Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • SAMELA CRISTINA DE SOUZA JORGE
  • Iracema Oliveira: Mestra da Cultura e do Teatro Popular no Pará

  • Orientador : JOSE DENIS DE OLIVEIRA BEZERRA
  • Data: 29/04/2024
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  • A presente pesquisa investigou a trajetória da Mestra de Cultura Popular Iracema Oliveira e os sentidos socioculturais de seu trabalho junto ao movimento artístico popular da cidade de Belém do Pará. Guardiã do Pássaro Junino Tucano, coordenadora da Pastorinha Filhas de Sion e do grupo parafolclórico Frutos do Pará, Iracema Oliveira apresenta uma metodologia própria de transmissão de saberes, uma organização de processos artísticos que contribuem para o entendimento da cultura popular como um processo dinâmico, construído ao longo do tempo e atravessado pela política e pelas mudanças sociais. Metodologicamente, lançamos mão da observação participante (Minayo, 2001; Whyte, 2005) e da pesquisa documental, transitando entre epistemologias sobre arte, música, teatro, cultura popular, história cultural amazônica, para debater sobre identidade, memória e cultura local a partir do fenômeno da pesquisa, baseando-nos em questões levantadas por Joël Candau (2012), Stuart Hall (2006), Bezerra (2016), Fares e Rodrigues (2017) entre outros. Como resultado, esperamos que a pesquisa contribua com novas perspectivas sobre o sistema da arte popular paraense, a partir da trajetória da Mestra Iracema Oliveira, reunindo um potencial acervo de memórias, que contam sobre suas experiências de arte e vida, e os sentidos socioculturais de práticas artísticas populares da capital paraense, semeadas historicamente e mantidas no tempo presente pelo desejo coletivo de fazer, cantar e dançar as tradições.

  • RENATA DE FATIMA DA COSTA MAUES

  • Fléxa Ribeiro, Manoel Pastana e Iris Pereira: Crítica e Artistas na Arte Decorativa nas décadas de 1920 a 1940


  • Orientador : ROSANGELA MARQUES DE BRITTO
  • Data: 29/04/2024
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  • A tese tem como objetivo realizar reflexões críticas na fronteira entre arte e arte decorativa, tomando como foco três importantes personagens oriundos do norte do País: Manoel Pastana, Iris Pereira e Fléxa Ribeiro, que tiveram participação ativa na defesa da arte decorativa, ora como artistas na produção de peças para serem utilizadas pelas indústrias, com a criação de modelos de cunho nacional, utilizando a fauna e flora brasileiras e as referências das diversas etnias originárias da Região Norte, ou como intelectual e crítico de arte que vivenciou de perto essas transformações sociais, relacionadas ao ensino da arte na ENBA e as mudanças propostas com a criação do curso de arte decorativa, de modo a estimular também o desenvolvimento do pais. As três personalidades têm em comum o fato de serem paraenses, trabalharem e defenderem a arte decorativa e variando as proporções sofrerem com a falta de reconhecimento e apagamento dentro do cenário da arte brasileira. Desse modo, a tese busca esse reconhecimento, recuperar informações importantes relacionadas a eles e suas participações no cenário artístico de sua época. O marco temporal são as décadas de 20, 30 e 40, do século passado, período de grande produção artística e literária dos paraenses pesquisados, delimitados também nos desenhos existentes no Pará e na cidade do Rio de Janeiro, elaborados por Pastana e Iris Pereira, que trabalharam com arte decorativa, para aplicação pelas indústrias artísticas e dos artigos de Fléxa Ribeiro publicados em Jornais e revistas como O Paíz, Correio Paulistano e Ilustração Brasileira. A pesquisa foi realizada nas instituições existentes em Belém e Rio de Janeiro, levando em conta a limitação e o alcance geográfico. Nas coleções particulares, como também nos Arquivos, Bibliotecas, centradas nas fontes jornalísticas, periódicos e coleções existentes nos museus.

  • MARCELA GUEDES CABRAL
  • A Existência das Obras Performáticas de Berna Reale e Lúcia Gomes nas Coleções de Jorge Alex Athias e no Fundo Z - Casa das Onze Janelas em Belém do Pará

  • Orientador : ANA CLAUDIA DO AMARAL LEAO
  • Data: 08/03/2024
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  • A presente pesquisa tem como objetivo compreender como se dá o colecionamento, em específico, a preservação das informações e da poética dos processos artísticos de caráter performático, por meio da aquisição e produção de documentação dessas obras, o que permite a existência da obra em diversos modos, permitindo sua entrada em acervos de coleções públicas e particulares. Para observação empírica, a pesquisa se debruça sobre a obra de duas artistas paraenses que produzem expressivamente obras performáticas e sobre duas coleções, na cidade de Belém-PA, uma pública e outra particular - onde as das duas artistas obras foram expostas, a saber, Berna Reale e Lúcia Gomes na Coleção Fundo Z da Casa das Onze Janelas, pública, e na Coleção de Arte de Jorge Alex Athias, particular. Considerando que a obra de arte contemporânea de caráter performativo, a exemplo da performance e o do happening, desafiam os/as profissionais de museus em suas ações de preservação por meio da documentação das informações e das poéticas desenvolvidas pelos/as artistas, compreendemos que se faz necessária a investigação sobre as perspectivas desse tipo de preservação, com o apoio das enunciadoras do discurso da arte e das instituições, que produzem os discursos sobre arte. Deste modo, trata-se de uma pesquisa configurada como análise associativa de abordagem qualitativa. Parte-se de uma perspectiva teórico-empírica e associativa entre o processo de musealização da obra performática de duas artistas em duas coleções, sendo uma pública e outra privada. Envolve também observação in loco do processo documentado das artistas nas Coleções, bem como análise da documentação, informações intrínsecas e extrínsecas e os discursos sobre e das artistas. Também se recorre a entrevistas semiestruturadas com as artistas, com o colecionador e com os profissionais da Casa das Onze Janelas.

  • YURE LEE ALMEIDA MARTINS
  •  MEMÓRIAS DAS ARTES CIRCENSES DE RUA EM BELÉM-PARÁ       

          

     

     

     

  • Orientador : BENEDITA AFONSO MARTINS
  • Data: 29/02/2024
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  • Essa tese se propôs a pensar os artistas circenses de rua atuais da região metropolitana de Belém como sujeitos históricos, sujeitos da memória. Pessoas e artistas com uma origem e trajetórias catapultadas por artistas formados pelas primeiras turmas de escolas de circo do Brasil e da América Latina (“viajeiros”). Artistas circenses de rua que são a todo instante invisibilizados por optarem pela rua como palco principal. A escrita se segue como um estudo sobre memória, adotando a descrição da estrutura de um espetáculo de circo de rua. Em um primeiro capítulo pretende-se realizar uma discussão sobre memória e os lugares de memória circense na cidade de Belém como a Escola Circo Mano Silva. Destacar a peculiaridades das artes circenses recentes na cidade. Fazer uma contextualização de como o circo itinerante ganha uma nova roupagem através de artistas circenses de rua no Brasil e especificamente em Belém. Em um segundo capítulo tentarei apresentar em linhas gerais a permeabilidade de artistas, grupos e trupes na cidade de Belém. Destacar aspectos ímpares de se trabalhar com linguagens do circo na região como existência de trupes e circos não itinerantes. Destaco principalmente a análise de memórias e trajetórias de vida dos sujeitos envolvidos com o movimento cultural circense na cidade. Como o “Encontro Semanal de Malabares e Circo”, um impulsionador para os muitos artistas circenses locais. Bem como o “Palco aberto”, uma forma de formação de plateia para o circo de rua em Belém autogerida e comunitária muito importante para o desenvolvimento de movimentos, grupos e coletivos de arte de rua envolvidos com circo (como Circopaíba e Circo Nós Tantos). E por fim apresentar de forma mais pormenorizada a minha relação com o circo, minhas memórias complementadas por outras memórias, nossas poéticas e dramaturgias.

     

  • ARIANNE ROBERTA PIMENTEL GONCALVES
  • A ENCRUZULHADA DE ZÉ PELINTRA COM TRÊS MESTRES-SALAS PARAENSES: POR UMA ANCESTRALIDADE ARTÍSTICA. 

  • Orientador : MIGUEL DE SANTA BRIGIDA JUNIOR
  • Data: 26/02/2024
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  • Esta pesquisa versa sobre a instauração poética da noção de Ancestralidade Artística assentada pelas dimensões encruzas entre Zé Pelintra – o grande ancestral malandro da Umbanda – e o Mestre-sala, emblemático personagem do carnaval brasileiro de escola de samba, na relação mítica, sagrada e artística da espetacularidade ancestral do samba. É uma pesquisa-encruzilhada de construção epistemológica afrocentrada e de guerrilha decolonial que propõe desconstruções de perspectivas emolduradas e hierarquizadas estabelecidas ao corpo. Exu é o grande ancestral-epistemológico, força transgressora e movente, a encruzilhada enquanto motriz de atravessamentos e a malandragem enquanto filosofia e poética dos homens-malandros pesquisados. Zé Pelintra e Mestre-sala são corpos encantados, homens da rua, do terreiro, do samba, assim denominados pela observação das diversas e profundas relações destes espaços-territórios em suas poéticas. A pesquisa apresenta uma iconografia própria, com símbolos e significados específicos atrelados aos fundamentos da Escrita Sagrada da Umbanda, os pontos riscados, e do riscado dançado dos mestres-salas Nando Elegância, Bené Brito e Fábio de Cássio, três “entidades”, negros, afro-religiosos, célebres mestres-salas do carnaval paraense, sujeitos-protagonistas da pesquisa que evidenciam a espetacularidade do riscado na Amazônia. A Metodologia-Etno-Encruza é uma instauração autoral da pesquisa, assentada pelo processo de escuta sensível do fenômeno, sustentada pela Etnocenologia, principal base teórico-metodológica e pelas imersões ancestres e criações artísticas da pesquisadora exuística enquanto mulher, mãe-artista-porta-bandeira.

  • JEFFERSON ALOYSIO DE MELO LUZ
  • ONDE ESTÁ AQUELE POVO BARULHENTO? Uma etnografia musical para compreender os corinhos pentecostais da Assembleia de Deus em Belém.

  • Orientador : LILIAM CRISTINA BARROS COHEN
  • Data: 31/01/2024
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  • Neste trabalho, de cunho etnomusicológico, o autor lança um olhar sobre suas memórias com o objetivo de compreender a natureza, significados, função litúrgica e estruturas musicais dos corinhos pentecostais no culto. Através de uma cartografia da memória mesclada a uma abordagem autoetnográfica, os caminhos percorridos atravessaram as noções de acustemologia, de Feld (2015, 2020) conjugada a doutrina do Ethos musical (SILVA, 2019; GROUT e PALISCA, 2007), conectada a noção mito fundador (SALDANHA, 2018), levando em conta a trajetória do movimento pentecostal e da Igreja Assembleia de Deus na História (FRESTON, 1994; MATOS, 2006; OLIVEIRA 2013), além de buscar entender a dinâmica icônica dos elementos rituais na liturgia pentecostal que conduz o crente à experiência de entusiasmo religioso (STEPHENSON, 2019; ALBRECHT, 1999). Sua conclusão é de que os corinhos pentecostais são elementos estruturantes da liturgia pentecostal dispostos entre elementos litúrgicos fixos a fim de dinamizar o caminho até o entusiasmo ou êxtase religioso, que é o alvo principal da espiritualidade pentecostal; e que a simplicidade da estrutura, contornos musicais e das letras configura uma estratégia de conversão simbólica que transmuta os valores e crenças fundamentais da fé pentecostal em ícones sonoros rituais para realizar função análoga a um dos ícones medievais.

  • JANICE SHIRLEY SOUZA LIMA
  • MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO MUSEAL EM BELÉM:

    UMA CARTOGRAFIA DE EXPERIÊNCIAS PLURAIS

  • Data: 31/01/2024
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  • A pesquisa detém-se nos processos de educação museal experienciados em diversos museus públicos de Belém/PA por mim - artista, professora, pesquisadora, gestora e técnica cultural. Ocorre numa cartografia dessas experiências, situando-me como profissional de museu, em diversos espaços museológicos de Belém/PA ao longo de trinta anos, especialmente no Museu de Arte de Belém (MABE), onde além de exercer o cargo de técnica em assuntos culturais, na função de pesquisadora, atuei em sua gestão no período de 2017 a 2021. Teórica e metodologicamente os processos cartográficos tratados por Deleuze; Guattari (1995; 1997; 2012) e Rolnik (2016), além de outros autores, são referenciados, valendo-me das noções mobilizadoras de rizoma, dispositivo de memórias, território e ritornelo que compõem o seu vocabulário. Aciono três questões que orientam os percursos da pesquisa: Na desocultação e no tensionamento das políticas de estruturação e organização dos museus públicos, especialmente do MABE, qual o lugar da educação no museu? Que experiências podem fundamentar uma prática educacional em museus, capaz de enfrentar a hierarquização dos campos de conhecimento dos profissionais nesses espaços? Como decolonizar esse espaço museológico em processos de educação museal? A imagem-memória do pássaro mítico sankofa e a imagem-força da embarcação de Klinger Carvalho, obra de arte intitulada “Entre duas margens” que compõe o acervo do MABE, são as linhas imaginárias de agenciamento que deslocam, conduzem, e ancoram os processos de navegação cartográfica da tese, misturas de minhas leituras e experiências museológicas na composição de um mapa dessas práticas em seus desenvolvimentos e devires.

  • PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA GOMES
  • MERCADO DO ARTESANATO BRASILEIRO: ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
    EM UM PARALELO COM A ARTE E SEU SISTEMA

  • Data: 26/01/2024
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  • O mercado de arte popular e artesanato ainda é um espaço que recebe pouca atenção do campo de estudo acadêmico das artes. Normalmente os olhares voltados a esse segmento do mercado de arte são focados exclusivamente em análises de desenvolvimento econômico. A tese resultado dessa pesquisa busca ampliar esse olhar, considerando a natureza interdisciplinar na qual está inserida a atividade de produção e circulação das artesanias no contexto brasileiro. Intentando criar um quadro que estimule uma visão multidisciplinar sobre o fenômeno, apresento dados que se relacionam com a prática do mercado voltada ao interesse econômico e vou além, fazendo links que consigam relacionar de que forma esse mercado se relaciona com o sistema da arte. Indicar pontos que aproximam e que distanciam esse mercado do outro, o da arte contemporânea, também faz parte da abordagem. O documento apresenta os fatos relacionados ao tema através de experiências postas no Brasil, buscando apresentar o cenário de forma atualizada, dando voz aos agentes envolvidos nesse circuito e apresentando casos aplicados que atuam diretamente na dinâmica da relação entre esse segmento do mercado e o próprio sistema da arte.

  • RITA DE CASSIA CABRAL RODRIGUES DE FRANCA
  • Representações dos/as docentes sobre as práticas educativas: As relações étnico-raciais no contexto do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da UFPA

  • Data: 25/01/2024
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  • Esta tese surge do desejo de desvelar o campo dos/as docentes e as imagens das representações deles/as sobre suas práticas educativas e as relações étnico-raciais. Assim, objetivou analisar as representações dos/as docentes do curso de Licenciatura em Artes Visuais sobre suas práticas educativas centradas na temática das relações étnico-raciais no ensino/aprendizagem e suas implicações na formação inicial dos/as discentes. Buscou-se responder a seguinte questão central: Quais as representações dos/as docentes do curso de Licenciatura em Artes Visuais sobre suas práticas educativas centradas na temática das relações étnico-raciais no ensino/aprendizagem e suas implicações na formação dos/as discentes na Universidade Federal do Pará. É uma pesquisa com multimetodologias, foram utilizados: qualitativo descritivo; estudo bibliográfico; estado da arte, estudo de caso e pesquisa de campo. A análise de conteúdo com Bardin (2016) e a analogia e imbricação da Abordagem Triangular de Ana Mae Barbosa (2014; 2010) e os polos metodológicos de Chartier (1990). Foram abordados conceitos estruturantes para esta tese nas áreas de Artes e Educação, da Antropologia, bem como da Sociologia e Estudos Culturais. No Ensino de Arte, a base teórica com Barbosa (2002, 2014, 2010,). Para fundamentar as análises, os/as autores/as Ferraz e Fusari (2009); Pimenta (2009), Nóvoa (1997, 2016), Coelho (2009); Paulo Freire (2009), Magalhães (2019) e Veiga (2009); Gomes (2005), Guimarães (2004, 2008), Walsh (2005, 2009), Munanga (2004, 2002), Schwarcz (2008, 2012); Pimenta e Anastasiou (2014), Masetto (2003); Bourdieu (2009); Chartier (1990, 1991) entre outros foram essenciais. Os documentos oficiais do MEC; Projeto Pedagógico do curso de Licenciatura em Artes Visuais (2007, 2019); os Planos de Ensino dos/as docentes e os questionários aplicados aos/as docentes e discentes do curso de Licenciatura de Artes Visuais/FAV, foram relevantes. Consideramos como resultados das análises e reflexões das categorias na metodologia triangulação das representações dos/as docentes elaborado nesta pesquisa, no que tange ao campo docente, a identidade profissional dos investigados se apresenta diversificada, com formação em outras áreas de conhecimento, mas 69 % buscaram fundamentos teóricos na formação continuada na área de Arte/Artes Visuais e na educação; há carência de pesquisas no campo das Artes, mais especificamente na Licenciatura em Artes Visuais, principalmente pesquisas com a temática concernente à formação em Artes Visuais e relações étnico-raciais; a abordagem das relações étnico-raciais ainda acontecem pontuais, em algumas disciplinas no currículo do curso; as representações da dimensão documentos, revelaram contradições, ou seja, equívoco na impressão projetada nas análises dos PPCs 2007 e 2019, no processo comparativo com os Planos de Ensino e o dito dos/as docentes sobre as práticas educativas e relações étnico-raciais; na dimensão formação, faltam, discussões sobre a legislação educacional, BNCC, “Novo Ensino Médio, Resolução 02/2019”; na dimensão prática educativa o currículo defendido no PPC de 2019 tem avanços, porém não caminha em conformidade com uma boa parte dos Planos de Ensino das Disciplinas. Com base nas contradições evidenciou-se a necessidade de ampliação de espaços de diálogos nas formações. É preciso rever os documentos e as práticas educativas dos/as docentes para se propor novos caminhos, outras estratégias, que a temática das relações étnico-raciais esteja de forma circunstanciada presente no currículo, nas narrativas pedagógicas/artísticas/estéticas/culturais dos/as docentes/discentes no curso de licenciatura em Artes Visuais. 

2023
Descrição
  • JUANIELSON ALVES SILVA
  • CORPO OCUPANTE AUTOCRIDOR: Diálogos possíveis entre fazer artístico e Diversidade sexual e de gênero

  • Data: 28/12/2023
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  • Esta tese nasce do desejo de compreender os processos artísticos, em especial os atravessados pelas questões de gênero e sexualidade, como modos de existência e resistência, de tal forma que o corpo possa ser tomado também como obra em processo na relação que tece entre Arte&vida. Assim sendo, objetivo, por meio desta pesquisa, tecer a noção de Corpo Ocupante Criador a partir de um processo de autocriação artística (LAVAND, 2021) que, por meio de insurreições e insubordinações ao sistema de violências de gênero vigentes, gera caminhos possíveis para o tensionamento do dispositivo de violência e vigilância do gênero e da sexualidade, isto é a LGBTFobia. Como autocriação artística, entende-se o processo pelo qual o artista, enquanto debruçasse sobre a criação de suas obras e/ou vive determinadas experiências artístico-culturais, reordena suas percepções sobre o mundo e, por conseguinte, reinventa a si mesmo e as coletividades que o circunda. Para isso, reflito sobre uma série de processos que podem ser lidos como práticas artísticas LGBTQIA+, vivenciadas por mim, em especial por meio da ou a partir da Dança, entre os anos de 2019 e 2023. Além disso, converso com autores do campo da pesquisa em artes/dança, tais como Silvio Zamboni (2001),  Rita F. Aquino (2018),  Sylvie Fortin e Pierre Gosselin (2014) e Brad Haseman (2015), para dobrar esta pesquisa enquanto uma pesquisa em Dança que não faz uso de abordagens metodológicas pré-codificas e inventa seu próprio modo de fazer a partir de seu entendimento enquanto uma pesquisa perfomativa guiada-pela-prática (HASEMAN, 2015); autores dos campos do processo criativo em artes/dança tais como Ana Flavia Mendes (2010), Cecilia Salles (2013) pra articular a dança enquanto linguagem artística, processo de vida e fazer político; autores do campo dos estudos de gênero e sexualidade tais como Michel Foucault (1988), Daniel Borrillo (2016), Viviane Vergueiro (2016) e Marlon M. Bailey (2013), entre outros, para   materializar linhas de força entre o Corpo Ocupante Criadore sua função social artivista dos direitos humanos, em especificamente do direito a existência da comunidade LGBTQIA+ com suas dobraduras e intersecções. Defendo de tal forma, enquanto tese que, o Corpo Ocupante Criador se apresenta enquanto um processo de autocriação artística e, por conseguinte, um processo em que o artista implicado no seu fazer poético, abre espaços para a construção de um outro corpo para si e nesse tramite agencia também transformações em suas coletividades e vice-versa. Tomando assim consciência sobre as questões de gênero, sexualidade, racialidade e territorialidade. Um fazer-pensar artístico implicado com a formação de uma outra sensibilidade que amplie as formas de vida, das minorias, dos excluídos e dos corpos marginalizados. Um fazer-pensar artístico capaz de inventar outros modos de operação com o corpo que tencionam o cis-heteropatriarcado.  

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  • KEYLA CRISTINA TIKKA SOBRAL
  • VIAGEM DE K.

    Notas sobre uma viagem inventada 
  • Data: 22/12/2023
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  • Viajante K – Notas sobre uma autoficção é uma pesquisa sobre a relação da palavra, imagem e literatura na arte contemporânea, onde se propõe, em processo artístico o borramento das fronteiras que separam essas linguagens entre si, gerando assim, a construção de um livro de artista autoficcional constituída em obra a partir de uma viagem em um território inventado. Trata-se de uma experiência em artes visuais onde há um limite tênue com a literatura, ou, melhor dizendo é uma escrita de uma artista visual que introduz a palavra como forma, seu elemento imagético.

  • LEONARDO CORRÊA BOTTA PEREIRA
  • CANTO COLETIVO: UMA HISTÓRIA DE PRÁTICAS E IDENTIDADES MUSICAIS NO MARANHÃO (1880-1915)

  • Data: 18/12/2023
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  • Esta pesquisa teve como objetivo investigar práticas vocais coletivas que se constituíram na cena artística maranhense, entre os anos de 1880 e 1915, buscando compreender as relações entre agentes, instituições e a sociedade. Com base no enfoque teórico-metodológico centralizado nos campos da História Cultural e da Musicologia Histórica, partindo da hipótese que o hibridismo cultural se constitui na base que define as manifestações vocais no Maranhão - aqui compreendidas como “CANTO COLETIVO” - elaboramos uma descrição dos atributos correlatos ao desenvolvimento de musicalidades, mecanismos produtivos, trânsitos e circularidades no propósito de caracterizar, a partir da documentação histórica localizada, representações das identidades musicais nelas refletidas. Por consequência, traçamos um panorama sobre o Canto Coletivo, desvelando conceitos, terminologias, definições utilizadas e seus desdobramentos, de forma a estabelecer o que consideraríamos relevante identificar nas práticas, nas representações do objeto. Apresentamos alguns dados históricos sobre a região pesquisada, a partir do cruzamento preliminar entre questões políticas e sociais com reflexos na vida artística local. Revelamos algumas leituras do corpus selecionado no objeto de pesquisa. Neste enredo, abordamos a dinâmica peculiar desencadeada pelas manifestações religiosas, ao colocar em contato diferentes grupos culturais. Tratamos da difusão da ópera no tecido social, onde narramos as relações existentes entre a comunidade imigrante – Companhias Líricas e a sociedade local, dando importância aos impactos no uso emblemático da ópera, dos repertórios à sua representatividade e influências. Analisamos o papel da educação na formação de um quadro representativo dos valores que o poder local buscou consolidar a partir da identificação dos diversos contextos educativos, práticas pedagógicas e incidências artísticas. Mencionamos a importante presença do Canto Coletivo nas tradições de populações então marginalizadas, oriundas das culturas de matrizes africanas, aqui representadas em manifestações festivas, brincadeiras e folguedos como a Festa do Divino Espírito Santo, Bumba-meu-Boi e o Tambor de Crioula bem como a omissão relegada à cultura musical dos povos originários e seu valor representativo, ao longo do período em questão, num visível processo de obliteração.

  • CLAUDIA DO SOCORRO GOMES DA SILVA
  • Estado de bonequice: entre a menina que engole lágrimas pelos olhos e a mulher em fuga do hospital de bonecas.

  • Data: 11/12/2023
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  • O “projétil” da pesquisa é o encontro-confronto entre uma menina que engole lágrimas pelos olhos e uma mulher em fuga do hospital de bonecas, elas representam minha existência de vida-morte-ressureição. A tese é acompanhada por conceitos-chave: dramaturgia pessoal, violência contra mulher, arte feminismo, teatro movente e estado de bonequice. Os dois últimos são conceitos criados no processo. Os outros três são dialogados com algumas mulheres, como: Ana Flávia Mendes (2008), Anna Marieta (2018), Chimamanda Adichie (2017), Bell Hooks (2021, 2020a, 2020b, 2019), Louise Beaugeois (1998), Ingrid Gomes (2023), Márcia Kambemba (2020, Thalia Santos (2020), Tarsila Maquiavel (2023), Suzi Lacerda (2023), Wald Lima (2004) e outras. Recorro ao método cartográfico e acredito, assim como (Sandra Rey, 1996) que o “objeto” é um projétil, ou seja, é um alvo carregado de incertezas e movências. Por conseguinte, parto da escrivivência (Conceição Evaristo, 2015), mergulhada em esquizoescritura Deleuze e   Guatarri (2011), fractacionalizada e remendada com interstícios de lembranças da “realidade” Annie Ernaux (2007) - autoficção de Doubrovksy (1977) e Sequeira (2020). A tese é estruturada primeiramente em três sessões, divididas em dois ensaios, quais sejam: a menina que engole lágrimas pelos olhos e a mulher em fuga do hospital de bonecas. Os 2 ensaios possuem uma narradora: Charlotte Gomes Berbié, ma petite que virou carcaça-cadáver, antes de nascer, em terra estrangeira. A terceira sessão é uma constelação de aparições de 7 personagens baseadas nas “mortas” e nas “vivas” da minha ancestralidade e agregam-ajuntam também trabalhos de artistas que me carregam em mãos de nuvens cuidadosas. Acredito que a pesquisa, sobre ancestralidade e violência contra mulheres, possui densa dimensão artística-política (arte feminismo), além de cooperativa, dialógica e pedagógica Paulo Freire (1987, 1989).





  • MELISSA BARBERY LIMA
  • EXPERIÊNCIA DE EXISTIR NA PESQUISA EM ARTES COMO ATO POÉTICO: O Ponto de Dobra e a ativação artística, Lamber a cidade

  • Data: 27/11/2023
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  • Este memorial/tese está situado na Linha de Pesquisa destinada ao Artista-pesquisador, aborda a experiência de existir na pesquisa em artes como ato poético, o percurso constituído por este experimento se desenvolve por meio do conceito de Ponto de Dobra e da Ativação artística Lamber a cidade. Nos primeiros experimentos, esta intervenção urbana videográfica se apresentou tendo como influência direta o texto “Flagrados em delito contra a noite/Manifesto Cural” de Vicente Cecim (1983) e o Livro/Catálogo “Levantes” (Didi-Huberman, 2017). Como fruto do trajeto percorrido pela artista acredita-se que a presença do artista pesquisador na universidade é uma prática fundamental para uma perspectiva singular da relação arte e sociedade.

     

     

  • ANDREZA BARROSO DA SILVA
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    DANÇAEIRA

    O Corpo Feminino Afro-amazônico nas Malandragens e Vadiagens da Capoeira para a Decolonização em Dança Contemporânea.



  • Data: 13/11/2023
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                           Os caminhos e trajetos artístico-culturais ao longo do trânsito Icoaraci-Belém e Belém-Icoaraci, proporcionaram ao corpo feminino afro-amazônico, imerso nas relações com a dança e com a capoeira, a construção da práxis epistemológica Dançaeira. Nestes caminhos, foram acionadas memórias a partir da infância nos quintais, ruas, escolas, experiências artístico-culturais com a dança e com a capoeira, seguindo uma trajetória de menina-mulher-mãe-educadora-professora-pesquisadora, revelando-se então, a “ancestralidade viva” que se presentifica a partir das mulheres ancestrais que habitam em mim. Convoco três manas que empunham o berimbau, junto a mim, e decolonizam o poder em dança na Amazônia com suas poéticas de “RE-existências”. Apresento possibilidades de caminhos teórico-metodológicos decoloniais em dança contemporânea, seguindo um fluxo autoetnográfico, de Fortin, sustentado pelo NOS-NÓS em que os “nós atados” com o mundo ao redor, com os fazeres, saberes e poderes se realizam sob a perspectiva da malandragem. Cantigas de capoeira, poesias e poesias-cantigas autorais, imagens de fotos e prints de vídeos de imersões durante a pesquisa, desenhos autorais emanam reflexões do processo e, a presença marcante do berimbau, que impele a voz do corpo feminino com seus sons e toques, endossam o percurso metodológico da pesquisa. O interjogo dos diálogos dançaeirantes acolheu contribuições de Freire, a Práxis pedagógica; Santos e Menezes, as Epistemologias do Sul e; Costa, Torres e Grosfoguel, Decolonialidade, que consubstanciam a metodologia não hierarquizada, que revela simbolismos e significados dos sete elementos da Dançaeira para despertá-la em vós, a partir da Amazônia para o mundo.

     

     

  • ANDRE LUIS PEREIRA DE FREITAS
  • Casa de boneca e senzala : Arte e Decolonialidade

  • Orientador : MARIA DOS REMEDIOS DE BRITO
  • Data: 06/11/2023
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  • O trabalho parte do brinquedo/objeto casa de boneca, referindo-se tanto a um brinquedo europeu quanto as casas senhorias da cidade de Belém, para discutir os conceitos de epistemicídio e colonialidade do poder como plano de uma colonização violenta pautada sob o mito da modernidade, culminando com uma urbanização que ainda hoje é exaltada, mas que custou a destruição de povos e saberes. No primeiro capítulo falo sobre as primeiras motivações de se trabalhar um tema relacionado a uma casa de boneca. As minhas brincadeiras com Maria, desde a sua tenra idade, e abordo a importância da brincadeira para a criança. No segundo capítulo trato de uma questão metodológica, a necessidade de construir uma pesquisa pautada em um pensamento decolonial. Para isso, tento esclarecer conceitos como colonialidade, colonialismo, descolonização e decolonialidade. No terceiro capítulo trato mais especificamente sobre as casas de bonecas que serão construídas: a primeira é uma replica da igreja de santo Alexandre, representando o papel da igreja e do cristianismo no esquema de colonização; a segunda casa é uma réplica do Palacete Bolonha, símbolo do período gomífero e da Belle Epoque; a terceira casa é uma replicado casarão onde funciona o PPGarte; e trato, posteriormente,  mais especificamente, sobre a experiencia de ser negro na universidade que teve como formação a relligião cristã, arte europeia, conhecimento europeu, mas agora corpo negro artista em resistência quando se deu a tomada de consciência de sua cultura e identidade. Nas considerações finais, quem sabe, para a perspectiva de uma pesquisa futura ou agenda de estudo, tratarei  sobre a descolonização dos currículos, principalmente em arte. Inserindo as casas de boneca numa proposta didática e funcionalidade prática. Refletindo sobre a possibilidade se trabalhar as casas em escolas tendo com base a lei 10.639/2003  e a lei 11.645/08. como forma de conduzir para arte-educação contra hegemonica. 

  • MÁRCIO LINS DE CARVALHO
  • DATUM: Interface eletrônica como meio de expressão da experiência

  • Orientador : VALZELI FIGUEIRA SAMPAIO
  • Data: 27/10/2023
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  • A presente tese aborda a experiência de criação de um jogo eletrônico (game, para dispositivos móveis, celulares) experimental chamado “DATUM” (trabalho em processo) desenvolvido a partir e durante o período do doutorado. Este escritos e seus anexos abordam três perspectivas diferentes e complementares: a primeira sobre as reflexões acerca do método e criação artística na academia; a segunda sobre as concepções teóricas derivadas da criação artística do jogo eletrônico; a terceira sobre os subprocessos e acasos do desenvolvimento do jogo; para além destes a tese também é composta pelo jogo em si. Levando essas persperctivas, a tese propõe experimentar a imagem, no sentido abstracional, usando uma dinâmica de construir constelações para incitar a projeção de imagens ao conectar estrelas; e o virtual com suas possibilidades interativas dentro de um espaço tridimensional.

  • MYLENA MONTEIRO SETUBAL
  • ARTE, EDUCAÇÃO, CULTURA NO INTERIOR DO PARÁ: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA E.E.E.M. DR. INÁCIO KOURY GABRIEL NETO, CASTANHAL - PA. 

     

     

     

     

  • Data: 24/10/2023
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  • SETÚBAL, Mylena Monteiro. Arte-educação no interior: a relação da arte com o cenário da E.E.E.M. Dr. Inácio Koury Gabriel Neto. Qualificação (Mestrado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, UFPA, Belém.

     

    Esse estudo objetiva analisar e demonstrar como a realidade de cidades do interior paraense acabam sendo negligenciadas na sua sistematização da arte, por acabar não ocorrendo investimentos para a população ter acesso a diversas formas de contato com a cultura, seja de formal formal, não-formal e informal. Para esta demosntração, se utiliza a realidade, história e formação de uma cidade do interior do nordeste paraense, Castanhal, ou como é conhecida, a “Cidade Modelo”, e um aparelho da educação formal, a escola pública de ensino médio Dr. Inácio Koury Gabriel Neto, e a importância da mesma para a localidade e a ocorrência da arte-educação neste espaço educacional. Para assim mostrar como uma relação fortificada entre o ensino formal (no caso a escola citada) com o cenário artístico e cultural da “cidade modelo” pode ser uma forma e saída de ampliar e valorizar o ensino/aprendizagem de arte e a produção de artes e cultural no interior nessas localidades que sofrem com o abandono de investimentos no segmento artístico.

     

     

  • JORGE LUCAS FARIAS BARROS
  • DIGESTIVO: PROCEDIMENTOS CRIATIVOS DE UM CORPO EM FLUXO

  • Data: 10/09/2023
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  • Esta pesquisa pretende investigar o corpo em fluxo e seus procedimentos criativos
    realizados sob uma materialidade chamada “espumas siliconadas”. Este corpo foi responsável por
    desenvolver procedimentos criativos que fomentou explosões de formas e não formas de se
    experimentar a materialidade em processos criativos nas artes. Um corpo em fluxo, mas também
    um corpo experimentador, que provocou a imersão de um experimentos com a materialidade
    (espumas) se multiplicando nas diversas formas de se experimentar em processos criativos.
    Objetivo da pesquisa propõe, experimentar os limites criativos que se pode haver nas
    experimentações para criar formas e não formas de procedimentos criativos com a matéria e
    construir um repertório de possibilidades experimentais. Em vista aos experimentos
    desenvolvidos, o projeto Mofo, um álbum música/visual que reproduziu experimentos, cujo as
    tentativas em materializá-lo acidentou em novos experimentações que reverberam em outros
    projetos, como Fragilizada, Casulo, Proliferação, Casamento e entre outro, assim montando uma
    cartografia que fábulou-se em produções para esta pesquisa.

  • LEONEL RODRIGUES FERREIRA
  • PARA TER ONDE IR: Performatividades madalênicas ou um mergulho no abismo do meu desejo profundo

  • Orientador : IARA REGINA DA SILVA SOUZA
  • Data: 30/08/2023
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  • “Para ter onde ir: Performatividades madalênicas ou um mergulho
    no abismo do meu desejo profundo” é um memorial de mestrado em
    artes, em que apresento os procedimentos artísticos de dois
    espetáculos performativos da Cia de Teatro Madalenas, de Belém
    do Pará, encenados nos anos de 2003 e 2015, resultando, assim,
    um novo espetáculo performativo. Tal ato poético articulou os
    procedimentos artísticos utilizados pelas “Madalenas”, com
    outros que fazem parte da minha trajetória como artista da
    cena, principalmente fazendo uso dos Viewpoints, a
    ressignificação do espaço urbano como dramaturgia, além das
    minhas memórias pessoais. Para a concepção do espetáculo
    performativo, estabeleço um diálogo entre Viewpoints e
    Composição a partir dos estudos de Anne Bogart e Tina Landau;
    os estudos a respeito do Teatro de Invasão, de André Carreira;
    as poesias de Max Martins, da obra Para ter onde ir e
    experimentações em vídeo arte.

  • FRANCILENE SODRE DA SILVA
  • O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO DE ARTES NA CIDADE DE BENEVIDES “BERÇO DA LIBERDADE”, NA PERSPECTIVA DE FALAS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA QUE ATUAM NO MUNICÍPIO

  • Data: 25/08/2023
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  • Esta pesquisa, mostra o início do processo de construção do currículo de Artes na cidade de
    Benevides, conhecida como Berço da Liberdade. O trabalho quer fazer um percurso que seja
    construído a partir da escuta da comunidade escolar, partindo da perspectiva de falas de educadores
    que atuam no município de Benevides. A construção do currículo se dá na busca de um caminho
    epistemológico que consolide a trilogia de: conhecimento teórico, vivências pedagógicas e a memoria
    cultural do povo, buscando reflexões freireanas na Pedagogia da Autonomia e na Práxis
    Emancipadora, com foco na formação de educadores. Baseia‐se nos estudos das teorias do currículo,
    com ênfase na fase crítica e pós crítica. Ressalta a importância da práxis nos processos educacionais
    como forma de democratização dos saberes e da criação artística e salienta a formação e autonomia
    docente na elaboração das propostas curriculares para construir um curriculo de Artes com a
    identidade histórica e cultural do seu território. Discute a importância das teorias do currículo no
    debate contemporâneo, discorrendo sobre os papéis críticos e o significado do currículo e sua
    aplicabilidade no cotidiano escolar. Buscando na pesquisa uma fonte de novos conhecimentos para
    que a teoria sustente a prática e para que a prática seja revestida de significados para a vida do sujeito
    dentro e fora do ambiente escolar, ampliando a visão crítica de todos os sujeitos envolvidos nas
    oportunidades de aprendizagem e não apenas reproduzindo habilidades e conteúdos que chegam
    exportados e empacotados. A pesquisa aqui apresentada aborda como a formação de educadores
    promove uma cultura docente com visão coletiva, numa postura crítico-reflexiva. Por isso a escuta dos
    educadores se deu com a metodologia de Roda de Conversa, iniciada com uma mística sobre a
    reflexão de elementos da natureza e regionalidade, com o objetivo de conectar os educadores com a
    sua cultura e fortalecer as percepções individuais e coletivas, na construção do conhecimento
    integrado, com a mediação da pesquisadora. Vislumbrou-se criar um espaço dialógico não
    hierarquizado, requisito primordial da metodologia em teste, focando a organização do grupo, troca de
    conhecimentos, em especial de saberes experienciais, promovendo reflexão sobre a própria prática,
    constituindo uma ferramenta para formação em partilha e sedimentação da profissão docente. Nas
    pesquisas sobre currículo, essa metodologia permitiu, que sujeitos da pesquisa, se revelassem por si
    próprios, suas intenções, necessidades formativas e suas práxis, viabilizando uma formação pautada na
    realidade docente. A análise e interpretação dos dados no referido estudo demonstraram que as
    categorias que emergiram e suas respectivas unidades de registro a elas relacionadas, favoreceram a
    dialogicidade entre os docentes na medida em que construímos o espaço de amparo mútuo e abertura à
    fala, possibilitados pela Roda de Conversa. Os dados foram constituídos por diálogos gravados,
    transcritos e categorizados, obtidos a partir da aplicação da Roda de Conversa, seguindo orientações
    contidas em um questionário, dialogado ao longo da Roda. Observou-se também que a abertura ao
    diálogo favoreceu a possibilidade mediada por partilhas das experiências profissionais. A pesquisa
    considera a disciplina de Arte como um caminho para o fortalecimento da identidade cultural, através
    da construção das memorias do territorio.

  • ALLAN PINHEIRO DE CARVALHO
  • MARGEM 5

  • Data: 24/08/2023
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  • A confluência entre dois estudos que venho adensando dentro do universo musical popular brasileiro, um sobre os pregões de rua e outro sobre a vida e obra de Ary Lobo (artista paraense que teve sucesso nacional entres as décadas de 50 e 70), possibilitou a experimentação de mais um passo criativo em meu trajeto acadêmico, enquanto artista e pesquisador. Desta vez, começo narrando um memorial poético, onde acompanho, em meio ao universo dos anúncios de venda e de paisagens sonoras, a visita sui generis deste nosso saudoso intérprete, que volta de uma margem suspensa no tempo para rever a sua terra natal, Belém do Pará. Um território de memórias e afetos atemporais é acionado para que andarilho Ary Lobo repise, finalmente, as ruas de sua cidade, ou passeie na cidade que forjei para este momento. Pelo caminho, as vozes de seu povo, os pregões de ruas que tanto habitaram sua discografia, os relatos de familiares, as minhas lembranças cruzadas às suas. Assim, as minhas duas pesquisas se cruzam e fazem surgir, em uma esquina que mora na minha saudade, o encontro da Rua dos Pregões com a Rua Ary Lobo, revelando neste enquadramento de cidades, real e memorial, a fresta de uma quinta margem, um portal que pode ter cada um de nós, em nossas profundas lembranças, do lugar que nos inaugura e nos identifica. Como resultado deste devaneio, uma instalação artística multilinguagem, projetada a partir de um tabuleiro de pamonha, reverbera as vozes e as luzes de um cinema que nos transcende e restaura as imagens de nossas vidas.

  • BRUNA SUELEN SILVA BARROS
  • A Poética das Encruzilhadas de Arthur Leandro/Táta Kinamboji: Atos de fazer Güera

  • Data: 16/08/2023
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  • Dentro da linha de pesquisa teorias e interfaces epistêmicas em artes, do Programa de Pós-Graduação em Arte da UFPA, proponho uma cartografia que percorre parte da experiência de Vida de Arthur Leandro/Tata Kinamboji. Este é um trabalho afirmativo, que traz Exu na frente para conduzir caminhos, com a intenção de uma produção de conhecimento na qual apresento uma proposição conceitual e metodológica que defende a poética deste homem como uma encruzilhada, abrindo frestas entre a arte, o ativismo político nas Tradições de Matriz Africana e o ensino das artes nas universidades em que lecionou. Defendo a ideia da luta pela memória contra o esquecimento sobre quem foi Arthur Leandro/Tata Kinamboji com sua encruzilhada poética, como politização da mesma para marcar um lugar de importância dessa pessoa para a Cultura e as Artes na cidade de Belém, e até nas Amazônias. Escuto os que conviveram com Arthur e que narram sua forma de fazer arte e política e produção de conhecimento, completamente relacionadas com o movimento da vida de quem compartilhou a existência com esse ser humano, e, assim, carrego em minha escrita suas vozes, pois acredito na profundidade dessas relações e em toda a potência poética que só podemos alcançar nos encontros. As metodologias e as fundamentações teóricas aqui se ancoram na ideia de tradição oral, validando as narrativas vividas como fontes de produção de conhecimento. Busco possibilidades abertas de escrita que intercruzem a experiência de vida de Arthur e sua Poética das Encruzilhadas, para dizer o conceito criado por ele de Arte-Güera, como atitude de resistência a tudo que apequena e condiciona a vida e a arte em opressões, por isso vou enumerar quatro destes atos no decorrer no texto. Ao mesmo tempo, evoco teóricos que já pensaram o genocídio do povo negro como um projeto, relacionando a questão do embranquecimento da cultura brasileira com as necessidades de enfrentamentos e superações dos apagamentos gerados por esta tentativa, tais como Abdias do Nascimento, Luiz Rufino, Luiz Simas, Zélia Amador de Deus, Muniz Sodré, entre outros em sua maioria, pessoas pretas, claro, para fortalecer uma forma antirracista de saber, no que diz respeito ao protagonismo da produção de conhecimento por quem vivencia as agruras desse projeto na pele. Conecto essa bibliografia ao meu percorrer, meu tráfego pelas práticas poéticas de Arthur Leandro, narradas não apenas por mim, não apenas com meu olhar, mas com todos que pude encontrar cruzando nossos caminhos. Proponho, além de minha escrita, dois mapas poéticos, um visual e um de relatos, para abarcar as outras vozes que se cruzam nesses caminhos, dentro do método cartográfico que essa pesquisa se propõe. Aqui há um recorte de uma vida e é epistemologia sim, pois é produção de saber, é poética e é política de valorização do patrimônio cultural afro-amazônico.

     


  • AMANDA DE MENDONCA LINHARES

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    CADÊ A OUTRA?! cantos cênicos de um corpo duplo.

  • Data: 06/08/2023
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  • Este memorial tem como tema “CADÊ A OUTRA?!” cantos cênicos de um corpo duplo. Neste é narrada a trajetória em memória e invenção da saga de devoradora e uma devorada, sendo este mapa uma redescoberta das vivências de um corpo duplo. É experimentado em mim, a vivência de duas em memória, prática e desenvolvimento criativo da
    proposta trabalhada: Amanda engoliu Alícia. Tão quanto fatos entrelaçados (embora interconectados), em um rizoma, persisto, a cada capítulo, no intuito de explorar instalações. Tem, por fim, um espetáculo resultando esse processo o qual compõe-se em onze partidas, sendo dez pares e uma ímpar. Para esta pesquisa, uso como meus autores de base: Lewis Carroll, Gilles Deleuze e Félix Guattari.
     

  • RAFAELA ALCANTARA BARATA
  • O ensino-aprendizagem de violoncelo em instituições musicais públicas de Belém do Pará

  • Data: 31/07/2023
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  • Investigar o ensino-aprendizagem do violoncelo em instituições musicais públicas pode ser importante para se compreender a formação de uma tradição instrumental estabelecida por gerações de violoncelistas. O objetivo deste trabalho é o de investigar o processo de ensino-aprendizagem de violoncelo em instituições musicais públicas de Belém do Pará. A pesquisa foi desenvolvida por intermédio da abordagem qualitativa, descritiva e de caráter exploratório. Houve levantamento bibliográfico e documental, seguido de entrevistas semiestruturadas. Utilizou-se referencial teórico sobre o contexto histórico das instituições musicais públicas de Belém do Pará (SALLES, 1995; VIEIRA, 2001; BARROS; GOMES, 2015), aspectos da aprendizagem musical no ensino público formal (LOPES, 1981; SILVA, 1999; LIBÂNEO, 2010) e acerca da pesquisa em ensino-aprendizagem do instrumento musical violoncelo (FRANÇA, 2000; MACIENTE, 2008; SUETHOLZ, 2011). A investigação resulta em uma descrição acerca do contexto histórico do ensino de violoncelo em Belém do Pará, na identificação do conteúdo programático utilizado em cada nível de ensino em instituições musicais públicas de Belém e sua relação com o aprendizado do violoncelo, e na análise do ensino-aprendizagem de violoncelo em instituições musicais públicas de Belém atualmente, apontando-se aspectos relevantes para o desenvolvimento dos estudantes. Conclui-se a importância do estímulo à democratização do aprendizado do instrumento e à contraposição de estigmas sobre as instituições públicas com novas perspetivas pedagógicas, de forma a estabelecer referencial qualificado a professores, pesquisadores e artistas, orientando a construção curricular e documentos ligados à esfera institucional.

  • ADRIANO BARROSO DOS SANTOS
  • Rastros. Riscos. Marcas – A trajetória de Henrique da Paz e o sorriso banguela da Vila de Icoaraci.


  • Data: 10/07/2023
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  • O presente trabalho apresenta-se como um estudo da trajetória do ator e diretor Henrique da Paz no Distrito de Icoaraci – Belém/Pará, quando da fundação do Grupo Gruta de Teatro e a instauração de um teatro de grupo na chamada Vila Sorriso, abordando sua produção artística, atividade cultural e sua inserção no panorama do teatro paraense. A pesquisa objetivou entender os desafios do fazer teatral na periferia de Belém e a fundação do grupo de maior longevidade do Pará, (5/11/1969) - Em 2023 o grupo completa cinquenta e quatro anos de atuação na cena paraense. As produções de Henrique da Paz têm como referência principal as teorias do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, do Russo Constantin Stanislavski e do brasileiro Augusto Boal, no intuito de produzir um teatro popular e político. Utilizou-se como fonte de pesquisa, material do próprio artista, como: programas de teatro, anotações em cadernos pessoais, recortes de jornal, fotografias, críticas teatrais, vídeos, textos, roteiros e depoimentos dos parceiros de cena e dos fundadores do grupo.

  • RAPHAEL ANDRADE ROCHA
  • DINAMITES DISSIDENTES: CONSTRUÇÃO (RE)PERFORMÁTICA DE UMA AUTOETNOGRAFIA

  • Data: 07/07/2023
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  • Esta dissertação busca compreender o processo criativo de uma autoetnografia performática dissidente, denominada “Flores para Pietá”, a partir de análise de esquemas simbólicos/reais, de modo a friccionar os territórios que o corpo gay vivencia. Para tanto, dada abordagem parte de dois vieses de análise, quais sejam: sexualidade e religião, ainda que o estudo perpasse por outros territórios, como o território intrafamiliar (casa), o território subjetivo (corpo) e o território (urbano).  Tal discussão surge a partir da seguinte questão problema: a quais territórios pertencem os corpos homossexuais? No sentido de alcançar o objetivo geral, lanço mão das (os) seguintes autoras/autores para validar as proposições deste estudo: para o debate autoetnográfico utilizo os preceitos de RAIMONDI; MOREIRA; BRILHANTE; BARROS, (2020) e DENZIN (2015), quanto às discussões sobre Identidade, recorro à ALMEIDA (2010) e CASTELLS (2001), referente às discussões dos estudos gays, analiso os conceitos de PRECIADO (2003), FOUCAULT (1999, 2012, 2013, 2018) e BUTLER (2000, 2011). No que tange ao Corpo devoto, aproprio-me da visão de JANSEN (2004), quanto à história da sexualidade e do conceito de biopoder, analiso os estudos de FOUCAULT (1985), de forma associada ao conceito de necropolítica, de MBEMBE (2018). No que se refere ao conceito de (re)performance Arte, considero as discussões de ABRAMOVIC (2010, 2018) e PHELAN (2013). E sobre o conceito de território reporto-me à CAIAFA (20020), ROSENDAHL (2002), dentre outras (os). Elejo como procedimento metodológico a autoetnografia (re)performática, ao partir das minhas memórias, do meu devir, enquanto artista-pesquisador-professor, a orientar um percurso reflexivo sobre e a partir de corporeidades, para compreender o corpo e suas (re)performances como um território potente para a produção de epistemologia. Para a construção desse trabalho foi estratégico explorar as abordagens dissidentes relacionadas às questões de sexualidade e de religiosidade. Dessa forma, esta escrita sinaliza que o discurso religioso tem grande influência na trama das relações sociais, além disso o Estado e a sociedade tomam o que é dito e feito dentro dos domínios das igrejas como parâmetro para justificar atitudes e decisões preconceituosas contra os corpos homossexuais. Logo, o processo reflexivo provocado nesta escrita sinaliza que a reprovação e coerção ao corpo LGBTQIAP+ é recorrente entre e nos territórios religiosos e que o corpo marginalizado gay, nessa perspectiva, intenta encontrar um território que seja possível (re)significar essas mazelas impostas historicamente.

     

  • SAULO CHRIST CARAVEO DA SILVA
  • O GUITARRAR LOCAL: uma prática musical para além da Amazônia paraense.

  • Data: 07/07/2023
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  • A prática da Guitarrada é aqui investigada considerando a configuração de estruturas sociais, políticas, culturais e sua instauração enquanto gênero musical fundador de memória e identidade no Pará. As amplas transformações decorrentes dos processos de modernização e globalização ocorridas entre o advento da Lambada e a consolidação da Guitarrada, submersas em uma Indústria de Entretenimento capitalista, reconfiguraram espaços e dinâmicas sociais, bem como a forma de consumir, fazer e produzir música, promovendo o redimensionamento historiográfico na memória e na forma como são constituídas as identidades culturais na Amazônia Paraense. Assim, tais manifestações socioculturais transcorridas nestes cenários impactaram na criação e difusão do gênero Guitarrada, sendo este o resultado de transformações paradigmáticas representativas das identidades desse gênero musical. Considerando cultura (GEERTZ, 2017; HALL, 2011; CANCLINI, 2017), memória (HALBWACKS, 2006; CANDAU, 2011) e música (CARAVEO, 2019a, 2019b, 2019c; CHADA, 2007; MENDÍVIL, 2013, 2015 e 2022; MUKUNA, 2008; NETTL, 2005; SEEGER, 2008; SMALL, 1998) como sistemas relacionados, vislumbro a tese que versa sobre as mudanças e novas identidades musicais na Amazônia, enfocando, principalmente, as Guitarradas do Pará. A Região Amazônica, com seu multiculturalismo espaço-temporal de práticas musicais diversas, necessita de investigações musicais profundas que apontem para a fusão cultural histórica, considerando, todavia, desdobramentos, perspectivas e olhares particulares que apresentem novos diagnósticos diante dos contextos que se apresentam de forma indissolúvel na atualidade. Investigar as práticas musicais das guitarradas no Pará observando sob quais perspectivas as mudanças sociais, em âmbito global e local, afetaram a produção musical, alterando processos culturais simbólicos e determinando a constituição de identidades, foi o objetivo principal desta proposta. Os objetivos específicos foram: descrever os procedimentos etnográficos realizados ao longo da pesquisa, identificando as transformações sociais amplas e particulares que possibilitaram descrições e interpretações de fenômenos musicais que apontaram a guitarrada como uma prática musical contemporânea no Pará – o Guitarrar Local. Analisar a discografia de Mestre Vieira e propor uma descrição densa que revelou o comportamento e os direcionamentos impostos pela Indústria de Entretenimento e seu impacto na obra de Mestre Vieira ao longo de sua produção. Assinalar aspectos inerentes aos processos de modernização e globalização que apontaram cenas e dinâmicas semelhantes que comungaram com a constituição de identidades e, portanto, sob os aspectos das mudanças musicais e transformações culturais, sinalizaram casos de hand-over. Além da revisão da literatura existente sobre o tema e dos estudos bibliográficos referentes aos assuntos históricos e culturais, sob a luz da etnomusicologia, fez-se uma descrição etnográfica dos contextos atuais nos quais a prática da Guitarrada se dinamiza e entrevistas semiestruturadas que possibilitaram a fundamentação de argumentos analíticos e análises musicais da produção fonográfica de Mestre Vieira. O período de abrangência desta pesquisa compreende os anos de 1950, período importante do pós-guerra no mundo e, 2023, ano de conclusão da tese. Considerando as análises realizadas até o momento, confirmou-se a tese de que a Guitarrada, ao se emancipar da Lambada por meio de Hand-over, se configura em uma prática musical moderna, independente, de identidade estética própria, que determina mudanças musicais, culturais e novas perspectivas para a memória, cultura, política e música na Amazônia brasileira.

  • ANA CAROLINA ARAUJO ABREU
  • Studio Som Jolie: Imersão e encontro poético de um acervo sonoro

  • Data: 06/07/2023
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  • Este memorial apresenta o processo de criação poética da instalação audiovisual Studio Som Jolie, onde apresento uma reflexão do fazer poético, a partir da investigação de um acervo musical, de fotografias, áudios e memórias da infância, encontradas na sala de músicas do meu pai, Aldemário Abreu, em memória. Esta coletânea será dividida em dois blocos-capítulos: Lado A e Lado B, com um repertório que combina canções marcantes e autorais que dançam pelo tempo atravessam as décadas de 70, 80, 90. Vozes de Raul Seixas, Gal Costa, Caetano Veloso, Fafá de Belém e Chico Buarque, compõem diálogos com Bergson, Oiticica e Salles, que reverberam para além de um último acorde de uma experiência no campo da arte.

  • LUCIENNE ELLEM MARTINS COUTINHO
  • Corpos Alterados:

    gesto, performance e paixão

    entre os torcedores do Paysandu

  • Data: 03/07/2023
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  • A presente Tese tem como tema central a performance do torcedor apaixonado do Paysandu No caminho que trilhei, trabalhei com a noção de “comportamento restaurado”, de Richard Schechner (2003); e com a ideia de “torcida como comunidade”, do antropólogo Roberto da Matta. Começo fazendo uma retrospectiva histórica do futebol, mostrando sua evolução, desde a Idade Antiga até os dias atuais, quando passa a ser regido por regras e caracterizado como esporte. Os dados históricos acerca da chegada do futebol em Belém do Pará foram coletados nas obras de Gaudêncio (2007) e Costa (2007). Aquino (2002) apresenta os primeiros indícios de uma prática semelhante ao que hoje se conhece como ‘futebol’; Zainaghi (1998) nos coloca em contato com os primórdios do futebol no Brasil; Leal (2000) nos fala sobre a prática do Tsuchu (século II), considerada a mais antiga forma de jogo na China; Grisard (2003) discorre sobre o manejo da bola nos jogos; Brustolin (2008) lança um olhar sobre o futebol como um dos fenômenos sociais e culturais mais importantes do século XX; Carioba (2017) reflete sobre o lado sombrio do futebol enquanto prática elitista no século XIX. O coração do trabalho – a descrição etnográfica das performances dos torcedores apaixonados do Paysandu – encontra-se no capítulo intitulado ‘Domingo de Payxão’. Nele, levanto hipóteses de como nasceu a “paixão” do “maior e melhor” time de futebol da Região Norte – o Paysandu.

  • ALBERTO VALTER VINAGRE MENDES
  • O declinio da cena cabocla em narrativas de artistas da cena em abaetetuba

  • Data: 30/06/2023
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  • A temática explorada neste texto, incide em encontrar nas narrativas de artistas de Abaetetuba, referências de gerações diferentes, mostrando como a arte em seu movimento de mudanças e incorporações, apresenta uma relação com o tempo e o lugar. Sobre o tempo há diferentes ritmos e acentos marcando a dinâmica da “vida abaeteuara”, assim como em outros lugares na Amazônia. Nas paragens ribeirinhas quando ainda ouviam-se os “tiradores” das fofoias, a passagem do tempo era marcada pela maré enchendo e abaixando, na lançante e vazante; tempo no qual a oportunidade era marcada pela canoa indo de proa. Tempo sentido qualitativamente em tempo bom e tempo ruim. Era o tempo da natureza com seus ciclos, e do trabalho coletivo e artesanal de fazedoras de cuias, dos paneiros e das panacaricas.

    As transformações históricas trouxeram a devastação e a paisagem, no início sutilmente,  para em seguida, drasticamente, se modificar, e um outro tempo vai sendo sentido, o tempo líquido da modernidade, o avesso gerando uma trama, na qual o elo estético existente entre homem e natureza vai, progressivamente, sendo rompido. E o declínio da cena cabocla é percebida, paralelamente, ao aparecimento de um cenário social com graves problemas. Se a modernidade vai apagando gradualmente, pelas forças desestabilizadoras, certos traços daquela cultura cujos contornos eram refletidos na cena cabocla,  há por outro lado, um movimento de resistências e enfrentamento, protagonizado por vários artistas, e é neste sentido que, um recuo, o ato de revisitar suas práticas, abre possibilidades de uma oposição a essa tendência em curso, divergindo do discurso do progresso e da deformação dos modos de vida construídos coletivamente  na história dos povos amazônidas.

  • PAULO ROBERTO SANTANA FURTADO
  • O TEATRO PRECISA DE TEATRO?

     territorialização, (des)territorialização e (re)territorialização do movimento teatral em Belém do Pará nas conexões e trânsitos periferia-centro-periferia (1980 a 2000)

  • Data: 29/06/2023
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  • Esta tese apresenta um estudo sobre territorialização, (des)territorialização e (re)territorialização do movimento teatral contemporâneo de Belém do Pará, a partir da conexão e trânsitos periferia-centro-periferia de artistas e grupos. A reflexão crítica sobre o espaço e o movimento teatral na cidade de Belém – o teatro precisa do teatro? – pelo viés da geografia, utilizando como referências os teóricos Anne Ubersfeld e Milton Santos, Valdir Roque Dallabrida, Rogério Haesbaert, onde o tema foi investigado a partir da problemática de que a natureza do lugar teatral é importante para se refletir o fazer teatral. Por ser artista e fundador do Grupo de Teatro PALHA, me metamorfosearei em cobra anfíbia, entre a água e a terra, trocando de pele e submergindo para tratar da trajetória dos artistas e Grupos, suas experimentações cênicas e sua relação com o lugar da ação, periferia-centro-periferia e subjetividade do fazer, tempo e lugar. Mas, precisarei retornar a superfície e permanecer bastante tempo iriado para compreender o preço da profundidade e tentar especificar certos princípios de coesão que unificaram as imagens superficiais dessa trajetória vivida pelo tempo de fazer teatro e de seu reordenamento do seu fazer, a partir do amadurecimento de um fenômeno ainda definido de forma “tateante”, como globalização, cujo objetivo maior ao fazer a comparação, é o de procurar compreender um fenômeno contemporâneo que capturou a todos: o da aceleração do tempo histórico, pois falar das questões do tempo e da modernidade seria então refletir sobre como este processo influenciou e influencia o fazer artístico desses artistas e grupos, resistentes e sobreviventes. Dialogando com a filosofia teatral, a história do teatro e dos estudos teatrais, na linha das teorias e interfaces epistêmicas, em conexões inter e transdisciplinares com outras áreas de conhecimento.

     

  • FREDERICO DE CARVALHO FERREIRA
  • O CINETEATRO TERRITORIAL DE MACAPÁ E A CRIAÇÃO DE UMA POLÍTICA CULTURAL JANARISTA

     

  • Data: 26/06/2023
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  • A presente pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará, sob a orientação da Profa. Dra. Bene Martins, realizou estudo sobre contextos sócio-político-culturais engendrados a partir da instauração do Território Federal do Amapá (TFA), com foco no Cineteatro Territorial de Macapá, entre os anos de 1944 e 1949. A pesquisa, intitulada: O Cineteatro Territorial de Macapá e a Criação de uma Política Cultural Janarista. Os objetivos são os de evidenciar, e refletir sobre a criação de uma política cultural, disseminada pelo Governador Capitão Janary Gentil Nunes e suas possíveis influências no processo de formação identitária amapaense. Esta pesquisa justifica-se pela insuficiência de trabalhos que contemplem o tema e a necessidade de abordagens mais aprofundadas sobre a memória artística, cultural e teatral amapaense e seus contextos sociais e políticos, que podem ter influenciado na sua formação identitária e cultural, além de contribuir, como aporte teórico e crítico para pesquisas futuras, possibilitando condições para o crescimento do Teatro no/do Norte e no/do Brasil. O ponto central do estudo é o movimento artístico e cultural oportunizado (ou não) pelo Cineteatro Territorial de Macapá, espaço oficial de difusão política e cultural do TFA. No processo de construção desta pesquisa, conforme objetivos propostos, é investigada a formação do TFA, desde sua fragmentação do estado do Pará (1943), a escolha da capital territorial e o Jornal Amapá, como fonte documental, a inauguração do Cineteatro Territorial de Macapá (1944) e suas atividades político-culturais, a criação de uma política cultural janarista e o possível diálogo com o movimento cultural amapaense. O estudo alia-se à linha de pesquisa: Memórias, histórias e educação em artes, do Programa de pós-graduação em artes (PPGARTES-UFPA). As metodologias de apoio são as do campo artístico-cultural, estudos culturais, em diálogo com outras referências, a partir de uma análise qualitativa das fontes. Inicialmente, com leitura sistemática das bibliografias sobre política cultural, contextos teatral e audiovisual estabelecidos entre 1944 e 1949. Os materiais consultados são de filmes, espetáculos, artistas e companhias teatrais registrados em Macapá-AP. Caracteriza-se como pesquisa documental, por priorizar o levantamento e análise das fontes que possibilitem a interpretação dos órgãos e documentos oficiais, como o Jornal Amapá e Relatório de Atividades do Governo do Território Federal do Amapá.

  • TAINÁ MARIA MAGALHÃES FAÇANHA
  • UMA ESCOLA A CÉU ABERTO: a transmissão musical no Instituto Arraial do Pavulagem

  • Data: 19/06/2023
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  • Nesta pesquisa detive meu olhar às práticas de transmissão musical no contexto do Instituto Arraial do Pavulagem – IAPav. Nas vivências formativas para preparação dos arrastões (cortejos de rua), que desembocam como um rio nas ruas de Belém-PA, é possível destacar a forma que as pessoas se relacionam transmitindo seus saberes e constroem processos de transmissão musical. Investigar a transmissão de saberes musicais no Instituto Arraial do Pavulagem, considerando sua influência na construção de uma performance musical contemporânea constitui o objetivo geral desta pesquisa. Especificamente, meus objetivos foram compreender a prática musical do Instituto Arraial do Pavulagem a partir de narrativas de vida; descrever a prática musical do Instituto Arraial do Pavulagem e as formas que a transmissão musical se multiplica no espaço das oficinas, ensaios e arrastões; e, por fim, discutir os modos de aprender e ensinar música no Instituto Arraial do Pavulagem apontando quais influências constituem os aspectos “pedagógicos” da transmissão musical. A tese se constitui a partir de uma pesquisa realizada em três momentos: em  2018 e 2019, com uma extensa pesquisa de campo que resultou em vasta coleta de dados em audiovisuais; em 2020 e 2021, a pesquisa de campo foi realizada de maneira virtual a partir do engajamento da comunidade nas mídias sociais do IAPav e nas lives do Arraial do Futuro que adequou os cortejos de rua ao virtual devido o distanciamento social necessário durante a pandemia da Covid-19; e, após o retorno presencial, em 2022, das atividades do grupo, que possibilitou uma experiência bem singular de retorno à “normalidade” e a realização das entrevistas que são parte do coração deste trabalho. Nesse sentido, de maneira suscinta, essa tese possibilitou compreender que a transmissão musical no Arraial do Pavulagem se dá de maneira sistematizada nas oficinas, prioritariamente, a partir da oralidade. A partir de dimensões vinculadas ao cotidiano das experiências dentro do instituto, seja nos diálogos com mestres, no compartilhamento de experiências com os colegas do Batalhão da Estrela, como na convivência das articulações dos fazedores de cultura que ali se constroem, seja nas ações políticas e/ou nas artísticas. Ainda, a transmissão se dá na própria performance durantes os arrastões e na fruição sonora nos shows e na experiência da audição das próprias músicas.

  • GILDA HELENA GOMES MAIA
  • UIRAPURUS PARAENSES: O legado histórico e a prática artístico-musical dos cantores líricos paraenses Helena Nobre (1888-1965) e Ulysses Nobre (1887-1953)

  • Data: 16/06/2023
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  • A tese Uirapurus Paraenses: o legado histórico e a prática artístico-musical dos cantores líricos paraenses Helena Nobre (1888-1965) e Ulysses Nobre (1887-1953) propõe refletir sobre o legado histórico desses artistas, identificando sua prática artístico-musical a partir dos acervos públicos e privados de Belém. Tem-se como acervos públicos: Museu do Estado do Pará; Biblioteca Arthur Vianna (Seções de Obras Raras, de Microfilmes e Jornais); Museu da Universidade Federal do Pará (Coleção Vicente Salles); Theatro da Paz; Instituto Estadual Carlos Gomes; Cemitério de Santa Izabel; e Academia Paraense de Música. E, como acervos particulares, os de: Maria do Céo Nobre Gomes; Helena Maia; Maria Gilda Nobre; Maria Helena Nobre; Jorge Nobre de Brito; Vicente Salles; Gilda Maia; Lenora Brito; e Urubatam Castro. A tese propõe ainda: 1) verificar a situação em que esses acervos se encontram e a atual acessibilidade ao legado histórico e artístico de Helena Nobre e Ulysses Nobre; 2) investigar quem eram Helena e Ulysses, sua trajetória, atividade artístico-musical e espaços de atuação; 3) destacar as composições, o repertório interpretativo de Helena e Ulysses e a rede de relações – sociedade de seu tempo – que os manteve atuantes, ajudou na difusão de sua atividade artístico-musical e permitiu sua trajetória artística, apesar de suas desvantagens sociais e de saúde; 4) propor o mapeamento, a reunião virtual e a divulgação desse legado, contribuindo para a acessibilidade, a rememorização e a apropriação dessa história pela sociedade atual: por uma memória viva. A pesquisa referencia autores como: V. Borges (2006) e K. Oliveto (2007), no campo do gênero biográfico em música, através da coleta e da interpretação de fontes históricas documentais, bibliográficas e orais; S. Freitas (1983) e E. Bosi (1994), em História Oral; R. Laraia (2001), C. Geertz (1975) e J. Blacking (2006. 2021), no campo da Música como Cultura; P. Castagna (2004, 2006, 2008, 2016), L. Oliveira (2012) e L. Heymann (1997, 2012), no campo da Arquivologia Musical; E. Santos (2004), J. Santos (1996), J. Ferreira (1983), D. Silva (2009) e C. Batista (2005), no campo do Patrimônio Cultural, Memória e Identidade; P. Nora (1993), no campo do Lugar de Memória; M. Sant’Anna (2006), L. Lévi-Strauss (2006) e F. Maia (2003), no campo da Memória Viva; P. Bourdieu (1974, 1996, 1998, 2007), no campo do Capital Cultural e Social. Conclui-se que dar acessibilidade ao que está guardado em um museu ou biblioteca – lugar de memória – é alcançar a sociedade atual, mostrando – a partir da atividade artístico-musical de Helena Nobre e Ulysses Nobre – parte da produção cultural da primeira metade do século XX em Belém, contribuindo para futuras investigações acadêmicas.

  • LUDYMYLLA MARIA GOMES DE LUCENA
  • Corpos Cristalinos: Sobrevivências da Memória no Cinema Cearense Contemporâneo

  • Data: 03/05/2023
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  • Diante da morte, diante da fragmentação e inexatidão da memória, diante da erosão da matéria, a arte tem permanecido e resistido à passagem do tempo. Esta pesquisa tem o desejo de demonstrar como o cinema (a imagem-movimento) se configura como um potente e valioso meio para “materializar” e dar voz à memória, quebrando as barreiras e os nós das impossibilidades que envolvem a narração e a reelaboração daquilo que “foi”. Nesse ínterim, o conceito de “testemunho” se torna central – e se configuram como um caminho possível frente às formas mais tradicionais de transmissão da palavra e escritura do passado. O objetivo desta pesquisa é, então, mapear e analisar, particularmente no cinema cearense das últimas décadas, filmes que, de distintas for mas e por diferentes caminhos, conseguiram "materializar" e manter viva a memória – tornando-a sensível e sonora – no plano cinematográfico. Tanto o conceito de testemunho como outros conceitos centrais para a pesquisa serão trabalhados à luz das discussões de teóricos como Márcio Seligmann-Silva, Jeanne Marie Gagnebin, Walter Benjamin, Gilles Deleuze, Giorgio Agamben, Aleida Assmann, entre outros. As obras cinematográficas que nos fizeram companhia são As Vilas Volantes: o verbo contra o vento (2006) de Alexandre Veras, Uma Encruzilhada Aprazível (2007) de Ruy Vasconcellos, Casa da vovó (2008) de Victor de Melo, O som do tempo (2010) de Petrus Cariry, Epifânio (2012) de Glaucia Barbosa e Romance de minha vida (2012) de Samuel Brasileiro.

  • JULIANO CASSIO DA SILVA CONCEICAO
  • O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE SOURE: Um estudo de caso do Instituto Stella Maris.

  • Data: 28/04/2023
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  • A pesquisa foi desenvolvida dentro da linha de pesquisa Teorias e Interfaces Epistêmicas em Artes e tem como objetivo analisar como está sendo desenvolvido o ensino de música nas escolas públicas de educação básica do município de Soure-Marajó-Pa, num estudo de caso do Instituto Stella Maris, levando em consideração alguns aspectos como o cumprimento da legislação, a utilização dos aspectos da musicalidade regional no ensino de forma interdisciplinar e a elaboração e implementação de políticas públicas sobre o ensino de música. Dentro de uma perspectiva etnomusicológica, pretende-se observar se as expressões musicais regionais, bem como as vivências musicais dos alunos são consideradas no processo de ensino de música. Utiliza-se no referencial teórico autores da área da etnomusicologia como Blacking (1981; 1995), Netll (1983), Lühning; Tugny (2016) e Queiroz (2004, 2020). A pesquisa é de natureza descritiva e exploratória e utiliza tanto dados primários, através das atividades de campo e realização de entrevistas, quanto dados secundários, através de pesquisa bibliográfica e documental. Espera-se que os resultados da pesquisa possam oferecer um diagnóstico do ensino de música nas escolas do município de Soure a partir deste estudo de caso e possam conduzir a reflexão e avaliação das políticas públicas voltadas para educação musical nesse município.

