Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • DENISON LUIZ OLIVEIRA MORAES
  • ANÁLISE MITOGENÔMICA COMPARATIVA DE ISOLADOS FÚNGICOS DO GÊNERO TRICHOSPORON OBTIDOS DE AMOSTRAS CLÍNICAS DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 22/04/2024
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  • O gênero Trichosporon spp engloba fungos pertencentes ao filo Basidiomycota, sendo encontrado de forma ubíqua na natureza e em constituindo a microbiota transitória humana, sendo capazes de causar infecção em pessoas e animais. No ser humano, a infecção superficial é denominada piedra branca, com a presença de nódulos brancos aderidos ao couro cabeludo e pêlos da região genital, podendo causar infecções cutâneas e sistêmicas. O quadro sistêmico, recebe o nome de tricosporonose e pode acomenter o sistema circulatório e órgãos internos. Os indivíduos susceptíveis são os que apresentam imunodepressão e doenças hematológicas. Trichosporon spp apresenta ampla distribuição mundial, sendo mais frequente em países de clima tropical, com a espécie T. asahii sendo mais frequente isolada em 90 % dos quadros sistêmicos. O diagnóstico baseia-se na visualização das estruturas fúngicas características, como artroconídios e blastoconídios. Além dos métodos convencionais, a espectrofotometria tem sido empregada na identificação das espécies como Vitek2 e MALDI-TOF. Além disso, com o avanço das técnicas moleculares como a PCR e o sequenciamento da região ITS e IGS1, houve melhora identificação das espécies do gênero Trichosporon, no entanto, apresentam limitação para espécies intimamente relacionadas. A investigação do genoma mitocondrial tem surgido recentemente como uma ferramenta para investigar a filogenia e evolução das espécies fúngicas, podendo ser aplicada na identificação de espécies crípticas. Dessa forma, o presente projeto teve como objetivo a caracterização do mitogenoma de dois isolados clínicos do gênero Trichosporon (IEC01-13 e IEC02-141) identificados a nível de gênero por sequenciamento da região ITS e IGS1. A montagem foi realizada pelos programas NovoPlasty e SPAdes. A anotação funcional identificou 14 genes codificantes de proteínas conservados, em ambos mitogenomas, além de 2 RNAs ribossomais, 23 tRNAs em IEC01-13 e 22 em IEC02-141, além dos genes Cob e Rps3. A análise comparativa com espécies da família Trichosporonaceae revelou que os genes codificantes se mantêm conservados evolutivamente, com os genes Cox1, Nad5 e Rps3 sofrendo possível pressão seletiva positiva dentro da família. A filogenia baseada no gene Cob agrupo IEC01-13 no mesmo clado que T. coremiiforme, enquanto IEC02-141 agrupou-se apenas no gênero Trichosporon. O presente trabalho identificou 2 mitogenomas do gênero Trichosporon, sendo o primeiro trabalho realizado no estado do Pará. Os resultados podem ser úteis na investigação das funções mitocondriais e como podem ser aplicados em estudos filogenéticos. 

  • ÁLESSON ADAM FONSECA ANDRADE
  • ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DO GENE IFNL4 A INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B (HBV)

  • Orientador : GREICE DE LEMOS CARDOSO COSTA
  • Data: 17/04/2024
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  • O HBV é um vírus de DNA, membro da família Hepadnaviridae e um dos cinco agentes causadores das hepatites virais. Apesar de possuir vacina e tratamento, em 2019 havia cerca de 296 milhões de pessoas infectadas cronicamente e 820 mil mortes por hepatite B em todo o mundo. O vírus pode causar infecção aguda e crônica, podendo também levar a quadros de hepatite fulminante, cirrose hepática e o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular (CHC). Os polimorfismos do gene IFNL4, rs12979860 e rs368234815, desempenham importante papel na infecção pelo HCV, podendo conferir papel protetor ou de risco contra a infecção. Porém, seu papel na evolução da infecção pelo HBV ainda é bastante controverso e a maioria dos estudos de associação se concentram em populações geneticamente pouco heterogêneas. A pesquisa objetivou associar os polimorfismos do gene IFNL4 - rs12979860 e rs368234815 – e a infecção pelo vírus da hepatite B no estado do Pará. Para isso, foram coletadas 69 amostras sanguíneas de pessoas infectadas pelo HBV de três pontos de coleta do município de BelémPA: Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), referência para o tratamento das hepatites virais, na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) e no Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (CASA DIA). Foi realizada a extração do DNA e as genotipagens para ambos os polimorfismos foram feitas através de PCR em tempo real e testadas para Equilíbrio de Hardy-Weinberg. As frequências alélicas e genotípicas foram obtidas por simples contagem e a análise estatística para investigar a associação dos polimorfismos com a infecção pelo HBV foi feita através de Teste Exato de Fisher. Em todas as análises foram considerados valores estatisticamente significativos de p ≤ 0,05. Das 69 amostras investigadas, a maioria foi de pessoas do sexo masculino, autodeclarados pardos, com média de idade de 48 anos, sem manifestações clínicas, com infecção crônica, sem cirrose, com carga viral detectável e níveis normais de AST (TGO), ALT (TGP) e GGT. Em relação ao rs12979860, a maioria dos indivíduos são heterozigotos (63,8%) e o alelo T foi o mais frequente (52,17%). Para o rs368234815, a maioria mostrou-se homozigoto TT/∆∆ (43,8%) e o alelo mais frequente é o TT (60,94%). O rs12979860 não foi associado a infecção pelo HBV, enquanto a variante dinucleotídica rs368234815 associou-se ao desenvolvimento de cirrose hepática. O montante de estudos de associação do HBV com ambos os polimorfismos do IFNL4 é escasso e/ou com resultados controversos. Nossa pesquisa difere da maioria destes estudos por investigar uma população geneticamente heterogênea. A controvérsia entre os diferentes estudos com estes polimorfismos pode ser reflexo da diferença do poder estatístico entre as análises (sobretudo diferenças quanto ao n amostral investigado), além de fatores genéticos inerentes de diferentes populações. Dessa forma, haja vista o papel dos interferons na modulação da resposta imune contra doenças infecciosas e o impacto da infecção pelo HBV na saúde humana, é importante que se investigue mais o papel das diferentes variantes genéticas do gene IFNL4. 

