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Banca de DEFESA: BRUNO JOSÉ MARTINS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNO JOSÉ MARTINS DA SILVA
DATA: 23/01/2015
HORA: 10:00
LOCAL: auditorio
TÍTULO:

AÇÃO IMUNOMODULADORA E LEISHMANICIDA DO EXTRATO AQUOSO PROVENIENTE DA RAIZ DA PLANTA Physalis angulata


PALAVRAS-CHAVES:

Proliferação e diferenciação celular, Medula óssea, Physalis angulata, L. (L.) amazonensis.


PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO:

As leishmanioses são doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania. Esses protozoários multiplicam-se em células fagocíticas, principalmente macrófagos, que desempenham importante função na defesa do organismo. Os macrófagos pertencem ao sistema de fagócitos mononucleares, e são derivados dos precursores mielóides da medula óssea. O tratamento mais efetivo para as leishmanioses ainda é a quimioterapia, além do custo elevado, as drogas são tóxicas e requerem um longo período de tratamento. Atualmente, alguns produtos naturais são considerados importantes fontes alternativas de novos agentes leishmanicidas. Nesse contexto se destaca a planta Physalis angulata, uma planta amplamente utilizada na medicina popular. Desta forma, este estudo pretende avaliar a propriedade imunomoduladora e ação leishmanicida do extrato aquoso obtido da raiz de Physalis angulata (EAPa). Células da medula óssea foram obtidas por lavagem dos fêmures, mantidas em cultura e tratadas com EAPa na concentração de 100 μg/mL. Foi observado por microscopia óptica um aumento da área celular, aumento da habilidade de espraiamento celular e do número de projeções citoplasmáticas. Além disso, EAPa não promoveu a proliferação de linfócitos e polimorfonucleares, no entanto promoveu o aumento do número de mononuclerares na cultura. Análise ultraestrutural por Microscopia Eletrônica de Transmissão revelou que as células tratadas com EAPa mostraram um numero elevado de projeções citoplasmáticas e de vacúolos autofágicos. Além disso, um aumento da expressão de LC3b em células tratadas foi detectado por citometria de fluxo, sugerindo um processo autofágico. A detecção por citometria de fluxo das proteínas CD11b e F4/80 revelou que EAPa pode estimular diferenciação de células da medula óssea principalmente em macrófagos. EAPa não diferencia células da medula óssea em células dendríticas, como avaliado por CD11c. Análise da resposta microbicida das células tratadas com EAPa pela citoquímica nitro tetrazólio azul (NBT) mostrou que apenas células com pequeno volume citoplasmático apresentaram um aumento da produção de ânion superóxido. Entretanto, EAPa não promoveu o aumento da produção de óxido nítrico e da atividade fagocítica. Com relação a ação de EAPa sobre o protozoário Leishmania, foi observado que EAPa apresentou uma atividade antiproliferativa sobre as formas intracelulares de L. (L.)  amazonensis. As células da medula óssea que foram tratadas com a concentração de 100 μg/mL de EAPa por 96 horas antes de interação e 24 horas após a internalização dos parasitos apresentaram uma redução de 23,8%, e as células que foram tratadas durante 48 horas antes de interação e posteriormente tratadas por 24 e 72 horas com 100 μg/mL de EAPa apresentaram uma diminuição do número de parasitos intracelulares de 22,7% e 96,5%, respectivamente. Entretanto, as células que receberam tratamento apenas antes da interação apresentaram uma pequena redução de 4,2%. AEPa apresentou uma ação seletiva sobre as formas promastigotas de L. (L.) amazonensis, foi observado um aumento da produção de espécies reativas de oxigênio em promastigotas de L. (L.) amazonensis tratadas com 100 μg/mL de EAPa nos períodos de 48 (47,67%) e 72 horas (81,42%) de tratamento, quando comparado ao grupo controle. Análise por citometria de fluxo mostrou que EAPa promoveu a morte por apoptose em promastigotas de L. (L.) amazonensis, foi observado um aumento da marcação para Anexina V nas células tratadas em relação ao controle. Não foi observada diferença na marcação para o Iodeto de Propídio e proteína LC3b em promastigotas tratadas quando comparado ao controle. Além disso, nenhum efeito citotóxico foi observado nas células tratadas com EAPa. Estes resultados demonstram que o extrato aquoso obtido da raiz de Physalis angulata é capaz de induzir a diferenciação das células da medula óssea em macrófagos, promover ativação dos macrófagos por meio da produção de ânion superóxido, além de apresentar ação leishmanicida.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2517939 - ADRIANO PENHA FURTADO
Externo ao Programa - 2568062 - BARBARELLA DE MATOS MACCHI
Presidente - 2189846 - EDILENE OLIVEIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 1747255 - MOYSES DOS SANTOS MIRANDA
Interno - 728.858.587-53 - RICARDO LUIZ DANTAS MACHADO - IEC
Notícia cadastrada em: 04/12/2014 09:28
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