  • CARMEM PRICILA VIRGOLINO TEIXEIRA
  • Mukuiu: 

    uma experiência em 

    Teatro-Dança Negro na Amazônia

  • Data: 20/04/2023
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  • Situado na interseção entre as Artes Cênicas e campos teóricos provenientes da Antropologia, a Tese Mukuiu, de base eminentemente interdisciplinar, parte de narrativas que consideram o encontro de minha própria trajetória – como artista, pesquisadora e educadora – com mestras, mestres, camaradas de militância e arte. Nela, descrevo a experiência de construção do espetáculo de teatro-dança negro Mukuiu, elaborado e apresentado entre 2018 e 2019 na cidade de Belém, estado do Pará. Em diálogo com os campos teórico-metodológicos da Antropologia da Dança, Antropologia da Performance e Antropologia Teatral, a pesquisa Mukuiu se inspirou prioritariamente na corporeidade das mulheres do universo da Capoeira Angola e do Candomblé Angola, mulheres de tradição angoleira, emprestando desses dois universos, seu núcleo cosmogônico. A pesquisa denuncia o racismo religioso presente na cidade, desestabilizando-o, assim como anuncia as práticas de teatros e danças negros como territórios onde se instauram Áfricas na Amazônia. Dessa maneira, chego ao núcleo do trabalho, ao forjar a noção de poética da encruzilhada, a qual sintetiza as diversas influências e encontros que caracterizaram o processo desta pesquisa. Por um lado, ao trazer abordagens relativas ao universo do teatro e da dança, sistematizo reflexões inerentes aos estudos das Artes Cênicas em suas particularidades de diálogo com técnicas corporais de motrizes africanas na Amazônia oriental e por outro lado, abordo conflitos que perpassam relações de gênero e raciais, nas quais também me inspirei para a elaboração deste trabalho.

  • LUENA CORDEIRO DE SOUZA MULLER CHAVES
  • ELF: CONSTITUIÇÃO DA GALERIA DE ARTE
    DE 1980-1999 E SUA RESSONÂNCIA A PARTIR DE BELÉM(PA)

     

  • Data: 31/03/2023
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  • Esta pesquisa se propõe a compreender os processos de constituição da Elf Galeria no sistema da Arte local e suas ressonâncias na formação de colecionadores e coleções de artes visuais, na dimensão privada, no período de 1981-1999, em Belém, Pará. Para tanto, parte-se dos registros materiais do galerista e idealizador da Elf, Gileno Müller Chaves (1943-2006), a fim de construir a sua trajetória de vida associada ao processo de constituição e atuação da Elf Galeria. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso de natureza qualitativa, abordagem teórico-empírica que tem os acervos do galerista como fonte primária. No desenvolvimento da pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica, o eixo conceitual adotado são os estudos sobre memória, com base em Maurice Halbwachs e Pierre Nora. Recorro, ainda, a Ulpiano Bezerra de Meneses, para aprofundar questões sobre patrimônio cultural na relação público e privado e a François Dosse para a abordagem Biográfica. Realizou-se entrevista semiestruturada com a viúva de Gileno Chaves. Nas considerações finais apresenta-se a trajetória da Galeria, inter-relacionada ao seu idealizador e sua contribuição ao sistema da arte local.

  • KEILA MICHELLE SILVA MONTEIRO
  • KLITORES KAOS E O GRITO DAS MULHERES: O PUNK/HC DESEMBOCA NUMA CENA MUSICAL FEMINISTA EM BELÉM DO PARÁ

  • Data: 20/03/2023
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  • A presente pesquisa tem como foco a cena musical do punk/hc, subgênero do rock, em Belém do Pará, constituída por mulheres como um fazer musical necessário no combate a preconceitos existentes entre pessoas que fazem ou frequentam os ambientes desse gênero, em que predomina, ainda, o sexo masculino, pois o rock e suas vertentes, apesar de representarem transgressão e irem contra opressões e violências do Estado e da sociedade, por vezes, invisibilizam a produção feminina e seus atores ainda praticam machismo, misoginia, dentre outras atitudes que ofendem mulheres. Nesta etnografia abordo a trajetória do punk/hc em Belém do Pará, enfatizando a produção musical feminina/feminista, sendo necessário valorizar essa produção e enfatizar a necessidade do respeito à mulher nesse cenário, pois conforme Rosa e Nogueira “a poesia e a música nascem das rupturas e da dor que transformam. É um processo criativo no sentido amplo onde, ao criarmos caminhos artísticos e de produção de conhecimento próprios, também nos reinventamos como pessoas” (2015, p. 27). Farei uma análise da trajetória, performance, estética e de composições musicais da banda Klitores Kaos que atua reivindicando direitos e empoderando mulheres, num diálogo com Chada (2011), Béhague (1992,1999), Blacking (1973) e Merriam (1964) para tratar de fatores socioeconômicos presentes nas canções; O´Hara (2005) e Caiafa (1985) para abordar o contexto do gênero punk rock . Além da bibliografia estudada, utilizei arquivos de mídia e material da pesquisa de campo antes da pandemia. Conforme análise de performance e estética da banda, sua trajetória e principalmente a análise musical nessa pesquisa, os dados apontam uma produção de protesto, um ‘grito’ de combate ao feminicídio, ao machismo, à misoginia e ao racismo com tomada de espaços por mulheres e o crescente respeito pelo gênero feminino na cena punk/hc, que muitas vezes se confunde com a vida particular dessas mulheres.

  • DEBORA ALESSANDRA COSTA DE OLIVEIRA
  • TECNOLOGIAS DE SOBREVIVÊNCIA EM ARTE

    narrativas de uma ama[dor]a

  • Orientador : ANA CLAUDIA DO AMARAL LEAO
  • Data: 15/03/2023
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  • Essa pesquisa apresenta um memorial narrativo, de ações em/com arte construída nos percursos estéticos e críticos que compõem As Tecnologias de So- brevivência em Arte, que são segundo minha proposta argumentativa coletividades que se fundamentam em experiências femininas periféricas, e principalmente de mulheres com quem dialoguei durante minha trajetória de vida/arte, assim, enten- do que a partir desses processos de sobrevivência periférica que fundam e impulsio- nam minha criação estética em Arte. Apresento relações de interseccionalidades em gênero, classe, raça e identidades diaspóricas amazônicas que são resultado de uma vida/experiência em margens. Processos que me possibilitaram compreender uma cultura periférica de sobrevivência principalmente feminina. Assim, vou compondo as narrativas pessoais que se compreendem nas teorias de Gonzáles 1998, hooks 2013, Lorde 2012, Njeri 2019, Oyewumi 2020, Costa 2013, Walker 2021, Carneiro 2005, Piedade 2017, Akotirene 2019, Alvarez 2009, Nascimento 1994. Beatriz Nas- cimento que inclusive inspira algumas construções narrativas dentro da pesquisa. Apresento uma compreensão do matriarcado periférico da relação brasileira/ama- zônica com a ancestralidade, que a rmo nos fortalecer e nos direcionar nas formas de existir enquanto sujeites diaspóricos. Aqui apresento caminhos artísticos cons- truídos pelo suporte e referencial coletivo da necessidade, e de registro e visibilida- de de uma rede afetiva feminina.

  • LUCIAN JOSÉ DE SOUZA COSTA E COSTA
  • FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE MÚSICA: Uma proposta de ensino-aprendizagem por intermédio da pesquisa e prática docente

  • Data: 15/03/2023
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  • A presente pesquisa de doutoramento, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará consiste apresentar a formação continuada de professores de Artes/Música com grande relevância na realidade contemporânea, sobretudo em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Apresenta reflexões acerca de uma capacitação de Formação Continuada para professores, que contempla especificamente profissionais da rede municipal de Belém do Pará por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC). Portanto, o pesquisador objetiva Investigar a formação continuada de professores de Artes/Música da educação básica no município de Belém a partir do aperfeiçoamento de conteúdos e elaboração de estratégias metodológicas para a área da música, tendo como base o perfil dos profissionais e a realidade das escolas em que atuam. Este objetivo se desdobra especificamente em dois, quais sejam: (a) Comparar, junto com os profissionais da educação, alternativas didático-pedagógicas para o ensino de música, considerando o perfil de formação e a realidade do contexto educacional em que atuam; (b) Aplicar capacitação teórico-prática do uso de ferramentas virtuais para o ensino de música nas escolas de educação básica do município de Belém. Para o alcance dos objetivos adotaram-se a Pesquisa Bibliográfica e a Pesquisa  Experimental. A partir deste contexto sobre formação continuada de professores de Artes/Música, a presente pesquisa traz diálogos entre os principais autores: IMBERNÓN (2010), SAVIANI (2009), NÓVOA (1991), TANURI (2000), FUSARI (1994),  COSTA (2019), COSTA; DEFREITAS JÚNIOR (2020), JARDIM (2019), LIMA (2019), PENNA (2007), entre outros. As primeiras motivações para a proposição do presente estudo encontram abrigo em minha atuação profissional na escola pública no estado do Pará, a qual reflete a trajetória de um professor-pesquisador da área de música. Desde o ano de 2012 no ingresso à universidade, meu trajeto-percurso na área de música vem perpassando por caminhos de formação inicial e posteriormente a formação “continuada” de professores de Artes/Música a nível profissional e em âmbito acadêmico. A amostra da pesquisa foi de 15 participantes professores de Artes/Música da rede municipal, sendo realizado no município de Belém no período de maio a junho de 2022. O estudo foi baseado em uma análise exploratória, onde o nível de significância foi α = 0,05 e o intervalo de confiança de 95%. A amostra foi obtida pela amostragem não paramétrica, onde foi utilizado o teste Wilcoxon. Em geral, nota-se, nas respostas, que antes do curso, 31,25% dos participantes avaliaram que Concordam Totalmente que o curso FOCO em Música proporciona um ambiente de formação continuada mesmo que no ensino de EaD, depois do curso esse percentual subiu para 75%, demonstrando ainda mais que o curso impactou de forma positiva para que os participantes considerem ainda mais importante que o curso FOCO em Música proporciona um ambiente de formação continuada mesmo que no ensino de EaD. Os resultados alcançados no Curso FOCO em Música  revela o potencial de aprendizagem que cada participante adquiriu permitindo mudanças e diálogos no seu exercício enquanto docente de Artes/Música.

  • RODRIGO ANTONIO DA SILVA
  • CASA DE LUIZA, escritos de um retorno

  • Data: 06/03/2023
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  • Casa de Luiza, escritos de um retorno é uma pesquisa-obra em Artes. Parte da reflexão e construção de narrativas visuais de famílias negras, no cinema documentário, tendo o falecimento de minha avó como disparador do processo de coleta, colagem e diálogo de distintos vestígios de memória. Para o desenvolvimento da pesquisa-obra, adoto como base discursiva vozes-mulheres, pensadoras e artistas, a saber: Beatriz Nascimento (1989) e sua definição do corpo negro como corpo-memória; a afrografia de Leda Martins (2021) em interlocução com a escrevivência de Conceição Evaristo (2005), que me auxiliam a entender a necessidade e a potência do uso da minha voz e corpo – no domínio da escrita fílmica; e a perspectiva do tornar-se sujeito de Grada Kilomba (2019), para compreender esse aspecto na afirmação de minha ação como pesquisador-artista. Num fabular fílmico, passado, presente e futuro são instanciados na compreensão de uma ancestralidade da diáspora que nasce da fuga como liberdade, em um constante recriar de caminhos a ser apresentado em formato de “texto de artista”, conforme conceitua Rosana Paulino (2011). Nesta escrita, partilham-se as reflexões que deram origem às obras em formato curta-metragem que integram a pesquisa e que visam a contribuir para o debate sobre a episteme afrocentrada na área da pesquisa poética. A escrita desta história está nas paredes, nos rastros de vida, em imagens dispersas, em vozes múltiplas, em fios da memória ainda por alinhavar.

  • ALBA OLINKA HUERTA MARTÍNEZ
  • FANDANTOLOGIA: 

    autoetnografia migrante de uma percussionista de pés

  • Data: 08/02/2023
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  • Ao aceitar o silêncio pandêmico, ou seja, ficar em casa sem poder sair ou viajar, suspender algumas atividades e enfrentar uma tragédia, foi necessário criar novas buscas e outras formas de pesquisa que me fizeram viajar de onde estava, e com o que tinha, abrigando-me em casa. Essas explorações, através de meu corpo, utilizando diferentes composições de fandango, fizeram-me viajar, e até mesmo migrar, cedendo à tragédia. E, mesmo com toda a vulnerabilidade que rodeava meu corpo por causa do vírus, que também viajava e migrava, fui atravessada por outras identidades, outras terras, outras danças, outros movimentos, outras escutas e outros sons. Neste trabalho compartilho essa experiência migratória dentro de casa e como estrangeira no Brasil. É preciso dizer que esta experiência migratória não começou com a pandemia de Covid-19 e foi através da autoetnografia que consigui dar uma saída aos conhecimentos encarnados (tecnologias parafolclóricas) que me constituem, a fim de consolidar minhas abordagens ao conceito de migrações sonoro-corpóreas através do seminário 'Del Fandango al cuerpo y de vuelta'.

  • ROBERTA BENTES FLORES BAYMA
  • TEATRO DADIVOSO:

    RITOS E ATOS POÉTICOS COMO PRÁTICAS DE CUIDADO DE SI E DE OUTRES

  • Data: 06/02/2023
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  • Esta tese é obra de criação experimental tramada por entre fios, linhas e fibras de fragmentos e ensaios que encenam atos poéticos e ritos de criação artística, ofertados em favor de cura ancestral e existencial por entre testemunhos de vida e de residência artística. Tessitura escrita advinda de afetações e de memórias, vividas ou inventadas, decorrentes de experimentações e de processos de criação da atriz-psicóloga-artista-criadora com as poéticas dadivosas de cura, como potências de cuidado de si e de outres. Trama-tese que parte da metáfora transformadora do ciclo de vida de borboletas transmutadas em devaneios poéticos, que produzem sentidos sobre o ato de pesquisar e de criar artisticamente. Trançada em espaços casulares e cruzada por outras vozes, dos que vieram antes e produziram outros enredos, presentificadas por entre as dobras, esquinas e encruzilhadas fêmeas por onde transita a pesquisa em arte e que constitue a confluência de caminhos metodológicos experimentados por entre dispositivos poéticos. Escritura testemunhal que visa contribuir para desterritorialização do ato de cuidar de determinados campos-poder de conhecimento, ao mesmo tempo territorializar sentidos de potências de cuidado ritualizadas em produções cênicas das poéticas dadivosas que estabelecem linhas de contato com outras áreas do conhecimento, científicas e não científicas, que acionam dimensões políticas, éticas-poéticas e espirituais.

  • FRANK DE LIMA SAGICA
  • O BREGA CIBERMÓRFICO DE WANDERLEY ANDRADE:

    Pontos de inflexão no mercado musical contemporâneo

  • Data: 30/01/2023
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  • A presente tese propõe investigar como se desenvolveram a produção,  a circulação e o consumo da música durante e após o enfrentamento da pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2, tendo como recorte etnográfico o cantor Wanderley Andrade, abordando com olhar interpretativo a sua produção, sua adaptabilidade e suas articulações nas principais plataformas digitais que se estabeleceram como principais canais de interação no contexto de distanciamento social imposto em âmbito mundial como forma de contenção do contágio e proliferação da COVID-19. Proponho focalizar o ponto de inflexão que demarcou as mudanças significativas na acepção mercadológica e posicional nas paragens digitais nos anos de 2020/2021, bem como o surgimento e a aplicação de editais emergenciais e festivais culturais que ampararam toda uma classe artística. Para isso, foi realizada entrevista com o artista da música, compositor, pesquisador, produtor musical e diretor do departamento de música da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT) – Allan Carvalho. Mediante as transformações promovidas pelo avanço tecnológico, esta tese propôs um novo modelo conceitual-analítico, que eu defini como neopersona cibermórfica, utilizado para um melhor enquadramento teórico sobre o fenômeno do novo perfil identitário que transita nos ciberespaços. Esta proposição intelectual também tem a intenção de lançar um material que possa servir de base bibliográfica para futuras pesquisas que venham a se relacionar com aspectos voltados a uma suposta pós-modernidade cibernética. Foi utilizado como ferramenta metodológica a etnografia virtual, dado a dificuldade na recolha de dados de modo presencial, por consequência das medidas de isolamento do período pandêmico. O uso de novas tecnologias e mídias, as adaptabilidades do mercado da música, bem como a análise das particularidades cotidianas de uma sociedade em transição são temas caros a este estudo, tendo a etnomusicologia como chave elementar para elucidar os entremeios onde sojornam confluências e disrupturas, entre os quais: mercado musical, glocalização, tribalismo, tradição e tecnologia, temas estes que podem, consequentemente, trazer contribuições não apenas para o campo teórico como, também, para o âmbito cultural.

  • LEONARDO VIEIRA VENTURIERI
  • Diálogos Atemporais de Música e imagem: ressignificando a obra de Clemente Ferreira Júnior (1864-1917)

  • Data: 26/01/2023
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  • A presente tese “Diálogos Atemporais de Música e Imagem: Ressignificando a obra de Clemente Ferreira Júnior (1864-1917)” busca estabelecer um diálogo artístico transdisciplinar, envolvendo composição musical e imagética em uma perspectiva de multilinguagens ligada ao estudo da musicologia histórica. Busca-se desvelar a linguagem musical de linguagem composicional do compositor Clemente Ferreira Júnior, através da análise de sua obra pianística, munido da perspectiva semiológica e semiótica, musical e visual, objetivando também desvelar os aspectos criativos (poiéticos) e perceptivos (estésicos) da mesma. Por fim, o estudo visa desenvolver um produto musical a partir da obra do compositor Clemente, a serem incorporadas na obra “Paisagens Imaginárias”, apresentando os processos artísticos do autor, envolvendo o conceito de “Pictopartitura”, através de memorial de composição.

  • SILVIA DO SOCORRO LUZ PINHEIRO
  • DA ROSA SALTA GAFANHOTO: TRÂNSITOS ENTRE KATA PESSOAL E POESIA CORPÓREA

  • Data: 20/01/2023
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  • Esta é uma tese memorial que foi dividido em cinco livros, que tem como espaço de pesquisa o processo de criação da obra cênica Da Rosa salta Gafanhoto, assumindo-a como poética e metodologia da pesquisa. Que transita pela dimensão feminina da Samurai, Gueixa e Criança Luz inerente à pesquisadora e suas relações com as poéticas corpóreas de cada uma delas. A pesquisa declara ser o gafanhoto que salta da rosa e assume como corpo da pesquisa esse salto que ele dá e se metamorfoseia nas três figuras femininas que aparecem na tese, as quais são fantasmas que orbitam à pesquisadora, ou fendas por onde o processo de criação se espalha. A poética e metodologia usada na pesquisa, perpassa no processo do como é que uma palha se torna quando ela começa a secar, a morrer, se torna flexível, se enrola em uma flor e salta em forma de gafanhoto[i1] , essa foi a metodologia utilizada. Alguma coisa que se desenrola, mas, primeiro ela seca e vai em direção à morte, seria uma metodologia da morte? Do perecimento? Uma poética do perecimento, um método poético de trabalho, mas, o que é isso? Um método de flexibilidade poética, onde contém o treinamento Kata pessoal, os três mascaramentos. Apresento como suporte teórico o conceito de pesquisa performativa que abraça essas proposições para os estudos práticos realizados e para a construção da escrita que emana das práticas da sala de trabalho. A pesquisa performativa aqui é entendida conforme os preceitos de Brad Haseman (2015). O fio condutor da pesquisa é essa metodologia poética flexível – Da Rosa salta gafanhoto -, onde a artista-marcial apresenta a noção de autocriação, por afirmar que enquanto gera a obra vivencia uma série de questionamentos, os lugares vazios da artista marcial e afinamentos de coerência frente ao mundo e a si mesma, passando a autocriar-se, sendo assim um processo de criação da obra e autocriação de si diante das diferenças de si.


     

2022
Descrição
  • MARIA LIZETE SAMPAIO SOBRAL
  • Representações do Corpo Deficiente no Cinema:

    uma análise comparativa dos filmes 'Feliz Ano Velho' e 'Intouchables'

  • Data: 01/12/2022
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  • A visão construída, ao longo do tempo, sobre as representações do corpo deficiente na arte, tem se mostrado, algumas vezes, associada à noção de estigma, que, normalmente, coloca a pessoa deficiente no lugar de um alguém considerado incapaz, inválido, discriminado, possuidor de condição de sofrimento - sobretudo, pelos padrões e formas como são representados nos meios de expressão artística. Como tema central desta pesquisa, apresentamos novas formas de investigação sobre essa relação, que não se detenham tão somente em noções convencionais, mas que, ao contrário, possam abranger um campo mais amplo e ao mesmo tempo aprofundado de investigação e debate, ao confrontar temáticas tais como ‘corpo’, ‘arte’, ‘linguagem’, ‘deficiência, ‘cinema’, ‘estigma’, todas pautadas, justamente, pela ideia de representação. Priorizamos, com esta pesquisa, analisar o corpo deficiente, com seus aspectos simbólicos e múltiplos significados, principalmente, quando esse corpo é trazido como elemento central, que ganha lugar na narrativa fílmica.   Para isso, nosso estudo se baseia, prioritariamente, em uma análise comparativa entre dois filmes, com contextos, narrativas e conteúdos bastante semelhantes: ‘Feliz Ano Velho’, no cinema brasileiro, e ‘Intouchables’, no cinema francês. Ambos os filmes são inspirados em obras literárias, mais precisamente em autobiografias e, seus personagens centrais, Mário, no filme brasileiro ‘Feliz Ano Velho’, Phillipe di Borgo em ‘Intouchables’, vivem situações de vida parecidas.  A opção por esse tipo de análise se dá, justamente, em razão de considerarmos a possibilidade de confrontar simetrias, ou não, entre esses trabalhos, justamente, pelas semelhanças entre as histórias vividas por seus protagonistas, pois ambos são vitimados em acidentes, ficam incapacitados para andar e transpõem suas experiências para a literatura. Segundo a perspectiva de análise e abordagem das relações que procuramos aqui entender, as possibilidades desta pesquisa, são complexas e intermináveis. Nesse sentido, tornou-se necessário um estudo mais específico sobre o corpo no cinema como indicador do lugar e do olhar assumidos na construção de nossa narrativa.

  • CAROLINE DE CASSIA SOUSA CASTELO
  • Poéticas paridas: a dança como política de aparecimento

  • Data: 24/11/2022
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  • Esta tese memorial, dividida em uma série-poética, teve como objetivo compreender a dança como uma política de aparecimento a partir dos processos de criação dialético (tese, antítese e síntese): Cinderela (2018), Nas Brenhas (2020) e Subterrânea (2021). Os dois primeiros partos foram poéticas paridas das histórias de vidas do Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, uma associação precursora na militância dos direitos humanos das prostitutas no Brasil, que atua desde 1990. revela narrativas sobre amor, maternidade, violência, militância, trabalho, sobre orgasmos e desprazeres dentro do meretrício. Subterrânea (2021) por sua vez é uma narrativa pessoal atravessada pelo meu desencontro com a maternidade, onde discuto a potência de uma dança abortada, descamada e petrificada. Os processos de criação transam com as perspectivas metodológicas de Ferreira (2012) e Speck (2016), assumo-me uma habitante-criadora (FERREIRA, 2012) em caminhabilidade (SPECK, 2016), embrenhando-me pelas ruas do bairro da Campina, conhecendo e me reconhecendo enquanto criadora de vida/dança com a rua, encontrando nas esquinas e encruzilhadas autores como Judith Butler (2018), André Lepecki (2011), Di Monteiro (2018), Bia Medeiros e Natasha de Albuquerque (2016), Thereza Rocha e Márcia Tiburi (2012), Juliana Moraes (2013), entre tanto outros que me ajudaram a pensar a dança com a rua e como política de aparecimento. Embrenhar-se também é entranhar-se pelos úteros, pelo íntimo, pelos segredos da vida de quem ali habita, de processos que se criam na ânsia do vivido, movidos em “fazê-lo aparecer”.

    Palavras-Chave: Política de Aparecimento.Poética Parida. Processos de Criação.

  • BRUNO SERVULO DA SILVA MATOS
  • CARTOGRAFIA DO TEATRO: Contexto, políticas e poéticas do teatro de grupo em Macapá



  • Data: 24/09/2022
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  • Esta pesquisa derivou a construção de uma tese dividida em quatro partes ou quatro atos. A princípio, a feitura da composição do arquivo sobre grupos teatrais, induziu-me para o método cartográfico e, possivelmente, ao etnográfico. Para início dos estudos, foi necessário conhecer e escrever sobre o panorama do teatro amapaense, com a finalidade de lançar um olhar crítico e sócio-político-cultural sobre os cenários do teatro no Amapá. Observei que havia uma quantidade enorme de material sobre teatro em geral, mas sobre grupos teatrais do Amapá nenhuma ou poucas referências. Comecei por referências bibliográficas: Elderson, MELO. Teatro de Grupo: Trajetória e prática do teatro acriano – 1970 a 2010. 2006. Samantha Agustin, COHEN. Teatro de grupo: Trajetória e relações. Impressões de uma visitante., 2010. Um autor específico é, constantemente, utilizado por quaisquer pesquisas, no que diz respeito às atividades teatrais amapaenses, o professor-pesquisador, Romualdo Palhano, da Universidade Federal do Amapá. Esse autor serviu como suporte bibliográfico principal, para uma pesquisa que até então, estava no lusco-fusco, pois, apesar de saber que havia trabalhos teatrais no Estado do Amapá, eu os desconhecia. Assim, decidi mudar o foco principal do trabalho e me dedicar a um objeto: os grupos de teatro do Amapá. Ou seja, a pesquisa deixou de ser exclusivamente bibliográfica e passou a ser in loco. A cartografia é uma ciência que, tradicionalmente, refere-se à habilidade de elaborar mapas, cartas e outras formas de representar e descrever, detalhadamente, ou expressar objetos, fenômenos físicos e socioeconômicos. É, também, uma demarcação, ou territorialização; uma determinação de espaços com a finalidade de orientação e de conhecimento a respeito dessas mesmas porções espaciais. Amparado por essas características, deixei que a pesquisa seguisse seu processo, explorando cada parte que se sobressaía, seus desdobramentos, porém, com o cuidado de não perder de vista o objetivo principal: registrar, quantificar, qualificar, quando for preciso, sem esquecer seu caráter libertário. Percebi que minha pesquisa também possuía um caráter etnográfica. Afinal, a etnografia, é um método das ciências sociais, mas não apenas, principalmente da antropologia, em que o principal foco é um estudo das culturas e o comportamento de determinados grupos sociais. No primeiro ato, faço um breve panorama histórico das atividades de cunho teatral desenvolvidas no Estado do Amapá. Passeio pela cronologia mais ou menos fiel de imagens selecionadas que contam como o teatro, seja com o primeiro prédio ou nas primeiras atividades teatrais, vem sendo apreciada, vivenciada, constituída no Estado. No segundo ato, piso o terreno movediço, por assim dizer, das políticas públicas de incentivo às artes cênicas. De todos os atos, esse é aquele ao qual dediquei cuidado especial, por tocar em questões conflituosas, por dialogar com temas caros às instituições públicas governamentais e não governamentais, e por descortinar situações visíveis, porém mudas, caladas por uma opressão conveniente. O terceiro ato é dedicado aos espaços teatrais ou aos lugares de teatro. A cidade de Macapá possui poucos espaços institucionais, constituídos como lugar de teatro, o que leva muitos grupos teatrais a buscarem alternativas para o desenvolvimento de suas atividades. Destaco, com essa evidência, que não apenas os lugares de teatro são necessariamente espaços teatrais. Surgem outros territórios, ditos aqui como “alternativos”.  O quarto ato, eu considero a alma do projeto de pesquisa. É nele que dedico e concentro esforços para construir uma espécie de narrativa, que expresse todos os anseios, alegrias, lutas dos grupos teatrais para fazerem arte, para se fazerem existir, em um lugar em que a valorização artística é tão incipiente. A cada conversa, a cada descrição dos grupos e suas atividades, era o descortinar de um perfil apaixonante. Independentemente, das farsas e dos disfarces, dos dissonantes discursos, das máscaras e maquiagens, busquei descrever e reverberar vozes que gritam, choram, lamentam, suplicam para se fazerem ouvir, mas também riem e trazem e sentem felicidade.

  • GILBERTO DOS SANTOS MARTINS
  • TEMPO DE ESPERA: Fortuna Crítica da peça de Aldo Leite

  • Data: 13/09/2022
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  • O presente estudo busca por meio da fortuna crítica, analisar as narrativas escritas e orais produzidas a partir da repercussão estética e política da encenação Tempo de Espera, de autoria do ator, diretor, professor e dramaturgo maranhense Aldo Leite (1941-2016). Essa encenação foi produzida no contexto do Grupo Teatral Mutirão, de São Luís do Maranhão, no ano de 1975, e circulou por todas as regiões do Brasil e em cidades da Europa (Nancy, Lille, Paris, Colônia, Munique, Mettingen, Rotterdam e Amsterdam), entre os anos de 1975 e 1978. Tempo de Espera trata do estado de inanição física e motivacional de uma família do interior do Maranhão diante da pobreza extrema na qual está imersa. Com cinco personagens e uma linguagem que abre mão da palavra na cena, esse espetáculo foi alvo de inúmeras narrativas e marcou a memória do teatro maranhense do século XX. A fortuna crítica de Tempo de Espera dá destaque para o impacto da coragem do conteúdo dessa encenação, a miséria e extrema pobreza do povo brasileiro posto em cena em meio ao período histórico brasileiro conhecido como “anos de chumbo” (década de 1970). Na contramão do discurso oficioso de prosperidade econômica do Brasil, propalado pelos governos ditatoriais, Aldo Leite e seu grupo expõem as feridas e as veias ainda abertas da sociedade brasileira; a fome e o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza no Brasil ganha os palcos do Maranhão, do Brasil e do exterior causando certa indignação dos seus expectadores. Outra ênfase interpretada pelas narrativas da fortuna crítica dessa obra é a sua organização cênica; primoroso trabalho de interpretação dos atores que, embora não tendo formação teórica e acadêmica específica, evidenciaram uma práxis cênica colocada em discussão pelo seu público, e estudiosos do teatro, incidindo, assim, luz aos artistas amadores locais e de outras localidades do Brasil, convencionalmente caracterizados de maneira restrita. Tempo de Espera, para o contexto teatral local, pauta a ampliação do entendimento de “amador”. Dessa maneira algumas perguntas balizadoras perpassam este estudo, quais sejam: em que medida essas narrativas estéticas e políticas puderam contribuir para o entendimento de Tempo de Espera como a responsável pela projeção do teatro maranhense no cenário nacional? Tempo de Espera poderia ser considerado um reflexo ou uma amostra do fortalecimento e amadurecimento do movimento de teatro amador feito no Maranhão e no Brasil? O que, em si, representa ou representou Tempo de Espera, em termos estéticos e políticos para além das memórias nostálgicas, para a renovação do teatro maranhense e brasileiro na segunda metade do século XX? Quais são as potencialidades que essa encenação trouxe que a distingue das demais no Maranhão e no Brasil, numa perspectiva experimental e não empresarial? A análise em questão permitirá compreender em que medida essa encenação contribuiu para a efervescência teatral ocorrida na cidade de São Luís na década de 1970, assim como para o debate de um fortalecimento da cena teatral amadora local e brasileira. Para adentar ao processo de construção do corpus textual e análise qualitativa do objeto artístico em questão, alguns procedimentos teórico-metodológicos são adotados: Pesquisa Documental (CELLLARD, 2008); a Memória (História Oral) (POLLAK, 1989; NORA, 1993; RABETTI, 2006); e Análise de Discurso (CAREGNATO; MUTTI, 2006; PÊCHEUX, 1993).

  • MICHEL GUILHERME GOMES AMORIM
  • TAMBOR EM CHAMA: A RODA DE CARIMBÓ COMO METODOLOGIA DE
    CRIAÇÃO PARA O TEATRO NOS PROCESSOS CRIATIVOS DOS
    ESPETÁCULOS VEREKA E BONECOS & TAMBORES

  • Data: 30/08/2022
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  • A presente pesquisa tem como objetivo propor uma reflexão sobre os processos de
    criação duas obras cênicas: Vereka e Bonecos & Tambores nos seus aspectos
    técnicos, estéticos e de identidade. As obras refletem de forma bio-ficcional a obra e
    vida do Mestre Verequete. A pesquisa procurou compreender a importância do lugar
    onde esses dois artistas foram forjados, tanto o pesquisador/artista, como o Mestre
    Verequete e ratificar a importância desse lócus na formação de uma identidade
    negra-amazônica-urbana-periférica. Os dois espetáculos se preconizam em fazer
    uso dos instrumentos musicais utilizados no carimbó para a cena, mais
    precisamente o tambor, o tambor ecoado da poética de um artista negro amazônico.
    E é dentro desta perspectiva que identificamos os princípios de funcionamento da
    “Roda de Carimbó” como metodologia de criação destas duas obras. Soma-se aqui
    o uso do tambor a partir do teatro de animação contemporâneo, neste caso, o teatro
    de objetos. A metodologia utilizada na pesquisa se desenvolve a partir da análise
    dos documentos gerados nos dois processos: filmagens, fotografias, sites,
    memórias e dramaturgias das obras.

  • ANA CAROLINA MAGNO DE BARROS
  • MULHER-CASA-CIDADEA(fia)ções performáticas de uma artista fronteiriça-jurunense-afro e indígena religiosa-feminista em escrituras com escritoras brasileiras em um olhar periférico a partir da Amazônia paraense

  • Orientador : CESARIO AUGUSTO PIMENTEL DE ALENCAR
  • Data: 29/08/2022
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  • Este memorial de qualificação pretende compreender o caminho (a)fiado no projeto de doutorado “MULHER-CASA-CIDADE: a(fia)ções performáticas de uma artista fronteiriça-jurunense-afro e indígena religiosa-feminista em escrituras com escritoras em um olhar periférico a partir da Amazônia paraense”, no qual propus seis a(fia)ções performáticas, isto é, ações  performáticas (TAYLOR: 2013)  alinhavada pelas categorias de pensamento mulher-casa-cidade interseccionalizadas (AKOTIRENE: 2018) por uma artista que compreende a literatura feminina nacional a partir de uma experiência periférica em deslocamento entre mundos e fia suas próprias teias. A imagem que agencia a poética é a da aranha, um devir que transita por imagens arquetípicas ocidentais, mas que tem como referências primeiras a africana Ananse (DEUS: 2019) e ameríndias como Kokyang Wuhti (MULLET: 1979) e Buhpu (KEHÍRI; PÃRÕKUMU: 1995) presentes em seis ações-séries-obras.  

  • RAFAEL RIBEIRO CABRAL
  • Arte-Medicina: contrafeitiços para adiar o fim do mundo 

  • Data: 25/08/2022
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  • Na Amazônia todo mundo é índio, exceto quem não é. E quem não é? Aqueles cuja feitiçaria colonial transformou em pobres justo aqueles que não reencontraram seu Povo. A partir desta etnografia etnogênica, criam-se camadas de autocompreensão étnica e caminhos de conhecimento sobre a ancestralidade matrilinear uroxilocal da etnia indígena Mebengokre-Kayapó localizados no sul e sudoeste da Amazônia paraense nas confluências dos rios Tocantins-Araguaia, Rio Xingu e Rio Fresco. Até terem transformado todos os indígenas do mundo em pobres, teremos enfeitiçado todos os pobres em indígenas.  

     

     

  • ALLYSTER ALLAN LIMA FAGUNDES
  • REVÉRBERO

  • Data: 10/08/2022
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  • RESUMO: O presente memorial tem como objetivo detalhar o processo de pesquisa e experimentação em artes que se desdobrou na exposição “Revérbero”. Obra que lança o olhar sobre a arte drag a partir de um viés autobiográfico onde o autor partindo de suas vivencias enquanto artista drag, cria uma série de vídeo performances, fotografias e experimentações escultóricas em látex; Tais criações tem como indução objetos antigos identificados durante o processo de pesquisa como pontos de criação (criatividade) e nomeados como ilhas. A exposição propõe uma dimensão performativa a conteúdos pertencentes ao secular mito da sereia e revela em suas entrelinhas temas como gênero, sexualidade e auto aceitação, da mesma maneira que vislumbra o Eu drag (persona) e sua singularidade uma plataforma política capaz de conscientizar a sociedade sobre questões LGBTQIAPN+.

  • BARBARA TOSCANO GIBSON
  • O AUTO DAS ESQUECIDAS

    Uma dramaturgia dissertativa sobre o espaço limitado que as dramaturgas ocupam na história nacional e uma dissertação dramatúrgica em homenagem à (r)existência das dramaturgas paraenses.

     

  • Data: 09/08/2022
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    A insatisfação experenciada ao abrir livros dedicados à escrita dramatúrgica e encontrar um número reduzido de nomes femininos foi o mote inicial para o desenvolvimento da presente pesquisa. Notar que, dentre tais nomes, os de dramaturgas paraenses são majoritariamente ignorados, solidificou o desejo de destacá-los. Tendo em vista que eu, pesquisadora, também sou uma dramaturga paraense, tratar desse tema na Academia tornou-se um imperativo. Este trabalho – que integra o projeto Memórias da Dramaturgia Amazônida: Construção de acervo dramatúrgico, coordenado pela professora Bene Martins – objetiva refletir sobre o contexto de silenciamento da figura feminina no decorrer dos séculos, examinando importantes momentos históricos até o advento das dramaturgas brasileiras. A partir deste cenário, buscamos aprofundar questões relacionadas às dramaturgas paraenses, apontando especificidades de suas composições textuais para cena. Optamos por uma abordagem criativa de desenvolvimento, que combina a forma tradicional de escrita acadêmica com diálogos em formato dramatúrgico que transformam as escritoras estudadas em personagens de uma trama teatral, entremeada por conceitos de autoras da área. Os dados foram coletados por meio de pesquisas bibliográficas em livros, revistas especializadas, artigos acadêmicos e dissertações que versam sobre temáticas afins; além disso, informações reunidas a partir de entrevistas diretas com dramaturgas paraenses foram fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa. Como referenciais relevantes, destacam-se as obras de Gerdal Lerner, bell hooks, Hannah McCann, Simone Beauvoir, Angela Davis, Angela Saini, Mary Wollstonecraft, Virginia Woolf, Heloísa Buarque de Hollanda, Naomi Wolf, Valéria Souto-Maior e Elza Cunha de Vincenzo. Por fim, pretendo contribuir para os esforços de mapeamento dos trabalhos artísticos femininos, buscando reunir trabalhos dramatúrgicos produzidos por escritoras amazônidas, de modo que não sejam relegados ao ostracismo.

     

  • WILKA SALES DE BARROS
  • No Pôr do sol, a cigarra voa reto

  • Data: 08/07/2022
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  • No Pôr do sol, a cigarra voa reto trata-se de uma pesquisa em arte que busca expandir a compreensão do trabalho artístico partindo inicialmente dos processos mentais, intuições e experimentações a partir de métodos guiados pela prática e de que modo é possível identificar nos processos de criação, diálogos e encruzilhadas entre corpo, memória e lugar, apresentando poéticas visuais nas linguagens da performance artística (foto-performance vídeo-performance), escritos, anotações, colagem digital e paisagens sonoras, optando pelo termo encruzilhada para traduzir o encontro das linguagens artísticas, das técnicas e dos conhecimentos interdisciplinares, dando importância para as cosmologias africana e indígena e os saberes das tradições. Tendo a cigarra como ser lírico de importantíssimo fio condutor em todas as poéticas desta pesquisa nos lugares que os nossos corpos se situam e de referenciais teóricos e artísticos da américa latina, como Diana Taylor, Rosana Paulino, Humberto Maturana, Eclea Bosi, Valzeli Sampaio, Márcia Kambeba dentre outros.

  • CAMILA FERREIRA ARAUJO FREIRE
  • PERSPECTIVAS OUTRAS PARA ARTE EDUCAÇÃO EM BELÉM: Análises autocriticas sobre arte educação no contexto não formal e informal.

  • Data: 30/06/2022
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  • Esta dissertação apresenta reflexões sobre como os processos educativos em Artes Visuais podem ocorrer por meio de procedimentos curatoriais, mediações culturais informais e práticas educativas digitais, sendo estas ocorridas no contexto de pandemia. Para isto, analiso três exposições ocorridas nos anos de 2019 e 2021, nas quais participei ativamente dos processos curatoriais e  pude analisá-los de dentro para fora. Para tal análise fiz uso do método de Estudo de Caso com viés interpretativo, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica em fontes diversas e a coleta de dados via observação participante, o que possibilitou a interpretação das experiencias por meio das entrelinhas dos fatos vivenciados. Para o diálogo compartilhei dos ensinamentos teóricos de Éder Chiodetto (2013), Felipe Scovino (2016), Caroline Ruoso (2019), Ana Amélia Bulhões (2014) e Mariza Morkazel e Rosangela Britto (2020) os quais dialogam comigo sobre processos curatoriais e sistema da arte em seu contexto nacional e local. Djamila Ribeiro (2019), bell hooks (2017; 2019), Homi K. Bhabha (2001), John Fletcher (2020)  e Rafael Bqueer (2020) para discutir sobre revisões identitárias no sistema da arte brasileiro, com Ana Mae Barbosa (2002), Inês Ferreira (2014), Tereza Scheiner (2003), Teixeira Coelho (2004) para analisar a mediação cultural através da própria obra de arte e por fim Paulo Freire (1980, 2003), Carlos Rodrigues Brandão (2007), Timoty Ingold (2000) e Jorge Lorrosa Bondía (2002) para discutir sobre os diferentes tipos de educação e seus modos diversos de aprendizagem. Compreendo esta dissertação como uma análise autocritica de experiencias profissionais que possibilitaram discutir outras perspectivas, locais e conhecimentos para arte educação, assim desejo ter contribuído para ampliar os processos educativos em Artes Visuais e com isto ter ajudado a promover a diversificação do pensamento local sobre o papel das Artes Visuais e de sua importância como formadora de perspectivas socioculturais.

  • SANDRO PEREIRA DE ALMEIDA
  • MÍDIAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DOCENTE EM ARTES VISUAIS: Experiências no Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), realizadas em Alenquer/PA - 2020

  • Data: 27/06/2022
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  • A pesquisa versa sobre a minha reflexão crítica acerca de experiências em ensino-aprendizagem em Artes Visuais, através das novas mídias, em minha formação docente como professor formador pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). Tendo como metodologia, eixos que se expandem no campo da arte educação entre o apreciar, o contextualizar e o praticar, com a disciplina de Laboratório de Animação, através da construção de cenários, confecções de personagens e elaboração de pequenos vídeos em stop motion. Apresentando em seus temas, questões sociais e culturais, enfatizando uma visão contemporânea dos conteúdos disciplinares realizados no município de Alenquer situado na região do baixo Amazonas no Estado do Pará, no ano de 2020. Nessa região, considerou-se a realidade local, além de analisar a problemática entre a democratização tecnológica, precariedade quanto ao acesso de internet, conflito de gerações, e práticas acessíveis de ensino. Considera-se que as experiências a serem apresentadas na presente pesquisa, proporcionaram um entendimento mútuo entre o ensino de Artes Visuais e dinâmicas tecnológicas acessíveis e coletivas no ensino superior com resultados voltados para a educação básica principalmente na esfera pública.

  • ARTUR DÓRIA MOTA
  • OS AMIGOS QUE DESCONHEÇO:Performances do caminhar e a guerrilha dos cuidados no Antropoceno.

  • Data: 22/06/2022
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  • Os amigos que desconheço é um processo de criação artística e poética concebido como uma performance caminhante em que o caminhar é composto como um fundamento e qualidade de guerrilha e posto em prática como um cuidado de pensamento e ação em relação à emergência e a permanência do Antropoceno. Se o Antropoceno, a época geológica do homem, o homem tornado força geológica, indica um tempo inexorável de intensificação das catástrofes em todo o planeta, como é possível caminhar-viver por entre catástrofes? E o que o caminhar pode nos fazer ver e criar como linha de fuga e deserção em relação ao modo como temos vivido, sobretudo, frente às estruturas de colapso que são os grandes centros urbanos? Assim, este caminho artístico é pronunciado através dos impactos e das metamorfoses que afetam o performer-caminhante em um mundo que rapidamente e violentamente se atropela de novas premissas à vida. Os calçados, nesse sentido, se situam como o ponto de partida que o orientam na trama deste processo-caminho. Aparecem como imagens espectrais que insinuam tragédias. Calçados nas ruas: que dizem da falência do mundo e o que podem sugerir de histórias e ou situações que suscitem sensibilidades e/ou cuidados que nos fortaleçam e/ou apontem outros caminhos? Para pensá-los nestes termos, performei um modo de ir e de me fazer ao encontro deles; sou seu amigo, eu lhes disse. Junto a eles é que esse processo foi se alargando – dando origem, inclusive, a séries performativas consequentes – e sendo esculpido através de inúmeras linhas de escrituras e densidades literárias, entre enxertos e estratos de pensamento, fragmentos poéticos e insinuações teóricas e ou imagéticas, que especulam e discorrem, à sua maneira, acerca dos modos e das possibilidades de caminhar e, portanto, de existir, em um mundo cada vez mais hostil ao corpo e aos corpos.

     

  • ALEXIS FRANCISCO MATUTE IZAGUIRRE
  • JOGO COM SOMBRAS: metodologia inclusiva com artistas de diferentes níveis de vidências.


  • Data: 08/06/2022
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  • Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a metodologia de inclusão: Jogo com sombras, desenvolvida a partir do teatro de sombras. A metodologia consiste na preparação de atores com três níveis diferentes de vidência dentro das técnicas do referido teatro e foi desenvolvida com duas pessoas de Belém do Pará, no Brasil e uma pessoa de Choluteca, Honduras; um dos artistas tem cegueira total (Marco Antônio Lopes), outra tem baixa visão (Socorro Lima) e o outro é vidente, no caso, eu (Alexis Matute). O projeto está dividido em três atos de criação, cada ato tem objetivos e atividades para se trabalhar a sensibilidade por meio de experiências corporais, jogos e técnicas teatrais nas sombras. A coleta de dados foi feita por meio de registros fotográficos e audiovisuais, entrevistas não estruturadas e conversas com os artistas. Como parte dos resultados, a equipe realizou quatro obras em teatro de sombras, que serão exibidos em festivais, congressos e colocadas em plataformas digitais.


  • VANDILEIA FORO DA SILVA
  • PA(N]Ô) CORPO
    CORPO
    Experimentação performativa Corpo em Pânico

  • Data: 07/06/2022
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  • Esta pesquisa para ter como possível resultado de uma poética performativa. desenvolveu-se por meio do processo de experimentação. A partir da palavra força “queda”, buscou- se experienciar no meu corpo as sensações por quais ele passou quando parte da parede de minha casa, feita de barro caiu. Esse experienciar foi atravessado por múltiplos intercessores, processos anteriores meus que tem em comum a substância barro. A pandemia da COVID 19 confluiu com a pesquisa, fazendo emergir de uma das linhas de fuga do experimento a arte em vídeo, pois o que seria um trabalho performativo presencial, tornou-se em um teatro performativo pandêmico filmado. Meus objetivos a saber eram: capturar minhas sensações do corpo no momento da queda, trans criando-as em um dispositivo poético, o panôcorpo; transmutar a poética do panôcorpo em ações performadas como traços de uma autobiografia cênica; performar um acontecimento de desabamento como um devir que mundia o barro-corpo. O Panôcopo foi o dispositivo poético que cartografei com o desejo de tatear o processo e perceber as aberturas possíveis para a poética “Visagenta e o Desabamento do Mundo” resultado desse estudo. Meu procedimento metodológico foi a cartografia. Nessa espiral criativa, artistas de Belém contribuíram com essa fabulação, assim como Ana C Colla, Ana F Mendes, Cecilia Almeida Salles, Gilles Deleuze e Félix Guattari, Janaina Fontes Leite, Josette Fèral, Iara Regina da Silva Souza, Karine Jansen, Valzeli F Sampaio, Virgínia Kastrup dentre outros.



    Palavras Chaves: Panôcorpo, cartografia, barro corpo, autobiografia, teatroperformativopandêmicofilmado 

  • MARLUCE CRISTINA ARAUJO SILVA
  • DOULAR A VOZ QUE CONTA

    UMA EXPERIÊNCIA FENOMENOLÓGICA DA VOZ COMO PERFORMANCE

     

  • Data: 31/03/2022
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  • Reconhece-se que a arte de contar histórias e da doulagem são processos ritualísticos, em que se cultiva um caminho próprio, intuitivo, que me guia como pessoa e profissional. Fenomenologicamente, tais processos se constituem na experiência vivida de modo subjetivo. Portanto, contar e doular compõem a fenomenologia da minha redondeza. E é na minha experiência com a voz que estabeleço a conexão com e entre os dois processos. A problemática de investigação desta dissertação, assim, se estrutura a partir da seguinte indagação: “de que maneira a minha voz se revela, como performance, na minha arte de contar histórias e no meu ofício como doula?” revelando como objeto de estudo a minha voz, como performance. O objetivo, portanto, deste trabalho de dissertação é elucidar sobre o meu percurso de ser doula e contadora de histórias, a partir da discussão da voz como performance. Entre os fundamentos teóricos que darão sustentação para a discussão, lançarei mão da produção de Paul Zumthor (1915-1995), para o campo conceitual entre voz e performance, entrelaçando este campo ao da fenomenologia do redondo, de Bachelard (1884-1962). Transversalmente, oriento-me pela concepção do Sagrado Feminino e do Arquétipo da Grande Mãe, fundamentados nos escritos de Clarissa Pinkola Éstes (1945) sobre a intuição e sabedoria da mulher e da psicologia analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961), e a escritora e psicanalista Maria Inez do Espirito Santo (1950) que me auxiliaram a entender e desenvolver o real conceito de Sagrado Feminino, assim como as imagens arquetípicas, animus e anima. Com efeito, tomo como forma o memorial para tecer a colcha dessa trajetória nesses dois campos de experiência fenomenológica, onde a voz será o grande fio condutor. Trata-se de um trabalho que se constitui em narrativa autobiográfica, ao mesmo tempo, reflexiva e poética.

     

  • THIAGO GUIMARÃES AZEVEDO
  • O OLHAR NA PERIFERIA: A trajetória de Luiz Braga através de "Retumbante Natureza Humanizada".

  • Data: 10/03/2022
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  • AZEVEDO, Thiago Guimarães. O OLHAR NA PERIFERIA: A trajetória de Luiz Braga através de Retumbante Natureza Humanizada, 2021. 276 fls. Tese (Doutorado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, UFPA, Belém

    A vasta obra do fotógrafo paraense Luiz Braga representa a construção do olhar de um artista que desenvolve uma identidade a partir de uma estética visual que dialoga com diversas frentes de atuação, como fotografia, cinema, artes plásticas, publicidade e propaganda, entre outras. Nesse sentido, Luiz Braga ao longo de 40 anos buscou e desenvolveu uma produção visual sobre a Amazônia que representa uma percepção desse espaço para além dos estereótipos já construídos em outras imagens. Todavia, tornando a periferia paraense-amazônica um lugar de potência visual, principalmente por conta da intervenção feita por esses personagens retratados pelo fotógrafo com o uso da cor e da sua relação com a paisagem. Dessa forma, essas manifestações visuais captadas por Luiz Braga criam um amplo diálogo que vai da antropologia como método para criar relações com seus entes a serem fotografados, como das próprias artes visuais na relação com a montagem das cenas, a captura de luz e cor e a subversão da imagem através do Nightvision. Tem-se na exposição "Retumbante Natureza Humanizada", o ponto de ancoragem para compreender essa trajetória desenvolvida pelo fotógrafo e buscar nela esses pontos de singularidade que o fazem referência no campo da fotografia autoral. Como aspecto metodológico recorreu-se a entrevistas com o fotógrafo, amigos, parceiros de trabalho, curadores. Pessoas que de certa forma tem relação com o artista ou com a exposição em si. Foi realizada também pesquisa nos arquivos do fotógrafo e de pessoas que possuíram algum vínculo com o artista que possam contribuir na construção narrativa em torno da exposição e das imagens. Por conta da pandemia de COVID-19, Luiz Braga passou a participar de Lives em canais do Instagram, conversando sobre sua trajetória com curadores e críticos. Como ponto teórico buscou-se em Walter Benjamin, João de Jesus Paes Loureiro, Roland Barthes, François Soulage, Roberto Signorini e outros como forma de compreender o processo de narrativa dessa trajetória do fotógrafo, bem como no entendimento para leitura de suas imagens. Essa pesquisa foi financiada pela Universidade do Estado do Pará através da bolsa de incentivo à capacitação.

  • FERNANDO AUGUSTO HAGE SOARES
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    IMAGENS NA HISTÓRIA DO VESTUÁRIO

    cânones e sintomas na obra Três Séculos de Modas (1923)

    BELÉM-PA

  • Data: 14/02/2022
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  • Este trabalho busca empreender uma análise sobre a historiografia do vestuário e da  moda, destacando o papel das imagens neste campo de estudos. A pesquisa teve  como objeto disparador de questionamentos o livro Três Séculos de Modas, de João  Affonso, publicado em 1923, que teve suas imagens analisadas por meio de aspectos  sintomáticos presentes no seu conjunto de 56 ilustrações autorais. O texto divide-se  em quatro sessões: a primeira é dedicada a elencar os principais sentidos teóricos  atribuídos ao processo investigativo, analisando, por exemplo, aspectos sobre a roupa  e seu aspecto visual, os conceitos de anacronismo na história e a fantasmagoria das  imagens. A partir destas bases, a segunda parte trata de acessar dados sobre os  cânones historiográficos da disciplina história do vestuário, discutidos por diversas/os  autoras/es, mapeando um conjunto de 35 obras, localizadas em acervos digitais para  consulta posterior dos leitores, que foram divididas nas seguintes categorias: livros de  roupas, livros de trajes, gravuras e costumes, livros românticos, livros modernos. Na  terceira parte chega-se à análise da obra pioneira no Brasil, apresentando  considerações sobre sua difusão, localizando seus personagens e a obra dentro da  historiografia analisada, a fim de realizar a análise de suas imagens via processo de  montagem, onde foram examinados sintomas presentes no conjunto de ilustrações  (pela percepção de posturas, gestos, objetos, silhuetas), que geraram as categorias  de interpretação a seguir: Blindado; Expressivo; Gracejo; Estar na Moda; Mulher  Essencial; Confortável; Conformista; Janota Moderno. Tais categorias demonstram  formas de representação de emoções e mentalidades sobre a moda em Três Séculos  de Modas, podendo ser entendidas como sobrevivências, que tiveram seus aspectos  discorridos no texto e poderão ser utilizadas em outras pesquisas. Ao fim, no último  tópico, foi realizada uma abordagem histórica sobre os livros ilustrados de história do  vestuário publicados no Brasil, com destaque para alguns títulos de autores brasileiros  e estrangeiros, indo em direção para onde hoje caminham os guias visuais, e  finalizando este trabalho com uma listagem cronológica que busca elencar o conjunto  de publicações deste campo de estudo no Brasil até 2019.

  • PAULYANE NASCIMENTO ZIMMER
  • EDUCAÇÃO MUSICAL PARA CRIANÇAS COM AUTISMO: compondo caminhos à prática docente em Castanhal-PA

  • Data: 14/02/2022
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  • A qualidade do ensino de música nas séries iniciais e os desafios da inclusão, revelam a importância de se fornecer oportunidades de capacitação. Este estudo objetivou construir uma proposta de capacitação para professores de Música ao ensino de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na Educação Infantil e, para tal: (a) formatar uma proposta de capacitação para docentes de Música com enfoque ao Ensino de Música para crianças com TEA na Educação Infantil; (b) aplicar a capacitação para professores de música em atuação em Castanhal/PA; e, (c) avaliar seu impacto na prática dos cursistas, durante a pesquisa. Trata-se de um estudo experimental com fundamentação técnico-científica, de corte transversal e com enfoque teórico-prático, dentro dos parâmetros metodológicos da pesquisa-ação. A amostra obtida pela técnica de amostragem não paramétrica inclui 3 professores formadores e 13 cursistas. Foram formatados cinco módulos (O Transtorno do Espectro Autista e desenvolvimento humano na infância; EDUCAÇÃO MUSICAL E AUTISMO: materiais e técnicas para o ensino de música e inclusão; A Teoria de Aprendizagem Musical de Edwin Gordon aplicada ao Autismo; EDUCAÇÃO MUSICAL E INCLUSÃO: Planejamento e avaliação; e, Prática supervisionada ao Ensino de música para crianças com TEA). Um site e seis protocolos foram elaborados para coleta de dados: Questionário sócio demográfico e de sondagem de conhecimentos do cursista; Avaliação estrutural dos módulos da capacitação MusiTEA; Questionário para validação do site MusiTEA; Ficha para avaliação e lapidar das ementas dos módulos da capacitação MusiTEA; Ficha de avaliação do plano de aula (Prática Supervisionada); e, Ficha de avaliação de prática supervisionada (MusiTEA) – Atividade gravada MLT. As ementas dos módulos, protocolos e site foram validados por pares de juízes independentes até a obtenção mínima de 80% de concordância. Os dados coletados passaram por análise exploratória, abordando a estatística descritiva, assim como, a utilização do Teste de Wilcoxon, hipóteses nula e alternativa: H0=0,5 e H1>0,5 e α>0,5, adotando α = 0,05 (erro adotado 5%) e nível de significância de 95%. Foi utilizado o programa Excel para estatística descritiva, realização de tabelas, gráficos e limpeza dos dados. Observou-se um bom desempenho dos cursistas entre a aplicação dos módulo 1 e 2 (T ⁺ = 46,5 > T(tabelado) = 5, rejeita H0). Entretanto, não foram verificadas melhorias entre os módulos 1 e 3 (T ⁺ = 17,5 > T(tabelado) = 0, não rejeita H0); registrando-se uma “queda” entre a aplicação dos módulos 2 e 3 (T ⁺ = 10 > T(tabelado) = 2, não rejeita H0). Já em comparação dos módulos 1 e 4, este último apresentou melhor rendimento (T ⁺ = 37 > T(tabelado) = 8, rejeita H0). As oscilações de desempenho subsidiam que H0 não deve ser rejeitada em prol de H1, não se podendo afirmar que o curso melhorou o desempenho dos cursistas, embora os dados descritivos revelem o alcance substancial da capacitação. O retorno dos participantes para ministrar aulas em formato híbrido durante a ocorrência do módulo 3 mostrou-se um dos impactos do cenário Pandêmico. Sugere-se replicação do estudo com um n maior e lapidar dos módulos.

  • GALVANDA QUEIROZ GALVÃO
  • Hilda híbrida outro eu

  • Data: 09/02/2022
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  • Este memorial trata da poética Hilda Híbrida Outro Eu, filme ensaio, cinema experimental em diálogo com a artista Hilda Hilst. O trabalho constrói-se a partir de várias linguagens em atravessamentos: fotografia, colagem, vídeo, cinema de arquivo, aquarela, crítica e criação.  Parto da Memória Viva, imagem, palavra, voz, desdobradas, “a memória da língua", provocação da artista Hilda Hilst, os recortes insubmissos, para dar a ver os processos de uma ação expandida VIDAARTE, simultânea, controversa.  Perscruto aqui os  deslocamentos  que irrompem fronteiras, cânones, inscrições em fúria e delicadeza, as mutantes imagens coladas, sobrepostas: o visível e o invisível, emaranhados numa poética do fragmento, lugar da utopia, floema, ebulição e inacabamento em correspondências, não-lugares  das experiências em partilha com Walter Benjamin, Gilles Deleuze, Maya Deren, Agnes Varda, Aracy do Amaral, Chantal Akerman, Michel Foucault, Cristina Freire, Letícia Parente, Octavio Paz e Pier Paolo Pasolini, entre outras pesquisas. O processo de criação revela as cenas da impermanência, o rastro expandido, percorro as artes de Hilda Hilst numa confabulação, sobretudo em Kadosh, livro de 1973 , poesia de guerrilha. O corpo, o gozo, o transbordamento surreal, as convergências, os processos como questões com Hilda Hilst entre as artes,  a viragem, minha poética visual.

  • MARINA ALVES MOTA
  • DANÇA SENSORIAL: metodologias de ensino e aprendizagem e sua aplicação em um processo de criação em dança para pessoa com deficiência visual.

  • Data: 08/02/2022
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  • RESUMO

     

    O objetivo deste estudo é analisar metodologias sensoriais de ensino e aprendizagem aplicadas a um processo de criação em dança desenvolvido com bailarinos que possuem deficiência visual. Os conceitos que balizam a pesquisa são: o háptico a partir de Ingold (2015) e Deleuze e Guattari (1997) e a fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty (2011). O processo de criação poética ocorreu nas dependências da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), com a execução de laboratórios de experimentação e criação em dança em dois grandes eixos: 1. A dança háptica e 2. O corpo sonoro, ambos pautados em vivências em dança com a exploração dos sentidos remanescentes dos sujeitos da pesquisa, bem como a aplicação das metodologias advindas desses laboratórios no espetáculo Corpus Sensorialis. A análise conta com dois sujeitos, quais sejam um bailarino cego e uma bailarina com baixa visão. O método de abordagem é o fenomenológico-hermenêutico. A pesquisa de campo é alicerçada pelo procedimento de estudo de caso, e tem como técnicas de coleta de dados o uso de registros audiovisuais e fotográficos, entrevistas semiestruturadas e depoimentos verbalizados gravados em áudio durante os laboratórios e o espetáculo.  A pesquisa poética e teórica, base deste estudo, ao investigar metodologias sensoriais no processo criativo em dança para pessoa com deficiência visual, trouxe como possibilidade a dança pensada e executada a partir da percepção háptica e sonora. Os laboratórios de criação mostram a urgência de se pensar nas especificidades, necessidades reais do sujeito. Emergiram dessas experiências algumas metodologias sensoriais no fazer dança para pessoa com deficiência visual, pautadas nas experiências corporais dos sujeitos bailarinos desta pesquisa. As proposições metodológicas experimentadas nos laboratórios de criação, ao serem aplicadas no processo de criação do espetáculo Corpus Sensorialis, evidenciaram uma forma de pensar e fazer a dança que contempla os sentidos remanescentes dos sujeitos bailarinos com deficiência visual. Propiciaram, também, um estar em cena de forma autônoma por parte dos bailarinos e despertaram nesses corpos percepções sensoriais no ato de dançar, significativas.

     

    Palavras-chave:  Dança. Deficiência visual. Processo de criação. Háptico. Sensorialidade.  

     

     

     

     

     

     

     

     

  • DANIELLE DE JESUS DE SOUZA FONSÊCA
  • A CAMINHADA COMO MODO DE EXISTIR NA FESTA DE SÃO MARÇAL: poéticas moventes, espetacularidades e geração de outros mundos possíveis em São Luís/MA.

  • Data: 31/01/2022
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  • Esta escritura incursiona a respeito dos modos de existência experimentados pelos corpos brincantes que caminham na Festa de São Marçal, em São Luís, capital maranhense. A festa, também conhecida como Encontro de Bois de Matraca, acontece anualmente no dia 30 de junho, dia de São Marçal, no bairro do João Paulo. Com base nesse contexto festivo e caminhante, a pesquisa mira por outros modos de fazer e dizer epistêmicos atentos para as sapiências das ruas (SIMAS, 2019) em meio às invenções produzidas pelos grupos de Bumba meu boi. Nisso, elaborei giros, redemoinhos, cruzos e ruminações gerando a proposição metodológica da etnocaminhada, noção que tem proximidade epistêmica e afetiva com a motriz de pensamento da etnocenologia (SANTA BRÍGIDA, 2016, 2015; BIÃO, 2009, 2007). É pela etnocaminhada que percebo a força dos processos estéticos, devotivos, ritualísticos, poéticos e políticos nutridos na festa de São Marçal, sobretudo do corpo brincante em seus movimentos e gestualidades assentadas no tempo espiralar (MARTINS, 2021). Além disso, a etnocaminhada fez emergir, como acontecimento metodológico, meu estado de caminhante-etno-pesquisadora, que é quando caminho na imersão festiva com o desejo intenso pelas encruzilhadas, dobras, frestas e bordas do fenômeno espetacular e pelos encontros gerados a partir do estar junto coletivamente (MAFFESOLI, 2014; 1998). O estudo busca ainda conhecer as táticas elaboradas (DE CERTEAU, 1994) pelos homens lentos (SANTOS, 1996) e suas corpografias geradas (JACQUES E BRITTO, 2006) na ambiência urbana e caminhante de São Marçal como experiência festiva geradora de microrresistências. O contexto pandêmico e as novas tipologias do festejar também movimentaram esta investigação, que versa acerca da inventividade empregada e do alargamento no modelo festivo, profundamente afetando pela pandemia. Portanto, a pesquisa objetiva compreender como a caminhada ativa modos inventivos de existir, transformando a paisagem festiva de São Marçal num espaço – físico e virtual – de trocas afetivas, criação nômade e geração de outros mundos possíveis (KRENAK, 2019; ROLNIK, 2019).

  • VALÉRIA FERNANDA SOUSA SALES
  • Saudades, Reencontros e Manicuera: espetacularidades entrecruzadas de afeto na Iluminação dos Mortos em Curuçá-PA.

     

  • Data: 28/01/2022
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  • Este estudo compreende a alteridade que vivenciei no cemitério São Bonifácio e Bosque da Igualdade com biscateiros, famílias enlutadas, vendedoras de manicuera, de doces de tapioca, de grinaldas de flores e com os praticantes da Iluminação dos Mortos em Curuçá-PA nos anos de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021. Vivência que trouxe à luz o corpo da pesquisa em suas dimensões econômicas, sociais, simbólicas e de pertencimento como etapa importante para a saída do luto e o apaziguamento entre vivos e mortos. Com o mergulho epistemológico na Etnocenologia, enquanto Etnocenóloga de Ritos Fúnebres, adenso as discussões sobre espetacularidades apresentando o corpo-cemitério, territorialidade habitada por mortos que possuem Vizinhos de sepultura, zeladores de túmulos e biscateiros (trabalhadores exclusivos para construção, pintura, limpeza e identificação de suas casas-túmulo) – nomenclatura própria do fenômeno e que compreendo como um papel social dentro das Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados (Armindo Bião). Na Iluminação dos Mortos, os túmulos são enfeitados com grinaldas de flores, velas são acesas e preces realizadas pelos participantes que desfilarem seus estilos escolhidos para aquela ocasião em um verdadeiro Cemitério Fashion, com camisas personalizadas homenageando o morto familiar, sendo o corpo, o templo do afeto (Miguel Santa Brigida) para honrar seus antepassados. Para desenterrar as concepções que cercam a mudança de mentalidade sobre a morte de si para a morte do outro (Philippe Àries), pelo deslocamento do espaço geográfico da igreja-cemitério para o cemitério secular, na secularização da morte (Cláudia Rodrigues) em Curuçá-PA, movi o olhar e meus estudos para a Igreja histórica da Ordem Terceira do Carmo em Sabará – MG, por ainda conservar indícios de igreja-cemitério. Assim, apresento como contribuição epistemológica o Campo Movente, noção que possibilita ao pesquisador mover o olhar e seus estudos para outro campo/corpo que abriga semelhanças históricas, territoriais, simbólicas ou de pertencimento para a compreensão do fenômeno estudado. Na trajetividade deste estudo, enfrentei da morte do meu pai em 2019, passei pela compreensão do luto e saio junto aos curuçaense que se reconectaram aos seus entes queridos com velas acesas e preces em quintais, durante a Pandemia de Covid-19.

  • LUCAS GABRIEL FERREIRA BELO DE SOUZA
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    SÃO DIAS DE ALEGRIA E MUITA FÉ

    Processos criativos de um figurinista-carnavalesco no Auto do Círio de Belém/PA.

  • Data: 21/01/2022
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  • A presente pesquisa reflete sobre três processos criativos desenvolvidos por mim no cortejo dramático carnavalizado Auto do Círio nas edições de 2014, 2015 e 2016 que compreenderam o ato de criar figurinos carnavalescos para personagens que interpretei no cortejo, onde reconheci os atravessamentos que constituíram o meu olhar estético diante do mundo especialmente influenciado pela espetacularidade da Festa do Círio de Nazaré e dos desfiles das Escolas de Samba do carnaval carioca. Para tanto, caminhei com a Etnocenologia, por saber que o estudo dos processos citados perpassou fundamentalmente pelo modo com que o meu corpo se alterou a partir de sua inserção no contexto espetacular da cena. Assim, convidei para colaborarem com esta pesquisa: Armindo Bião (2009) e seus dispostos a cerca da Alteridade, Matrizes Culturais e Matrizes Estéticas; Jean-Marie Pradier (1995) para abordagem da Espetacularidade; Sônia Rangel (2015) na compreensão do meu processo criativo; James N. Green (2000) no entendimento das singularidades que o meu corpo espetacular revela e Miguel Santa Brígida (2007) na percepção da prática artística como pesquisa capaz de transgredir formas e formatos de pensar. Somaram-se a estes os estudos de Paes Loureiro (2007) e sua proposição de Conversão Semiótica; Cláudia Palheta (2019) no entendimento do corpo-habitante que se constitui por influência do figurino carnavalesco e Fayga Ostrower (2014) em sua proposição do fazer criativo enquanto forma de comunicação do artista. Elaborei esta dissertação também como uma auto-etnografia a partir da proposição de Sylvie Fortin (2009), procurando contribuir com o conhecimento em artes cênicas a partir das minhas próprias experiências, partilhando da premissa que a prática artística será melhor compreendida se observada pela ótica de seus praticantes, indispensando o afeto e a maneira com que a corporeidade do artista-pesquisador, suas emoções e sensações são fontes de informação valiosas para a pesquisa em artes.

     

     

  • LUIZA MONTEIRO E SOUZA
  • ENCANTARIA-CORPO: PROCESSOS DE CRIAÇÃO E POÉTICAS EM DANÇA

  • Data: 17/01/2022
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  • A presente pesquisa-criação filia-se à linha de pesquisa Poéticas e Processos de Atuação em Artes do programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGARTES/ICA/UFPA). Seu objetivo principal é realizar experiências de imersão e emersão (EIEs) a partir do encontro entre a dança imanente (Mendes, 2010), as encantarias (Loureiro, 2008) e a noção de poesia (Cotê, 2015). Propondo-se a sublinhar interações teórico-artísticas emergentes no processo de criação, as EIEs são a metodologia da pesquisa de onde nascem os procedimentos de experimentação, criação e reflexão, assim como as próprias poéticas em dança. Os processos de criação artística tomam como inspiração os mundos mágicos submersos nos rios amazônicos: as encantarias, espécie de dimensão transcendental onde habitam os seres encantados poetizadores da existência desses rios. A ideia de uma profundeza encantada no rio encontra-se nesta pesquisa com a dança imanente, fundando como proposição teórico-prática principal a noção de encantaria-corpo, a qual fora aplicada junto ao coletivo Companhia Moderno de Dança, visando o estímulo de processos criativos. Os resultados da pesquisa são a obra cênica Na Beira, as vídeo-danças Poesia Submersa, Vamos falar de poesia?, Nas águas do invisível, Onde estará o além das coisas?, Dar-se em Vertigem, Ecos das Entranhas e Seres de Si e, ainda, este texto memorial.

  • RAYMUNDO FIRMINO DE OLIVEIRA NETO
  • INTERURBANO: a criação de uma exposição de arte e tecnologia em Belém-PA

  • Data: 11/01/2022
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  • Esta pesquisa aborda o processo de criação do artista-pesquisador dentro do campo da Arte e Tecnologia no desenvolvimento de três instalações interativas sobre o espaço da cidade de Belém enquanto um dispositivo composto por moradores, animais, plantas, rios, objetos, projetos urbanos, leis, softwares, redes telemáticas e informacionais invisíveis. Na pesquisa são apropriados objetos industriais analógicos como símbolos de estruturas maiores que envolvem a dinâmica da cidade para serem alterados com micro-controladores eletrônicos que alterem suas funções práticas e os transformem em instalações artísticas com mensagens estéticas sobre o espaço da cidade, interfaces para reflexão sobre os conflitos técnicos e culturais de Belém na contemporaneidade. O que é morar em uma metrópole no meio da região Amazônica no século 21? Dentre as instalações estão um telefone que simula ligações com pássaros distantes, uma torneira que jorra relatos de moradores da cidade sobre a sua relação a água e um guarda-chuva que reproduz paisagens sonoras conforme é deslocado pelo espaço. O memorial contém as ideias disparadoras do trabalho e as linhas que costuram a rede que conecta os conceitos acadêmicos à prática, o exterior da cidade ao interior da galeria, o passado e o presente, o analógico e o digital, o estético e o comunicacional, a arte e a vida. A pesquisa envolve a reflexão sobre o uso poético de tecnologias para simulação, desenvolvimento de experiências sensoriais com espaço aumentado e interfaces interativas.

