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Banca de QUALIFICAÇÃO: VIVIANE CAETANO FIRMINO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIVIANE CAETANO FIRMINO
DATA: 30/09/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Remoto Link: https://meet.google.com/rem-xccx-smp
TÍTULO:

Efeitos de estressores antrópicos e de diferenças metodológicas na decomposição foliar em ambientes aquáticos da Amazônia


PALAVRAS-CHAVES:

fragmentação, matéria orgânica, plástico, aquecimento, ecossistemas aquáticos, vieses metodológicos


PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO:

Os ecossistemas de água doce são continuamente ameaçados por múltiplas atividades antrópicas (e.g., poluentes emergentes e mudanças climáticas) que afetam a biodiversidade aquática e funções ecossistêmicas (e.g., decomposição da matéria orgânica). Entre os poluentes emergentes, os plásticos se destacam pela sua ubiquidade, abundância e persistência ao longo do tempo. Além disso, outra preocupação sobre os plásticos é a sua capacidade de ser degradado em partes cada vez menores (e.g., micro e nanoplásticos), tornando-se biodisponíveis para uma variedade de organismos de água doce e em diferentes níveis das redes tróficas. As mudanças climáticas, assim como os plásticos, representam um desafio para os ecossistemas de água doce alterando a qualidade, causando perda da biodiversidade e de serviços ecossistêmicos, através do aumento da temperatura e da acidificação desses ecossistemas. Embora, os plásticos e as mudanças climáticas sejam tratados como questões separadas, eles estão intrinsecamente ligados, visto que ao longo de toda a sua vida os plásticos emitem gases de efeito estufa (GEE). Além disso, eventos climáticos extremos (e.g., tufões e fortes tempestades) podem aumentar a poluição por plásticos nos ambientes aquáticos. Nesse sentido, medidas que reduzem a poluição por plástico podem ajudar na redução GEE e, consequentemente, nas mudanças climáticas. Atualmente, uma alternativa promissora aos plásticos convencionais e que podem reduzir a emissão GEE, são as embalagens compostáveis e biodegradáveis (e.g., plásticos de base biológica), contudo, os efeitos da entrada dessas embalagens na colonização e degradação em ambientes naturais como rios e riacho ainda são amplamente desconhecidos. Tal como a poluição por plásticos e as mudanças climáticas podem alterar o funcionamento de ecossistemas aquáticos a partir da redução da sobrevivência e do consumo dos fragmentadores, diferentes abordagens metodológicas em estudos experimentais como, escolha de espécies fragmentadoras, abrigo (i.e., com ou sem) e oxigenação da água (i.e., com ou sem), origem da água (i.e., mineral ou riacho) e luminosidade (i.e., com ou sem) podem afetar a sobrevivência e o consumo de fragmentadores, gerando vieses na obtenção, bem como interpretação de resultados. Portanto, estudos que avaliem os efeitos dos microplásticos e das mudanças climáticas, embalagens compostáveis e diferenças metodológicas sob insetos aquáticos fragmentadores e na decomposição foliar são necessários, devido a importância decomposição da matéria orgânica na ciclagem de carbono e nutrientes e como fonte energética em ecossistemas de riachos. Em virtude desse cenário, este projeto de tese tem como objetivo principal verificar os efeitos de estressores antrópicos (i.e., microplásticos, mudanças climáticas e embalagens compostáveis) e diferentes abordagens metodológicas (i.e., espécies fragmentadoras, remoção do abrigo e oxigenação da água, origem da água e luminosidade) nos insetos fragmentadores de riachos amazônicos, bem como na decomposição foliar. A partir dessas informações, esta tese de doutorado foi estruturada em três capítulos com os seguintes objetivos: Capítulo I – avaliar o efeito dos microplásticos e mudanças climáticas (i.e., aumento da temperatura e CO 2 ) na sobrevivência e consumo de uma espécie fragmentadora de riachos amazônicos; Capítulo II – avaliar a colonização por invertebrados fragmentadores e decomposição de embalagens compostáveis de uso único (i.e., descartáveis) em riachos amazônicos; e Capítulo III – avaliar o efeito de diferentes abordagens metodológicas no consumo e sobrevivência de fragmentadores. Para a qualificação iremos apresentar os resultados do Capítulo I e as propostas dos demais capítulos (II e III). Em nosso primeiro capítulo, constatamos que tanto os microplásticos quanto as mudanças climáticas têm efeitos letais no fragmentador, aumentando o risco de mortalidade. O consumo do fragmentador foi afetado negativamente apenas pelas mudanças climáticas. Nossos resultados indicam que o microplástico e as mudanças climáticas têm fortes efeitos sob a sobrevivência e/ou consumo de fragmentadores de riachos amazônicos. Além disso, os efeitos do microplástico e das mudanças climáticas podem afetar não apenas a nível populacional, mas também o funcionamento do ecossistema (por exemplo, ciclagem de nutrientes). Abordagens integrativas para melhor entender e mitigar os efeitos de ambos os estressores são necessárias, devido a poluição plástica e as mudanças climáticas coocorrem no meio ambiente.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADRIANA OLIVEIRA DE MEDEIROS
Externo ao Programa - 3285950 - JEAN CARLO GONÇALVES ORTEGA
Presidente - 3160975 - LEANDRO SCHLEMMER BRASIL
Externo ao Programa - 2127224 - RAPHAEL LIGEIRO BARROSO SANTOS
Notícia cadastrada em: 21/09/2022 16:42
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