  • DANIELLY MOTA NEVES
  • ATIVIDADE NOTURNA E DISPERSÃO FLORESTAL-URBANA DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE) DE UM PARQUE ECOTURÍSTICO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

  • Data: 11/04/2024
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  • Os flebotomíneos são insetos de notória importância na saúde pública, principalmente devido ao seu envolvimento na transmissão do protozoário Leishmania. Sua atividade de voo ocorre predominantemente no período crepuscular e noturno, sendo estimulado principalmente pela necessidade de busca por alimento e reprodução. Apesar de serem naturalmente silvestres, algumas espécies conseguem invadir ambientes antropizados. Considerando o prévio conhecimento sobre a presença de flebotomíneos e registros de infecção por Leishmania em fragmentos florestais da área urbana de Belém-PA, o presente estudo partiu do pressuposto de que esses insetos também poderiam estar presentes no ecótopo urbano. No contexto das leishmanioses, tal evidência é condição determinante para sustentar o padrão de transmissão florestal/urbana. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a atividade noturna e dispersão de flebotomíneos de um transecto florestal/parque urbano na Amazônia brasileira. A área de estudo compreendeu um transecto horizontal, estendendo-se desde um parque florestal até o ambiente urbano adjacente, em Belém, Estado do Pará, Brasil. A amostragem foi realizada com armadilhas luminosas de operação noturna. A avaliação da atividade noturna foi feita por meio de capturas durante a fase escura do dia, utilizando-se um coletor de garrafas rotatórias no ambiente florestal. A dispersão foi avaliada por meio de capturas realizadas ao longo do transecto, partindo da borda da mata, estendendo-se até o ambiente urbano considerando um perímetro de até 200 m. A determinação taxonômica foi feita pela morfologia dos flebotomíneos. Foram estimadas abundância, riqueza, diversidade e suficiência amostral. Quatorze espécies foram registradas, sendo Nyssomyia antunesi, Trichophoromyia brachipyga e Th. ubiquitalis os mais abundantes. O pico de atividade noturna de Ny. antunesi ocorreu entre 22h00 e 00h00 enquanto os de Th. brachipyga e Th. ubiquitalis ocorreu entre 02h00-04h00 e 04h00-06h00. No ambiente urbano, o site de 150 m apresentou maior abundância. Bichromomyia flaviscutellata foi amostrada em todos os locais. Fêmeas grávidas de Pressatia choti e Bi. flaviscutellata foram amostrados em ambiente urbano. Um padrão diferencial de atividade noturna foi relatado entre Ny. antunesi e Trichophoromyia spp. A presença de Bi. flaviscutellata, Ny. antunesi e Trichophoromyia spp. no ambiente urbano sugere um suposto comportamento sinantrópico dessas espécies. Fêmeas grávidas encontradas em ambiente urbano sugerem busca por locais de oviposição. Os flebotomíneos avaliados merecem atenção devido ao seu potencial envolvimento na transmissão de agentes da leishmaniose cutânea. 

  • GABRIEL SILAS MARINHO SOUSA
  • INVESTIGAÇÃO DE MARCADORES PARA IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES DE CROMOBLASTOMICOSE

  • Data: 05/04/2024
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  • A cromoblastomicose (CBM) é uma infecção fúngica causada por fungos filamentosos demáceos da família Herpotrichiellaceae, tendo como principais agentes causadores as espécies do gênero Fonsecaea sp. Classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença tropical negligenciada, é endêmica em países da América Latina, África e Ásia. Diante disso, na literatura atual existe uma carência de métodos para identificação dos agentes causadores de CBM, sendo utilizado principalmente o sequenciamento do Internal Transcribed Spacer (ITS) para identificação das espécies. O presente estudo objetivou analisar marcadores moleculares pan-fúngicos do DNA ribossomal para o desenvolvimento de ferramentas moleculares capazes de identificar as espécies causadoras de CBM. Foram utilizados isolados da Micoteca de Micoses Superficiais e Sistêmicas do Instituto Evandro Chagas (IEC). Estes foram identificados molecularmente e submetidos a análises filogenéticas. Posteriormente, foi utilizado as regiões ITS e Large Subunit (LSU) do DNA ribossomal para desenvolvimento de ferramentas de identificação molecular projetadas in silico e validadas in vitro. Dos 30 isolados disponíveis na micoteca, foram identificadas 22 cepas de Fonsecaea pedrosoi, 05 de Fonsecaea monophora, 01 de Exophiala dermatitidis, 01 de Cladophialophora bantiana e 01 de Rhinocladiella similis, sendo separadas em três clados distintos dentro da família Herpotrichiellaceae nas análises filogenéticas. Foram desenvolvidas duas ferramentas de identificação molecular, sendo a primeira baseada no RFLP da região ITS para identificação das espécies F. pedrosoi, F. monophora, Ex. dermatitidis e C. bantiana. A segunda, uma PCRMultiplex, que foi separada em dois ensaios distintos, um para a identificação da família Herpotrichiellaceae e do clado bantiana simultâneamente e outro para identificação das espécies F. pedrosoi e F. monophora. Foi possível estabelecer duas novas abordagens para identificação molecular dos agentes de CBM mais prevalentes no Brasil, além de outros patógenos fúngicos de menor frequência. As ferramentas moleculares desenvolvidas contribuem para uma identificação precisa dessas espécies sem a necessidade de sequenciamento genético, possibilitando que laboratórios com infraestrutura limitada, principalmente em áreas endêmicas, tenham a capacidade de identificar molecularmente esses agentes, auxiliando no manejo da CBM e produzindo informações epidemiológicas mais acuradas. 

