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Banca de DEFESA: DANIELA DE FRANCA BARROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELA DE FRANCA BARROS
DATA: 01/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Lab. Biologia Pesqueira - ICB/UFPA
TÍTULO:

A influência das características ambientais e pesqueiras sobre a pesca de área de várzea da Amazônia brasileira


PALAVRAS-CHAVES:

Pulso de inundação, ambientes flúvio-lacustre, recursos pesqueiros, Prochilodus nigricans, bacia amazônica.


PÁGINAS: 35
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

As áreas de várzeas da Amazônia brasileira se constituem em um mosaico de florestas inundadas sazonalmente, conectados por lagos e o canal principal do rio Amazonas, rico em sedimentos e nutrientes carreados dos Andes. As várzeas suportam uma alta produtividade pesqueira de grande importância econômica, social e ecológica. Atualmente esses ambientes estão seriamente ameaçados frente as mudanças do uso da terra e do clima. Neste trabalho, investigamos como as variáveis cota do rio, distância da cidade, esforço de pesca e ano interferem nos rendimentos da pesca das principais espécies capturadas nos ambientes de várzea e como a variabilidade hidrológica interferem nas pescarias do curimatã (Prochilodus nigricans), com a finalidade de inferir impactos futuros sobre os recursos pesqueiros. No primeiro artigo, analisamos os dados de captura das principais espécies comercializadas na região (13 taxa), durante um período de 10 anos através de uma análise de covariância múltipla (ANCOVA). Para os 13 taxa, o modelo testado explicou 91% das variações nas capturas (F = 143,20; p<0,001) e foram forte e positivamente associadas com o esforço de pesca, bem como a área da cobertura florestal, distância da cidade, cota máxima mensal e ano de captura. No segundo artigo, o efeito da variabilidade temporal do nível do rio sobre a captura e o esforço de pesca do curimatã foram avaliados através de uma função de correlação cruzada (FCC), durante um período de 12 anos. A análise de correlação cruzada indicou um efeito positivo entre a cota do rio e a captura de curimatã (r=0,40) bem como da cota do rio com o esforço de pesca (r=0,44). As maiores correlações ocorrem com uma defasagem (lag) de 15 meses (p<0,001). Estes resultados indicam que quando a cota do rio for muito alta, 15 meses depois a captura e o esforço da pesca aumentam. Nossos resultados ratificam a complexidade da dinâmica pesqueira dos ambientes de várzea da Amazônia e nos induzem a concluir que os rendimentos da pesca dependem do sucesso do recrutamento dos peixes que, por sua vez, são dependentes da integridade da floresta de várzea e da variação do nível do rio. Mudanças na conectividade hidrológica desses ambientes e na quantidade de água dos rios podem causar efeitos negativos sobre a produção pesqueira no futuro, afetando a seguridade alimentar e renda da população ribeirinha.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1548215 - BIANCA BENTES DA SILVA
Externo à Instituição - FLAVIA LUCENA FREDOU
Interno - 2434430 - JUSSARA MORETTO MARTINELLI LEMOS
Externo à Instituição - NIDIA NOEMI FABRE
Interno - 078.105.802-30 - RONALDO BORGES BARTHEM - UFPA
Externo à Instituição - THIERRY FREDOU
Presidente - 684701 - VICTORIA JUDITH ISAAC NAHUM
Notícia cadastrada em: 25/01/2019 16:15
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