2021
Descrição
  • ERCY ARAÚJO DE SOUZA
  • ESCRITOS VAGALUMEANTES:

    Mo(vi)mentos de Etá em reflexões provocadas por processos de transcriações vagalumeantes


  • Data: 21/12/2021
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  • Escritos Vagalumeantes. São ações presente na vivência-memória-criação deste pesquisador durante sua fase criança, reverberadas ao longo dos anos até a atualidade. Sob(re) a observação dos voos dos vaga-lumes no escuro da mata, essa (vivência-memória-criação) se apresenta nas proximidades do rio Xingu, no município de Altamira, no interior do Estado do Pará-Brasil. Dessa observação surge a provocação de refletir sobre processo de transcriação vagalumeante e potencializar as interpretações do que seria luz, breu, trajeto, encanto, mistério, frustração, mo(vi)mento, imaginação e (trans)criação no meu fazer artístico, da minha dança. Para tanto, o momento atual atravessa esse processo, pois estamos em tempos de busca de uma cura mundial devido à COVID-19, onde busca-se também curas individuais da saúde mental pelas reflexões e ações, sendo estas pessoais e sociais. Acredito que tais ações e reflexões de cura podem ser acionadas diretamente pelo âmbito artístico, mas, paradoxalmente, a Arte vive um momento de desvalorização ainda maior, social e individualmente, diria até mesmo por parte de nós artistas, que não enxergamos em muitos momentos a relevância da Arte na cura da humanidade historicamente reconhecida, pois nos cegamos ao buscar a sobrevivência por meios que nos põem em um estado alheio ao corpo artístico e presos em um corpo biológico, e assim buscamos sobreviver e nos curar por outros meios que não o fazer-pensar a Arte do/para/no corpo. Não aceitar as mudanças, as diferenças e os mo(vi)mentos coletivos diante de uma doença adoece tanto quanto a contaminação por um vírus no sangue. Escritos Vagalumeantes são mo(vi)mentos, observAções, são infinitas luzes e breus em meio ao caos das incertezas apresentadas pelo meu processo-vida. Isso em um coletivo artístico chamado Companhia Moderno de Dança, se instaura na corporificação do coletivo artístico em seu fazer-pensar o corpo múltiplo e uno, sob o nome Etá para esta pesquisa atravessada pelas possibilidades midiáticas e afetivas. Gerando como resultados o memorial composto por seis livretos e uma poética denominada de Vagalumear, essa composta de quatro vídeos.


  • GUILHERME AUGUSTO DE ÁVILA
  • O ELO PERDIDO DO “TESOURO” DE JOÃO MOHANA: PROVENIÊNCIA DOCUMENTAL NA MÚSICA

  • Data: 21/12/2021
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  • O objetivo geral do presente trabalho é, a partir da revelação da proveniência documental, construir uma compreensão histórica das práticas musicais representadas no Acervo João Mohana. Para tal, inicialmente apresento a discussão atual em torno da proveniência na Arquivologia e na arquivologia musical, demonstrando como os musicólogos têm abordado a proveniência em pesquisas nos acervos musicais brasileiros. No segundo capítulo é apresentado o estudo da história do acervo e seu colecionador. No terceiro capítulo é feito o estudo da história dos documentos do acervo. No quarto capítulo é feito o estudo da história arquivística do acervo, desde sua entrada no Arquivo Público do Estado do Maranhão até a produção da sua versão fac-similar, em 2019. No quinto e último capítulo é demonstrado o resgate histórico cultural do acervo frente a herdeiros de tradições musicais nele representadas.

  • MARCO ANTONIO MOREIRA CARVALHO

  • Paisagem na neblina da arte cinematográfica

     

     

  • Data: 29/11/2021
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  • RESUMO

    Esta pesquisa enfocará a história do cineclube da Associação Paraense de Críticos Cinematográficos (APCC), pela importância do registro, análise e divulgação dos trabalhos desenvolvidos, desde a criação aos dias atuais e estabelecer relações e propostas educacionais de interação do cinema com os sujeitos inseridos no mundo. Todos os trabalhos são fontes para a revisão e criação de conceitos, função e importância do cineclubismo, como espaço para exibição de filmes e estímulo a estudos sobre a evolução do cinema como arte e suas variadas alternativas de criação e comunicação com os espectadores. Um dos objetivos é valorizar o trabalho dos Cineclubes e atualizar, na contemporaneidade, sua importância como elemento de ação cultural e de educação cinematográfica. Visa, ainda, documentar e analisar as ações realizadas pelo Cineclube da APCC, no período de 1967 a 2020, por meio da investigação bibliográfica e documental (artigos de jornais, entrevistas e anúncios), tal como das atividades exercidas, dos agentes culturais envolvidos, dos parceiros que colaboraram com sua atuação e dos espectadores das programações realizadas, nesse movimento cineclubista de Belém-PA. Ao pesquisar o histórico de um cineclube que compartilhou experiências fílmicas com diversos espectadores, entende-se que a evolução da arte cinematográfica precisou de várias tentativas para criar linguagem própria com a contribuição de diversos artistas. Mas, a extensa trajetória de experimentações precisou de outros meios de inserção para o público como os cineclubes, estes criados nos anos de 1920, na França. Estes cineclubes foram fundamentais para o entendimento e valorização de outras estéticas cinematográficas. A partir do estudo da atuação de um cineclube localizado na Amazônia, com maiores adversidades operacionais que em outros centros urbanos, ressalta-se o intenso despertar da cinefilia de seus agentes e a importância de compreender sua história para manter ideais cineclubistas em atividade. Com vistas a manter e ampliar as ações de cultura cinematográfica praticadas por esse cineclube, é preciso pensar em uma cinefilia ampliada que inclua uma maior relação entre o cinema como arte e sua relação com o mundo em propostas que desenvolvam e explicitem seu potencial como meio artístico- educacional. 

  • JOSE MARIA CARVALHO BEZERRA
  • DIÁLOGO E TRADUÇÃO NA OBRA DE SEBASTIÃO TAPAJÓS: traços de um percurso e encontro criativo

  • Data: 05/11/2021
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  • A presente pesquisa de doutorado visa compreender como é realizada a tradução para o violão, de padrões rítmicos da cultura musical paraense, na obra do compositor e violonista Sebastião Tapajós, através do estudo de sua obra autoral registrada emfonogramas a partir de 1962. Nesse universo musical, procuro mostrar as fases que nomeio como: O Concertista-Intérprete, o Compositor Brasileiro e o Amazônida, sendo essa última o lugar de busca em que procuro evidenciar aspectos da criação musical, performance, uso de técnicas violonísticas e estilo na obra do artista. Os autores que me ajudaram no entendimento e escrita são: Castro (2011), Copland (2011), Ferraz (2007), Ferreira (2016), Freitas, Garcia (2007), Loureiro (2000), Padovani e Ferraz (2011), Ribeiro (2006), Nascimento (2013), Oliveira (2000), Rezende (2007), Salles (2005), Saraiva (2018), Sena (2014), Sebastião Tapajós (2019), Silva e Rolkouski e Thompson (2004). A metodologia usada na pesquisa foi a de campo, com encontros e entrevistas com o artista, com músicos, amigos e produtores que, de alguma forma, estão ligados a Sebastião Tapajós e sua obra; audição da obra e leitura de partituras de parte dessa obra. Junto à tese, foi lançado um canal no YouTube com entrevistas, performances, ensaios, que aconteceram durante a pesquisa de campo, com o próprio compositor e outros artistas, e uma suíte para violão, chamada Rio Surubiú Suíte, composta por mim, com base no estudo e entendimento de características musicais encontradas na obra pesquisada.

  • ANA CLAUDIA PINTO DA COSTA
  • Dança, Cabala, Espiritualidade:

    autoetnografia dançada em roda na Amazônia paraense

  • Data: 21/10/2021
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  • Os fios que tramam a escrita desta Tese se entrelaçam aos fios de experiências vividas pela artista-pesquisadora/focalizadora-dançante Ana Cláudia Pinto da Costa, no contexto do coletivo UBUNTU, movimento de Danças Circulares Sagradas da cidade de Belém/PA. O trabalho é fruto de uma pesquisa de cunho etnográfico no campo das Artes, acerca das doze Orações Corporais, inspiradas na Cabala pela bailarina e coreógrafa Frida Zalcman. Tais danças correspondem à “tradução” dançada das orações cantadas na sinagoga. A pesquisa se insere num estudo mais amplo acerca das chamadas orações corporais, norteadas, neste caso específico, pelos preceitos da Cabala, a Árvore da Vida, levando-se em consideração seus quatro mundos e suas emanações energéticas (sefirót). Essas orações corporais são um modo de vivenciar, por meio da dança, os rituais litúrgicos do Judaísmo, favorecendo o contato do praticante com os mundos da Cabala, onde supostamente acontece o encontro com o Criador. O estudo busca compreender o sentido e o significado que os preceitos da Cabala dão à dança, tal como foi organizada e sistematizada por sua idealizadora, implícitas no contexto da performance ritual da Oração Corporal Mode Ani Lefanecha, a partir da cosmovisão das dançantes. A pesquisa se inscreve em três campos teórico-metodológicos: 1. Antropologia da Dança, campo que possibilita observar, vivenciar, e compreender a “dança” – movimentos, passos, ritmos, gestos, simbolismos, ritual, entre outros elementos – em sua relação com o contexto no qual ela é transmitida e praticada; 2. Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty, com estudos focados na estesiologia do corpo; 3. Dança Terapia de Andrea Bardawil que se constitui na experiência com a dança, a partir do diálogo com a educação somática, a consciência corporal e a improvisação.

  • SUELEN CRISTINA NINO FERNANDES
  • FINANCIAMENTO COLETIVO AUDIOVISUAL UNIVERSITÁRIO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA REALIZAÇÃO DO LONGA-METRAGEM A BESTA POP

  • Data: 29/09/2021
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    A dissertação analisa o uso do financiamento coletivo pelos universitários de cinema, audiovisual e áreas afins enquanto alternativa criativa de viabilização dos projetos, propondo uma reflexão a partir da experiência pessoal de realização do longa-metragem A Besta Pop (2018). Em um primeiro momento, apresento o processo de construção do filme desde a origem até suas diversas exibições, traçando um paralelo entre o modelo de produção do mercado e as adaptações realizadas no ambiente universitário do longa, utilizando como referencial teórico Aída Marques (2007), Chris Rodrigues (2007) e Jose Quesada (1996). Em seguida, traço um panorama das características do financiamento coletivo, enquanto braço financeiro das práticas de construções coletivas que acontecem no ambiente virtual, conhecido como crowdsourcing, valendo-me do escopo teórico de Vanessa Valiati (2012; 2013) e Scott Steinberg e Rusel DeMaria (2012), dentre outros. Para tanto, analiso os mecanismos presentes na plataforma Catarse, apresentando o levantamento de dados dos projetos que se identificaram como universitários, hospedados na plataforma entre os anos de 2016 a 2018, com vistas a entender o perfil dos projetos e dos proponentes. Neste sentido, procuro entender o movimento do financiamento coletivo no contexto da economia criativa, propondo uma leitura da criatividade na atuação do produtor audiovisual e sua relação com os campos da arte e da economia, embasando-me em John Howkins (2007), Richard Flórida (2012), Mariana Madeira (2014), entre outros, como referências para refletir sobre os desafios impostos por questões sociais, econômicas e políticas da atividade audiovisual.

  • MARISE MAUES GOMES
  • DIBUBUÍSMO POR RIOS ANTES NÃO NAVEGADOS: NARRATIVAS DE UMA PERFORMER PESQUISADORA

  • Data: 06/09/2021
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  • Trata-se de um memorial poético prático composto pelas narrativas do processo criativo. Tem ancoragem autobiográfica e nasce no âmbito da performance buscando compreender o que move o fazer artístico no campo desta linguagem onde o corpo é o suporte e conteúdo ao mesmo tempo na formação do testemunho artístico. Seu fio condutor é a prática do dibubuísmo segundo Paes Loureiro, para quem representa o ato de seguir boiando no rio, ir levado pela correnteza, rio abaixo, rio acima e sob o império das marés. Tal conceito é tomado como metodologia de pesquisa. Na busca pela materialização do objeto aqui proposto, permite-se a constituição de um território de experiências com organismos femininos moventes da etnia venezuelana Warao em condição de refúgio na capital do Estado do Pará, bem como seus filhos menores, indo a fundo nos peraus preamares rebujando memórias sedimentadas nos escaninhos de meu inconsciente, fazendo delas imagens sobreviventes que alimentam o processo artístico. A viagem transcursou com intercorrências, onde marés lançantes me direcionaram por outros furos e igarapés. Encalhei e desencalhei várias vezes. Urdi com fios de papel crepom um vestido-corpo que joguei nos ombros e levei - no sentido literal do termo - para passear. Visitei meu quintal, uma pequena centelha da Amazônia, uma gotinha de chuva precipitada em terreno belenense; hidratei as árvores e, com suas folhas, pari corpos-folhas que gentilmente convidei para dibubuiar comigo no mangue de Algodoal. Os rastros dessa jornada estão espalhados pelas páginas deste memorial e abrangem conteúdos e práticas que se referem, sobretudo ao itinerário de minha viagem. No ir e vir de marés lançantes frequentam-se imagens conceituais pinçadas de diversos campos do conhecimento, as quais se constituem em ferramentas simbólicas, lugares de onde se parte na busca pelo exercício de dibubuísmo aqui proposto


    [1] Dibubuísmo. Conceito Cunhado por Paes Loureiro que significa o ato de seguir boiando no rio, ir "de bubuia", levado pela correnteza.


  • ANTONIO DE PADUA ARAUJO BATISTA
  • EDUCAÇÃO MUSICAL E AUTISMO:

    Análise da Educação Musical como recurso de inclusão social presente no programa Violino em Grupo em Belém do Pará

  • Data: 03/09/2021
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  • RESUMO

     

    BATISTA, Antônio de Pádua Araújo. MÚSICA E AUTISMO: Possibilidades e Recursos da Educação Musical como ferramenta de Inclusão Social da Criança com TEA. 2019, xx fls. Tese (Doutorado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, UFPA, Belém.

     

    Trabalhar com educação musical numa perspectiva inclusiva significa assumir compromissos com pessoas, suas famílias e a sociedade na qual se inserem, acreditando que a música esteja enraizada na estrutura do pensamento humano, onde o fazer musical torna-se um ato social, cuja ação pode influenciar e provocar transformações, fazendo das mesmas produtoras e produto numa relação de troca. O tema “inclusão” tem ocupado um lugar de debate privilegiado na agenda das grandes conferências nacionais e internacionais, no que tange à democratização do acesso das pessoas com deficiência (PCDs) à educação, provocando a criação de leis voltadas às suas especificidades. Com isto, fortalecidos pelas reivindicações e pressões de diversos grupos sociais que defendem o reconhecimento desta igualdade de acesso, importantes documentos legais têm sido elaborados. Entre tais documentos podemos citar a Declaração dos Direitos da Pessoa com Deficiência (1975), o Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência (1982), a Declaração de Cartagena (1992), a Declaração de Salamanca (1994), a Carta para o Terceiro Milênio (1999), a Lei nº 12.764 (2012), que determina que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são consideradas pessoas com deficiência, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5 (2014) e a Lei nº 13.146 (2015), que institui a Inclusão Social e a Cidadania da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Este estudo se justifica por abordar um tema que tem gradativamente conquistado mais importância no seio da sociedade brasileira e internacional, pois, o acesso dos alunos com TEA aos espaços educacionais se evidencia como um direito incontestável, estejam estes espaços dentro das instituições de ensino regular ou até mesmo no ensino das artes ou esportivo, sejam estes em caráter formal ou informal. O estudo teve como objetivo Investigar a Educação Musical, como recurso de inclusão social de crianças com TEA, presente no programa “Violino em Grupo: interdisciplinaridade e inovação de linguagem em crianças com Transtorno do Espectro Autista”, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA – PPGARTES. Os objetivos específicos da pesquisa são descrever, com base em trabalhos anteriores, registros audiovisuais e relatórios, as ações pedagógicas, estratégias e recursos didáticos aplicados no laboratório do Programa de Extensão Violino em Grupo; verificar o aprendizado musical dos alunos com TEA, participantes do programa, com base nos dados coletados e, analisar as contribuições da Educação Musical, como recurso de inclusão social da criança com TEA, por intermédio do Programa Violino em Grupo. Para a realização deste estudo foi feita uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, por meio de uma revisão da literatura nacional e internacional que trata do assunto, e um estudo de caso de caráter exploratório e descritivo, com base nos dados coletados por meio de registros audiovisuais e fotográficos, relatórios, entrevistas e produção acadêmica, originados a partir das práticas pedagógicas desenvolvidas no programa. Espera-se que, por intermédio do registro dos recursos pedagógicos e do material didático coletado por meio desta pesquisa, ela venha somar junto aos profissionais e instituições que fomentam a Educação Musical Inclusiva.

     

  • LUANA BEATRIZ LIMA PEIXOTO
  • abre caminho - reflexões sobre poéticas de artistas negras da Amazônia

     

  • Data: 26/08/2021
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  • Esta pesquisa apresenta reflexões sobre a poética de quatro artistas visuais negras/negre da Amazônia, sendo ume da cidade de Manaus, uma de Porto Velho e duas de Belém, a partir de temas que emergem de suas obras, como ancestralidade, corpo, funcionalidade da arte e construção da imagem. Para adentrar o universo de cada artista, foi necessário contextualizar o território, a autodefinição de cada ume e as discussões sobre imagem e racialidade na Amazônia. Para refletir sobre essas questões abordarei o pensamento des própries artistas Rosilene Cordeiro, Marcela Bomfim, Kerolayne Kemblim e Maria Luiza Nunes registrados por meio de conversas, entrevistas e vivências em atelier e exposições. Estes estarão em diálogo com a base teórica, composta por autoras como bell hooks, Zélia Amador de Deus, Grada Kilomba, Rosana Paulino, Naiara Eugenio, Azoilda Loretto Trindade e Lélia Gonzales. Percebo que o trabalho des artistas compreende um processo individual e coletivo de fazer e refazer, contar e recontar histórias e narrativas interrompidas, são maneiras de fazer arte que interligam a Amazônia a África.

  • HEBERTON DOS SANTOS LOBATO
  • RAINHAS TRANSFORMISTAS DE ABAETETUBA:

    Con(CU)rsos, Performances e Performatividades

  • Data: 30/07/2021
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  • A presente pesquisa em Artes tem como objetivo criar uma bricolagem entre etnografia e autoetnografia interligando as memórias dessa pesquisadora-transformista às das artistas transformistas de Abaetetuba. À luz das teorias da performance, memória e performatividade de gênero, o que se busca compreender são os processos criativos, transições de gênero e posturas políticas das artistas a partir de suas participaçãoes nos concursos gays na cidade de Abaetetuba (lócus da pesquisa). Os teóricos-base são Richard Schechner (2003; 2013; 2012); Judith  Butler (2018; 2019); Paul Preciado (2017; 2018) e Pierre Nora (1993), a partir dos quais cria-se um diálogo fecundo com outros autores e conceitos, dando vida  ao corpo dissertativo. Em vista a alcançar o objetivo proposto, na coleta dos dados etnográficos utilizou-se entrevistas semiestruturadas, observações in loco, coletas de textos visuais e pesquisa bibliográfica. Como resultado, o estudo aponta: a) a existência decolonial da estética transformista e sua diferença em relação à estética Drag (queen/king); b) a existência, nos concursos gays, de uma micropolítica do desejo capaz de mobilizar territórios (espaço social) e territorialidades (relações dos sujeitos com seu espaço interno e externo); c) a interferência real da cultura amazônica no imaginário criativo transformista; d) existência de elementos comuns entre a performance art e a performance cultural nos concursos gays (efemeridade, transgressão, caráter político, aproximação vida/arte); e) aumento da visibilidade, respeito e reconheciemento dos artistas gays por meio dos concursos de dança/desfile em Abatetuba. Por fim, a Dissertação está dividida da seguinte forma: No primeiro capítulo, contextualiza-se a microrregião do Baixo Tocantins, em suas múltiplas dimensões (sociais, estéticas, políticas), focando em seguida na cidade de Abaetetuba (lócus da pesquisa). No segundo, pondera-se sobre a categoria artística "transformismo", buscando justificar a escolha sobre tal estética, além de apresentar alguns elementos que compõem os concursos gays. No terceiro, evoca-se as categorias "performance" e "performatividade", buscando refletir sobre as memórias restauradas/performativas das Rainhas Transformistas que, ao virem à tona,  (re)constroem cenários artísticos, identitários, micropolíticos, espaciais, visuais, educacionais e históricos a partir do contexto sociocultural abaetetubense. Por fim, na conclusão, realiza-se a apuração metafórica dos votos, coroando, em meio às dificuldades e conhecimentos adquiridos, as antigas e novas Rainhas Transformistas de Abaetetuba.

  • EDNÉSIO TEIXEIRA PIMENTEL CANTO
  • Ecologia de um sukiya sonoro: discurso poético polifônico na música tradicional japonesa

  • Data: 29/06/2021
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  • A pesquisa consiste em analisar e compreender aspectos do repertório musical tradicional japonês (tendo como foco obras do repertório da música clássica tradicional japonesa - obras para koto do compositor Tadao Sawai - e obras do repertório da música popular tradicional japonesa - min'yô, especificamente do estilo Tsugaru shamisen). Esses aspectos constituem-se de forma orgânica como elementos de multiplicidade e diversidade que habitam diversos domínios culturais nipônicos (princípios ético-estéticos presentes na cerimônia do chá, na literatura japonesa, na música, etc). Dessa forma a perspectiva de pesquisa almeja compreender lógicas musicais e modos de organização elementais entendidas e observadas a partir de uma perspectiva em que a intertextualidade atue de forma orgânica sobre esses diversos domínios. Estes sendo transversalizados com o apanhado teórico e a vivência musical do próprio pesquisador ao identificar e reconhecer aspectos musicais com inter-relações em níveis e domínios culturais diversos. A prática de pesquisa desenvolvida se intitula como uma prática Musecológica, que tem por base tanto uma dimensão etnomusicológica, como uma dimensão musicológica, e opera por princípios empíricos e fenomenológicos estabelecendo como elemento norteador o conhecimento do objeto a partir da prática, da inserção e do aprendizado não-distanciado das práticas musicais estudadas. A pesquisa também opera por meio de um resultado criacional, partindo do princípio que a melhor forma de comunicar o conhecimento sistematizado na pesquisa é gerando vivências e contatos com o próprio material musical derivado desse discurso polifônico.

  • LUCIANA DE ANDRADE MOREIRA PORTO
  • Cosmogonias Amorosas: aberturas do Caderno de Encenadora n'A Casa da Atriz

  • Data: 31/05/2021
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  • Cosmogonias Amorosas: aberturas do caderno de encenadora n’A Casa da Atriz é uma cartografia afetiva e luminosa sobre o processo de descoberta de uma encenadora na casa-teatro. Pensada como um desmanche, como nominou Rosane Preciosa em Rumores discretos da Subjetividade, são composições que arriscam a se desarticular completamente. Tentativas de construções do processo criativo através de imagens e exercícios induzidos com Eugênio Barba em Queimar a Casa: Origens de um diretor são vozes múltiplas que se compõem e se esgotam. Há mudanças de tempos verbais, confusões, histórias e sonhos. Assumindo a fala de Barba quando diz que no meio do processo criativo há uma ferida e somando à voz de Jorge Dubatti em O teatro dos mortos quando diz que precisamos reconhecer nossas falhas para falhar melhor, nos coloca (no sentido de ciência e construção de sentido) em posição mais humana e verdadeira com o objeto da matéria do que escrevo: a humanidade da carne, do pensamento, do errôneo afastamento das falhas que por vezes me tornaram apenas um autômato da cena. A tese é um acordo de humanidade que faltava, de doutorar-se em época pandêmica, dos riscos que corremos e do privilégio de continuar pensando. Mesmo que de outras formas. Eliana Bertolucci em Psicologia do Sagrado e Zulma Reyo em Alquimia interior são faíscas na escuridão, para tomar consciência do processo criativo, há que dar luz, iluminar lugares ainda não conhecidos, se aproximar daquilo que não se sabe falar ao certo. Um risco concebido em três fases: Mistérios Gozosos que cria através do prazer o método de captura da escrita; Cosmos devém dos outros que habitam comigo, trocas de presença, ensaios sobre o universo da encenadora no momento de criação e Conjunções Lunares são as formas de constelar na essência como diz Hilda Hilst em Sete cantos do poeta para o anjo, implica a presença e afetação do outro na sua poética, no pensamento. Assombros.

  • NEDER ROBERTO CHARONE
  • Crônica/memorial sobre a produção artística na Belém do final do século XX: três coleções e alguns biografemas.

  • Data: 18/03/2021
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  • "Crônica/memorial sobre a produção artística na Belém do final do século XX: três coleções e alguns biografemas" é um estudo crítico-analítico de parte da produção artística paraense nas três últimas décadas do século XX, a partir de três coleções particulares.

  • GLAUCE PATRICIA DA SILVA SANTOS
  • NO TRAJETO DAS ÁGUAS, MEMÓRIAS DO SAGRADO FEMININO NA GRAVURA AFRO AMAZÔNIDA.

     

  • Data: 22/02/2021
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  • A pesquisa investiga os processos de arte que deram origem as séries de gravuras “No trajeto das águas sobre o sulco dos rios”, “As águas”, “A mulher cujos filhos são peixes”, e “Sagrado feminino”. A investigação dessas séries mostra-se importante por apresentar as simbologias do sagrado feminino, assim como identifica o uso das técnicas de gravura. A relação com o tema das imagens gravadas, a prática artística em ateliê, os processos gráficos durante a produção das gravuras, as recordações de lugares, de objetos, de pessoas, às travessias de barco realizadas na infância e na fase adulta, os trajetos percorridos entre o rio e o mar, são vestígios de um lugar guardado na memória. Concerne, também, às vivências advindas da religiosidade afro-brasileira, nas quais estão presentes as simbologias, representações do sagrado feminino. A essência do meu processo artístico enquanto mulher, artista, de terreiro e afrodescendente, que evidencia as vivências pessoais, as memórias familiares, as memórias ancestrais, a percepção de mundo na diáspora brasileira, manifestando-se naturalmente nas gravuras. Roberto Conduru nos diz que, para entender arte afro-brasileira é necessário prevê essencialidades. No que diz respeito à memória se tem como base a teoria de Maurice Halbwachs e Aleida Assmann, assim como Jan Assmann e seus estudos relacionados à pertencimento. Pierre Verger afirma que a religião dos orixás está ligada à noção de família, e que Iemanjá e Oxum abrem um mundo encantado, o das águas. Lydia Cabrera e Reginaldo Prandi esclarecem a maneira como as divindades femininas das águas se apresentam. Mircea Eliade nos explica as simbologias das conchas, pérolas, ostras, caracóis, búzios, e a analogia com as mulheres, são forças sagradas concentradas nas águas. O universo das águas está associado ao sagrado-feminino, através das gravuras.

  • ANA ROSANGELA COLARES LAVAND
  • Ânima Trama: dança e artes mágicas como processo de autocriação

  • Data: 01/02/2021
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  • Esta tese deve ser compreendida como uma produção têxtil, tessitura e texto de uma dança tramada, um tecido doutoral bordado em linhas de processos de criação, processo estes cerzidos a partir de três fios condutores a se ver: memória, afeto e artesania. Arte(sanato) que se alinha a têxteis outros, tessituras de Saramago (2009), Bettani (2015), Sennett (2009), Ostrower (2013) e Salles (2013), a compor uma trama inicial de um processo que se pretende criação de uma dança bordada que se configura a partir de linhas, fios e tecidos.

  • AILZON GONCALVES RODRIGUES
  • ENTRE A DOCÊNCIA E O FAZER ARTÍSTICO EM ARTES VISUAIS: A atuação de seis professores-artistas na educação básica de Belém e Ananindeua

  • Data: 29/01/2021
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  • A partir do entendimento do professor-artista como um profissional híbrido que tem suas ações transitando entre ser professor e ser artista. E de como a relação dialógica dessas atividades traz benefícios que, muitas vezes, podem ser suprimidos diante das obrigações relacionadas ao ensino de Arte. Buscou-se na atuação deste profissional razões para evitar seu distanciamento na Arte e conciliar o fazer artístico com as práticas pedagógicas em escolas da educação básica nos municípios de Belém e Ananindeua. Sendo assim, a pesquisa objetivou compreender as maneiras que se desenvolvem a relação entre as práticas pedagógicas do professor-artista na educação básica e as produções artísticas. Além de analisar as vantagens proporcionadas pela interação dessas atividades e os métodos utilizados para realização dessa conciliação. Para isso, a pesquisa de cunho qualitativa, utilizou como ferramentas de coleta de dados a entrevista semiestrutura com seis docentes da educação básica de Arte e a observação participante em sala de aula. Para isso, determinou-se que os profissionais a serem investigados deveriam possuir algumas características, como a graduação em licenciatura em Artes Visuais ou Educação Artística, estar trabalhando na educação básica, independentemente dos níveis de experiências com ensino de Arte e desenvolver trabalhos e/ou experimentações artísticas, não importando as modalidades ou finalidade com o mercado da arte. Os professores, sob indicação, seriam previamente investigados por meio do Currículo Lattes antes de contactá-los, o que permitiria saber mais a respeito da formação desses profissionais, seus históricos de atuação docente e artística. Deste modo, os resultados constataram o quanto as experiências estéticas e artísticas são fundamentais para esses profissionais, as quais buscam mantê-las ativas, seja em atividades paralelas ou na construção de ações pedagógicas de modo que possam integrar em conjunto, os processos de ensino-aprendizagem em Arte. Embora esta relação não tenha se mostrado tão evidente nas atividades em sala de aula e não conte com o apoio da escola, nas observações realizadas não se apresentou continuamente presente. Assim, compreendeu-se que o fazer artístico e a docência são atividades inerentes ao professor-artista. Por essa razão, mesmo diante das dificuldades de diversas ordens presentes na educação básica, este profissional buscará maneiras para coexistência desses processos em harmonia, e se retroalimentando continuamente.

  • MARIA ISABEL DOS ANJOS VEIGA RABELO
  • O ARCO DO TOQUE: UM PROCEDIMENTO PSICOFÍSICO INTEGRADO À FORMAÇÃO DO VIOLINISTA

     

  • Data: 29/01/2021
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  • A formação de um músico profissional consiste em diversos fatores que são ensinados de acordo com a condição técnica e artística. Um desses fatores demarca um momento ocorrente na transmissão pela comunicação e expressão musical ao espectador, tornando-se, via de regra, o produto final da consolidação do ensino instrumental naquilo que se pode denominar apresentação ao vivo, presencial, do musicista, isto é, seu desempenho em frente ao(s) espectador(es). A prática de apresentações revela um aspecto crucial na compleição formativa do músico. Observando este momento sensível de compartilhamento de experiências, mais das vezes olvidado nos currículos de ensino musical, esta pesquisa propõe uma teoria para a preparação do músico. Os ditames de investigação se deram junto a estudantes do curso de Bacharelado em Música de Belém do Pará, realizado no Conservatório Estadual Carlos Gomes, averiguando a organização e preparo para obtenção de um nível satisfatório na performance musical e aferindo o domínio psicofísico dos instrumentistas durante e após as apresentações, e desenvolvendo princípios recorrentes. Para isto, foram realizadas pesquisas de campo com apresentações do projeto de pesquisa, entrevistas e observação de aulas com a turma de violino de diferentes semestres. Com a contribuição da modalidade de estágio do Programa de Pós-Graduação em Artes, foi possível obter a convivência com os estudantes, durante as aulas, e diagnosticar o comportamento das habilidades canalizadas para uma apresentação e as interferências no palco. Logo, foi possível refletir sobre as membranas que dão suporte ao violinista, direcionando suas competências e habilidades para uma teoria que é sintetizada na figura de um Tetraedro. Esta figura tem embasamento em técnicas das artes cênicas que apresentam uma reflexão sobre o estado do performer, permitindo um maior desenvolvimento no palco. Como questão norteadora, tem-se o questionamento sobre a necessidade de um preparo do violinista, habilitando-o ao domínio psicofísico durante a apresentação em cena, conforme o aporte teórico de autores como David Roland (2001), Sonia Ray (2005), Barry Grenn (1987) e Eugenio Barba (1991).

     

  • PATRICIA ABUD SOUZA
  • Construindo memórias: produção de álbum objetoartisticografico ilustrando a vida e morte das memórias de uma família libanesa em Belém.

  • Data: 28/01/2021
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  • A presente pesquisa busca entender, através de coleta de dados, o envolvimento afetivo que uma família descendente de imigrantes, têm com suas fotografias através das memórias que as mesmas carregam, tomando como apoio para o trabalho artístico o processo de luto e do esquecimento. Para isso, foi necessário fazer um apanhado histórico da imigração Libanesa no Brasil e no Pará, através de pesquisa bibliográfica e fotografias jornalísticas, além de identificar o quão é importante em um grupo familiar a preservação das recordações dos mesmos. Ao longo desta pesquisa procuro estabelecer um dialogo entre autores como José Alberto Buchabiqui e Assaad Zaidan que trata sobre a imigração libanesa, Edgar Morin e Henry Bergson que falam sobre a questão da memória individual, perda de individualidade, relacionado a questão da morte, Maurice Halbwachs e Fernando Catroga como base para a memória coletiva, já Philippe Áries, João José Reis, Charles Feitosa, Roland Barthes, Maria Eliza Borges, Boris Kossoy, Jay Ruby, Michel Vovelle e Koury tratam de questões relacionadas a costumes fúnebres, inclusive na arte e na história da fotografia, Yosef Hayim Yerushalmi falando sobre esquecimento e por fim como o processo de luto pode ser trabalhado dentro da arte, através de estudos de Hanna Segal e Sigmund Freud.

  • ENOQUE PAULINO DE SOUZA JUNIOR
  • Isso não é um poema!: das luminosidades de si.

  • Data: 26/01/2021
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  • Este memorial apresenta a minha pesquisa sobre processos de criação, em especifico o processo de construção poética do espetáculo Isso não é um Poema! Nele, relato a minha experiencia de vida, autobiografia, confissão, memórias e suas luminosidades como artificio para a criação cênica. Como base para analisar o meu próprio processo de criação, converso com Cecilia Salles (2011), Eleanor Arfuch (2018) com o conceito de espaço biográfico e confissão de Oscar Conargo (2009). Relato nesse percurso a teia simbólica relacional da vida com o momento de criação. Trago referencias de primeira grandeza, minhas próprias vivências enquanto artista criador para exemplificar meus passos no processo construtivo de um novo território imagético pessoal. Como metodologia utilizo a cartografia na produção de dados no início da pesquisa, utilizando pistas para a atenção do cartografo organizadas por Virginia Kastrup (2009), Rastreio, toque, pouso e reconhecimento atento. Relato memórias pessoais e suas luminosidades, com cores, intensidades e texturas na tentativa de responder a pergunta como ser luz na escuridão?.

  • AMARILDO RODRIGUES DA CRUZ



  • REZANDO, CANTANDO, DANÇANDO: NA ESPETACULARIDADE DO ESTANDARTE DA IRMANDADE DE CARIMBÓ DE SÃO BENEDITO EM SANTARÉM NOVO-PA

  • Data: 25/01/2021
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  • RESUMO: Pautada na Etnocenologia como a etnociência dos estudos das Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados – PCHEO – (Pradier, 1996), a pesquisa tem na espetacularidade do Estandarte da Irmandade de Carimbó de São Benedito em Santarém Novo–PA, seu olhar mais sensível. Assim, o processo de construção desse trabalho tramita pelo universo da religiosidade popular, da sacralidade ao profano, na medida em que ambas, por vezes, se movimentam sem criar fronteiras (Brígida, 2016), se articulam e se conectam nas manifestações, sendo a religiosidade o fio condutor nesse processo cultural, revelado nas Irmandades de santos pretos, em suas crenças, seus sincretismos e suas absorções culturais no ambiente poético e imaginário do homem amazônida.  Na construção da estrutura  epistemológica e conceitual da pesquisa, mantive constante diálogo com Armindo Bião (2007) e Jean-Marie Pradier (1996), observando como a espetacularidade, pautada na etnocenologia como uma etnociência, buscar compreender o fenômeno frente às diversas áreas da transdisciplinaridade; com Miguel Santa Brígida (2015) vivi a prática metodológica a partir do conceito do artista-pesquisador-participante; e imergi no universo do sincretismo religioso e das hibridações e identidades culturais com Massimo Cavenacci, Nestor Canclinni (2003), Stuart Wall (2003) e Michael Pollack (1992), conectando-me, ainda, à procissão das memórias sociais, individuais e coletivas, inseridas no fenômeno; em Jean Chevalier (1997), Mircea Elíade (1991) e Gilbert Durand (1993) identifiquei que imagens e símbolos são ensaios de um simbolismo mágico-religioso  que atravessa a hierofania de uma gente que preserva suas matrizes e identificações afrodescendentes, as quais Vicente Salles (1971) e Célia Maria Borges (2005) e Napoleão Figueredo(1966)  descrevem com clareza o espólio cultural das Irmandades do Rosário dos pretos; com Paes Loureiro (2005) mergulhei nas encantarias de uma realidade mágica, que emergem para a superfície dos rios e do devaneio, no imaginário poético  amazônico; Anne Cauquelin, Luigi Pareyson e Lúcia Santaella  me auxiliaram na compreensão do fazer/pensar artístico e seus sentidos estéticos que revelam, por vezes de forma oculta, a interpretação da arte. Desse modo, a pesquisa busca colaborar com o entendimento de uma cultura amazônica que se revigora, atualiza-se em suas memórias e nos apaixona a cada novo olhar.

  • RAFAELLA CRISTINA DIAS CORREA
  • Girassóis Dançam: diário das sementes de um jardim

  • Data: 21/01/2021
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  • Esta pesquisa trata do fazer artístico da pessoa com deficiência, isto é, do processo de criação em dança em que esta é capaz de desenvolver diante desse corpo peculiar, o corpo girassol. Partindo desse ponto de vista, podemos dizer que é de suma importância que a pessoa tenha conhecimento do seu próprio corpo, por vezes, adormecido e inexplorado. Proponho-me a vivenciar caminhos de uma dança desprendida de suportes técnicos ou padrões já estabelecidos de movimento, buscando, todavia, experienciar a necessidade do ato de se mover em suas diversas qualidades cotidianas de movimento, considerando a diversidade de expressão artística da pessoa. Lanço-me então à dança como um meio e não um fim em si próprio, segundo Santos e Figueiredo (2002-2003). Como resultado de nossas vivências, os artistas da Associação dos Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) do município de Marituba participaram do espetáculo da Ritmos Escola de Dança: Nheengatu, uma criação em dança colaborativa - investigativa - inclusiva, enfrenta problemas no que diz respeito à compreensão da dimensão técnico, em especial, sobre o seu ensino, iremos nos valer de especial, sobre o seu ensino, iremos nos valer de diversos estudos feitos por especialistas na temática em tele, a saber: Izabel Marques ( 2010), Klauss Vianna ( 2005), Cecília Salles ( 2016), Jussara Miller ( 2010), Ana Flávia Mendes (2010). Tais referências serão fundamentais para elaborar uma visão de dança que vise incluir, em detrimento da aula engessada de dança, algo tão recorrente na nossa realidade.

  • ROSEANY KARIMME SILVA FONSECA
  • FLUVIOGRAFIAS CÊNICAS:

    memórias e presenças de um corpo em travessias

     

  • Data: 20/01/2021
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  • O presente trabalho propõe a elaboração poético-cênica de um corpo situado no entre, este compreendido enquanto intersecção: entre a cidade de Belém e o interior marajoara, entre a narrativa e a cena, entre a palavra e a ação, entre a memória e a presença. O entre, aqui, se dispõe como meio de compreender a história de uma pesquisadora em seus processos de travessias físicas, escritas, registradas e recontadas. Autores amazônidas como Eidorfe Moreira e João de Jesus Paes Loureiro sustentam a ambientação desta pesquisa, guiando reflexões para uma travessia pessoal; há a busca de uma poética do espaço, como propõe Gaston Bachelard (1993). Além disso, a pesquisa dialoga com o conceito de “Dramaturgia Pessoal”, definida por Wladilene Lima (2004) e as chamadas Escritas de Si. Diante deste contexto, as seguintes questões emergem: 1) o corpo, enquanto organismo, pode constituir-se em uma paisagem – abordada neste trabalho à luz da geografia humanista? 2) este corpo pode expressar-se cenicamente, em consonância com um ambiente, no qual vive sua própria travessia por meio de escritos, viagens e memórias? 3) quais as relações entre o corpo, o texto e outros elementos de cena no processo de encenação? A partir destas interrogações, objetiva-se compreender a condição atingida pelo corpo da atuante, quando ele atravessa e é atravessado enquanto sujeito/objeto de uma poética desenvolvida em
    cena. Quanto aos processos de elaboração e seus desdobramentos, esta pesquisa se entende como uma imersão fluviográfica, haja vista considerar paisagens, margens e fluxos expressos dos rios e nos rios cursados.
    Enquanto dispositivo da prática, busca-se a linguagem corporal, os estados possíveis de composição cênica de um corpo extracotidiano e da “Corpografia” destacada por Juliano Jacopini (2016). Como procedimento metodológico, as fluviografias acompanham a ideia de pesquisa em arte proposta por Sônia Rangel (2009), adequada à linha de pesquisa de Poéticas e Processos de Atuação em Artes. Logo, a metodologia dar-se-á imersa na prática de criação cênica. Criar, atravessar e mergulhar configuram-se como os verbos de ação
    para o ato cênico, trabalhando um estado cênico como realidade inscrita e presentificada em um corpo/ espaço de identificações da atuante, resultantes de suas travessias.O presente trabalho propõe a elaboração poético-cênica de um corpo situado no entre, este compreendido enquanto intersecção: entre a cidade de Belém e o interior marajoara, entre a narrativa e a cena, entre a palavra e a ação, entre a memória e a presença. O entre, aqui, se dispõe como meio de compreender a história de uma pesquisadora em seus processos de travessias físicas, escritas, registradas e recontadas. Autores amazônidas como Eidorfe Moreira e João de Jesus Paes Loureiro sustentam a ambientação desta pesquisa, guiando reflexões para uma travessia pessoal; há a busca de uma poética do espaço, como propõe Gaston Bachelard (1993). Além disso, a pesquisa dialoga com o conceito de “Dramaturgia Pessoal”, definida por Wladilene Lima (2004) e as chamadas Escritas de Si. Diante deste contexto, as seguintes questões emergem: 1) o corpo, enquanto organismo, pode constituir-se em uma paisagem – abordada neste trabalho à luz da geografia humanista? 2) este corpo pode expressar-se cenicamente, em consonância com um ambiente, no qual vive sua própria travessia por meio de escritos, viagens e memórias? 3) quais as relações entre o corpo, o texto e outros elementos de cena no processo de encenação? A partir destas interrogações, objetiva-se compreender a condição atingida pelo corpo da atuante, quando ele atravessa e é atravessado enquanto sujeito/objeto de uma poética desenvolvida em
    cena. Quanto aos processos de elaboração e seus desdobramentos, esta pesquisa se entende como uma imersão fluviográfica, haja vista considerar paisagens, margens e fluxos expressos dos rios e nos rios cursados.
    Enquanto dispositivo da prática, busca-se a linguagem corporal, os estados possíveis de composição cênica de um corpo extracotidiano e da “Corpografia” destacada por Juliano Jacopini (2016). Como procedimento metodológico, as fluviografias acompanham a ideia de pesquisa em arte proposta por Sônia Rangel (2009), adequada à linha de pesquisa de Poéticas e Processos de Atuação em Artes. Logo, a metodologia dar-se-á imersa na prática de criação cênica. Criar, atravessar e mergulhar configuram-se como os verbos de ação
    para o ato cênico, trabalhando um estado cênico como realidade inscrita e presentificada em um corpo/ espaço de identificações da atuante, resultantes de suas travessias.

  • ANA CLAUDIA MORAES DE CARVALHO
  • Puta,Pistoleira, Dona de Cabaré: a espetacularidade do corpo-cavalo-travestido de Dona Rosinha Malandra no Templo de Rainha Bárbara Soeira e Toy Azaka. Icoaraci/Pa. 

  • Data: 19/01/2021
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  • Por linhas sinuosas de pensamentos aéreos tecidos por uma escritora-borboleta, escrevo sobre o corpo-cavalo de Dona Rosinha Malandra, Entidade da Esquerda umbandista. Dona Rosinha é recebida por Rosa de Luyara, Mãe de Santo trans/travesti da periferia de Belém, fator preponderante para o desenvolvimento de epistemologias libertárias de cunho imoral, cujos atravessamentos poéticos foram vivenciados pela atriz-pesquisadora-bacante, na encruzilhada afetiva da Umbanda Amazônica. Sob a imagem poética da vulgaborboleta, a metodologia desenvolvida nesta tese configurou-se num processo envolvendo doces mortes para novas vidas transformadas. Pupas, vulvas quentes, casulos, estranhamentos de si na compreensão da casa-cosmos perfumada com essências de cobra, força motriz de um corpo-cavalo-travestido. Puta, Pistoleira, Dona de Cabaré revela mistérios, segredos de uma cosmovisão malandra, pertencente ao tempo presente, para o empoderamento social de uma comunidade. Como contribuição epistemológica para a Academia, desenvolvo a noção de corpo-encostado, que se configura em uma proposta epistemo-metodológica de um corpo em processo de criação. Trata-se de uma tese feminista, transformadora, transgressora, deliciosamente imoral. A pesquisa deseja alçar ardentes voos borboletários, fundamentados em noções etnocenológicas, imagens bachelardianas, no imaginário de Durand e no pensamento sensível de Maffesoli para preparar os caminhos a serem percorridos na construção identitária de gênero, de comunidade e de liberdade epistêmica-artística.

     

     

     

  • RODRIGO JOSE CASTRO CORREIA
  • CAMPINA, UM FILME DE PROCESSO

  • Data: 15/01/2021
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  • O presente memorial de poética artística pretende refletir sobre o processo de criação do filme Campina. Trata-se da construção e idealização de um documentário híbrido ou também conhecido como docuficção em que se reúnem tanto aspectos do gênero documentário quanto da ficção. O filme, de maneira geral, aborda a paisagem do bairro da Campina em Belém e seus múltiplos aspectos, sendo, essa paisagem, composta de elementos simbólicos e residuais como a arquitetura, monumentos, placas e letreiros de lojas, acompanhados da paisagem humana, de seus habitantes que fazem do dia a dia da Campina, um bairro comercial. Para refletir sobre esse processo de realização, utilizamos o conceito de gesto inacabado de Cecília Salles (2014), mostrando que o processo de criação está sempre ativo e nunca cessa. Além disso, a pesquisa pretende revelar e apontar relações de poder e dominação na paisagem do bairro, utilizando-se, para tal, o conceito de invenção da paisagem segundo o pensamento de Anne Cauquelin e o de poder simbólico de Pierre Bourdieu. 

  • RAFAELLE RIBEIRO RABELLO
  • Território Móvel: Poéticas da Criação a partir de memórias e cibermemórias

  • Data: 13/01/2021
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  • O presente trabalho vinculado à Linha de Pesquisa de Poéticas e Processos de Atuação em Artes apresenta os diversos movimentos poéticos que emergiram do meu processo de criação a partir da apropriação de acúmulos de imagens fotográficas autorais, produzidas por meio de dispositivo móvel e um álbum de fotos antigo de família. Ao longo do memorial serão elucidadas as camadas operacionais de construção desta pesquisa -  o que fora vivenciado, o que fora materializado e o que fora pensado conceitualmente. O fruto destas três instâncias delineia a trama de um Projeto Poético contaminado por memórias, desejos, complexidade e uma viagem em torno da multiplicidade da imagem.

  • GRAZIELA RIBEIRO BAENA
  • ENTRE MARUJAS E MARUJOS: RECORTES SOBRE O VESTIR NO CULTO A SÃO BENEDITO EM BRAGANÇA (PA)

  • Data: 07/01/2021
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  • O trabalho versa sobre o vestir no culto a São Benedito em Bragança, Pará. Em mais de 220 anos de existência o culto se configurou a partir de conflitos com a igreja católica oficial, mas sobretudo pelo esforço dos membros de uma Irmandade, fundada em 1798. Neste estudo a história da cidade, da Irmandade e do culto são o pano de fundo para uma pesquisa sobre indumentária e da importância do aspecto vestimentar nos diversos momentos em que o Santo é homenageado desde o período de esmolações, até ensaios, missas, procissões e apresentações oficiais de dança. As etapas de discussão se iniciam com o levantamento bibliográfico dos estudos acadêmicos que foram publicados como livros, teses ou dissertações acerca do tema. Em seguida é feito um aprofundamento acerca do vestuário nos diversos eventos que integram o culto ao santo. Além disso, a vivência dentro dos ateliês/casas de uma artesã e de uma costureira de Bragança, que confeccionam roupas e os adereços de marujas e marujos, é um fator importante na pesquisa, sendo o ateliê observado como espaço de construção poética que neste sentido move uma escrita inspirada no ato de costurar e investigado pelo recorte da etnometodologia. A culminância se dá por meio de uma experimentação prática da autora, que confecciona sua própria roupa e chapéu, utilizando as técnicas aprendidas com estas mulheres trabalhadoras e devotas de São Benedito. Os registros das primeiras etapas de pesquisa geraram como resultado o documentário intitulado “Entre Marujas e Marujos”, produzido na imersão de campo realizada em dezembro de 2017 e que integra parte do trabalho na busca por um formato híbrido de apresentação final. Tendo o material audiovisual como suporte ao desenvolvimento do pensamento teórico e etnográfico.

2020
Descrição
  • IVA ROTHE NEVES
  • O PROJETO PARÁ CARIBE:

    Uma prática musical no contexto da Fundação Cultural do Pará.

  • Data: 18/12/2020
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  • A presente pesquisa se volta à prática musical – expressão aqui usada em termos conceituais - no contexto do Projeto Pará Caribe, realizado em Belém, pela Fundação Cultural do Pará, de 2015 a 2017. Investigar a prática musical no contexto do Projeto Pará Caribe da Fundação Cultural do Pará foi o objetivo principal desta proposta. Os específicos foram: fornecer informações contextualizadas sobre o projeto Pará Caribe; expor os processos de transmissão musical e descrever as práticas musicais no Projeto Pará Caribe, com atenção à relação entre os processos de composição musical e performance naquele contexto. Nesse intuito, implementou-se pesquisa bibliográfica sobre prática e transmissão musical, à luz da Etnomusicologia, buscando também fundamentação teórico-metodológica na Educação Musical. A pesquisa se referencia em autores como Gerard Béhague (1992), Alan Merriam (1964), Bruno Nettl (1983; 1992), Anthony Seeger (1991), John Blacking (1992) e Sonia Chada (2007), Keith Swanwick (1992), Margarete Arroyo (2002) e Jusamara Souza (2004). Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas com alunos e professores do projeto. A análise de dados realizada levou em conta dimensões sintáticas e semânticas tanto das entrevistas quanto das letras e músicas criadas em sala pelos alunos e registradas em estúdio, shows e ensaios. Tais procedimentos permitiram que a forma e o conteúdo do material analisado fossem passíveis de interpretação, considerando-se aspectos históricos, musicais, contextuais e cognitivos da prática musical em questão. Os processos criativos e seu fazer musical conjunto com a performance, bem como os resultados alcançados no projeto - onze músicas gravadas e dezoito shows realizados entre o laboratório de criação musical e a mixagem do fonograma Pará Caribe -, instigaram a pesquisa aqui apresentada. O trabalho resulta na presente dissertação, tendo como anexos um caderno de partituras e um CD com as músicas produzidas pelos alunos durante o projeto e citadas no decorrer do texto. Entender contextos nos quais criação musical e performance são possíveis porque concomitantes, disponibilizou uma chave importante de compreensão do processo criativo no contexto do Projeto Pará Caribe. Além disso, conclui-se que o estudo de práticas musicais em Belém, no Pará, contribui para a compreensão de como tais práticas formam, constroem ou influenciam as noções de identidades sonoras na Amazônia brasileira, ao compartilharem subjetividades coletivas transformadas e (re)construídas para além do contexto dos estados nacionais, uma realidade presente na América Latina e no Caribe como um todo.

  • KARLA CAMPELO PESSOA
  • A POÉTICA DO CONTAR: PERCURSOS CRIATIVOS DE ATRIZES CONTADORAS DE HISTÓRIAS

  • Data: 17/12/2020
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  • A pesquisa consiste na análise dos percursos poéticos de três atrizes contadoras de histórias na cidade de Belém, Adriana Cruz, Ester Sá e Marluce Araújo que tangenciam a minha pratica artística enquanto também atriz contadora de histórias. O trabalho consiste em apresentar um recorte da vida e da obra dessas artistas que dialogam com o meu fazer e com as quais possuo uma relação de afetividade.  Ao longo da pesquisa foi utilizado o método autoetnografico  no qual busquei o dialogo entre subjetividades, a partir da ênfase nas singularidades de cada artista e ao mesmo tempo por meio da identificação de elementos comuns entre nossos percursos poéticos. A pesquisa foi realizada a partir de coletas de depoimentos das artistas em encontros individuais e coletivos, bem como por meio da observação de apresentações de contação de histórias em espaços culturais da cidade de Belém. No que se refere aos pressupostos teóricos convoco os pensamentos de João de Jesus Paes Loureiro por se tratar de artistas amazônicas que estão imersas no universo das encantarias, recorro às proposições de Cecilia Salles para referenciar os aspectos relacionados aos processos criativos e aciono também Gaston Bacherlad que por meio da fenomenologia me auxilia na consciência das imagens poéticas sugeridas pelos processos das atrizes e do meu próprio. Não obstante, dialogo também com acepções de Clarissa Pinkola Estés no que se refere ao universo feminino que permeia a nossa criação.


     

  • AMANDA NASCIMENTO MODESTO
  • Memória e Performance: por uma educação sensível em processos de ensino/aprendizagem


  • Data: 14/12/2020
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  • A presente pesquisa de mestrado discorre sobre experiências que emergem do encontro entre memória e performance, tanto no campo teórico-metodológico, quanto na prática de pesquisa, e suas relações com o ensino de arte. Neste trabalho, buscamos compreender o espaço da sala de aula como lugar de formação de sensibilidades, a partir de experiências com a arte, em especial a performance enquanto linguagem, compreendendo a sala de aula como um espaço liminal e a própria educação como um ato performativo. Desse modo, o objetivo principal desse trabalho é refletir sobre as vivências de formação e de interação realizadas com três turmas do ensino fundamental de uma escola pública do bairro do Guamá, em Belém-PA, e analisá-las no contexto das discussões dos estudos da memória como lugar potencializador de sujeitos e de suas histórias de vida, suas narrativas, suas experiências de vida e de arte. Temos enquanto campo teórico-metodológico a chamada pesquisa-ação (TRIPP, 2005) que partiu de pesquisa bibliográfica, e também autobiográfica, ao propor a discussão de conceitos de memória, pautados em autores como Halbwachs (1994) que inicia as discussões sobre a memória ser uma função social e comunicativa, Pollak (1992) e Assman (2011), quando propõem reflexões sobre os sentidos socioculturais dos lugares e formas de memórias, de silenciamento e sobre as experiências culturais de sujeitos sociais; e dos estudos da performance, tais como Schechener (1985) e Icle (2017), que analisam e refletem sobre a linguagem performativa e suas dimensões plurais. Desse modo, este trabalho revela a importância do desenvolvimento de práticas pedagógicas em e com a arte, no envolvimento com histórias, reminiscências, experiências de vida em suas dimensões individuais e coletivas, contempladas na pedagogia performativa; e que revelam a força que tem um processo educativo que aconteça por meio da coparticipação dos sujeitos envolvidos, marcando um importante território, a Escola, espaço da experimentação das mais diversas linguagens, inclusive a artística que, quando trabalhada por meio de processos sensíveis de ensino/aprendizagem, se tornam potentes no cenário de transformações que vive a educação e os processos de escolarização na contemporaneidade.

  • TIRSA LAIS DE OLIVEIRA GONCALVES MORAES
  • BANDA DANIEL NASCIMENTO: uma prática musical no contexto sociocultural em Paragominas-PA.

  • Data: 07/12/2020
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  • Este trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre a prática musical da Banda Daniel Nascimento problematizando a sua relação com a sociedade de Paragominas ao longo dos seus 20 vinte anos de existência, conquistando lugar musical, social e até político. Nesta perspectiva veremos um panorama de sua trajetória musical, identificando os principais impactos do grupo sob a vida social/cultural/artístico da cidade de Paragominas e buscando compreender de que maneira se constrói sua prática musical. Para coletar as informações foram realizadas pesquisa de campo, entrevistas e levantamento documental, trabalhando metodologicamente com autores da etnomusicologia, SEEGER (2008, 2004), BLACKING (2007, 2000), e da memória, ASSMANN (2016), CANDOU (2017). Através de uma etnografia da performance musical veremos da “Bandinha” à “Orquestra”, a Daniel Nascimento se desdobrar ao exercer sua função de ação catalizadora das atividades musicais mantidas na Escola de Música pela Prefeitura Municipal de Paragominas através da Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer, responsável pela difusão musical nas politicas publicas do município.

  • PAULO CESAR SOUSA DOS SANTOS JUNIOR
  • 1900 – O RANGER DA LIBERDADE: a memória como indutora de performances de rua.

  • Data: 04/12/2020
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  • O presente memorial dissertativo apresenta e analisa o processo criativo 1900 – o ranger da liberdade, um conjunto de performances desenvolvido pelo Zecas Coletivo de Teatro, nas ruas da região metropolitana de Belém do Pará no ano de 2019. A pesquisa objetivou evidenciar a importância e as multicamadas de significações de trabalhos de performances cênicas, como processo prático-teórico, em interface com os estudos da história e da memória social e cultural, a partir dos postulados de Le Goff (2013), Nora (1993), Candau (2011), e Assmann (2011). Sobre as questões referentes à linguagem, propusemos uma reflexão sobre a relação entre o teatro e a performance na perspectiva do “entre”, em Bonfitto (2013) e Féral (2015); e sobre as especificidades da linguagem da performance embasadas em Cohen (2013), Goldberg (2007), Glusberg (2009), Schechner (2006; 2010), e Pavis (1996; 2017). A partir desse universo, abordamos a noção de experienciar a rua na relação entre os performers, os transeuntes e a cidade, no diálogo com as discussões sobre práticas cênicas na rua, propostas por Carreira (2007; 2009; 2011; 2012; 2020), Teles e Carneiro (2005). Como resultados, apontamos: a) a realização de oito performances de rua; b) a proposição do método de instigação e o dispositivo de criação, agenciados durante a pesquisa, a partir dos estudos de Rangel (2015) e Sales (2011) sobre o processo criativo como metodologia de pesquisa em artes, e Cypriano (2015) sobre a potência dos processos criativos em performance; e c) a memória como indutora de performances de rua, como base de criação de obras artísticas desalienantes que, em um diálogo entre o passado e o presente, expõem, performaticamente, questões que potencializam o respeito com as diferenças. 

  • MARIA JUCILENE SILVA GUIDA DE SOUSA
  • ARTE-EDUCAÇÃO EM PSICOLOGIA: A Educação Musical no tratamento de pessoas com depressão e/ou ansiedade

  • Data: 27/11/2020
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  • O propósito deste trabalho se constitui na reflexão de que Arte-educação e Psicologia podem ser aliadas no processo de explicação de um determinado fenômeno relacionado ao comportamento humano, sem que ambas percam seu aspecto de importância frente ao objeto estudado, isto é, sem que nenhuma seja descaracterizada, subjugada ou coisificada em função da outra, nem submetida a uma mera funcionalidade. É possível estudar Arte-educação em Psicologia, num processo interdependente e dialógico, sem que nenhuma delas perca sua essência, já que todas elas priorizam o sujeito em suas diferenças. Dessa forma, foi articulado o problema de pesquisa: Como a Educação Musical pode ajudar no tratamento de pessoas com Transtornos de Depressão e/ou Ansiedade? Diante desse problema foi possível entender que o exercício da Arte-educação pela Educação Musical não é uma tarefa apenas de Educadores Musicais, dentro das salas de aula, mas pode ser também de Psicopedagogos e Psicólogos, que trabalham na área da Saúde e que buscam se qualificar na área de Educação Musical, para aplicá-la nos contextos psicopedagógicos e psicoterapêuticos, por meio de objetivos claros e definidos na promoção de saúde individual e coletiva. Para responder a esta indagação foi articulado o objetivo geral da pesquisa: Analisar como a Educação Musical pode ajudar na qualidade de vida dos pacientes com depressão e /ou ansiedade;  e os objetivos específicos: Contextualizar Arte-educação em Psicologia por meio da Educação Musical; caracterizar a Teoria Cognitiva-Comportamental de Aaron Beck, que se constitui no principal referencial teórico na fundamentação da Tese em pauta; Aplicar atividades de Educação Musical no processo de intervenção em pacientes com Depressão e/ou Ansiedade e ainda, e refletir os resultados das ações interventivas pela utilização da Educação Musical nas técnicas psicoterapêuticas realizadas no Serviço de Orientação Psicológica e Psicopedagógica da Universidade Estadual do Maranhão- SOPP/UEMA, em São Luís-Ma. Nesse sentido, foi realizada uma Pesquisa Teórico-aplicada sobre Arte-educação em Psicologia com ênfase na linguagem musical, uma vez que Arte, Educação, Psicologia e Música visam contribuir para um desenvolvimento harmonioso do ser humano, de forma integral; Foi constatado que a hipótese, “A Educação Musical contribui para minimização de transtornos depressivos e ou de ansiedade” foi validada, por meio dos cincos pacientes pesquisados, que tiveram atividades de Educação Musical no seu processo de acompanhamento psicológico e psicopedagógico, pois as suas respostas comportamentais foram avaliadas qualitativamente, na forma como se perceberam e em relação aos conceitos que internalizaram de si mesmos.

     

     

                                                                                   

  • ERIKA ANDREA CRISTANCHO TORRES
  • MURALISMO COMO ILUSTRAÇÃO URBANA: Uma reflexão sobre o ambiente visual contemporâneo da cidade latino-americana

  • Data: 12/11/2020
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  • Esta pesquisa explora e apresenta uma reflexão sobre o muralismo como ilustração urbana em algumas cidades latino-americanas, a partir de um espaço contemporâneo e através de uma metodologia qualitativa de tipo exploratório. Para isso, é necessário relacionar as tipologias do muralismo urbano e da ilustração gráfica, para depois postular elementos de comunicação que servirão de ponto de partida para uma leitura iconográfica das imagens ilustrativas, começando por uma revisão historiográfica – Tendências artísticas, Ilustração, Muralismo –, para finalmente analisar os valores simbólicos das imagens coletadas dos murais feitos em alguns países que compõem a América Latina. Ao longo desta pesquisa procuro estabelecer um diálogo com minha trajetória como designer gráfica e ilustradora, e autores teóricos como Martinez Moro, Dondis A. Dondis, Umberto Eco, Afonso Medeiros, Lucia Santaella, Garcia Canclini e Pierre Bourdieu (entre outros), que a respeito da ilustração gráfica a consideram como categoria, como sintaxe da imagem, como identidade cultural e os aspectos sociais que lhe dão sustento para entender os valores iconográficos e semiológicos. Combinando-as com reflexões que me permitissem postular, do meu ponto de vista, a compreensão da ilustração gráfica como parte importante do discurso artístico e da comunicação visual, demonstra-se que quando ela é desarticulada do acompanhamento textual que teve na construção editorial, torna-se uma linguagem visual inerente, tanto estética quanto epistemologicamente, e pode ser observada através do novo muralismo urbano que, por sua vez, se torna ilustrativo do ambiente visual contemporâneo da cidade latino-americana.


  • EDUARDO WAGNER NUNES CHAGAS



  • O AUTO DO SANTO PRETO E A BÊNÇÃO DAS TRÊS FOMES:

                   A carnavalização-afeto das festividades jurunenses de São Benedito em Belém do Pará.

     

  • Data: 06/11/2020
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    Este trabalho traduz a imersão dos últimos dez anos de minha vida nos passos das muitas procissões, festas, ladainhas, alvoradas integrantes do complexo de eventos que compõem as festividades dedicadas a São Benedito, realizadas anualmente no bairro do Jurunas, em Belém do Pará, entre o fim do mês de julho e início de agosto. Imersão vivida na carne de um carnavalesco-etno-devoto, por meio da qual percebo essas festividades como práticas culturais espetaculares, possuidoras de um vocabulário simbólico requintado tendo função de linha que borda e une memórias, pertencimento, identidades, identificações, singularidades, em um único estandarte, burlando tensões sociais; ações sustentadas pelo que nomeio de carnavalização-afeto, conceito formulado à luz dos entendimentos de carnavalização, festa e afetos, a partir de Mikhail Bakhtin, Émile Durkheim, Michel Maffesoli e Davi Le Breton. Em seu horizonte epistemológico, o trabalho é construído sobre o vislumbre do mundo como texto, pela visão de Paul Ricouer, da antropologia interpretativa, de Clifford Geertz, das sociologias compreensiva e orgiástica, de Michel Maffesoli, e da antropologia das emoções, de Davi Le Breton. Em sua perspectiva metodológica, somada a seu horizonte epistemológico, o trabalho é produto etnocenológico, trazendo a própria vivência daquele que pesquisa como ferramenta do olhar, de onde emerge o conceito de espetacularidade e o vislumbre dessas festas como Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados. O trabalho, por fim, traduz-se na leitura burlesca do carnaval das escolas de samba, guiando a pesquisa das procissões beneditinas pelo olhar espetacular de um enredo de escola de samba, juntando, num mesmo bordado, pesquisa, vida artística e afetações que de mim e sobre mim emanam.

     

  • PAULO DE ARAÚJO MEIRA JUNIOR
  • Rádio Performance – Transições em Transmissões

  • Data: 01/10/2020
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  • A pesquisa “Cantos de Aparições” consiste em práticas artísticas, acerca do potencial da experiência auditiva, relacionada ao campo das artes visuais, sobretudo seu aspecto performático vocal. A pesquisa propõe: o som, como principal referência na criação de acontecimentos performativos; o deslocamento da referência visual para a auditiva na concepção de rádio performances. O meio rádio é utilizado como suporte e ambiente de onde emergem os cantos. Por se tratarem de textos para rádio, sua escrita foi construída para ser falada, o que a caracteriza como uma escrita performativa, ou escrita falatória. Compõem o resultado da pesquisa: sete cantos, em formato de programas de rádio, transmitidos pela Rádio Catimbó. Além da própria rádio, outras e outros personagens narram os cantos. As reflexões e escutas presentes neste memorial foram compartilhadas de autoras e autores como Achille Mbembe, Ailton Krenak, Hilda Hilst, Eliana Alves Cruz, Eduardo Galeano, bell hooks, entre outras e outros, e contribuíram na busca pela diversidade do olhar pela escuta, do ver no tempo da escuta, liberar o corpo do imobilismo da arte Ocidental, diversificando experiências estéticas. Boa escuta.

  • HELOÁ RODRIGUES ASSUNÇÃO
  • Modalidades circenses na formação do curso de Licenciatura em teatro, na Escola de Teatro e Dança-UFPA

  • Data: 30/09/2020
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  • Esta pesquisa versa sobre modalidades circenses no curso de Licenciatura em Teatro da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) e visa por em destaque a contribuição das atividades circenses fundamentais para o melhor desenvolvimento das expressões corporais e conhecimento expandido. O curso de Licenciatura em Teatro, por ora, oferta as disciplinas de Clown e Teatro de animação, nas quais estagiei como pesquisadora participante e, além da observação e participação nas aulas, entrevistei alunos e docentes. Amparada por autores da área circense como: Ermínia Silva, Mario Bolognesi, Eliene Benicio, Rodrigo Dupratt, Marco Bortoleto, Marton Maués, Aníbal Pacha, entre outros, enfoco o entrelaçamento de circo e teatro que ocorre desde que o espetáculo circense passou a ser chamado de Novo Circo, show criado por Philip Astley em 1770. Nesta concepção, o circo passa a dialogar sistematicamente com outras linguagens artísticas. A partir da criação das escolas de circo em 1970, o conhecimento transmitido sob a lona se espraiou para outros espaços, incluindo o meio acadêmico. Por meio desta difusão, as modalidades circenses passam a constituir os currículos de diversos cursos ligados às artes da cena e práticas corporais. A pesquisa se desdobra em quatro momentos: uma síntese sobre as origens do espetáculo circense e suas modalidades; as contribuições das artes circenses para o meio educacional e o entrelaçamento entre as modalidades já existentes no currículo do curso de Licenciatura em Teatro; além dos afetos existentes na prática docente da pesquisadora. A pesquisa aponta ainda a necessidade da inclusão de outras modalidades na formação inicial do professor de teatro, conforme anseio dos entrevistados.

  • RICARDO HARADA ONO
  • SABURO (三郎)

     
     
  • Data: 16/09/2020
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    O presente trabalho é fruto de objeto de pesquisa da linha de Poéticas e Processos de Atuação em Artes, assim intenciona ser uma obra artística. Substanciação de um ato criativo, apresenta sua gênese embasada na interseção de diferentes camadas referenciais: história, memórias, emoções e afetos, conhecimentos técnicos e empíricos, enfim, diferentes componentes de meu universo cognitivo. O resultado se divide em dois volumes, o objeto-arte em si, que se revela por meio dos quadrinhos e este memorial, que apresenta o modo de operação e conceitos gerados pelas interseções destes planos/camadas.

    A obra, fruto do processo criativo, narra um período da vida de meu avô, dos anos que antecedem sua vinda para a Amazônia até seus últimos dias, possuindo, como pano de fundo, a história da imigração japonesa, e do grupo ao qual ele pertencia. Narra suas motivações e os desafios encontrados frente à adaptação no Brasil e, paralelamente, quais as consequências sobre a história de sua descendência. 

     

  • ANA PAULA DIAS ANDRADE
  • O LUGAR DA ARTE NA TV: CAMINHOS POSSÍVEIS E EXPERIMENTAÇÕES NO PROGRAMA CIRCUITO.

  • Data: 04/09/2020
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  • ANDRADE, Ana Paula. O Lugar da Arte na TV: caminhos possíveis e experimentações
    no programa Circuito. Tese (Doutorado em Artes: História, Crítica e Educação em Artes)
    – Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020.
    A Arte, campo de conhecimento fundamental para as sociedade humanas, funciona
    também como um indicador do grau de desenvolvimento destas. Pensar novas formas de
    fortalecer este campo e ainda torná-lo mais acessível ao público são grandes desafios, que
    encontram voz na presente pesquisa cujo objetivo é, entre outros, associar teorias do
    campo da Arte com o da Comunicação para propor novas formas de abordagem e espaços
    para a arte na televisão aberta. A aplicação dos conceitos é testada no programa Circuito,
    da TV Cultura do Pará, a fim de demonstrar como esta relação teórico-prática pode ser
    estabelecida em produtos televisivos. Inicialmente, é realizado um levantamento sobre as
    produções dedicadas ao campo da Arte na TV brasileira, contribuindo com um desenho
    da história destes formatos local e nacionalmente. Segue-se para o estudo e associação de
    teorias em: crítica de arte, jornalismo cultural, edutenimento, arte-educação, mediação
    em artes, televisão e linguagem audiovisual. Dentre as referências essenciais para esta
    pesquisa estão: Américo (2010), Argan (2010), Aumont (2012), Ballerini (2015), Barbosa
    (1999), Bourdieu (1996), Bucci (2000), Cauquelin (2005), Leal Filho (1998), Machado
    (2012), Moraes (2014), Nunes (2003), Piza (2003), Salles (2006), Venturi (2007),
    Walldén (2004). Das teorias surgem os pilares para a sustentação de conteúdos que,
    posteriormente são estudados no programa Circuito, assim como para o desenvolvimento
    do conceito de arte-edutenimento televisivo. A pesquisa traz ainda uma fotobiografia do
    Circuito, disponibilizando um pequeno panorama das produções artísticas paraenses nos
    últimos cinco anos.

  • MARIA CECI LEAL BANDEIRA
  • A ATRIZ DA DIÁSPORA:

    um estudo sobre a poética-política de Zélia Amador de Deus

  • Data: 28/08/2020
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  • O trabalho analisa, a partir do conceito de corpo performático do negro da diáspora, de Zélia Amador de Deus, a trajetória artística dessa atriz e diretora e o seu caráter poético-político. A pesquisa foi dividida a fim de analisar suas três principais personagens: Catirina, personagem do auto Coronel de Macambira (1972); Suely, personagem da peça Quarto de Empregada (1976); e personagem sem nome, interpretada para o espetáculo Theastai Theatron (1983). A reflexão que norteia a pesquisa é feita à luz do feminismo como perspectiva de análise crítica e teórica das categorias de classe, raça, gênero, conforme teorizado pela filósofa Angela Davis (2016) e combate ao epistemicídio, categoria de pensamento realocada pela filósofa Sueli Carneiro (2005). Ao traçar a trajetória artística de Zélia Amador de Deus encontro uma nova forma de pensar a construção do corpo do negro da diáspora e de seus descendentes pelo viés performático que representa os atravessamentos político-socio-culturais que diferenciam ainda hoje esse corpo. Por se tratar de uma problemática que inicia no corpo e não se desvincular dele, as análises partem do corpo de suas três principais personagens para demonstrar não apenas a evolução artística da atriz, mas principalmente a evolução política e existencial de uma mulher negra na Amazônia.