  • CAROLINA CABRAL ANGELIM
  • INFLUÊNCIA DAS VARIANTES rs12979860 E rs368234815 DO GENE IFNL4 EM PORTADORES DO VÍRUS DA HEPATITE C NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

  • Orientador : GREICE DE LEMOS CARDOSO COSTA
  • Data: 28/03/2024
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  • O vírus da hepatite C (HCV) afeta mais de 58 milhões de pessoas no mundo e a doença causada por ele ainda é motivo de grande preocupação para órgãos de saúde pela cronicidade ocasionada em muitos portadores. Dentre os fatores que comprovadamente influenciam o processo e o desfecho dessa infecção estão os polimorfismos do gene IFNL4. As variantes de maior destaque desse gene são rs12979860 e rs368234815 devido associação à eliminação espontânea do HCV, resposta às terapias antivirais e complicações como fibrose, esteatose e carcinoma hepatocelular. Levando estes aspectos em consideração, este estudo avaliou os impactos dessas variantes em aspectos clínicos e laboratoriais da infecção por HCV na população miscigenada da região metropolitana de Belém e se o perfil dessas variantes genéticas indica padrões de adoecimento dessa população. Para tanto, foi realizada uma coleta em parceria com o laboratório de virologia da Universidade Federal do Pará nas instituições Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Hospital Universitário João de Barros Barreto e Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas. Foram obtidas 107 amostras, das quais se coletaram sangue venoso, informações clínicas e laboratoriais. Após a extração de DNA as amostras foram genotipadas (rs12979860 e rs368234815) de acordo com as instruções do fabricante, e as análises estatísticas seguiram para avaliar as possíveis associações genéticas e perfil clínico e laboratorial dos pacientes. As frequências gênicas observadas para rs12979860 foram 70,1%- CT, 27,1% - TT e 2,8% - CC e para rs368234815 41% ∆G/TT, 33,3% - ∆G/∆G e 25,6% - TT/TT. Observou-se que os genótipos do rs12979860 e rs368234815 não influenciaram nos níveis elevados de AST, ALT, GGT e bilirrubina indireta presente em mais de 70% dos indivíduos. Os portadores de HCV com genótipo rs12979860-CT apresentaram maior suscetibilidade a desenvolver fibrose (p=0,018), mulheres e pacientes infectados por HCV genótipo 3 estão mais suscetíveis à esteatose (p=0,018, p=0,043). Portadores de HCV com cirrose podem apresentar taxas mais elevadas de bilirrubinas (p=0,002) e os que têm esteatose, taxas mais elevadas de proteínas (p=0,020). Em relação as comparações do grupo de portadores HCV e populações continentais, as frequências alélicas de rs12979860 (C=38% e T=62%) e rs368234815 (TT=46% e ∆G=54%) mostraram-se semelhantes às frequências da população africana, miscigenada, paulista e americana. Esses achados permitem concluir que a maioria dos portadores de HCV da região metropolitana de Belém expressa a proteína IFN-λ4, e por isso têm menos chances de depurar o HCV, mais dificuldade de manter uma resposta satisfatória às terapias antivirais, sugerindo ainda, que pela semelhança populacional com povos africanos, é possível que o padrão de adoecimento seja similar à dessas populações.

  • EMANUELLE PATRICIA SILVA CASTELO
  • ANÁLISE DOS POLIMORFISMOS rs16944 E rs1143627 NO GENE IL-1 β EM INDIVÍDUOS COM DIFERENTES PERFIS CLÍNICOS DA COVID-19.

  • Orientador : ANDREA NAZARE MONTEIRO RANGEL DA SILVA
  • Data: 26/03/2024
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  • O SARS-CoV-2, agente etiológico causador da COVID-19, foi responsável pela pandemia que começou no ano de 2020, cuja doença respiratória está associada à evolução de quadros clínicos graves e contém uma fisiopatologia complexa com interação de moléculas inflamatórias, como se encontra sua principal característica, uma tempestade de citocinas. A IL-1B, é uma citocina pró-inflamatória, cujos polimorfismos nos genes que a expressam já foram associados à um agravamento do prognóstico da COVID-19. Os quadros clínicos da doença podem variar de assintomático, leve, moderado a quadros graves e fatais. Desta forma, o presente trabalho trata se de um estudo observacional de corte transversal e descritivo cujo objetivo é analisar o impacto dos polimorfismos rs1143627 e rs16944 do gene IL-1β em indivíduos com diferentes perfis clínicos da COVID-19. Foram analisadas 476 amostras, sendo 378 de indivíduos sintomáticos e 98 de indivíduos assintomáticos da população da região metropolitana de Belém, na qual, foram descritos o perfil sociodemográfico e a comparação da frequência dos polimorfismo do gene IL-1β com o perfil clínico das infecções por meio do teste qui-quadrado e teste G com valor de p<0,05. Os polimorfismos rs1143627 e rs16944 foram genotipados através da técnica de PCR em tempo real utilizando ensaio de genotipagem TaqMan®, segundo orientação do fabricante. Na análise do perfil sociodemográfico, as variáveis de sexo, idade e cor parecem influenciar nos diferentes perfis clínicos da COVID-19 e o mesmo ocorre com as variáveis de risco comorbidades, UTI, suporte ventilatório e queixas pós-covid. Dentre os sintomas clínicos relatados, a dor de cabeça, dor de garganta, dor abdominal, falta de ar, perda de olfato e perda de paladar, foram os mais relatados com valores estatisticamentesignificantes. No entanto, no presente trabalho, não foi possível associar a presença dos polimorfismos com os sintomas clínicos relatados ou associar os polimorfismos rs1143627 e rs16944 no gene IL 1β com a evolução para os casos graves da infecção. 

  • CRISTIAN RENATA MACHADO SOARES
  • TABANIDAE (DIPTERA) NA FAZENDA EMA: ABUNDÂNCIA, DIVERSIDADE E ATAQUE DE HEMATOFAGIA, MUNICÍPIO DE VISEU, PARÁ, BRASIL

