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Banca de DEFESA: GILBERTO DOS SANTOS MARTINS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILBERTO DOS SANTOS MARTINS
DATA: 13/09/2022
HORA: 09:00
LOCAL: PPGARTES
TÍTULO:

TEMPO DE ESPERA: contextos, memórias e fortuna crítica da peça de Aldo Leite


PALAVRAS-CHAVES:

Teatro brasileiro. Teatro maranhense. Teatro amador. Memória.


PÁGINAS: 494
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Artes
SUBÁREA: Teatro
ESPECIALIDADE: Dramaturgia
RESUMO:

O presente estudo busca por meio da fortuna crítica, analisar as narrativas escritas e orais produzidas a partir da repercussão estética e política da encenação Tempo de Espera, de autoria do ator, diretor, professor e dramaturgo maranhense Aldo Leite (1941-2016). Essa encenação foi produzida no contexto do Grupo Teatral Mutirão, de São Luís do Maranhão, no ano de 1975, e circulou por todas as regiões do Brasil e em cidades da Europa (Nancy, Lille, Paris, Colônia, Munique, Mettingen, Rotterdam e Amsterdam), entre os anos de 1975 e 1978. Tempo de Espera trata do estado de inanição física e motivacional de uma família do interior do Maranhão diante da pobreza extrema na qual está imersa. Com cinco personagens e uma linguagem que abre mão da palavra na cena, esse espetáculo foi alvo de inúmeras narrativas e marcou a memória do teatro maranhense do século XX. A fortuna crítica de Tempo de Espera dá destaque para o impacto da coragem do conteúdo dessa encenação, a miséria e extrema pobreza do povo brasileiro posto em cena em meio ao período histórico brasileiro conhecido como “anos de chumbo” (década de 1970). Na contramão do discurso oficioso de prosperidade econômica do Brasil, propalado pelos governos ditatoriais, Aldo Leite e seu grupo expõem as feridas e as veias ainda abertas da sociedade brasileira; a fome e o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza no Brasil ganha os palcos do Maranhão, do Brasil e do exterior causando certa indignação dos seus expectadores. Outra ênfase interpretada pelas narrativas da fortuna crítica dessa obra é a sua organização cênica; primoroso trabalho de interpretação dos atores que, embora não tendo formação teórica e acadêmica específica, evidenciaram uma práxis cênica colocada em discussão pelo seu público, e estudiosos do teatro, incidindo, assim, luz aos artistas amadores locais e de outras localidades do Brasil, convencionalmente caracterizados de maneira restrita. Tempo de Espera, para o contexto teatral local, pauta a ampliação do entendimento de “amador”. Dessa maneira algumas perguntas balizadoras perpassam este estudo, quais sejam: em que medida essas narrativas estéticas e políticas puderam contribuir para o entendimento de Tempo de Espera como a responsável pela projeção do teatro maranhense no cenário nacional? Tempo de Espera poderia ser considerado um reflexo ou uma amostra do fortalecimento e amadurecimento do movimento de teatro amador feito no Maranhão e no Brasil? O que, em si, representa ou representou Tempo de Espera, em termos estéticos e políticos para além das memórias nostálgicas, para a renovação do teatro maranhense e brasileiro na segunda metade do século XX? Quais são as potencialidades que essa encenação trouxe que a distingue das demais no Maranhão e no Brasil, numa perspectiva experimental e não empresarial? A análise em questão permitirá compreender em que medida essa encenação contribuiu para a efervescência teatral ocorrida na cidade de São Luís na década de 1970, assim como para o debate de um fortalecimento da cena teatral amadora local e brasileira. Para adentar ao processo de construção do corpus textual e análise qualitativa do objeto artístico em questão, alguns procedimentos teórico-metodológicos são adotados: Pesquisa Documental (CELLLARD, 2008); a Memória (História Oral) (POLLAK, 1989; NORA, 1993; RABETTI, 2006); e Análise de Discurso (CAREGNATO; MUTTI, 2006; PÊCHEUX, 1993).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6327533 - BENEDITA AFONSO MARTINS
Interno - 1277653 - CESARIO AUGUSTO PIMENTEL DE ALENCAR
Interno - 2124568 - IVONE MARIA XAVIER DE AMORIM ALMEIDA
Externo à Instituição - FERNANDA AREIAS DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - TACITO BORRALHO
Notícia cadastrada em: 12/09/2022 09:49
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