faixa etária que foi melhor percebida essa correlação foi de 3 a 4 anos.
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PE NASCIMENTO BARBOSA
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PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM ATLETAS DO ESPORTE PARALÍMPICO
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Data: 02/10/2023
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Introdução: O esporte paralímpico é a prática esportiva adaptada para incluir pessoas com deficiências. Nos esportes em geral, devido às características do nível de rendimento, problemas de saúde são prevalentes e a Incontinência Urinária pode ser um deles. Contudo, a literatura é escassa de dados epidemiológicos sobre tais alterações em paratletas. Objetivo: Verificar a prevalência de sintomas de incontinência urinária em atletas do esporte paralímpico. Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica observacional de caráter transversal quantitativa e descritiva, com atletas do esporte paralímpico de todas as modalidades. A coleta de dados foi realizada através de um formulário eletrônico que reuniu TCLE, dados sociodemográficos, ICIQ-UI Short Form e ICIQ-OAB. Resultados: A prevalência da Incontinência Urinária na amostra (n=95) foi de 47,36%, com impacto na qualidade de vida em média 7±3,05; a severidade da IU mais relatada foi moderada (40,00%) e o tipo mais prevalente foi a Incontinência Urinária Mista (40%), além de uma média de 3,02 situações de perda urinária por paratleta. Conclusão: A Incontinência Urinária é consideravelmente prevalente em atletas do esporte paralímpico, esses dados reforçam a necessidade de cuidados com a saúde geniturinária desse grupo, com isso, é imprescindível a conscientização da equipe técnica e de saúde e do próprio paratleta sobre a IU e seus impactos para manutenção das pessoas com deficiência no esporte e da saúde integral dessa população.
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JULIENE CORREA BARBOSA
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EFEITO DE PROGRAMA DE TELERREABILITAÇÃO VERSUS CARTILHA DE AUTOCUIDADO NA DOR E INCAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: Um ensaio clínico controlado, simples cego com 3 meses de seguimento
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Data: 25/07/2023
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Introdução: A dor cervical é uma condição incapacitante comum que afeta diretamente a realização de atividades de vida diárias e na participação em atividades profissionais, sociais e esportivas, sendo uma das principais causas de incapacidade funcional no mundo. Os tratamentos baseados em telerreabilitação tem demonstrado sua importância devido à sua facilidade de uso, baixo custo e sua tendência de melhorar os resultados clínicos. No entanto, nas evidências científicas atuais há falta de estudos de boa qualidade metodológica mostrem a efetividade de protocolos de telerreabilitação em indivíduos com dor cervical crônica não específica. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito de um protocolo de telerreabilitação versus cartilha de autocuidado online, em indivíduos com dor cervical crônica não específica. Método: Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, cego que compara um programa de telerreabilitação para dor cervical com o grupo controle que recebeu uma cartilha de autocuidado online. Setenta pacientes foram recrutados por telefone na lista de espera na clínica escola de universidade pública, além de ampla divulgação nas redes sociais. Para esse propósito, as avaliações e acompanhamentos foram efetuados de forma totalmente remota, através de plataformas online (Google Meet, mensagens de smartphone, e-mail) e ligações telefônicas. O desfecho primário foi a incapacidade funcional medida pelo questionário Neck Disability Index. Os desfechos secundários foram a intensidade da dor medida através da escala de número da dor, o efeito global percebido medido usando a escala de efeito global percebido, a autoeficácia do paciente por meio da Chronic Pain Self Efficacy Scale, qualidade de vida pelo SF-12 e cinesiofobia por meio da Tampa Scale of Kinesiophobia. As medidas foram avaliadas na linha de base, 6 semanas e 3 meses após a randomização. Resultados: Houve diferença significativa entre grupos para as variáveis incapacidade funcional (Média 10,3, IC 95% 4,8 a 15,7), intensidade de dor (Média 2,8, IC 95% 1,4 a 4,1), efeito global percebido (Média -2.3, IC 95% -3.7 a -0.9) e autoeficácia (Média -24.7, IC 95% - 41.0 a -8.4) no período de 6 semanas após a randomização. Em 3 meses apenas para as variáveis de efeito global percebido (Média -2.0, IC 95% -3.4 a -0.6) e autoeficácia (Média -26.31, IC 95% -42.82 a -9.80) foram observadas diferença estatisticamente significante. Conclusão: A telerreabilitação é eficaz para melhora da incapacidade e intensidade de dor, quando comparado a cartilha de autocuidado em pacientes com dor cervical crônica não específica.
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JESSICA CRISTINA SANTOS DE ASSIS
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SELEÇÃO AUTOMATIZADA DE SÉRIES TEMPORAIS INERCIAIS RELACIONADAS AO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR BASEADO NA SIMILARIDADE COM UM MODELO: Um estudo metodológico
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Data: 27/06/2023
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Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de caráter exploratório, por meio de pesquisa de pesquisa de levantamento, participaram do estudo somente sujeitos saudáveis, de ambos os sexos e que conseguiram realizar o teste de sentar e levantar da cadeira de 30 segundos. O objetivo deste estudo foi criar um algoritmo capaz de segmentar e identificar de maneira automática um ciclo de sentar e levantar e analisar a similaridade entre as curvas obtidas pelo smartphone e curvas previamente validadas pela cinemetria. Assim, o estudo foi dividido em duas etapas: etapa (i) criação do template através de registros cinemáticos de aceleração do teste de sentar e levantar; etapa (ii) identificação automatizada dos ciclos registrados pela smartphone, e por fim, analisar a similaridade entre as curvas através de duas métricas de similaridade: correlação cruzada e distância euclidiana. Um total de 3749 ciclos foram segmentados, sendo 3492 considerados para análise. O resultado preliminar mostrou que não houve diferença significativa entre os métodos de contagem dos ciclos (p=0.96) e que a média de similaridade dos ciclos estudados com o template foi de DE de 40.2 ± 8.29 e de CC de 0.64 ± 0.13. A correlação entre as métricas CC e DD foi inversa e de -0.81 (p <0.0001). Os pontos decorte estabelecidos a partir da distribuição cumulativa retornaram valores de indicadores de similaridades relativos ao percentual acima ou abaixo do corte. Por exemplo, para o ponto de corte de 80%, obteve-se CC 0,71±0,06 (20% de curvas acima desse valor) e DE 35.3±3.99 (80% de curvas abaixo desse valor). Ao elevar-se o ponto de corte de 90%, obteve-se CC 0,74±0,05 (10% de curvas acima desse valor) e DE 33.4±3.85 (10% de curvas abaixo desse valor).