  • Data: 13/03/2024
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  • Os tabanídeos, são moscas conhecidas popularmente como mutucas, butucas e tavões, apresentam cerca de 4.400 espécies e 230 gêneros distribuídos no mundo. A Região Neotropical possui a maior biodiversidade com 1.205 espécies, dessas 500 espécies são conhecidas no Brasil e 250 espécies são registradas na Amazônia. Esta região, apresenta vários pontos não amostrados com relação a tabanídeos, sendo provável que o número de espécies não descritas seja elevado e ainda faltam estudos de levantamento da fauna de mutucas locais em muitos pontos importantes. O objetivo desse estudo é fazer o levantamento da diversidade, abundância a ataque de hematofagia dos tabanídeos na área da Fazenda Ema no Município de Viseu, estado do Pará, Brasil. O estudo foi realizado em dois períodos distintos nos anos de 1999 e 2000, utilizando-se diferentes métodos de coleta, como armadilhas Malaise, armadilhas suspensas e um cavalo como isca. A atividade hematofágica dos tabanídeos atacando o cavalo foi monitorada ao longo do dia e correlacionada com os fatores climáticos locais, empregando testes estatístic os como a Correlação Linear de Pearson e o Coeficiente de Correlação de Spearman. Foram coletados um total de 6.238 exemplares de tabanídeos, pertencentes a 11 gêneros e 33 espécies. Os principais gêneros foram Tabanus, Diachlorus e Chrysops. As espéceis mais abundantes foram Tabanus trivitattus, Tabanus piceiventris e Tabanus antarcticus. Uma espécie nova, Tabanus sp. n. foi descrita, e a redescoberta de Tabanus subviolaceus foi registrada. Os resultados mostraram variações na atividade hematofágica diurna das espécies, com diferenças na distribuição ao longo do dia e em diferentes ambientes, como mata e pastagem. Algumas espécies de tabanídeos apresentaram correlação com os fatores climáticos. Uma espécie nova Tabanus sp. n. do Grupo trivittatus é descrita e uma espécie rara, T. subviolaceus Fairchildi, 1961 foi reencontrada e redescrita. Este estudo abre novas perspectivas para pesquisas futuras, especialmente em áreas ainda não exploradas na Amazônia sobre a tabanofauna. 

  • YETSENIA DEL VALLE SÁNCHEZ UZCÁTEGUI
  • ASPECTOS DA BIONOMIA DE NYSSOMYIA ANTUNESI E TRICHOPHOROMYIA BRACHIPYGA E INTERAÇÃO EXPERIMENTAL COM LEISHMANIA (VIANNIA) LINDENBERGI E L. (V.) LAINSONI

  • Data: 07/03/2024
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  • Na região metropolitana de Belém (RMB), estado do Pará, fragmentos florestais e parques ecoturísticos urbanos representam importantes nichos ecológicos de Leishmania, com presença de flebotomíneos vetores e reservatórios, sendo potenciais focos de transmissão à população. No contexto da leishmaniose tegumentar Americana (LTA), é endêmica com transmissão esporádica; e os ciclos de transmissão mais importantes compreendem os parasitos Leishmania (Viannia) lindenbergi e L. (V.) lainsoni, sendo as espécies de flebotomíneos potenciais vetores Nyssomyia antunesi e Trichophoromyia brachipyga, respectivamente. Apesar de se ter avançado no conhecimento sobre os vetores na RMB, algumas lacunas permanecem e justificam o seguimento de trabalhos que foquem na bionomia, taxonomia e interação experimental de flebotomíneos com Leishmania. O presente trabalho objetivou estudar alguns aspectos da bionomia de Nyssomyia antunesi e Trichophoromyia brachipyga e a susceptibilidade experimental com Leishmania (Viannia) lindenbergi e L. (V.) lainsoni. Para este fim, foram realizadas capturas de flebotomíneos utilizando armadilhas de emersão e armadilhas luminosas CDC dentro de um parque urbano do município de Belém. No caso das armadilhas de emersão, os invertebrados capturados foram caracterizados em morfotipos, sendo os flebotomíneos caracterizados em nível de espécie. No caso das armadilhas CDC, os flebotomíneos capturados foram mantidos em laboratório, para tentativa de colonização, possibilitando o estudo do ciclo de vida e a caracterização morfológica das formas imaturas. Além, disso foi avaliada a susceptibilidade experimental de Ny. antunesi com L. (V.) lindenbergi e L. (V.) lainsoni em um sistema de alimentação artificial, o qual, por fim, teve sua técnica revisada, visando buscar e contribuir no uso de uma alternativa eticamente aceitável (substituição do uso de animal), de baixo custo e operacionalmente viável. Conseguiu-se fazer a caraterização e descrição morfológica de formas imaturas de Th. brachipyga. Demostrou-se que a membrana de linguiça é uma alternativa viável para a alimentação artificial sanguínea de flebotomíneos. O estudo dos microhabitats amostrados no solo do parque mostraram-se adequados para o desenvolvimento e manutenção de diferentes invertebrados, principalmente dípteros entre eles, flebotomíneos; e finalmente, demonstrou-se que tanto Ny. antunesi capturado no campo e Lu. longipalpis de colonia são experimentalmente suscetíveis a L. (V.) lainsoni e L. (V.) lindenber; isto sugere que Ny. antunesi poderia ser um vetor permissivo. 

  • MARIA DE NAZARÉ DO SOCORRO DE ALMEIDA VIANA
  • ASSOCIAÇÃO DE SINAIS DE ALERTA PARA IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS COM GRAVIDADE DE COVID-19 E O DESENVOLVIMENTO DE COVID LONGA

  • Data: 26/01/2024
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  • As imunodeficências são um grupo heterogêneo de doenças causadas por defeitos em componentes do sistema imunológico, as primárias ou congênitas fazem parte da sua classificação e possuem inúmeras manifestações clínicas que afetam a habilidade do indivíduo na resposta a patógenos. Portanto considera-se que associado as características poligênicas, pleiotrópicas e heterogêneas implicadas a genética da infecção por SARS-CoV-2, há a possível correlação de sinais e sintomas associados a Imunodeficiência primária (IDP) a casos mais graves de COVID-19 e ao maior risco à Covid Longa (CL), a presente pesquisa objetiva associar IDP e polimorfismos em seus genes com a gravidade da COVID-19 aguda e o desenvolvimento de Covid Longa. A triagem por anamnese de pacientes com suspeita de IDP, acompanhado de perfil sóciodemográfico, e análise por exoma de conjunto de 427 genes associados a IDP, permitiram análises potenciais. Mutações em genes associados ä IDP exclusivas no grupo CL foram identificadas com maior frequência, ICOSLG, IFIH1, TAP2, TTC37, e XRCC4, com destaque para os genes CIITA em 5 indivíduos, IL23R em 6, e RREB1 em 12, permitiram traçar uma possível construção futura de um painel de alto potencial prognóstico, bem como direcionar esforços para o alerta de possíveis alterações crônicas neste público e propomos que Covid Longa pode predispor os pacientes recuperados ao desenvolvimento do câncer e acelerar a progressão do câncer. Esta hipótese baseia-se em evidências crescentes da capacidade do SARS-CoV-2 de modular vias oncogênicas, promover inflamação crônica de baixo grau e causar danos aos tecidos. Estudos abrangentes são urgentemente necessários para elucidar os efeitos da COVID-19 longa na suscetibilidade ao câncer. 