  • ROBSON FARIAS GOMES
  • A imanência: uma dança

  • Data: 25/08/2020
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  • Esta pesquisa consiste em uma reflexão cênico-teórica acerca das reverberações artísticas e filosóficas do pensamento imanente em dança, criado pela pensadora-artista da dança Ana Flávia Mendes. Este complexo teórico, denominado de Teoria da Dança Imanente, baseia-se nos pressupostos coreográficos e filosóficos pós-modernos a partir das noções de pessoalidade, idiossincrasia e subjetividade. O objetivo é atualizar o dispositivo teórico-conceitual da Dança Imanente com aberturas e desdobramentos teórico-performativos em dança que culminarão numa proposição da noção de Corpografia Imanente. O procedimento metodológico da pesquisa consiste num diálogo bibliográfico e artístico-criativo. As principais referências teóricas são: Ana Flávia Mendes, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Fischer-Lichte, Santana, Rocha, Zourabichivli, Orlandi, Silva, dentre outros. A pesquisa questiona a pressuposição, a iminência e a designação ideal em dança, propondo uma emancipação do criador-performer por vias da diferença.

  • JOSÉ FLÁVIO GONÇALVES DA FONSECA
  • POÉTICAS NÔMADES: pesquisa-criação do espetáculo tentativadoc2.0 a partir de elementos da cena expandida e intermedial

     

  • Data: 27/07/2020
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    Esta tese traz como questão central a feitura de um processo de criação cênica, onde o procedimento de investigação inclui considerações acerca do uso de elementos presentes na cena expandida e na cena intermedial como possibilitadores de um acontecimento teatral tecnopoético. A pesquisa entende a noção de tecnopoética consoante a sua delimitação conceitual, segundo o que se define como faculdade criadora obtida por meio da materialização de uma sensibilidade maquínica. Tal ideia tem por fundamentação as proposições de tecnoestética desenvolvidas por Gilbert Simondon e discutidas por seus comentadores, e por pressupostos os aspectos ontológicos da obra de arte técnica/tecnológica a partir da virada maquínica da sensibilidade ocorrida após a primeira revolução industrial. Em sequenciamento, o trabalho se contextualiza no campo de estudo das poéticas cênicas contemporâneas, especificamente dos modos de pesquisa  fundamentados na prática, a exemplo da pesquisa performativa ou guiada-pela-prática – performative research - postulada por Brad Haseman, a prática como pesquisa - practice as research, defendida por Robin Nelson, tese-criação – practice-basis thesis –, por Sylvie Fortin e Pierre Gosselin, e pesquisa-criação - recherche creation, preconizada por Mireille Losco-Lena. Assim, a pesquisa busca desenvolver procedimentos e protocolos em torno da prática realizada, por meio da criação de uma materialidade tecnopoética, acompanhada de posterior análise. A esse propósito, voltou-se o olhar para a poética presente no objeto técnico, entendido não somente como o aparato maquínico, mas também como a própria obra de arte. Deste modo, a obra intitulada tentativa.doc 2.0, resultante desse processo de pesquisa-criação apresentado, se circunscreve nos territórios híbridos da cena expandida e intermedial. Sua tecnopoética tem, como disparadora composicional, a noção de nomadismo em seus múltiplos sentidos: geográficos, estéticos e poéticos, onde os performers instauram um jogo entre eles próprios, entres eles e os objetos técnicos e entre eles, objetos técnicos e espectadores, construindo, com isso, uma experiência coletiva tecnoconvivial, segundo define Jorge Dubatti, quando cada indivíduo modula um ao outro, deflagrando com isso, nas palavras de Josette Fèral, uma performatividade da tecnologia. A empreitada se conclui na capacidde de o artista lidar com dispositivos digitais além dos seus estatutos usuais enquanto acessórios, indo ao alcance da ativação, desenvolvimento e trocas de percepções dentro de um composto eminentemente presencial, ainda, ou até porque, virtual.


  • DAYSE MARIA PAMPLONA PUGET
  • COMO ESTRELA ÉS DAVID: Um Miguel da cor de breu.

  • Data: 10/07/2020
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  • David Miguel dos Santos, compositor paraense nascido no bairro do Jurunas, em Belém do Pará, em 29 de dezembro de 1926, e falecido nesta mesma cidade, em 19 de fevereiro de 2000, é o objeto desta pesquisa. Neto de africanas escravizadas, apresenta um histórico importante no carnaval paraense por ter sido no núcleo da sua família que aconteceu a criação da primeira escola de samba do Pará - o Grêmio Recreativo e Beneficente Jurunense RANCHO NÃO POSSO ME AMOFINÁ. Se tornou conhecido pela composição de sambas e sambas-enredo, sua composição Theatro da Paz: Cem anos de arte no Pará, com o qual participou do desfile da Associação Cultural e Carnavalesca Império de Samba Quem São Eles, no carnaval de 1978, se projetou na mídia nacional, sendo considerado um dos mais belos sambas-enredo daquele ano, tendo sido gravado no LP Brasil Canta Samba Enredo. O compositor foi um cronista do cotidiano e um cantador da periferia de Belém. Investigar os fatores que incidem no processo criativo do compositor David Miguel, a partir de uma perspectiva etnomusicológica foi o objetivo geral desta pesquisa. Os objetivos específicos foram: fornecer informações contextualizadas sobre o compositor David Miguel, prover um catálogo comentado das suas obras, descrever o seu processo criativo e analisar os sambas-enredo do compositor. Para alcançar os objetivos propostos realizei levantamento bibliográfico, discográfico, imagético e audiovisual em diversos acervos, lancei mão de pressupostos da História Oral – entrevistas semiestruturadas, depoimentos e narrativas, interpretação e análises históricas, contextuais, cognitivas, estruturais, textuais e musicais dos dados coletados e registrados, tendo como suporte teórico autores da Etnomusicologia e da Antropologia, entre outros, Béhague (1992), Blacking (2000), Merriam (1964), Netll (2005) e Durand (2012). David Miguel, pela importância da sua obra, está inserido nos lugares que lhe são de direito: a Música Popular Paraense e a Música Popular Brasileira

  • JESSIKA CASTRO RODRIGUES
  • MOVE: Um facilitador da pesquisa em música para estudantes com privações sensoriais, intelectuais e motoras

  • Data: 22/06/2020
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  • A contemporaneidade indica a necessidade de promoção de suporte tecnológico de caráter inovador e relevante para melhorar condições de autonomia e independência de estudantes com privações sensoriais, intelectuais e motoras. Portanto, a pesquisadora objetiva investigar como a tecnologia assistiva pode facilitar o processo de pesquisa dos estudantes de música com privações sensoriais, intelectuais e motoras. Este objetivo se desdobra especificamente em dois, quais sejam: (a) Criar um protótipo como ferramenta de visualização estratégica do movimento de pesquisa para auxiliar estudantes de música com privações sensoriais, intelectuais e motoras no desenvolvimento de projeto de pesquisa; (b) Testar e avaliar a tecnologia de visualização estratégica do movimento de pesquisa para auxiliar estudantes de música com privações sensoriais, intelectuais e motoras no desenvolvimento de projeto de pesquisa. Para o alcance dos objetivos propostos, adotaram-se a Pesquisa Bibliográfica e a Pesquisa Experimental. A Experimental são os procedimentos para a criação, os testes e as avaliações do dispositivo protótipo. Foi realizado um projeto piloto − com estudantes do Curso de Especialização em Nível Médio da Escola de Música da Universidade Federal do Pará, bem como houve uma intervenção com estudantes de graduação em Licenciatura Plena em Música na Universidade do Estado do Pará e na Universidade Federal do Pará. Os participantes foram estudantes com privação sensorial, intelectual e/ou motora e sem privações. A aplicação dos Testes centrou-se na utilização da ferramenta de visualização estratégica do movimento de pesquisa MOVE para a construção do projeto de pesquisa pelos participantes. Os testes aconteceram em seis encontros e a avaliação se encaminhou de duas maneiras: (a) a primeira pelos estudantes participantes que responderam a um questionário utilizando a escala tipo Likert de 10-pontos, apresentando três justificativas e sugestões para avaliar a funcionalidade do dispositivo; (b) e a segunda foi a avaliação dos projetos de pesquisas em pares por juízes independentes que seguiram a escala para avaliação de projetos acadêmicos, dando nota na escala de 0 a 10 para cada item avaliado. Os dados coletados foram analisados quantitativamente e suas representações foram expressas por tabelas e gráficos, que foram comparados com a análise documental e serviram de suporte visual para projetar os resultados e suscitar reflexões e contribuições. Em geral, nota-se, nas respostas, que mais de 85% dos participantes Concordam Totalmente com o facilitador da pesquisa em música para estudantes com privações sensoriais, intelectuais e/ou motoras. O estudo revelou a importância fundamental da equipe multidisciplinar para obtenção de resultados eficientes. Foi observado que a facilitação promovida pela ferramenta MOVE geralmente esteve relacionada à dificuldade apresentada no perfil de cada estudante. A pesquisa confirmou que a ferramenta MOVE não exclui a necessidade de um orientador, mas oferece autonomia e independência para que o estudante organize as suas ideias a fim de manter a coerência e não fugir ao tema.

  • AMANDA CRISTINE MODESTO BARROS
  • OLHAR [RE] EGRESSO: diálogos entre as propostas curriculares e a docência em Artes Visuais na UFPA

  • Data: 20/02/2020
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  • Esta pesquisa contempla reflexões sobre o perfil do egresso do curso de Artes Visuais, utilizando-se da Proposta Pedagógica Curricular de 2007 e do novo documento curricular de 2019, específico da Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Artes Visuais/FAV da Universidade Federal do Pará/UFPA. O estudo considera o processo histórico de construção do currículo no curso de Artes na UFPA, reunindo os marcos mais importantes que influenciam no perfil de egressos da arte/educação, atrelados a análises de dados em espécie quantitativa e qualitativa para fundamentar as informações referentes ao contexto da docência nesta graduação. Para o embasamento destas considerações são evocados alguns autores para validar as proposições destes estudos, são eles: Tomaz Tadeu Silva, Antoni Zabala, Maurice Tardif, Ana Mae Barbosa, Selma Garrido, entre outros. A partir destes autores e com base em minha própria experiência como egressa da Licenciatura em Artes Visuais da UFPA, são conduzidas reflexões sobre temas que atravessam o processo de formação inicial dos arte/educadores, de maneira que possamos compreender como ocorre esse nascer e crescer da identidade docente no contexto histórico, político, social, ético, filosófico e epistemológico do curso de Artes Visuais. Observa-se o envolvimento docente e discente dessa experiência ao longo do tempo de existência do curso, com vistas para identificar a natureza sensível de como estas relações constituíram os conceitos de docência que atualmente orientam o perfil de egresso que a formação inicial almeja.

  • JOAQUIM AUGUSTO SOUZA DE MENEZES
  • MESTRES QUE CRIAM: “a produção do conhecimento no Mestrado Profissional em Artes no Estado do Pará”

  • Data: 13/02/2020
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  • A tese analisa por meio da subjetividade e de forma narrativa, a produção do conhecimento no Mestrado Profissional em Artes, visando elaboração de referencial teórico que subsidie o fortalecimento de Política Educacional para a melhoria da Educação Básica. Teve o objetivo de analisar as produções dos discentes, turmas 2014 e 2016, visando à construção de referencial teórico que subsidie o fortalecimento de Política Educacional para a melhoria da Educação Básica no Estado do Pará. Para tanto foi necessário estudar e refletir, respectivamente, acerca das vinte e cinco produções textuais e produtos dissertativos; além de identificar um conjunto de diretrizes e, consolidar a construção de referencial teórico. O método utilizado para a pesquisa foi de abordagem qualitativa que utiliza, como instrumento de coleta de dados, as vinte e cinco produções (dissertações e produtos) geradas pelos mestrandos das duas turmas. Os referenciais teóricos estão embasados na normatização e normalização da Lei nº. 9394/1996, de 20 de dezembro - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Os resultados dos estudos sinalizam para a necessidade de estudos futuros: identificar quais os cursos de formação profissionais necessários para a promoção do desenvolvimento dos municípios e das mesorregiões estudadas, tanto em nível de graduação e pós-graduação; analisar os impactos provenientes pela participação dos docentes no Curso de Mestrado Profissional em Artes; como também, avaliar a capacidade das Universidades Públicas do Estado do Pará em instalar o Curso de Mestrado Profissional em Artes, e outros Cursos de Mestrados Profissionais nas diversas mesorregiões do Estado do Pará.

2019
Descrição
  • SOL SOUSA ESTEVAM

  • MARCADORES DE QUADRILHAS JUNINAS EM BELÉM DO PARÁ: Uma Rasgação de afetos, trajetos e espetacularidade.

  • Data: 19/12/2019
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  • A pesquisa Marcadores de Quadrilhas Juninas em Belém do Pará: uma rasgação de afetos, trajetos e espetacularidade objetiva a investigação de três marcadores de quadrilhas juninas: Edson Neves da quadrilha Rosa Vermelha; Anderson do Rosário da quadrilha Reino de São João e Rai da quadrilha Roçeiros da Barão. Para tanto me lanço como artista-pesquisador-participante pautado metodologicamente no campo da Etnocenologia, que se debruça em estudar as Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados - PCHEOS (Bião 2007). Na busca dessa compreensão fazemos um mergulho na cultura popular junina e convidamos autores para dançarem essa quadrilha com a gente: Nestor Cancline (2016), Clifford Geertz (2008) e Stuart Hall (2006) na grande roda de questões como identidade e cultura; nos processos criativos Sonia Rangel (2010), nas coreografias modernas Eleonora Leal (2011); no balancê etnocenológico as matrizes estéticas e culturais de Armindo Bião (2007), as comunidades emocionais de Maffesoli(1998) e a Espetacularidade de Dumas (2010). Como procedimento metodológico imergimos nesse universo junino acompanhando enamorados os processos criativos das práticas espetaculares dos marcadores eleitos, vivenciando os ensaios, concursos e momentos de descontrações e afetos. Esse estudo busca contribuir com a produção de conhecimento oriundo da cultura da quadra junina de Belém do Pará indissociando o saber popular e o conhecimento científico como premissa etnocenológica.

  • LAURA VICUNHA PARAENSE GUIMARÃES
  • TENDA MIRY SANTO EXPEDITO:

    uma prática musical umbandista no Pará

  • Orientador : SONIA MARIA MORAES CHADA
  • Data: 29/11/2019
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  • A prática musical realizada na Tenda Miry Santo Expedito, um centro umbandista localizado no bairro da Campina em Belém do Pará, é o objeto de estudo dessa pesquisa, que buscou investigar como essa prática musical acontece, para que ela acontece, por que ela acontece e o que ela faz com as pessoas que a praticam. Fornecer informações contextualizadas sobre a Tenda Miry Santo Expedito; Registrar, analisar e classificar o repertório musical entoado nos rituais da Tenda Miry Santo Expedito e, descrever a prática musical umbandista da Tenda Miry Santo Expedito, tendo como foco a festa dedicada a Nossa Senhora da Conceição, destacando a função da música nos diversos momentos do ritual e o que essa música provoca nas pessoas que frequentam a casa, se constituíram nos objetivos específicos da pesquisa.

    Meu interesse pelo tema se firmou a partir do momento que passei a frequentar a casa no ano de 2015 para desenvolver meus dons mediúnicos e, também, quando em paralelo a isso, estava assistindo, como ouvinte, a disciplina Etnomusicologia, no curso de mestrado no PPGArtes-UFPA.  Aceitar meus dons mediúnicos e, principalmente, procurar desenvolvê-los em um centro umbandista foi sem dúvida uma de minhas maiores batalhas psicológicas. Essa luta era uma questão de extrema importância para minha mãe, que em vida se chamou Maria Paraense. D. Maria, como era conhecida em nosso bairro do Coqueiro, um pequeno povoado localizado no município de Ananindeua, era uma senhora respeitada e reconhecida por seus “benzimentos” e por sua profunda dedicação ao próximo.  “Erveira” e “Senhora das rezas”, como também era conhecida, constantemente era procurada por um grande número de pessoas para os aconselhamentos espirituais, para pedir uma receita de chá e de banhos para as mazelas do corpo e da alma.  Mamãe era professora e alfabetizou e encaminhou para o “sucesso escolar”, como costumava dizer, inúmeros alunos. Entre trabalhos, cadernos, provas e livros, ela dividia seu tempo com as aulas, as visitas que chegavam sem cerimônia e eram sempre bem vindas, e a atenção aos inúmeros filhos - treze do ventre e mais um número significativo de “filhos do coração”. Nesse ambiente me criei e testemunhei grande parte desses momentos de dedicação de minha mãe ao bem do outro através de sua mediunidade, porém quando ela me dizia que eu tinha esses mesmos dons espirituais de ver, sentir e pressentir o que estava além da matéria, minhas inquietações e incômodos sobre o assunto passavam a me perturbar, e em mim causavam grande desconforto.

    Nossa casa é um sítio com muitas árvores, plantas, bichos e com a liberdade de pisar a terra e sentir a natureza bem próxima. Foi nesse cenário de contato com a mata que tive o privilégio de ser criada e todos esses fatores contribuíram para que meus dons mediúnicos se manifestassem desde muito cedo em minha vida, porém o receio de tantos elementos como o medo, o preconceito, as dúvidas, me afastaram durante muito tempo da possibilidade de ser uma trabalhadora da e para a espiritualidade, como minha mãe foi. Todavia, finalmente depois de passar a frequentar a Tenda Miry Santo Expedito, o centro que minha mãe por vezes visitava e me levava com ela, aceitei esses meus dons e busco desenvolvê-los nesta casa.

    Minha experiência artística se dá pelo viés da música “erudita”. Possuo formação em canto lírico. Ao adentrar na Tenda Miry Santo Expedito, causou-me grande encantamento a prática musical que emergia daquele lugar, pois a mesma se faz apenas através do uso do canto, sem a utilização de qualquer outro instrumento musical. Neste momento minhas memórias junto à minha mãe se fizeram fortemente presente, pois havia guardado em lugares subterrâneos de meu inconsciente aquela casa, seus cheiros característicos da defumação dos trabalhos espirituais, o altar com a estrela de cinco pontas, as velas de cores. Porém, com certeza, a maior lembrança se deu no momento em que a música passou a ser cantada. No quadro que “se pintava” à minha frente, via e ouvia claramente a voz de minha mãe cantarolando algumas daquelas músicas. Essa experiência vivida é um conceito criado por Pierre Nora (1993) e intitulado pelo autor de “lugares de memória”. Lugares não no sentido geográfico do termo, mas gatilhos que disparam as lembranças guardadas no campo da memória, como cheiros, cores, formas, sons, entre outros elementos, e esses lugares de memórias, pude observar que não somente em mim, mas em várias pessoas que fazem parte do centro pesquisado, são acionados quando essas estão participando do culto religioso que é praticado na Tenda Miry Santo Expedito. Em seus relatos, assim como nas minhas experiências vividas na casa, o perfume da defumação, as cores das velas, e principalmente a música cantada, trazem algum tipo de lembrança, por vezes da infância, ou dos entes que já passaram pela casa, ou de alguma vizinha ou vizinho ou conhecido que benzia ou rezava em seu bairro ou que faziam parte de sua própria família.

     A música sempre esteve presente na minha vida e trago da infância e adolescência as lembranças dos vários estilos e formas de música que se apresentavam no meu dia a dia, como a seresta que acontecia toda quinta-feira na casa do Sr. João que morava em frente a janela do meu quarto e que ansiosa eu esperava para ouvir o som dos Chorões e seus violões e cavaquinhos tocando Pixinguinha, Ernesto Nazaré, Dilermando Reis, entre outros. Aos sábados pela manhã a rua cedo era acordada pela aparelhagem do marido da D. Assunção que trazia os discos de guitarradas das Caienas e fazia questão de colocar para que a rua inteira ouvisse. Lembro que esse som para mim era o estímulo para fazer a faxina da casa como mamãe nos designava aos sábados.  O volume do som era realmente muito alto, o que provocava por vezes a discórdia entre os vizinhos, mas eu especialmente gostava daquela música tão dançante. Aos domingos pela manhã, antes ou depois da missa, éramos embalados pelas músicas do Pe. Zezinho nos primeiros Lps que meu irmão João comprou pra ouvirmos na nossa vitrola. E o som do violão e da música popular brasileira era uma constante nas rodas de conversas que meus irmãos Zeca e Paulo promoviam no quintal de nossa casa com seus amigos dos tempos de FCAP¹. Além das músicas da missa que nosso irmão Tonho tocava no pátio, onde mamãe e papai nos reuniam, principalmente nas noites de luar, quando ele vinha nos visitar em suas férias do seminário onde estudava fora de Belém para ser um irmão marista, e na adolescência, as rodas de violão com os amigos de minha irmã Lia nos nossos tempos de Caju². E ainda hoje, o som do Regue em volume bem auto, ouvido por nosso vizinho Celso na sua taberna. Nesse ambiente de tão variados tipos de música passei grande parte de minha vida, e ainda hoje alguns desses momentos se repetem no quintal de nossa casa.

     Aos 12 anos passei a estudar música no S.A.M³ e por quatro anos o som da casa era dos meus estudos em violão clássico que minha mãe me pediu pra estudar, para que eu pudesse tocar “Abismo de Rosas”, do Dilermando Reis para ela. Não cheguei a realizar esse sonho, pois antes que dominasse a técnica para tocar essa peça musical me encantei pela viola de orquestra e deixei os estudos de violão, me transferindo assim para o Conservatório Carlos Gomes, onde passei a estudar viola e canto lírico. Posteriormente meus estudos na viola foram interrompidos, após doze anos. Devido ao grande número de pessoas interessadas em ingressar na casa, o governo do Estado na época, decretou que os alunos só poderiam estudar um instrumento no curso técnico do Conservatório ,e como a viola que eu tocava não era minha e sim emprestada da EMUFPA, fui obrigada a devolver o instrumento nesse mesmo período do referido decreto, me obrigando assim a continuar apenas no curso de canto lírico, que concluí no ano de 2002, na classe da minha querida Mestra, Professora Malina Míneva, onde fui sua primeira aluna mezzo- soprano, quando ela chegou em Belém, em 1992, vindo da Bulgária. Malina foi a primeira professora que em minha formação musical me fez refletir sobre a importância do contexto no qual uma música é produzida e praticada, pois me ensinava que como cantora eu deveria ser também uma pesquisadora do repertório que cantaria, buscando saber como e para que aquela música havia sido produzida, fazendo que eu apenas não me tornasse uma mera reprodutora de notas musicais, mas que soubesse o que estava cantando. 

    Passando minha infância e toda minha adolescência ouvindo tão diferentes estilos musicais, sempre ouvi das várias pessoas do meu convívio frases do tipo: “isso lá é música?”, “isso não é música que preste”, “isso sim é que é música de qualidade”, “isso que é música boa”. Essas frases sempre me intrigavam, pois ainda criança me questionava - mais se é som, tem melodia, é cantada ou só tocada, então é música, por que será que as pessoas dizem que não é música? Mais tarde descobri o significado da palavra gosto e da expressão, “juízo de valor”, então fiz minha primeira dedução: as pessoas não se agradavam de alguns sons, ou seja, elas não gostavam de determinadas músicas, por essa razão diziam que algumas músicas não “prestavam”, ou mesmo que não eram música, e foi então que somente no mestrado pude enfim constatar que minha dedução da infância tinha sua validade, pois ao me deparar com o estudo da etnomusicologia pude começar a compreender o que significa o contexto e a importância desse contexto na prática musical de uma determinado grupo social, e de como suas relações com a música se estabelecem. A partir dessas descobertas sobre a prática musical, a funcionalidade da música e a importância dessa funcionalidade para determinados grupos sociais, passei a investigar as práticas musicais que acontecem na Tenda Miry Santo Expedito.

    Prática musical será abordado na pesquisa considerando os estudos no campo da Etnomusicologia, que considera o objeto musical a partir do contexto no qual está inserido, o que ele faz, bem como o que faz com os sujeitos envolvidos. Segundo Chada (2007) prática musical é:

    Um processo de significado social, capaz de gerar estruturas que vão além de seus aspectos meramente sonoros, embora estes também tenham um papel importante na sua constituição, sendo de extrema importância neste contexto (...) A execução, com seus diferentes elementos (participantes, interpretação, comunicação corporal, elementos acústicos, texto e significados diversos) seria uma maneira de viver experiências no grupo (CHADA, 2007. p. 139)

     

    A investigação proposta foi constituída de duas fases paralelas. A primeira compreendeu o levantamento de fontes bibliográficas que versam sobre a Umbanda, sobre a Umbanda no Pará e sobre a Tenda Miry Santo Expedito, assim como fontes etnomusicológicas que serviram de fundamentação teórica para a pesquisa.

    A abordagem se configura, principalmente, na proposta de etnografia musical expressa no discurso de Anthony Seeger (2008), que se relaciona à transcrição analítica dos eventos, mais do que simplesmente à transcrição dos sons. A inclusão tanto de descrições detalhadas quanto de declarações gerais sobre a música. Segundo Freire:

    [...] os estudos etnográficos pressupõem a total imersão do pesquisador no fenômeno, diluindo a separação sujeito-objeto. Os diferentes sujeitos envolvidos no processo são também sujeitos da pesquisa, uma vez que são usadas técnicas de tradicional uso da etnografia, tal os autores do processo de desenvolvimento da pesquisa (2010. p. 37).

    A etnografia pretende descrever significados e/ou saberes, interpretando sentimentos e compreendendo percepções em que o sujeito é o foco principal da pesquisa, levando em consideração o proposto por Geertz:

    Fazer a etnografia é como tentar ler (no sentido de construir uma leitura de) um manuscrito estranho, desbotado, cheio de elipses, incoerências, emendas suspeitas e comentários tendenciosos, escrito não com os sinais convencionais do som, mas com exemplo transitório de comportamento modelado (1989. p. 13).

    A coleta de dados compreendeu a segunda fase da pesquisa. A observação no campo é a primeira etapa de desenvolvimento da etnografia que ocorre na Tenda Miry Santo Expedito. Foram realizadas observações da manifestação e entrevistas semiestruturadas com os praticantes e a comunidade que frequenta esse contexto, assim como registros audiovisuais. A observação “é considerada participante na medida em que se estabelece um grau intenso de interação do pesquisador com a situação em estudo, fazendo que ele seja afetado por ela, e vice-versa.” (FREIRE, 2010, p. 37). A escolha do local para o desenvolvimento da pesquisa levou em conta a inserção da pesquisadora no centro umbandista, o que colaborou sensivelmente para a coleta de dados.

    As entrevistas tiveram como principal objetivo contribuir com os dados que não foram suficientemente alcançados com a observação. Freire observa que:

    Nas pesquisas de caráter subjetivista, os questionários costumam ser abertos ou semiabertos, ou seja, não há interesse em pré-direcionar as respostas, mas em garantir ao depoente espaço para respostas não previstas, o que contribui para enriquecer ou aprofundar o conhecimento sobre o fenômeno estudado, possibilitando novas interpretações. Como exemplo de pergunta não pré-direcionada, podemos no estudo de uma determinada prática musical, indagar de cada um dos intérpretes quais aspectos dessa prática ele considera mais relevante, em vez de perguntar, por exemplo, qual a importância da condução harmônica no processo (2010, p. 35).

    Ainda na observação do campo foram realizados registros e transcrições do repertório musical presentes nas festas espirituais e sessões que acontecem na casa, com destaque para uma dessas festas, a de homenagem a Nossa Senhora da Conceição - mãe Iemanjá. O modo no qual o material está sendo transcrito leva em conta a inserção da pesquisadora no centro pesquisado e sua formação musical, considerando os objetivos da pesquisa e, principalmente, tendo em vista que a mesma deverá refletir a prática musical.

    Por fim, os dados obtidos na observação e entrevistas estão sendo analisados e interpretados de modo a alcançar os objetivos propostos. Para a interpretação dos dados consideramos as narrativas dos entrevistados e o proposto por Béhague (1992, 1999); Blacking (2000); Nettl (2005); Seeger (2004) e Coelho (2007) sobre etnografia e prática musical.

  • LUCIANA BORGES PINHEIRO
  • ENTRE O FUNDO E O MEIO-DO-CÉU: Uma vídeo-performance e seu memorial.

  • Data: 27/11/2019
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  • Entre o fundo e o meio-do-céu: uma Vídeo-Performance e seu memorial é uma pesquisa-criação que tem como obra poética uma Vídeo-Performance que objetiva investigar e experienciar o diálogo entre as linguagens do vídeo e da performance através do campo simbólico da astrologia. O universo simbólico da astrologia e os modos de percepção sensíveis dos processos de transformação de si como ação política de existência é o plano de composição que rege a Vídeo-Performance, bem como a escritura de seu memorial. Ação é tempo e o nº 13 faz referência ao número do Chalé Cardoso que fica localizado na praia do Chapéu Virado na Ilha de Mosqueiro, em Belém do Pará. O Chalé é eleito como local da pesquisa por representar as casas astrais e a nutrição afetiva pela Casa, pelas histórias familiares ali vividas e revividas. A Casa do século XIX/XX encontra-se em estado de quase abandono, que parece aludir ao seu próprio número. Treze também é um número da carta do arcano maior do Tarô, a Morte, carta que representa os ciclos da vida, da renovação, tendo analogia com o Deus do Tempo, Saturno, regente do Meio-do-Céu. Esta pesquisa mostra a obra de arte como uma extensão da existência poética e da busca de si, através do mergulho na própria trajetória pessoal e familiar.

  • JADDSON LUIZ SOUSA SILVA
  • SONS, TEXTOS E VISUALIDADES: Arte e ativismo político na história de artistas ligados ao cenário do rock paraense 

  • Data: 10/10/2019
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  • No presente trabalho, o cenário do rock em Belém do Pará é abordado a partir de suas características sociais, culturais, artísticas e econômicas para, com isso, investigar como três artistas paraense foram formados cultural, política e artisticamente por ele, bem como, para entender também de que forma estes artistas fizeram deste cenário, a partir de suas vivências, o palco de suas atuações artísticas. Os artistas são: Alexandre Washington, Cosme Luiz e Marcos Moraes. O primeiro artista, que também atende pelo pseudônimo Joker Índio, desenvolveu uma forte ligação entre a sua participação no Movimento Anarco-Punk e a sua produção nas áreas da poesia, do fanzines, da performance e do vídeo-poema. O segundo artista, por sua vez, atuou enquanto cantor e compositor de uma banda de punk rock e hardcore chamada Sem Deus Nem Pátria, além de também ter trabalhado com teatro de rua, teatro de bonecos, e com performance. Já com relação ao artista Marcos Moraes, destaca-se que este também atuou enquanto músico e compositor em muitas bandas de rock em Belém, além de possuir uma fecunda trajetória na produção de fanzines, trabalhando, assim, com o desenvolvimento de textos e imagens em projetos que, a seu modo, articularam a sua vivência no Movimento Anarquista, no Movimento Anarco-Punk e a sua inclinação para o campo das artes. Desta forma, a atual pesquisa desenvolve uma análise interdisciplinar no campo da história da arte, articulando a história, a antropologia e a filosofia da arte no intuito de rastrear a contribuição destes artistas para a história social da arte em Belém do Pará. As fontes historiográficas que deram base para estas reflexões foram: relatos orais, os fanzines e panfletos feitos principalmente pelos artistas aqui estudados, assim como, as produções destes artistas, desde a escrita de poemas, até às vídeo-performances. Neste sentido, as fontes foram compreendidas enquanto documento/monumento e serviram de bases para as reflexões históricas por agora apresentadas. Já como principal base para as reflexões teóricas, a história social da arte e a relação entre história e biografia cederam contribuições importantes para o entendimento da forte ligação entre arte e vida no desenvolvimento de uma historiografia da arte que se estendesse para além dos cânones artísticos estabelecidos pelas academias e circuitos elitistas da arte. 

  • ANA MARIA DA GAMA SANTOS
  • ESCOLA DE TEATRO E DANÇA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ: MEMÓRIA E HISTÓRIA DO ENSINO DO TEATRO EM BELÉM DO PARÁ (1962-1970)

  • Data: 26/09/2019
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  • Analisar sobre os sentidos socioculturais do ensino de artes cênicas na Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará é o ponto fundamental da presente pesquisa. O estudo objetiva compreender o processo de formação do ator e a prática de ensino de teatro na Amazônia paraense e seus sentidos históricos, através de análise documental, considerando as influências e as transformações do ensino do teatro na capital paraense, por meio da ETDUFPA, desde a sua fundação, em 1962, até o início da década de 1970. O suporte metodológico envolve a pesquisa documental, por meio do levantamento de documentos oficiais produzidos pela escola; além de periódicos, fotografias e entrevistas envolvendo professores de que participaram da implementação do curso de Formação de Ator, e da trajetória da Escola de Teatro no período acima citado. Os diálogos teóricos são feitos com os estudos da memória, a partir das reflexões propostas por Pollak (1992), Halbwachs (2013), Nora (1993); com os estudos teatrais brasileiros/paraenses de Farias (2012), Salles (1994), Bezerra (2013), Jacobbi (2012), Prado (2008) e Magaldi (2004). Assim, a presente investigação surge pela necessidade de contar essa história, devido essas memórias estarem à margem dos estudos já realizados, e pela urgência em se debater os significados históricos da implantação de uma escola de teatro em Belém, criada para qualificar atores e atrizes da cidade. Dessa maneira, a presente pesquisa de mestrado contribuirá com a historiografia do teatro brasileiro e paraense, em diálogo com o campo do ensino de artes.

  • RENAN SOUZA D'OLIVEIRA
  • "Este sim,veio para alegrar toda a gente": Visualidades Artísticas do Cordão Última Hora do Carnaval das Águas, Cametá (Pa)

  • Data: 12/09/2019
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  • Esta dissertação é uma pesquisa tem como objetivo analisar a visualidade e processo criativo das máscaras, do estandarte e das letras do barco do cordão Última Hora, e não menos importante, descrever o processo criativo da tipografia “Última Hora” e do documentário audiovisual criado para esta dissertação com o material registrado em vídeo durante os anos de 2014 a 2019. No primeiro trajeto, conto uma breve história de Cametá e da Comunidade do TenTém, com a ajuda dos estudos de Raimundo Coelho (2012). Utilizo as pesquisas de Georg Simmel (2009) e João de Jesus Paes Loureiro (2015) sobre a paisagem e visualidade amazônica respectivamente para refletir a cerca da paisagem dos rios e afluentes do Rio TenTém. No segundo Trajeto, utilizo os estudos de Felipe Ferreira (2004) e Miguel Santa Brígida Junior (2006) para tratar sobre os conceitos e origens do Carnaval, Eric Hobsbawm (2008) sobre tradição e Michel Maffesoli (1986) sobre o sentimento de coletividade da Comunidade do TenTém. Seguindo no terceiro Trajeto, utilizo os estudos de Richard Sennet (2013) sobre o papel de Vital 2 como Artífice, Martine Joly (2015) sobre analise da imagem artística, Fayga Ostrower (2016), e novamente João de Jesus Paes Loureiro (2015) sobre os barcos e suas letras decorativas. No quarto Trajeto se inicia o memorial, onde descrevo o processo criativo da Tipografia “Última Hora” e do documentário audiovisual com o material registrado da pesquisa de campo no período do carnaval dos anos 2014/2019.

  • EDILENE DO SOCORRO SILVA DA ROSA
  • Da Lamparina aos Refletores: relatos de uma artista da Amazônia

  • Data: 10/09/2019
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  • A presente dissertação de mestrado se propõe estudar as inter-relações que envolvem saberes, manifestações culturais e produções artísticas no contexto sociocultural amazônico, a partir de memórias corporais intrafamiliar e cênicas que envolvem a pesquisa, através de vivências com a Dança de Salão. O percurso teórico-metodológico permite dilatar e fundamentar análises pautadas no campo dos Estudos da Performance, com Schechner (2003) e Ligiéro (2011); em atos/ações que permeia os conceitos de performance e de performatividade com Galucci (2010) e Lopes (2010); e dos Estudos da Memória, com Le Goff (2003), Assman (ano), Pollak (ANO), entre outros, ao refletirem sobre as funções sociais, culturais e comunicativas da memória. Assim, este trabalho procura discutir a experiência artística com e a partir da Dança de Salão, em diálogo com vivências pessoais e coletivas disparadas pelo envolvimento com reminiscências e observações que nos atravessaram durante o percurso da pesquisa. Dessa maneira, as experimentações e as vivências provocadas pela investigação proporcionaram repensar práticas e novas possibilidades de criação, de ensino de arte/dança no contexto pensados a partir de um dançar a dois, aconchegado em um abraço brasileiro, do convite feito por uma artista-pesquisadora da/na Amazônia.

  • GERMANA DE ALENCAR CAMORIM
  • TRAVESSIA ETNOPOÉTICAMemórias das paisagens amazônicas como potência no processo autoetnográfico de criação/reflexão artística.

  • Data: 10/09/2019
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  • Esta dissertação busca compreender o meu processo criativo, por meio da minha percepção como participante desta cultura, utilizo as paisagens amazônicas, humanas e emocionais como esquema motor da pesquisa, além da análise de seus esquemas simbólicos como, o barco, o rio/água e a floresta e da influência da cultura popular na produção artística em sua relação com a matéria miriti e em trocas simbólicas por intermédio de narrativas autoetnográficas e estas como instrumentos culturais. Por fim, exponho o processo produtivo em etapas. ‘Travessia Etnopoética’ tem como base a compreensão dos processos particulares desta cultura, e tem como método de reflexão a autoetnografia, que busca compreender o meu percurso, por meio das minhas experiências com o meio em que vivo, ou melhor, busco compreender como as paisagens amazônicas, humanas ou emocionais norteiam o meu processo criativo, que se desenvolve por meio da utilização de algumas técnicas artísticas como a fotografia e a serigrafia, tendo o miriti como matéria e/ou suporte que identifica o meu espaço territorial, assim como a paisagem como referência identitária e de consciência socioespacial de pertencimento.  Em uma composição íntima, como uma estrutura de um ser, onde as imagens trabalhadas (fotografias) seriam uma espécie de fisionomia, em paralelo com o humano – pele - aquilo que dá rosto, que vai sobre o corpo (miriti), ou em uma relação dualística de geografias, paisagem humana dentro da paisagem geográfica, uma geografia íntima que carrega a subjetividade de uma relação mnemônica que constitui e construiu a artista, como um fôlego que dá vida a esses seres, a essas geografias.  que despertam a minha memória afetiva como artista-pesquisadora e resultam na produção artística de objetos autorais desenvolvidos em diversas linguagens e técnicas, tendo como suporte o miriti. A condução da pesquisa tem sido guiada a partir de aportes teóricos estabelecidos na pesquisa norteada pela autoetnografia. O arcabouço teórico utilizado encontra amparo em BARROS et. al. (2016) PIZARRO (2012), LOUREIRO (2000) BENJAMIN (2012) MOREIRA (2012) ROTHENBERG (2006).

  • MARCKSON DAVI DE MORAES LISBOA
  • DRAGÃO DE LUZ: Uma poética sobre a experimentação de iluminação cênica do espetáculo Santo Anjo do Senhor

  • Data: 05/07/2019
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  • Esta pesquisa trata das experimentações de luz do espetáculo Santo Anjo do Senhor, da Companhia Cênica de Cínicos, em Belém do Pará. Como artista-iluminador-pesquisador investigo a potencialidade de equipamentos, dispositivos e materiais de iluminação cênica não teatrais e a interação destes recursos cênicos com o ator e o espaço dentro de uma encenação experimental. A pesquisa desenvolve-se pela Fenomenologia da Imaginação de Gaston Bachelard para analisar a luz do espetáculo como fenômeno pelo viés do devaneio. Para isto, convoco a concepção de imaginário de Gilbert Durand, a proposta cênica de Antonin Artaud, as provocações de Eugenio Barba, as proposições de Patrice Pavis e as percepções sobre iluminação cênica de Roberto Gil Camargo, Cibele Forjaz, Francisco Turbiani e Iara Souza, além das explanações de Cecilia Salles e Sonia Rangel sobre processos de criação, para compor uma metodologia própria a partir do mito Dragão como imagem poética. Na pesquisa, visito tanto a mitologia chinesa quanto a poesia imagética do conto Os dragões não conhecem o paraíso, de Caio Fernando Abreu, para abordar o desenvolvimento da iluminação cênica no decorrer de quatro anos de temporadas do espetáculo.

  • RENAN COELHO SANTOS
  • REVOLUÇÃO DO INVISÍVEL: A SISTEMATIZAÇÃO DE UM TREINAMENTO PRÉ-EXPRESSIVO A PARTIR DO MALABARISMO

  • Data: 04/07/2019
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  • Este trabalho abordará a sistematização de um treinamento psicofísico por meio do malabarismo, assim como sua aplicabilidade. A intenção da pesquisa tem sido fundir as duas áreas que mais me fascinam dentro das artes cênicas: a investigação do corpo e o circoPelo fato de a investigação incluir a apresentação de um conteúdo prático, será exibido o conteúdo do treinamento. Nesta expressão poética, serão apresentados três monólogos que dela farão parte no quesito subjetivação. Posteriormente, haverá comentários, discussões e considerações sobre cada etapa do treinamento até o momento da construção das cenas. Quanto à parte escrita, abordarei  a teoria do treinamento, inicialmente versando os conceitos de presença e técnicas corporais, acompanhando. Posteriormente, comentarei o trabalho de alguns os teóricos que me chamaram muita atenção ao construir suas próprias formas de trabalhar o corpo em suas empreitadas psicofísicas, acompanhando os comentários com conjecturas, quando necessário. A seguir, discorrerei a respeito do trajeto da sistematização do treinamento, abordando algumas metáforas que permeiam o trabalho, a metodologia, os problemas e dificuldades encontradas. 

  • BIANCA COSTA LEVY
  • ELEMENTO TRANSITÓRIO:

    Caminho de volta para o mar.

  • Data: 01/07/2019
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  • Elemento Transitório é um processo criativo e de pesquisa que parte da relação da artista pesquisadora com as águas, representada pelo arquétipo de Iemanjá. A imersão criativa é delineada a partir do conceito de Mitodologia, de Gilbert Durrand, onde entende-se o mito como uma base para a compreensão do passado, presente e futuro. Assim, esta poética propõe, por meio da Performance nas Artes Visuais, a atualização do mito de Iemanjá e seus arquétipos, em consonância com as demandas e devires e pautas político-sociais contemporâneas, além da reflexão a respeito da imagem, performance e instauração de espaços-tempos e existências desejantes. 


  • JOSE DE ALMEIDA VIANA JUNIOR
  • DELÍRIO EM RIO MAR: paisagem como experiência e partilha, narrativas entre caminhar e coletar

  • Data: 28/06/2019
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  • Entende-se o conceito de paisagem como um lugar epistemológico habitado por diferentes campos do conhecimento. Dessa forma, a presente pesquisa busca contribuir para os entendimentos sobre a paisagem, desde uma perspectiva interdisciplinar a partir do enfoque das artes, pensada na Amazônia, atravessada por contribuições de outros territórios. A construção do trabalho, em parte, se debruça sobre o percurso metodológico desenvolvido ao longo da pesquisa, perpassa por um memorial dialógico de processo de criação e conclui com um ensaio literário-visual no formato de livro de artista. Reúne-se como principais pensadores a filósofa Anne Cauquelin, o xamã Davi Kopenawa com o antropólogo Bruce Albert, o poeta Michel Collot e o antropólogo Tim Ingold, bem como articula-se trechos da literatura marajoara de Dalcídio Jurandir, para pensar a paisagem entre a experiência e a partilha. A partir desta apreensão conceitual e uma experiência vivida no vilarejo de Joanes, ilha do Marajó – na qual mulheres, homens e crianças coletam sementes que chegam a cada maré – produz-se um esboço para uma possível poética da coleta, a partir da leitura de cinco trabalhos de arte contemporânea, bem como um ensaio narrativo sobre materialidadetemporalidade potência imaginante a partir da imagem simbólica de uma semente. Neste trecho, diálogos de superfície entre Tim Ingold, Henri Bergson e Gaston Bachelard integram os conceitos de mundo abertoduração instante. Na sequência, apresenta-se um memorial dialógico que narra processos de criação da obra Exílio do Tempo – produzida durante a pesquisa – na medida que dialoga com temas transversais como narcisismo lugar de fala, e imagens-semente constelações imaginantes. Ao final, no formato de livro de artista, se apresenta um ensaio literário-visual, como desdobramento de reflexões teóricas e experimentações plástico-poéticas, no intuito de contribuir para uma apreensão sobre o conceito de paisagem, que se dá, sobretudo, entre a experiência daquele que, no fluxo movente, sente, percebe e partilha.

  • CASSIO MAURO OLIVEIRA TAVERNARD
  • Quandú: possíveis diálogos entre literatura e o cinema de animação

  • Data: 28/06/2019
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  • QUANDÚ - Possíveis diálogos entre literatura e o cinema de animação, pesquisa de transliteraçãoou transcriação. Parte da leitura, apropriação e análise de um conto literário do poeta Antônio Tavernard, chamado De que morreu o Manduca Lambão. Propõe como resultado da pesquisa, criar um diálogo entre um conto literário e um obra poética traduzida no cinema de animação, além de memorial descritivo da inter-relação e investigação desse processo e os procedimentos adotados.

  • PABLO JOSE DE SOUZA MUFARREJ
  • EU, O HORIZONTE E MINHA CAVERNA - III MOVIMENTO

    ESTUDOS PRÁTICOS/REFLEXIVOS EM ARTE CONTEMPORÂNEA 

    Por entre os vestígios e as centelhas do espaço/tempo/experiência 

  • Data: 28/06/2019
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  • Mufarrej, Pablo. Eu, O Horizonte e Minha Caverna - III movimento. Estudos Práticos/ reflexivos em arte contemporânea - Por entre os vestígios e as centelhas do espaço/tempo/experiência. 2019.(50f.versão/qualificação) Memorial ( Mestrado ) - Instituto de Ciências da Arte - Programa de Pós-Graduação em Arte, Universidade Federal do Pará.

    Eu, O Horizonte e Minha Caverna é uma série de procedimentos artísticos iniciada por Pablo Mufarrej em 2014, em Belém do Pará. Trata-se de um campo de estudos teórico/práticos/reflexivos em torno das possibilidades de exibição da Arte Contemporânea. A pesquisa tem como foco/objeto estrutural aberto questões relacionadas ao modo de fazer arte e as ideias de acúmulo, espaço-tempo e vestígio, sendo este último um conceito/procedimento central deste trabalho, desenvolvido e aplicado na pesquisa como uma ferramenta metodológica, analítica e experiencial para execução de seus desdobramentos teóricos/práticos/reflexivos.

    Neste memorial/dissertação/obra, o trabalho artístico não se constitui apenas como uma poética. Trata-se de uma reflexão sobre um campo que, ao longo de seu desenvolvimento, gera: plataformas e/ou obras, e/ou citação, e/ou processos de arte, e/ou processos reflexivos que se materializam, supostamente, como obras, mas que buscam se constituir como obras/pensamento que pulsam as reflexões e os vestígios gerados pelo próprio processo de pesquisa.

  • BERNARD DA TRINDADE BAHIA FREIRE
  • PALAVRA-CORPO: UMA CARTOGRAFIA FRAGMENTÁRIA, ENIGMAS DO LIVRO DE ARTISTA NA CONSTRUÇÃO DOS ESPETÁCULOS

  • Data: 28/06/2019
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  • A seguinte dissertação procura analisar uma cartografia construída a partir de processos artísticos vivenciados por mim, apresentando um conteúdo que converge entre o real e o virtual. A análise consiste em observar os trabalhos de processos de criação que estão postados no blog palavra-corpo de forma fragmentada e criar, além desses fragmentos, outras possibilidades através de tudo que me travessa durante os ensaios e experimentos que respiro. Esse corpo está posto através de uma poética de si por meio de textos, fotografias, sons, imagens, rabiscos, vídeos e outras interações virtuais que levam a leitura para além da plataforma blog. A cartografia artística procura mostrar um documento pessoal dos processos que vivencio, compreendendo meu saber-fazer artístico e buscando entender essa virtualização que se insere junto ao corpo nessa re-construção do imaginário criado. Imaginário esse, compartilhado a partir do que faço e mostro, em partes, através desse corpo que se amplia nessa confluência midiática. Esta dissertação procura mostrar para o leitor uma pesquisa entre a leitura textual e a performance, processo fragmentado que desenvolvo enquanto artista. A pesquisa aborda, por meio de referências teóricas, um discurso que busco interpretar junto a outros artistas, o que reconheço por meio das experimentações nos processos teatrais/performáticos/midiáticos que se constroem. Dialogando a ideia reconhecida com conceitos midiáticos que se infiltram nos trabalhos artísticos após sua criação e expandindo, dessa forma, o processo de criação para futuras re-produções dessa própria ideia. Nessa junção entre o corpo real e virtual, apresento dois espetáculos teatrais Reator Eterno e I(MUNDO) UBU, que mostram os registros para uma interação multimidiática, possibilitando outro movimento da criação, uma continuidade sem demarcações e fins absolutos das obras por meio da web. A pesquisa, através dessa cartografia fragmentada, se conecta ao virtual para compartilhar registros dos processos artísticos que vivenciei,conectando o espectador aos trabalhos através da leitura hipertextual da escrita no caderno de artista em diversas mídias. Mostrando como resultado uma apresentação performática desse ambiente que procuro descrever no discurso dessa pesquisa, amplio os sentidos de um corpo que move sobre essa virtualidade do presente.

  • FELIPE MARCOS GONCALVES CORTEZ
  • MEMÓRIAS DOCUMENTÁRIAS:
    A PRODUÇÃO DOCUMENTAL DA TV CULTURA DO PARÁ

  • Data: 28/06/2019
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  • Este estudo reflete sobre como dois documentários de arquivo realizados por diferentes diretores atuantes na TV Cultura do Pará se relacionam com a ideia de “lugar de memória” proposta por Pierre Nora (1984). A abordagem das obras é feita a partir da noção de análise fílmica defenfida por Manuela Penafria (2009) que considera a relevância de analisar aspectos internos e externos ao filme para a sua compreensão mais ampla. A partir disso empreende-se um esforço analítico que considera os dois documentários em sua relação com o espaço institucional de sua criação, a TV Cultura do Pará, seus realizadores, as condições de sua produção e as memórias do próprio autor do estudo, compondo uma espécie de memória documentária.

  • RENAN DELMONT SOUZA PARAGUASSU
  • Corpo universo: uma poética das constelações compositivas como estudo e reflexão do corpo na atuação teatral.

  • Data: 27/06/2019
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  • A pesquisa Corpo universo: uma poética das constelações compositivas como estudo e reflexão do corpo na atuação teatral objetiva compreender o que se passa no meu/eu corpo do durante o momento da atuação. Para tanto, lanço-me como artista-pesquisador, compreendendo a atuação como um fenômeno vivido pelo ator durante os seus trabalhos criativos, ocorridos dentro ou fora de cena. A busca por esta compreensão me levou a mergulhar nas memórias e experiências artísticas vivenciadas por mim, como ator, além de me levar a observar, em termos de sensação equivalente, o que se passa com as pessoas junto as quais trabalho e outros atuantes aos quais tenho assistido. A esteira investigativa se faz fundamentada, teórico-metodologicamente, na Fenomenologia, ciência que investiga a experiência da consciência desde seu nível básico, o sensível, até o mais elaborado, a consciência de si. Acolho, como principais autores deste campo de conhecimento, o alemão Georg Hegel (1770-1831) e o francês Gaston Bachelard (1884-1972), devido a seu interesse pela tomada de consciência frente ao fenômeno da criação e atuação cênica imerso no campo poético artístico, o francês Merleau-Ponty (1908-1961) para refletir sobre o espaço presente do meu/eu corpo e sua significação cênica a partir da relação com os outros corpos atores/espectadores e o filósofo e sociólogo francês Henri-Pierre Jeudy (1945-) para a discussão do corpo como objeto ou suporte artístico. Nos processos criativos, a professora brasileira Sonia Rangel (1948-) me ajuda a compreender o processo como fonte de (re) criação fomentador de diversas dobras na criação, tendo a memória como propulsora de revisitações. No estudo sobre o trabalho a arte do ator, o ator, pedagogo e diretor russo Constantin Stanislavski (1968-1936), o ator russo Richard Boleslavski (1989-1967) e o diretor e ator Eugenio Kusnet (1898-1975) contribuem para a discussão onde a técnica e sensibilidade e o consciente e inconsciente andam junto durante a atuação; o diretor italiano Eugenio Barba (1995), para os processos e princípios que regem a influência da cultura e do cotidiano no qual o ator está inserido; o diretor polonês Jerzy Grotowski (1933-1999) e o ator brasileiro Carlos Simioni (1958-), para o entendimento da importância do treinamento como preparação contínua do corpo e como alicerce da criação. Como premissa fenomenológica dominante, privilegiei uma metodologia aportada no fenômeno da pesquisa, que possibilita a construção e reflexão da obra poética a partir das múltiplas vivências internas, dando relevância ao material provido pela memória das práticas e trajetórias nos espetáculos, articulando-o com o treinamento psicofísico contínuo. O resultado concludente deste processo se pretende estar, em acompanhamento à visão metaforizada do universo e suas constelações, no outro lado do buraco negro que ora o pesquisador atravessa dentro do âmbito de práticas teatrais, pois tudo aquilo já trabalhado mostra que vivências, em termos das artes cênicas, podem capturar um passado repleto de força e sustentação, envolver-se em um presente em contínua maturação, principalmente, e colimar um futuro pleno de possibilidades como fonte à criação a partir do corpo.

     

  • IAM NASCIMENTO VASCONCELOS
  • FAZENDO A PELE NO AUTO DO CÍRIO - Processos Criativos da Maquiagem da Comissão de Frente.

  • Data: 27/06/2019
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    Esta pesquisa busca compreender os processos criativos da maquiagem da Comissão de Frente revelados na espetacularidade deste fenômeno cênico de dimensões singulares como cortejo dramático, a partir do olhar de artista-pesquisador-participante do Auto do Círio. Fundamentado teórico-metodologicamente na Etnocenologia, enquanto Etnociência das Artes e formas de espetáculo, acolhemos como principais autores deste campo de conhecimento, Armindo Bião (2008), Jean-Marie Pradier (1995) para a abordagem de espetacularidade; teatralidade; matrizes culturais; matrizes estéticas e Michel Maffesoli para Comunidades Emocionais. No estudo do imaginário, Paes Loureiro (2010) em sua proposição de Conversão Semiótica como chave conceitual para a compreensão da poética da cultura amazônica. Para o enfoque dos Processos Criativos, Sônia Rangel (2015) e Philippe Hallowell (2010). Como premissa etnocenológica dominante, privilegiamos nos procedimentos metodológicos as múltiplas vivências internas no fenômeno da pesquisa, dando relevância a sabedoria dos praticantes e suas trajetórias no espetáculo, por meio de registros fotográficos, vídeos do processo criativo de automaquiagem e coreográfico, além de entrevistas semiestruturadas. Esses registros audiovisuais compõem um documentário intitulado Auto Etnodocumentário, indissociado desta reflexão, contribuindo, enquanto maquiador, para a construção de conhecimento que brota da complexidade e riqueza das práticas espetaculares de rua na Amazônia contemporânea.

     

  • LUCIAN JOSÉ DE SOUZA COSTA E COSTA
  • Formação inicial e continuada de professores de artes/música na educação básica: Um estudo na use 11 de Icoaraci em Belém/PA.

  • Data: 27/06/2019
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  • Este trabalho consiste em uma pesquisa fundamentada no estudo de caso a respeito da formação inicial e continuada de professores de Artes/música na educação básica, estudo este realizado na USE 11 (Unidade SEDUC na Escola) no Distrito de Icoaraci na cidade de Belém. Para isso, vale ressaltar que a formação do professor de Artes/música deve ser refletida com muito cuidado, a começar por suas experiências na área de educação musical tanto em sua formação inicial como na formação continuada. Por meio da proposta desta pesquisa, Objetivou-se Investigar como ocorre a formação inicial e continuada dos professores de Artes/música na Educação Básica na Use 11. Na Fundamentação teórica para a formação de professores de música foram acolhidos os principais autores: Wazlawick et al (2013); Marinho e Queiroz (2006); Machado (2003); Oliveira (2007) e Beineke (2004), entre outros.  A progressão profissional do educador reflete dentro de seu contexto local, por isso, sua formação acadêmica tem um “peso” significativo trazendo meios de aprendizagem e habilidades de pensar o conhecimento. A coleta de dados realizou-se através de questionário no formato da escala Likert de 5 pontos aos professores de artes/música do ensino fundamental e médio, a fim de coletar os dados da pesquisa. Foi utilizada a técnica estatística análise exploratória de dados, para descrever as características da formação inicial musical, da formação continuada e da metodologia utilizada atualmente em sala de aula pelos professores de artes/música. Além disso, foi utilizado o teste estatístico não-paramétrico denominado de teste do sinal, onde verificou-se se as metodologias e estratégias utilizadas atualmente em sala de aula possuem influência da formação musical inicial e da formação continuada dos professores de artes/música. De acordo com os principais resultados obtidos por meio da análise exploratória de dados, verificou-se que a maioria dos professores de artes/música iniciou sua formação musical por intermédio da igreja e de participação em projetos sociais, a maioria dos professores afirma que o aprendizado em teoria ou escrita musical influencia de forma positiva na formação inicial musical como professor. Todos os professores participaram de grupos musicais, seja na formação musical inicial e/ou na formação musical continuada, e também todos os professores afirmaram que as disciplinas cursadas durante sua formação na licenciatura em música estão colaborando com seu ensino em sala de aula. Após a aplicação do teste de sinal, verificou-se que de acordo com os dados coletados, não se pode afirmar que metodologias e estratégias utilizadas atualmente em salas de aula possuem influência da formação musical inicial e da formação musical continuada, ao nível de significância de 5%. A partir desta pesquisa, conclui-se que existe “lacunas” a serem vencidas pelos professores da área de artes, por não ter uma politica pública atuante e consistente em nosso país, desta forma, este trabalho contribui para a reflexão em campo profissional e de tudo o que está sendo manifestado em relação à formação inicial e continuada  nas escolas de ensino básico.

  • MARINA TRINDADE CRUZ
  • Travessias em Contato: experiências de improvisação para a instauração de uma poética imprevisível

  • Data: 26/06/2019
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  • Essa escrita memorial é uma encruzilhada, no meio está a viajante, provocadora e artista-pesquisadora que, movida por incidentes, se inspira com a imagem arquetípica do Mago, o mensageiro, que diz - Sou todas as artes em potência, tenho a habilidade com o tempo presente, viajei longas distâncias e trago ferramentas para compartilhar nesta travessia, desejo um corpo coletivo que dá passagem, e por isso atravessa e é atravessado - , em que dar passagem é uma perspectiva presente na pesquisa de Bondía (2002) sobre o sujeito que vive a experiência, essa que também é “travessia”. Na busca por ferramentas para a pesquisa, me deixo conduzir pelo contato improvisação (CI) que me leva a participar de residências, festivais e laboratórios; são acontecimentos que movem a pesquisa e com isso a cartografia como procedimento, inspirada na obra de Deleuze e Guatarri (2012), encontra princípios que nutrem a composição da poética. As experiências práticas se encontram com abordagens sobre a improvisação, o intérprete-criador e a composição em tempo real (CTR) a partir das pesquisas de Mayrla Andrade (2012), Waldete Brito (2012), Eleonora Leal (2012), Ana Flávia Mendes (2008), Hugo Leonardo (2008), Ana Mundim (2018) e Ciane Fernandes (2018). Esses estudos trazem princípios para a realização de uma prática em laboratório que aconteceu nos dias 23 a 29 de janeiro de 2019, em que conduzido pelo CI a partir da imagem-força da “travessia”, gerou-se um ato performativo de composição em tempo real.

  • MARYORI KATHERINE CABRITA GARCIA
  • Amatória : práticas artísticas de uma feminista que reescreveu uma parte da memória líquida de seu corpo.

  • Data: 26/06/2019
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  • A presente pesquisa em artes intitulada: Amatória, práticas artísticas de uma feminista que reescreveu uma parte da memória líquida de seu corpo; pertence a linha 1, Poéticas e Processos de Atuação em Artes no Programa de Pós-graduação em Artes (PPGARTES) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e financiado por meio das bolsas CAPES. A pesquisa contem oito livrinhos A-M-A-T-Ó-R-I-A, onde estão meus processos poético: ilustrações, rascunhos poéticos, memes poéticos, fotografias, colagens, relatos e crônicas, as quais são experiências da arte/vida/gênero. Memórias líquidas de amores/desamores pessoais e familiares desaguadas nas minhas minguas, lágrimas, alegrias, suores, mudanças, mortes, raivas, sangues, dores, ódios, feminicídios, estupros, assédios, perdidas, Interrupções voluntaria da grávidez, pulsões, mãosturbações. Cá todo mergulha em mim, como mulher, filha, neta, amiga, estudante, feminista, professora, pesquisadora, artista, deusa, animal e humana. Todas elas me desdobram nos agires da minha vida cotidiana e criativa. Não obstante, os 8 livrinhos em Amatória, vão deixando seu flutuar de passados/presentes. A possibilidade de criar/sentir práticas curativas no corpo. Insistir em práticas amorosas diferentes para se contrapor as práticas de ódio do sistema patriarcal, narrado como amor, e ele é machista, sexista, racista, explorador e misógino e -a meu ver- existentes nossas sociedades de América do Sul e América latina. Porém deixo aqui, os fatos emborráveis. No entanto, vocês acharam uma escrita que sana dororidades. Joguei fora experiências amargas que levam as marcas da violência de gênero. O percurso tudo, são práticas amatórias, com o fim de partilhar a importância de caminhar sozinha, de tomar tempo para si, do cuidado de si, escutar-nos, de dar-nos ternura, fortalecer nossos imaginários corporais, sexo-afetivos e exercitar nossa autonomia como sujeitas criadoras de novos vínculos com o corpo, o sexo e seus relacionamentos.  Reafirmar-nos criadoras e merecedoras de amor próprio! Minha intencionalidade é reescrever novas memórias líquidas e amorosas em meu corpo, pois sou uma feminista amorosa que deseja dar seus grãos de águas neste caminho da vida, da vida criativa e vida sexual. Expus uma narrativa as vezes muito repetitiva enquanto à criança e meu Eu social, como mulher, latina e heterossexual de seus contextos familiares andinos e venezuelanos, tentando acolher as imagens da minha mãe e as vovós de minhas lembranças, e assim nos reconciliar. Para fins metodológicos usei fontes diversas: feminismos negros plurais, romances de escritoras negras brasileiras, textos de antropologia, crítica de arte, psicologia terapêutica, poesia; desencadeados numa cachoeira de Mar Rio, onde se misturam as águas barthesianas e os fluxos críticos e amoroso das escritoras e feministas Lívia Natália, Evaristo Conceição e Vilma Piedade, entre outras...  E deram-me a cachoeira de água salobra e outras bem doce, enquanto nadei até o fundo de meu corpo, e por isso me acharam narrando em primeira pessoa e outras vezes como as outras flores que moram em mim, pois sou uma floresta múltipla e inconclusa. Meus processos da vida/arte não há resultados, nem dados, só têm experiências, exercícios que saem das minhas memórias líquidas de lá, na Venezuela e de meu percurso Rios-risos, daqui, em Belém do Pará.

  • MARCUS FACCHIN BONILLA
  • Minhia Viola é de Buriti

  • Data: 25/06/2019
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  • Essa tese-inventário é resultado de uma pesquisa em Etnomusicologia Aplicada, pesquisa participante nos termos de Brandão (1999a). O trabalho buscou, dentro de interesses comuns pesquisador-pesquisados, investigar a musicalidade e a Viola de Buriti produzida no quilombo do Mumbuca, localizado na região do Jalapão no Estado do Tocantins. Entre as ações desenvolvidas, trabalhou-se para a viabilização do registro da Viola de Buriti como Patrimônio Imaterial junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Para tanto, foi produzido um inventário participativo com metodologia do IPHAN (2016) e um documentário audiovisual. Também como demanda do quilombo, foi criado um caderno de partituras com a transcrição das canções da comunidade e a produção de textos acadêmicos de escrita coletiva, envolvendo um grupo de pesquisadoras do quilombo. A participação em editais de fomento à cultura que beneficiaram o povoado foi outra ação que fez parte desse trabalho. A pesquisa foi interdisciplinar, envolvendo a grande área das Artes, incluindo a Etnomusicologia e a Educação do Campo, área que fundamentou a metodologia adotada baseada nos princípios freirianos. A fundamentação teórica principal da tese foi a poética do próprio quilombo, considerando a indissociabilidade entre o intelecto e a sensibilidade (MAFFESOLI, 1998), as músicas serviram de guia para a escrita do trabalho. Também nesse sentido, optou-se pela autoetnografia, baseado em Fortin (2009) e Aschieri (2018), como ferramenta de campo e na reflexão sobre os dados coletados. Além dos resultados para a comunidade, foi possível compreender que a musicalidade do quilombo possui aspectos que refletem uma resistência ao pensamento musical hegemônico, como do uso de estruturas modais, corporais e também no modo de pensar, como no tipo de raciocínio que classifiquei como intelorgânica musical, um tipo de pensamento orgânico que imbrica necessidades estéticas com recursos naturais.

  • DIEGO OLIVEIRA QUADROS
  • TODOS JUNTOS O LOUVEMOS:

    O Canto Congregacional na Assembleia de Deus, em Viseu-PA.

  • Data: 24/06/2019
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  • O canto congregacional na Igreja Assembleia de Deus, em Viseu – Pará, é um momento de união entre os fiéis que proclamam a sua fé através da música como um grande coral em uma só voz. O presente trabalho consiste em uma etnografia musical da Assembleia de Deus em Viseu PA, objetivando descrever a prática do canto congregacional na referida Igreja, fornecendo informações contextualizadas sobre o segmento, suas doutrinas, crenças e características culturais; analisando os distintos repertórios musicais considerando suas funções no culto e nas diversas cerimônias e, ainda, verificando os efeitos que esta prática causa nos coristas que são os próprios fiéis. Para responder as perguntas propostas foi realizada a revisão da literatura sobre o assunto e a coleta de dados em campo através de observações e entrevistas semiestruturadas. Neste contexto, a prática musical é um agente facilitador, um veículo que aproxima os crentes de Deus, através da adoração, transcendendo o campo físico.

  • JUANIELSON ALVES SILVA
  • FARINHA POÉTICA: a coreocartografia familiar de um rito artístico

  • Data: 24/06/2019
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  • RESUMO

     

    Esta pesquisa objetiva apresentar e compreender o processo criativo do Rito artístico Farinha poética, por meio de diálogos teóricos e práticos, enquanto produção de conhecimento artístico e acadêmico. Por rito artístico entende-se o momento em que o produto cênico desta pesquisa é entregue ao público. Para construir a obra de arte e chegar neste momento, aciono como estratégia o que chamo de coreocartografia familiar- proposição metodológica de pesquisa em dança inspirada na cartografia (DELEUZE, 1995) em diálogo com os processos de criação (SALLES, 2006), uma experiência que desvela os (r)encontros deste interprete-criador em dança com sua família, com sua história e com sua dança, tornando-se assim uma rede ampla de conectivos artísticos, epistemológicos e de vida, um mapa de uma família de saberes dispostos a serem compartilhados. Na realização da pesquisa emprego os procedimentos de preparo da farinha como metáforas para a criação em dança, observo os processos de “conversão semiótica” (LOUREIRO, 2007) do gesto na “dança contemporânea” (ROCHA, 2016)) e destaco a relevância da subjetividade como valor necessário para a criação cênica. Como resultado, verifica-se que a pesquisa tratada neste memorial transcende as reflexões sobre os recursos e procedimentos de construção cênica Rito artístico Farinha Poética e avança no sentido de ver a construção deste Rito como processo de cura e reencontro que tem como base situações de vida e de arte, relações intimas com um  dos contextos sociais de minha cidade natal, contexto este que minha família vivencia durante a produção de farinha de mandioca.

  • JULIANA PADILHA DE SOUSA
  • Tramas invisíveis: bordado e memória do feminino no processo criativo

  • Data: 24/06/2019
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  • A pesquisa tem por objetivo compreender a prática da técnica do bordado na arte contemporanea, e suas relações com as memórias femininas que repercurtem por gerações. Este objeivo é desenvolvido a partir da idéia de costrução identitária de Joël Candau (2012) que refuta a noção de uma exista independente da outra, analisando as noções de feminilidade e do feminino intrísecas a prática de bordar, segundo apontam os estudos de Rozsika Parker (2010). Dessa forma a perspectiva da pesquisa almeja compreender como os traços identitários são definidos pela memória familiar feminina, e assim atravessam os processos criativos da bordadeira. Hoje, em formatos mais híbridos, a prática do bordar surge ressignificada no cenário artistico contemporâneo. Por anos esta prática esteve as bordas, considerada como uma prenda feminina sem muito valor. Em uma breve análise da história da arte, a pesquisa visa levantar reflexões sobre a classificação da prática como uma arte menor e as noções de autonomia e genialidade da criação que moldaram tais convicções. Se propõe questionar tais paradigmas e ressaltar a força que o feminismo exerceu para a inserção do bordado ao universo da arte, mercado e academia. Através de entrevistas e por uma escrita autoetnografica se constroi uma dissertação sobre bordado, memória e identidade dentro do processo criativo baseado em conceitos de Ana Paula Simioni, Linda Nochlin, Arthur Danto, Stuart Hall entre outros teóricos das artes, do feminino, da memória e do processo criativo. Como resultados da pesquisa, apresentam-se novas criações em um livro de artista e um álbum de fotos bordadas, “o àlbum das tramas”e “o àlbum invisível”, de experimentações bordadas que surgem da escrita cientifica, tecendo lugares de memórias e existência/resistência. As várias faces do bordado que, antes de transbordar para espaços híbridos do feminino, do artesanato, da moda, da cultura popular, e ser cercado por bordas que ditaram o pertencer da sua prática através da história é – essencialmente - arte.

  • JULIANA BENTES NASCIMENTO
  • EKOAOVERÁ: Um Estudo Sobre a Territorialidade nos Processos Identitários das Drags Demônias.

  • Data: 20/06/2019
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  • Analisar de que maneira a cidade de Belém, enquanto território subjetivo, atravessa de forma direta ou indireta os processos identitários das Drags Demônias, grupo cultural aqui estudado, foi o grande objetivo da pesquisa intitulada EKOAOVERÁ: Um Estudo Sobre a Territorialidade nos Processos Identitários das Drags Demônias. Para tanto, foi realizado um estudo bibliográfico sobre a montação com larga ênfase nos teóricos Roger Baker e Carlos Figari, seguido de um apanhado conceitual e uma revisitação de termos que conversam com a montação, passando pelos estudos de Judith Butler, Berenice Bento, Anna Paula Vencato entre outros.Para adensar a pesquisa, foi analisada a montação enquanto método de alteração corporal com base no estudo de Renata Kamla sobre Mascaramento Contemporâneo, tendo como ação metodológica fundante, a realização de entrevistas com vinte e três artistas do segmento cultural, através da proposição de entrevista estruturada de Maria Cecília Minayo. Para finalizar o procedimento metodológico de campo, os dados foram atravessados pela abordagem da etnometodologia, resultando atravessamentos em três instâncias de análise: pessoalidades, conceitos e territorialidades. A análise final confirma a hipótese de que a territorialidade tem relação direta com essas construções identitárias.
  • RENATA DE FATIMA DA COSTA MAUES
  • MANOEL PASTANA (1888-1984): Biografia de uma coleção  

  • Data: 17/06/2019
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  • A dissertação aborda o artista, sua produção no contexto histórico e artístico da cidade de Belém, fazendo um trajeto de seu nascimento, sua vivencia nos primeiros quartéis do século XX, com incursões ao período vivido no Rio de Janeiro, construída por meio da pesquisa nos acervos museológicos, documentais e arquivísticos dos museus do Sistema Integrado de Museus e Memoriais da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (SIM/SECULT-Pa), além de fontes primárias arrecadadas em arquivos e bibliotecas. È uma pesquisa sobre Arte que tem como proposição o estudo das obras da Coleção Manoel Pastana e sua construção biográfica (das Pessoas e das Coisas), estabelecendo interlocuções com a Arte Aplicada, Decorativa e do Design; seu processo de criação e expressão artística e estética, as ideias e pensamentos revelados em entrevistas e matérias jornalísticas e graficamente nas peças decorativas inspiradas no estudo da cerâmica arqueológica, na percepção da fauna e flora brasileira e na proposição de uma Arte Nacional baseada no estilo conhecido como neo-marajoara. 

  • MICHELE CAMPOS DE MIRANDA
  • O CAMELO, O LEÃO E A CRIANÇA QUE BRINCA: TRANSMUTAÇÕES DA BUSCA DE SI EM TRÊS ATOS-POÉTICOS.