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THAMELA THAIS SANTOS DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO DA VALIDADE, APLICABILIDADE E CONFIABILIDADE DO TESTE TIMED-UP AND GO INSTRUMENTADO POR SENSORES INERCIAIS DE SMARTPHONES
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Data: 23/06/2023
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O teste Timed-up and go (TUG) tem sido largamente utilizado por profissionais de saúde para a avaliação do risco de queda e mobilidade em função de sua aplicação prática. Atualmente, o desfecho do teste é avaliado pelo tempo de execução do mesmo, no entanto dispositivos tecnológicos têm sido integrados a este a fim de obter outras informações acerca da realização das etapas de execução, para uma maior precisão do resultado. Nesse sentido, o uso de sensores inerciais em smartphone representa uma possibilidade acessível e de baixo custo a aplicação clínica. A partir disso, o presente estudo tem enquanto objetivo testar a validade, aplicabilidade e a confiabilidade das medidas inerciais obtidas por acelerômetro e giroscópio de smartphone durante a execução do teste TUG, assim como a replicabilidade dos dados obtidos em momentos distintos. Para isso foi realizada uma pesquisa quantitativa, de levantamento, com delineamento transversal e de caráter exploratório, por meio de três execuções do teste utilizando uma cinta com smartphone acoplado para a captação de dados dos sensores inerciais do aparelho com o aplicativo Momentum Science App e a mensuração da primeira execução com um relógio. A pesquisa foi realizada com 30 participantes, de ambos os sexos, com idade média de 26,96 anos (± 1,5), peso médio de 75,08 kg (± 16,03), altura média de 1,69 m (± 0,099) e IMC médio de 26,02 (± 4,64). A distribuição dos dados do teste foi avaliada através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para a validação, foram realizados o teste T, o teste de Correlação de Pearson e o teste de Bland-Altman. A diferença entre as medias foi calculada em 0,46, o teste T demonstrou não haver diferença estatisticamente significativa entre os dados (T=1,315; df=58; p= 0,19; eta squares 0,029). A correlação entre a medida obtida pelo relógio e o Smartphone foi significativa r=0.93 e o viés não foi significativo. Para comparar as medidas obtidas nas três repetições do teste TUG, foi realizado um teste de análise de variância (ANOVA) seguido pelo teste de Tukey para as amostras normais e o teste de Kruskal-Wallis foi aplicado seguido pelo teste de Dunn para amostras não-normais. Em todas as variáveis extraídas do TUG não houve diferença estatisticamente significativa nas três repetições. A confiabilidade das medições foi avaliada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (ICC). Dentre as variáveis, 70% apresentou correlação entre moderada e excelente, uma apresentou correlação fraca e duas não obtiveram estatística significativa. Os valores da mínima mudança detectável variaram de 0,771 a 2,758.
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ANTENOR BARBOSA CALANDRINI DE AZEVEDO
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OS EFEITOS DA VELOCIDADE DA FASE EXCÊNTRICA SOBRE O DESEMPENHO SUBSEQUENTE DA AÇÃO CONCÊNTRICA EM JOVENS ADULTOS E IDOSOS
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Data: 28/04/2023
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A proposta da presente dissertação de mestrado foi investigar a influência da velocidade da ação excêntrica sobre o desempenho subsequente da fase concêntrica de idosas e jovens adultas. Para isso, 28 participantes do sexo feminino (13 idosas e 16 jovens adultas) voluntariaram-se a participarem da pesquisa. Posteriormente, foram randomizadas para a realização de duas condições e intensidades: (1) alta velocidade (AV) e (2) moderada velocidade (MV) executadas no supino reto no smith machine utilizando 30% e 60% de 1RM. Em seguida, foram avaliadas para o desempenho da velocidade média propulsiva (VMP), pico de velocidade (PV) e potência média (PM) nas condições MV e AV. Para todas as análises, a ANOVA de duas vias com medidas repetidas foi utilizada. Os resultados demonstraram que o desempenho para a VMP foi superior para jovens adultas em comparação com idosas apenas para 30% de 1RM (F= 24,2; ω2= 0,30; p< 0,0001). Além disso, PV (F= 18,77; ω2= 0,24; p< 0,001) e PM (F= 9,57; ω2= 0,13; p= 0,005) foram superiores para jovens adultas em relação a idosas para 60% de 1RM. A AV demonstrou ser mais efetiva para o aumento da VMP (p< 0,001; d= -0,57) e PM (p< 0,001; d= -0,17) para jovens adultas e idosas (p< 0,001; d= -0,58), considerando 30% de 1RM em comparação a MV. Os principais achados sugerem que o controle da fase excêntrica parece influenciar no desempenho da fase concêntrica subsequente quando cargas leves são aplicadas (30% de 1RM), independentemente da faixa etária.
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JANDERSON CARVALHO MOTA
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CORRELAÇÃO ENTRE O EFEITO DA FADIGA MENTAL NO DESEMPENHO FÍSICO AERÓBICO E CARACTERÍSTICAS PESSOAIS DE TOLERÂNCIA AO ESFORÇO E AUTODETERMINAÇÃO
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Data: 28/04/2023
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Introdução: a fadiga mental é uma condição que pode comprometer a capacidade cognitiva e, consequentemente, o desempenho físico. A tolerância ao esforço e a motivação intrínseca são fatores importantes que podem influenciar a capacidade de lidar com a fadiga e manter o desempenho físico adequado. Objetivo: investigar a correlação entre o efeito deletério da fadiga mental no desempenho físico aeróbico e as características pessoais de tolerância ao esforço e motivação intrínseca. Metodologia: participaram do estudo 12 indivíduos de ambos os sexos, praticantes de atividade física regular por pelo menos 6 meses. Foram realizadas três visitas ao laboratório, sendo a primeira visita para avaliações e familiarização aos protocolos experimentais, e assinatura do Termo Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e preenchimento dos questionários de preferência e tolerância à intensidade do exercício e o questionário de autodeterminação. Na 2° e 3° visitas os participantes foram expostos a duas condições experimentais, fadiga mental ou controle, de modo cruzado e aleatorizado. Resultados: A indução de fadiga mental não reduziu o desempenho físico (p > 0.05). Além disso, foi identificado um efeito de interação significativa para a PSE (p < 0,001) entre as condições controle e fadiga, incluindo um efeito de menor PSE final (p = 0,002) na condição controle, incluindo correlações negativas moderadas entre a escala de tolerância da intensidade de exercício e o tempo de corrida na condição controle. Conclusão: com base nos resultados encontrados, podemos concluir que o estado de FM influência negativamente a PSE em exercício aeróbio, apesar de não influenciar no desempenho físico durante o teste de corrida nas diferentes condições experimentais.