2023
Descrição
  • ALEXSANDRO SOUSA SANTOS
  • IMPLICAÇÕES MORFOLÓGICAS E MORFOMÉTRICAS DO USO DA TÉCNICA DE COMPRESSÃO DE HELMINTOS DURANTE A FIXAÇÃO DE ESPÉCIMES DE DIGENÉTICOS

  • Data: 21/12/2023
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  • A fixação de helmintos consiste em uma etapa do processamento realizada para preservar a estrutura e forma dos tecidos do parasito. Durante a fixação, podem ser utilizadas técnicas para comprimir os digenéticos, a fim de reduzir a espessura dos tecidos de revestimento e fornecer uma melhor visualização da organização das estruturas internas. A pressão exercida, contudo, pode distorcer o corpo e os órgãos do parasito, alterando suas características morfológicas e morfométricas. Portanto, o presente trabalho teve por objetivo investigar implicações morfológicas e morfométricas da técnica de compressão de digenéticos durante a fixação. Para isso, foram coletados espécimes de Paradistomum parvissimum e divididos em quatro grupos: espécimes fixados somente com etanol 70% aquecido (grupo controle) e exemplares fixados com etanol 70% aquecido e comprimidos por 20g, 30g ou 40g. Também foram utilizados espécimes de Mesocoelium sp., divididos em dois grupos: exemplares fixados com A. F. A. aquecido e exemplares fixados com etanol 70% aquecido, e cada agrupamento foi subdividido em seis grupos: controle e exemplares comprimidos por 10g, 15g, 20g, 30g ou 40g. Espécimes de Mesocoelium comprimidos por 10g e 15g apresentaram características morfológicas e morfométricas semelhantes aos espécimes do grupo controle, porém, os digenéticos comprimidos por 20g, 30g ou 40g apresentaram características distintas de exemplares não comprimidos, possibilitando a inserção destes espécimes em espécies diferentes no gênero. Observações morfológicas e morfométricas de P. parvissimum demonstraram que espécimes comprimidos por 20g e 30g possuem aspectos similares com exemplares não comprimidos e digenéticos achatados por 40g, os quais apresentaram forma, coloração e tamanho do corpo e de estruturas e órgãos internos distintos de exemplares do grupo controle, ou seja, propiciando inferir que se trata de indivíduos de espécies diferentes. Além disso, em P. parvissimum e Mesocoelium ocorreu o registro de órgãos e espécimes danificados durante a compressão, ocasionando a perda de material ou informações importantes sobre os digenéticos. 

  • MAX WILLY DA SILVA MADUREIRA
  • REVISÃO DO GRUPO Tabanus sorbillans (DIPTERA: TABANIDAE)

  • Data: 20/12/2023
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  • Os tabanídeos, comumente conhecidos como mutucas ou butucas, desempenham um papel crucial como vetores mecânicos e biológicos na transmissão de agentes infecciosos, como vírus, bactérias e helmintos. Esses insetos representam riscos significativos para a saúde humana, animal e para a economia. Embora tenham uma distribuição global, a região neotropical apresenta a maior abundância e diversidade de espécies. Até o momento, o Grupo Tabanus sorbillans não havia passado por uma revisão taxonômica. Nesse contexto, conduzimos uma revisão do grupo, incluindo redescrições das espécies e a descrição de duas novas espécies. Desta forma, utilizamos caracteres morfológicos e morfométricos, além da análise e comparação das peças genitais e dos bandeamentos dos olhos das espécies que compõe o grupo. A partir dos dados obtidos, expandimos o número de espécies no grupo, passando de 4 para 7. Adicionalmente, elaboramos uma chave de identificação para facilitar o reconhecimento das espécies do grupo. 

     

     

     

     

  • ANA PAULA FIGUEIREDO DE MONTALVÃO FRANÇA
  • ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO PELO SARS-COV-2 EM GESTANTES E PUÉRPERAS DE BELÉM, PARÁ, BRASIL 

  • Data: 20/12/2023
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  • A gravidez é um fator de risco para doença grave associada ao SARS-CoV-2, onde as gestantes se mostram mais propensas a serem admitidas em Unidade de Terapia Intensiva, necessitarem de ventilação mecânica e evoluírem a óbito, além do aumento do risco de complicações na gestação/parto e desfechos neonatais adversos. O objetivo deste estudo foi determinar aspectos clínicos e epidemiológicos da infecção pelo SARS-CoV-2 em mulheres no ciclo gravídico puerperal em uma maternidade pública na Amazônia brasileira. Trata-se de um estudo clínico, observacional, analítico e transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA). A amostra foi de 230 gestantes hospitalizadas na FSCMPA com teste molecular RT-PCR para SARS-CoV-2 positivo. As variáveis maternas utilizadas foram: faixa etária, procedência, etnia, idade gestacional, realização do pré-natal, comorbidades, complicações no parto e tomografia de tórax. As variáveis dos RN’s analisadas foram: idade gestacional, tipo de parto, peso ao nascer, destino, uso de ventilação mecânica e desfecho neonatal. As variáveis de ambos foram correlacionadas com os tipos de caso materno (leve, moderado e grave). Para avaliar a correlação entre as variáveis adotou-se o teste Quiquadrado e o Teste G pelo software Bioestat 5.3 com nível de significância de 5%. Os resultados evidenciaram que, quanto maior a idade gestacional, maior a tendência de aumento do risco de gravidade do caso (<0,05). Observou-se grande relação da doença com as comorbidades específicas da gestação (<0,05), podendo ocasionar o óbito do bebê e da mãe nos casos mais graves (<0,05). Complicações no parto como a prematuridade também tiveram grande contribuição nos óbitos de mães e bebês (<0,05) e na tomografia do tórax, evidenciou-se que quanto maior o percentual de comprometimento pulmonar, maior a gravidade dos casos (<0,05). A dispneia, a cefaleia, a anosmia, a odinofagia, a diarreia e a dor torácica, foram os sintomas mais relacionados ao agravamento da doença (<0,05). Na correlação da idade gestacional, pré-natal, comorbidades, complicações do parto e tomografia de tórax das gestantes em relação ao seu desfecho, comprovou-se no teste G que a presença de comorbidades específicas da gestação e a sobreposição de outras préexistentes, bem como a tomografia do tórax alterada contribuem diretamente para os óbitos de mães e bebês (<0,05) com 5% de significância estatística. A taxa de mortalidade materna foi de 8,7%. Foi evidenciada a predominância de casos graves no terceiro trimestre de gestação e comprovou-se que a presença de comorbidades, complicações no parto e maior comprometimento pulmonar na tomografia de tórax são variáveis diretamente relacionadas ao óbito materno e fetal. 