  • Data: 05/04/2019
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  • Esta é uma tese-memorial-poética composta por escritos intitulados “O Camelo, O Leão e A Criança Que Brinca: transmutações da busca de si em três atos-poéticos; e por uma obra cênica, Árvore de Mim.Igualmente a componho pelo desenho simbólico de uma árvore, me valendo dos estudos em minha árvore genealógica pela Metagenealogia (JODOROWSKY, 2009c)para resgatar minhas origens e transformá-las em poesia no espaço. Recupero nas raízes, as lembranças de minha infância, as memórias tão guardadas dentro. Ritualizo o (des)encontro de meus ancestres (as três linhagens que estão acima de mim, ou, a baixo, pois gosto de pensar que estou erguida em seus ombros); como tronco desta pesquisa-árvore apresento a construção da Dramaturgia do Si-mesmo, criada a partir de imagens-força, de arquétipos, mitos, estudos filosóficos, ritualísticos, místicos, alquímicos e pela ferramenta metafisica do Tarot,como aceso fundamental a criação e a abertura de consciência e conexão com quem somos. Nasce assim, como fruto da descoberta desta árvoreuma Trilogia da Escuridão, na cria-ação de três atos-poéticos:Ritos (2011), Para você...(2014) e Árvore de Mim (2018). Que assinam um fazer artístico que se dá na realização lúdica de tudo que se encontrava escondido, e de repente irrompe o limite entre vida e o poético de forma bela e cruel por se dar no afeto, no compartilhar com o outro quem realmente somos e por isso se revela um fazer curativo. 

     

  • SAULO CHRIST CARAVEO DA SILVA
  • A NASCENTE DE UM RIO E OUTROS CURSOS: A GUITARRADA DE MESTRE VIEIRA

     

  • Data: 25/02/2019
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  • A prática musical de Mestre Vieira é aqui investigada considerando a instauração de uma nova poética na musicalidade local que remodela novas perspectivas para a prática da guitarra elétrica na Amazônia. Como se enredou o trajeto antropológico de Joaquim de Lima Vieira na Música Popular Paraense? O ato de transcriacionalidade de Mestre Vieira que resultou na invenção do gênero musical guitarrada constituiu um processo de hibridação cultural e de transacionalidade? Que tipo de análise musical pode ser realizada em obras de Mestre Vieira objetivando informações comparativas e particulares que nos permita justificar a guitarrada enquanto gênero musical? Além da leitura da produção bibliográfica sobre o assunto, fez-se uma descrição etnográfica do contexto local e global em que se produziu Mestre Vieira, assim como entrevistas semiestruturadas que auxiliaram na composição dos argumentos analíticos. O período de abrangência compreendeu os anos de 1934, ano de nascimento de Joaquim de Lima Vieira, e 2019, ano de conclusão da dissertação. Confirmou-se a hipótese/tese de que Vieira se produziu enquanto músico mediante ato criativo, e assim agindo, a partir de seu trajeto antropológico, concebeu uma nova poética na musicalidade que se projetou de Barcarena para Belém, para o Pará, para a Amazônia, para o Brasil e o Mundo, uma vez que, a partir do que chamo de convergências híbrido-transacionais entre contextos culturais, transcriacionou o gênero musical guitarrada, embrionando novas perspectivas para a música, para a prática da guitarra elétrica e para o imaginário da cultura musical amazônica. 

  • ALANA CLEMENTE LIMA
  • Tem palhaça na rua-rio? Tem sinsinhô! Vivências de Palhaçaria e Educação Popular no Porto do Sal

  • Data: 23/02/2019
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  • Tem palhaça na rua-rio? Tem sinsinhô configura-se como uma pesquisa lítero-científica que investiga as relações entre a palhaçaria e a prática da educação popular no contexto do projeto Ter.Ser, de arte e educação popular, desenvolvido na comunidade do Porto do Sal, no bairro da Cidade Velha em Belém do Pará. O projeto, de cunho social, artístico e político, organiza-se por meio de uma escolinha popular com atividades regulares na comunidade e intervenções artístico-políticas pontuais. A pesquisa, fundamentada na fenomenologia de Gaston Bachelard e na fenomenologia do olhar de Alfredo Bosi, entre outros autores, configura-se como bibliográfica e de campo, mergulhando na obra poética de Manoel de Barros e na obra literária Peter Pan para construção da escrita lítero-científica. Parto da minha trajetória enquanto palhaça-educadora-pesquisadora e atravesso estes três olhares para discutir as vivências da pesquisa, pois me posiciono enquanto pesquisadora-participante. O trabalho é dividido em três cadernos conduzidos por três verbos norteadores: olhar, brincar e esperançar. Estes verbos e cadernos mostram-se interdependentes e interligados pela escrita narrativa que estabelece sempre uma continuidade, trazendo referências diretas à obra de James Barrie – Peter Pan – desde o sumário até as considerações finais do trabalho. Nas considerações iniciais – Em busca da terra do nunca – contextualizo minha trajetória a partir da relação com o brincar, apresentando os elementos da obra de Barrie e Manoel de Barros que conversam com a pesquisa e nesse contexto convido o leitor a voar comigo nessa busca. No caderno 1 – Olhar, intitulado Segunda à direita, depois direto até amanhã de manhã, apresento a perspectiva dos três olhares que assumo na pesquisa, palhaça-educadora-pesquisadora, trazendo as imagens poéticas e reais construídas a partir do contato com a comunidade do Porto do Sal, é o caderno de apresentação do lugar e da prática educativa do projeto. Neste, recorro aos estudos de João de Jesus Paes Loureiro, Gaston Bachelard, Alfredo Bosi, Sônia Rangel, Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão, entre outros. No caderno 2 – Brincar, intitulado Pó de pirlimpimpim, atravesso os nascimentos da minha palhaça Xulipa Margarida e a relação com o brincar, o jogo, a palhaçaria e o teatro de invasão, buscando referenciais de Alice Viveiros de Castro, Marton Maués, Romana Melo, Andréa Flores, André Carreira, Johan Huizinga, e Tizuko Kishimoto. O caderno 3 – Esperançar, também chamado de Com um pouco de poeira de fada a menina perdida começa a voar, traz o voo da palhaça-educadora-pesquisadora à terra do nunca e ao universo da palhaçaria e educação popular na comunidade do Porto do Sal. Entrelaçando teoria e relatos das vivências, é o caderno que constroi os atravessamentos de todo o caminho do voo até aqui. No lugar das considerações finais, Pois tudo isso aconteceu há muito tempo, se organizam as reflexões sobre as vivências, a educação popular e sobre a produção de conhecimento em artes, pretendendo deixar sempre a janela aberta para que o voo para as muitas terras do nunca sempre exista. Dito isto, fechemos os olhos, pensemos em coisas boas que o pó de pirlimpimpim nos mostrará o caminho!

2018
Descrição
  • ADRIELE CRISTINE SILVA DA SILVA
  • Crianças de um Planeta Chamado Combu

  • Data: 21/12/2018
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  • Esta pesquisa é uma escuta cuidadosa e uma interlocução visual e de palavras que realizei com um grupo de crianças na Ilha do Combu, no ano de 2015, quando estava como docente de artes nas três turmas do Anexo Escolar Santo Antônio que fica localizado no Igarapé Perequitaquara. Ao longo de um ano letivo desenvolvemos diversas atividades que resultaram na construção de mapas, imagens e textos delas, as crianças, e de um planeta chamado Combu. A pesquisa se situa no território insular sul, da Ilha do Combu, no Igarapé Perequitaquara, em Belém. Conectei o conhecimento de autores como Tetsuro Watsuj (2016), João Dergan (2006), Jocilete Ribeiro (2010) e Arjun Appadurai (1996) articulando diferentes disciplinas em igualdade com a fala de moradoras e moradores do Periquitaquara para falar desse território. Na escritura do texto dialoguei com Ana Mae Barbosa (1998), Jorge Larrosa (2017), Walter Benjamin (2002), Mirian Celeste Martins (2012) para descrever alguns modos de fazer em artes descrevendo atividades e minha metodologia em sala de aula. E finalmente encontrei com Ailton Krenak (2015), Paulo Freire (2003), Rosilene Pereira Holiparkorhó (2013) para ver e ouvir com olhos e ouvidos atentos quem são as crianças do Igarapé Periquitaquara a partir delas e de suas produções escritas, visuais, de suas falas, seus corpos e de toda poesia que são.

  • ANDREI MIRALHA PADILHA DUARTE
  • Animação Audiovisual Paraense: Formação do Campo e Narrativas Quadro a Quadro

  • Data: 14/11/2018
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  • A palavra animação provém do termo latino “anima”, que significa “alma”, no sentido de “sopro da vida”. Segundo Perisic (1979), a animação é uma maneira de se criar uma ilusão, dando “vida” aos objetos inanimados – objetos reais/virtuais ou simplesmente desenhos feitos a mão livre ou no computador. Nascida da mistura entre arte e tecnologia, o cinema de animação surge no final do século XIX, e se desenvolve durante todo século XX em inúmeras produções pelo mundo. No entanto, somente no início do século XXI, surgem os primeiros curtas de animação produzidos em Belém do Pará. Esta pesquisa compreende a formação do campo da animação audiovisual paraense, segundo Pierre Bourdieu. Reúne narrativas sobre a produção de animações realizadas até 2018, considerando as redes de relações pessoais, a formação dos grupos, assim como as técnicas e metodologias empregadas para a realização de cada obra. Realizo este estudo por meio da pesquisa de campo participante, entrevistas, pesquisa bibliográfica e filmográfica, observando eventos socioculturais, personagens, produções, políticas e instituições que contribuíram para o desenvolvimento da animação paraense.

  • LIVIA MORBACH CONDURU GURJÃO SAMPAIO
  • UMA EXPERIÊNCIA POLÍTICA NA CASA-MUSEU:

    AS TRAJETÓRIAS DA POLÍTICA CULTURAL EMPREENDIDA NO ESPAÇO CULTURAL CASA DAS ONZE JANELAS EM BELÉM-PARÁ (1998-2018).

     

  • Data: 31/08/2018
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    Criado em 1998 pelo Governo do Estado do Pará, O Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, é inaugurado ao grande público em dezembro de 2002, tornando-se importante museu público de arte contemporânea brasileira, sediado no norte do país, mais especificamente em Belém, Pará. Por meio do Decreto no. 1.568 de 17 de junho de 2016, assinado pelo então governador Simão Jatene (PSDB), o mesmo grupo político que o criou, defenestra museu de sua edificação histórica original, Casa das Onze Janelas, iniciando uma longa batalha entre a sociedade civil e o Governo do Estado. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, constituiu cartografia capaz de demonstrar uma experiência política da Casa-corpo enquanto Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, desde quando ainda ideia, em 1998, possibilitando o detalhamento do jogo de forças que compôs sua trajetória de resistência. Disputa de poder entre o Governo do Estado do Pará e o sistema das artes visuais paraense, pela permanência da Casa como museu de arte contemporânea brasileira, não apenas no que tange a desestabilização do objetivo estatal de transformá-la em uma das sedes do Polo Gastronômico da Amazônia; mas também naquilo que permitiu sua diversificada programação e ampliação de acervo, ao longo de grande parte da trajetória da Casa-museu, em muito alijada pela ausência de política cultural estadual que alimentasse suas múltiplas necessidades. Para tanto utilizou-se da metodologia esquizoanalítica, possibilitada pelo agenciamento de diversos intercessores, amparado em entrevistas semi-estruturadas realizada com nove atores do sistema das artes visuais, diretamente ligados a trajetória do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas; a minha própria trajetória como produtora cultural; no exame de documentos oficiais; no levantamento de entrevistas efetuadas, pela mídia, com Paulo Chaves Fernandes e revisão bibliográfica. Ao experenciarmos esta cartografia restou evidente que a política cultural empreendida pelo PSDB desde 1995, para grande parte das linguagens artísticas que dão corpo ao capital cultural paraense, ao invés de contribuir para o equilíbrio socioeconômico das comunidades que compõe o Estado, acentuam desigualdades. Aparelho de Estado interessado apenas em manter fixo seus pactos e alianças com o poder mercantil; e os interesses unilaterais daqueles que nos governam. 

  • MATEUS NOGUEIRA DE FARIAS MOURA
  • Revisão crítica-onírica do território chamado Amazônia no sonho real de meias-verdades chamado Cinema

  • Data: 16/08/2018
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  • A “Amazônia”, nascida como uma criatura da imaginação de um povo que projetava as suas obsessões num território já habitado por diversas outras etnias, é um fantasma que carrega consigo profundas e conflituosas questões. O cinema, no século XX-XXI, reatualiza e reconfigura, de forma mais ingênua ou mais crítica, várias destas questões. Este trabalho propõe formas de abordagem crítica dessa memória. Como artista-pesquisador, que experimenta diretamente o audiovisual e que acredita na potência epistemológica do cinema, parte significativa desta pesquisa ensaia-se dentro dessa linguagem, tendo como método a “remontagem”, o “remix”. Outra parte, não menos significativa, se ensaia através da palavra. Apresentando a trajetória e as buscas metodológicas do autor durante a sua própria revisão crítica, este trabalho aposta num processo pedagógico de constantes revisões individuais integrado à proposição de ações culturais que estimulem exercícios coletivos contínuos de reflexão histórica, política e estética acerca deste território que ainda chamamos “Amazônia”. Como propositor de um trabalho dentro da linha de História, Crítica e Educação em Artes, antes de pesquisador ou artista, me apresento enquanto cineclubista, e apresento esse texto como ponto de partida para uma educação como prática da liberdade. 

  • ANDREH SAMPAIO ANDERSON


  • BUBUIOLOGIA:

    Pensando dibubuísmo como estética e metodologia em uma prática teatral

     

     

  • Data: 29/06/2018
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    Este trabalho tem como objetivo principal a análise do processo de pesquisa que gerou o espetáculo “Ó”, baseado no texto dramatúrgico Oxigênio (Кислород), de Ivan Vyrypaev (1974 -) e no filme homônimo. Durante o processo, o conceito amazônida de dibubuísmo, cunhado por João de Jesus Paes Loureiro, é expandido, modificado e utilizado como metodologia teatral e pilar estético, permeando decisões dramatúrgicas, trajetos de atuação, escolhas sonoplásticas, decisões de iluminação e todo o tônus da direção cênica. Atravessadas por tal dibubuísmo, rotinas de ensaios, desafios de produção, estratégias de encenação e opções estéticas são descritas e expostas como ferramentas para entender, não apenas a obra russa, mas como o próprio conceito de dibubuísmo poderia vir a ser explorado para além da cena, como metodologia de pesquisa acadêmica. Ambiciona-se aqui entender suas qualidades, respeitando todas especificidades inerentes à bubuia, assim como seus defeitos, procurando imaginar situações onde um artista-pesquisador seria melhor servido por uma abordagem dibubuísta.

  • ELISSUAM DO NASCIMENTO BARROS DE SOUZA
  • MÚSICA E SÍNDROME DE DOWN: uma compreensão sobre a aprendizagem no ensino de violino em grupo

  • Data: 29/06/2018
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  • Opresenteestudotrata-sedeumestudonaáreadaeducaçãomusicaledoprocessode
    inclusãopelamúsicanointuitodeseentenderasparticularidades,necessidadese
    expectativasdeaprendizagemdosportadoresdaSíndromedeDown,pois,ainda
    existempoucaspesquisas,publicações,epráticasmetodológicasqueabordamo
    assunto.Oobjetivodestapesquisaécompreendercomoocorreaaprendizagemmusical
    decriançascomSíndromedeDownemumaturmacomcriançasneurotípicas(sem
    transtornosdodesenvolvimentoqueenvolvadistúrbiossignificativosnofuncionamento
    psíquico)através doensinode violino emgrupodesenvolvidopelo PCAdo
    PPGARTES.Paraisto,ametodologiasedeuatravésdeumaabordagemqualitativa,
    baseadanoestudodecaso,atravésdeobservaçãonão-participante.Foramrealizadas
    diversasanotaçõesemcadernosdecampo,registrosfotográficoseaudiovisuais.Usou-
    se a escala tipo Likert de10-pontos para avaliaros estudantes de violinos. Os estudantes
    deviolinoforammusicalizadospormeiodavivêncialúdica,ondeaomesmotempoem
    queaprenderamaconhecerasnotas,figurasmusicais,claves,compassos,pausas,
    ritmoselerpartituras,iniciou-seoensinodoViolinosemosrigorestécnicos
    importantes.Atécnicainstrumentalfoicobradaposteriormente,respeitandootempode
    aprendizado de cada estudante.
  • SUELY DA SILVA NASCIMENTO
  • A CASA DE MARLENE

  • Data: 29/06/2018
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  • Este memorial apresenta a pesquisa “A casa de Marlene”, que desenvolvo no Mestrado Acadêmico em Artes, da Universidade Federal do Pará. Um projeto de memórias familiares e afetivas, em que se fundem fotografias, vídeos, sons ambientes, sentimentos e emoções. O percursos divide-se em momentos vivenciados na academia. No início relato a contribuição das disciplinas e da produção de artigos que originam esse memorial. Discorro sobre a poética percebida nesse trajeto e conto sobre o dia a dia da feitura da pesquisa.  O meu jeito de fazer e o passo a passo da organização do acervo de fotografias produzidas ao longo de três anos na casa da minha mãe, vêm em seguida. O relato sobre o caderno escolar de minha mãe como imagem geradora de todo o processo e a experimentação da criação de um livro de artista finalizam este memorial. Assim como meus pensamentos de que ainda há um significativo material poético a ser trabalhado, futuramente.

  • ANDRÉA MORAIS DE FARIAS
  • O INVISÍVEL VIRADO DO AVESSO:UM ESTUDO DO FILME JOGO DE CENA, DE EDUARDO COUTINHO

  • Data: 29/06/2018
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  • Em meio ao universo tão amplo da filmografia brasileira, elegemos o filme Jogo de cena (2007), de Eduardo Coutinho. que exemplifica traz um dos aspectos que nos interessa particularmente, ou seja, a diluição das fronteiras que se estabelecem entre a realidade e a ficção. Trata-se, nesse sentido, daquilo a que se convencionou chamar de linguagem híbrida no cinema. O filme versa sobre esse jogo da representação. O que pertence ao real? Como representar esse real? Como estabelecer os limites entre o ficcional e o real? Como tais instâncias, nesse filme particularmente, se articulam? Em se tratando de um filme de entrevistas, com atrizes profissionais e mulheres do povo, são interessantes os rumos que as entrevistas evidenciam no jogo dramático-representativo.

  • FRANK DE LIMA SAGICA
  • Uma cena musical neotribal nas noites belenenses: traços multifacetados do mercado artístico. 

  • Data: 27/06/2018
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  • A presente pesquisa etnográfica propõe um novo conceito – cena musical neotribal, utilizado como sistema de análise para tratar uma cena musical em Belém/PA até então não investigada no meio acadêmico. Esta cena está constituída por uma superposição de vários gêneros musicais que abarca múltiplos espaços de interação e experiência coletiva aonde os grupos experimentam diferentes tipos e formas de sociabilidade e peculiaridades intersubjetivas em um determinado contexto cultural. Para a compreensão da formação e trajeto desta cena, o recorte etnográfico focalizou três artistas paraenses - Roosevelt Bala, vocalista da banda Zona Rural; Markinho Duran, artista solo; e Bruno Rodriguez, vocalista da banda Reggaetown. Sendo o rock, o pop e o reggae seus respectivos gêneros musicais. A investigação aborda o cruzamento de uma prática teorizada sob o viés mercadológico com a produção no campo musical. Três foram os locais selecionados para a pesquisa de campo: Mormaço Bar e Arte, Old School Rock Bar e Templários Bar e Restaurante. Investigar como se articula o fazer artístico musical com as dinâmicas de mercado noturno na capital paraense, sob uma perspectiva etnomusicológica, foi o objetivo principal desta pesquisa. O estudo tangencia pontos de confluência entre os processos de produção, circulação e consumo de música, orientados pela análise dos aspectos da vida social e análise cultural da música, em que foi determinado alcançar, ao término deste processo, uma forma de valorização e reconhecimento da qualidade da produção musical local e da diversidade cultural de nosso Estado e, consequentemente, trazer contribuições não somente para o âmbito da etnomusicologia, como também para o meio artístico.

  • JOSÉ JACINTO DA COSTA KAHWAGE
  • O Projeto Choro do Pará: prática e transmissão musical.

  • Data: 27/06/2018
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  • O Projeto Choro do Pará tem como proposta difundir e incentivar a prática do Choro, atraindo jovens músicos de diversas faixas etárias e classes sociais e estimulando a formação de novos grupos. Nesse contexto, os processos e situações de transmissão de música ocorrem de diferentes formas e são (re)modelados e (re)definidos, em sua concepção e aplicação, por meio de oficinas coletivas — de instrumentos de cordas, de sopro e de percussão — que culminam na apresentação dos resultados em concertos da Orquestra Choro do Pará. O repertório utilizado na prática musical inclui desde composições já consagradas do gênero a obras inéditas de artistas paraenses, de modo a valorizar e divulgar a produção local. Investigar a prática e a transmissão de música no Projeto Choro do Pará, utilizando o enfoque de autores como Nettl (2010), Blacking (2007) e Merriam (1964) foi o objetivo principal deste trabalho. Tencionamos, especificamente: a) Traçar o percurso histórico do Choro, no intuito de compreender os processos que culminaram na atual configuração da prática deste gênero no Pará; b) Examinar, por meio de entrevistas e pesquisas de campo, os métodos de transmissão musical praticados durante as oficinas do Projeto Choro do Pará; c) Verificar, por meio de entrevistas e pesquisas de campo, o processo de construção dos arranjos musicais executados pela Orquestra Choro do Pará; e d) Averiguar se o Choro paraense apresenta características que o diferem do Choro produzido em outros Estados do Brasil. Para tanto, fizemos o levantamento de fontes bibliográficas pertinentes e realizamos entrevistas semiestruturadas com participantes do Projeto e músicos locais. Nossas entrevistas com personagens ligadas ao Projeto Choro do Pará se enquadram no escopo da pesquisa qualitativa, no que se denomina “entrevistas do tipo semiestruturado com um único respondente”, ao qual Bauer e Gaskel (2002, p.64-65) também se referem como “entrevista em profundidade”. O espectro dos pontos de vista sobre os temas de nosso interesse reúne depoimentos: do coordenador do Choro do Pará, Paulinho Moura; dos cinco facilitadores, Carlos “Buchecha”, Claude Lago, Diego Santos, Emílio Meninéa e Iva Rothe; de dois compositores cujas obras se fazem presentes em vários módulos das oficinas, Luiz Pardal e Adamor do Bandolim; de quatro participantes do Projeto; de duas ex-participantes; e, também, de personalidades cujas trajetórias perpassam a narrativa do movimento do Choro no Estado do Pará. Nossa análise envolve significados e saberes, reconhecendo que a prática musical é um reflexo da vida em sociedade e transmite valores singulares, frutos de fontes e experiências distintas.            

  • TANIA CRISTINA DOS SANTOS SANTANA
  • Travessias e Atravessamentos: Devir autopoiético de uma produtora cultural, imbricada no trajeto criador do Grupo de Teatro Palha-Pa

  • Data: 26/06/2018
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  • Fundamentada em uma escrita poética a partir de uma narrativa de si, levando-se em consideração o processo de conhecer, de me conhecer, colocando-me na condição de observadora observando e o observar, implicando-me na produção de sentidos nessa investigação. O trabalho é realizado sob duas óticas de transformação, a primeira diz respeito à transformação pessoal, o Eu/Ser, acionando minhas memórias afetivas, de forma que possa refletir sobre as mudanças efetivas pelas quais passei, como movimento permanente por meio do qual fui capaz de me recriar, transformando-me e modificando-me. A segunda diz respeito a minha participação no Grupo de Teatro Palha, como uma produtora que faz o elo do Grupo com o mercado. Como uma “persona” integrante do grupo e participante de todo o processo criativo, contribuindo com as ações de estratégias de realização da poética do mesmo, ultrapassando a lógica da arte de mercadoria para a arte com significação. A pesquisa traz à luz do conhecimento a importância transformadora das Artes nos sujeitos. Analisa as contribuições sobre as interfaces de áreas de conhecimento e saberes profissionais, do âmbito da Arte e de outras formações, como a economia e a produção cultural. Este profissional como parte integrante do Grupo, que desenvolve com seus membros atividades coletivizadas para concretização das realizações artísticas do Grupo, contextualizando os desdobramentos como produtora cultural imbricada na poética criativa do Grupo de Teatro Palha, mapeando sua produção poética no período de 2002 a 2016. O percurso adotado nesta escrita coloca o Grupo de Teatro Palha como o pano de fundo de minha pesquisa, ao mesmo tempo em que dialoga com meu percurso de maturação de fazer-me ou forjar-me uma produtora cultural, considerando como pergunta investigativa neste processo a seguinte questão: é possível reivindicar uma mais-valia de vida inventiva a partir do meu devir autopoiético como produtora cultural? Em que medida esse percurso de ressignificação, enquanto eu sujeitopesquisadora, pode ser dimensionado pelos atravessamentos e estados afetivos neste devir autopoiético? Para acompanhar minha escrita na busca por respostas à estas questões aciono: Humberto Maturana (1997, 2014) a partir do conceito de Autopoieses, ou a capacidade que os seres vivos possuem em se auto(re)construir, a partir das condições externas que são submetidos, colocando-me na condição de “ser vivo” em um processo contínuo de acoplamento estrutural; Maurice Merleau-Ponty e a fenomenologia da percepção para entender minha história, minha essência, consciente de que todos os problemas resumem-se em definir essências: a essência da percepção, a essência da consciência; e Gaston Bachelard (1988, 1989, 1994, 1997), para dialogar sobre minha experiência com o mundo sensível que me levou ao mundo dos devaneios. Trazendo como escrita propositiva desta dissertação o conceito de “mais-valia de vida inventiva” de uma produtora cultural imbricada no processo criativo do Grupo de Teatro Palha

  • LEONARDO VIEIRA VENTURIERI
  • O SCHOTTISCH DE CLEMENTE FERREIRA JÚNIOR

  • Data: 26/06/2018
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  • O presente trabalho investiga a presença do gênero musical Schottisch
    em Belém durante o final do século XIX e início do século XX, com foco
    no trabalho do compositor, professor, maestro e pianista Clemente
    Ferreira Júnior. Na investigação são utilizadas ferramentas ligadas ao
    estudo etnomusicológico, além de ferramentas analíticas relacionadas
    ao universo da teoria e composição musical. Neste ínterim, a partir do
    conceito de Prática Musical de Sônia Chada, busca-se a compreensão
    acerca da prática musical do compositor, tendo como parâmetro
    principal seu contexto social. De maneira complementar, o trabalho
    oferece um quadro sobre o fenômeno de transformação da música
    brasileira ocorrida a partir da segunda metade do século XIX, propondo
    a elaboração do termo “novidades musicaes” para designar a constante
    importação de gêneros musicais estrangeiros para o país, durante o
    período. Por último, é apresentada uma composição musical acompanhada
    de memorial que detalha as decisões composicionais do autor, onde se
    propõe o conceito de transmutação musical, que utiliza características
    da música de Clemente Ferreira Júnior como material para composições
    inéditas.

  • LAURA ESMERALDA NAVARRETE HERNANDEZ
  • MODA SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA:

    Princípios. Processos Criativos e Produtos Eco Amigáveis   

  • Data: 26/06/2018
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  • RESUMO

    A moda sustentável, seus princípios, processos criativos, produtos eco amigáveis e suas novas formas de consumo na Amazônia, são o ponto de partida para esta pesquisa em artes sob o enfoque da etnocenologia. A partir dos indutores metodológicos trajeto - projeto - objeto - afeto da transdisciplinaridade desta etnociência, investiguei o percurso das marcas Da Tribu e Madame Floresta para criar uma coleção de moda sustentável, suas inspirações, filosofía de trabalho e redes de criação. As principais referências teóricas foram Armindo Bião em etnocenologia; Michel Maffesoli em estética e sociologia do cotidiano; na moda, Renata Pitombo, André Carvalhal e  a proposta de método de Dijon de Moraes. A pesquisa faz uma prospecção do futuro próximo da moda sustentável a partir do presente experimentado e vivido pelos criadores amazônidas.

    Palavras-chave: Moda sustentável, Etnocenologia, Amazônia, Processo Criativo.


  • PAULO RICARDO SILVA DO NASCIMENTO
  • CASARÃO DO BONECO: EXPERIÊNCIA PERMANENTE DE UM CORPO RELACIONAL EM UM TERRITÓRIO EXISTENCIAL

  • Data: 22/06/2018
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  • A jardinagem praticada pela lógica da floresta, baseada na manutenção da vida pela diversidade e abundância de recursos próprios, é a metáfora para os cultivos da compreensão nesta pesquisa que fala de um casarão antigo que é sede de um grupo de teatro com bonecos e espaço compartilhado de trabalho coletivo de 37 artistas/produtores de cenas diversas, recebedor de fluxos de público para experiências estéticas em comum. São pontos de vistas, lugares de onde se olha. Paisagem e sujeito se confundem em plataformas entrecruzadas em frequente comunicação. De dentro do Casarão do Boneco, em qualquer uma das plataformas, percebo que estamos diante de uma peculiaridade, uma nuance no âmbito relacional, entre os habitantes, seus espaços, as diversas linguagens artísticas, o público e a cidade. Essa intensa ocupação e o que dela faz movimentar o Casarão do Boneco indicia um rearranjo de realidade ante a potência para as maneiras de se relacionar. O Casarão parece apresentar suas próprias qualidades, componentes absorvidos nos meios que se sobrepõem, que o diferenciam sob diversos aspectos e, nas linhas de fuga, juntos se dimensionam a um devir-expressivo territorializante. São seguidas algumas das pistas do método cartográfico de Gilles Deleuze e Félix Guattari e seu pensamento rizomático. É vislumbrado os vários lugares que definem e que tornam o Casarão, um lugar único, um corpo único sendo definido pelas relações estabelecidas entre três blocos de força: seus habitantes, seus espaços, seus movimentos. Um corpo, como Deleuze observa o corpo definido por Espinoza (2002), composto por uma infinidade de partículas, que se elabora das relações entre velocidades e lentidões, repousos e movimentos dessas partículas. Não é definido como forma, mas como força interativa. Um corpo composto por outros corpos, tal a ideia cosmogônica da pessoa marubo, ou mesmo animado tal ao boneco que vira personagem pela manipulação de tantos atores. Um corpo tramado em mapas.

  • THAIS KARINA SOUZA DO NASCIMENTO
  • POÉTICAS MARGINAIS DE UMA BAILARINA OUTSIDER : uma autoetnografia cartografada de vivências baléticas.
  • Data: 20/06/2018
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  • O diário é um gênero de escrita mais intimista, pessoal, que demanda histórias de vida, registros de pensamentos, marcas de uma cultura e época. Quando criança, costumava escrever diários repletos de vivências, paixões por coisas antigas, imaginário, e sonhos típicos do mundo infantil. É desta lembrança que trago um amor, um sonho potência realizado tardiamente: ser bailarina! Um sonho rememorado, assim como o hábito de escrever diários. Este, em especial, é costurado numa perspectiva autoetnográfica cartografada, a partir da qual, com imagens-pensamento [contrastes imagéticos] e narrativas entrecruzadas de histórias de experiências baléticas, minhas, de outros e tantos que escreveram seus passos na história deste gênero de dança, busco construir uma reflexão acerca das minhas vivências no/com ballet clássico e das possibilidades de ressignificação do meu ballet.

  • DIEGO AUGUSTO PEREIRA DA ROCHA
  • BUTOH: O ARTESÃO DE SI MESMO

  • Data: 19/06/2018
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  • A presente dissertação trata de uma análise crítica sobre o processo criativo de Tatsumi Hijikata, quando em sua produção do butô.

  • MARIA MADALENA FELINTO PINHO RAMOS
  • UMA POÉTICA NO ARQUIVO DO ARTISTA: O CONTÍNUO DESDOBRAR DAS PAISAGENS DA MEMÓRIA DE GERALDO RAMOS

  • Data: 19/06/2018
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  • Essa escritura põe em movimento o desarquivar do processo de criação do projeto de pesquisa "Uma poética no arquivo do artista: o contínuo desdobrar das paisagens da memória de Geraldo Ramos". O desarquivar é concebido como gesto disparador de proposições epistêmicas compreensivas, uma espécie de "poiésis epistemológica", um conceito urdido pelo pesquisadora na tessitura do projeto. Tal conceito é mais afeito ao encontro do "entre" na pesquisa, como pesquisadora e interlocutor  atravessam-na, e menos habituado a localizar a essência do conhecimento que é posto em ação. Porquanto "desdobrar" é o operador metodológico que atravessa não só a escritura desta pesquisa, mas também a pluralidade de arranjos que as paisagens da memória inscrevem como esgarçamentos desta proposição, o trabalho convoca o acompanhamento de três movimentos de campo, três "desdobramentos", que enlaçam a escrita corporificada, construída em tautocronia  aos deslocamentos empreendidos pela pesquisadora e o artista pelas paisagens da memória do interlocutor, deslocamentos que implodem as concepções costumeiras de espaços vividos e momentos lembrados, já que se permite adentrar o terreno fluídico da imaginação criadora de ambos os construtores desta narrativa, brincando com os referenciais mais palpáveis que habitam essas paisagens. Os três movimentos de campo citados expandem-se em aberturas do arquivo, as quais engendraram uma poética no arquivo do artista, frutificando num desarquivar de paisagens da memória convocado por etapas: a abertura do arquivo, as dobras do arquivo e o devir arquivo, potencializados pelo "caminhar com" nas paisagens e a coleta de narrativas. Além disso, propõe-se um novo conceito, o cartograrquivamento, para dialogar com o recorte diferenciado sobre o qual essa pesquisa se debruça, memórias do arquivo de um fotógrafo que nos aguardam nos lugares de afeto. Valorizadora das narrativas e do caminhar juntos como ato poético e metodológico, sua escritura andante amalgamou livros de artista e cadernos de ex-cursus, mapas de afetos toponímicos e atlas performativos. Abrimos o arquivo, agora deste lado.

2017
Descrição
  • BRUNO DANIEL MONTEIRO PALHETA
  • Clube Musical 31 de Agosto: Perfil de uma banda de música paraense a partir de seus contextos histórico, sociocultural e educacional

  • Data: 15/12/2017
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  • A presente pesquisa tem como objetivo geral traçar o perfil da Banda 31 de Agosto a partir de seus contextos histórico, sociocultural e educacional. O percurso metodológico tem caráter qualitativo, bibliográfico, documental e de campo. Especificamente a pesquisa se caracteriza como estudo de caso, com ênfase em uma abordagem do tipo etnometodológica, e o uso de técnicas próprias da investigação etnográfica. Optou-se também por realizar pesquisa de campo através de coleta de dados em entrevistas semiestruturadas e abertas. Os sujeitos da pesquisa foram: alunos, professores, maestros e membros da diretoria da banda pesquisada. Os resultados da pesquisa apresentam o perfil de uma banda de música da cidade de Vigia como um tipo de instituição de valor sociocultural que se construiu historicamente além de exercer um importante papel educacional. Espera-se, por meio deste estudo, contribuir para a construção de conhecimento no campo da Arte em interface com a Musicologia no âmbito dos estudos sobre a música no Pará.

  • ALINE RICKMANN FOLHA
  • Cadernos do abismo: memorial de uma poética desenhada entre páginas de sketchbooks. 

  • Data: 21/11/2017
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  • Este memorial apresenta o processo de criação dos cadernos do abismo, pequenos sketchbooks nos quais despejo conteúdos existenciais em desenhos autobiográficos, constituídos como objetos poéticos desta pesquisa. Com base na noção de “desenho como abismo”, desenvolvida por Icleia Cattani, elaboro poeticamente o abismo como as questões que movimentam as profundezas do ser e impulsionam meu fazer criador e minha trajetória pessoal, situando esta prática artística no âmbito das pertencentes ao espaço autobiográfico e no contexto do desenho contemporâneo, cujo aspecto experiencial é exaltado: liga-se mais às histórias de vida, ao resgate das memórias pessoais e à expressão das emoções e dos sentimentos. A pesquisa tem como objetivo principal explorar o processo de criação dos cadernos do abismo, a partir do desenho autobiográfico como linguagem poética cuidadora, geradora de conhecimento e autoconhecimento na trajetória poética de criação dos cadernos em questão, os quais compreendo como livros de artista – ou da artista –. Cruzando os pensamentos de Michel Foucault e Marcia Tiburi, teço aproximações da minha poética com a noção de “escrita de si” e “cuidado de si” para apresentá-la como um fazer cuidador, uma prática da vida. Despetalo os seus procedimentos operatórios instauradores e desenvolvo reflexões acerca do desenhar a partir do espelho; da linha e do rastro como potências poéticas; e da conexão entre palavra e imagem como característica dessa minha escritura viva, ávida por reforçar a compreensão dos cadernos de desenho como espaços de abertura do artista, seus processos e pensamentos a si mesmo e ao outro.

  • JUCELIA DA CRUZ ESTUMANO
  • A MÚSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA: Considerações sobre o gosto musical 

  • Data: 15/09/2017
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  • Este trabalho aborda questões relacionadas ao ensino de música no Ensino de Jovens e Adultos – EJA em uma escola pública em Belém do Pará. Investigar como é construído o gosto musical dos discentes da modalidade EJA, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Waldemar Ribeiro foi o objetivo principal da pesquisa. Seguindo orientações teóricas do campo da sociologia, em conexões com o campo da educação musical, esta pesquisa coletou dados em 2017, onde foram realizadas observações e entrevistas semi-estruturadas com discentes da EJA da 3º etapa do Ensino Fundamental, 4º etapa do Ensino Fundamental, 1º etapa do ensino médio e 2º etapa do ensino médio. Os dados coletados dialogam com os autores: Setton (2002a e 2002b), baseado na teoria das culturas híbridas e do habitus híbrido; Canclini (2015) com a teoria da hibridação; Quadros Jr e Lourenço (2013), Monteiro (2008), Hennion (2002) e Tinhorão (2001) para dialogar sobre gosto musical e, Souza (2004 e 2008), Louro e Souza (2013) e Penna (2003 e 2010) para referendar sobre educação musical e cotidiano. Os resultados aqui obtidos apontam que a família e a escola ainda continuam sendo os principais responsáveis pela construção do gosto musical, porém, a presença da mídia, o bairro, a religião também emergem como dispositivos de potência na construção do gosto musical dos estudantes da EJA.

  • ARMANDO SAMPAIO SOBRAL
  • ESCRITOS SOBRE A GRAVURA CONTEMPORÂNEA EM BELÉM

  • Data: 22/08/2017
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  • Esta pesquisa apresenta um quadro do movimento da gravura em Belém ao longo das últimas três décadas, período em que esta modalidade de linguagem se estabelece na cena cultural da cidade; abarca o arco histórico que vai dos primeiros ateliês nos anos 80, à retomada do ensino e da prática com o núcleo de gravura da Fundação Curro Velho, em 2001; até o surgimento, a partir de 2010, do circuito de arte independente com as atuações do Atelier do Porto e do Coletivo Aparelho. Nesse percurso, uma nova geração de gravadores e de artistas, com propostas identificadas com a gráfica, apontam tendências que marcam o mapa da gravura produzida em Belém na atualidade. Diversos artistas são citados, porém quatro deles tiveram suas obras estudadas, são eles: Jocatos, Alexandre Sequeira, Elaine Arruda, Pablo Mufarrej e o trabalho de xilogravura da artista canadense Veronique Isabélle com a comunidade Mundurucus. No último capítulo, encontram-se reunidos ensaios críticos sobre a gravura, escritos no período que compreende o seu restabelecimento em Belém, entre 2003 e 2014.  

  • SILENE TRÓPICO E SILVA
  • MOTIVAÇÃO PARA APRENDER MÚSICA: Um estudo com alunos do ensino médio.

  • Data: 07/07/2017
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  • SILVA, Silene Trópico. Motivação para aprender música: um estudo com alunos do ensino médio. ano. xxx fls. Dissertação (Mestrado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, UFPA, Belém.

    Nesta pesquisa, realizou-se um estudo exploratório com a finalidade de conhecer os direcionamentos empíricos aplicados na área de educação musical e outros aplicados em conformidade com a Teoria da Autodeterminação (TAD) possíveis para este estudo, para revelar o estado da motivação dos alunos e descrever o comportamento do estudante de acordo com as influências internas e externas para predizer-lhes a orientação motivacional para aprender música no ensino médio. A teorização sobre o sentimento autodeterminado realizado pelos psicólogos Deci e Ryan (1985) aproximou-se da perspectiva sociocognitiva da motivação e da visão humanista das necessidades que originaram o conceito de autodeterminação, segundo o qual, ao se identificar pessoalmente com as informações que recebeu do contexto, o sujeito torna-se capaz de agenciar e gerenciar seu aprendizado para realizar metas e objetivos futuros que oportunizaram a interação entre o sujeito e seu mundo de forma dialética e organísmica. Com o emprego do survey para 64 alunos do ensino médio, objetivou-se compreender as contribuições da motivação para aprendizagem musical e conhecer o estado e estilo da motivação, para: (a) explicar as influências internas e externas que motivam o envolvimento em práticas musicais; (b) verificar por intermédio da literatura os mecanismos psicológicos básicos que motivam o educando a aprender música; (c) descrever como os fatores educacionais e socioculturais influenciam a compreensão dos conteúdos; e (d) conhecer a natureza (intrínseca e extrínseca) que origina a motivação para aprender conteúdos musicais. Ao trilhar o caminho da compreensão da motivação do estudante do ensino médio, percebeu-se que considerar a avaliação qualitativa da aprendizagem com o emprego da pesquisa de survey foi uma alternativa bastante valida para conhecer como está a aprendizagem conceitual dos estudantes do ensino médio, a partir da observação e do relato das experiências musicais vivenciadas pelo aluno na sala de aula. Para desenvolver este estudo, considerou-se ainda adotar um novo olhar acerca das dificuldades de aprendizagem para captar destes jovens quais fatores motivaram sua aprendizagem musical, bem como compreender a situação do ensino paraense. Como estas questões foram abordadas no ensino médio, acredita-se que as ações empreendidas fazem a diferença para melhorar a qualidade do ensino. Com o desenvolvimento da pesquisa de survey e análise quantitativa dos dados verificou-se nos estudantes o estado motivacional controlado e incentivado por influências internas e externas e menos por suportes de autorregulação e o estilo orientado por motivação extrínseca com regulação introjetada e externa. A contribuição da motivação para aprender música foi determinada pela percepção de atendimento das necessidades psicológicas básicas avaliadas pelos estudantes em grau moderado e baixo e próximo de 45% do índice total da escala e, a frustração destas mesmas necessidades foram avaliadas moderadas e próximas de 55% do índice de frustração total da escala. Os sentimentos de autonomia e competência se aproximaram na escala likert do nível de 32% de atendimento e, o sentimento de relacionamento se aproximou do nível de 31% de atendimento. Confirmou-se neste estudo que os fatores psicológicos motivadores da aprendizagem dos alunos foram de ordem pessoal e sociocultural que em seus desdobramentos motivacionais contribuem para incrementar o aprendizado musical dos estudantes do ensino médio. 

  • SAMANTHA RANNY DO NASCIMENTO MONTEIRO
  • A Personagem-Subjétil: Um estudo teórico-poético da (des)construção de personagens femininas de histórias em quadrinhos máquinas de guerra.

  • Data: 30/06/2017
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  • A partir do conceito de Desconstrução, desenvolvido pelo filósofo franco-magrebino Jacques Derrida, esta pesquisa procura se lançar em um estudo poético-teórico sobre o pensar, desenvolver e criar personagens femininas que atuem coreograficamente em quadrinhos máquinas de guerra, transitando como um indecidível em constante fugaciade significativa. Nesse movimento, duplo jogo da desconstrução, a personagem feminina é pensada como uma personagem-subjétil, cujo insistente deslocamento atua como estratégia à quebra das dicotomias metafísicas. Tal como a khôra, o phármakon e a escritura, ela (a personagem-subjétil) habita o lugar nômade do diagrama e do texto inconclusos, sempre deslocados.

  • ROSEANE MORAES TAVARES
  • DISPOSITIVOS-MAPAS de uma rede de espaços artísticos autopoiéticos de Belém do Pará

  • Data: 30/06/2017
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  • Esta ação de pesquisa cartografa, pela inscrição performativa de mapas, os dispositivos poéticos e de gestão de uma rede de espaços artísticos autopoiéticos de Belém do Pará, entendidos como unidades autônomas pela totalidade sui generis de sua composição poética-política, cuja capacidade de se autogerir como estratégia de resistência, sobrevivência e amadurecimento de seu fazer dentro de um contexto cultural da cidade, dialoga com a estrutura e o sentido que criou para si. Espaços independentes, autônomos, autogestionados e intencionais, são outras terminologias dadas ao que é definido aqui como espaço artístico autopoiético, sendo este o lugar gerido por artistas que firmam uma produção poética com potência política, ao promover, de modo autônomo, práticas de intervenção, formação e experimentação artística que se constituem como micropolíticas para cidade. O termo autopoíetico é uma declinação do conceito de autopoiese, dos biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela, acionado para sustentar um pesquisar na diferença, na medida em que os espaços se autogerem como poiese de um artista ou coletivo que interage de modo cognitivo com seu meio, produzindo subjetividades que estruturaram, de forma singular, suas atividades, processos criativos, discursos ideológicos, modos de se definir, organizar, e constituir territorialidades na cidade. Essa poiese que resulta numa obra de arte enquanto fenômeno do lugar, faz um deslocamento do seu sentido estritamente material, ampliando esse fazer para as relações de produção e vivência do espaço enquanto obra. A rede de espaços artísticos autopoiéticos, nesse sentido, é heterogênea, polifônica, e se comunica de modo colaborativo como um organismo sistêmico pulsionado pela insurreição de corpos que encontram no circuito de afetos seu fluxo condutor.

  • RICARDO AUGUSTO FERREIRA SMITH
  • A PRÁTICA MUSICAL DO VOMINÊ NA FESTA DE SÃO TIAGO EM MAZAGÃO VELHO – AP

  • Data: 29/06/2017
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  • O presente trabalho problematiza aspectos da prática musical chamada Vominê, que integra a Festa de São Tiago em Mazagão Velho – AP. Tendo como suporte as perspectivas teóricas da etnomusicologia busca-se ponderar sobre potencialidades representativas dessa prática em relação aos indivíduos que dela tomam parte. A Festividade de São Tiago é uma prática secular performada anualmente, sendo o Vominê, espécie de canto da vitória ou exaltação à bravura, parte integrante desta festividade. Investigar a prática do Vominê, considerando a maneira como este opera em suas estruturas tanto musicais quanto sociais em seu contexto é nosso objetivo principal. Para tanto, partiu-se da revisão da literatura disponível e a observação direta da realidade, considerando a análise cultural da prática musical como proposta por Chada, Blacking, Seeger e Geertz.

     

  • RAMON BENTES MACHADO RIVERA
  • Retrocedendo em progresso: dissecando a simbologia pessoal do ator no processo de criação do espetáculo O tudo anexo.


  • Data: 28/06/2017
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  • O presente memorial corresponde à parte descritiva, tanto quanto a vislumbres, que nortearam opções poéticas do espetáculo O tudo anexo, cujos princípios metodológicos de criação correspondem à investigação de uma simbologia pessoal do ator. Tais princípios, conforme vimos examinando, tendem a habilitar o artista da cena ao alcance de um estado criativo alimentado por uma simbologia compartilhada no inconsciente coletivo. Aquisitivos transversalmente das singularidades relativas à experiência simbólica de cada um, tais princípios, sem embargo, e em continuidade, parecem incitar o ator rumo ao alcance de um estado criativo alimentado por uma simbologia ímpar compartilhada no inconsciente coletivo. Entre eles estão a noção de mitologia criativa, de Joseph Campbell, segundo a qual existe um novo tipo de experiência mitológica emergente, onde o indivíduo experimenta símbolos, e a mitologia de maneira íntima e transformadora, cuja comunicação de tal experiência - desde que verdadeira - teria a força de um mito vivo. Em consequência, o trabalho do artista cênico, nesse contexto, se faz valer pela exploração, manuseio e comunicação da matéria dessas experiências. Nisto, alertamos quanto à elucidação da diferença de perspectivas entre essa mitologia e a mitologia considerada tradicional, impositora, socialmente, de convenções e ritos, conquanto falha no processo de alcance espiritual desses. Outro princípio metodológico, ou transformador, é o da individuação da psicologia analítica junguiana, onde os símbolos advindos do inconsciente têm papel fundamental no amadurecimento da psique do indivíduo. Estruturalmente, o espetáculo acima referido se complementa com memorial escrito e memorial poético, ambos erigindo questões, propondo diagnoses e definindo parâmetros ao emprego da simbologia pessoal do ator na criação cênica. No caso do memorial poético, correspondências imagéticas e escriturais insurgentes no processo criativo são exploradas de forma a contribuir ao entendimento via expressão metafórica de princípios criativos abordados. Quanto ao trajeto do pensamento criativo, este se permite calcado na experiência simbólica, em suas pertinências transformadoras e numinosas, em suas nuances frente ao trabalho do ator e à encenação, tanto quanto as qualidades próprias das suas especificidades, dificuldades e fluxos que deram luz ao processo de composição dramatúrgica, sonora, espacial, enfim, cênica. Por meio dos ensaios investigativos voltados a uma conduta de encenação apta a explorar o nível simbólico de forma a extrair, do ator, ao máximo, as suas potências simbólicas, buscamos prover consistência investigativa na prática. Ademais, elucidamos o caráter empírico da metodologia, aquele surgido das experimentações, da lida frontal com o símbolo, em laboratórios de atuação cênica. Dentre os referenciais teóricos podemos destacar Friedrich Nietzsche (1844-1900), no que tange ao entendimento do filósofo alemão sobre e a filosofia do instinto e sua crítica à superestimação do conceito de consciência,  o diretor polonês Jerzy Grotowski (1933-1999) e os princípios criativos de seus experimentos junto ao seu Teatro Laboratório que, dispostos em conjunto, receberam o nome de Teatro Pobre, e Gilbert Durand (1921-2012), quando relacionadas às suas noções de imaginação simbólica, termo caro a esse filósofo francês, e aqui apropriado quanto a elucidações de símbolos elementares e urgentes, situados no imaginário coletivo, nas mitologias e nas amplitudes individuais, entre outras efetuações.

     

  • CAROLINE DE CASSIA SOUSA CASTELO
  • MEMORIAL CORPO(COREO)GRAFIA URBANA: UMA POÉTICA NOMADISTA COM OS ARTISTAS ENTRERUAS

  • Data: 27/06/2017
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  • Esta pesquisa discorre sobre um processo de criação em dança que teve como principal foco de estudo os artistas de rua que trabalham no centro da cidade de Belém – PA. A partir do conceito de corpografia de Jacques (2008), compreende a estreita relação entre corpo e rua, que se fundem na proposta cênica intitulada Nomadista. Divide o campo de investigação em três momentos: campo efêmero, que abrange o artista que não é da cidade e está de passagem; campo marcado, quando a pesquisadora agenda uma observação do ato performático do artista na rua; o campo treino, que consiste no local de treinamento dos artistas, a Praça Floriano Peixoto, palco das entrevistas, laboratórios, ensaios e do próprio resultado cênico. Os encontros com os artistas foram primordiais para a tessitura da poética e nas escolhas cênicas e descubro potências criadoras a partir do gestual nos malabaristas, das histórias dos artistas, na relação com os pedestres-espectadores que ali transitavam, nos acasos da cena, nas sensações, nos xingamentos e nas repressões.

  • RAFAEL RIBEIRO CABRAL
  • TEIA DE PYKATÔTI

    UM ESTUDO DA CORPOGRAFIA MẼBÊNGÔKRÉ DO RIO FRESCO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 26/06/2017
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    O Povo Mẽbêngôkré-Kayapó vivia em uma grande aldeia denominada Pykatôti. Na contemporaneidade, as aldeias Mẽbêngôkré estão localizadas no Norte do Mato Grosso e Sul do Estado do Pará nas margens do Rio Fresco e do Rio Xingu. Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo da corpografia do Povo Mẽbêngôkré a partir da experiência corporal vivenciada ao longo do trabalho de campo-vida para fins de atividade artística. A metodologia desta pesquisa, denominada teia da aranha, é tecida por meio da ética - kumerex e estética-mej nas relações míticas em kapran ok. Como artista-etno-pesquisador, o autor experimenta corporeidades no trabalho criativo em processo, Círculo de Pykatôti. Na tessitura das tramas estão amarrações entre a Etnocenologia, Antropologia Estética, Sociologia Compreensiva, a partir do perspectivismo indígena Mẽbêngôkré. Os resultados são contribuições às PCHEO – Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados no entendimento de relações não apenas humano-humano, mas nas relações humano-bicho como proposição fundante do termo Kukradjá para o Povo Mẽbêngôkré.

     

  • AIDE ESMERALDA LÓPEZ OLIVARES
  • VIVÊNCIAS POÉTICAS DO CORPO: INTERVENÇÃO ARTÍSTICA COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA QUE FREQUENTAM O CENTRO POP EM BELÉM/PA

  • Data: 23/06/2017
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  • A pesquisa estudou os processos corporais dos sujeitos que, por sua condição social, psicológica e econômica, fazem da rua sua moradia. O estudo deu-se através da compreensão das vivências a partir da observação do corpo como linguagem que pode criar símbolos e signos mediante a ação coporal. (RICOUER, 1988). Como estudo de caráter exploratório, a investigação foi concebida como pesquisa-ação, na qual o fenômeno pesquisado foram as vivências que as pessoas em situação de rua e a pesquisadora - num envolvimento artista-pesquisador-participante (BRÍGIDA, 2007) - experimentaram dentro da ação, intitulada: "Laboratório do Corpo". (Criação poética da pesquisa.) A aplicação da pesquisa realizou-se no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), durante sete meses. Dela participaram de 10 a 15 pessoas (flutuantes), em sua maioria homens, entre 20 e 50 anos. O objetivo geral da pesquisa foi compreender, através de um processo artístico-criativo-terapêutico, de que maneira a vivência corporal das pessoas em situação de rua, usuárias do Centro POP é afetada, com dois objetivos específicos: criar uma ação de intervenção artística no Centro, para realizar um estudo das características físicas, emocionais e do movimento corporal dos usuários e fornecer aos participantes da pesquisa atividades artísticas que lhes permitam vivenciar sensações de bem-estar. Desse modo, a busca pela compreensão da vivência e as características da população pesquisada, demandam um trabalho transdisciplinar, numa abordagem qualitativa. Assim, para realizar a investigação atravessaram-se as fronteiras entre a Fenomenologia, a Hermenêutica, a Etnocenologia e a Antropologia, com a finalidade de fazer novas conexões entre elas para se perceber distintos níveis de realidade na descontextualização do esquema habitual das pessoas em situação de rua. Para melhor organização da investigação, dividiu-se o trabalho em três fases: 1. Acercamento, contemplando duas aproximações à comunidade pesquisada, a delimitação de campo, dos objetivos e o estudo da corporeidade; 2. Construção e aplicação do Laboratório do Corpo; e 3. Compreensão dos dados obtidos, desenvolveu-se a interpretação acolhida. 

  • TAINÁ MARIA MAGALHÃES FAÇANHA
  • MEMÓRIAS DE PROFESSORES DE ARTES/MÚSICA: concepções, objetivos e “estratégias” na educação musical em escolas estaduais de educação básica em Belém – PA

  • Data: 23/06/2017
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  • Este trabalho consiste em uma pesquisa fundamentada em História Oral, que propôs como principal objetivo compreender o sentido da educação musical em escolas de educação básica em Belém do Pará, a partir de Memórias de Professores de Música. Especificamente, foram analisadas quais as concepções de professores de Arte/Música nessas escolas, quais os objetivos estabelecidos por esses professores para a educação musical na educação básica e quais as “estratégias” por eles desenvolvidas para efetivação do ensino de música na educação básica. Ainda relacionou-se e analisou-se de que forma as concepções, “estratégias” e objetivos eleitos pelo professor de Arte/Música direcionam o sentido do ensino da educação musical em escolas de educação básica. Por meio da história oral foi possível compreender as escolhas pedagógico-musicais dos professores de Arte no ensino da música, através da investigação de suas memórias especialmente quanto às suas formações advindas de experiência, institucionais e de práticas docentes, que aqui entendo serem a base de suas práticas como professores. Para desenvolvimento da pesquisa foram visitadas 29 escolas, com o intuito de identificar quantos professores de arte licenciados em música atuam nessas escolas. Tendo conhecimento dos professores, foram realizadas duas entrevistas: com uma professora licenciada em música que atua na rede pública de ensino há mais de 20 anos e um professor licenciado em música que atua na rede pública de ensino há mais de 10 anos. Essas entrevistas foram transcritas, textualizadas e transcriadas, resultando em duas narrativas, que posteriormente foram interpretadas e analisadas a partir de um olhar transdisciplinar que possibilitou um diálogo com o conceito de memória, à luz de autores da História, Sociologia, Antropologia, Filosofia e da Educação Musical. Pode-se concluir que os principais apontamentos desta pesquisa foram de que a educação musical escolar é trilhada não apenas por um caminho, mas por vários caminhos que os professores, superando obstáculos, constroem cotidianamente. Suas experiências de vida e formação institucional se mostraram como pilares de sua atuação como profissionais, ressignificando práticas de ensino e concepções de vida. Além disso, o diálogo entre gestão escolar e professores se torna imprescindível para efetivação do ensino da música na escola. 

  • JORGE JOSÉ PEREIRA DUARTE
  •  LAPIDAÇÃO CRIADORA NA JOALHERIA CONTEMPORÂNEA DA AMAZÔNIA: PROCESSO CRIATIVO DE UM DESIGNER DE JOIAS.

     

     

  • Data: 22/06/2017
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    Esta pesquisa  investigou a partir da minha experiência como designer, o processo criativo de joias no Polo Joalheiro do Pará. A partir da noção de Lapidação Criadora, buscamos compreender os fatores de indução criativa que inspiram o ato de criação destes artefatos, partindo da pesquisa teórica integrada nas práticas artísticas do próprio autor, e do Trajeto Criativo, proposto pela artista-pesquisadora Sonia Rangel. Apresento uma reflexão baseada fundamentalmente em noções da Etnocenologia e Sociologia Compreensiva, refletindo sobre a função da joia no contexto contemporâneo. As aproximações dessas duas linhas teóricas vão além de autores em comum, como Michel Maffesoli e Renata Pitombo Cidreira: premissas como a atenção voltada para a complexidade social e suas relações com o indivíduo, e a importância da vivência e envolvimento do autor no fenômeno investigado. Ao observar os elementos formais presentes nas obras, foi possível aprofundar e discutir a Lapidação Criadora e suas Potências, relacionando-as com a Etnocenologia, (Jean Marie-Pradier, Armindo Bião e Miguel Santa Brigida), Estudos da Cultura, (João de Jesus Paes Loureiro), e Processos Criativos, (Sonia Rangel e Fayga Ostrower), voltadas para uma proposta de reflexão sobre a Lapidação Criadora no design de joia contemporâneo na Amazônia.

     

     

  • SUZANA DE SOUSA DA LUZ
  • ESTRATÉGIAS DE IMPROVISAÇÃO EM DANÇA

  • Data: 21/06/2017
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  • A presente pesquisa tem o objetivo de investigar recursos de preparação para a construção de um espetáculo de improvisação em dança junto aos integrantes do Grupo de Pesquisa Coreoepistemologias, da Universidade Federal do Pará (UFPA). O conceito de improvisação aqui apresentado pauta-se em MARTINS (2003) e como conceito também pertinente destacam-se MUNIZ (2015) e FREITAS (2012). A metodologia aplicada lança mão de laboratórios cênicos que utilizam a improvisação em dança como resultado cênico, sendo o espetáculo criado no instante da sua execução. Adotou-se ao longo da pesquisa o uso de roteiro pré-estabelecido, no qual o enredo da história é previamente definido, deixando a cargo dos bailarinos a resolução da cena e sua movimentação. Tendo como resultado um experimento artístico no qual, a partir da utilização de roteiros e das conexões entre os corpos dançantes participantes, o processo de criação é simultâneo ao processo de contemplação.

  • ANNA CECÍLIA DE OLIVEIRA SILVA
  • Mulheres em mim:  trajetória dançada do corpo metafenômeno

  • Data: 20/06/2017
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  • Essa escrutura reporta à investigação teórico-prática do processo criativo denominado "Mulheres em mim", localizado na Linha de pesquisa 1-poéticas e processos de atuação em artes. O estudo nasce no âmbito da dança e busca compreender como o corpo, entendido enquanto organismo pulsante da pesquisadora, pode ser modificado em seu estado psicofísico durante a efetuação de artifícios metodológicos úteis a vivências laboratoriais de criação, sendo denominado, para esta pesquisa, corpo metafenômeno, conforme significado aplicado ao termo por José Gil. O material disposto no memorial, assente em ocorrências insurgidas durante a investigação artístico-científica e abrangedor de conteúdos que se referem, sobretudo, à transcursão do trabalho artístico em desenvolvmento, aborda temas procedentes dos sujeitos pesquisados em sua inferência na composição de rotas poéticas, dos procedimentos metodológicos aplicados operacionalmente, da relação do corpo com o espaço e da preparação corporal. Para tanto, convoco autores com a linguista brasileira Cecília Salles, o filósofo português José Gil, o ator e teórico brasileiro Renato Ferracini, o diretor polonês Jerzy Grotowski e as pesquisadoras, no âmbito da dança, Patrícia Leal e Ana Flávia Mendes, entre outros estudiosos, a me subsidiarem em tais alocuções. A exploração pretende indicar, ao invés de adotar, criar ou fixar, impositivamente, paradigmas voltados a modos de consecução de um processo criativo em dança, ponderando o assunto a partir da noção de integração corpóreo psíquica do bailarino e da alteração do estado do corpo e da consciência no momento dos laboratórios cirativos, além de considerar o lugar de onde a pesquiadora fala, qual seja o de intéprete-criadora.

  • JUAN MARTIN PEREZ GARCIA
  • Diante da cidade: uma poética do ao mesmo tempo.

  • Data: 20/06/2017
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  • Esta pesquisa, inserida na linha de processos de criação e atuação em artes, centra-se na análise do processo criativo de trabalhos fotográficos produzidos durante o mestrado, dentre eles: Palacete Faciola, Réquiem para Bayard, Deambular, e A Cidade. Tomando como eixo a cidade, abordando-a como ideia, como conceito, na elaboração dos ensaios mencionados, se indaga sobre diferentes possibilidades de construção do objeto fotográfico, considerando as particularidades da fotografia encenada.  A partir desse processo, se estabelecem também uma série de considerações sobre a prática fotográfica, e sobre como essas reflexões influenciam o processo de criação. Essas considerações se referem principalmente a relação fotografia e cidade, fotografia e outras artes, fotografia e ficção, e fotografia e experiência. Nesse sentido é adotado o conceito de experiência expressado por John Dewey, e este é relacionado com os conceitos do ao mesmo tempo e ação fotográfica de François Soulages

  • BRENO FILO CREAO DE SOUSA GARCIA
  • Máquina-Rota: um jogo cartográfico e suas linhas inventivas

  • Data: 14/06/2017
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  • Este trabalho constitui o traçado de criação do jogo de cartas intitulado "Máquina-Rota", com suas linhas compositivas e teóricas. Nesta escritura experimental, diferentes modalidades de jogos e dinâmicas processuais de coletivos artísticos são vivenciadas em suas potencialidades cartográficas; máquinas expressivas são inventadas por artistas destes coletivos, deflagrando maneiras de experimentar as ideias em arte de forma potente; e inquietações impulsionam o artista-pesquisador a elaborar um jogo, operando a ideia de minoridade nos arcanos maiores do tarô. Nesta trajetória de pesquisa, é acionada uma clave de pensadores poéticos na literatura, teatro, artes visuais, imaginário popular e nos jogos; pensadores filosóficos atuantes no campo da diferença; e experiências ficcionais com histórias de vida, constituindo um processo de individuação transversal entre pesquisa e vida. Uma máquina molecular, que emite possibilidades de construção e desconstrução de si, para intensificar a existência.

  • BRENA GOMES RIBEIRO
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    ALMA DE PAPEL: Proposta conceitual para um curta-metragem de animação stop motion em devir.

     

     

     

  • Data: 26/01/2017
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  • Nesta pesquisa, apresento um estudo sobre o Cinema de Animação, a partir de conceitos proporcionados por autores cujasanálises aproximam-se da esfera simbólica da história do cinema. Partindo do princípio do professor, escritor e pesquisador de multimídia brasileiro Arlindo Ribeiro Machado Neto (1949-) de que o cinema materializa um movimento milenar de “representação do imaginário”, e ainda como o pensamento de Edgar Morin em descortinar a realidade semi-imaginária do homem, dialoga com a face “noturna” do filósofo francês Gaston Bachelard(1884-1962), ou seja, sua “metafísica da imaginação poética” e sua sistemática de investigação da gênese da imagem poética a partir dos arquétipos dos 4 (quatro) elementos da natureza (ar, água, terra e ar), ao qual acrescento mais um (elemento éter). Para conduzir o presente trabalho, admito, como objetivo precípuo, demonstrar a ligação entre o modus operandi da criação de um filme, ou seja, os procedimentos metodológicos utilizados em sua feitura, e a sua faceta consequente do contexto histórico-social vivenciado e experienciado por seu(s) criador(es), contexto esse em plena influência amalgamada ao devir do imaginário destes. Assim sendo, por necessidade de me ater aos objetivos, acautelo-me, no decurso da pesquisa, em evitar o aporte teórico no sentido do rompimento com as abordagens estritamente históricas, sobretudo com as que privilegiam a decomposição e síntese de movimento e a invenção de dispositivos técnicos, tais como do cinematógrafo, criado pelos irmãos franceses August M.L.N. Lumière (1862-1954) e Louis J. Lumière (1864-1948),  e as que reduzem o cinema de animação a conteúdo de manuais técnicos de como fazer Cinema de Animação. Enquanto resultado em andamento de um produto artístico-científico, empenho-me em criar um filme curta-metragem de animação, intitulado Alma de papel, no contexto do Laboratório de Animação das Oficinas Curro Velho da Fundação Cultural do Pará, procurando compreender as etapas processuais da referida criação acorde os preceitos, mais acima citados, do contexto histórico-cultural, do devir criativo e do modus operandi inerentes ao momento, ao lugar, às singularidades inerentes ao meu imaginário e idiossincrasias expressivas, além dos meios materiais disponíveis.

2016
Descrição
  • NATASHA KEROLEN LEITE DA SILVA
  • DIÁLOGOS DE LUZ: uma artista-iluminadora-pesquisadora em busca da visibilidade poética da luz

  • Data: 19/12/2016
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  • Esta pesquisa, desenvolvida no curso de Mestrado em Artes do PPGARTES/UFPA, compreende o trajeto criativo da autora, artista-iluminadora-pesquisadora. A inquietação parte de experiências da autora como bailarina e desemboca em seu processo artístico como iluminadora, observadora e coparticipante da cena, fazendo um apanhado teórico sobre a função dramática, estética e espetacular identificadas na iluminação cênica. Partindo de experimentações em iluminação no Coeltivo Alumiá e de exercícios vivenciados nas disciplinas do mestrado, a autora propõe uma metodologia a partir da associação dos elementos na natureza (água, terra, ar, fogo e éter) com os aportes teóricos que embasam o estudo, quais sejam: a visibilidade, de Calvino, pelo “pensar por imagens”, os arquétipos de elementos da natureza propostos por Bachelard e a ideologia de Trajeto Criativo, de Sônia Rangel. A dissertação apresenta como proposição para a criação em iluminação a estratégia da Metodologia dos Elementos, que está diretamente relacionada com a operacionalização do processo criativo, sendo apontadas aí as ações do fazer artístico.

  • LUCAS PADILHA DE SOUSA
  • Eu amo tudo o que não presta. Punk e poética em trinta anos de Delinquentes.

  • Data: 21/11/2016
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  • O presente trabalho busca compreender, através de uma linguagem poética, a representatividade da banda paraense Delinquentes para a cenário de rock na cidade de Belém. Com trinta anos de atividades, a banda Delinquentes é uma das principais referências da cena rock de Belém atuando sempre de forma independente e, no chamado, meio underground. A pesquisa foi realizada, principalmente, através de entrevistas e o resultado disso é a produção de um filme documentário sobre a banda, abordando o contexto de quando ela fora criada; as relações que eles estabeleceram com os outros personagens da cena local e a produção e o processo de criação da banda. O trabalho escrito em forma de memorial, busca recriar um dos mais importantes meios de divulgação das bandas independentes há três décadas: o fanzine. Além disso, propõe uma reflexão sobre a importância da banda na construção de uma cena musical underground que já não é mais tão primitiva e amadora, mas que precisou se profissionalizar e se adequar aos novos modelos de comercialização da música.

  • DEBORA CARDOSO PINHEIRO
  • "Sinfonia MUSDAN" musicalizando a dança : Em busca de uma educação músico-corporal direcionadas aos processos de criação e  atuação em dança

  • Data: 08/07/2016
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  • Sinfonia MUSDAN faz menção às iniciais do título desta pesquisa, tal como encontram-se em destaque, e trata da intenção de se fazer MUSicalizar a DANça com vistas a satisfazer as necessidades musicais desta área de conhecimento, levando em consideração as vivências na disciplina “Música e Dança” do curso de Licenciatura em Dança da UFPA. Destaca-se como objetivo geral: Investigar formas de conceber um ensino e aprendizagem a partir do estudo das possibilidades de movimento do corpo, em busca de uma educação músico-corporal direcionada aos processos em dança. Para tanto, foram experimentadas em laboratório formas de relacionar Dança e Música em um só fazer, entrelaçando Fatores de Movimento (LABAN, 1989) e Parâmetros do Som (SCHAFER, 1991), de modo que alguns elementos da música fossem compreendidos através dos movimentos do corpo, da própria dança. Para isso, foram aplicadas as perspectivas e princípios de autores como: Klauss Vianna, Ciane Fernandes, que falam sobre consciência corporal e estudo dos movimentos corporais; Fayga Ostrower, Lenora Lobo e Cássia Navas e Sonia Rangel, que falam sobre processos de criação; Jaques- Dalcroze, Marisa Fonterrada, Teresa Mateiro e Beatriz Ilari, que falam sobre as pedagogias em educação musical; Maria Fux, Maria Mommensohn e Paulo Petrella, que falam sobre a relação entre música e dança. Além destes, utiliza-se Bakhtin, como um meio para que se faça compreender a concepção de diálogo estabelecida entre as duas artes. A pesquisa revelou caminhos para uma apropriação da música pela dança e por meio dela, tanto para professores, quanto para alunos, artistas da dança e coreógrafos, de modo que estes possam desfrutar conscientemente de outras possibilidades de pensar seus processos.

  • PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA GOMES
  • A ARTE POPULAR ENTRE O REAL E O FANTÁSTICO: o imaginário na xilogravura e no cordel de J. BORGES.

  • Data: 08/07/2016
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  • A arte popular entre o real e o fantástico: o imaginário na xilogravura e no cordel de J. Borges usa uma investigação sobre a Arte Popular através do estudo da arte de J. Borges e os vários olhares voltados a esse tema desde a primeira metade do século XX. A pesquisa sublinha o entendimento e o posicionamento de artistas e estudiosos sobre o papel da arte do povo brasileiro na criação de uma identidade nacional e cultural, assim como o espaço da arte popular no sistema de arte; particularmente os aportes de Mário de Andrade e Lina Bo Bardi e as considerações de Gilbert Durand e Michel Maffesoli sobre o imaginário. Ao longo dessa narrativa é traçado um panorama possível da arte popular e sua evolução (ou evolução do seu estudo e debate) para ambientar e situar o tema historicamente até os dias atuais. Em meio a isso, a pesquisa apresenta o artista pernambucano J. Borges, reconhecido por seus cordéis e suas xilogravuras. O trabalho tenta demonstrar como o artista é influenciado pelas mais diversas questões e transpõe isso para seu trabalho, fazendo dele um relato de experiências cotidianas, sociais e imaginárias. Pesquisa bibliográfica com entrevistas e observações de campo e de vida se encontram para construir este trabalho e formar uma base - entre tantas possíveis - sobre a qual se pode pensar e discutir a arte popular brasileira.

  • WAGNER DE LIMA ALONSO
  • A MÚSICA NOS FILMES UM DIA QUALQUER E BRUTOS INOCENTES DE LÍBERO LUXARDO.

