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Banca de DEFESA: ADRIANE MARIA BEZERRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANE MARIA BEZERRA DA SILVA
DATA: 08/09/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Laboratório de Genética Humana e Médica da UFPA
TÍTULO:

VARIANTES GENÉTICAS, HAPLÓTIPOS BS E NÍVEIS DE HbF EM PACIENTES COM B-HEMOGLOBINOPATIAS DO ESTADO DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

β-Hemoglobinopatias; variantes genéticas; haplótipos βs; HbF


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
SUBÁREA: Genética Humana e Médica
RESUMO:

O estudo de variantes genéticas associadas aos níveis de hemoglobina fetal (HbF) em pacientes com β-hemoglobinopatias tem sido foco de estudos em genética molecular, visto que a HbF apresenta um efeito global sobre os fenótipos da anemia falciforme (AF) e da β-talassemia, distúrbios monogênicos mais comuns. Dentre essas variantes estão rs3751395 (FLT1), rs2072597 (KLF1), rs1867380 (AQP9), rs9376173 (PDE7B) e rs3191333 (KLF10) e haplótipos βs que estão associados aos níveis de HbF. Além disso, pesquisa em banco de dados públicos e análise de preditores de patogenicidade auxiliam na interpretação dessas variantes genéticas. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência das variantes rs3751395 (FLT1), rs2072597 (KLF1), rs1867380 (AQP9), rs9376173 (PDE7B) e rs3191333 (KLF10) e dos haplótipos s nos níveis de HbF e nas manifestações clínicas dos indivíduos diagnosticados com -hemoglobinopatias no estado do Pará, além de investigar a frequência alélica dessas variantes na presente população e investigar suas respectivas classificações de patogenicidade. A população estudada foi composta por 160 indivíduos com AF e 30 indivíduos com β-talassemia. Foi realizada a genotipagem para a população investigada, determinado os haplótipos βs nos indivíduos com anemia falciforme, investigado as frequências alélicas em banco de dados internacionais e nacionais e o padrão de patogenicidade das variantes não sinônimas por meio de cinco ferramentas de previsão diferentes (FATHMM, SIFT, PROVEAN, POLYPHEN-2 e PANTHER). Em β-talassêmicos foi observado diferença significativa dos níveis de HbF para as variantes rs3751395 (FLT1) e rs9376173 (PDE7B), nos quais a presença do alelo selvagem possui uma associação positiva para os níveis de HbF em beta talassêmicos. Em indivíduos com anemia falciforme, observou-se associação do genótipo heterozigoto da variante rs3751395 (FLT1) com as manifestações clínicas: crise vaso oclusivas e algias, demonstrando que esse genótipo possivelmente é um fator de risco para essas manifestações. Em relação aos haplótipos s, o genótipo Bantu/Bantu apresentou relação com a UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR diminuição dos níveis de HbF e os genótipos Bantu/Senegal e Bantu/Camarões relação com o aumento dos níveis de HbF, além disso, observou-se associação entre o Bantu/Benin com as manifestações clínicas: síndrome do tórax agudo e edemas. A pesquisa em bancos de dados públicos internacionais (gnomAD e Clinvar) permitiu observar que a população brasileira está sub representada, principalmente quando se compara a região norte do Brasil que possui maior contribuição de ameríndios quando comparado as demais regiões do país. As frequências alélicas observadas para cada variante investigada no presente estudo apresentou alguns resultados divergentes quando comparados aos bancos de dados nacionais (AbraOM e SELAdb), podendo ser justificado pelo fato da população brasileira ser altamente miscigenada. Do total das variantes missenses investigadas pelos preditores de patogenicidade, todas foram classificadas como benignas. Assim, esses achados enfatizam que tanto a anemia falciforme quanto a β-talassemia apresentam uma rede complexa que envolvem variantes associadas com níveis de HbF e manifestações clínicas, além dos haplótipos βs em indivíduos com anemia falciforme que em conjunto com fatores não-genéticos (questões sociais, culturais, econômicas e ambientais) podem influenciar na evolução clínica da doença, e que bancos de dados públicos e preditores de patogenicidade podem auxiliar na orientação da interpretação das variantes genéticas investigadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2177991 - ANA VIRGINIA SOARES VAN DEN BERG
Interno - 2549195 - ANDRE SALIM KHAYAT
Externo à Instituição - FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIKA
Externo ao Programa - 1751742 - GREICE DE LEMOS CARDOSO
Presidente - 326592 - JOAO FARIAS GUERREIRO
Notícia cadastrada em: 07/09/2022 16:24
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