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LARISSA LOPES SANTANA
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TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DA PITTSBURGH FATIGABILITY SCALE PARA O PORTUGUÊS BRASILEIRO
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Data: 28/04/2023
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IIntrodução: A fadiga é um sintoma associado ao enfraquecimento ou esgotamento dos recursos físicos e/ou mentais de um indivíduo. O termo fatigabilidade compreende a percepção subjetiva de fadiga do indivíduo frente a atividades de intensidade e duração específicas. A escala Pittsburg Fatigability Scale (PFS), originalmente publicada no idioma inglês, é a única escala validada para mensurar a fatigabilidade percebida em pessoas idosas. Considerando a importância da avaliação específica na população idosa para a prevenção de afecções e direcionamento no cuidado e reabilitação, faz-se necessária a sua tradução e adaptação transcultural às especificidades do contexto brasileiro. Objetivo: Traduzir e adaptar transculturalmente a Pittsburgh Fatigability Scale para o portugues brasileiro para avaliação da fatigabilidade na população idosa brasileira. Metodologia: Com base em Beaton et al. (2000) realizamos a tradução e adaptação transcultural para gerar a versão PFS em português brasileiro (PFS-Brasil), seguindo as etapas: tradução da língua de origem (inglês), comparação e síntese das versões traduzidas, retrotradução cega, comparação das retrotraduções e avaliação da clareza do instrumento pelo comitê de especialistas. Pessoa idosas que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão foram convidados a participar voluntariamente do estudo após assinatura do TCLE. Cada participante informou dados demográficos, respondeu a PFS-Brasil e informou sua compreensão de cada item da escala, dificuldade em responder e sugestões sobre o instrumento. Todas as avaliações foram realizadas em ambientes de controle de ruído, temperatura e iluminação para garantir condições de privacidade e conforto para a realização adequada dos testes. O software R foi utilizado para realizar análise das evidências de validade de construto e precisão do instrumento a partir da Análise Fatorial Confirmatória (AFC), α de Cronbach, ω de McDonald e confiabilidade composta. Resultados: Foi desenvolvida a versão brasileira da PFS (PFS-Brasil). O teste piloto referente a última fase da adaptação transcultural foi realizado com 103 participantes. As análises fatoriais confirmatórias realizadas apontam a adequação de modelos bifatoriais para ambas as subescalas, com satisfatória e excelente consistência interna para as subescalas física e mental, respectivamente. Conclusão: O presente estudo demonstrou que a versão brasileira da Pittsburgh Fatigability Scale apresenta adequada validade de contruto para avaliação da fatigabildiade percebida em idosos, tanto em suas subescalas física quanto mental.
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RAYRA KHALINKA NEVES DIAS
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TREINAMENTO RESISTIDO DE DOSE MÍNIMA AUMENTA FORÇA SEM ALTERAR A FUNÇÃO AUTONÔMICA, HEMODINÂMICA E FUNCIONAL EM MULHERES MENOPÁUSICAS: Um ensaio clínico randomizado
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Data: 28/04/2023
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Mulheres menopáusicas apresentam problemas no controle autonômico que somar-se a outros efeitos deletérios como declínio funcional e muscular. O objetivo desse estudo é investigar os efeitos do treinamento resistido (TR) de dose mínima sobre a modulação autonômica, parâmetros hemodinâmicos, força e capacidade funcional em mulheres menopáusicas. Para isso, 29 mulheres foram randomizadas para grupo controle (GC: 59,6±7,4 anos) e grupo treinamento (GT: 63,1±9,0 anos). O GT realizava o TR de dose mínima duas vezes por semana durante um período de quatro semanas. As avaliações prévias e após o protocolo, com medidas antropométricas, parâmetros hemodinâmicos (frequência cardíaca, pressão arterial, pressão arterial média e duplo produto), modulação autonômica (RMSSD, SDNN, PNN50, HF, LF, LF/HF), capacidade funcional (teste caminhada de 6 min e Short Physical Performance Battery) e força com o teste de 1 repetição máxima (1 RM). ANOVA de dois fatores (grupo*momento) foi realizada com medidas repetidas com o teste de post-hoc de Bonferroni e nível de significância p <0,05. Os resultados revelaram que houve interação grupo*momento apenas no índice autonômico LnRMSSD (F= 1,01; ω2= 0,055; p= 0,02) e no teste de 1 RM no supino (F= 10,30; ω2= 0,014; p< 0,01). Nas comparações entre os momentos, com melhorias significativas no 1 RM remada (F= 11,64; ω2= 0,059; p< 0,01), 1 RM supino (F= 8,73; ω2= 0,011; p< 0,01), 1 RM leg press (F= 19,77; ω 2= 0,095; p< 0,01). Nesse sentido, TR de dose mínima apresentou benefícios na força muscular, mas não foi o suficiente para produzir adaptações autonômicas, hemodinâmicas e funcionais em mulheres menopausadas.
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VANDELMA LOPES DE CASTRO
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PERFIL DE FRAGILIDADE DE IDOSOS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA RESIDENTES NA COMUNIDADE
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Data: 27/04/2023
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Introdução: Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), os sintomas de dispneia crônica e progressiva, tosse e produção de expectoração impactam na tolerância ao exercício e na funcionalidade. Sendo em sua maior parte idosos, o risco para fragilidade também tem grande impacto clínico. Contudo não é rotineiramente investigada em pessoas com DPOC, o que pode gerar menor impacto das estratégias de prevenção da dependência funcional. Assim, a estratificação de idosos com DPOC em perfis de fragilidade pode fornecer informações prognósticas importantes, possibilitando o desenvolvimento de ações de prevenção, promoção e reabilitação na saúde. Objetivo: Estratificar os perfis de fragilidade de idosos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica residentes na comunidade. Métodos: Foram incluídos 25 idosos (68,9±6,54) residentes na comunidade, com diagnóstico DPOC que responderam ao questionário Vulnerable Elders Survey -13 (VES-13), presente na caderneta de saúde da pessoa idosa, para estratificação do perfil de fragilidade. As categorias do Comprehensive International Classification of Functioning (CIF) Core Set para DPOC para detalhar as limitações e as incapacidades funcionais foi avaliado a partir da resposta ao VES-13. Resultados: Participaram deste estudo 25 idosos com DPOC, com idade média de 68,9 anos. Quanto a classificação da vulnerabilidade, 12 (48%) voluntários apresentaram perfil de idoso robusto, 8 (32%) idosos com perfil de pré-fragilidade e 5 (20%) voluntários apresentaram perfil de frágil. Não foi encontrada correlação significativa do VES-13 com a idade, IMC, perímetro da panturrilha, VEF1/CVF, atividade física, quedas, emagrecimento não intencional. Em relação a CIF Core Set para DPOC, destaca-se a relevância das categorias encontradas no presente estudo, estando dificuldade ou incapacidade de realizar as tarefas domésticas, para andar, e dificuldade ou incapacidade para mudanças básicas na posição do corpo mais especificamente dificuldade ou incapacidade de agachar-se. Conclusão: Pessoas idosas com DPOC que residem na comunidade apresentam uma maior prevalência de pré-fragilidade e fragilidade. Contudo, este parâmetro não apresentou correlação com outros parâmetros que impactam na independência funcional. Desta forma, o rastreio da fragilidade em pessoas com DPOC residentes na comunidade ainda necessita de maior aprofundamento considerando as diferentes condições de mobilidade desta população.