  • Data: 08/07/2016
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  • Nesta pesquisa, exploramos, com base nos filmes ficcionais Um dia qualquer e Brutos inocentes de Líbero Luxardo, ambos integrantes do chamado Ciclo Amazônico de sua produção de cineasta, as relações entre música instrumental e cena em sua síntese, naquilo que se pode afirmar não ser mais apenas imagem e tampouco música isoladas, mas um amálgama característico da linguagem cinematográfica, ou das expressões. Nesse estudo, que se inscreve na linha de pesquisa Trânsitos e estratégias epistemológicas em artes nas amazônias, pretendemos explicar o processo de criação cinematográfica de Líbero Luxardo ao utilizar a música nos filmes do Ciclo Amazônico referidos; contribuir para as pesquisas teórico-reflexivas sobre o cinema a partir da produção local; e colaborar para a difusão da relevância da música na constituição da linguagem cinematográfica. Dessa maneira, consideramos, neste trabalho, um filme como obra singular, dotada de autonomia, capaz de estabelecer um texto em que a leitura seja engendrada pelas características de sua narrativa e seus dados visuais e sonoros. Para realizar o estudo, não empregamos integralmente nenhuma proposta metodológica fundada em pré-concepções, antes utilizamos um modelo diverso, fundado na Filosofia que nos oferece uma abordagem do objeto denominada Fenomenologia, a qual julgamos mais adequada ao nosso trabalho, por valorizar um modo de tentar dizer o que as coisas são pela sua descrição enquanto fenômeno, por entender que o exterior e o interior das coisas coincidem, ou seja, que uma coisa é como ela é, de tal modo que, se desejarmos dizer o que algo seja, devemos percebê-lo, contatá-lo como fenômeno, como algo que se processa em nosso campo perceptivo e, a seguir, sem pré-noções, descrevê-lo. Essa abordagem norteará todas as etapas descritivas. Assim, nosso percurso na análise dos filmes foi direcionado pelo seguinte ciclo: identificação das sequências do filme nas quais há música instrumental incidental; descrição das imagens das sequências selecionadas; descrição da música das mesmas sequências; identificação das relações entre música e imagem; e, finalmente, comentários sobre as relações entre imagem e música em cada cena, relacionando-os, quando possível, com a bibliografia sobre o assunto. Também consideramos que os filmes de Luxardo devem ser tomados como obras inscritas numa história das formas e estilos cinematográficos, assim, na última etapa proposta, estabelecemos um diálogo das relações identificadas entre música e imagem de seus filmes estudados com algumas teorias existentes sobre o tema, e utilizamos como pressupostos teóricos, principalmente, Carrasco (2003), Chion (2011, 2015), Matos (2014), Radigales (2008), Tragtenberg (2008) e Xalabarder (2013), signatários da ideia de que música e cena em suas relações ampliam as possibilidades de significações e ressignificações na percepção do espectador. As teorias que subsidiaram a pesquisa foram obtidas por pesquisa bibliográfica em meios impressos e digitais. Com esse modelo, buscamos um equilíbrio entre o teor interpretativo dos comentários e o fornecimento de informações que possam torná-los verificáveis, estimulando o debate e a continuidade da construção desse conhecimento.

  • MÁRCIO LINS DE CARVALHO
  • JOURNEY: O JOGO E A EXPERIÊNCIA COMO FONTE DE CRIAÇÃO

  • Data: 07/07/2016
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  • A presente dissertação aborda a experiência com jogos (games), focada em estudo de caso que considera a análise da imagem, a experiência e os modos de mediação propostos pelo jogo Journey (TGC, 2012). Para tanto, observa-se as características interativas, simbólicas, de interface e de funcionalidade do jogo em questão e suas possibilidades de diálogos estéticos com outras formas de artes, como os quadrinhos e a ilustração. Nessa perspectiva, valemo-nos de teorias e autores que consideramos pertinentes ao estudo de caso e relacionáveis a aspectos importantes para a abordagem do jogo (Johan Huizinga; Roger Caillois; Eric Zimmerman; Katie Salen), do imaginário (Gilbert Durand; Philippe Malrieu), da experiência em geral e da experiência estética em particular (Robert Solomon; John Dewey) e da linguagem e da mídia (Lucia Santaella; Julio Plaza; Monica Tavares). Tendo a interação lúdica como lente, promove-se uma análise dos meandros do jogo, suas relações com o(s) jogador(es), as questões propostas durante e no fim de sua experiência para, assim, compreender como ocorre o mimetismo com outros meios de expressão que não apenas o próprio jogo. Os atravessamentos teóricos tendem a cooperar com os estudos do jogo enquanto campo expandido da arte.

  • ALEXANDRA CASTRO CONCEICAO
  • O CINEMA DE VICENTE F.CECIM NOS ANOS 70

  • Data: 06/07/2016
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  • Este memorial versa sobre o meu processo criativo e as obras cinematográficas de Vicente Cecim nos anos 70. A abordagem foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica e de duas entrevistas: uma com o artista titular deste trabalho e outra com o Prof. Dr. João de Jesus Paes Loureiro. A trajetória da pesquisa objetiva à elaboração de um documentário, fruto desta pesquisae um memorial sobre meu processo criativo do documentário e pesquisa e análise crítica sobre os filmes realizados por Vicente Cecim, nos anos 70. O trabalho tem como objetivo geral apresentar o cineasta Vicente Cecim, em suas múltiplas atividades: seus pensamentos, suas ideias e vivências, bem como as suas obras cinematográficas. Como objetivos específicos, procuramos descrever os meandros utilizados em meu processo criativo; discutir a produção cinematográfica de Vicente Cecim, nos anos 70; analisar de forma estética e artística a produçãodas obras fílmicas de Vicente Cecim nos anos 70. As metodologias utilizadas foram a fenomenologiae o empirismo, a partir da realização de um documentário sobre Vicente Cecim e um memorial. Para fundamentação teórica foram utilizados os seguintes autores: Consuelo Lins, Milton Ohata, Gilles Deleuze, Andre Bazin, Pedro Veriano, Jacques Aumont; Andrei Tarkovski, Gilbert Durand.

  • OTAVIA FEIO CASTRO
  • GUARDA-ROUPA ENCANTADO:Espetacularidade das Roupas de Caboca do Terreiro Estandarte de Rei Sebastião, Outeiro - Pará.

  • Data: 30/06/2016
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    Fundamentada na Etnocenologia em sua perspectiva transdisciplinar, esta pesquisa buscou compreender a espetacularidade das roupas utilizadas por Mariinha de Jesus Costa Feio, mãe-de-santo e zeladora do Terreiro Estandarte de Rei Sebastião, localizado na Ilha de Outeiro, no Pará. As roupas são vestidas em dias que se festeja as entidades cabocas do Tambor de Mina, Herondina e Maria Légua – chefa e contra-chefa da mãe-de-santo respectivamente – e que pertencem a uma categoria de encantados do panteão mineiro – conforme Luca (2010), os encantados são descritos como os que não passaram pela experiência da morte e fizeram morada em encantarias: matas, rios, entre outros ambientes. Para compreensão dessas roupas e vivência plena junto ao fenômeno pesquisado, valeu-se dos pressupostos da pesquisa etnográfica de Geertz (2014); o período de vivência no terreiro compreendeu de junho de 2015 a maio de 2016, no qual se vivenciou duas festas: da caboca Herondina em agosto e da caboca Maria Légua em dezembro. Esta pesquisa visa contribuir para os estudos etnocenológicos na Amazônia, tendo em vista a força e a tradição do Tambor de Mina no Pará. Destaca-se também a importância para os que trabalham com roupas em um contexto geral e mais especificamente aos figurinistas, pois durante as reflexões e escrita desta dissertação, assumi a proposição autoral da Figurinista-Etnocenológica, que necessita exercitar constantemente o olhar ontológico – no sentido elaborado por Paes Loureiro (2008). Exercício este que ajudou a compreender o caráter espetacular dessas roupas, que para sua feitura atendem especificidades previamente organizadas, sobressaindo o que a mãe-de-santo deste lugar diz sobre as suas cabocas e os mitos relacionados a Dona Herondina e Dona Maria Légua.

     

  • ELIANE CRISTINA NOGUEIRA FERREIRA FONSECA
  • BANDAS E FANFARRAS ESCOLARES:PROCESSOS DE ENSINO NA PREPARAÇÃO PARA O FESTIVAL DE BANDAS E FANFARRAS DE SANTARÉM (PA).

  • Data: 30/06/2016
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  • Esta dissertação apresenta pesquisa sobre processos de ensino em bandas de música que participaram do IX Festival de Bandas e Fanfarras de Santarém (PA) – 2015. O objetivo geral consistiu em investigar os processos de ensino nas bandas e fanfarras escolares na preparação para referido Festival. A importância desta pesquisa está na necessidade de investigar a educação musical em Santarém, em face de seu destaque cultural na vida social local, em especial o ensino em banda no contexto da educação básica na preparação para o Festival de Bandas e Fanfarras Escolares, como contexto gerador de práticas socioculturais e educativas que podem ajudar a identificar processos de ensino na atuação de professores de música deste município. Foram aplicadas entrevistas em história oral junto a quatro instrutores e/ou regentes de três bandas de três escolas públicas daquela localidade. As entrevistas foram transcritas, textualizadas e por fim transcriadas em narrativas. Assisti a ensaios dessas bandas, bem como às suas apresentações nos desfiles cívicos e no Festival e fiz a descrição densa, detalhada e extensiva do que observei em campo. As informações foram interpretadas analisadas a partir das noções de habitus e campo. Os resultados da pesquisa apontaram “princípios”, “métodos” e “procedimentos técnicos” que parecem ser as marcas de uma pedagogia própria do mundo das bandas e fanfarras escolares de Santarém – pelo menos daquelas que investiguei e participam dos desfiles e do Festival e neste pretendem alcançar destaque. São modos de sentir, pensar e agir a uma vez artísticos e sociais, reciprocamente implicados que denomino de “pedagogia do todo”, porque já não se trata de um ensino estritamente musical, mas artístico e também de gestão, no qual se ensina e se aprende a fazer tudo.

  • EDSON SANTOS DA SILVA
  • A PRESENÇA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA MÚSICA DE WALDEMAR HENRIQUE

  • Data: 29/06/2016
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  • Waldemar Henrique compôs diversas canções, peças para piano solo, coro, orquestra, músicas para novela, teatro e filmes inspirados no folclore amazônico, indígena, nordestino e nas representações das crenças e dos hábitos das populações afrodescendentes na Amazônia e no Brasil. A presença da cultura afro-brasileira na obra de Waldemar Henrique pode ser percebida pela simples observação das letras, ritmos e gêneros utilizados em diversas de suas obras. Investigar os fatores que contribuíram para a presença da cultura afro-brasileira na obra deste compositor foi o objetivo principal desta pesquisa. Os específicos: fornecer informações contextualizadas sobre Waldemar Henrique; verificar como o compositor aborda a temática afro-brasileira em suas composições e, descrever e analizar as composições denominadas de “Pontos Rituais”. Para isso, foi necessária a busca de informações contextualizadas sobre a vida e a obra do compositor, verificando sua possível relação com pessoas ligadas à cultura afro-brasileira, e a análise de sua obra. Nosso ponto de partida foi a revisão da bibliografia disponível, tendo como referência o catálogo de suas obras publicado por Claver Filho (1978) e Miranda (1978), assim como foram consideradas as questões propostas por Béhague (1992), Durand (2001) e Blacking (2000), entre outras, a investigação das dimensões socioculturais e estético-ideológicas no estudo de um compositor, para a compreensão da sua produção musical. Diante da carência de escritos sobre o assunto em tela, foram realizadas coletas de dados em campo, em forma de entrevistas semiestruturadas, e “episódicas”, com personalidades musicais relacionadas ao maestro, que estudaram e analisaram suas obras. A partir dos resultados obtidos, é proposta uma classificação para as obras inspiradas ou que apresentam temas relacionados à temática afro-brasileira em três categorias e um catálogo atualizado da obra do compositor.

  • LAURA JANETH RUBIANO ARROYO
  • "Treinamento: Anatomia actancial. Um estudo sistematizado da cinesiologia, da biomecânica e das ferramentas didáticas das artes cênicas para o trabalho do atuante."

  • Data: 28/06/2016
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  • Este trabalho de investigação artístico-científica pretende sugerir a criação de um treinamento corporal baseado no estudo anatômico de alguns teóricos da dança e do teatro do século XX , mormente no que tange as suas ferramentas didáticas voltadas ao desempenho dessa arte cênica, o qual permita aperfeiçoar o uso da força compreendida e circunsoante aos fatores resistência, flexibilidade e elasticidade, objetivando dirimir as patologias e lesões apresentadas no âmbito do sistema músculo–esquelético das costas da população estudo. O texto apresenta estudos comparativos de anatomia, feitos pela pesquisadora, ligados aos conceitos de anatomia actancial e da adaptação patológica social. Ademais, os temas encontrados e criados durante a investigação apontam para o fato de que as ferramentas de ensino, quando inerentes ao trato de peculiaridades anatômicas, vinculam-se aos sistemas psicofísicos e de energia originados, açambarcados e nutridos pelo organismo em treinamento. A partir destes sistemas, surgem prospectos alicerçados na anatomia do movimento, na patologia da coluna vertebral e pedagogia e didática da formação actancial no treinamento de teatro e de dança, em um contexto examinado acorde sua integralização orgânica psicofísica. Em seu maior escopo, aqui empenha-se, por meio da linguagem cênica, lidar como tratáveis as lesões na região das costas do corpo humano de um grupo selecionado de indivíduos.

  • EDNÉSIO TEIXEIRA PIMENTEL CANTO
  • INVOCANDO SONS: CARTOGRAFIA DE UMA PRÁTICA MUSICAL DE KOTO NA COMUNIDADE NIKKEI DE BELÉM.

  • Data: 24/06/2016
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  • A pesquisa parte da pergunta: Como ocorre a prática musical da Associação de Koto de Belém? Para respondê-la parto da abordagem Etnomusicológica e do método da Cartografia para abordar está prática musical. Sendo uma prática musical nipo-brasileira emergem conceitos que permitam tramar os conhecimentos obtidos junto à Associação de Koto de Belém, partindo da vivência como membro do grupo, e compartilhando textos que me serviram para imergir na prática musical. Entre estes conceitos que compartilho nessa pesquisa há: Transterritorialização musical (SATOMI, 2004), Mudança musical (NETTL, 2005; BLACkING, 1995) e energia musical (NETTL, 2005). Pareyson (2005) e Rangel (2015) imergem na pesquisa como método de estruturação e formação da dissertação, onde há o recolhimento de pistas do próprio instrumento musical desta pesquisa (o Koto) para desenvolver as Invocações que constituem todo o texto.

  • PRISCILA ROMANA MORAES DE MELO
  • EMBUTIDOS GASTRONÔMICOS DE ESTRELITA E UISQUISITO: Memorial e Poética cênica de uma Palhaçaria Agridoce.

  • Data: 23/06/2016
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  • Com desejo de comer, Embutidos Gastronômicos de Estrelita e Uisquisito: Memorial e Poética Cênica de uma Palhaçaria Agridoce é um trabalho de pesquisa e processo de criação que junta na panela o real e o inventado neste meu cozinhar, utilizando o alimento e o ambiente da cozinha como fontes de inspiração para se chegar à escrita e à cena de uma Palhaçaria Agridoce. Esta se dá pela minha trajetória de doze anos na arte da palhaçaria, em que venho saboreando diversos gostos como o de ser palhaça e ser palhaço, nas figuras de Estrelita e Uisquisito, no grupo de teatro Palhaços Trovadores de Belém do Pará, há 17 anos em atividade. Este preparo apresenta a cozinha de um processo de pesquisa e criação cênico-poético do espetáculo Querem Caferem?, construído a partir das misturas de sabores das minhas memórias de infância, das minhas experiências de adulta e do meu fazer artístico. A criação da escrita poética traz um memorial de receitas recheado de práticas do meu cotidiano, práticas artísticas e das minhas relações afetivas. No memorial, traçamos uma cartografia temperada que põe em ebulição o meu corpo cartografado, levando-o para a cozinha-sala de ensaio, os processos metodológicos cozidos nos encontros, treinamentos e ensaios, experimentados no Projeto Palhaçadas de 5ª no decorrer da pesquisa, oferecendo-os ao paladar do leitor-comensal - o público -, bem como outras borbulhantes atravessamentos. Um projeto embebedado no ato poético da poesia pensante, junto de pensadores poéticos aqui chamados de meus “Mestres Cucas e Gastrônomos do riso”, pensadores, filósofos, poetas e artistas como Virginia Kastrup, Gilles Deleuze, Felix Guattari, Isabel Allende, Dona Benta, Mário Bolognese, Alice Viveiros de Castro, Andréia Pantano e Marton Maués, que trazem variadas iguarias para compor as misturas de sabores de uma gastronomia do riso: a minha escritura e criação artístico-acadêmica.

  • DAYSE MARIA PAMPLONA PUGET
  • AMANHECEU, PAID’ÉGUA! O SONHO CABANO FAZ SAMBA DE ENREDO NO CARNAVAL PARAENSE

  • Data: 23/06/2016
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  • A proposta desta pesquisa tem como foco, os processos criativos de três sambas de enredo compostos para três escolas de samba de Belém do Pará: Amanheceu, do Grêmio Recreativo Jurunense Rancho Não Posso Me Amofiná (1985); Paid’égua, do Império de Samba Quem São Eles (1986) e Sonho Cabano, do extinto Grêmio Recreativo Cultural e Social Acadêmicos da Pedreira. O objetivo geral é investigar aspectos dos processos criativos dos sambas de enredo: Amanheceu, Pai d’égua e Sonho Cabano. Os objetivos específicos visam conhecer a trajetória artística dos compositores dos sambas objetos do projeto; verificar os aspectos históricos das escolas de samba Grêmio Recreativo Jurunense Escola de Samba Não Posso Me Amofiná (Rancho), Império de Samba Quem São Eles e Escola de Samba Acadêmicos da Pedreira e analisar os sambas de enredo: Amanheceu, Pai d’égua e Sonho Cabano.  A pesquisa se fundamenta na Etnomusicologia. Para tanto, levou-se em consideração, a trajetória artística de seus compositores e o histórico das escolas de samba onde esses sambas se originaram. A metodologia apoia-se em entrevistas, com os compositores dos sambas e outras pessoas envolvidas na história e na composição dos sambas já citados, leituras e levantamento documental relacionado à Etnomusicologia, Carnaval, Carnaval paraense, samba, e samba de enredo.

  • RAFAEL SEVERIANO DE OLIVEIRA
  • OS TUPINAMBÁ NO BRASIL COLONIAL:Aspectos da transmissão musical.

  • Data: 22/06/2016
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  • Estudo etnomusicológico no qual busquei compreender, a partir de relatos históricos, aspectos da transmissão musical da sociedade Tupinambá no Brasil colonial. Estudos sobre tal sociedade evidenciam que os diversos saberes culturais eram mantidos e transmitidos mediante práticas rituais que ocorriam na sociedade. Estas práticas eram então, além de celebrações, o momento no qual um conjunto de saberes era transmitido às gerações mais novas pelas mais velhas, sendo um locus de circulação e apropriação de saberes: as gerações mais velhas educavam as mais novas para seguirem com o modelo social. A transmissão de saberes ocorria também no cotidiano da sociedade. Em ambos os casos a apropriação dos saberes tradicionais implicava na existência de processos de criação e recriação destes mesmos saberes. A suposição é que os saberes musicais eram transmitidos da mesma maneira: nas práticas cerimoniais, rituais e cotidianas. A metodologia constou de análises dos relatos históricos interpretados à luz de pressupostos da Etnomusicologia, Educação e Etnologia, e uma ampla contextualização da sociedade em questão, sobretudo dos contextos que chamei de contextos musicais. O recorte temporal focaliza os séculos XVI e XVIII, período no qual as principais fontes foram produzidas. Como contribuição geral, pretende-se aprofundar os conhecimentos sobre os Tupinambá, em especial sobre aspectos musicais, bem como contribuir com a Etnomusicologia das sociedades indígenas das terras baixas da América do Sul. As conclusões alcançadas por este trabalho apontam que a transmissão musical ocorria nas práticas cerimoniais, rituais e cotidianas, e apresentam aspectos de tal transmissão.

  • HELLEN KATIUSCIA DE SA CONCEICAO
  • TEM DEUS GREGO NA ENCANTARIA CINEMATOGRÁFICA DA AMAZÔNIA: uma mitoanálise do filme “Juliana contra o jambeiro do diabo pelo coração de João Batista”

  • Data: 22/06/2016
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  • Esta dissertação apresenta a mitoanálise do curta-metragem paraense de 2011 “Juliana Contra o Jambeiro do Diabo pelo Coração de João Batista”, escrito e dirigido pelo cineasta Roger Elarrat. A mitoanálise objetiva apontar vestigios do deus grego da morte, Thanatos perpassando o enredo do filme.Utilizo“A Jornada do Herói” (ou teoria do Monomito), desenvolvida pelo norte-americano Joseph Campbell, somada ao universo da Mitoanálise (ou Mitanálise) do francês Gilbert Durand, como embasamento teórico. Para o procedimento metodológico deste trabalho, recorro à zona de sfunatto, de Paes Loureiro. Para legitimar este sfumatto, inauguro a linguagem lúdico investigativa como meio expressivo a dar voz a um texto lítero-científico. Transgredindo com os moldes acadêmicos da escrita dissertativa, apresento ao leitor uma narrativa ficcional reflexiva, no corpo de um conto fantástico repleto de personagens conceituais desenhados por mim, os quais conduzem o leitor à compreensão do passo-a-passo da mitoanálise apresentada.

  • NILZE DE SÁ SAMPAIO
  • DO CINEMA À EDUCAÇÃO: TRÂNSITOS MUSICAIS NA CONCEPÇÃO DE VIDEOAULAS.

  • Data: 16/06/2016
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  • SAMPAIO, Nilze. Do cinema à educação: Trânsitos musicais na concepção de videoaulas. 2016. 143 fls. Dissertação (Mestrado em Artes) – Programa de Pós-Graduação em Artes, UFPA, Belém.

    Esta pesquisa teve como objetivo fazer o estudo da concepção musical de videoaulas a partir dos usos musicais do cinema, utilizando-se como referência principal os conhecimentos de Michel Chion, através das obras “A audiovisão” (2011) e “La música en el cine” (2014). Embasam também este estudo, no que se refere: à estrutura da linguagem cinematográfica, Martin (2013) e Mascelli (2010); à semiótica discursiva, Barros (2005) e Souza (2015, 2008, 2006); à arte e educação, Duarte (2000); à educação a distância, Litto (2010), Santos, Fassbender e Evangelista (2015) e Moran (2002); à videoaula, Santos, Fassbender e Evangelista (2015), Moran (1995, 2009, 2015), Anderson e Dron (2011, tradução 2012), Mattar (2014), Filatro (2009), Silva (2015), Spanhol e Spanhol (2009), Vargas, Rocha e Freire (2007). A presente pesquisa se justifica pela mudança que vem ocorrendo no âmbito da educação, fortemente influenciada e dinamizada pelas tecnologias da informação e da comunicação, e ainda pela necessidade de unir a estética à educação, em busca de processos de ensino-aprendizagem que considerem as particularidades humanas, incluindo a dimensão do sentir nesse processo. A análise foi realizada com base na semiótica discursiva e em dois instrumentos criados pela pesquisadora: o Mapa sonoro/musical, que procurou identificar de um modo geral o discurso e questões didáticas, e de um modo específico, aspectos musicais como a questão das dominantes sonoras, dos usos musicais e dos pontos de utilização e sincronização da música na produção de sentido; e a Lista sintética dos usos musicais, em que foram apresentados os usos musicais segundo Chion, a descrição e exemplificação respectiva. Também para auxílio na análise foi definida a seguinte tipologia de videoaulas: videoaula vídeo educativo/instrutivo, videoaula modelo presencial e videoaula com variedade de recursos discursivos. Mediante esses conhecimentos buscou-se esclarecer a questão de “Como a música pode ser utilizada na concepção de videoaulas, a partir dos seus usos no cinema?”. Percebeu-se após as análises que a presença da música varia conforme o tipo de videoaula e o seu momento de utilização. Assim, nas videoaulas com maior variedade de recursos discursivos, como os tipos vídeo educativo/instrutivo e com variedade de recursos discursivos, notou-se maior presença da música para a materialização do discurso. Inversamente, nas videoaulas com menor variedade desses recursos, notou-se uma menor presença musical, como no tipo modelo presencial. Quando a música é pensada na concepção da videoaula, de um modo geral, também é maior sua possibilidade de uso do que quando trabalhada na videoaula já gravada. Esses são processos de trabalho distintos, mas que deverão ter em vista o uso da música para reiteração e materialização do discurso. Os usos musicais mais frequentes foram: continuidade, fluência do filme; representação simbólica; continuidade e descontinuidade dos planos sonoros; sincronização; temporalização da imagem; coestruturação e coirrigação; e movimentação das imagens. Diante do exposto, concluiu-se que a música é um elemento pedagógico, um recurso discursivo da videoaula que pode ser utilizado para a sua coestruturação e para questões audiovisuais fundamentais, possibilitando uma educação estética.

  • BRISA CAROLINE GONCALVES NUNES
  • DA ILUSTRAÇÃO DE LIVRO INFANTIL AO IMAGINÁRIO AMAZÔNICO: Mergulhos em "A história das crianças que plantaram um rio."

  • Data: 15/06/2016
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  • Essa pesquisa se lança no universo da imagem para livro infantil, tendo como objetivo geral, analisar a interação verbo/visual no livro paraense “A história das crianças que plantaram um rio” (2013) a partir de uma compreensão complexa das imagens. A pesquisa se desenvolve em três capítulos: o primeiro reúne páginas da história da ilustração, percorre as suas origens, o contexto europeu, a ilustração brasileira e alcança algumas considerações sobre a ilustração infantil no Pará. O segundo capítulo trata das nuances teóricas da pesquisa, apresenta as bases epistemológicas dos Estudos Visuais sob a introdução de Domènech e seu conceito de “ecologia”, seguido pelo conceito de “mimese” aristotélica, revisitado por Guerbauer e Wulf, pelo qual encontramos as produções estéticas como fenômenos inscritos no território simbólico e aportamos no campo do imaginário, sob a ótica de Gilbert Durand. O terceiro capítulo se dedica à análise do livro mencionado, aspectos concernentes às relações entre texto, imagem e suporte, seguidas de leitura das imagens e suas ressonâncias simbólicas. A metodologia consiste em uma abordagem qualitativa para os dados levantados, em uma pesquisa de tipo exploratório-descritiva, com procedimentos de pesquisa bibliográfica e documental, desdobrada em estudo de caso. Esperamos que esta investigação contribua para os estudos no campo da visualidade e para o campo cultura amazônica, bem como para a compreensão da imagem enquanto objeto de conhecimento.

  • ANA CAROLINA MAGNO DE BARROS
  • Pele de Terra, minha morada: Memorial da criação do ritual cênico-erótico em diálogo com a obra Magma de Olga Savary

  • Data: 10/06/2016
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  • Este memorial mostra o processo criativo do ritual cênico-erótico Pele de Terra: minha morada construído em diálogo com a obra Magma de Olga Savary. Baseado na imagem como operador metodológico (RANGEL:2009), esta pesquisa consta do referido ritual cênico-erótico a ser apresentado em espaços públicos  da cidade de Belém; um ensaio em que compreendo com signos do erótico (BATAILLE:2013), do sagrado (MAÇANEIRO:2011) e do mito (CAMPBELL:1990) na figura das Uroboros, a imagem que serpenteia a escrita, o meu percurso de criação; o diário da encenadora, que contém uma cartografia (PASSOS;KASTRUP;ESCÓSSIA:2009) de imagens em forma de poesia, desenhos, pinturas e colagens, dispositivos utilizados para conceber a encenação (ROUBINE:1998); e o diário de cena, um relato respeitando a estrutura literária do diário em que narro o dia a dia dos ensaios e apresento o roteiro do ritual. Neste trabalho mostro como o ato criador se desdobra em novas obras, numa circularidade similar a das Uroboros, como num ritual erótico. 

2015
Descrição
  • ANTONIO JUVENIL DA FROTA
  • A LUZ, O TEMA E A TÉCNICA: A RELAÇÃO IMPRESSIONISTA NAS PINTURAS DE PAISAGENS DE PINTO GUIMARÃES.

  • Data: 17/12/2015
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  • Trânsitos e estratégias epistemológicas em Arte nas Amazônias é a linha de pesquisa que se vincula esta dissertação. Tem como objeto de estudo as pinturas de paisagens de Pinto Guimarães, desenvolvidas durante a segunda metade do século XX. Relaciona as suas características estilísticas às das pinturas impressionistas produzidas na França na segunda metade do século XIX. Tem como objetivo examinar as pinturas do artista paraense Pinto Guimarães, tanto nos seus aspectos procedimentais de execução, quanto na escolha temática dos cenários e dos motivos paisagísticos, bem como a visualidade da técnica pictórica. A metodologia é teórica com aporte documental e biográfica. Examina pinturas produzidas pelo artista no período de 1963 a 1997 à partir de obras originais e da leitura de fotografias de obras importantes, mas não encontradas em acervos. Reúne autores da história da arte que tratam dos fundamentos da escola impressionista francesa, dentre os quais destacam-se Argan (1992), Balzi (2009), Cavalcanti (1981), Gompertz (2013), Lobstein (2010), Mason (2009), Newall (2011), Serullaz (1989) e Hauser (1998). Esclarece-se o legado visual que as pinturas de paisagens trouxeram para a contemporaneidade da arte pictórica em Belém, conforme as influências estilísticas que elas estavam submetidas durante o período em que foram realizadas. Disso resulta que o estudo aponta para as marcas objetivas de existência de um impressionismo na obra do artista e de características vinculadas à modernidade, mas também, revela as verdadeiras motivações que conduziram o autor para o desenvolvimento das suas pinturas de paisagens.

  • ALCIDEAN AUGUSTO BRASIL PRADO
  • AMAZONIANA,TRANSZAMAZÔNIA,TRANSARTE – A GEOESTÉTICA

  • Data: 17/08/2015
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  • Em Amazoniana, Transzamazônia, Transarte: a Geoestética abordar-se-á questões sobre
    o lugar da imagem na Amazônia, o lugar da matéria na região, o lugar do tempo na
    Amazônia. Como esses ciclos de tempos entre o espaço da imagem, o território da
    matéria e a entropia se dão na Amazônia, é o que decidirá quando e como surgem os
    ciclos da Amazoniana. Amparado no objeto de pesquisa, o projeto Amazônia, lugar da
    Experiência1, começa a pensar a região pelo substrato do projeto, a Coleção Amazoniana
    de Arte, para chegar à Amazônia como objeto maior a ser investigado na compilação dos
    quatro ensaios de visualidade, os quais são subdivididos por sete mônadas². Partindo
    para a Amazônia por questões suscitadas pela Amazoniana e com o objetivo de trazer à
    luz os efeitos e estados da região sobre questões da Estética, da Imagem e da Arte para
    discutir domínios da visualidade sob o desenvolvimento da Amazônia, a partir de uma
    pergunta: “Qual o lugar da imagem na Amazônia?”.

  • VALDEMIR VINAGRE MENDES
  • INMUI – UM INSTRUMENTO MUSICAL UIRAPURINO COMO CANAL COMUNICACIONAL WEB EM UMA TRANFIGURAÇÃO ESTÉTICA TEMPORAL

  • Data: 01/07/2015
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  • Este trabalho apresenta um instrumento musical virtual para o gênero musical uirapuruverdadeiro, expressando uma das linguagens musicais presentes nas pesquisas de Albery Albuquerque Junior, linguagem esta baseada na musicalidade do universo sonoro dos animais, denominada de Música Viva da Floresta. Trata-se de um projeto de software de comunicação síncrona, constituindo-se de um dispositivo de cristalização deste gênero musical, no entanto, transfigura-se esteticamente dentro dos processos de transmissão de dados que as redes web oferecem atualmente. Dessa forma, utilizando mecanismos de aleatoriedade temporal, apresenta assimetria nas sonoridades executadas, causadas pelas variações de velocidades em que os dados são enviados na rede. Temos assim a apresentação de dois elementos: em primeiro lugar a linguagem musical dos animais de onde se constitui as sonoridades uirapurinas, e em segundo um software que constitui o instrumento musical virtual. As sonoridades e o software são respectivamente fundamentados no Transmorfismo de Albery e na Estética Relacional de Nicolas Bourriaud.

  • ANA CAROLINA CHAGAS MARCAL
  • O olhar artístico diante do fenômeno social: a violência invisível do filme “O som ao redor

  • Data: 30/06/2015
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  • Este trabalho pretende investigar de que maneira o filme O som ao redor, dirigido por Kleber Mendonça Filho, lançado em 2012, capta elementos da realidade, ressignifica-os e constrói a partir daí um discurso sobre fenômenos sociais como o medo, a sensação de insegurança, a violência urbana, as cisões entre centro e periferia, as relações de trabalho e o recente passado colonial ligado ao clico açucareiro.

    Além disso, abordamos a importância dialética entre o campo e o fora de campo como elementos formais necessários para construção do que chamamos de estética do “dentro” e do “fora” e sua relação com o medo e a sensação de insegurança, bem como a construção da banda sonora que privilegia sons extra-diegéticos, que remetem ao que não está ali enquadrado pela câmera.

    Para isso, realizamos análise de sequências do filme, partindo da obra, construindo relações possíveis entre ela e o mundo em um incessante movimento de retorno a obra, considerando que obra de arte é por si só um fenômeno social que se relaciona com outros que lhe são externos.

    Nesse sentido, procuramos relacionar o discurso fílmico com o conceito de sociedade disciplinar de Michel Foucault, a análise de Zygmunt Bauman dos medos e das relações humanas na contemporaneidade e a sociologia da arte de Jean-Marie Guyau, assumindo como campo epistemológico as relações entre filosofia, sociologia e sociologia da arte.

  • MARLUCE SOUZA DE OLIVEIRA
  • CORPOS GORDOS EM CENA

    Encontros embriagados na construção de uma personagem rodriguiana

  • Data: 30/06/2015
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  • Esta dissertação apresenta fragmentos de narrativas de vida de duas mulheres de teatro, a partir do encontro ocorrido em momentos decisivos de suas vidas. Uma artista veterana como referência, Wlad Lima, e eu, Marluce Oliveira, aprendiz do ofício de ser atriz. No primeiro ato, registro minhas memórias traduzidas em cenas cotidianas e artísticas. No segundo ato, o encontro de duas mulheres gordas, com semelhantes vivências; destaco a poética da atriz veterana e seu envolvimento profissional; espaços onde trabalharam, dividiram e (des)construíram sonhos; semelhanças identificadas desenvolvidas no lado afetivo, familiar e profissional ao longo dos anos. Esse encontro foi determinante para a poética emergente da pesquisadora, como atriz iniciante. No terceiro ato, um estudo do espetáculo O Homem Que Chora Por Um Olho Só, adaptação do texto Os Sete Gatinhos, do dramaturgo Nelson Rodrigues. Este espetáculo repercutiu fortemente em nossas vidas, uma como encenadora, a outra como atriz. O estudo visa ainda compreender especificidades e correlações do encontro poético entre nós.  Divergências e convergências identificadas em fragmentos vividos compreendem esse encontro. Metodologicamente, a pesquisa foi efetivada sob o enfoque da etnometodologia, a partir de entrevistas abertas, análise de documentos, memória individual, e referenciais necessários. Amparada pelos autores François Dosse, Michel Maffesoli, Ecléa Bosi, e a obra da encenadora pesquisada: Dramaturgia Pessoal do Ator, dissertação de mestrado. Obra mediante a qual revisito memórias e registros de um espetáculo fundamental em nossas trajetórias de vida.

     

  • DESIREE COSTA GIUSTI
  • O QUE RESTOU DO OLHAR: Reminiscências de um Álbum de Família.

  • Data: 29/06/2015
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  • Esta pesquisa se debruça sobre a investigação da memória e as reminiscências manifestadas a partir da relação de Filomena Giusti com as fotografias de seus álbuns de família. Nesta perspectiva, pretende-se analisar as representações da fotografia no contexto das relações familiares e o sentimento de pertença suscitado a partir do reconhecimento de uma identidade e de significados contidos das imagens fotográficas, com vistas a compreender o valor afetivo que se atribui à fotografia, especialmente as dos álbuns de família, em que ao fotografar pessoa ou objeto querido, a fotografia se torna sinônimo de aquisição, o que confere à elas a aura de objetos únicos. Fundamentando esta análise a partir dos teóricos da fotografia, como Hans Belting, Susan Sontag,  entre outros, e suas análise sobre as relações entre memória e morte na fotografia

  • NATALI TOMIE IKIKAME

  • Sobre Retratos: O que dizem de nós?

  • Data: 29/06/2015
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  • Este estudo é um olhar sobre a temática do retrato enquanto narrativa visual que possibilita a reflexão das relações de representação do indivíduo e suas subjetividades. Discute-se sob o campo da visualidade, esta forma de representação do homem e como ela conflui para questões que ultrapassam o formalismo estético e abarcam o modo de nos afirmarmos no mundo. É de interesse deste estudo a discussão para além do universo das poéticas visuais, entender como se dá a apropriação cotidiana do retrato. Sob o prisma da linguagem da fotografia, compreende-se que a partir do advento desse meio de produção de imagens, a maneira como enxergamos o mundo passou por profundas transformações. As bases teóricas residem nas reflexões de Walter Benjamin, Roland Barthes, Susan Sontag e Annateresa Fabris, além de outros autores que auxiliam em questões pontuais deste trabalho. A metodologia de pesquisa se pauta na investigação qualitativa com abordagem fenomenológica auxiliada por estudo teórico (bibliográfico e documental) e pela leitura visual (semiótica) das imagens que compõem esta pesquisa, em especial as imagens dos artistas paraenses Alexandre Sequeira, Cláudia Leão e Mariano Klautau Filho.
  • CARMEN MARIA BRAGANCA DE SOUZA
  • OLHANDO PRO MURO, ENXERGUEI O MUNDO! Uma visão sobre a poética de quatro grafiteiros do Cosp Tinta Crew.

  • Data: 29/06/2015
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  • Olhando pro mundo, enxerguei o muro! Assim começo este trabalho, com o anseio de demonstrar através de uma visão holística, como os grafiteiros George, EdPaulo, Fábio Graf e Marcelo Bokão – quatro integrantes da Cosp Tinta Crew, vem se inscrevendo na cidade, sprayando paredes e muros com seus trampos e influenciando uma nova geração do grafite. Através de suas obras, suas falas, seus olhares esta pesquisa vem caminhando para uma demonstração de que existem questionamentos fundamentais nas suas imagens carregadas de significados. Para tanto precisamos conhecer a cidade que os rodeia e se faz de suporte para trabalhos tão contemporâneos; devemos também  penetrar na vida desses quatro atores do grafite, demonstrando seus pensamentos, suas falas, seus dia-a-dia acompanhados durante quatro meses. Neste trilhar falaremos das origens das urbes, que hoje procuram ser dominadas por características únicas, mas que enfrentam resistências de seus residentes; partindo para Belém, como esta chegou até os dias atuais  representando  uma metrópole amazônica; outro destaque é para a origem do grafite contemporâneo, de onde veio e o que representa nas paredes das grandes cidades. Este labor é acompanhado por autores que nos dão apoios conceituais tais como  Márcia Tiburi, Leandro Konder, Maria de Nazaré Sarges Célia Maria Antonacci Ramos, Carlos Eduardo Falcão Ana Beatriz Soares, Luizan Pinheiro, L. Benevolo e Bruni Lamas.

     

  • JOSE ANTONIO SALAZAR CANO
  • O VIOLÃO SOLO EM BELÉM DO PARÁ: uma história a partir da sistematização do ensino no Instituto Estadual Carlos Gomes

  • Data: 26/06/2015
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  • A presente pesquisa tem como objeto a sistematização do ensino do violão em Belém do Pará, enfatizando o seu uso como instrumento solista. No Pará, o violão foi introduzido pelo colonizador português, sendo poucas as informações sobre quando, como e por que este ensino foi sistematizado, daí a necessidade deste estudo. O objetivo geral foi investigar como se deu a sistematização do ensino de violão solo na capital paraense. Os objetivos específicos consistiram em: apresentar breve histórico sobre a sistematização do ensino de violão solo em Belém tomando como base o Instituto Estadual Carlos Gomes, analisar como o violão solo foi introduzido e como vem sendo constituído seu ensino e sua prática ao longo de diferentes gerações e refletir sobre o legado do processo de sistematização para a comunidade local quanto à prática de violão solo e a contribuição dos seus principais colaboradores (compositores, intérpretes e didatas) para a atual conjuntura do ensino do instrumento em Belém do Pará. A metodologia compreendeu estudo bibliográfico, análise documental e entrevistas no âmbito da história oral.

  • SANDRA TEREZINHA PERLIN
  • Teatro da fragilidade: uma cartatografia respiratória com o bando de atores independentes e seu espetáulo Três.

  • Data: 26/06/2015
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  • Na dissertação, proponho uma cartografia respiratória criada com linhas em três seções: na primeira construo um caminho metodológico com aporte teórico em Deleuze-Guattari como sustentação à segunda seção, que é a expressão em fragmentos, de memória, num ritual sagrado, sobre o processo de construção do espetáculo Três, do bando de atores independentes - bando, no exercício do Teatro da Fragilidade. Na última seção, apresento os mistérios desse fazer teatral, que diferem de princípios, porque o Teatro da Fragilidade não está ligado a uma origem, a um estrato, que compreende e explica, mas a um fazer teatral que se constitui como um corpo sem órgãos, agenciado por um bando de artistas.

    O caminho metodológico não foi construído a priori, o caminho se dá emparelhado comigo, -caminho e caminhante se misturam, se embaralham - de memória, num ritual sagrado à Mnemósine, para a expressão do processo de construção do espetáculo Três.

    A relevância da pesquisa está em relatar e perceber os mistérios do Teatro da Fragilidade a partir dos processos de ensaios do bando de atores independentes, para a construção de um espetáculo, e nominar esse fazer teatral, na cidade de Belém-Pará-Brasil, a partir da aplicação dos conceitos de rizoma de Deleuze-Guatari numa vinculação da escrita dissertativa com uma escritura rizomática.

     

     

     

  • LUCIANA DE ANDRADE MOREIRA PORTO
  • A CASA DA ATRIZ: uma cartografia desassossegada das sociabilidades de um coletivo teatral em Belém do Pará

  • Data: 26/06/2015
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  • A Casa da Atriz: uma Cartografia Desassossegada das Sociabilidades de um Coletivo Teatral em Belém do Pará assume como princípio criador arriscar-se por caminhos bifurcados, que a investigação das conviviabilidades deste coletivo teatral, exige. A pesquisadora sabe que para desbravar caminhos iniciais de uma cartografia precisa criar um território existencial entre as jornadas anteriores e o presente para compreender, a necessidade ou não, da existência da casa-útero. Tem como fundo da investigação, outras casas-sedes aqui reconhecidas como geografias interiores onde moradores e abrigos se confundem, convergindo memórias, sentimentos e poéticas. Como objeto, sensações dicotômicas existentes e habitantes em ambas as estruturas (viajante e casa). No meio dos caminhos, no entre, a escolha da pesquisadora é ser cartógrafa da alma e dos desassossegos, andarilha e moradora. Ao se lançar no caminho do pensamento poético, descobre nos traços dos passos deixados no asfalto fervente outros pés, então, sabe-se acompanhada por outros caminhantes em livros: Gaston Bachelard dizendo do bem mais precioso, o ter e o ser casa; Fernando Pessoa poetizando que os descaminhos desassossegados existentes nos planos das ideias e a vida não passam de um ensaio do poder vir a ser; Lewis Carroll e Alice como seres que arriscam o novo, o tempo todo; e Ítalo Calvino, presente nas linhas do imaginário, que retrata e reconhece através da fábula, o próprio habitat. Assumindo o erro e o inacabado como parte dos caminhos percorridos, a artista-pesquisadora precipita uma nova jornada.

  • PAULO ROBERTO SANTANA FURTADO
  • GRUPO DE TEATRO PALHA. Trajetória e Identidade Teatral

  • Data: 26/06/2015
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  • Estudo da trajetória do Grupo de Teatro Palha ao longo de seus 34 anos de história (1980 a 2014), abordando sua produção artística, atividades culturais e inserção no panorama mais amplo da cena paraense. A pesquisa objetivou responder aos desafios de um grupo de teatro, que se originou com jovens integrantes na e da periferia de Belém, procurando traduzir o movimento teatral paraense durante os seus trinta e quatro anos de construção de uma identidade teatral.  

    As produções do grupo têm como fonte de pesquisa a teoria do dramaturgo e diretor Alemão Bertolt Brecht, no intuito de levar a realidade para a cena teatral. A pesquisa foi realizada através da consulta ao material do grupo (programas, recortes de jornal, fotografias, vídeos, críticas, textos, roteiros e do depoimento de seus integrantes e fundadores).

  • JOELMA DE ALMEIDA E SILVA BEZERRA
  • O CORO CÊNICO DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA: Experienciando uma identidade a partir de um repertório musical

  • Data: 26/06/2015
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  • O objetivo principal desta pesquisa foi o de investigar a experiência de construção de uma “identidade”, a partir de um repertório musical do Coro Cênico da UNAMA, que originou a produção da série de CDs Trilhas D’Água, constituído de repertório musical de carimbós, lundus, cantos pastoris, cordões-de-bicho, bois, acalantos e canções, uma releitura do universo musical amazônico para a linguagem do canto-coral. Questões como de que forma a mudança no repertório musical contribuiu para a construção da “identidade” do grupo, as transformações observadas nos coristas quanto ao pensamento, o comportamento e o próprio som gerado, na comunidade acadêmica que o mantém, assim como no contexto cultural em que este grupo se insere são abordadas. A dissertação é estruturada em três seções. A primeira apresenta uma biografia contextualizada do Coro Cênico da UNAMA; a segunda descreve o processo de ensino e aprendizagem do grupo e, a prática musical é analisada na terceira, considerando a esfera social na qual o grupo se insere. São utilizadas fontes bibliográficas sobre mudança musical e identidade musical, à luz da etnomusicologia. Levantamento de dados disponíveis em blogs, revistas e sites sobre a prática coral foram realizados, assim como entrevistas “semiestruturadas” e “episódicas” com a comunidade acadêmica, alunos participantes do grupo, antigos alunos, reitor e pró-reitor da instituição, compositores e a regente, considerando a história oral recontada pelos agentes que constroem e executam a prática musical de alguma forma na universidade. Parte-se do princípio de que esses agentes são as pessoas que detém as bases e as concepções do que seja a prática musical na Universidade da Amazônia.

  • DANIHELLEN PRINCE DIAS SIQUEIRA
  • PRÁTICAS PSICOPEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL DE ALUNOS COM TRANSTORNO DO DÉFICIT
    DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

  • Data: 24/06/2015
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  • Este trabalho trata sobre a prática psicopedagógica na educação musical em alunos com
    Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) existente no Programa Cordas da
    Amazônia (PCA) da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA).
    Fundamentou-se a partir de duas áreas do conhecimento das ciências sociais: a Psicopedagogia
    e a Educação Musical dialogando teóricos abordados no PCA como Vygotsky, Suzuky e Piaget.
    Possui abordagem qualitativa descritiva e quantitativa usando como método o estudo de caso e
    tem por objetivo investigar as práticas existentes da psicopedagogia nas oficinas de violoncelo
    por meio do estudo de caso aplicado em alunos com TDAH inseridos no Projeto Transtornos
    do Desenvolvimento e Dificuldades de Aprendizagem. Na investigação pretende-se descrever
    as práticas psicopedagógicas; apresentar os motivos pelos quais o Programa Cordas da
    Amazônia desenvolveu essas práticas; analisar se estão adequadas à finalidade das oficinas de
    violoncelo e por fim demonstrar através de resultados empíricos o progresso de aprendizagem
    musical desses alunos. Nessa pesquisa foi utilizado o Termo de Consentimento Livre e
    Esclarecido (TCLE) para os devidos usos legais das informações e registros extraídos durante
    a coleta de dados A coleta de dados foi realizada no laboratório da EMUFPA e teve a
    participação de 24 alunos na faixa etária de 8 a 14 anos divididos em duas turmas, cada uma
    com 8 alunos com desenvolvimento neurotípico e 4 com TDAH, dentre os quais foram
    selecionados 2 pares por turmas. Nesse estudo adotou-se a entrevista semi-estruturada e análise
    documental; os interlocutores da pesquisa foram: o coordenador geral do PCA que também é o
    coordenador do NAPNE na EMUFPA, dois monitores e quatro estudantes com diagnóstico de
    TDAH. Os instrumentos de avaliação foram as entrevistas e suas análises e também a Escala
    de Avaliação do Aprendizado Musical do PCA. Os resultados demonstram que há existência
    de práticas psicopedagógicas no PCA, no projeto Transtorno do Desenvolvimento e
    Dificuldades de Aprendizagem em alunos com TDAH corroborando a pesquisa.

  • GLAUCIA FREIRE DE OLIVEIRA
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    AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO MUSICAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO EM AULAS DE PERCUSSÃO
  • Data: 23/06/2015
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  • Sabe-se que a educação musical possibilita desenvolvimento de várias habilidades, no que diz respeito ao ensino de música para crianças com deficiência ou transtornos, em especial nesta pesquisa Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) a educação musical vai além do processo de ensino aprendizagem. Com este trabalho pretendeu-se Analisar o aprendizado musical de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo em aulas de percussão. Para o alcance do objetivo prosposto, foi realizado um curso de treinamento teórico e prático para graduandos a fim de introduzi-los a pesquisa ciêntifíca e para que estes podecem atuar como monitores. Foi repassado a estrutura da intervenção e forma de manejo com as crianças. Participaram desta intervenção 20  crianças com idades entre 6 e 9 anos, sendo 8 com autismo e 12 típicos (sem o transtorno). Cada responsável assinou um termo de consentimento livre esclarecido, onde constavam os objetivos desta pesquisa, preencheram o relatório que traçou o perfil comportamental de cada criança. A coleta de dados foi realizada na Escola de Música da Universidade Federal do Pará. Cada dia de intervenção tinha duração de 1h e ocorria uma vez por semana, durante 3 meses, constando de 10 atividades fundamentadas nos métodos de Carl Orff e Zoltán Kodály. Para realizar a avaliação do aprendizado musical desses alunos, foi utilizado a Escala de Avaliação do Aprendizado musical-Percussão, construída por Oliveira, Pantoja, DeFreitas Jr., Espírito Santo e Nascimento (2011), a partir da adaptação da Escala de Verificação do Aprendizado Musical no Instrumento Violoncelo (DEFREITAS Jr., 2007), esta Escala vem composta por instruções e ilustrações para melhor compreensão do avaliador


  • LETÍCIA SILVA E SILVA
  • INCLUSÃO EM EDUCAÇÃO MUSICAL: UMA PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO METODOLÓGICA PARA DISLÉXICOS

  • Data: 23/06/2015
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  • O aprendizado da linguagem envolve múltiplas variáveis, consistindo em um processo de criação complexo que relaciona aspectos neurológicos, sensoriais, psicológicos, socioculturais, socioeconômicos e educacionais. Deficiências em um destes aspectos podem refletir em distúrbios da aprendizagem. A dislexia é um destes distúrbios e se caracteriza por dificuldades específicas na realização da leitura e da escrita. A importância da educação musical para indivíduos com dislexia como forma de prática educativa pode viabilizar-se um importante componente auxiliador durante o processo de aprendizagem da escrita e da leitura, propiciando o desenvolvimento da autoestima e da interação com o outro. Após a revisão sistemática da literatura com referência à relevância da Educação Musical com a Dislexia nas Bases de Dados SciELO, BIREME PsicInfo, MEDLINE e LILACS. O objetivo com este trabalho foi investigar adaptações metodológicas necessárias ao aprendizado musical e desenvolvimento da linguagem de disléxicos. Participaram deste estudo 12 crianças e/ou adolescentes com idades entre 09 e 14 anos. As avaliações da Escala de Avaliação do Aprendizado Musical (EAAM) compreenderam a apreensão de conhecimento teórico e prático, mensurados a partir de um protocolo de observação e foi realizada individualmente. Já as Avaliações TeóricoMusicais I e II (ATM I e ATM II) abarcaram o aprendizado da leitura e escrita musical, sendo realizadas respectivamente após cada aplicação da EAAM. Quanto as ATM I, essas ocorreram de forma coletiva com todos os presentes em sala. Já na ATM II, a
    turma foi dividida em dois grupos contendo 6 alunos cada para aplicação. Os resultados de ambas as avaliações citadas acima foram submetidos à análise, categorizados e expostos em gráficos para demonstrar o  desempenho do aprendizado musical dos alunos com dislexia. O pesquisador do estudo em questão assinala o PCA como um viabilizador no auxílio quanto ao desenvolvimento da leitura e escrita para disléxicos através do aprendizado musical, destacando a importância e contribuições que este possui ao proporcionar a adaptação de metodologias com equipe multiprofissional de apoio para assistir às necessidades de estudantes com dislexia, assim como na capacitação de profissionais interessados na educação musical inclusiva.

  • YASMINE VANESSA MACHADO LIMA
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    PROJETO “O CHALÉ” - Uma investigação de arte no processo de desenvolvimento de um jogo eletrônico


  • Data: 22/06/2015
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  • Os jogos eletrônicos se configuram em uma experiência estética e cultural (Zimmerman, 2004) profundamente relacionada à vida contemporânea. A Amazônia, em conexão com o pensamento global a partir das culturas urbanas de suas metrópoles, participa deste universo muito mais como receptora que como produtora de conhecimento científico e artístico. Em resposta a essa lacuna esta dissertação parte da investigação do projeto em aberto do jogo “O Chalé” observando-o como um objeto de arte de criação coletiva, concebido e desenvolvido de maneira independente, explorando seu percurso criativo e a expressão de suas ideias. A partir dessa experiência, contextualiza o cenário atual dos videogames sob a ótica de seus entrecruzamentos com o universo artístico e traça aproximações entre game arte e game de mercado. Ao abordar o desenvolvimento intuitivo de um processo criativo de videogame a partir de uma perspectiva interna, esta dissertação abrange um objeto hipermidiático e intercultural (Canclini, 2009) cujo conteúdo conecta uma série de  atravessamentos que também são epistemologicamente pertinentes como a cultura amazônica em diálogo com a cultura global, seu imaginário e história, sem abandonar suas questões estéticas e representações visuais.

  • THAYS OLIVEIRA REIS
  • FAME COMPANHIA DE DANÇA:  Caminhos e Transformações da Dança Jazz na contemporaneidade em Belém do Pará.

  • Data: 19/06/2015
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  • Este trabalho trata da dança jazz na contemporaneidade, por meio de uma experiência pessoal na Fame - uma companhia de dança de Belém do Pará, que se propõe a dançar jazz e que está sob a direção desta pesquisadora. Nesta pesquisa, o jazz é entendido como um gênero de dança em constante transformação. Conhecer e compreender a dança jazz feita por esta companhia de dança, são os objetivos deste trabalho que faz da Fame um ponto de partida para a compreensão das características e mudanças ocorrentes nesta dança, atualmente. A pesquisa foi desenvolvida de forma transdisciplinar e participante. Um diálogo entre pesquisadora, autores e intérpretes da Fame Companhia de Dança foi traçado nesse percurso, revelando uma dança de vários caminhos. A essa dança tão híbrida, maleável, cheia de influências e, ao mesmo tempo, fincada nas motrizes em transformação constante, chamei dança jazz. A fala dos intérpretes teve igual importância, haja vista que eles foram fundamentais nesta pesquisa.

  • KAUAN AMORA NUNES
  • A Trilogia do Armário: A encenação teatral como prática de liberdade no processo de estilização da
    vida.

  • Data: 19/06/2015
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  • É dentro deste armário que esta pesquisa visa se debruçar para investigar minhas
    encenações teatrais, meu solo de imanência e de composição. São elas, a saber: Ao Vosso
    Ventre (2012), Amem!(2013) e Santa Pocilga de Misericórdia (2014). A partir da realização
    do que chamo de Trilogia do Armário, tendo como norte metodológico as quatro variações da
    atenção do cartógrafo, pretendo insinuar uma aproximação da reflexão teórica sobre o
    cuidado de si da discussão acerca do ofício do encenador teatral da cidade de Belém, para
    então, investigar a forma como minhas encenações teatrais, já citadas, podem ser defendidas
    como uma prática de liberdade, um estilo de vida, que implica em uma existência ética e
    estética. Sigo acompanhado dos pensamentos dos filósofos Nietzsche e Foucault para
    responder uma questão disparadora: É possível pensar os processos de encenação teatral de
    um artista homossexual como uma prática de liberdade comprometida com um processo de
    estilização da vida? Acredito que exista uma linha que atravessa estes três processos de estilização da vida? Acredito que exista uma linha que atravessa estes três processos de encenação onde posso encontrar diversas semelhanças e divergências que apontam para uma estilização da vida. Minhas encenações teatrais dão conta de tornar a minha “saída do armário” em um convite ao exercício de problematizar o próprio ato de se “esconder no

    armário”.

  • RAMIRO QUARESMA DA SILVA
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    O SITE CINEMATECAPARAENSE.ORG E A PRESERVAÇÃO VIRTUAL DO PATRIMÔNIO AUDIOVISUAL: Uma cartografia de vivências cinematográficas

  • Data: 16/06/2015
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  • Este trabalho propõe uma cartografia do cinema paraense buscando responder questões atuais e passadas, em idas e vindas deste filme-texto, em câmera lenta, congelamento de imagem, retrocedendo e avançando para uma visão abrangente e rizomática desta cinematografia. A pesquisa se apresenta em três etapas. Na primeira a metodologia cartográfica com ênfase no cinema, a instituição cinemateca como guardiã da memória cinematográfica de um lugar e uma revisão histórica de livros e pesquisas sobre o cinema paraense. Em seguida na segunda parte, e mais extensa etapa, um inventário da filmografia realizada no estado do Pará de 1960 aos dias atuais, identificando os principais realizadores e descrevendo seus modos de criação e produção artística, a diversidade temática de seus roteiros, desenvolvendo uma análise dessas obras em conjunto e isoladamente, identificando os momentos históricos, sociais, culturais e tecnológicos em que foram realizadas estas obras. Por último, na terceira etapa, uma reflexão sobre as ações em prol da preservação de arquivos fílmicos no estado, o dilema dos arquivos contemporâneos de cinema em formato digital e a experiência do site Cinemateca Paraense em catalogação e difusão da cinematografia local no ciberespaço.

  • CINTHYA MARQUES DO NASCIMENTO
  • Sinval Garcia - um artista contemporâneo na confluência entre linguagens
  • Data: 15/06/2015
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  • A presente pesquisa aborda parte da obra de Sinval Garcia (1966 -2011), que realiza significante produção no âmbito das Artes Visuais no Brasil. Em sua produção, abordaremos as exposições Samsara (1997), Paisagens Invisíveis (2005) e A Câmara da Transmutação Secreta (2009). Este recorte de sua obra se constitui no interstício entre a fotografia e outras linguagens, os concentrando, especialmente, na relação estabelecida com a pintura, observada nos
    vínculos entre os trabalhos dentro do contexto da produção do artista. Para tal foram
    utilizados os conceitos sobre fenomenologia de M.Merleau-Ponty, o estudo de Laura
    Gonzalez Flores sobre fotografia e pintura, além do pensamento de Vilém Flusser
    acerca de uma filosofia para a fotografia. Este trabalho pretende colaborar para as
    discussões de uma História da Fotografia Contemporânea no Pará e no Brasil, bem
    como contribuir para o posicionamento reflexivo e crítico da arte contemporânea em
    âmbito nacional.

  • KEYLA CRISTINA TIKKA SOBRAL
  • FLUXO NORTE: SOBRE DÍARIOS DE BORDO E CARTOGRAFIA POÉTICA DE DETERMINADA PRODUÇÃO DE ARTES VISUAIS NA AMAZÕNIA.

  • Data: 15/06/2015
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  • Esta pesquisa pretende instaurar uma cartografia poética e analítica de determinados artistas visuais que atuam ou são de origem da Amazônia Legal, a partir de viagens realizadas nesse território entre 2013 e 2014. Aplico o conceito de Contemporâneo desenvolvido em O que é o contemporâneo? de Giorgio Agamben observando de que maneira os artistas se articulam para realizar suas produções e o que eles pensam sobre uma região cheia de
    especificidades, diferenças e complexidade como é a Amazônia; bem como, apoio-me no conceito de Cartografia utilizado por Virginia Kastrup, no Livro Pistas do Método da Cartografia, para desenhar uma cartografia subjetiva da região. Reflito sobre a poética dos Diários de Bordo e Diário Íntimo encontrados em Mário de Andrade,
    Maria Gabriela Llansol e Maurice Blanchot, com a intenção de (re) descobrir a região através da escrita, compreendendo esta como parte do percurso de entendimento sobre a Amazônia.

  • TARIK COELHO ALVES
  • ATMOSFERA IMANENTE:  Poética de Luz  da Companhia Moderno de Dança

  • Data: 11/06/2015
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  • Esta pesquisa investiga o processo de criação da visualidade em iluminação cênica dentro dos espetáculos da Companhia Moderno de Dança. Entendendo que a iluminação cênica no processo criativo desta companhia absorve os princípios criadores do corpo que dança e desenvolve sua poética própria, aponto aqui as aproximações entre a metodologia do grupo, isto é, a dança imanente, e os procedimentos que permeiam a criação da iluminação na referida companhia. Partindo de uma análise das suas particularidades cenográficas e das visualidades obtidas na cena através da iluminação cênica, a pesquisa tem como mote a busca pela assinatura visual do iluminador cênico e o modo como este desenvolve seus processos de criação. Como fundamentação teórica utiliza-se os estudos sobre estética da luz, criatividade e processos de criação e dança imanente, entre outras teorias que tratem de visualidade e corporeidade. Como metodologia utiliza-se o referencial da etnopesquisa, na perspectiva da observação participante, adotando como estratégias a pesquisa bibliográfica, entrevistas abertas e análise documental. Dessa forma, dar-se-á bases para o entendimento desta visualidade obtida na dança contemporânea, assim propondo a ampliação do conceito de Atmosfera Influente por meio da aproximação da dança imanente, desenvolvendo e organizando a Atmosfera Imanente como uma assinatura visual do iluminador cênico.

  • SHIRLENE PEREIRA ALMEIDA
  • COTIDIANO NO ENSINO DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA REVISÃO DO TEMA EM ARTIGOS DA REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL − 1992 A 2014
  • Data: 09/06/2015
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  • A Revista da ABEM é um espaço para difusão do conhecimento produzido em torno de diversas temáticas que instrumentalizam o professor de música para as suas práticas pedagógicas. Entre tais temáticas, é encontrada a do cotidiano. Nesta pesquisa, tive como objetivo geral investigar de que forma o cotidiano tem sido abordado em artigos sobre a educação musical em sala de aula da educação básica, na Revista da ABEM, no período de 1992 a 2014, bem como relações aí subjacentes com tendências pedagógicas da educação escolar. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica, com os seguintes passos: coleta de artigos da Revista da ABEM sobre cotidiano no ensino da música na escola de educação básica, realizada no site da entidade; leitura de reconhecimento; leitura exploratória; leitura reflexiva; e leitura interpretativa (LIMA & MIOTO, 2007) dos artigos coletados, visando à seleção, análise e catalogação crítica dos artigos. Os trabalhos encontrados foram analisados à luz da fundamentação teórica desta pesquisa, em torno dos temas: cotidiano e tendências pedagógicas da educação.

  • LEONICE MARIA BENTES NINA
  • AS BANDAS DE MÚSICA NA CONSTRUÇÃO DE SABERES DE FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE UM PROFESSOR DE
    MÚSICA EM SANTARÉM-PA.

  • Data: 05/06/2015
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  • Esta de pesquisa tem como proposta compreender de que maneira um professor de música articula suas vivências em banda musical em Santarém-PA com a formação em licenciatura em música em sua atuação na educação básica. Optei por uma abordagem qualitativa, fazendo uso da entrevista na perspectiva da história oral. O intuito é de contribuir para a compreensão do processo de formação do professor de música no início do século XXI, em Santarém, de modo a subsidiar tomadas de decisão para o incremento do ensino da música na escola de educação básica, em Santarém-PA.

  • THIAGO DE ARAUJO LOPES
  • Concerto de Câmara para Clarineta em Si b e Orquestra de Vicente Alexim: Uma abordagem interpretativa. 

  • Data: 01/06/2015
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  • Vicente Alexim é clarinetista, compositor e arranjador brasileiro que, apesar de bastante jovem, vem se destacando no panorama artístico musical nacional e do exterior. Como compositor é autor de obras para clarineta, piano, soprano, orquestra de câmara e sinfônica. Seu “Concerto de Câmara para Clarineta e Orquestra”, composto em 2008, é o objeto de estudo desta pesquisa. Do ponto de vista técnico, essa obra, de grande virtuosidade, apresenta diversos níveis de dificuldades para o solista - frullatos, glissandos, multifônicos, escrita orquestral densa e uma tessitura composicional comum ao repertório contemporâneo. Observa-se o cuidado do compositor na indicação de mudanças de caráter e na organização da execução de técnicas estendidas tanto para o solista quanto para os instrumentos da orquestra. Fornecer uma concepção interpretativa para o referido concerto, considerando o enfoque de Robert Morris da Teoria dos Contornos e a análise estrutural da obra foi o objetivo principal desta proposta. Levantamento de fontes bibliográficas sobre o compositor, a obra e temas afins, de informações adicionais em sítios eletrônicos, blogs da internet, arquivos pessoais e institucionais, entrevistas estruturadas e semiestruturadas com o compositor e outros músicos, assim como uma análise minuciosa do concerto foram realizados, na tentativa de responder às questões propostas. A análise realizada, a literatura e a técnica da clarineta contribuíram para a abordagem interpretativa do concerto, considerando sua unidade estrutural e composicional. Poucos são ainda os trabalhos que tratam de questões interpretativas de obras do repertório brasileiro para clarineta, por conseguinte, esta dissertação servirá como referência para o executante com interesse nesse concerto, podendo servir ainda como base de estudo para obras afins, contribuindo e ampliando a literatura sobre o assunto.

  • ADRIANA MARIA CRUZ DOS SANTOS
  • SOBREVOOS E POUSOS SOBRE A DRAMATURGIA DO IN BUST TEATRO COM BONECOS

  • Data: 29/05/2015
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  • Bonecos formado em 1996 em Belém, e que até os dias atuais tem sido referência na cena teatral paraense, principalmente no que se refere à linguagem do teatro com bonecos.  A pesquisa se debruça sobre a dramaturgia do grupo, explora os procedimentos que induzem a criação do espetáculo com bonecos, assim como analisa os elementos indutores que se apresentam como componentes da encenação do grupo. A perspectiva metodológica rizomática, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, dá suporte a compreensão desta poética, de criação de uma obra artística em continuidade. O sobrevoo sobre a experiência desta dramaturgia utiliza como instrumento de navegação um movimento em direção à compreensão dos seus signos de processualidade ou codificações artísticas. Uma ação sobre um campo de concepções estéticas e éticas da obra do grupo In Bust Teatro Com Bonecos, um panorama deste platô constituído de criações de espetáculos. Pensar esta dramaturgia tem como propósito observar, através dos espetáculos Fio de Pão – A lenda da Cobra Norato, O Curupira, Humanos e Catolés e Caraminguás, os elementos componentes deste platô, ou melhor, utilizando uma terminologia rizomática, as raízes pivotantes que ramificam e proliferam esta criação artística, seus aspectos preponderantes, como o boneco enquanto objeto-personagem, o jogo entre este e o ator, a relação com a plateia, a desconstrução da neutralidade do ator-manipulador e a atuação híbrida do ator e do boneco na cena de animação.

  • JUREMA DO SOCORRO PACHECO VIEGAS
  • ARTE DA VOZ  E DO CORPO: Poética de Narradores Urbanos (Melgaço-PA)

  • Data: 28/05/2015
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  • RESUMO Nesta pesquisa objetivamos analisar poéticas orais em vozes de moradores que habitam a cidade de Melgaço, no Marajó das Florestas-PA. Tomando por base o entrelaçamento rural-urbano na Amazônia e considerando que uma série de pesquisas sobre narrativas orais centraram-se em territórios rurais, interpretamos estas narrativas como modos de vida, criação, vivência artística e cultural produzidas em poéticas da voz, performances e estéticas por moradores urbanos de Melgaço; mapeamos movimentos criativos para apreender formas como os narradores socializam estas histórias que são inventadas, recriadas, sofrem adaptações ou entram em desusos nos viveres urbanos. Seguindo orientações teóricas dos Estudos Semióticos, Literários, Psicológicos, Antropológicos e Culturais, em conexões com o campo da Arte, por meio da metodologia da História Oral, esforçamo-nos para adentrar à poeticidade oral de uma cidade da Amazônia Marajoara, captando a estética do imaginário que se elabora no cotidiano do sabercriar, gestado na arte do contar e do ouvir por moradores de Melgaço. Em nossa percepção, as narrativas orais urbanas recuperam, em seu conteúdo, memórias afroindígenas, heranças históricas, saberes práticos, artísticos, simbólicos, psicológicos, filosóficos e religiosos transmitidos de geração a geração em forma de aconselhamento e conduta humana. Mergulhados neste universo, descobrimos, pela morfologia da arte oral, que Melgaço, na voz de cada depoente, é o lugar de acolhimento, trabalho, encontros entre amigos e luta pela vida. Pelas vozes performatizadas, os poetas-narradores exteriorizam sentimentos de dedicação, carinho e amor pela cidade. A poética da voz visibiliza estéticas do imaginário local em que a arte de narrar tem um valor singular na vida de cada poeta por compartilhar felicidade, deleite para a alma, terapia para o corpo, momento de encontro e diálogo com o outro, entrelaçando diferentes tempos, espaços e gerações.

  • MARCO ANTONIO MOREIRA CARVALHO
  • DAS MONTANHAS MINEIRAS PARA AS ÁGUAS AMAZÔNIDAS: a paixão de Alexandrino Gonçalves Moreira (A.G.M) e a cultura cinematográfica.

  • Data: 23/05/2015
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  • Esta dissertação tem como objetivo principal reunir acervo de informações sobre a consolidação de uma cultura cinematográfica, com ênfase nos filmes considerados de arte, a partir da trajetória de atuação de Alexandrino Gonçalves Moreira (A.G.M.), importante colaborador da atividade cineclubista em Belém do Pará. Registrar tal trajetória; os parceiros envolvidos; influência e legado deixados para os amantes do cinema; destacar a importância das histórias dos que ajudaram a transformar o cenário cultural cinematográfico da cidade de Belém-PA é, uma espécie de dívida a ser paga a todos os cinéfilos. Neste estudo, A.G.M. e seus colaboradores mais próximos, além de revelar a urgência da continuidade de ações dessa natureza, para manter e ampliar olhares e estudos sobre cinema como memória/arte na cultura local.

    A partir dos conceitos de memória, tempo e cultura; trânsitos culturais; narrativas de vida; esquecimento; cinema de arte; cineclubismo dentre outros conceitos, a pesquisa foi embasada nos autores Ecléa Bosi, Jerusa Pires Ferreira, Kátia Canton, Marc Augé, André Bazin, Pedro Veriano, Antoine de Baecque entre outras referências adequadas a esta pesquisa.

    Ao registrar e analisar a trajetória profissional de A.G.M. na área cinematográfica foi evidenciado a importância de suas ações, desde o papel como cineclubista até seu maior sonho, ter salas de cinema para a criação do circuito exibidor chamado Circuito Cinearte. Este, a partir da sua programação inspirada nos ideias cineclubistas, formou plateia e outros olhares sobre o cinema em Belém do Pará.

    Para esta pesquisa, foram utilizados livros, jornais, artigos, revistas e demais publicações como fontes de consulta incluindo sites específicos e informações disponíveis em outras modalidades on lineForam realizadas entrevistas com personalidades que, direta e indiretamente, participaram do período pesquisado. As entrevistas tiveram a finalidade de aferir a recepção do público com relação ao alcance do circuito cineclubista, principalmente, com as ações elaboradas por A.G.M. no Circuito Cinearte. A análise contextualizada permitiu o registro consubstanciado do objeto/sujeito desta pesquisa.