  • EMANUELLE GABRIELA GUALBERTO DE ARGÔLO
  • REDESCRIÇÃO DE Podocnemitrema papillosus Alho e Vicente, 1964 (DIGENEA: MICROSCAPHIDIIDAE), PARASITO DE QUELÔNIOS DE ÁGUA DOCE DA AMAZÔNIA: RELATO DE FENÔMENO ECOLÓGICO ENTRE PARASITOS ASSOCIADOS

  • Data: 15/12/2023
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  • Durante as coletas helmintológicas realizadas em quelônios do Pará foram identificados um alto número de parasitos em seus tratos digestivos, especialmente nematodas e trematodas. As descrições destes parasitos apresentam falhas metodológicas e/ou incongruências acerca da identificação das espécies de helmintos. Além disso, a literatura destaca que trematodas gigantes de tartarugas podem ser hiperparasitados por nematodas, o que seria benéfico ao quelônio e ao hiperparasito. Contudo, pouco ainda é discutido sobre as relações ecológicas dos quelônios com seus parasitos. Assim o objetivo deste trabalho foi redescrever P. papillosus, parasito de quelônios de água doce da Amazônia, considerando implicações na revisão da família com o relato de fenômeno ecológico entre os parasitos associados. Para isto, o trabalho foi dividido em duas partes: (I) Estudo taxonômico de P. papillosus, e as implicações sobre a Família Microscaphidiidae para o qual utilizamos coleções helmintológicas e processamento de helmintos frescos para microscopia de luz, eletrônica de varredura e histotaxonomia. (II) Descrição dos fenômenos ecológicos entre os parasitos de P. unifilis e P. expansa realizada a partir dos helmintos frescos coletados. Deste modo, entre as publicações científicas encontramos apenas a descrição original baseada em um espécime adulto e dois juvenis e um relato desta espécie em P. unifilis. Os espécimes depositados em lamina permanente são um tipo adulto e um parátipo juvenil montados em posição dorsal e outro juvenil em posição ventral, a comparação com os espécimes frescos revelou que pertencem a espécie P. papillosus, contudo o trematoda apresenta abertura oral ligada uma faringe fortemente muscular, ovário destro, além de curvatura corporal para formar órgão de adesão e roseta de divertículos no poro excretor. Com isso, verificamos que o animal apresenta características de Mesometridae e Microscaphidiidae e propomos que estas famílias sejam revistas. Além disso, foram identificados dois gêneros de Nematoda nos cecos intestinais de P. papillosus: Orientatractis sp. e para Paraorientatractis sp.. Descartamos o hiperparasitismo, sendo mais provável que os nematodas tenham sido ingeridos acidentalmente. 

  • ERIKA FERREIRA DOS SANTOS
  • ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS rs3087456, rs3077 E rs9277534 REGULADORES DA EXPRESSÃO DE HLA DE CLASSE II COM A GRAVIDADE DA COVID-19

  • Data: 14/12/2023
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  • A COVID-19, doença causada pelo agente SARS-CoV-2, chamou a atenção global devido à sua alta transmissibilidade, evolução clínica capaz de causar diferentes graus de dificuldade respiratória e crescente número de óbitos. A expressão de genes CIITA e HLA de classe II tem sido observada com a gravidade dessa infecção. O SNP presente no gene CIITA responsável por modular expressões de HLA, influenciado a resposta do sistema imune. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo associar variantes genéticas nos genes CIITA, HLA-DPA1 e -DPB1, envolvidas na expressão de genes HLA-DP com a suscetibilidade e/ou gravidade da COVID-19. Para tanto realizou-se um estudo transversal, retrospectivo, com 227 amostras da população da região metropolitana de Belém-PA, num recorte temporal de 13 meses da pandemia do novo coronavírus, de modo que a amostragem foi realizada entre julho de 2020 e agosto de 2021. As genotipagens (rs3087456A/G, rs3077A/G e rs9277534A/G) foram realizadas por PCR em tempo real e testadas para Equilíbrio de Hardy-Weinberg. As frequências alélicas e genotípicas foram estimadas por contagem direta. Adicionalmente, os polimorfismos foram submetidos a testes de Exato de Fisher, Mann-Whitney e Odds Ratio. Na caracterização demográfica e epidemiológica o sexo masculino parece estar mais associado a infecção tanto com COVID-19 grave quanto COVID-19 não grave. No grupo de não grave a prevalência de jovens com idade ≤41 anos foi maior em relação aos idosos com idade ≥62 anos. O grupo de COVID-19 grave possui uma idade média maior em relação aos pacientes de COVID-19 não grave, com uma diferença de 11 anos. Adicionalmente, 48% dos pacientes do grupo de COVID-19 grave apresentaram algum fator de risco no grupo de COVID-19 não grave, e apenas 23% apresentaram alguma comorbidade. As frequências alélicas dos SNP rs3087456, rs2077 e rs9277534 da população de Belém foram similares ao encontrado em regiões como América, Europa e Sul Asiático. Em conclusão, a idade mostrou-se uma variável a ser controlada em estudos de associação genética para COVID-19. O genótipo GG de baixa expressão (rs3087456) desempenha um papel importante no desenvolvimento da forma grave em pacientes jovens, mas não em idosos, sugerindo que outros fatores associados com a idade, como a imunossenescência, ofusque a influência do genótipo GG, o que é compatível com estudos que mostram uma diminuição da expressão de HLA de classe II por imunossenescência, independente da ação de CIITA. O genótipo AA ou AG (rs3087456) de alta expressão está associado a maior susceptibilidade em desenvolver mais manifestações sintomáticas em pessoas acima de 50 anos no grupo de COVID-19 não grave com estatística significante. A COVID-19 se manifesta de maneira diferente entre os indivíduos, logo, estudos sobre a genética do hospedeiro são importantes para identificar indivíduos que possuem alelos mais suscetíveis à forma grave, pois a relação do genótipo de pacientes jovens, sem comorbidades que evoluíram para o estado grave não está muito claro na literatura. 