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CASSIO ZACARIAS LOPES DE LIMA
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A FADIGA MENTAL ALTERA A PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO, MAS NÃO PREJUDICA O TEMPO DE REAÇÃO DE ÁRBITROS DE FUTEBOL DURANTE UMA TAREFA FÍSICA SIMULADA
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Data: 27/04/2023
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A fadiga mental (FM) é um estado psicobiológico, ocasionado por atividade cognitiva exigente e prolongada, caracterizada por sensações de cansaço e falta de energia induzidos por períodos de atividade cognitiva exigente. A FM afeta de modo prejudicial a tomada de decisão no esporte, pois estes efeitos têm sido associados a uma redução no desempenho das funções executivas, que são conceituadas como um conjunto de processos cognitivos utilizados para planejar e realizar ações para alcançar um objetivo. Nesse contexto, sabe-se ainda que o desempenho das funções executivas tem sido fortemente associado a tomada de decisão de árbitros de futebol, logo a relação entre a FM e o desempenho cognitivo de árbitros é importante no contexto da arbitragem. Dessa maneira, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da fadiga mental sobre o tempo de resposta em teste que avalia funções executivas, e a percepção subjetiva de esforço em uma tarefa física de jogo simulado em árbitros de futebol. Doze árbitros profissionais, de nível regional participaram do estudo, e realizaram três visitas ao laboratório. A primeira visita para avaliações e familiarização aos protocolos experimentais, e assinatura do Termo Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Na 2° e 3° visitas os participantes foram expostos a duas condições experimentais, fadiga mental ou controle, de modo cruzado e aleatorizado. Na condição FM os árbitros realizaram Teste Stroop e na condição controle assistiram vídeo emocionalmente neutro, logo após estas condições eles deveriam realizar testes de função executiva simultaneamente com a tarefa física simulada para árbitros de futebol. Os resultados revelaram que não houve efeito da fadiga mental sobre o desempenho das funções executivas (P = 0,395). Apesar disso, foram encontradas maiores percepções de esforço na condição fadiga mental (P = 0,018). Nesse sentido, o presente estudo mostra que apesar da fadiga mental alterar a percepção subjetiva de esforço, não houve qualquer prejuízo no desempenho das funções executivas de árbitros de futebol.
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JACQUELINE LIMA RODRIGUES
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RESPOSTAS DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO LOCOMOTORA DE CAMINHADA NÓRDICA E LIVRE EM VARIÁVEIS FÍSICOMECÂNICAS DA MARCHA DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: Um ensaio clínico randomizado
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Data: 27/04/2023
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Introdução: Os padrões de desempenho muscular da marcha são alterados em pessoas com doença de Parkinson. Além disso, a análise do mecanismo pendular é importante porque reflete a redução do esforço muscular necessário para acelerar e elevar o centro de massa corporal durante a caminhada. Este padrão de marcha ineficiente em pessoas com Parkinson (PcP) pode resultar em aumento no gasto de energia durante a caminhada, necessitando assim de intervenções terapêuticas que possam reduzir estes sintomas a fim de proporcionar maior mobilidade e qualidade de vida à esta população. Achados recentes, demonstram que o mecanismo pendular (Recovery) é maior com o uso de bastões, o que permite indicar a hipótese de que um programa de reabilitação neurofuncional locomotora de caminhada Nórdica (CN) possa induzir em maiores adaptações no mecanismo pendular em comparação à caminhada livre (CL) em indivíduos com PcP. Objetivo: Analisar as respostas de um programa de reabilitação neurofuncional locomotora com e sem bastões de CN sobre parâmetros fisiomecânicos da marcha em PcP. Materiais e Métodos: Este estudo foi caracterizado como longitudinal do tipo ensaio clínico controlado randomizado, no qual investigamos voluntários que atenderam os seguintes critérios de elegibilidade: diagnóstico clínico de doença de Parkinson idiopática, com o estadiamento entre 1 a 4 na escala de Hoehn & Yahr (H&Y), sedentários, com idade superior a 50 anos, de ambos os sexos. Os voluntários foram randomizados em dois Grupos: CN (com bastões) e CL (sem bastões), e realizaram os exercícios durante nove semanas. As avaliações dos parâmetros fisiomecânicos, mais especificamente, o Recovery (desfecho primário), Trabalho mecânico interno (Wint), Trabalho mecânico interno de braço, de tronco, e de perna (Wint braço, Wint tronco, Wint perna, respectivamente), Trabalho mecânico externo (Wext), Trabalho externo vertical (Wext vertical) e horizontal (Wext horizontal), e Trabalho mecânico total (Wtot), (como desfechos secundários), da marcha de PcP foram analisadas durante uma caminhada em esteira rolante em velocidade autosselecionada nos momentos pré e pós-programa de reabilitação. Foi realizado um procedimento de análise cinemática tridimensional, com um sistema de captura vídeo composto por seis câmeras infravermelhas do sistema de cinemetria VICON Motion Capture System 3D kinematics (Oxford, United Kingdom), com taxa de amostragem das câmeras de 100 Hz. Foram utilizados 36 marcadores reflexivos (Vicon Biomechanics Marker Accessories) no formato de esfera, com 14 mm de diâmetro, localizados em ambas as laterais do corpo e nas regiões de interesse. Os dados coletados foram analisados nos softwares NEXUS, tabulados e organizados em planilhas no software Excel 2016. Após estas etapas, rotinas matemáticas foram empregadas no software do Laboratory Virtual Instrument Engineering Workbench (LABVIEW) para cálculo dos desfechos do estudo. As Equações de Estimativas Generalizadas foram utilizadas para a comparação entre os Grupos (CN e CL) em diferentes momentos (pré e pós). Utilizamos como covariáveis os valores da H&Y e do número de Froude dos voluntários, de forma que os valores foram fixados, no modelo estatístico, nos seguintes valores: H&Y (1,5) e número de Froude (0,07). Para análises dos efeitos Grupo, Tempo e interações Grupo*Tempo, foi utilizado post-hoc de Bonferroni, para identificar as diferenças entre as médias em todas as variáveis. O tamanho de efeito foi calculado pelo Hedge's g, e foi adotado um α=0,05. Resultado: A amostra final foi constituída por 20 voluntários (CN: n=13 e CL: n=7), com idade CN (64,23 ± 10,52, anos) e CL (69,71 ± 6,82, anos); massa corporal CN (80,07 ± 14,79, Kg) e CL (80,07 ± 14,79, Kg), estatura CN (1,68 ± 0,07, m) e CL (1,68 ± 0,06, m). Foram encontradas diferenças significativas para o fator Tempo para as variáveis Recovery (p=0,04), Wext (p<0,001), Wext horizontal (p=0,04) e Wext vertical (p<0,001), para a interação Grupo*Tempo encontrados diferenças significativas para as variáveis Wext (p=0,03) e Wext vertical (p=0,02), para as demais variáveis os valores permaneceram similares ou não foram modificados (p>0,05). Conclusão: Concluímos que o Recovery, foi realizado com maior eficiência após a intervenção de reabilitação locomotora para ambos os Grupos, portanto PcP apresentaram um mecanismo pendular mais otimizado. O Wext de PcP que caminharam com e sem bastões de CN, reduziram após a intervenção, porém o Grupo CL apresentou menor Wext, ou seja, o que representa uma menor energia para se deslocar no ambiente em relação ao CoM. Tanto o Grupo CN quanto o Grupo CL reduziram o Wext vertical após o programa de reabilitação, porém o Grupo CL demonstrou menores valores pós intervenção, isso quer dizer que os voluntários não apresentaram tanta eficiência ao elevar o CM. O Wext horizontal aumentou para ambos os Grupos após o período de programa de reabilitação, demonstrando que ambos os Grupos apresentaram melhoras em sua aceleração em relação a projeção à frente após a intervenção. Nossos achados indicam que o modelo de reabilitação locomotora com e sem bastões podem ser utilizados por profissionais da saúde para reabilitar a locomoção, tornando o mecanismo pendular mais otimizado e uma marcha mais eficiente, de PcP de leve a severos.