  • JADDSON LUIZ SOUSA SILVA
  • O MARAJÓ ENCANTADO DO JURABOTO:

    A Cartografia poética de uma máquina de guerra e seu Marajó literário

  • Data: 10/03/2015
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  • RESUMO

     

    O presente trabalho pretende apresentar um pouco da vida e arte de um escritor, poeta, cordelista e artista performático nascido e criado em meio à dinâmica natural e cultural do município de Afuá, localizado no Marajó das Florestas, no rastro das (re)criações tecidas acerca dos elementos culturais e patrimoniais do arquipélago de Marajó. Dentre as várias obras literárias produzidas por Antonio Juraci Siqueira, o artista em questão, as que foram eleitas como fontes de nossas análises, são: O Chapéu do Boto; O menino que ouvia as estrelas e se sonhava canoeiro; Cópula Mística: sonetos; Histórias à Beira-rio: contos e histórias brejeiras; e Brasão de Barro: poemas amazônicos; bem como, também trouxemos para o corpo do trabalho, as potências de sua performance de boto marajoara. Nas linhas e entrelinhas de suas produções artísticas e de sua trajetória de vida, cultura, patrimônio e memórias tanto coletivas, quanto individuais, são apresentadas e poetizadas em seus versos, prosas e performances.  Tal fato nos permitiu perceber uma articulação entre literatura, arte e vida, como também, nos fez perceber a construção poética de um discurso que, sendo capaz de evidenciar e registrar, criar e recriar, também silencia e esquece. Desta forma, a partir do jogo de análise e analogia acerca do território marajoara, da literatura de Juraci Siqueira, de sua performance e de sua trajetória artística, percebemos e apontamos, nesta dissertação, uma potência política, poética e existencial capaz de afetar e ser afetada... Uma máquina de guerra que, artisticamente, impõe-se contra as praticas normativas do aparelho estatal, do sistema da arte e do mercado editorial e livresco. Contudo, para que a pesquisa pudesse ser realizada com êxito, utilizamos como base epistêmica de nossas reflexões o método cartográfico e a perspectiva esquizoanalítica de Deleuze e Guattari, em diálogo com uma parte das perspectivas teórico-metodológicas dos estudos culturais britânicos e latino-amaricanos. Tendo em vista o que fora exposto, a presente dissertação configura-se como uma cartografia das enunciações de potência política e poética de Antonio Juraci Siqueira em diálogo com o Marajó poético compilado no ir e vir de seu processo criativo. Marajó que, aqui, denominamos de Marajó Literário.

2014
Descrição
  • CILENE DAS MERCÊS BARRETO NABIÇA
  • Ver-o-Peso. A Obra.  Trabalho, Imagem e Som.

  • Data: 19/08/2014
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  • Este trabalho consiste em uma tradução visual e sonora das intervenções cotidianas produzidas
    por trabalhadores do Complexo do Ver-o-Peso – maior feira a céu aberto da América Latina – e
    do centro comercial em seu entorno, localizados em Belém (PA). Considerando esses espaços
    como um Corpo Espalmado Movente – proposição desta dissertação –, que compreende a
    totalidade urbana e humana como uma imensidão, espaço obrado dinamicamente espalhado,
    fragmentado, organismo em expansão regido por suas movências. Essa tradução em som e
    imagem é representada através de fotografias e gravações em áudio e vídeo, tudo com uso de
    baixa tecnologia de captação e produção, coletadas em pesquisa de campo a partir de uma
    Etnografia de Passagem, em que descubro a dinâmica cultural desse universo do trabalho,
    traçando meus próprios caminhos e refazendo-os sempre que necessário, mantendo-me perto
    e dentro.De passagem, percebo a Semiosfera desse corpo, baseada nos estudos do semioticista
    da cultura Iúri Lotman; seu estado de Liminalidade, a partir do conceito de Victor Turner; e as
    correlações entre Trabalho, Obra, Arte-Ação, apoiada nas teorias de Hannah Arendt. No
    atravessamento entre diversas linguagens, aproprio-me da Intermidialidade, presente em Claus
    Clüver; dos princípios da Música Aleatória, representada por John Cage; da Paisagem Sonora,
    explorada por Murray Schafer e Carlos Fortuna; e da Antropologia Fílmica, aprofundada por
    Claudine de France. Como resultado, apresento os tecidos fotográficos, um ensaio de imagens
    recriadas pelas frestas saturadas do Ver-o-Peso; além de uma (inicial) grafia sonora, mapas
    construídos a partir das ocorrências sonoras das paisagens; e um ensaio audiovisual
    experimental, discurso em que abstraio a realidade e exercito a composição em som e imagem.

  • VANESSA CRISTINA FERREIRA SIMÕES
  • IDEADORES DE BICITAXIS: Cartografia de Experiências Estéticas em Modos de Viver e Fazer Bicitaxis na Veneza Marajoara (Afuá-PA)

  • Data: 21/07/2014
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  • Afuá é um município localizado no arquipélago do Marajó, no Estado do Pará, onde as principais vias da cidade são pontes de madeira, uma vez que foram construídas sobre o rio a invadi-las em tempos de invernada marajoara. Este fenômeno natural, ainda que provoque alagamento do território, tem sua manifestação comemorada como festa entre os moradores, remetendo a um modo de vida capaz de interconectar cultura e natureza. Diante destas especificidades, Afuá precisou recriar seu principal meio de transporte urbano, daí emergiu o bicitaxi. Construído da necessidade dos moradores, impedidos de utilizar veículos motorizados, dada a estrutura da cidade, e em um espaço onde as bicicletas imperam, o bicitaxi nasceu como resultado da união de duas bicicletas, fundidas por uma estrutura de metal. Expressão de saberes locais, experimentação artística, invenção tecnológica, criatividade e estéticas de resistência, renovadas em cada novo veículo construído, o bicitaxi em Afuá chega atualmente a cerca de 200 unidades. Seu processo inventivo e criativo é atravessado por afetos, memórias e disputas de poder, de modo que para sua compreensão científica é fundamental a análise do contexto social em que ele se estabelece, as cosmologias que o compõem. Neste enredo, esta investigação apresenta algumas problematizações já levantadas na pesquisa de mestrado em Artes (em andamento), que objetiva estudar cosmologias imbricadas em estéticas expressas no bicitaxi. São objetivos da pesquisa, compreender os sentidos cosmológicos construídos no processo criativo de uso e ressignificação do bicitaxi; as influências e negociações estéticas na sua configuração formal; bem como as articulações deste com conceitos e processos em arte e design. Para tanto, são aportes teórico-metodológicos da pesquisa a História Oral, orientando a condução da coleta dos depoimentos dos moradores acerca de suas memórias que atravessam o uso do bicitaxi, e a Cartografia, como orientação de pesquisa descentrada para mapear cenários moventes no qual a cultura se constrói. Também, são bases teóricas fundamentais de análise da cena de uma cultura artística amazônica em Afuá, os Estudos Culturais Latino-americanos, o Pensamento Pós-colonial, além de autores contemporâneos da Arte e do Design. Para o alcance da proposta investigativa, o recorte deste artigo concentra-se em discursos acerca dos fazeres e usos do bicitaxi na cidade, articulando-os a processos de reminiscências, dinâmicas de poder e negociações de identidade, a partir de uma perspectiva em que a autora aposta no bicitaxi como patrimônio de afetos e como objeto transgressor, capaz de suscitar discussões sobre resistências e negociações entre saberes locais e globais, entre colonizado e colonizador a fatiar suas transdiferenças.

  • NAILCE DOS SANTOS FERREIRA
  • MEMÓRIA E ORALIDADE EM "MÃE DAS ÁGUAS". Performance de Narradores em Icoaraci.

  • Data: 08/07/2014
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  • A pesquisa intitulada “MEMÓRIA E ORALIDADE EM MÃE DAS ÁGUAS.
    Performance de Narradores em Icoaraci”, apresentada ao PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇAO
    EM ARTES (PPGArtes), se vincula à Linha de Pesquisa Processo de
    Criação e Atuação em Artes, Instituto de Ciências das Artes-ICA, Universidade Federal do
    Pará. O trabalho expõe a trajetória e envolvimento com contadores de histórias de Icoaraci,
    procurando evidenciar a riqueza do patrimônio imaterial desta comunidade. O objetivo
    central é o registro das narrativas, com ênfase na memória dos contadores e na
    performance dos mesmos ao narrar os fatos. Procuramos, ainda, demonstrar e destacar a
    importância da memória enquanto elemento construtor das identidades das pessoas desse
    lugar.
    As narrativas foram coletadas nas “Rodas de Conversas” e delas emergem olhares e
    falares sobre o local; saberes e curiosidades; particularidades e pontos comuns ou distintos.
    Os participantes das Rodas materializam, através da palavra, dos gestos, das expressões
    corporais e faciais, acontecimentos, vivências reais ou imaginárias, que, na maioria das 

    vezes, se relacionam com a identidade amazônida de nossa gente. A voz, os gestos, o
    corpo, o silêncio, expressam sensações que advêm dessas reminiscências. A memória
    lembrada – e, por vezes, esquecida - eterniza experiências de sujeitos que vivem o presente
    com lembranças do passado; deixam-se perceber através da performance; ganham forma e
    trazem para o momento atual lembranças/imagens de épocas e acontecimentos idos.
    O trabalho se pauta no valor que a memória, performatizada pela oralidade, tem para
    afirmação, pertencimento e emancipação desses sujeitos cujas histórias pouco aparecem no
    mundo letrado, defensor de relatos históricos que primam pela verdade dos fatos. Um
    registro dessas memórias, fundamentais para a comunidade e os sujeitos/moradores de
    Icoaraci, quer pertençam ou não nesta pesquisa.

  • RAPHAELLA MARQUES DE OLIVEIRA
  • ver-o-peso[:] _poesia em postais do[s] submundo[s]

  • Data: 30/06/2014
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  • , esta pesquisa valoriza o acaso e os encontros cotidianos. a partir de uma experiência corpo[+]gráfica pelos labirintos do Complexo do Ver-o-Peso - maior feira livre da América Latina, localizada em Belém-PA e considerada cartão postal – encontro as pessoas e os lugares que não estão nos cartões postais da cidade, mas que constroem  diariamente as narrativas sub_escritas da história [!] artisticamente, o trabalho localiza-se no tempo da poesia e constitui uma coleção de crônicas feitas a partir das experiências estéticas vivenciadas no Ver-oPeso. [além de uma escrita intuitiva, inspirada por obras de poetas brasileiros, locais e nacionais]. cientificamente, atravessa os campos da Arte, Filosofia e Comunicação e compila metodologias, sendo ao mesmo tempo uma poética autoetnográfica e uma corpografia rizomática poética.[:] juntas, arteciência, fazem deste caderno de afetos uma reunião de escritos e colagens do mundo sub_escrito do ver-o-peso, do resultado dos encontros com as pessoas de lá: do submundo. o que dizem e não dizem estampam postais poético-narrativos.

  • JOELSON SILVA DE SOUSA
  • Grupo Muzenza: um estudo em performance no Jogo da capoeira.

  • Data: 30/06/2014
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  • O presente trabalho, de natureza qualitativa, investigou a Capoeira do Grupo Muzenza, de
    Belém do Pará, à luz dos Estudos da Performance, contribuindo, assim, com as pesquisas sobre
    Capoeira e Performance no âmbito acadêmico das Artes Cênicas, no Brasil. Ao compreender a
    Capoeira como performance, privilegiando a análise de alguns de seus elementos constitutivos,
    tais como jogo e a luta – categorias nativas utilizadas pelos capoeiristas em praticamente todos
    os grupos do país –, a pesquisa filia-se a uma rede de teóricos voltada para a construção
    epistemológica da performance enquanto categoria analítica. São eles: Victor Turner, Richard
    Schechner, Paul Zumthor, Jorge Glusberg e Aldo Terrin. O estudo foi desenvolvido em duas
    etapas: a primeira corresponde a uma revisão bibliográfica da literatura (livros e teses) sobre
    Capoeira produzida no Brasil, dentre os quais citamos: Waldeloir Rego, Nestor Capoeira,
    Eusébio Silva, além das referências dos Estudos da Performance já citados. A segunda
    correspondente a uma pesquisa exploratória, de caráter etnográfico. Após coleta de dados e
    análise desse material, chegou-se a seguinte apontamentos: de que os elementos constitutivos
    para realização do jogo de capoeira do Grupo Muzenza transcendem a peformance puramente
    corporal (habilidades motoras), para revelar outras características mais sutis, tais como
    improviso, risco, surpresa, susto, etc. Esses elementos, considerados fundamentais para a
    cultura praticante, assim, foram identificados na performance (jogo, luta) dos capoeiristas do
    Grupo Muzenza, tanto nas rodas públicas de Capoeira (apresentações artísticas e acrobáticas)
    quanto em seus treinos cotidianos.

  • MARIA FELICIA ASSMAR FERNANDES CORREIA MAIA
  • O artesanato urbano como valor agregado à moda autoral produzida na cidade de Belém- Pará
  • Data: 30/06/2014
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  • O desejo de criar moda com identidade paraense levou o povo da região a buscar matérias primas locais para a produção de roupas e acessórios. No atual contexto de globalização, no qual o mundo inteiro está mais próximo, pensando, criando e investindo nos mesmos setores, para que algo se diferencie, há a necessidade da valorização das características da cultura onde o objeto foi elaborado. Por isso, estilistas e artesãos de Belém têm utilizado recursos naturais tais como as fibras de tururi e curauá, o couro de peixe e o encauchado da borracha para a confecção de roupas e acessórios de moda, conferindo ao produto final características de originalidade. A presente pesquisa visa estudar como os criadores de moda no Pará estão em processo de busca de suas raízes culturais e como os processos de hibridação surgidos da aceleração da história levam a repensar as identidades locais.
  • FRANCISCO DE ASSIS WEYL ALBUQUERQUE COSTA
  • CENAS POÉTICAS DA MARAMBAIA

  • Data: 27/06/2014
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  • As cenas poéticas da Marambaia pulsam a condição ontológica desta pesquisa que se desafia
    por si própria, pela via de escrituras erráticas e cujos fragmentos revelam/refletem a produção
    de poetas/criadores de uma possível e invisível arte periférica, aqui afirmada dionisiacamente
    por uma estilística aforismática (Nietzsche) e por uma filosofia rizomática (Deleuze) que
    ressignificam as leituras dos percursos espontâneos e das vivências dos artistas da Marambaia.

  • BARBARA LIVIA DAMASCENO DE SOUZA
  • O TRAÇO DA TRAÇA NUM TROÇO CHAMADO LIVRO. Processo de pesquisa e criação poética.

  • Data: 27/06/2014
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  • Trata-se do processo de pesquisa para a criação da obra Transgressões de Margem, Livro de Artista concebido por mim através do heterônimo Lívia Tysanura. Tem como principal objetivo refletir sobre a “desconstrução simbólica” promovida pelos chamados Livros de Artista através da subversão aos cânones que cercam a estrutura de formatação do texto - visual e/ou verbal – impostos ao objeto livro. Nesse sentido, utilizo o desenho como elemento que subverte o espaço da página; a margem como espaço-potência da imagem; a traça como inseto que personifica a identidade heterônima; e o Livro de Artista como lugar de potência transgressora. Tem como principais fontes o pensamento de Pierre Bourdieu sobre os sistemas simbólicos de poder, os estudos de Paulo da Silveira sobre a mídia Livro de Artista e a obra Olho Desarmado da artista- pesquisadora Sonia Rangel.

  • JEOVÁ DE JESUS COUTO
  • Potencialidades formativas da música: desafios e perspectivas da educação musical no ensino fundamental II. Breves (PA), 2013 - 2014
  • Data: 27/06/2014
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  • Esta pesquisa tem como objetivo investigar desafios e perspectivas de desenvolvimento de potencialidades formativas da música na educação musical, especificamente na realidade do ensino fundamental maior nas escolas públicas do município de Breves (PA). Para tanto, foram adotados como procedimentos metodológicos: 1. revisão bibliográfica da literatura especializada, 2. análise documental e 3. entrevista com professores de Arte e monitores de projetos que envolvem o ensino de música em escolas do ensino fundamental maior do município de Breves (PA). A dissertação está organizada em três capítulos, quais sejam: 1. referencial teórico, em que se apresenta discussão teórica sobre potencialidades formativas da música, 2. desafios para uma educação musical de cunho formativo em uma realidade educacional específica e 3. perspectivas para este ensino a partir dos desafios encontrados.
  • KAROLLINNE LEVY PONTES DE AGUIAR
  • UMA CÂMERA PARA OS QUILOMBOLAS: Representações Imagéticas de Si e da Cultura Negra em Ourém-PA
  • Data: 26/06/2014
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  • A dissertação tematiza a fotografia quilombola, abordando o olhar que crianças quilombolas constroem de si e de seus lugares de moradias e vivências. Neste exercício, procura-se relacionar relatos orais e técnica fotográfica, através de oficinas de fotografia realizadas com crianças de uma comunidade negra em Ourém, no nordeste do Pará. Dialogando com autores que tratam da pesquisa em Artes Visuais, Antropologia Visual e Estudos Pós-Coloniais, fundamenta-se compreensões das relações e sentidos que esses sujeitos da pesquisa, em seu processo criativo, percepção de mundo e significação de lugares de memória, deixam ver no movimento constitutivo de realizar clicks fotográficos, quando revelam dimensões de estéticas cotidianas em paisagens praticadas geohistórica e socioculturalmente
  • JESSIKA CASTRO RODRIGUES
  • CAMINHOS DE FORMAÇÃO EM MÚSICA DE ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO EM UMA ESCOLA TÉCNICA EM MÚSICA.

  • Data: 26/06/2014
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  • A abordagem emergente nesta pesquisa relaciona aspectos que direcionam o olhar à trajetória em música de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) para adquirir um diploma em música. Este é um estudo de caso do processo de formação no curso técnico em música de pessoas com TEA, para tanto foi selecionada a Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA) por ser uma escola técnica em música que já formou estudantes com TEA. A pesquisa tem como objetivo geral compreender o processo de formação em música de estudantes com TEA no curso técnico da EMUFPA. Se desdobrando especificamente em identificar o papel do Programa Cordas da Amazônia (PCA) na inserção de pessoas com TEA para o aprendizado musical; descrever a ação do Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) da EMUFPA, relacionada aos estudantes com TEA; e analisar o processo de formação em música de estudantes com TEA no curso técnico da EMUFPA. Para o alcance do objetivo proposto foi adotada a abordagem qualitativa e como técnica de coleta de dados foram utilizados a entrevista semi-estruturada e análise documental. Os interlocutores de pesquisa foram: o diretor do PCA, o coordenador do NAPNE na EMUFPA, a diretora da EMUFPA, dois (n=2) estudantes com diagnóstico de TEA formados no curso técnico da EMUFPA e suas respectivas cuidadoras. Os dados obtidos nas entrevistas semi-estruturadas foram transcritos literalmente, categorizados e analisados juntamente com os documentos evocados na pesquisa. O pesquisador da presente investigação aponta o PCA com um ação efetiva diante da inserção de pessoas com TEA na aprendizagem e atividade musical; dificuldade na implantação do NAPNE na EMUFPA pela falta de recursos materiais, humanos, didáticos, estruturais e financeiros, bem como a falta de definição de papeis entre a DIS e o NAPNE e apoio da escola; também demonstra caminhos diferentes percorridos pelos estudantes com TEA, mas destaca o interesse, a oportunidade, as barreiras, conquistas e continuidade como partes relevantes do processo de formação. A contribuição desta pesquisa ultrapassa os casos particulares dos atores envolvidos, emergindo na elaboração de propostas concernentes à educação musical de pessoas com TEA, culminando na sua formação profissional e em seus efeitos podendo se referir também as diversas necessidades específicas.

  • JUAN PABLO FREIRE GUIMARAES
  • VAMOS COMER OSWALD: POR UMA DESTERRITORIALIZAÇÃO DA ANTROPOFAGIA OSWALDIANA.
  • Data: 25/06/2014
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  • O trabalho disserta a respeito da ressignificação da antropofagia dos índios tupinambas, feita por Oswald de Andrade. A proposta do trabalho consiste em demonstrar como o Poeta e crítico paulista, articula um programa cultural no qual positiva a antropofagia como signo que engloba a multiplicidade cultural brasileira.
  • NAYANE NAZARÉ SILVA DE MACEDO
  • Ensino de teoria musical em um conservatório: estudo e análise.
  • Data: 25/06/2014
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  • Nesta pesquisa, situada na subárea Música, são abordados aspectos educacionais, especificamente no âmbito da educação musical, no eixo das Interfaces em Arte, Cultura e Sociedade. Foi desenvolvida com o objetivo de compreender a teoria musical do programa curricular desenvolvido em conservatório de música, em Belém-PA. Está fundamentada em pressupostos pedagógicos e sociológicos para analisar o atual ensino da gramática musical, nas séries iniciais de curso de música. Tal análise foi iluminada por obras sobre educação musical, tendências pedagógicas, currículo, história oral e sociologia. A metodologia envolveu análise documental, aplicação de entrevistas e questionários. Os aspectos levantados referem-se a: informações sobre a introdução do ensino da música erudita em Belém-PA até a criação do conservatório em tela e o modo como foi sendo desenvolvido o ensino de disciplina cujo conteúdo envolve o domínio da leitura e da escrita musical; teoria musical a partir do atual PPP da instituição investigada; e opinião dos professores e alunos do conservatório local acerca do ensino desta disciplina. Os resultados da pesquisa deverão contribuir para a compreensão do pensamento pedagógico que ali vem norteando a seleção de conteúdos, analisando e avaliando suas contribuições para a formação dos alunos de conservatório de música paraense.
  • FILIPE BARATA ALCÂNTARA
  • A beleza no corpo do mito: (in)variações do clássico na arte sequencial
  • Data: 12/06/2014
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  • A beleza como categoria estética tem sido questionada e negada por uma parcela significativa de artistas desde o advento das vanguardas do século 20. Com o desenvolvimento e consolidação de outras formas de arte, inicialmente em culturas de massa, como os quadrinhos e os games, podemos observar uma espécie de preservação de certos padrões clássicos. O presente trabalho consiste na identificação desses padrões ao longo dos anos por meio de análises de imagens, observando o fio condutor que permite a preservação desse modelo clássico de beleza. Além da análise de imagens, fundamentamos teoricamente os padrões a serem observados nas ideias de dois pensadores contemporâneos: Roger Scruton, que trata de aspectos ideais, fundamentado por pensadores clássicos e Arthur Marwick, que trabalha aspectos concretos, visuais e superficiais da beleza humana.
  • LUDMILA MELLO DA SILVA
  • A DANÇA NO PALCO DO IMAGINÁRIO: Matinta e Medéia, um entrecruzar poético de fazeres artísticos.
  • Data: 11/06/2014
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  • Procuro evidenciar relações de criatividade estética que sugerem tanto elementos de convergência quanto de oposição nos mitos Medéa (grego) e Matinta (amazônico), investigando de que maneira as fronteiras líquidas entre eles podem ser contornadas ao ponto de culturas distintas fornecerem fontes simbólicas tão próximas. Como acontece no imaginário a dança, em meio às características preponderantes que constituem o mito. Adentro em um campo de discussões a respeito de como se processa a faculdade simbolizadora da mente humana através da teoria da etnodramaturgia poética dos mitos, que se configura como propulsora de outra teoria, a da conversão semiótica, agregando teorias que me permitam discutir questões referentes a dança, corpo, mito, imaginário e imaginação.
  • PATRICH DEPAILLER FERREIRA MORAES
  • O FEITIÇO CABOCLO DE DONA ONETE: UM OLHAR ETNOMUSICOLÓGICO SOBRE A TRAJETÓRIA DO CARIMBÓ CHAMEGADO, DE IGARAPÉ-MIRI A BELÉM.
  • Data: 11/06/2014
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  • O presente trabalho tem como título: O feitiço caboclo de Dona Onete: um olhar Etnomusicológico sobre a trajetória do Carimbó Chamegado; de Igarapé-Miri a Belém, sendo o objeto de estudo a cantora, compositora, e historiadora Professora Ionete Gama, conhecida na música paraense como Dona Onete, executora de uma forma particular de interpretar o Carimbó, batizado por ela de “Carimbó Chamegado”. Nesse processo analiso três composições, que compreendem três períodos dessa produção:. A primeira no Municipio de Igarapé-Miri no Grupo Folclórico Canarana, no qual suas primeiras letras surgiram; a Segunda, já na capital Belém, onde participou do Projeto Terruá Pará; e a terceira, onde sua obra ganhou o caráter comercial por meio de seu 1º Cd. Interessa compreeder como foram construídas essas composições, e como o meio (o Municipio de Igarapé-Miri, sua história, costumes, lendas e música) teve influência no Carimbó Chamegado, assim como contribuir com a salvaguarda das manifestações populares do Município de Igarapé-Miri, a partir dessa música. Utilizo como referencial teórico os estudiosos da Etnomusicologia em especial BLACKING (1973) e BEHAGUE (1992), que são subsídios para compreender como se processa a criação musical dentro do Carimbó Chamegado, assim como Lévi-Strauss, Stuart Hall e Nestor Garcia Canclini discutindo identidade. Metodologicamente, realizei consultas a livros e documentos, composições, gravações, vídeos, bem como pesquisa de campo, através de entrevistas semi-estruturadas com a compositora em questão, que me forneceu informações sobre sua participação no Projeto Terruá Pará e no CD Feitiço Caboclo, lançado em 2011, analisando assim as composições..
  • LUCIENNE ELLEM MARTINS COUTINHO
  • “Arte em Movimento Dialógico”: Uma experiência criativa em dança a partir de diálogo entre Ballet clássico e danças regionais paraenses.
  • Data: 10/06/2014
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  • Esta pesquisa visa ao dialogismo como forma de construção de um saber teórico-prático, como espaço de relação entre as técnicas do Ballet Clássico e de Danças Regionais em uma experimentação cênica em dança vivenciada em sala de aula, com adolescentes do Projeto “Arte em Movimento” da Instituição Lar de Maria, em Belém do Pará, no segundo semestre de 2013. A pergunta da investigação foi a seguinte: como realizar um diálogo entre técnicas do Ballet Clássico e de Danças Regionais, de forma lúdica e criativa com adolescentes, tendo como resultado uma experimentação cênica em dança diversificada e inovadora? Como objetivo geral, pretendi investigar o processo dialógico dos elementos técnicos do Ballet Clássico com os de Danças Regionais na construção de uma experimentação cênica em dança de forma lúdica e criativa. Para o desenvolvimento deste estudo, realizei uma pesquisa-ação, investigando em sala de aula: a relação entre a teoria e a prática no que tange aos elementos técnicos do Ballet Clássico e de Danças Regionais; os elementos que se assemelham entre tais técnicas; a contribuição que posso dar para futuros trabalhos que visem a um diálogo ético e estético entre as técnicas do Ballet Clássico e de Danças Regionais.
  • THIAGO GUIMARÃES AZEVEDO
  • #INSTAGRAM: entre o excesso de #imagens e a fluidez da #memória.

  • Data: 10/06/2014
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  • Através da convergência tecnológica nos últimos anos a tecnologia móvel vem apresentando intensas modificações, os equipamentos não servem somente para ouvir e falar, pois neles se incorporaram outros aspectos que ampliam ainda mais as suas funcionalidades. Nesse sentido a possibilidade de estar conectado via celular nos possibilitou explorar outros mecanismos de comunicação. Dessa forma as Redes Sociais se tornaram um meio pelo qual o indivíduo através do aparelho pode estabelecer relações com outros indivíduos em qualquer lugar do mundo sem precisar estar fixo num lugar à frente de um computador. O Instagram surge nesse contexto, como uma proposta de dar ao usuário novas possibilidades de relação com a imagem e de também estimular novas formas de criação de memórias imagéticas. Portanto o presente trabalho tem como objetivo compreender como se manifesta a relação entre imagem e memória no aplicativo para dispositivo móvel, o Instagram, visto que ele é um aplicativo que atua no âmbito da efemeridade das imagens e dessa forma, cabe refletir as formas de como essa memória se manifesta através dele.

  • BRUNO MARCELO DE SOUZA COSTA
  • A CULTURA NAS MARGENS DA EDUCAÇÃO: Formação, Ensino e Saberes Afroamapaenses na Voz de Professores de Arte.
  • Data: 10/06/2014
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  • Nesta pesquisa apresento discussões acerca do Ensino de Arte, Saberes e Fazeres Afroamapaenses, em Macapá-AP. O trabalho tem como tema a “Cultura nas margens da Educação” e como objeto de pesquisa “os saberes e fazeres afroamapaenses ressignificados no cotidiano de vida dos professores de Arte e nos saberes e fazeres de suas práticas profissionais. As questões norteadoras que motivaram a pesquisa foram: a que grupos sociais e culturais esses professores pertencem e/ou se autoidentificam; como se relacionam com a cultura afroamapaense ali recriada; que práticas culturais e artísticas afro-brasileiras compartilham em seu território social e que aproximações existem entre a cultura afroamapaense e o currículo de Arte trabalhado por esses professores. Para melhor compreender o objeto de estudo, a investigação buscou o diálogo com estudiosos da história, cultura e arte africana e afro-brasileira, educação, currículo e identidade, especialmente aqueles que se baseiam teoricamente nos Estudos Culturais e no Pensamento Pós-Colonial. Destarte, pensando nas histórias e saberes africanos que chegaram e se recriaram no Brasil e na Amazônia e no modo como foram ou não trabalhados no ensino de Arte, decidi investigar essas relações e seus desdobramentos por meio dos saberes e fazeres afroamapaenses praticados por esses professores de Arte da rede pública de ensino da cidade de Macapá/AP. Para alcançar o objetivo inicial proposto, utilizei o campo da História Oral como metodologia, analisando e interpretando narrativas coletadas de professores de Arte, também fiz uso de outros recursos para captar informações que considerei pertinentes, como: pesquisa de documentos escolares e históricos (Planos de Ensino, PPP) e questionário direcionado à alguns dos professores. A intenção era que a partir das narrativas orais dos professores e dos questionários direcionados pudesse identificar que aproximações possuem a cultura afro-brasileira e/ou afroamapaense no currículo “praticado” no ensino de Arte e qual o lugar das histórias e saberes africanos na vida desses professores de Arte. Minha aposta é que patrimônios e heranças de culturas negras em diásporas na Amazônia, estão latentes, vivo(a)s e presentes em diferentes expressões dos modos de viver dos professores de Arte da região, em especial de Macapá-AP.
  • JAIME BARRADAS DA SILVA
  • CORPO EM TRÂNSITO: A POÉTICA DO TEATRO DO MOVIMENTO DA COMPANHIA ATORES CONTEMPORÂNEOS.

  • Data: 09/06/2014
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  • Este estudo trata do corpo em trânsito na poética do Teatro do Movimento, em que
    se problematiza: Como se presentificam, nos documentos de processo de criação
    artística, as relações operativas do corpo na poética da Cia. Atores Contemporâneos
    posto que se denomine como Teatro do Movimento? Adota-se um trânsito entre
    métodos aplicando uma abordagem qualitativa com estudo de caso e utilização da
    crítica genética, análise de conteúdo e indução analítica, fundamentando-se nos
    parâmetros da fenomenologia para: Investigar nos documentos de processo de
    criação artística, a presentificação das relações operativas do corpo na poética do
    Teatro do Movimento da Cia. Atores Contemporâneos; Identificar elementos
    contínuos na trajetividade cênica da Cia. Atores Contemporâneos que caracterizem
    a poética do Teatro do Movimento; Identificar os princípios formativos do Teatro do
    Movimento da Cia. Atores Contemporâneos nos seus documentos de processo de
    criação; Analisar as proposições formais e referenciais nos documentos de processo
    de criação da Cia. Os resultados apontam que aquela relação se dá a partir de 3
    princípios formativos: desconstrução, collage e estranhamento, resultantes, de um
    corpo que opera por meio do drama, da dança e da performance, e resultando num
    corpo em trânsito como atractor na poética do Teatro do Movimento.

  • FÁBIO BEZERRA LIMA
  • NÓ DE 4 PERNAS: A Tessitura de uma Experiência de Teatro Multimídia em Belém do Pará.
  • Data: 09/06/2014
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  • O presente estudo objetiva analisar a peça teatral do autor parauara Nazareno Tourinho intitulada Nó de 4 Pernas, com ênfase no terceiro ato, bem como, os vídeos utilizados no espetáculo homônimo, baseado na peça citada, apresentado em Belém do Pará, no ano de 2012. Para tanto, traçar-se-á um panorama histórico do cenário teatral paraense para a contextualização da dramaturgia de Tourinho e conceitos-chave utilizados como aporte para as análises propostas serão entrecruzados, como os referentes a teatro multimídia e à teoria cinematográfica de Gilles Deleuze.
  • ADRIANA DI MARCO NEVES
  • DANÇANDO CHICO BUARQUE: ANÁLISE DOS GESTOS ARTÍSTICOS EM UM PROCESSO CRIATIVO DE DANÇA MODERNA
  • Data: 09/06/2014
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  • Este trabalho apresenta como objetivo analisar o processo criativo do espetáculo Dançando Chico Buarque, produzido a partir da linguagem da Dança Moderna, dirigido e coreografado pela professora Auxiliadora Monteiro, a fim de investigar os gestos artísticos, mais especificamente os gestos interpretados na coreografia Construção. Desse modo, busca-se refletir sobre o processo coreográfico, observando a sua relação com os princípios que tangem a Dança Moderna, bem como o pensamento questionador do artista destacado no espetáculo, Chico Buarque. Como referencial teórico sobre processo criativo trago Salles e Ostrower e, para os teóricos da Dança Moderna, Monteiro e Garaudy. Para a análise dos gestos artísticos dialogo com o conceito de conversão semiótica, segundo Loureiro, de abstração do movimento conforme Mendes. E a análise do movimento técnico da Dança Moderna relaciono com o pensamento de Kaeppler e também de Macara, Monteiro e Pinto. Essa pesquisa caracteriza-se como descritiva, na qual será feira uma abordagem por meio de investigações, entrevistas e descrição de fatos. Assim, o resultado revela a montagem coreográfica a partir da análise dos gestos interpretados em cena.
  • ERCY ARAÚJO DE SOUZA
  • Imagem Mudança: um processo de transcriação em dança

  • Data: 06/06/2014
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  • Esta pesquisa analisa o percurso da transciação entre palavra, imagem e corpo no processo de criação coreográfica, com o intuito de desenvolver uma reflexão sobre este na cena da dança contemporânea. Para tanto, foram realizadas experimentações nos períodos de setembro de 2013 a março de 2014 com o Grupo de Dança Moderno em Cena - GDMEC. Estas experimentações são consideradas como sugestão de uma metodologia para desenvolver e compreender a transcriação coreográfica, associando-a metaforicamente ao ciclo de vida da borboleta. Acredita-se que este estudo auxilie na reflexão sobre os processos de criação em arte e, mais especificamente, na potencialidade criativa dos bailarinos, no que tange suas observações sobre seus corpos, suas imagens e suas palavras em uma experiência transcriativa sob os princípios da poética da dança imanente, vertente da própria dança contemporânea.

  • ANDREA BENTES FLORES
  • PALHAÇARIA FEMININA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: uma cartografia de subversões poéticas e cômicas.

  • Data: 05/06/2014
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  • Pesquisa os repertórios de palhaçaria feminina de mulheres-artistas atuantes na Amazônia, nos estados do Pará, Amapá, Amazonas, Acre e Rondônia.

  • BARBARA DIAS DOS SANTOS
  • Arukwahaw: uma etnografia do casamento Suruí à luz da etnologia ritual.
  • Data: 04/06/2014
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  • A presente pesquisa analisa, por meio da lente do ritual, a cerimônia do casamento da etnia indígena Suruí, residente na terra indígena Sororó, localizada na região sudeste do Estado do Pará, nos municípios de São Geraldo do Araguaia e de Brejo Grande. Através da observação do cotidiano da aldeia, dos costumes culturais e sociais intrínsecos aos Suruí e à cerimônia do casamento, construiiu-se esta etnografia. Foram realizadas entrevistas abertas, registros fotográficos e de vídeos, a fim de se compreender o casamento à luz da Etnologia Ritual, na perspectiva de Richard Schechner e com o suporte teórico da Antropologia da Dança, via Adrienne Kaeppler. Trata-se de um estudo em Artes, sobre a cultura indígena amazônica, em especial a cultura Suruí, que, apesar do processo desigual, desrespeitoso e, muitas vezes, desumano de desenvolvimento, ainda guarda valores e tradições dignos de serem estudados nas mais variadas vertentes.
  • VALÉRIA FERNANDA SOUSA SALES
  • Lágrimas e Cachaça: a espetacularidade do cortejo fúnebre do frete em São João do Abade, Curuçá, PA.
  • Data: 03/06/2014
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  • A presente pesquisa investigou, através da Etnocenologia como Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados - PCHEO, o cortejo fúnebre abadiense do Frete, identificando seus participantes, regras, simbologia e possível origem no Município de Curuçá, PA. Constituiu-se em um estudo qualitativo de cunho etnográfico, no qual a artista-pesquisadora-participante realizou entrevistas não estruturadas, pesquisa bibliográfica e documental, com registros fotográficos e fílmicos antes, durante e após o fenômeno. A investigação aponta a possível semelhança do Frete com o Funeral Barroco, registrado em Curuçá, no século XIX. À organização do funeral, veem-se características de uma Irmandade reconfigurada no século XXI e a inauguração de uma nova profissão, a Dona do Frete, que só existe na Povoação de São João do Abade. Objetivou-se contribuir para estudos da Etnocenologia, compreendendo os elementos que compõem o fenômeno a partir dos seus praticantes, a relação do artista-pesquisador-participante que vive e reflete sobre o objeto investigado, a Espetacularidade e a compreensão do Frete como forma espetacular extracotidiana, pertencente à tradição abadiense e à cultura curuçaense.
  • ANA CLAUDIA MORAES DE CARVALHO
  • Odô Iyá: da Espetacularidade do Yle Ase Oba Okuta Ayra Yntyle ao Corpo-Cena.
  • Data: 03/06/2014
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  • Este estudo objetivou construir, a partir da investigação da espetacularidade do ritual de iniciação ao Candomblé, um corpo-cena pensado na vivência no terreiro de Candomblé-Ketu,Yle Ase Oba Okuta Ayra Yntyleem Benevides/Pa, e se estruturou teórico-metodologicamente na Etnocenologia. Para os adeptos do Candomblé, o ritual é a afirmação de sua própria existência na Terra, em seus corpos modificados pela presença dos Orixás, personalizando suas crenças e suas mitologias. As experimentações cênicas que apresentei no espetáculo O Auto do Círio, em 2012 e 2013,já como parte desse processo criativo, demonstraram momentos da festa pública do ritual de feitura, a partir do corpo-templo da Yaô de Yemanjá Ogunté, corpo que dá morada ao sagrado. A Yaô de Yemanjá Ogunté e seu corpo festivo são o mote dessa pesquisa sobre o corpo como símbolo religioso, cultural e como inspiração para o processo de criação do corpo-cena.
  • RAYMUNDO FIRMINO DE OLIVEIRA NETO
  • POÉTICAS DO ESPAÇO AUMENTADO: as possibilidades estéticas e políticas do uso artístico da realidade aumentada
  • Data: 02/06/2014
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  • Frente as transformações tecnológicas do século XXI vemos surgir dispositivos que dão uma nova dinâmica a relação homem-máquina-imagem, assim como à percepção do espaço e da realidade. A realidade aumentada é um dispositivo cujas relações de poder, saber e produção de subjetividade ainda não são completamente compreendidas no cotidiano e no campo da artemídia. Essa pesquisa procura compreender o uso do dispositivo da realidade aumentada em produções artísticas e suas possibilidades estéticas e políticas a partir do estudo de caso do grupo Manifest.AR e outros artistas. Partindo da hipótese que essas produções evidenciam a especificidade e o hibridismo da realidade aumentada em relação a outros meios para produção artística, articulando e desarticulando questões referentes a própria lógica do dispositivo em relação ao campo da arte e da vida. Fronteiras são por vezes desfeitas e recriadas entre o público e o privado, o espaço digital e o espaço físico, o real e o virtual, corpo e mídia, arte e política, em um espaço cíbrido e aumentado.
  • ARIANNE ROBERTA PIMENTEL GONCALVES
  • DEFENDENDO O PAVILHÃO: a dança autoral dos casais de mestre-sala e portabandeira
    das escolas de samba de Belém do Pará.

  • Data: 02/06/2014
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  • Esta dissertação trata da dança autoral dos casais de mestre-sala e porta-bandeira das
    escolas de samba de Belém do Pará, participantes das atividades da Academia Paraense de
    Mestre-sala, Porta-bandeira e Porta-estandarte, da qual sou instrutora e que serviu de campo
    de estudo e aplicação metodológica da pesquisa. A dança autoral é uma proposição
    constituída a partir do meu processo de composição coreográfica e pesquisa do movimento
    enquanto porta-bandeira, bailarina e professora de dança. Desta forma, esta pesquisa implica
    na análise do processo de investigação corporal como fomentadora de assinaturas na dança
    que identificam e diferenciam os casais de mestre-sala e porta-bandeira, mesmo diante do
    compartilhamento de um repertório gestual comum. Assumo como metodologia a etnografia,
    a autoetnografia e o “número 3 em sua dimensão simbólica e metodológica na pesquisa em
    artes”. A dança imanente é a principal base teórica adotada, por subsidiar minha investigação
    sobre a dança autoral através do encaminhamento da dissecação artística do corpo. A
    investigação do corpo, dos movimentos, o reconhecimento e assinatura da dança autoral
    efetuados pelos casais de Mestre-sala e Porta-bandeira, demarcam resultados alcançados com este estudo.

  • ANA CLAUDIA PINTO DA COSTA
  • Da Cabala à Dança: uma etnografia da Oração Corporal Malachim
  • Data: 02/06/2014
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  • A presente pesquisa tem como objeto de estudo a Oração Corporal Malachim, coreografia contemporânea que faz parte da Pedagogia das Danças Circulares Sagradas. Essa dança está inserida no repertório de doze danças do trabalho autoral de Frida Zalcman, intitulado Danças Hebraicas de Louvor, inspiradas em um conjunto de orações cantadas na Congregação Judaica do Brasil, no Rio de Janeiro. Essas danças, verdadeiras orações em movimento, inseriram-se, posteriormente – por meio de oficinas ministradas pela própria Frida –, em vários grupos de Danças Circulares Sagradas, tanto no Brasil como no exterior. A pesquisa se insere num estudo mais amplo acerca das chamadas Orações Corporais, norteadas, neste caso específico, pelos preceitos da Cabala, a Árvore da Vida, levando-se em consideração seus quatro mundos e suas emanações energéticas (Sefirot). Essas orações corporais são um modo de vivenciar, por meio da dança, os rituais litúrgicos do Judaísmo, favorecendo o contato do praticante com os mundos da Cabala onde, supostamente, acontece o encontro com o Criador. A Antropologia da Dança será o campo teórico para chegar à análise da dança e compreender a estrutura do ritual, os simbolismos e a cosmologia nela implícita. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter etnográfico, cujo trabalho de campo foi realizado no contexto das rodas de Danças Circulares Sagradas, em Belém do Pará, em agosto de 2013, quando Frida Zalcman ministrou uma oficina.
2013
Descrição
  • CECILIA PEREIRA BARRIGA
  • MALA SEM FUNDO: Processos de criação lúdico-poética da artista Heliana Barriga
  • Data: 30/09/2013
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  • Esta dissertação versa sobre a trajetória de criação lúdico-poética da artista paraense Heliana Barriga. Discute, também, o conceito de ludicidade a partir de sua compreensão como uma ferramenta do homem para se desenvolver e encontrar caminhos para a sua expressão e interatividade social, neste estudo, por meio da arte. A pesquisa dar-se-á com base na identificação, descrição e análise de um conjunto de experiências de ação com poesia, da artista-educadora, escritora, compositora e sanfoneira.
  • LEIDA MARIA WILLOTT PEREIRA
  • MEMÓRIAS NA PELE: um processo de experimentação em dança com idosos remanescentes da Colônia de Hansenianos de Marituba-PA
  • Data: 06/09/2013
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  • Esta pesquisa direciona a um estudo em dança com idosos portadores de hanseníase residentes em um abrigo localizado no município de Marituba-PA. A investigação parte dos fatos registrados na memória das experiências corporais vivenciadas nas práticas artísticas, especificamente os blocos carnavalescos, no período em que residiam na Colônia de Hansenianos. As histórias de vida e a metáfora com as camadas da pele é a matéria-prima para uma poética artística como produção do conhecimento. Os procedimentos metodológicos que me aproprio são a etnopesquisa, por haver interações cotidianas por meio de observação direta e participante, assim como, o fazer artístico construído durante a segregação compulsória, rememorado e expressado na pesquisa de campo em entrevistas livres e por meio de laboratórios de pesquisa em movimento, são registrados de forma descritiva e audiovisual. Deter-me-ei em propor pistas para investigações posteriores em dança, a fim de que os experimentos produzidos nesta pesquisa torne-se um produto cênico.
  • MARINA ALVES MOTA
  • O SEGUINTE OLHAR: estudo de caso de um processo criativo em dança com uma bailarina deficiente visual
  • Data: 30/08/2013
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  • Este estudo objetiva investigar o processo criativo em dança do espetáculo O Seguinte Olhar, realizado com a bailarina deficiente visual (DV) Socorro Lima, integrante do grupo de dança Passos Para Luz, que desenvolve, há dez anos, trabalhos com pessoas deficientes visuais, na cidade de Belém do Pará. Trata-se de um estudo de caso. O trabalho busca analisar a construção cênica de um corpo, até então considerado incapaz para tal prática, de modo a possibilitar, na cena, outro olhar para novas possibilidades estéticas de movimento, criação, produção e recepção artística. Os encontros ocorreram no período de agosto a dezembro de 2012, com a frequência de três vezes na semana, duração diária de três horas. As técnicas de coleta de dados utilizadas na investigação compreenderam o uso de registros audiovisuais, fotográficos, escritos (diário de campo), entrevistas não estruturadas e depoimentos da equipe que compôs o espetáculo pesquisado. A partir da análise do espetáculo O Seguinte Olhar vislumbram-se meios de criação e recepção em dança, voltados para pessoas com deficiência visual.
  • SIMONE DE OLIVEIRA MOURA
  • COMO LUGAR DE EXPERIÊNCIA: uma percepção sensível pelas imagens dos fotógrafos Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio.
  • Data: 13/08/2013
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  • Esta pesquisa desenvolveu o estudo da imagem da cidade produzida por dois fotógrafos contemporâneos que atuam na Grande Belém e em outras cidades, os quais são: Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio. Partindo do entendimento de cidade e de imagem, tendo como referência o conceito de aisthesis proposto por James Hillman no sentir a cidade a partir da noção ampliada de realidade psíquica, a abordagem antropológica de imagem discutida por Hans Belting que distingue imagem e meio, e em diálogo com outros autores, buscou-se compreender que imagem da cidade é elaborada pelos fotógrafos sujeitos da pesquisa, levando em consideração os discursos, as experiências e as fotografias que eles constroem da cidade, delineando uma percepção sensível da imagem da cidade. Este estudo foi feito por meio do levantamento, seleção e análise de parte da obra desses fotógrafos que emergiram a partir da década de 1980 no contexto artístico em Belém. O procedimento metodológico utilizado foi a abordagem qualitativa e a análise indutiva, utilizando o método bibliográfico, o método documental e entrevistas semi-estruturadas para o levantamento e conhecimento da produção fotográfica desses autores, seus discursos e experiências desde a década de 1980 em Belém relacionada à temática urbana.
  • SIMONE ALVES DE MELO MACHADO
  • O retrato pintado de Mateus Machado
  • Data: 13/08/2013
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  • Mateus Machado é um dos poucos fotopintores ainda em atividade de uma legião que a bem pouco tempo atrás se dedicava à colorização manual de retratos e a manufatura do retrato pintado fotográfico. Esta pesquisa objetivou apresentar um pouco deste mundo prestes a findar diante do inexorável domínio da digitalização da imagem. Esboçar uma biografia como o artista esboça seus retratos, e a partir dele desvendar a rotina, processo de criação, técnicas de fotopintura, que copiou e buscou aprimorar ao longo de meio século dedicado a este trabalho. Por meio dele, também focar o percurso do pequeno profissional dos bairros periféricos de Belém. Inseridos na categoria de fotografia popular, sua atuação visava essencialmente o registro social e a produção de retratos, abrangendo as mais variadas técnicas de produção. As fontes de pesquisa foram seus relatos, jornais, retratos pintados de sua autoria e de artistas anônimos, além do registro fotográfico de suas atividades. A presente investigação espera desta forma ter contribuído para contar um pequeno, mas não menos importante capítulo da historiografia imagética
  • PATRICIA MARA DE MIRANDA PINHEIRO
  • Cenas que revelam o encontro com a vida: a presença de intervenções cênicas no espaço hospitalar como provocadoras da alegria e humanização
  • Data: 30/07/2013
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  • Este projeto de Mestrado consiste em observar as diferentes estratégias de intervenções cênicas no espaço hospitalar, dos grupos: Doutores da Alegria, O Hospital como Universo Cênico e Enfermaria do Riso. Meu objetivo é identificar, a partir da experiência dos grupos citados as concepções de arte e saúde que sustentam os grupos em suas intervenções cênicas no espaço hospitalar. Para tanto dialoguei com os autores Barba (2010), Masetti (2011), Foucault (2011), Brook (2000), Jean-Pierre Ryngaert (2009), Deslandes (2006), Boal (1996), Boff (1999), Hyde (2010) entre outros. O modelo metodológico escolhido para este estudo será de caráter qualitativo, mais especificamente, com a abordagem no estudo de caso, análise documental e entrevista semi-estruturada com atores e coordenadores dos grupos.
  • MARINA RAMOS NEVES DE CASTRO
  • A Arte na sua cotidianidade. Uma percepção de arte na feira do Guamá.
  • Data: 01/07/2013
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  • Para encontrar a arte, o mundo e a vontade plena de uma partilha, só é possível quando pensamos no quotidiano. O quotidiano é o cerne, é o viver do jour-le-jour, é o aqui agora que nos impulsiona; é onde existe o vitalismo que nos integra e nos conforma em sociedade. É nesse quotidiano que a estética e a arte se confrontam, e só nele existem. Portanto, tratar da questão estética, ou do problema do que é a estética, tendo em mente os espaços da vida cotidiana, espaços banais., como uma feira, significa, levar o que institucionalmente está à margem, na periferia dos sentidos e discursos dominantes e colocálo em evidência; mostrar que aquilo que não possui uma institucionalização, e não é valorizado por uma estética formalmente sonsolidade, possui, também, um valor estético paralelo àquilo que no museu está.
  • JOAO LENO PEREIRA DE MARIA
  • CINEMA E LITERATURA: o trânsito intersemiótico em "Bonitinha, mas ordinária", de Nelson Rodrigues.
  • Data: 28/06/2013
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  • A literatura e o cinema, campos de produção sígnica distintos, cuja relação torna- se possível em virtude (entre tantas possibilidades) da visualidade impressa em ambas as modalidades textuais, permite ao texto literário a sua transformação em películas. Não é hoje que o cinema se utiliza de outras artes ou outros signos para a construção, reconstrução, criação e recriação fílmica. Na contemporaneidade, esse processo a que se convencionou de 'tradução intersemiótica' ocorre de forma incomum: se antes o cinema se valia da literatura como hipotexto, desta vez, a literatura vale-se do cinema para sua criação narrativo-verbal. Nosso corpus de análises serão os filmes "Bonitinha, mas ordinária", dirigido por J. B. de Carvalho, Braz Crediak e Moacir Góes, baseados na peça teatral homônima do dramaturgo Nelson Rodrigues.
  • GEOVANE SILVA BELO
  • O OLHAR ESTRANGEIRO ESTIGMATIZADO(R) DO CINEMA: INVENÇÃO, SUSTENTAÇÃO E REINVENÇÃO DO IMAGINÁRIO SOBRE A AMAZÔNIA.
  • Data: 28/06/2013
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  • O cinema é uma das artes mais influentes na representação das culturas. Seu poder visual-discursivo interfere no imaginário acerca de espaços, de escólios e de comportamentos. A telona constrói olhares e reinventa-os. Este projeto pretende examinar os imaginários no documentário/ficção IRACEMA, UMA TRANSAMAZÔNICA (1974), anseia compreender os estigmas no cinema sobre a Amazônia, ilustrá-los nos filmes FLORESTA DAS ESMERALDAS (1985), LAMBADA, A DANÇA PROIBIDA (1990), ANACONDA (1997) e também em nacionais como TAINÁ, UMA AVENTURA NA AMAZÔNIA (2000) e UM LOBISOMEM NA AMAZÔNIA (2005), sobretudo nas correspondências entre arte/imaginário. Os estudos dos relatos dos viajantes, as teorias de Gilbert Durand, de Neide Gondin, de Ana Pizarro, de Claude Lévi-Strauss, de Homi Bhabha, de Edgar Morin, entre outros, serão baluarte na compreensão da invenção, manutenção e reinvenção desse olhar estrangeiro estigmatizado(r).
  • ADVALDO CASTRO NETO
  • UMA RELEITURA DO CINEMA FICIONAL DE LÍBERO LUXARDO
  • Data: 28/06/2013
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  • A dissertação Uma Releitura do Cinema Ficcional de Líbero Luxardo, a partir da história do cinema brasileiro, estuda as representações cinematográficas de Líbero Luxardo, especificamente seus três longas-metragens de ficção Um dia qualquer; Marajó, barreira do mar e Brutos Inocentes, produzidos na Amazônia paraense, nos anos 60 e 70 do século XX. Belém, Marajó e, de modo geral, a Amazônia fazem, mesmo que de modo ligeiro, parte dessa reflexão por estarem representadas no texto fílmico. Dividido em quatro capítulos, analisam-se cenas, contextos, linguagem cinematográfica e outros temas pertinentes à pesquisa, que se intertextualiza com outros textos de linguagens artísticas, como a literatura, o desenho e a canção popular, contextualizados no processo histórico e social dos locais geograficamente situados na Amazônia. Este trabalho é uma reflexão acerca dessas representações e traz como base teórica-histórico diversas fontes de estudo para análise do cinema de Líbero Luxardo, entre elas, Pedro Veriano (1983, 1999, 2006, 2008), J.J. Paes Loureiro (1965, 2008), Acyr Castro (1965, 1986), Sidney Leite (2005), Paulo Emílio Sales Gomes (2001), Joseph Mascelli (2010), Christian Metz (1973, 2010), principalmente, com relação ao cinema. Marcio Souza (1994), Violeta Loureiro (1992), Leandro Tocantins (1982, 1987), entre outros, com relação à Amazônia.
  • MARA RODRIGUES TAVARES
  • A imagem por fora: uma experiência “verbivocovisual” pelos caminhos da errância.
  • Data: 27/06/2013
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  • A linguagem fotográfica, quando chega ao limite de seu uso funcional, abre as potencialidades para produção de uma nova imagem, uma imagem estrangeira dentro do domínio das imagens. Tal qual a linguagem verbal que “sai” de seu uso corriqueiro para ser linguagem essencial. Quando esses processos de abertura ou dobra se realizam, pode-se dizer que essas estruturas sofrem um delírio em seus sentidos. Dentro dessa perspectiva, a presente pesquisa funda suas bases no conceito do fora para apontar um caminho de onde se podem pensar essas aberturas delirantes, assim como as visões dos paradoxos para observar como elas acontecem e na noção do devir para entender em que elas se transformam, com o objetivo de mostrar e narrar o paralelo que existe: entre a fotografia-documento e a fotografia-expressão e entre a linguagem coloquial e a linguagem essencial.
  • TASSILA CRYSTIANE FREITAS ALBUQUERQUE
  • Educação Musical e Inclusão: a experiência do Programa Cordas da Amazônia.
  • Data: 27/06/2013
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  • Esta pesquisa objetivou compreender a dinâmica de inclusão de alunos com Transtornos do Desenvolvimento e Dificuldades de Aprendizagem na Educação Musical do Programa Cordas da Amazônia (PCA) da Escola de Música da Universidade Federal do Pará – EMUFPA, assim como descreveu o processo de inclusão deste Programa e conheceu o tipo de inclusão desenvolvida no mesmo. Foi fundamentada com pressupostos teóricos sobre inclusão (MANTOAN, 2006, 2011), sobre educação musical (BRITO, 2011), sobre educação musical inclusiva (LOURO, 2009), sobre Transtornos do Desenvolvimento Humano e Dificuldades de Aprendizagem (DSM-IV,1992; FARREL, 2008). Foi realizada uma revisão sistemática sobre os pesquisadores que já publicaram sobre o Programa Cordas da Amazônia (FARIAS, 2009; BERNARDO, 2012; DeFREITAS, 2009; NOBRE, 2011; RODRIGUES, 2012; SILVA, 2010; TAVARES, 2010; NASCIMENTO; 2013) assim como os dispositivos legais brasileiros e internacionais sobre inclusão e garantia de direitos das pessoas com necessidades educacionais especiais (BRASIL, 1971, 1988, 2007, 2008, 2009, 2010). Foi uma abordagem qualitativa, um estudo descritivo. Os dados foram coletados através de levantamento bibliográfico, documental e foram realizadas entrevistas semiestruturadas com o (a) coordenador do PCA, (b) um técnico e (c) um aluno selecionado a partir de critérios estabelecidos. Os resultados foram computadorizados, organizados e descritos em forma de tabelas e quadros para análise descritiva. Os resultados mostraram que as etapas que os alunos passam, garantem o acesso de todos à educação, conforme predispõe a legislação. Ao ingressar, o professor conhece as principais características comportamentais do aluno que passou por avaliação com a equipe técnica, de forma que o professor não precise expor o aluno, mas possa desenvolver atividades que favoreçam a aquisição de comportamentos adequados esperados. Ao término da intervenção, o participante pode continuar os estudos de música, caso interesse. O PCA promove educação musical inclusiva com alunos com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, de Autismo, de Síndrome de Down, Dislexia e Dificuldades de Aprendizagem. Por fim, ao comparar as práticas identificadas no Programa com a bibliografia levantada e os teóricos utilizados, identificaram-se as práticas inclusivas desenvolvidas no PCA.
  • ADRIANA CATARINA DE CARVALHO DE PAIVA
  • Educação Musical no Programa Cordas da Amazônia: descrição analítica dos procedimentos metodológicos das turmas de violoncelo.
  • Data: 27/06/2013
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  • A pesquisadora deste trabalho objetivou verificar como se dá a educação musical através do violoncelo de crianças e adolescentes do Programa Cordas da Amazônia (PCA). A educação musical tem sido considerada como uma importante ferramenta educacional para crianças e adolescentes. O ensino do instrumento violoncelo realizado no PCA direcionado a pessoas nesta faixa etária, alcança também alunos com transtornos do desenvolvimento (autismo, TDAH, dislexia, síndrome de Down), além de muitos com dificuldades de aprendizagem (considerando as dificuldades financeiras, sociais, de transporte), que normalmente não prosseguiriam no estudo de um instrumento musical. Os procedimentos metodológicos desenvolvidos no PCA atingem também este público, o que torna o Programa um dos poucos a oferecer ensino musical gratuito para alunos com transtornos do desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem. A pesquisa objetivou, pois, verificar como se dá o ensino musical de violoncelo de crianças e adolescentes com e sem transtornos do desenvolvimento pela aplicação desses procedimentos metodológicos do PCA; sistematizar sua gênese e estrutura, buscando essas informações em pesquisas que tomaram como centro de discussão este Programa; observar os pressupostos teóricos de ensino musical que sustentam tais procedimentos identificando o conteúdo programático e o modus operandi dos seus participantes; e, por fim, analisar o consequente resultado de aprendizagem. Para tanto, utiliza ferramentas de pesquisa, tais como entrevistas e a aplicação de uma Escala de Avaliação que verifica o aproveitamento do aprendizado. Diante de constatações positivas já desenvolvidas no ambiente de ensino do PCA, espera-se contribuir para o fortalecimento das práticas desse Programa, e de uma forma mais abrangente contribuir para a orientação de políticas públicas educacionais mais eficazes.
  • YSMAILLE FERREIRA DE OLIVEIRA
  • “Um Santo só de passagem"... Festa e Performance numa comunidade Amazônica.
  • Data: 27/06/2013
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  • A Festa do Divino Espírito Santo, vinculada a religião católica, ocorre no Município de Castanhal, na agrovila de Macapazinho/PA. Antes da solenidade de pentecoste o “Santo” percorre onze comunidades, nas quais são realizadas procissões, ladainhas e banquetes. Nessa pesquisa, percorri toda a trajetória que o “Divino” realiza com o intuito de entender, a partir, da ótica etnográfica OLIVEIRA (2000) a dinâmica dessa festa. Vale ressaltar, que essa festa passeia por outros campos, no caso, a literatura amazônica por meio de autores como, Inglês de Sousa, Dalcídio Jurandir e Bruno de Menezes, além das próprias narrativas dos devotos das comunidades. Nas idas pela história reuni estudiosos como Napoleão Figueiredo, Anaiza Vergoíno, Arthur Vianna e Vicente Salles para construir o cenário paraense da Festa do Divino. Por fim, a história do Divino em Macapazinho é contada, tendo como mote a peregrinação do “Santo”, discutidas, a partir, dos Estudos da Performance. Com isso, história, literatura e performance são visitadas por “Um ‘Santo’ só de passagem”.
  • ROSANGELA DO SOCORRO FERREIRA MODESTO
  • ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES NEGRAS NA PINTURA PARAENSE NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX E O ENSINO DE ARTE: perspectiva à aplicação da Lei 10.639/2003.
  • Data: 26/06/2013
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  • Esta pesquisa tem o objetivo de investigar a presença negra na pintura de artistas locais na primeira metade do século XX. Parte do pressuposto de que para compreender a presença do segmento afrodescendente na sociedade local é imprescindível buscar indicativos das representações sobre esse segmento e de que maneira tais representações são apropriadas para estabelecer visibilidade à identidade afrodescendente. A metodologia adotada neste estudo envolveu pesquisa em acervos de instituições museológicas de Belém, sobre a ocorrência de pinturas de artistas paraenses com produção voltada à representação negra, com destaque aos artistas plásticos Antonieta Santos Feio, Waldemar da Costa e Dáhlia Déa. Este trabalho em campo foi fundamental para estabelecer a seleção de quais quadros e autores subsidiam adentrar na temática da representação afrobrasileira na pintura local. A relevância desta pesquisa para a área de Arte/Cultura Afrobrasileira e para as disposições da Lei 10.639/2003 é a possibilidade de refletir acerca da presença do negro na sociedade local, uma vez que considera a dimensão da diversidade cultural como fenômeno histórico-social capaz de desarticular concepções eurocêntricas de referenciais epistemológicos e de representação visual. Nesta perspectiva, a participação negra e sua devida contextualização permitirão construir novos discursos sobre a visibilidade afrodescendente na História da Arte e Cultura Paraense.
  • JOSE MARIA CARVALHO BEZERRA
  • ESTUDOS PARA VIOLÃO: a utilização da música da tradição oral da Amazônia paraense para o desenvolvimento da técnica violonística.
  • Data: 25/06/2013
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  • Este trabalho descreve o processo composicional de RITMOS DA AMAZÔNIA - Caderno virtual de estudos para violão. Elementos rítmicos presentes nas manifestações musicais da tradição oral da Amazônia paraense, após seleção e análise, foram utilizados como material pré-composicional para a criação de estudos para violão, adequados à resolução de problemas técnicos do instrumento. Com a introdução do violão no Brasil, e com a sua popularização, inserido na cultura popular de várias regiões, aonde a música apresenta certa “personalidade”, “originalidade” e “identidade”, este quase sempre tem a função de instrumento “acompanhante” do canto e, ainda assim, este acompanhamento apresenta nuances específicas de acordo com o gênero musical e com as características “idiomáticas” dos instrumentos envolvidos em uma determinada manifestação musical. O objetivo principal desta pesquisa foi descrever o processo composicional da série RITMOS DA AMAZÔNIA e as habilidades propostas por esses estudos para a resolução de problemas técnicos. São ainda abordadas questões sobre a entrada do violão no Brasil e sua difusão, inclusive na região Norte; informações sobre os ritmos selecionados, assim como das manifestações em que são encontrados; sobre técnica violonística e as habilidades propostas pelos estudos.
  • BRUNA SUELEN SILVA BARROS
  • [Nu]-: Aparelho: Relatos sobre Coletivo, Arte e Colaboração.
  • Data: 24/06/2013
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  • RESUMO: Esta pesquisa se constitui em relatos de experiências poético-conceituais, propondo-se expô-los para revelar processos colaborativos advindos das ações da Rede [Aparelho]-: em que predomina o uso de dispositivos tecnológico, tais como internet, rádio, celulares e grafismo (stickers e stencil) como formo de questionamento político, artísitco, cultural e econômico pautados na livre distribuição e circulação de informação na Amazônia Brasileira. Este trabalho tem a cartohgrafia como suporte metodológico, onde o pesquisar não pretende o saber sobre, mas se trata do saber junto. Buscando nas experiências aquilo que movimenta um estado de coisas, deste modo, ouvido, narizes, bocas, mãos vasculham os acontecimentos, dando-lhes corpo.
  • MARIA VIRGINIA ABASTO DE SOUSA
  • RETRATO DE PICADEIROS: memórias de uma trajetória de circo na Amazônia Paraense.
  • Data: 21/06/2013
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  • Este projeto de Mestrado pretende estudar a trajetória histórico-artística de Circos itinerantes na região do Pará, com o objetivo de investigar o habitus de Circo na cidade de Belém, tendo como base a análise crítica os materiais Biblio-Infográficos referentes as artes do Circo e a teoria sobre habitus de Pierre Bourdier, bem como os possíveis resultados coletados na pesquisa de campo com os grupos sujeitos da pesquisa: Circo Broadway, Circo Mega-show, Circo Atlántico; Circo Dralion; Circo Hirlson, mestres circenses locais e ex-alunos e professores da Escola Circo Mano Silva. O modelo metodológico escolhido para este estudo será de caráter qualitativo, mais especificamente, com a abordagem da pesquisa de Observação Participante. Tendo como pontos de reflexão o Circo como arte milenar que parece esfumar-se entre as novas tecnologias e a denúncia a respeito da realidade dos artistas circenses na cidade de Belém, os resultados deverão apontar contribuições nas discussões sobre o Circo e sua dimensão de habitus como modalidade das Artes Cênicas.
  • FELICIANO MARQUES FILHO
  • A DANÇA DO PORTA-ESTANDARTE: corporeidade e construção técnica na cena carnavalesca na cidade de Belém do Pará.
  • Data: 21/06/2013
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  • Esta dissertação tem como objetivo investigar o processo de construção técnica da dança do porta-estandarte, personagem presente como quesito avaliativo nas escolas de samba da cena carnavalesca de Belém do Pará. Utilizo para isso conceitos como corporeidade (POLAK, 1997), dança imanente (MENDES, 2010) e técnica corporal (MAUSS, 1974), que chamo de meus Mestres de Bateria. Como metodologia, aponto meus Diretores de Harmonia, que guiam este desfile dissertativo. Deixo, assim, surgir uma atitude metodológica inspirada na etnopesquisa, porém procuro não nomeá-la, valorizando prioritariamente a fala das pessoas que constroem e se relacionam com a prática desta investigação. A pesquisa verifica que a relação entre corporeidade e técnica encontra-se diretamente inseridas na construção de corpo do porta-estandarte, considerando seus contextos social, político e cultural como referências para a criação de sua dança. Além disso, observa que tal construção se dá de forma contínua, pessoal e integrada à comunidade constituinte da escola de samba que este artista representa.
  • JONATHAN GUIMARAES E MIRANDA
  • Música no palco: ansiedade de performance musical em estudantes de música em Belém do Pará.
  • Data: 21/06/2013
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  • Ansiedade de Performance Musical (APM) é reconhecida como uma desordem classificável como uma variante da Fobia Social de acordo com o DSM-IV (APA, 1994). É caracterizada por manifestações físicas, cognitivas e comportamentais relacionadas à performance e pode atingir músicos de todas as idades e níveis. Poucos estudos têm investigado a APM em estudantes de música brasileiros e nenhum deles foi realizado no norte do Brasil. O presente estudo investigou a ocorrência de APM entre os estudantes dos cursos técnicos de música do Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG) e da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA), e do curso de Bacharelado em Música da Universidade do Estado do Pará/Fundação Carlos Gomes, todos situados em Belém. Os dados foram coletados através da Escala K-MPAI, devidamente validada para a língua portuguesa, a qual é composta por 40 questões, alcançando uma pontuação máxima de 240. Quanto maior a pontuação, maior o nível de ansiedade. A amostra contou com um total de 128 alunos, sendo 89 homens e 39 mulheres, com idade entre 18-47 anos. Um questionário complementar investigou as manifestações mais frequentemente associadas à ansiedade de performance e questões relacionadas as oportunidades locais para apresentações públicas para os músicos. A análise estatística foi realizada através do SPSS. Os resultados mostraram que a pontuação mínima no K-MPAI foi de 26 e a máxima de 208. As mulheres tiveram maior média na pontuação (124,4 ± 33,8) que os homens (98,5 ± 32,3) e não houve diferenças nos escores K-MPAI médios quando se comparou diferentes classes de instrumentos (madeiras, metais, cordas, violão, canto, piano e percussão) ou grupos etários (<20, 21-30, 31-40, >40 anos). Comparações entre os alunos dos três diferentes cursos de música mostraram que o escore K-MPAI médio dos estudantes da EMUFPA foi menor do que os do IECG, indicando que este grupo apresenta mais problemas de ansiedade. A manifestação cognitiva mais citada (por 49,2% dos alunos) foi "a preocupação do que as pessoas estão pensando sobre mim". A grande maioria dos alunos (96,1%) manifestou o desejo de realizar mais apresentações públicas; eles (86%) também acham que esta prática ajuda a diminuir a ansiedade. Este é o primeiro estudo sobre o tema realizado localmente. A pesquisa mostrou que muitos estudantes de escolas de música em Belém sofrem de considerável ansiedade associada à performance musical, e que as mulheres tendem a ser mais ansiosas do que os homens. As causas subjacentes à ansiedade precisam ser investigadas e os resultados obtidos fornecem dados iniciais para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino, para incentivar a discussão sobre o problema e estimular a busca de medidas eficazes que poderiam minimizar as manifestações de ansiedade em estudantes de música.
  • NINON ROSE TAVARES JARDIM
  • MULHERES ENTRE ENFEITES & CAMINHOS: Cartografia de Memórias em Saberes e Estéticas do Cotidiano no Marajó das Florestas (São Sebastião da Boa Vista-PA)
  • Data: 20/06/2013
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  • Nesta pesquisa apresento uma cartografia do saber-fazer com fibras de jupati, tecido por mulheres dos rios Chaves, Pirarara, Seringueiro, Urucuzal e da Vila de Nazaré, no município de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó das Florestas-Pa. A problemática que orientou a investigação foi analisar como essas mulheres da floresta marajoara constroem o saber-fazer na criatividade artística de tecer fibras? Quais os significados dessa arte em suas vidas? Como suas Obras dialogam com a tradição e o contemporâneo? De que modo essa arte vem se (res)significando ao longo do tempo? Seguindo orientações teóricas dos Estudos Culturais e do Pensamento Pós-Colonial em conexões com o campo da Arte e por meio da metodologia da História Oral, procurei etnografar a paisagem física, humana e cultural de uma comunidade rural amazônica; captar a estética elaborada no cotidiano, os sentidos do saber-fazer gestados na feitura de enfeites e caminhos, formas e coloridos. Neste enredo, analiso o processo produtivo e criativo durante o fazer em fibra na relação com os tempos do viver marajoara; discuto como essa arte é absorvida pelo mercado; trago à cena a arte em fibra do jupati no diálogo com questões conceituais do campo da arte, relacionando tradição e modernidade, culto e popular, arte, vida e estética do cotidiano, entrelaçados aos olhares das mulheres sobre sua Obra e os significados simbólicos, estéticos e formais. No modo de alinhavar enfeites e caminhos, busco aproximações com memórias indígenas e heranças históricas; analiso a morfologia da tessitura, as relações cromáticas, as funções que essa arte tem na vida dessas mulheres e as significações icônicas, indiciais e simbólicas das composições artísticas. Mergulhada nesse universo, descubro que o saber-fazer em fibras está articulado a cosmologias e ecossistemas estéticos; a arte em fibras é conhecimento e meio de vida; as Obras expressam sentimento de prazer, de gostar de tecer, incitando transgressões de códigos cosmológicos locais; fortalecem laços familiares, ligam gerações pela tradição do tecer, estabelecem encontros familiares, momentos de intimidade, cumplicidade, aprendizagem, disputas, conquistas entre mães, filhas e irmãs; (re)afirmam identidades, autoridades artísticas, estabelecendo códigos de respeito e hierarquias no reconhecimento acerca da qualidade do tecer.
  • ROSANA LOBO ROSARIO
  • CONEXÕES EM MOVIMENTO: o ensino da técnica do ballet a partir dos princípios do método GYROKINESIS®
  • Data: 20/06/2013
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  • Este trabalho tem como objetivo investigar as conexões propostas entre os fundamentos da técnica do ballet e os princípios do método GYROKINESIS®. Os pressupostos teóricos utilizados nesta pesquisa, no que se refere ao ballet, encontram-se em BERTONI (1992), CAMINADA e ARAGÃO (2006), MINDEN (2005) e VAGANOVA (1969), e no que se refere ao método GYROKINESIS®, em CAMPBELL e MILLES (2006), HORWARTH (2010) e RENHA (2010). O recurso metodológico utilizado neste estudo foi a pesquisa-ação com os participantes do projeto de extensão BaleKinesis: respirando novos movimentos para cena. Os colaboradores deste estudo são alunos e ex-alunos dos cursos Técnico e de Licenciatura em Dança da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará - ETDUFPA. Os encontros foram realizados duas vezes na semana com duração de 90 minutos cada. Os instrumentos escolhidos para a realização da coleta de dados foram: a entrevista semi-estruturada, observações e anotações de campo. Além disso, foi solicitada aos envolvidos a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, bem como a autorização do uso de imagem em vídeos e fotografias, registros realizados durante os encontros. Através da análise das conexões experimentadas, vislumbra-se, como hipótese, a possibilidade de repensar o processo de ensino e aprendizagem do ballet por meio das conexões propostas a partir da aplicação dos princípios-chave do método GYROKINESIS® em exercícios do ballet vivenciados e investigados no projeto de extensão, promovendo assim a noção de BaleKinesis.
  • LUIZ THOMAZ SARMENTO CONCEICAO
  • Hipercoreografias: corpo e imagens digitais em experimentação na Companhia Moderno de Dança
  • Data: 19/06/2013
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  • como interfaces de criação para a dança contemporânea. A partir de um olhar feno -menológico e sistêmico foram propostos experimentos com a Companhia Moderno de Dança, de Belém do Pará, em que os 10 sujeitos participantes vivenciaram rela- ções de criação de imagens corporais de si e dos outros a partir do uso dialógico de mídias móveis digitais, numa proposta de recriação das visões sobre corpo e a dan- ça na composição coreográfica contemporânea que utiliza a mediação tecnológica. Os experimentos, intitulados videocoreográficos, dividiram-se em dois momentos, sendo o primeiro num viés de redescobrimento do dispositivo móvel digital como uma interface criativa e o segundo na forma de uma proposição estética de dança contem- porânea midiatizada denominada de hipercoreografias.
  • RENATA AGUIAR RODRIGUES
  • IDENTIDADES SUBMERSAS: uma analise do cárcere feminino como crônica visual.
  • Data: 17/06/2013
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  • Este trabalho aborda a condição do feminino no cotidiano prisional, por meio do confronto entre retrato fotográfico e relato oral, produzidos com as mulheres internas do Centro de Reeducação Feminino – CRF, único presidio feminino do Estado do Pará, localizado em Ananindeua, região Metropolitana de Belém. Provocando a percepção da autoimagem fotográfica - que é negada pela ausência de espelhos no cárcere – e utilizando o relato oral e memórias das internas como fonte para análise semiótica dos retratos fotográficos, reconhece as implicações e reflexões identitárias e de gênero que surgem no processo.
  • IRACY RUBIA VAZ DA COSTA
  • O HOLOFOTE SOBRE CARNES: TRANSHOMENS NAS ARTES.
  • Data: 17/06/2013
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  • A dissertação visa pensar a experiência transexual fora dos marcos patologizantes da medicina e da psiquiatria. Discutir a presença de transhomens nas artes, voltando o olhar para a narrativa de transexperiências por meio de imagens ou de palavras, numa abordagem dos trabalhos artísticos de João W. Nery, escritor brasileiro e Loren Cameron, fotógrafo norte-americano.
  • PAMELLA CASTRO RODRIGUES
  • Ouvir e fazer música com compreensão: diagnóstico do desenvolvimento da percepção musical de professores de música em formação e o uso de softwares como tomada de decisão.
  • Data: 17/06/2013
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  • Trata-se de pesquisa na área de Educação Musical, circunscrita ao tema do desenvolvimento da percepção em música. A pergunta norteadora da investigação consistiu em: como se apresenta o desenvolvimento da percepção musical de professores de música em formação? A pesquisa foi desenvolvida por meio do estudo do caso da disciplina Percepção Musical e Análise I do primeiro semestre de 2012 do curso de Licenciatura em Música da Universidade do Estado do Pará, envolvendo os estudantes e a professora - papel assumido por esta pesquisadora. O objetivo foi de diagnosticar o desenvolvimento da percepção musical daqueles futuros professores de música. Os resultados indicaram interesses, aprendizados, necessidades e dificuldades observados e registrados em gravações de aulas e entrevistas, e levaram à sugestão do uso softwares como tomada de decisão. Esta pesquisa se justifica pela contribuição para o desenvolvimento da compreensão musical na formação dos futuros professores de música. Para tanto, adotou como principal fundamentação teórica Edwin Gordon (2000), que defende a Teoria da Aprendizagem Musical e a Audiação.
  • FELIPE NOVAES CANTAO
  • Três Legendas de Jayme Ovalle: um estudo analítico-interpretativo
  • Data: 14/06/2013
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  • Esse trabalho tem como principal objetivo realizar um estudo analítico-interpretativo das obras musicais “I. Legenda Op. 19”, “II. Legenda Op. 22” e “III. Legenda Op. 23”, todas escritas para piano solo pelo compositor paraense Jayme Ovalle. Visa o estudo, a análise e a divulgação de uma particularidade da música erudita paraense para piano composta no século XX, colaborando com a bibliografia sobre o assunto. Com a abordagem analítica de John D. White, procura-se investigar as técnicas de composição, os procedimentos composicionais adotados e como o referido compositor os desenvolve. De acordo com estudo analítico, também se pretende verificar as habilidades técnicas que a obra analisada pode proporcionar aos interpretes e alunos de piano, focalizando os níveis de ensino intermediário e avançado, como encontrados no estudo de Mariene Uszler.
  • MARCELO PAMPLONA BACCINO
  • Berimbau na Aruã Capoeira de Belém do Pará: contexto, toques, cantigas, execução e transmissão.
  • Data: 14/06/2013
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  • Este trabalho consiste em pesquisa de mestrado, que tem como objetivo geral compreender o berimbau em uma associação de capoeiras em Belém do Pará, quanto ao contexto, toques, cantigas, execução e processos de transmissão. Esta investigação debruça-se especialmente sobre um entendimento a respeito de toques de capoeira no berimbau e sua transcrição. Os procedimentos da pesquisa compreenderam etapas como levantamento bibliográfico, fonográfico, filmográfico e iconográfico, abrangendo estudos na esfera da etnomusicologia. Foram utilizadas ferramentas de coleta de dados como diário de campo e gravações em áudio e vídeo. Ocorreu entrevista e sua transcrição aplicando procedimentos propostos pela História Oral.
  • RODRIGO OTAVIO MAROJA BARATA
  • ALAIR GOMES E ALVIN BALTROP: O VOYEURISMO E O FLANEURISMO PORNOERÓTICO NA FOTOGRAFIA GAY DOS ANOS 1970.
  • Data: 13/06/2013
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  • Este estudo objetiva analisar o interdito da pornografia na arte relacionada à nudez masculina, investigar o voyeurismo e o flaneurismo sensuais e o pornoerotismo na arte e suas consequências estéticas, além da subversão da pornoarte pós-interdito e de como ela é encontrada na fotografia gay e voyeur/flâneur de Alair Gomes e Alvin Baltrop, artistas que abraçaram o nudez masculino e realizaram um vasto trabalho como eternizadores do ícone gay originado nos anos setenta.
  • ANA ROSANGELA COLARES LAVAND
  • TÁ ROLANDO O BAFON! Diferença e dissenso como potência em um processo de criação cênico em dança.
  • Data: 22/04/2013
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  • Esta pesquisa analisa os conceitos de diferença e dissenso a partir da configuração destes enquanto potencializadores do processo de criação do espetáculo Tá rolando o bafon! Experiência que reúne quatro artistas de diferentes linguagens: O circo, a dança, a performance e o teatro. Diferença aqui é compreendida através de uma teia conceitual, sua trama parte das falas dos artistas participantes do processo, estas falas são conectadas às poesias de Fernando Pessoa, em especial aquelas contidas no seu Livro do Desassossego, tal teia é composta por atravessamentos de autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Tomaz Tadeu da Silva e Boaventura Souza Santos. Para tratar de dissenso utilizo as obras do filósofo Jacques Renciére, O Dissenso e o Desentendimento. Tais referenciais são percorridos a partir dos acontecimentos artísticos vivenciados em tal processo de criação.
  • JOAO CARLOS CUNHA DERGAN
  • VOZES DE SAPATILHAS: Narrativas orais de professores de balé clássico, o revelar de suas trajetórias pedagógicas.
  • Data: 28/03/2013
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  • O presente estudo registra as narrativas de professores de balé clássico incursionando pelos vários aspectos de histórias de vidas dos sujeitos da pesquisa, ou seja, a relação que estes sujeitos têm com as suas escolas de danças, com a família, com o trabalho, com as suas primeiras professoras de balé clássico. Os objetivos principais do estudo foram: traçar uma trajetória sobre o desenvolvimento desta arte ao longo dos tempos até a sua chegada à cidade de Belém do Pará; registrar as experiências pedagógicas e suas relações com o processo de ensino da dança clássica em Belém; desvelar os contextos em que os professores entrevistados desenvolveram e desenvolvem suas formações artísticas e pedagógicas; identificar as suas contribuições para a formação de bailarinos clássicos e para o desenvolvimento da cultura e da arte do balé clássico na cidade de Belém do Pará. A metodologia de trabalho foi, além da pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo com aplicação de entrevistas em forma de perguntas abertas, para que os professores ficassem à vontade para falar das experiências mais significativas em suas trajetórias de vida pessoal e profissional. O primeiro capítulo, POLIFONIAS QUE FUNDAMENTAM A PESQUISA apresenta o percurso metodológico da pesquisa, definição da temática, objetivos da pesquisa, questões norteadores e referencial teórico. O segundo capítulo, denominado DOS PÉS SEM AOS PÉS COM SAPATILHAS contextualiza historicamente o balé clássico, com vistas a traçar uma trajetória que permita compreender o desenvolvimento desta arte ao longo dos tempos até a sua chegada a cidade de Belém do Pará. Terceiro capítulo, DANÇA VIVENCIADA NAS NARRATIVAS as narrativas orais dos docentes de balé clássico na cidade de Belém do Pará e a reconstituição da memória desses atores educacionais: professores e professoras de dança a partir de suas vivências nos espaços formais e informais de ensino. Vem à cena o trato com a profissão professor de dança, as facetas faceadas nos seus momento de lembranças os quais foram conduzidos a revisar as maneiras que ministraram as suas aulas, outras perguntas lançadas aos entrevistados foram questões educacionais e artísticas vividas nos remotos dias. REVERÊNCIAS, um dos objetivos deste estudo foi o de trazer à cena vozes e experiências de professores de balé clássico.
2012
Descrição
  • FRANCISCO EDILBERTO BARBOSA MOREIRA
  • Três Vestidos Fazem Pra se Apresentar: um estudo sobre o vestir no espetáculo O Auto do Círio.
  • Data: 18/12/2012
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  • Apresentado em três sessões instituladas vestidos. No primeiro Vestido: a poética na rua dos primeiros Autos do Círio, o ator é o criador do seu vestir. No segundo Vestido: roupa, figurino e fantasia, é feita uma apresentação desses conceitos principais, bem como do processo criativo feito com a colaboração de carnavalescos. O terceiro vestido: o figurino-fantasia do Auto do Círio, discorre sobre os processos criativos analisados, seja enquanto ator, figurinista ou carnavalesco que concebe e cria os figurinos no espetáculo. A partir dessas análises, proponho um novo conceito desse vestir, que denomino de figurino fantasia.
  • PRISCILLA FRAGOSO DA SILVA PORTO
  • DESLOCAMENTOS COTIDIANOS: CORPO - CIDADE - ARTE - EDUCAÇÃO.