  • RICARDO ROBERTO DE SOUZA FONSECA
  • ANÁLISE DO GRAU DE CONHECIMENTO DE CIRURGIÕES DENTISTAS NO MANEJO DE PACIENTES VIVENDO COM HIV/AIDS NO BRASIL EM 7 ESTADOS DO NORTE DO BRASIL

  • Data: 01/12/2023
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  • As lesões orais geralmente estão entre os primeiros sinais de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), na literatura já esta bem documentado a presença de certas manifestações orais como: candidíase, doenças necrosantes e neoplasias como patologias associadas a infecção pelo HIV, sendo assim a importância do papel do cirurgião-dentista (CD) na prevenção destas manifestações, no diagnóstico precoces do HIV e no melhor tratamento, entretanto a estigma em torno do atendimento e manejo de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), principalmente sobre as formas de transmissão do HIV em consultório odontológico ainda é frequente, logo faz-se necessário desvendar, entender e desmistificar os receios a cerca do atendimento de PVHA. O objetivo desta pesquisa digital foi identificar e descrever o grau de conhecimentos de cirurgiões dentistas, trabalhando em todos os estados do norte do Brasil, em relação ao atendimento e manejo de PVHA. Este foi um estudo transversal, descritivo e observacional conduzido pela Universidade Federal do Pará (UFPA), via questionário eletrônico de 25 perguntas dicotômicas e múltipla escolha obrigatórias, dividido em 4 blocos nos sete estados do norte do Brasil durante o período de julho a dezembro de 2021 e neste período cerca de 396 dentistas participaram do estudo. Os dentistas foram alocados em 7 subgrupos sendo categorizados por tempo de conclusão do curso de bacharelado em odontologia: G1: 1 dia até 11 meses de formação (grupo controle); G2: 1 ano de formação; G3: 2 anos de formação; G4: 3 anos de formação; G5: 4 anos de formação; G6: 5 anos de formação; G7: >5 anos de formação. Um questionário on-line anônimo foi formatado e administrado pela plataforma Google® Forms, sua distribuição ocorreu pela amostragem em não probabilística “bola de neve” por meio eletrônico. A média de idade entre dentistas foi de 31.9 anos, os estados do Pará e Amazonas apresentaram melhor conhecimento sobre atendimento odontológico de PVHA, as especialidades odontológicas Prótese dentária (62/381 – 16.3%); Ortodontia (57/381 - 15%) e Periodontia (56/381 – 14.7%) foram as mais citadas e as características demográficas, profissionais e epidemiológicas apresentaram uma influência significativamente estatística quanto ao conhecimento (< 0.0001). Logo, pode-se observar que conhecimento dos participantes, sobre o tema abordado, foi parcialmente elevado, contudo pode-se observar certas dúvidas sobre assistência odontológica à PVHA. 

  • ANA BEATRIZ NUNES PEREIRA
  • COVID-19 EM UM HOSPITAL PÚBLICO EM BELÉM-PA: PERFIL CLÍNICO- EPIDEMIOLÓGICO 2020-2022

  • Orientador : LUIZ FERNANDO ALMEIDA MACHADO
  • Data: 30/11/2023
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  • O SARS-CoV-2 é o vírus que causou a pandemia de COVID-19, ocasionando mais de
    450 milhões de casos confirmados e mais de 6 milhões de mortes no mundo. Dado que a
    COVID-19 é uma doença emergente e de grande impacto mundial, os estudos epidemiológicos
    são de extrema importância para a documentação da sua evolução e comportamento. O objetivo
    deste estudo foi analisar o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes internados COVID-19
    em um Hospital Municipal de Belém – PA. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal e
    analítico, no qual foram coletados dados epidemiológicos e clínicos de prontuários de pacientes
    com COVID-19 em um hospital público municipal de Belém. Os dados foram armazenados e
    tabulados em planilhas do Microsoft Excel® e os gráficos foram produzidos no GraphPad
    Prism®. A análise estatística foi realizada no programa Bioestat 5.3®. Os resultados
    evidenciaram prevalência do sexo masculino e idosos, a cor predominante foi a parda e a
    procedência foi de Belém. A maior parte dos indivíduos foram internados por demanda
    espontânea, os principais sintomas foram dispneia, tosse e febre e as comorbidades foram
    hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Mais da metade dos pacientes não
    apresentavam nenhuma dose da vacina, a interface de oxigenoterapia mais utilizada foi a cânula
    nasal de oxigênio e o suporte ventilatório foi a ventilação mecânica invasiva. A mediana do
    tempo de ventilação mecânica invasiva foi de 4 dias (IIQ 7) e do tempo de internação hospitalar
    foi de 5 dias (IQQ 8). Os níveis de proteína C reativa foram maiores na admissão que no
    desfecho hospitalar e o principal desfecho hospitalar foi a transferência. Ao comparar com a
    literatura observou-se dados que vão de acordo com a literatura e dados conflitantes que
    derivam do perfil de atendimento do hospital. Conclui-se que o perfil da doença se mostrou
    heterogêneo entre as ondas, havendo uma inversão no perfil do sexo masculino para o feminino,
    aumento da faixa etária prevalente, diminuição de sintomas respiratórios, aumento de
    comorbidades neurológicas e aumento da porcentagem de óbitos, apesar da diminuição em
    números.