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RENATTO CASTRO CONDE
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FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E FUNCIONALIDADE EM PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE, SEUS CONTATOS INTRADOMICILIARES E ESCOLARES DE ÁREA ENDÊMICA: Correlação com biomarcador molecular e sorológico de infecção pelo Mycobacterium laprae
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Orientador : JOSAFA GONCALVES BARRETO
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Data: 26/04/2023
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A hanseníase pode causar importantes incapacidades físicas quando não diagnosticada e tratada precocemente. O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio de exame dermatoneurológico, incluindo um subjetivo e pouco sensível teste manual de força muscular. Os contatos intradomiciliares de pacientes sem tratamento são as pessoas com maior risco de desenvolver a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para a quebra da cadeia de transmissão e para prevenção de incapacidades. O desenvolvimento de testes clínicos e/ou laboratoriais mais sensíveis para o diagnóstico é uma das prioridades de pesquisa em hanseníase. O uso da dinamometria fornece dados objetivos sobre a força de preensão manual, por meio de um teste clínico simples e de baixo custo. Estes testes objetivos, bem como testes funcionais, poderiam contribuir para uma detecção precoce de disfunções de nervos periféricos. Deste modo, o objetivo deste estudo é correlacionar dados de força de preensão manual e de funcionalidade com biomarcadores de infecção pelo Mycobacterium leprae entre pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares de áreas endêmicas. O estudo foi realizado em Imperatriz (MA) e Marituba (PA) e São luís (MA), e possui aprovação do CEP do ICS-UFPA (Parecer 5384136). Nosso grupo de pesquisadores realizou visitas domiciliares a pessoas que foram diagnosticadas com hanseníase nos últimos 10 anos. Estes sujeitos e seus contatos intradomiciliares foram examinados clinicamente e tiveram amostras biológicas coletadas para detecção de anticorpos IgM-anti-PGL-I e para detecção molecular do M. leprae por meio de RT-PCR. Adicionalmente, escolares menores de 15 anos de idade, de escolas públicas, foram submetidos aos mesmos exames clínicos e laboratoriais. A força de preensão palmar e de pinça foi medida através do dinamômetro manual, enquanto utilizamos o teste de função manual Jebsen Taylor (TFMJT), teste dos nove pinos nos buracos (9-PnB) e a escala SALSA para avaliação da funcionalidade. Cento e setenta e nove indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 94 do sexo feminino (52,51%), 67 casos de hanseníase (28 casos novos e 10 casos índices) e 60 contatos intradomiciliares saudáveis, com média de idade de 36,5 ±14,69 anos. Cinquenta e dois voluntários são escolares saudáveis de região endêmica. Observamos maior prevalência de fraqueza muscular entre casos de hanseníase comparados aos indivíduos saudáveis acima de 15 anos de idade. Os sujeitos saudáveis maiores de 15 anos do sexo masculino obtiveram valores significativamente maiores de média de força de preensão e de pinça em comparação aos casos de hanseniase do sexo masculino, exceto na pinça polpa. Foi observado que 43,75% do indivíduos saudáveis apresentavam fraqueza muscular, sendo 40,62% fraqueza severa. Os casos de hanseníase > 15 anos apresentaram prejuízos funcionais, avaliados pelos TFMJT e 9-PnB, quando comparados ao grupo saudável, principalmente as mulheres. Encontramos que 32,56% indivíduos saudáveis apresentavam perda funcional e 25,61% perda global, os soropositivos apresentaram valores médios de força de preensão e de pinça menores em comparação aos soronegativos. Houve fraqueza muscular na maioria dos indivíduos positivos (p>0,05), onde a maioria eram sujeitos saudáveis. Há correlação inversamente proporcional entre os títulos de IgM anti-PGL-I e a força de preensão muscular e de pinça em maiores de 15 anos. Os sujeitos RT-PCR negativos apresentaram maior média de força de preensão manual e de pinça, porém não houve diferença estatística. Houve fraqueza muscular na maioria dos casos positivos para RT-PCR. Dos indivíduos positivos para RT-PCR, 42,31% apresentaram perda funcional nos testes. Os sujeitos positivos apresentaram significativamente um maior tempo no TFMJT. Houve diferença estatistica entre RT-PCR e os subtestes de empilhamento de blocos (p=0,04) e simulação de alimentação (p=0,02). Portanto, esses dados nos mostram que pode haver um comprometimento motor e funcional nessa população mais vuneravél para o desenvolvimento da hanseníase, onde esses testes podem encontrar incapacidades, além daquelas da avaliação clínica tradicional.
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JAMYLLE SILVA CAMPOS
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NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, FUNCIONALIDADE E FATORES AMBIENTAIS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NA REGIÃO NORTE
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Data: 26/04/2023
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A potencialização da capacidade funcional ocorre pela inserção do indivíduo na atividade física, gerando impactos positivos na independência, autonomia, qualidade de vida, funcionalidade, autoestima, participação social e maior cuidado com a saúde, porém existem fatores facilitadores e barreiras. Objetivo: Identificar os fatores ambientais, funcionais e nível de atividade física de pessoas com deficiência física em centros de reabilitação e esportivo na Região Norte. Método: Realizado em um Programa de Motoras para pessoas com deficiência na cidade de Manaus-Amazonas e em um Centro de Reabilitação de Belém-Pará. Foram incluídos indivíduos com deficiência física, de origem congênita ou adquirida, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 60 anos, que realizavam atividade física e/ou esportiva por pelo menos 6 meses. Onde foi coletado dados sociodemográficos e aplicado três questionários, sendo eles: WHODAS 2.0, Escala de Atividade Física para Pessoas com Deficiência Física (PASIPD) e Measure of the Quality of the Environment (MQE). A amostra foi composta por 41 participantes, sendo 61% do sexo masculino, com média de 43,1 (±13,1) anos, tempo médio de lesão 17,0 (±12,8) anos, solteiros, com renda apenas benefícios sociais ou aposentadoria, possuíam ensino médio completo e 26,8% tinham diagnóstico de lesão medular. Todos os dados foram processados no Software The jamovi project 2021 (Versão 2.2), aplicado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e o teste de Correlação Linear de Pearson. Resultados: Observado que a funcionalidade, houve predomínio de dificuldade leve em relação a cognição, autocuidado, relações interpessoais, atividade de vida diária e participação. Observando que o domínio mobilidade foi o único com dificuldade moderada. Em relação ao nível de atividade física equivalente metabólico abaixo de 30 MET/h/dia. Houve correlação entre os domínios relacionados a funcionalidade com os fatores ambientais barreiras, mas não houve relação entre a funcionalidade, nível de atividade física e fatores ambientais facilitadores. Conclusão: os fatores barreiras presente no cotidiano de pessoas com deficiência física impacto de forma direta a funcionalidade, no aspecto autocuidado, relações interpessoais, mobilidade, atividade de vida diária e participação.