  • Data: 29/09/2012
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  • È UMA NARRATIVA DO COTIDIANO DE UMA PROFESSORA DE ARTES QUE VIVE A CIDADE DE BELÉM DO PARÁ COM UM  OLHAR ESTÉTICO, TÊM O OBJETIVO DE INSTIGAR AS PESQUISAS SOBRE A CIDADE, SOBRE ESTÉTICA E SOBRE ARTE-EDUCAÇÃO TUDO ISSO ATRELADO À ESTÉTICA DO COTIDIANO E RELACIONAL, ONDE TODAS AS VIVÊNCIAS SÃO APROVEITADAS (PERCEPTO E AFECTO) UMA APREENSÃO DO MUNDO. A ARTE É UMA FORMA DE CRIAR MUNDOS ATRAVÉS DE UMA ESCRITURA QUE REVELA OS ESPAÇOS COMO SUPORTE ARTÍSTICO ONDE OS PRÓPRIOS ACONTECIMENTOS QUE SE DÃO NELE JÁ CONDUZEM A UMA POÉTICA. USANDO COMO REFERENCIAS TEÓRICAS BACHELARD, GATTARI, SARTRE, WALTER BENJAMIM ALÉM DE ALGUNS AUTORES QUE PERCEBEM A RUA, O ESPAÇO PUBLICO, COMO SUPORTE DE FRUIÇÃO ARTÍSTICA. A CIDADE, ABORDADA DE FORMA POÉTICA E SUBJETIVA. A RUA E O COTIDIANO URBANO E A ARTE-EDUCAÇÃO CONDUZEM A UM PENSAMENTO E OLHAR INTENSO EDENSO SOBRE OS ESPAÇOS QUE UM CORPO PERCORRE. AS IMAGENS DA CIDADE (ESPECIFICAMENTE BELÉM; CENTRO E PERIFERIA) E AS IMAGENS DO COTIDIANO (COTIDIANO URBANO E COTIDIANO ESCOLAR) ATUAM COMO DISPOSITIVOS DE SUBJETIVAÇÃO SEGUNDO AS PERSPECTIVAS TEÓRICAS ABORDADAS NESTA PESQUISA.

  • PAULO DE TARSO NUNES DOS SANTOS JUNIOR
  • MÁSCARAS, MASCARADOS E OPRIMIDOS: Do Boi de Máscaras de São Caetano de Odivelas ao Teatro de Rua do Bairro da Terra Firme – Belém /Pará
  • Data: 09/07/2012
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  • RESUMO Esta pesquisa investiga o Teatro Popular e analisa esta manifestação a partir dos elementos visuais e cênicos que articulam o seu conjunto estético. Refletindo sobre a importância das máscaras teatrais como elemento simbólico e técnico na preparação do atuante para o Teatro de Rua. Apresenta o trabalho desenvolvido na criação de personagens, a partir da ressignificação do objeto (máscara) do Teatro Popular para o Teatro de Rua, no Bairro da Terra Firme, Belém-Pará. O trabalho aborda a criação coletiva de uma dramaturgia, que expressa, em suas cenas, o cotidiano de seus atuantes. Um Teatro de Rua que busca uma transcendência, através da solidariedade voltada para o coletivo, da conscientização do cidadão para os problemas comunitários e da luta contra a injustiça e todas as formas de violência.
  • WALTER CHILE RODRIGUES LIMA
  • “O TEATRO CACURI: Narrativas de Vida e Cenografia Amazônica”

  • Data: 29/06/2012
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  • Este estudo tem como objetivo investigar o cacuri numa dupla perspectiva revelada nas narrativas de habitantes das ilhas de Abaetetuba e sua utilização como cenografia Amazônica. A metodologia da pesquisa fundamentou-se na História oral para entender a dinâmica da pesca de Cacuris, analizando os dados em diálogo constante com os estudos culturais e a forma arquitetural do cacrui a partir da teoria da forma, principalmente na obra de Wassily Kandinsky, associando a estética do curral a espacialidades cênicas de priencípio esférico, cuja culminância alcança a criação do projeto cenográfico do teatro Cacuri. O trabalho constata que pelas dificuldades que pescadores de cacuris enfrentam para continuar operando com essa arte de pesca tradicional na Amazônia, pois gerações v~em deixando de praticá-las, o campo cênico ao rpopriar-se da potencialidade de suas formas, transforma-se em arma de luta contra o esquecimento da memória deste saber-fazer local.

  • VALERIA FROTA DE ANDRADE
  • COM A CARA LAVADA E A MALA NAS COSTAS:
    Memórias e Identidades na Trajetória do Usina Contemporânea de Teatro (1989-2011)

  • Data: 28/06/2012
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  • Esta dissertação aborda a trajetória do grupo Usina Contemporânea de Teatro, criado em Belém do Pará em 1989, e que até hoje ainda desponta como um dos mais atuantes da cena teatral paraense. Com origem no movimento político estudantil, o grupo ocupou as ruas e centros comunitários, agregando, posteriormente, outras linhas de trabalho, como o teatro de animação e o teatro multimídia, em um contínuo processo de coautoria. A partir dos depoimentos de alguns dos seus fundadores, e dos mais diversos documentos impressos e imagéticos, a pesquisa explora a memória como possibilidade de reconstituir e atualizar vivências passadas, traduzindo aspectos de identidade do grupo sob a perspectiva metodológica da História Oral e da Análise de Documentos Escritos e Visuais. Tópicos da teoria do teatro são utilizados na abordagem dos espetáculos, e os conceitos de estrutura de sentimentos, de Raymond Williams, e de convívio teatral, de Jorge Dubatti, dão suporte à compreensão de que o Usina tem sua existência baseada em uma teia de relações de afetos, tensões e superações, configurando-se como um coletivo no qual os vínculos pessoais estiveram sempre na raiz dos processos criativos.

  • ALBERTO DA CUNHA E SILVA NETO
  • “ Memórias de um ator em construção – reinvenção de processos criativos como fonte de aprendizado”,

  • Data: 25/06/2012
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  • Este trabalho apresenta uma cartografia de quatro processos criativos atorais vivenciados pelo pesquisador que foi elaborada com o objetivo de compreender qual o aprendizado adquirido sobre a arte de ator e como foi construído a partir dessa prática. Com base na noção de memória como reinvenção do vivido e no conceito amazônico de dibubuísmo dilatados também como metodologia, e a partir de referencial teórico sobre as ações psicofísicas como base para o trabalho do ator, foi feita uma análise crítica de técnicas, procedimentos e métodos de criação aplicados ou elaborados nesses processos, o que resultou na reinvenção destes a partir de um olhar atual. O resultado desta pesquisa amplia a visão do pesquisador sobre o ator, ao compreender a mente dilatada do atuante como fonte de uma partitura fluida de ações psicofísicas, gerando um conhecimento que poderá ser aplicado em futuras atuações, direções de outros atores e práticas pedagógicas como professor de interpretação e teoria do teatro, além de contribuir para os estudos sobre a arte do ator.

  • HERSON MENDES AMORIM
  • Contribuições das Bandas de Música para a Formação do Instrumentista de Sopro que atua em Belém do Pará

  • Data: 25/06/2012
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  • Este  trabalho  consiste  em  pesquisa  por  meio  da  qual  se  pretende  analisar  a
    influência das bandas de música na formação profissional do instrumentista de sopro
    atuante  em  Belém  do  Pará.  As  bandas  de música  são  abundantes  no  Estado  do
    Pará  e,  sobretudo  em  Belém,  há  um  grande  número  de  instrumentistas  de  sopro
    oriundos  desses  organismos  musicais.  Elas  estão  presentes  em  instituições
    militares, escolas,  igrejas, entre outros. Os músicos de sopro são a grande maioria
    nas  bandas  e  também  o  foco  deste  trabalho,  cujo  objetivo  é  analisar  quais  as
    influências desses conjuntos sobre os instrumentistas e quais os efeitos na formação
    e no decorrer da carreira, analisando  também o contexto social e histórico em que  
    estão inseridos. É traçado um breve perfil histórico e social sobre bandas de música,
    especialmente em Belém, para entender melhor o perfil de  instrumentistas que  têm
    origem nas bandas, os quais, hoje, se encontram em carreiras musicais distintas da
    carreira  de  músico  de  banda  ou  continuam  atuando  nelas.  A  investigação  foi
    realizada  por  meio  de  pesquisa  bibliográfica,  aplicação  de  questionários  e
    entrevistas. Os  resultados  da  pesquisa  devem  contribuir  para  os  estudos  sobre  a
    banda de música como um espaço de profissionalização.

  • HERSON MENDES AMORIM
  • Contribuições das Bandas de Música para a Formação do Instrumentista de Sopro que atua em Belém do Pará

  • Data: 25/06/2012
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  • Este  trabalho  consiste  em  pesquisa  por  meio  da  qual  se  pretende  analisar  a
    influência das bandas de música na formação profissional do instrumentista de sopro
    atuante  em  Belém  do  Pará.  As  bandas  de música  são  abundantes  no  Estado  do
    Pará  e,  sobretudo  em  Belém,  há  um  grande  número  de  instrumentistas  de  sopro
    oriundos  desses  organismos  musicais.  Elas  estão  presentes  em  instituições
    militares, escolas,  igrejas, entre outros. Os músicos de sopro são a grande maioria
    nas  bandas  e  também  o  foco  deste  trabalho,  cujo  objetivo  é  analisar  quais  as
    influências desses conjuntos sobre os instrumentistas e quais os efeitos na formação
    e no decorrer da carreira, analisando  também o contexto social e histórico em que  
    estão inseridos. É traçado um breve perfil histórico e social sobre bandas de música,
    especialmente em Belém, para entender melhor o perfil de  instrumentistas que  têm
    origem nas bandas, os quais, hoje, se encontram em carreiras musicais distintas da
    carreira  de  músico  de  banda  ou  continuam  atuando  nelas.  A  investigação  foi
    realizada  por  meio  de  pesquisa  bibliográfica,  aplicação  de  questionários  e
    entrevistas. Os  resultados  da  pesquisa  devem  contribuir  para  os  estudos  sobre  a
    banda de música como um espaço de profissionalização.

  • CLAUDIA SUELY DOS ANJOS PALHETA
  • Artes Carnavalescas:
    processos criativos de uma carnavalesca em Belém-PA

  • Data: 19/06/2012
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  • Este trabalho apresenta como artes carnavalescas as expressões e representações artísticas presentes em ateliês e barracões das escolas de samba durante a produção de um desfile carnavalesco, incluindo textos de sinopses de enredo, letras de sambas-enredo, desenhos, fantasias e alegorias. Trata-se de um estudo realizado a partir de minhas ações como carnavalesca em três escolas de samba de Belém: Academia de Samba Jurunense, em 2005; Grêmio Recreativo Deixa Falar, em 2006, 2007, 2008 e 2009 e Associação Carnavalesca Bole-Bole, nos anos de 2010 e 2011. A partir do registro de memórias, experiências e observações, elaboro uma auto-etnografia de meus processos criativos, ao mesmo tempo em que busco contribuir para uma etnografia dos processos criativos do carnaval paraense.

  • KEILA ANDREA CARDOSO DOS SANTOS
  • Os Portais, o Baú, o Cavalo e o Farol: a espetacularidade na festa de São Cosme e São Damião
    no Terreiro de Mina Dois Irmãos.

  • Data: 12/06/2012
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  • A festa dedicada a São Cosme e a São Damião, comemorada no dia 27 de setembro, em
    Belém do Pará, acontece de acordo com preceitos provenientes de uma tradição afroreligiosa
    constituída de ritos, crenças e narrativas míticas, que permeiam o imaginário dos
    adeptos e devotos dos santos gêmeos. É o axé dos terreiros de Mina e do “povo de santo”
    (ou “povo santo”), da consonância dos corpos, das vozes várias, tudo dilatado, fruído,
    líquido, inebriante e, ao mesmo tempo, híbrido, sincretizado, transculturalizado. É uma
    festa! O Tambor de Mina é uma manifestação afro-indígena praticada no estado do Pará,
    na qual são cultuados voduns, orixás, caboclos, encantados, nobres, reis, rainhas e erês.
    Nesse universo ritualístico, insere-se o centenário Terreiro de Mina Dois Irmãos, no qual é
    pesquisada a espetacularidade – noção epistemológica fundamental da Etnocenologia,
    ciência que estuda as Práticas e os Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados
    (PCHEO) – da Festa de São Cosme e São Damião e do comportamento de alguns erês. A
    espetacularidade designa um tipo de interação humana, eventual ou habitual mais
    extraordinária, que incide de maneira particular no modo de ser, de se comportar e de se
    apresentar de forma distinta do dia a dia, em determinadas manifestações da cultura. O
    trabalho apresenta descrição e reflexão sobre os diversos momentos da festa, suas
    personagens, ações e interação, inclusive com o público de convidados.

  • JOSE MARIA TEIXEIRA DA COSTA JUNIOR
  • CIDADES DOS GAMES - poéticas urbanísticas no espaço de jogo.

  • Data: 30/03/2012
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  • O presente trabalho de dissertação de mestrado tem como objeto de estudo os
    espaços urbanos de videogames, tratados aqui pelo termo cidades em games, a partir da
    análise de sua manifestação como modelos a serem utilizados pela disciplina do urbanismo
    como campo de estudos visuais e análises de dados urbanísticos. Como o urbanismo, em suas
    formas técnicas de pesquisa e projeto de formas urbanas, é utilizado pelo desenvolvimento de
    games, acreditamos que haja uma troca de conteúdo muito importante para o futuro destas
    duas áreas do conhecimento. Por isso partimos da análise conceitual e teórica baseadas na
    endoestética, proposta por Claudia Giannetti e por um deslocamento teórico utilizando os
    elementos da imagem da cidade de Kevin Lynch em relação ao videogame Grand Theft Auto,
    onde podemos comprovar a existência de todas estas relações.

  • SIMONE DO SOCORRO JARES NOVAES
  • ERRARE HUMANUM EST... MICRO-NARRATIVAS NA BR-316

  • Data: 30/03/2012
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  • O presente estudo configura-se como um exercício poético gerado a partir do caminhar, desenvolvido no km 03 da Rodovia BR-316, situado no município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém-PA. Busca subsídios metodológicos na Teoria da Deriva (IS) para ressaltar a cidade como um espaço de micro-resistências, contribuindo para o desvelamento de outras possibilidades de percepção do espaço urbano.

  • ELANE CRISTINA DO CARMO QUEIROZ
  • QUANDO OS ANJOS CAEM EM EXCITAÇÃO [Arte]cidade e Mídias Contemporâneas na Campanha AXE-excite
    Elane

  • Data: 30/03/2012
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  • Esta dissertação trata da relação entre [arte]cidade e mídias contemporâneas, na perspectiva de desenvolvimento de conhecimentos poéticos e estéticos, cujo substrato é a campanha de AXEexcite, um produto publicitário, que, sob a ótica hipotética deste trabalho, produz ambiente para a fruição artística como efeito colateral da campanha publicitária. Esta campanha apresenta variados recursos tecnológicos e imagéticos pertinentes aos campos das expressões e das linguagens artísticas. Para o desenvolvimento destes conhecimentos, tomamos como procedimento metodológico a Análise de Conteúdos pertinentes aos campos da arte e da comunicação implícitos na campanha publicitária de AXEexcite. Dissecamos este objeto de estudo, na intenção de revelar a simultaneidade de tempos-espaços e novas paisagens que reconfiguram a urbanidade (cidade real, criando a cidade virtual), espetacularizada e tomada como cenário da arte; a aliança entre linguagens artísticas e a imagem tecnológica como elemento provocador, reforça a relação entre arte e vida cotidiana. Inscrito na linha de pesquisa Processos de Criação, Transmissão e Recepção em Arte, a dissertação visa, em última instância, a aplicar as orientações dessa linha na leitura da campanha publicitária do desodorante AXEexcite, para sondar fusões do artístico no comunicacional e surpreender a experiência estética nas relações socioculturais ativadas no espaço urbano.
    Palavras-

  • DIOGO CHAGAS LIMA
  • Arte e mídias digitais: As relações de hibridação nas obras de Artemídia de Giselle Beiguelman

  • Data: 29/03/2012
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  • A Artemídia emerge como campo de estudos, leva em conta intercâmbios culturais e artísticos na contemporaneidade da Arte. Hibridação de conceitos e práticas se ressalta nas interpenetrações de avanços na Arte, Ciência e Tecnologia. Objetiva-se estudar as relações de hibridação nas obras de Artemídia da artista brasileira Giselle Beiguelman. Analisar a ubiquidade, os espaços híbridos, nomadismo e intermedialidade nos fluxos das teleintervenções e propostas metalinguísticas da artista. Dessa forma, abordamos a emulação da ação sistêmica da natureza; a metalinguagem de códigos do impresso e do digital; a intermedialidade dos objetos híbridos de sons, imagens e palavras; interfaces interativas. Discutimos espaços híbridos nas propostas interativas com tecnologias nomádicas. A noção de fluxo é aplicada às relações de hibridação encontradas nas obras. Apresentam propostas metalinguísticas na Internet e teleintervenções. As propostas metalinguísticas empregam morfogêneses e intermedialidades para desenvolver híbridos do impresso e do digital, e expandir o sentido do livro no ciberespaço, reciclando os códigos do livro no/com o digital. As teleintervenções produzem espaços híbridos, conectam ruas, galerias de arte e websites, através de dispositivos nomádicos. Essas obras atuam no contexto de ubiquidade e de ampliação da interação em situações de trânsito entre espaços. Os desvios nas lógicas de programação proporcionam relações de hibridação. As propostas estéticas colocam os fluxos em primeiro plano. O papel da artista se faz programadora de interfaces e de eventos. Emerge a relação sistêmica da obra com o interator.

  • JACKSONILSON DOS SANTOS CASTRO
  •  

    VIDEOESCRITURA: UM OBJETO-QUASE... BELÉM

     

  • Data: 28/03/2012
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  • Esta dissertação de mestrado tem como objetivo uma abordagem do vídeo artístico através de conceitos da filosofia e dos estudos literários, tomando a noção de escritura como procedimento do vídeo. A videoescritura, potência escritural do vídeo, se apresenta como o entrelaçamento de signos eletrônicos do vídeo com as noções de escritura, texto, textualidade, oriundas dos estudos literários em autores como Roland Barthes, Leyla Perrone-Moisés, Neiva Pitta Kadota, Julia Kristeva e outros, assim como das noções de escritura e diferença presentes na filosofia, especialmente em autores como Jacques Derrida, Gilles Deleuze, entre outros. A linguagem do vídeo é abordada a partir de Arlindo Machado, Christine Mello, Philippe Dubois e outros que são trazidos para aproximar campos distintos do saber, mas que operam com códigos comuns de expressão. A partir de um olhar transdisciplinar, estes diferentes campos se juntam para projetar um objeto-quase, objeto dinâmico, híbrido e que dialoga com diferentes linguagens (literatura, cinema, filosofia, etc) formando um corpo diverso e sempre em deslocamento: a videoescritura.

  • LIDIA MATILDE SANTANA DE SOUZA
  • CORPOS DESEJANTES; ACONTECIMENTOS ESTETICULTURAIS NA PRAÇA DA REPÚBLICA
  • Data: 20/03/2012
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  • Esta dissertação é uma experimentação teórica e prática do conceito deleuzeano de acontecimento e tem como objeto de estudos os “corpos desejantes” identificados na Praça da República em Belém do Pará. Nas práticas corporais e performances sociais se pretende identificar estéticas contemporâneas que afetam e ampliam a percepção da visualidade urbana. O objetivo geral do estudo é contribuir com reflexões acerca dos processos de criação, transmissão e recepção em arte através do imbricamento teórico-conceitual e poético-visual das relações entre arte e vida.
  • CLARISSE FONSECA CHAGAS
  • O IMAGINÁRIO AMAZÔNICO NA JOALHERIA PARAENSE: JOIAS DO POLO JOALHEIRO.
     
     

  • Data: 16/03/2012
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  • Resumo
    As  coleções  de  joias  produzidas  pelos  participantes  do  programa
    governamental  Polo  Joalheiro  de  Belém/PA,  catalogadas  nos  impressos  “Pará
    Expojoia” de 2002 a 2010, constituem o objeto de estudo desta pesquisa, que tem a
    finalidade  de  observar  de  qual maneira  o  imaginário  amazônico  foi  apropriado  em
    cada coleção, por meio de uma abordagem semiótica aplicada ao design, segundo
    as categorias simbólicas da autora Lucy Niemeyer. A pesquisa também analisa itens
    das  joias  tais  como:  história,  processo  produtivo,  elemento  de  inspiração  e
    tendências  os  quais  refletem  na  utilização  de  matérias  primas  e  técnicas  do
    artesanato  regional  tradicional,  gerando  novas  tecnologias  e  consolidando  a
    identidade paraense na joalheria local. Baseado nessa pesquisa é possível analisar
    melhor como o  repertório amazônico é absorvido em  forma de arte e  transformado
    em um produto vendável, sem resultar em uma negativa descaracterização.
     
     

  • SEBASTIAO DE JESUS CARDOSO
  • BARCARENA CIDADE-OBRA: cartografia de uma cidade entontecida.

  • Data: 09/03/2012
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  • Este  trabalho se constitui em uma  leitura artístico-estético-crítica da cidade de Barcarena na
    busca  de  uma  compreensão  do  seu  espaço  urbano. Ela  se  vale  de  três momentos:  a  cidade
    histórica, a cidade imagem e a cidade estética, buscando em uma leitura com Mumford,Argan,
    Guimarães,  Lynch,  Rossi,  Deleuze,Guattari,  Calvino  o  modo  comoela  se  instaura  na
    história.Esta leitura  aponta  como  essa  urbe  se  encontra  hoje, mas  ao mesmo  tempo  do  que
    projeta  no modo  específico  de  vê-la  daí  a  ideia  de  uma  cartografia  de  seus  espaços  numa
    escritura entontecida.

  • DANIELLE CALAZANS VALENTE
  • CORPOS CONVERGENTES:
    VISUALIDADE DA PERFORMANCE NA ARTE E NO COTIDIANO

  • Data: 02/03/2012
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  • Nesta pesquisa analiso, a partir do processo investigativo, o objeto Performance como fenômeno a ser desvelado por meio de uma apreciação minuciosa das mais diversas formas de performar, tanto no cotidiano, quanto na arte. O objetivo é examinar a ocorrência deste fenômeno nas Artes Visuais e no cotidiano, observando as convergências de seu evento nestes âmbitos e, com isto, permitir a circulação do leitor pelas fronteiras das mais diversas variantes do conceito e da prática do ato performático. Destaco, sobretudo, o corpo como elemento base e poético dessa prática.

  • ELIANE CARVALHO MOURA
  • O ARTISTA CURADOR: CONCEITOS, PRECURSORES E ATUAÇÃO NA CENA ARTÍSTICA
    PARAENSE.

  • Data: 02/03/2012
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  • Neste trabalho apresentamos uma trajetória possível para a construção do artistacurador,
    figura atuante no campo da arte contemporânea e com ação peculiar na
    cena artística paraense. Para tanto, traçamos uma trajetória a partir das primeiras
    propostas daquilo que hoje concebemos como curadoria, desde os colecionadores
    de curiosidades até o surgimento dos primeiros Museus. A partir de entrevistas
    coletadas em fonte primária associadas à pesquisa bibliográfica produzimos
    documentos vivos da História da Arte Paraense, nos quais delineamos fatos
    históricos da cena regional, identificando as ações de montagem de exposições e
    personagens que se destacaram na cena artística do contexto do século XIX aos
    dias atuais. Na cena contemporânea destacamos as ações empreendidas por
    curadores nacionais e regionais, que revelaram o fazer do artista-curador como uma
    das classificações possíveis para o campo artístico contemporâneo de Belém do
    Pará, onde o fazer do artista e o fazer curatorial se intensificam e se completam no
    pensamento e no fazer do personagem-foco: o artista que produz e cura.

  • EDUARDO WAGNER NUNES CHAGAS
  •  
    FITAS  DE  CETIM,  PAPEL  CREPOM, FLORES  DE  PLÁSTICO...  SERÁ  UM  “O  BENEDITO”?  
    Festas, Símbolos e Identidades  no bairro do Jurunas em Belém do Pará.

  • Data: 02/03/2012
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  • Este  trabalho  apresenta  os  resultados  elaborados  a  partir  da  observação  das festividades  dedicadas  a  São  Benedito  no  bairro  de  Jurunas,  em  Belém  do  Pará.  Objetiva compreender o processo de elaboração de símbolos no contexto dessas festas, considerando-as como produto e reflexo das misturas que produziram o aspecto híbrido da cultura brasileira, a partir da relação entre catolicismo e cultura popular. O trabalho considera estas festividades, enquanto signo representante da própria identidade do bairro do Jurunas, como um entre-lugar produtor de  tensões que, no entanto, são amenizadas pelo contexto carnavalizado em que se realizam  as  festas.  O  trabalho  apresenta  ainda  como  síntese  representativa  da  ambiência dessas festividades o oxímoro “carnavalização devota”.
     

  • LUCIANA LOUREIRO FIGUEIRA MAGNO
  • MIGUEL CHIKAOKA:
    FOTOGRAFIA COMO PRÁTICA DA LIBERDADE

  • Data: 01/03/2012
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  • Esta pesquisa tem como objeto de estudo os processos empreendidos pelo
    fotógrafo e educador Miguel Chikaoka, que impulsionou em Belém, a partir da
    década de 1980, por meio das fotoatividades, um intenso movimento de arte e vida
    na cena da fotografia paraense, onde desenvolveu concomitantemente um peculiar
    método de ensino da fotografia, que se expande ao não delimitar-se apenas como
    exercício estético, plástico, visual, mas como mola ativadora de experiências
    sensíveis modificadoras, caminho às práticas da liberdade.

  • MAYRLA ANDRADE FERREIRA DOS SANTOS
  • DA CASA DE CONTATO À DRAMATURGIA DO CONTATO:
    Experimentações e reflexões na casa Ribalta.

  • Data: 01/03/2012
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  • A pesquisa aponta um caminho de experimentação artística, desvelado, precisamente, no meu primeiro espaço de contato com a dança: a “casa de contato”, objeto de investigação desta pesquisa que estabelece conexões múltiplas e heterogêneas dos intérpretes-criadores com suas histórias de vida, as quais são, matéria-prima principal, articuladoras para o reconhecimento dos princípios e recorrências de uma dramaturgia específica, particular e local, a “dramaturgia do contato”. Para compor as bases de tal proposição, sirvo-me do referencial teórico-metodológico rizomático de Deleuze e Guatarri (1995), em seus perceptos e afetos (1992), agenciados pela tríade imagem-tempo-movimento de Deleuze (1992), como um estratégia do campo teórico-prático transversal a toda escrita. Baseado na noção de corpo sujeito de Merleau-Ponty (1999) e de dramaturgias de Eugenio Barba (2010) em tessitura com a fenomenologia da percepção e o contato-improvisação foram desveladores dos elementos que subsidiam os princípios da dramaturgia do contato despertados pelas histórias de vida de quem o pratica, respondendo assim, ao objetivo principal desta investigação dissertativa. Foram utilizados os seguintes métodos de coleta de informações: levantamento de documentos bibliográficos que permearam a natureza do tema aqui estudado e suas interfaces com diversas áreas do conhecimento, observações participantes, entrevistas aberta individuais e coletivas e a coleta sensorial através de cartas, fotografias, vídeos, musicas, desenhos e objetos relacionais que permitiram a reflexão e análise cartográfica construída por uma linha do tempo da Escola de dança Ribalta, da Ribalta Companhia de dança e da tríade Marlene-Beth-Mayrla, vidas que coexistem na Casa Ribalta e dão todo o sentido desta escrita. Os aspectos conclusivos advindos desta pesquisa estão implicados diretamente com o grau de comprometimento desta pesquisadora com a obra poética de um projeto de vida, “A Casa de Contato e a Dramaturgia do Contato”, marcas singulares de trans-formações de caminhos em uma plural diversidade humana.

  • WALTER GOMES RODRIGUES JUNIOR
  • DO CLIC NA EJA AO FURO DA LATA: Experimentações Fotográficas na Educação e no Cotidiano

  • Data: 01/03/2012
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  • O  presente  trabalho  revela  dois  processos  de  experimentações  com  a
    imagem  através  da  fotografia:  o  primeiro  direcionado  a  uma  turma  de  alunos  da
    Educação  de  Jovens  e  Adultos  (EJA)  de  uma  Escola  Pública  de  Belém/PA,  e  o
    segundo direcionado a um grupo de  jovens de uma comunidade do Bairro da Terra
    Firme  da  periferia  de  Belém/PA.  Buscando  deflagrar  novas  interpretações  e
    subjetividades  a  partir  de  experimentações  com  a  fotografia  em  seus  múltiplos
    aspectos, apontamos nossas lentes para além de uma produção técnica, na direção
    de uma percepção que adentre o que se vê daqueles que constroem a sua própria
    identidade. Todo o processo vivenciado esteve preocupado em desenvolver o senso
    estético  dos  alunos  e  principalmente  em  reeducar  o  olhar  a  uma  postura  mais
    sensível,  atenta  aos  detalhes  do  dia-a-dia  e  crítica,  partindo  dos  princípios  da
    observação, experimentação e pesquisa. Optamos por este  tipo de abordagem por
    acreditar que a fotografia, dada toda uma trajetória imagética, histórica e conceitual,
    dentro e fora de um contexto escolar, pode contribuir para a formação dos indivíduos
    na sociedade. 

  • KELEM CARLA ALVES FERRO
  • A MÚSICA NOS RITUAIS DE CURA DO SANTO DAIME

  • Data: 29/02/2012
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  •  
    Este  trabalho descreve e analisa a prática musical nos  rituais de cura do Santo Daime  apontando  a  relevância destes  rituais  enquanto prática  religiosa neste  contexto. As cerimônias  realizadas  na  igreja  Céu  da Mãe  Divina,  localizada  no  km  6  da  estrada  do Taiassuí, município de Benevides, área metropolitana de Belém do Pará, servem de reflexão e análise para esta pesquisa.
    Nos  rituais  de  cura,  relação  musical  e  religiosa,  o  pensamento  religioso  se mostra capaz de determinar as etapas da concepção musical desde a recepção,  transmissão até a execução dos hinários. Os diversos  aspectos da prática musical, que  se apresenta na forma  de  conhecimento  e  fundamento  religioso,  são  analisados  aqui  à  luz  da etnomusicologia.   
     
     
     

  • SILVIA DO SOCORRO LUZ PINHEIRO
  • Kata Pessoal: treinamento psicofísico para atores/bailarinos por meio do judô.

  • Data: 29/02/2012
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  • O objeto desta pesquisa constitui-se na aplicação da arte marcial judô na prática psicofísica do
    ator/bailarino. Neste sentido, considero a hipótese apresentada de que o  judô  inclui  técnicas
    úteis  para  o  treinamento  do  ator/bailarino  observadas  pela  lente  da  Antropologia  Teatral.
    Portanto,  dissertarei  sobre minha  pesquisa  do  judô  tanto  em  seus  atributos  técnicos,  quanto
    filosóficos,  a  fim  de  se  encontrarem  elementos  que  possam  enriquecer  o  estado  “pré-
    expressivo”  dos  sujeitos  envolvidos  –  atores/bailarinos  –,  a  partir  da  construção  do  “Kata
    Pessoal”,  termo  cuja  definição  implica  procedimentos  metodológicos  do  treinamento  e
    deduções empiricamente atestadas nesta pesquisa. Portanto, esta proposta  incorpora campos
    teóricos e práticos distintos, quais sejam o Judô e o Teatro, contendo como foco os princípios
    e atributos do primeiro, e a abordagem antropológica, do segundo.
    Minha experiência enquanto professora de judô foi tomada como referência para o estudo, por
    constituir  âmbito  filosófico  e  prático  sobre  os  fundamentos  do  judô.  Quanto  aos
    procedimentos metodológicos  levados  a  cabo,  optou-se  por  uma  abordagem  qualitativa,  de
    caráter descritivo e hipotético-dedutivo em que  foi  realizado um  levantamento bibliográfico.
    Houve, também, pesquisa de campo, envolvendo entrevistas e depoimentos, e um  laboratório
    experimental de treinamento psicofísico. Para aplicação deste treinamento, foi selecionado um
    conjunto de técnicas do judô a partir de princípios como: “equilíbrio de luxo (ou precário)”
    2, “energia”  3, “oposição” 4,  “corpo-decidido” 5,  e “dilatação” 6 .  

  • ANDREZA BARROSO DA SILVA
  • DANÇAEIRA: a Capoeira como procedimento para a construção de um
    processo criativo em Dança Contemporânea.

  • Data: 29/02/2012
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  • Esta pesquisa  tem  como objetivo norteador  analisar o diálogo  existente  entre Capoeira  e
    Dança Contemporânea a partir da construção de um processo criativo em dança por meio
    da abstração de movimentos próprios e das percepções relativas ao próprio e ao corpo de
    outros  sujeitos,  ocorridas  no  universo  da Capoeira. Dentre  os  seus  objetivos  específicos
    destacam-se: analisar a construção corporal no âmbito da Capoeira; verificar a percepção
    do  corpo  na Capoeira  diante  da  sua  relação  com  a  improvisação  e  a  liberdade  criativa,
    refletindo  sobre  os  seus  nexos  com  a  criação  em Dança Contemporânea  e;  identificar  a
    maneira  como  os  impulsos  advindos  com  a  experiência  com  a Capoeira  afloram  em  um
    processo  criativo  em  Dança  Contemporânea.  A  metodologia  compreende  a  narrativa
    autobiográfica,  diante  da  hipótese  empírica,  devido  o  sujeito-objeto  desta  pesquisa
    delimitar-se  na  experiência  da  própria  pesquisadora  atrelada  ao  trabalho  de  laboratórios
    com  a  improvisação  em  Dança,  visto  a  pesquisadora  ser  bailarina  intérprete-criadora  e
    capoeirista. Os aportes teóricos utilizados tratam sobre o estado de prontidão e a dilatação
    do  corpo,  o  corpo  enquanto  memória,  as  suas  técnicas  corporais  e,  a  sua  percepção
    conforme  abordagem  dos  autores  Eugenio  Barba,  Jerzy  Grotowski,  Marcel  Mauss  e
    Merleau  Ponty,  respectivamente.  Diante  da  concretização  desta  pesquisa,  podem-se
    verificar  elementos  indicativos  da  experiência  com  a  Capoeira  no  processo  criativo  em
    Dança Contemporânea, congregados na criação do conceito Dançaeira, o qual se  refere à
    expressão de elementos em amálgama que aludem às  linguagens da Capoeira e da Dança
    Contemporânea  a  partir  de  impulsos,  configurando  um  aparato  corporal  expressivo  e
    reflexivo singular, sem haver a sobreposição de uma linguagem sobre a outra.

  • PAULO SERGIO DAS NEVES SOUZA
  • TRAVESTIDAS FORMAS: arte, beleza e erotismo em corpos de travestis no Bairro do Reduto em Belém do Pará.

  • Data: 28/02/2012
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  • Este estudo aborda a dimensão poética we estética presentes em corpos de travestis que trabalham e trasitam no Bairro do reduto na cidade de Belém do Pará.

  • MELISSA BARBERY LIMA
  • VÍDEO ADERÊNCIA: Território intervalar de reflexão e experimentação

  • Data: 28/02/2012
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  • Este trabalho discute o território da videoarte, desenvolvendo uma
    revisão e reflexão a partir de conceitos estabelecidos dentro de uma linha
    temporal e territorial em que a videoarte é o mote principal relacionando-o tanto
    em sua perspectiva histórica, quanto de sua linguagem e técnica, constituindo
    um percurso a partir de algumas experiências desenvolvidas em projetos
    artísticos autorais, focando em obras nas quais pequenas formas de vida são
    abordadas e servem como fio condutor para a reflexão Arte e Vida. Como fruto
    dessa análise e dos ensaios críticos provenientes do embate conceitual com as
    obras estudadas, instituímos um território intervalar que conceituamos como
    Vídeo Aderências.
    PALAVRAS-

  • FERNANDO DE PADUA MESQUITA DE AZEVEDO
  • CIDADE, PROCESSOS DE CRIAÇÃO e INTERVENÇÕES: práticas poe[lí]ticas na dimensão ordinária da experiência estética.

  • Data: 27/02/2012
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  • Nesta dissertação, proponho experimentar o experimentável nos deslocamentos possíveis de uma pesquisa atravessada por vivencias e outros acontecimentos na dimensão ordinária da experiência estética. Os assuntos aqui abordados tratam de questões relativas às práticas do fazer criativo vivenciado no cotidiano da cidade. Proposições de numa abordagem rizomática no víeis deleuze-guattariano sobre os aspectos referentes aos processos artísticos que ocorrem em paralelo aos mecanismos de agenciamento coletivo. Aproprio-me do sentido de escritura disseminado por Jacques Derrida, como estratégia para trafegar por sobre as tramas que envolvem as situações cotidianas na temporalidade própria do fazer.

  • RENATO VIEIRA DE SOUZA
  • Varinhas, grafismo e identidade: cultura da memória e experiência estética no estuário marajoara

  • Data: 27/02/2012
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  •   As populações  tradicionais do estuário marajoara com  sua  riqueza cultural  são ainda
    pouco  estudadas.  Nelas  é  possível  ver  manifestações  que  têm  traços  constitutivos  de  sua
    identidade  antropológica,  como  em  sua  arte,  ignorada  há  algumas  gerações  como  fonte  de
    saber  e  história,  mito,  encantaria,  trajeto  de  gênero,  conquista  e  resistência  cultural.  Para
    descrever  e  discutir  essas  realidades,  esse  trabalho  é  focado  na memória  do  passado  e  do
    presente do fenômeno das Varinhas Bordadas, trabalho habitual de bordadeiras-artistas da ilha
    de Mosqueiro e de Soure, no Marajó. Posições de críticos de arte, antropólogos e estudiosos
    do assunto se dividem a respeito desses discursos há bom  tempo, e essa pesquisa visa  trazer
    luz a esse debate, situando o objeto como um patrimônio da  tradição cultural,  legitimada na
    vivência artística.

  • ADELAIDE OLIVEIRA DE OLIVEIRA
  • IMAGENS DO CORPO E DA SENSUALIDADE NA ARTE CONTEMPORÂNEA PARAENSE: o erotismo masculino nas fotografias de Sinval Garcia e Orlando Maneschy.

  • Data: 17/02/2012
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  • O tema proposto é um estudo da representação do corpo masculino e as características do erotismo na fotografia contemporãqnea paraense. para o estudo foram escolhidas obras dos artistas Sinval Garcia (série "Automatic Men")e Orlando Maneschy (série "Homens e Sangue") produzidas nas décadas de 1990 e 2000.

  • ANA PAULA DIAS ANDRADE
  •  
    ARTE NA TV  - REFLEXÕES SOBRE MATÉRIAS DE ARTE EM TELEJORNAIS PARAENSES
     
     

  • Data: 16/02/2012
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  • Arte  e  comunicação,  duas  áreas  do  conhecimento  capazes  de  provocar
    reflexões e questionamentos sobre a  realidade humana, ainda precisam afinar
    o  (com)passo.  Esta  dissertação  propõe  uma  parceria  entre  os  dois  campos,
    para que  juntos possam contribuir com o desenvolvimento de uma sociedade
    crítica e enriquecida culturalmente. O ponto de convergência escolhido para o
    estudo é a mediação de  informações sobre arte pelo  telejornalismo paraense.
    Será  que  os  telejornais  valorizam,  incentivam  e  dão  visibilidade  às  pautas
    sobre  arte,  principalmente  locais?  Na  tentativa  de  responder  esta  e  outras
    perguntas,  mergulha-se  em  uma  pesquisa  bibliográfica  abordando  temáticas
    referentes à linguagem artística e à televisiva, à crítica de arte e ao jornalismo
    cultural, levantando pilares para compreensão de como a TV, enquanto veículo
    de comunicação de massa, deve atuar para a correta mediação da informação
    artística.  A  partir  de  levantamento  teórico,  observa-se,  na  prática,  matérias
    jornalísticas veiculadas em telejornais de emissoras paraenses de canal aberto:
    TV  Liberal  (Rede  Globo);  TV  RBA  (BAND)  e  TV  Cultura  do  Pará  (emissora
    pública); escolhidas para esta análise de conteúdo. Na pesquisa, as matérias
    trazem  temáticas artísticas, parte do cenário contemporâneo. Coletar material
    de  canais  distintos  colabora  com  a  observação  de  como  é  abordada  a
    informação  artística  em  cada  emissora;  se  é  dada  visibilidade  à  temática,
    valorizando-a; e se há incentivo, motivação ou colaboração com a formação do
    público de arte.

  • LEANDRO RAPHAEL NASCIMENTO DE PAULA
  • A luva e o machado: Capitu entre a arte, a televisão e a indústria cultural

  • Data: 15/02/2012
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  • Esta  dissertação  tem  como  objeto  de  estudo  a  relação  entre  arte,  televisão  e  indústria
    cultural  propondo  uma  crítica  dos  conceitos  de  cultura  de massa  e  indústria  cultural  e  uma
    análise do objeto empírico, a microssérie Capitu. Os pressupostos  teóricos partem dos Estudos
    Culturais, da Estética e da Teoria Crítica Frankfurtiana para propor uma perspectiva diferente ao
    objeto  de  estudo,  que  normalmente  é  encarado  a  partir  de  pré-conceitos  comuns  da
    hierarquização cultural que coloca a arte em um pedestal e vê qualquer tipo de trânsito cultural
    como uma espécie de deformação do cânone.

  • TARSILLA CASTRO RODRIGUES
  • Ensino Coletivo de Cordas Friccionadas: uma análise da Proposta Metodológica de Ensino Coletivo de Violino e Viola do Programa Cordas da Amazônia.

  • Data: 13/02/2012
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  • Estudos  sobre  o  ensino  coletivo  de  cordas  friccionadas  estão  cada  vez mais  em
    evidência  no  contexto  da  educação musical  no Brasil, mas  revelam  ser  esta  uma
    vertente  ainda em  fase  exploratória. A  presente pesquisa  tem  como objetivo  geral
    analisar a Proposta Metodológica de Ensino Coletivo de Violino e Viola do Programa
    Cordas  da  Amazônia.  E  como  objetivos  específicos  descrever  a  Proposta
    Metodológica  de Ensino Coletivo  de Cordas Friccionadas  do Programa Cordas  da
    Amazônia, investigar o processo de ensino-aprendizagem dos instrumentos violino e
    viola por meio da aplicação da Proposta Metodológica de Ensino Coletivo de Violino
    e  Viola  do  referido  Programa  e  identificar  na  Proposta  Metodológica  de  Ensino
    Coletivo  de  Violino  e  Viola  do  Programa  Cordas  da  Amazônia  aspectos  que
    caracterizam  o  ensino  coletivo.  A  pesquisa  foi  uma  abordagem  qualitativa,  um
    estudo descritivo da referida Proposta Metodológica e utilizou como instrumentos de
    coleta  de  dados  a  pesquisa  bibliográfica,  a  análise  documental,  a  Escala  de
    Avaliação  do  Aprendizado Musical  nos  instrumentos  Violino  e  Viola  do  Programa
    Cordas da Amazônia e a entrevista semiestruturada. Os dados obtidos com a Escala
    de Avaliação do Aprendizado Musical de Violino e Viola na aplicação da Proposta
    Metodológica  foram  organizados  e  analisados  a  partir  do  programa  estatístico
    Microsoft Office Excel,  foram  computados  e  descritos  em  forma  de  gráfico  para  a
    análise  descritiva.  Os  resultados  encontrados  na  presente  pesquisa  a  partir  da
    análise descritiva revelaram o valor do ensino coletivo para a expansão do alcance
    do  ensino  de  instrumentos  de  cordas  friccionadas,  entendendo  que  o  ganho  do
    estudo em grupo se estende para a vida e no aprendizado do  instrumento pode se
    tornar  um  início  para  uma  carreira  musical  promissora.  Também  indica
    possibilidades e oportunidades para elaboração de ações, no sentido de mobilização
    de políticas públicas para viabilização de ensino musical de qualidade nas escolas
    do Brasil.

  • SERGIO FIGUEIREDO BERNARDO
  • A Música na Educação de Pessoas com deficiência visual: uma experiência na Unidade Educacional Especializada José Álvares de Azevedo.

  • Data: 13/02/2012
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  • O  objetivo  com  este  estudo  é  compreender  a  dinâmica  da  educação  musical  na  Unidade
    Educacional Especializada  José Álvares de Azevedo  (UEES  JAA),  situando a música e  sua
    dimensão  criativa  no  Atendimento  Educacional  Especializado  (AEE)  na  concepção  de
    professores  e  de  alunos  com  Deficiência  Visual,  na  perspectiva  da  educação  inclusiva.  A
    UEES JAA localiza-se no Estado do Pará, uma referência no AEE de alunos com Deficiência
    Visual. Segundo dados oficiais da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), em 2009, esta
    instituição  atendeu  cerca  de  347  alunos  provindos  da  Região Metropolitana  de  Belém. Os
    docentes e  técnicos da unidade atuaram em várias ações:  (a) no atendimento de alunos com
    Deficiência Visual;  (b)  na  formação  de  educadores  da  Rede  Estadual  de  Ensino;  e  (c)  na
    organização  de  Jornadas  Pedagógicas  envolvendo  a  sociedade  para  discussão  de  temas
    relacionados  à  arte.  Referindo-se  à  arte,  inclui-se  a música  como  importante  elemento  no
    processo  de  ensino-aprendizagem  de  seus  alunos.  Embora  se  constate  inicialmente  estas
    práticas  de  trabalho  com  música,  verifica-se  que  no  campo  da  sistematização  e  produção
    científica destas práticas há uma lacuna, dada a riqueza das experiências e especificidades de
    sua  atuação.   Em  se  tratando  da  busca  dos  processos  criativos  dos  alunos  com Deficiência
    Visual por  intermédio da música, percebe-se que a Unidade apresenta muitas possibilidades
    de  estudo  e  de  produção  de  conhecimento.  Considerando  a  percepção  complexa  dos
    fenômenos  a  serem  estudados,  os  pesquisadores  utilizaram  uma  abordagem  Qualitativa,
    estruturada  em  torno  de  um  Estudo  de  Caso.  Como  técnica  de  pesquisa,  foi  utilizada  a
    documentação  indireta,  através  da  pesquisa  bibliográfica  e  pesquisa  documental.  A
    documentação direta baseou-se na (a) observação direta intensiva por intermédio de  técnicas
    de observação, e (b) roteiro de entrevista semi-estruturada. A análise dos dados revelou que:
    (a) A UEES JAA vem passando por um processo de mudança em sua forma de organização
    como  tentativa  de  adequar-se  ao  processo  de  normalização  do  AEE.  Esta  mudança,  em
    andamento,  tem  no  centro  de  sua  concepção  a  perspectiva  inclusiva  na  qual  o  conceito  de
    inclusão  social  tem um papel  significativo e a  inclusão escolar apresenta-se em processo de
    desenvolvimento  crescente  sendo  que  sua  consolidação  demanda  a  superação  de  desafios
    ainda presentes na dinâmica  institucional,  sobretudo na  relação com o ensino  regular;  (b) O
    Coral Cantarte, como campo de atuação musical, afirma-se como  fazendo parte do conjunto
    de  atividades  ofertadas  aos  alunos  com Deficiência Visual, manifestando  uma  organização
    pedagógica  específica  que  busca  considerar  as  necessidades  educacionais  especiais  dos
    educandos,  valorizando  formas  de  abordagem multi  sensorial,  processos  de memorização  e
    repetição e repertório de baixa complexidade técnica como princípios norteadores do processo
    de  ensino-aprendizagem;  (c) A  dimensão  criativa  da música,  por meio  da  composição,  do
    improviso  e da  inovação musical manifesta-se de  forma diferenciada na  prática  pedagógica
    musical, compondo um quadro geral de ausências e presenças, possibilidades e perspectivas.
    Neste sentido, a criação musical não compõe o leque de objetivos educacionais propostos para
    o Canto Coral, sendo a natureza criativa da música o principal agente desencadeador de sua
    tímida manifestação. Desta  forma, produz-se conhecimento de uma experiência educacional
    que contribui para o enriquecimento da  relação da música com o processo de construção da
    inclusão de alunos com Deficiência Visual.

  • MARIANA GABBAY MARTINS BRAGA
  • Lágrimas de Boas Vindas: o repertório musical Ahãdeakü das comunidades indígenas de São Gabriel da Cachoeira no Alto Rio Negro, AM.

  • Data: 10/02/2012
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  •   Esta pesquisa é voltada para o repertório musical Ahãdeakü também chamado de Hãde
    Hãde  pelas  comunidades  indígenas  Tukano  Oriental  da  região  do  Alto  Rio  Negro,  em
    especial da  localidade de São Gabriel da Cachoeira no extremo noroeste do Amazonas. Sua
    importância  está  no  desenvolvimento  e  aprofundamento  dos  trabalhos  etnomusicológicos
    relacionados à música indígena da região norte do Brasil. O objetivo principal deste trabalho é
    buscar  relações  entre música  e  sistema  social  no  Alto  Rio  Negro,  associando  as  posições
    sociais  de  homens  e  mulheres  indígenas  ao  repertório  musical.  Através  da  análise  do
    repertório  Ahãdeakü,  pretende-se  oferecer  um  olhar  sobre  a  expressão  dos  valores
    socioculturais  que  se manifestam  na música.  Para  tal,  sua  fundamentação  está  calcada  na
    Etnomusicologia,  lançando  mão  também  dos  estudos  da  antropologia  cultural  e  etnologia
    amazônica. 

  • HUMBERTO VALENTE AZULAY
  • WILSON FONSECA: CRENDICES E LENDAS AMAZÔNICAS PARA CANTO E PIANO

  • Data: 08/02/2012
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  • O presente  trabalho  fala  sobre Wilson Fonseca, um dos compositores mais
    importantes da nossa região amazônica, devido a sua trajetória e dedicação de uma vida
    inteira  a  favor  da música  e  da  nossa  cultura,  sendo  uma  referência  não  somente  no
    campo  musical,  mas  também  na  memória  e  resgate  da  história  e  cultura  santarena.
    Crendices e lendas amazônicas para canto e piano, temática abordada nessa pesquisa, é
    apenas uma das várias faces a qual o autor retratou em sua extensa produção musical.

  • SISSA ANELEH BATISTA DE ASSIS
  • MULHERES ARTISTAS: NARRATIVAS, POÉTICAS, SUBVERSÕES E PROTESTOS DO FEMININO NA ARTE CONTEMPORÂNEA PARAENSE.

  • Data: 07/02/2012
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  • Este trabalho analisa as obras de mulheres artístas plásticas e visuais da arte contemporânea paraense. entretanto, cito nesta pesquisa a pintora modernista ANTONIETA SANTOS FEIO por representar em sua obra a mulher paraense. primeiramente, é apresentado um recorte histórico partindo da representação do feminino desde as estatuetas das Vênus Esteatopígicas da pré-história, das esculturas de Vênus da Idade Clássica às releituras contemporâneas . Uma introdução às condições sociais da mulher e as limitações impostasà sua profissionalização nas artes também serão expostas. Posteriormente, apresento uma breve introdução com diferentes perspectivas sobre conceitos de gênero, identidade, identificação e movimentos sociais na contemporaneidade que contribuíram para liberações sociais, sexuais e intelectuais ao universo artístico. a pesquisa mostra o universo feminino nas artes, a expressão artística feminina, a interpretação da artista mulher sobre a mulher e a representação simbólica da mulher regional. as artistas escolhidas para compor esta pesquisa representam narrativas, estéticas e poéticas do feminino na arte contemporânea paraense.

  • IDANISE SANTANA AZEVEDO HAMOY
  • ITINERÁRIO DE INFLUÊNCIAS IBERO-ITALIANAS NA ARTE E NA ARQUITETURA: RETÁBULOS DA BELÉM DO SECÚLO XVIII.

  • Data: 31/01/2012
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  • Os retábulos constituem um bem que integram a arte e a arquitetura, e inicialmente utilizados como instrumento pedagógico de propagação da fé cristã atingiram seu apogeu no período da Contra reforma. Esses modelos foram trazidos da Europa para as colônias e em Belém existem exemplares que se destacam pos suas características insólitas. Com a mudança na liturgia proposta pelo Concílio Vaticano II, perderema sua função original, masa como exemplares reveladores da condição histórica, artística e religiosa de uma época e que apresentam uma evolução em sua composição e forma, evidenciam os fazeres e saberes que propiciaram a feitura desses retábulos com a mão de obra local. Este trabalho tem por objetivo analisar, a apartir das tipologias de cinco retábulos da Belém do Século XVIII, as infuências ibero-italianas na produção artística e arquitetônica com ênfase nos processos de mestiçagens dos encontros culturais ocorridos entre colonizadores, religiosos, técnicos (com destaque para o arquiteto bolonhês Antonio Landi), indígenas e negros.

  • GRAZIELA RIBEIRO BAENA
  • MESTRE NATO EM NARRATIVAS COSTURADAS: Estudo de princípios de criação dos figurinos em  
    “O Auto da Barca do Inferno”e “A-MOR-TE-MOR” 

  • Data: 27/01/2012
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  • A partir dos relatos pessoais sobre o percurso da formação artística do Mestre Nato
    e  sobre  o  processo  de  criação  do  figurino  teatral  são  analisadas  as  criações  do
    figurino de dois espetáculos O Auto da barca do  inferno, uma montagem da Usina
    de  Teatro  da  UNAMA,  2001,  dirigido  por  Paulo  Santana  e  A-MOR-TE-MOR,
    fragmentos amorosos de cem anos de solidão, espetáculo  realizado pelo Curso de
    Formação  de  Atores  da  Escola  de  Teatro  e  Dança  da  UFPA,  2002,  dirigido  por
    Karine Jansen e Wlad Lima. Realizar estudo sobre a produção de figurino teatral em
    Belém  através  da  vivência  de  um  profissional  da  área  e  a  experiência  do Mestre
    Nato  como  figurinista  reflete  na  prática  de  outros  atuantes  desta  cena  e  mostra
    alternativas sobre o ato de  fazer  figurinos. Traça a biografia do artista pesquisado;
    identifica  métodos  de  criação;  mostra  exemplos  de  figurinos  concebidos  pelo
    profissional. A par de  referenciais  teóricos do  figurino  teatral e das artes, mostra a
    formação  de  um  artista  autodidata,  ou  melhor,  aprendiz  criador  independente  de
    orientações formais sobre o fazer figurino para a cena.

  • SAULO ALEXANDRE PICANÇO SISNANDO
  •  
     
    PEÇA FILME: o efeito cinema e a poética dos espetáculos teatrais de Saulo Sisnando.
     
     

  • Data: 27/01/2012
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  •  
    O presente trabalho se propõe a fazer uma investigação acerca da influência do cinema
    nas  montagens  dos  espetáculos  teatrais  de  Saulo  Sisnando,  seja  pela  utilização  de
    projeções, como ocorreu na Peça-Filme popPORN – sete vidas e infinitas possibilidades
    de  corações  partidos  ou  pela  maneira  como  o  corte  cinematográfico  se  agregou  à
    encenação  da  Peça-Filme  Cartas  para  Ninguém.    Esta  dissertação  também  pretende
    demonstrar passo a passo os procedimentos de inserção de técnicas cinematográficas na
    Peça-Filme  O  misterioso  desaparecimento  de  Deborah  Rope  (construída  em
    concomitância com esta dissertação), discutindo a possibilidade de uma hibridização tal
    que vai além (embora também faça uso) da utilização de recursos audiovisuais, como off
    e  projeções  de  vídeos  e  filmes,  mas  apoderando-se  cenicamente  de  conceitos
    tipicamente  cinematográficos  como  edição,  montagem,  closes,  fades,  cortes,  planos,
    contra planos, sequências, enquadramentos, etc., a ponto de atingir um “efeito cinema”,
    característica indispensável na poética das peças-filme. Este trabalho pretende analisar a
    Peça-Filme  o  misterioso  desaparecimento  de  Deborah  Rope  desde  a  construção
    dramatúrgica até a sua execução no palco, quando, à luz da Teoria Realista do Cinema
    de André Bazin, a peça-filme analisada pelo prisma da montagem e da plasticidade da
    imagem.

  • BRUNO SERVULO DA SILVA MATOS
  • A CRISE DA PALAVRA NO CENTRO DO DRAMA: UMA LEITURA DE EU SEI QUE VOU TE AMAR, DE ARNALDO JABOR.

  • Data: 20/01/2012
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  • A literatura e o cinema constituem dois campos de produção sígnica distintos duja relação pode ser tornar possível em razão da visualidade presente nas duas linguagens. Não é de hoje que o cinema se utiliza de outra linguagens e/ou outros signos para a construção, reconstrução, criação e recriação fílmica, provocando, dessa forma, o aparecimento de uma matéria híbrida. Porém, na atualidade, esse processo de influências/troca também ocorre de forma contrária: se antes o cinema se valia da literatura como hipotexto, desta vez, a literatura pode valer-se do cinema para sua criação narrativo-verbal. O corpus de análise será o filme e romance homônimo EU SEI QUE VOU TE AMAR, do cineasta, escritor, jornalista e crítico Arnaldo Jabor, cujas obras exploram a linguagem cinematográfica de forma artística e também consegu, ao mesmo tempo, desenvolver seu cunho literário-poético, demonstrando assim, que a literatura pode sofrer infuência do cinema.

  • JOSE RENATO MEDEIROS FURTADO
  • Paulino Chaves: relações entre a sua produção composicional e o entorno musical de Belém

  • Data: 19/01/2012
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  •  
    Paulino Lins de Vasconcelos Chaves (1883-1948) saiu de Belém para estudar
    na  Alemanha  e  no  seu  retorno  à  capital  paraense  realizou  diversas  atividades
    musicais antes de partir para o Rio de Janeiro, onde atuou até o final da vida como
    professor  de  Piano  no  Instituto  Nacional  de  Música.  O  problema  desta  pesquisa
    consiste em compreender tanto as especificidades da sua produção musical quanto
    o diálogo de sua produção com o contexto de Belém. O objetivo geral é investigar as
    relações entre a produção composicional de Paulino Chaves e seu entorno histórico,
    social e musical em Belém no final do século XIX e início do século XX. Pretendeu-
    se  também refletir sobre a  formação e atuação musical do compositor; analisar sua
    produção  por  época  e  estilo,  sobretudo  após  o  seu  retorno  da  Alemanha,
    contextualizando  histórica,  social  e  culturalmente  em  Belém  na  época  em  que
    Paulino  Chaves  atuou  na  cidade;  e  realizar  análise  musical  comparativa
    relacionando os procedimentos  composicionais empregados por Paulino Chaves e
    aspectos da  tradição musical européia da época.   Para  isso, a pesquisa dispõe de
    três  ferramentas  de  coleta  de  dados,  que  são:  (1)  levantamento  documental  a
    respeito do compositor e seu entorno cultural; (2) análise dos documentos referentes
    à  repercussão  das  obras  do  compositor  na  época;  (3)  análise musical  buscando
    observar  os  procedimentos  composicionais  derivados  da  formação  na  Alemanha,
    utilizados  por  Paulino  Chaves.  O  trabalho  conta  como  referencial  teórico-
    metodológico:  (1)  a  análise musical  apresentada  nos  trabalhos  de Charles Rosen
    (1987; 2000), Schoenberg (1996), Carvalho (2002) e Noda (2009); (2) a abordagem
    estético-sócio-cultural  em  Enrico  Fubini  (2008),  Jorge  Coli  (2005),  Nobert  Elias
    (1995)  e  Starobinski  (2001);  (3)  a  perspectiva  biográfico-musical  sobre  Paulino
    Chaves, em Salles (1970; 1980; 1983; 1985; 1995; 2005; 2007) e Tourinho (2010); e
    (4) a abrangência histórica (social e musical/artístico) nacional (Brasil) e local (Belém
    -  PA),  em  Daou  (2004),  Dudeque  (2005),  Sarges  (2000),  Vermes  (2004;  2007),
    Vieira (2001), Volpe (1995), Figueiredo (2001), entre outros.

  • LINDEMBERG MONTEIRO DOS SANTOS
  • Capoeirando: um processo de criação em dança contemporânea induzido pela ressignificação dos movimentos básicos da Capoeira Regional.

  • Data: 18/01/2012
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  • Esta  pesquisa  propõe  um  processo  de  criação  a  partir  da  ressignificação  dos
    movimentos  corporais da  capoeira  regional, por meio de práticas  laboratoriais  experimentais
    como  procedimentos  para  a  apreensão  e  ressignificação  de  movimentos  corporais  básicos
    desta manifestação pelos corpos de bailarinos, sistematizando relações entre saberes teóricos e
    práticos de bailarinos, capoeiras e estudiosos da dança. Desse modo, a pesquisa respondeu ao
    problema  sobre  como  desenvolver  um  processo  de  criação  em  dança  a  partir  da
    ressignificação de movimentos  corporais da  capoeira regional. A  investigação envolveu  este
    pesquisador  e  dois  bailarinos,  em  laboratórios  semanais  realizados  em  quatro  etapas,  no
    período  de  abril  de  2010  a  novembro  de  2011.  Os  dados  foram  coletados  por  meio  de
    depoimentos  escritos  e  fotografias. Os  resultados da  pesquisa  apontam  contribuições  para  a
    sistematização de processo de criação na área da dança contemporânea.

2011
Descrição
  • DANIELY MEIRELES DO ROSARIO
  • NAIF URBANO: PERCEPÇAO VISUAL NO TRANSITO DE BRAGANÇA, CASTANHAL E BELEM
  • Data: 20/12/2011
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  • Esta pesquisa esta centrada em uma construção estético-poético-visual da cidade contenporanea a partir da concepção de NAIF URBANO-pinturas feitas a mão-presentes NO TRANSITO DE BRAGANÇA, CASTANHAL E BELEM.
  • DANIELY MEIRELES DO ROSARIO
  • NAIF URBANO: PERCEPÇAO VISUAL NO TRANSITO DE BRAGANÇA, CASTANHAL E BELEM
  • Data: 20/12/2011

  • MARYCLEA CARMONA MAUES NEVES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : JOSE AFONSO MEDEIROS SOUZA
  • Data: 23/02/2011

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