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MONIK ELLEN GOMES SANTANA PEREIRA
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Implicações da COVID-19 sobre as representações corticais do movimento humano
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Orientador : GHISLAIN JEAN ANDRE SAUNIER
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Data: 25/04/2023
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As representações das ações são necessárias para executar uma ação voluntária e podem ser recrutadas na ausência de execução. A imagética motora (IM) refere-se a um processo cognitivo durante o qual a representação de uma ação específica é reproduzida internamente sem execução. Quando o sistema motor é prejudicado de alguma forma, alguns pacientes que sofrem de complicações somatomotoras mostram distúrbios comparáveis durante o processo de IM. Com isso a presente pesquisa levanta o questionamento se a Coronavírus 2019 (COVID-19) pode afetar a capacidade das representações do movimento. Com os resultados, será importante entender melhor o desempenho atípico das representações motoras em populações sobreviventes da COVID-19 e com isso sugerir futuramente reabilitação utilizando a IM para esses pacientes. Objetivo: Verificar se existem complicações geradas pela COVID-19 sobre as representações do movimento humano. Metodologia: Foi realizado uma coleta de dados através da ficha de identificação do paciente, Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Escala de Dor Visual Analógica (EVA), Escala de Estado Funcional Pós-COVID-19, Teste de Reação Simples e o Teste de julgamento de lateralidade das mãos. A análise estatística dos dados foi realizada através do programa JASP 16.3.0 utilizando o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Comparamos a taxa de acerto no reconhecimento de lateralidade da mão e o Tempo de Resposta entre o grupo de pacientes COVID-19 e um grupo controle, pareado em idade, sexo e educação; além do Tempo de Reação Simples. Resultados: Não encontramos diferença nas taxas de acerto no julgamento de lateralidade da mão dos participantes pós-COVID em relação ao grupo controle, já para o tempo de resposta os indivíduos pós-COVID apresentaram mais lentidão do que o grupo controle ao julgar a lateralidade de mãos em condições desafiadoras. Conclusão: sugere-se que esse grupo pós-COVID são capazes de se envolver em processos de IM, porém, revelam uma deficiência expressiva dessa habilidade mental, mostrando assim algum comprometimento na capacidade de suas representações motoras.
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ADRIA SAMARA NEGRAO NORONHA
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RESPONSIVIDADE DE FORÇA MUSCULAR E CAPACIDADE FUNCIONAL A DOSE MÍNIMA DE TREINAMENTO RESISTIDO EM MULHERES DE MEIA IDADE E IDOSAS
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Data: 24/04/2023
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O treinamento resistido (TR) é uma estratégia eficaz para amenizara perda de força muscular e riscos de limitações funcionais que ocorrem drasticamente a partir dos 55 anos.No entanto, há evidências de variações interindividuais na capacidade de resposta ao TR,visto que algumas pessoas podem ser responsivas e outras não-responsivas ao mesmo protocolo. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi verificar a responsividade de mulheres de meia idade e idosas submetidas ao TR com abordagem de dose mínima e verificar o efeito do protocolo sobre a força muscular e capacidade funcional das participantes.Participaram desta pesquisa 22 mulheres não treinadas, com idade média de 64,3 ± 7,2 anos, massa corporal de 65,5 ± 9,2 kg e altura de 152,3 ± 4,3 cm,aleatoriamente designadas para o Grupo Intervenção (INT), submetidas ao protocolo de dose mínima durante 4 semanas ou para o Grupo Controle (CON) sem exercício. As participantes realizaram as avaliações de força (1 repetição máxima no Leg press180º, Remada sentada e Supino reto) e capacidade funcional (timed up and go, Physical Performance Battery) antes e ao final das4 semanas.Para a análise estatística foi realizada a Análise de Variância de medidas repetidas e post-hoc de Bonferroni para dados com distribuição normal, teste Mann Whitney U para dados não normalmente distribuídos, Deltas de variação (Δ%) para apresentar percentuais de mudanças e teste t independente para comparar as médias de percentual de mudança entre grupos.O nível de significância adotado foi p<0,05. O teste de Levene foi usado para verificar a variância entre grupos. Para classificação da responsividade, o desvio padrão da pontuação de alteração no CON foi multiplicado por 1.96. Indivíduos fora dessa faixa foram classificados com o Altos respondedores ou Baixos respondedores. Os resultados sugerem 16,6% de Altos respondedores no 1RM do supino reto e 8,4% na estimativa de 1RM no mesmo exercício, com 25% de Altos respondedores para velocidade média e de pico do teste Sentar e Levantar. Com relação às diferenças médias, observou-se aumentos significativos de força muscular somente para INT, sem diferenças entre grupos. Desse modo, conclui-se que 4 semanas de TR realizado com abordagem de dose mínima apresenta uma pequena taxa de Altos respondedores para força de membros superiores e para velocidade de membros inferiores. Além disso, a dose de treinamento utilizada parece ser insuficiente para gerar adaptações de força muscular e capacidade funcional maiores que o controle em mulheres de meia idade e idosas.
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EDIELEN DE LIMA SOUZA
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INFFLUÊNCIA DA IDADE, ESCOLARIDADE E ATIVIDADE REMUNERADA NA PERCEPÇÃO DE NÍVEIS DE ESTRESSE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ATLETAS DE FUTEBOL FEMININO
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Data: 20/04/2023
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O futebol é um dos esportes mais difundidos no mundo. O público feminino está conquistando maior relevância. A saúde mental é uma dimensão integral do bem-estar e desempenho do atleta e não pode ser separada da saúde física. Os acometimentos de estresse, ansiedade e depressão em atletas podem ser graves e incapacitantes. A avaliação e o gerenciamento da saúde mental em atletas devem ser acessíveis para a intervenção precoce e melhora da qualidade do ambiente esportivo. Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a influência da idade, escolaridade e atividade remunerada na percepção de níveis de estresse, ansiedade e depressão em atletas de futebol feminino. A coleta de dados ocorreu durante o Campeonato Paraense de Futebol Feminino. As atletas responderam um questionário sociodemográfico e as versões em língua portuguesa dos seguintes instrumentos: Perceived Stress Scale (PSS), Beck Anxiety Inventory (BAI) e Beck Depression Inventory (BDI). A análise dos dados foi realizada no software GraphPad Prism 9.5.1. Para correlacionar idade, escolaridade e atividade remunerada fora do futebol com níveis de estresse foi empregado o Fisher's exact test. Para correlacionar idade, escolaridade e atividade remunerada fora do futebol com níveis de sintomas de ansiedade e depressão foi realizado o Pearson's test chisquare. O índice de significância empregado foi de p<0,05. Idade e escolaridade não apresentaram correlação com as percepções das variáveis psicológicas analisadas neste estudo. A presença de atividade remunerada apresentou interferência apenas na percepção de sintomas de ansiedade moderada (p-valor: 0,0471). Ao analisar percepções de estresse, ansiedade e depressão em atletas de futebol feminino não há diferença de variabilidade relacionada à idade e escolaridade. A presença de atividade remunerada é um fator que merece atenção por influenciar a percepção de ansiedade moderada em atletas de futebol feminino, apesar de não interferir nas percepções de estresse e depressão.
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HELEN TATIANE SANTOS PONTES
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A INTERVENÇÃO EM DUPLA-TAREFA PROTEGE DO DECLÍNIO ASSOCIADO À IDADE NAS ATIVIDADES EM DUPLA TAREFA
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Data: 18/04/2023
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Introdução: A funcionalidade da pessoa idosa está entrelaçada à capacidade de dividir a atenção em dupla-tarefa da vida diária. A habilidade de coordenar a atenção em atividades motora e cognitiva realizadas simultaneamente decresce com o avançar da idade, o que pode gerar prejuízos para a capacidade funcional, elemento chave para a participação do idoso com vistas ao envelhecimento saudável. Objetivos: O objetivo principal do presente estudo é avaliar os efeitos de um protocolo de intervenção de exercícios físicos multimodal, em intensidade moderada, simultaneamente a estimulação cognitiva (dupla-tarefa) no custo da dupla-tarefa em idosos saudáveis da comunidade. Métodos: 70 idosos sem declínio cognitivo participaram do estudo, sendo agrupados em grupo de Exercício em Dupla Tarefa (DTEx, n=40) que realizaram o protocolo de intervenção de 24 sessões, 2 vezes por semana, por 75 minutos. O grupo controle (GC, n=30) recebeu informações sobre educação em saúde e não realizou exercícios físicos. ANOVA mista de medidas repetidas foi usada para análise do custo da dupla-tarefa e testes post hoc de Bonferroni foram usados para comparações intra e entre grupos. O projeto foi registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (UTN code: U1111-1233-6349) e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará (CAAE no. 03427318.3.0000.0018). Resultados: Houve interação Grupo x Tempo (F (1,68) = 7,207 p ≤ 0,009, η 2 p = 0,096) observado para desempenho do componente motor do custo da dupla-tarefa. O grupo DTEx apresentou manutenção do custo da velocidade da marcha em dupla-tarefa (Avaliação = -11,4 ± 3,0; Reavaliação= -10,2 ± -2,6, p = 0,665) enquanto o GC demonstrou aumento do custo de aproximadamente 49,76% (Avaliação:-10,4 ± 3,4; Reavaliação: -20,9 ± 3,0, p ≤ 0,002), passando a apresentar diferenças significativas (GC Reavalição: -20,9 ± 3,0; DTEx Reavaliação= -10,2 ± -2,6 p ≤ 0,011) no desempenho do componente motor do custo da dupla-tarefa entre os grupos na condição pós-intervenção. Não foram observados efeitos principais na avaliação do custo do componente cognitivo. Conclusões: Os resultados sugerem que exercício físico multimodal em intensidade moderada, associado a estimulação cognitiva em dupla-tarefa, atenuou o declínio no custo da dupla-tarefa em idosos, em comparação a idosos que não realizaram a intervenção. O custo da dupla-tarefa é uma importante medida clínica para avaliar a capacidade funcional e cognitiva na realização de tarefas de vida diária no envelhecimento.
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CLARA NARCISA SILVA ALMEIDA
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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO NEUROMUSCULAR E ESTRESSE OXIDATIVO EM PESSOAS EM TRANSIÇÃO PARA DOENÇA RENAL EM ESTÁGIO TERMINAL
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Data: 05/04/2023
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Introdução:A doença renal crônica frequentemente evolui de forma silenciosa para sua forma mais grave, a doença renal em estágio terminal (DRET). Conforme a doença progride, as alterações metabólicas resultantes da redução da função renal podem acarretar desordens neuromusculares e redução do desempenho funcional nessa população. Objetivos:Avaliar a função neuromuscular e o estresse oxidativo em pessoas em transição para DRET. Métodos: Estudo transversal, avaliando a função neuromuscular (excitabilidade neuromuscular, força muscular respiratória, força muscular periférica e capacidade funcional) e estresse oxidativo em pessoas em transição para DRET que iniciaram hemodiálise em caráter emergencial (grupo DRET) em comparação a pessoas sem doença renal (grupo controle)e sua associação. Resultados: Vinte e quatro participantes, 14 sem doença renal (42 ± 12 anos) e 14 no grupo DRET (53 ± 18 anos), foram avaliados. O grupo DRET, comparado aos controles sem doença renal,apresentou comprometimento na excitabilidade neuromuscular (cronaxia do vasto lateral, p = 0.008; cronaxia do tibial anterior, p = 0.001), na força muscular expiratória (p = 0.02), na força muscular periférica de membros inferiores (extensores de joelho, flexores de joelho, dorsiflexores e flexores plantares, todos p <0.001) e na capacidade funcional (p <0.001). Houve associação negativa entre a cronaxia do vasto lateral e do tibial anterior coma força muscular periférica e a capacidade funcional em pessoas com ou sem doença renal. Conclusão: Pessoas em transição para doença renal em estágio terminal que iniciaram hemodiálise em caráter emergencial apresentam alteração na função neuromuscular. Os achados deste estudo podem direcionar tanto estratégias de rastreio e monitoramento de deficiências neuromusculares quanto o planejamento de reabilitação.
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ANANDA QUARESMA NASCIMENTO
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MORTALIDADE POR CÂNCER COLORRETAL NO BRASIL E MEDIÇÕES INERCIAIS BASEADAS EM SMARTPHONES DURANTE O TESTE DO DEGRAU DE CHESTER COMO PREDITOR DE TEMPO DE INTERNAÇÃO NO PÓSOPERATÓRIO DE CÂNCER ABDOMINOPÉLVICO
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Data: 24/03/2023
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INTRODUÇÃO: Os cânceres que envolvem as regiões abdominal e pélvica estão entre as principais causas de mortalidade no Brasil, sendo necessário compreender melhor sua relação com os fatores sociodemográficos e clínicos para nortear políticas públicas. Dentre esses, o tipo colorretal (CCR) é a terceira principal causa de morte no mundo, sendo influenciado pela agressividade do tratamento. Portanto, identificar ferramentas úteis na avaliação da capacidade funcional de pacientes oncológicos em pré-operatório pode ajudar no direcionamento dos cuidados pós-operatórios e atuar diretamente em medidas de prevenção quaternárias. OBJETIVO: Analisar os fatores sociais e demográficos que predizem maior mortalidade por câncer colorretal e piores taxas de sobrevida, bem como verificar se a realização de procedimentos de triagem, diagnóstico e tratamento impactam na redução da mortalidade. Além disso, avaliar se o Teste do degrau de Chester (TDC), através do trabalho, VO2max estimado e análise do movimento por meio do giroscópio é preditor de tempo de internação hospitalar pósoperatória de pacientes oncológicos submetidos à cirurgias abdominopélvicas. MÉTODO: Foram analisados dados secundários e de acesso aberto do Departamento de Informação e Informática do SUS, SIDRA (Sistema IBGE de Recuperação Automática), e Sistemas de Informação Ambulatorial e Hospitalar. Também foram avaliados 51 pacientes oncológicos em pré-operatório de cirurgia abdominopélvica através do TDC associado a um giroscópio de smartphone. RESULTADOS: No Brasil, a mortalidade por CCR aumentou após os 45 anos. As maiores taxas de mortalidade ajustada foram encontradas entre os brancos e no Sul do país. Solteiros, casados e viúvos do Norte e do Nordeste apresentaram maior risco de morte do que os separados judicialmente do Sul. Menores taxas de sobrevivência foram observadas entre os indivíduos pardos, os separados judicialmente e os residentes na região Norte. Um aumento nas taxas de quimioterapia de primeira linha e diminuição de quimioterapia de segunda linha foram associados à alta mortalidade no Norte. No Sul, quimioterapia de segunda linha e ressecção abdominoperineal do reto foram associadas a alta mortalidade. Para os pacientes em préoperatório de cirurgia abdominopélvica, o tempo de internação 30 dias após a operação foi maior quando aqueles que realizaram o nível 1 do TDC apresentaram menor amplitude RMS e maior pico de energia. Além disso, a taxa de trabalho aumentou com a progressão do teste a partir do nível 3. O VO2máx elevado é preditor de tempo de internação para aqueles que completaram os níveis 3 e 4 do teste. CONCLUSÃO: Diferenças regionais em fatores sociodemográficos e procedimentos clínicos podem servir como diretrizes para o ajuste das políticas públicas de saúde. Além disso, o uso do giroscópio foi mais preciso na detecção de mudanças na amplitude RMS e pico de energia que predizem um resultado menos favorável para aqueles que cumpriram o nível 1 do TDC. O VO2máx foi capaz de predizer maior tempo de internação pós-operatória somente após o nível 3 do teste e o trabalho não foi uma variável capaz de traduzir a real capacidade física dos pacientes avaliados.
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LARISSA NAZARE QUEIROZ DE ARAUJO ALMEIDA
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REPRESENTAÇÕES DAS AÇÕES EM MULHERES MASTECTOMIZADAS: EXEMPLO DE UMA TAREFA DE ROTAÇÃO MENTAL
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Data: 06/03/2023
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O câncer de mama é uma doença agressiva e mutiladora responsável pelo maior número de mortalidade de mulheres no Brasil. O pós-operatório da mastectomia leva a limitações de movimento do membro superior ipsilateral à mama afetada. Esta pesquisa teve como objetivo adquirir elementos que auxiliem na avaliação de mulheres mastectomizada através de uma tarefa de rotação mental (i.e., julgamento de lateralidade de mão) a fim de verificar o comprometimento nas representações motoras do membro superior ipsilateral ou contralateral a mama afetada após a mastectomia. Foi realizado um experimento de julgamento de lateralidade de mão, no qual a participante identificava se as imagens projetadas numa tela de computador representavam uma mão direita ou esquerda. Respeitando os critérios de inclusão e exclusão, participaram do estudo 17 mulheres, sendo 9 mastectomizadas com algum grau de limitação de movimento do membro superior ipsilateral à mama afetada e 8 saudáveis que realizaram o mesmo experimento, no Laboratório de Avaliação e Reabilitação das Disfunções Cardiovasculares, Oncológica e Respiratória - LACOR (UFPA). Os resultados apontaram uma taxa de acerto menor para as mulheres mastectomizadas quando avaliam a lateralidade da mão ipsilateral a mama afetada em comparação ao grupo controle,particularmente para as posturas biomecanicamente difíceis (i.e., vista palmar e orientação de 90° lateral). Tais resultados sugerem mudanças nas representações das ações associadas ao membro ipsilateral a mama afetada.
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LORENNA COSTA MALAQUIAS
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MENSURAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO SPINAL APPEARANCE QUESTIONNAIRE EM ADOLESCENTES COM ESCOLIOSE IDIOPÁTICA: uma revisão sistemática
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Data: 01/03/2023
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Objetivo: examinar de forma sistemática as propriedades clinimétricas do instrumento Spinal Appearance Questionnaire (SAQ) em suas adaptações transculturais em diferentes idiomas. Método: Foram utilizadas para o rastreio de estudos até 16 de julho de 2022 as bases de dados Medline (PubMed), CINAHL, EMBASE, Science Direct, PsycINFO, OAIster e WorldWideScience.org. Foram incluídos nesta revisão os registros sobre o desenvolvimento, avaliação e traduções do instrumento SAQ com adolescentes em escoliose idiopática. Além disso, dois revisores definiram se os estudos eram elegíveis, assim como procederam análises de suas propriedades psicométricas de Consistência interna, Confiabilidade, Validade de conteúdo, Validade transcultural, Validade de Construto e Validade Estrutural, segundo a COnsensus-based Standards for the selection of health Measurement INstruments (COSMIN). A Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE), recomendação de classificação de qualidade modificada foi aplicada para síntese de evidências. Resultados: Foram selecionados 95 artigos por título e resumo. Após a remoção de duplicatas, leitura completa e busca nas referências, totalizaram-se 13 estudos nesta revisão. A versão original do SAQ foi descrita em língua inglesa e sua análise foi feita em 2 artigos e as o instrumento foi traduzido em Polonês, Francês Canadense, Chinês Simples, Espanhol (Europa), Dinamarquês, Chinês Tradicional, Português (Brasil), Coreano, Alemão, Turco e Persa. A evidência foi moderada para Validade de construto, baixa para Consistência interna, muito baixa para Confiabilidade e Validade Transcultural; as propriedades de Validade de conteúdo e estrutural não apresentaram dados mínimos para classificação. Conclusão: A qualidade das propriedades clinimétricas do instrumento SAQ para pacientes com Escoliose Idiopática do Adolescente foi baixa, devido à ausência de propriedades de análise clinimétrica ou qualidade metodológica duvidosa. Contudo, recomendamos o instrumento para a avalição da autopercepção da coluna em adolescentes por suas características próprias de organização, sua tradução mais atual no idioma A versão Persa destacou-se perante os demais por sua amostra e organização de testes estatísticos claramente descritos, compatíveis com a proposta geral da pesquisa e fortalecendo as exposições das propriedades de medição estudadas.
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