  • YAISA GOMES DE CASTRO
  • CARACTERIZAÇÃO DA MORTE CELULAR NO COMPROMETIMENTO HEPÁTICO EM INFECÇÃO HUMANA PELO VÍRUS ZIKA

  • Data: 23/11/2023
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  • O ZIKV é um arbovírus da família Flaviviridae principalmente transmitido por mosquitos do gênero Aedes. A patogênese do ZIKV envolve interações complexas entre o vírus e fatores do hospedeiro. O ZIKV pode acarretar efeitos teratogênicos e até evoluir para casos graves. Deste modo, evidencia-se a necessidade contínua para elucidação dos mecanismos de patogênese do ZIKV. O objetivo geral é caracterizar os tipos de morte celular decorrentes da infecção hepática pelo ZIKV em casos fatais de pacientes adultos. Os objetivos específicos são descrever os principais achados histopatológicos; caracterizar os tipos de morte celular envolvidos nos mecanismos de dano hepático e quantificar os marcadores de morte celular, com uso da técnica de imuno histoquímica e imuno-marcação. As principais alterações histopatógicas: foram lesão hepatocelular como balonização, congestão esteatose. As análises evidenciaram o aumento da expressão de caspase-3; MLKL; FasL; RIP-3; Caspase-8; Beclin-1; RIP-1; Bax; I) Caspase-1 nas distintas zonas hepáticas (Z3, Z2, Z1), sobretudo em Z2. Nosso estudo revelou que o aumento da expessão dos marcadores de morte celular, sobretudo na região Z2, são decorrentes do zoneamento metabólico hepático e consequente resposta imune compartimentalizada. Indiretamente, as alterações histopatologicas sugerem o envolvimento da poliploidização hepática patológica. Assim, contribuimos com novos conhecimentos a cerca da infecção hepática pelo ZIKV. 

  • JHONATA MARQUES DO REGO
  • ESTUDO DA RELAÇÃO PARASITÁRIA ENTRE Paracamallanus amazonensis (NEMATODA:CAMALLANIDAE) E Hypophthalmus edentatus (SILURIFORMES:PIMELODIDAE) NA REGIÃO AMAZÔNICA: ASPECTOS TAXONÔMICOS, ECOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS

  • Data: 16/11/2023
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  • Os peixes apresentam uma significativa biodiversidade de parasitos quando comparados a outros vertebrados. No entanto, na Amazônia brasileira, ainda são necessários estudos sobre parasitos de peixes, especialmente de nematódeos. Nesse sentido, destacamos Hypophthalmus edentatus Spix e Agassiz, 1829, um peixe teleósteo conhecido popularmente como mapará e pouco estudado do ponto de vista da helmintologia. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo compreender a relação parasito-hospedeiro-ambiente existente entre P. amazonensis e H. edentatus na baía do Marapatá, rio Tocantins, Abaetetuba-PA, por meio de um estudo taxonômico, ecológico e histopatológico. Para isso, capturamos 40 espécimes durante quatro coletas realizadas em abril, julho, outubro/2022 e janeiro de 2023, sendo 10 por coleta. Os nematódeos foram clarificados com lactofenol de Amann 20% e identificados com Microscopia de Luz de campo claro, Microscopia de Contraste de Interferência Diferencial (DIC) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Avaliamos a Prevalência (P), Intensidade (I), Intensidade Média (IM), Abundância (A) e Abundância média (AM) da infecção, com a utilização do Software R na construção de Modelos Lineares Generalizados (GLM). Foram utilizados cinco hospedeiros infectados por P. amazonensis e três não parasitados para comparação, através de cortes histológicos de 3-5 µm, fixados em formaldeído 10%, processados em historesina e corados com azul de Toluidina 1%. Coletamos um total de 521 espécimes de P. amazonensis, com 29 hospedeiros parasitados e 11 não parasitados. A intensidade média e a abundância média total foi de 17,96 e 13, respectivamente. Observamos uma variação sazonal do parasitismo de P. amazonensis em H. edentatus, ocorrendo maiores cargas parasitárias no verão amazônico e fora do período de defeso. Percebemos uma prevalência de 69,67% do parasitismo no intestino posterior dos hospedeiros e de 0,38% no intestino anterior. Os GLM apresentaram valores de p estatisticamente significativos para o comprimento total, massa corporal, prevalência e intensidade em relação à infecção (p = 0,0001889, p = 0,0193880, p = 0,00027, p = 0,000149, respectivamente). Observamos a destruição total da mucosa e parcial da submucosa com tecido conjuntivo compactado, bem como perda total de vilosidades intestinais, infiltrado inflamatório, ulcerações, deslocamento de células epiteliais e aumento no tamanho e na quantidade de células caliciformes. O presente estudo representa uma ferramenta importante para a taxonomia de P. amazonensis, assim como é o primeiro a realizar MEV, estudo ecológico e histopatológico para a espécie. 

  • CINTIA CRYSLAINE DA SILVA DE OLIVEIRA
  • INVESTIGAÇÃO DE ENCEFALITE EQUINA VIRAL EM EQUÍDEOS E AVES PROCEDENTES DO NORDESTE DO PARÁ

  • Data: 10/11/2023
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  • As arboviroses estão entre um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Com distribuição cosmopolita, os arbovírus tem um ciclo de manutenção que envolve artrópodes diversos como mosquitos e carrapatos. Estes seres infectam aves, mamíferos e répteis que têm papel de hospedeiros amplificadores. No Brasil, a região Amazônica é um dos principais reservatórios de arbovírus do mundo. As espécies virais encefalitogênicas; WEEV (Western equine encephalitis virus), EEEV (Eastern equine encephalitis virus), VEEV (Venezuelan equine encephalitis virus) são alphavirus com capacidade de infectar pássaros e mamíferos, incluindo animais domésticos e seres humanos podem causar quadros leves ou até encefalite. Este trabalho se propôs identificar por biologia molecular com a técnica Reverse transcriptase quantitative polymerase chain reaction (RT-qPCR) a presença do material genético de vírus dos complexos EEEV, WEEV e VEEV em soro de equídeos e aves, assim como em sangue de aves provenientes do município de Viseu no nordeste do Pará. Os resultados das análises pelo Rt-qPCR indicaram resultados negativos tanto para amostras de aves como equídeos, para os três vírus investigados. Algumas amostras de equídeos obtiveram uma amplificação fora da janela diagnóstica, tanto para WEEV como para o VEEV o que pode indicar a presença ainda que baixa de uma carga viral. As amostras de soro das aves obtiveram amplificação para WEEV em aves nas espécies: Xiphocolaptes albicollis, Arremon taciturnus, Eucometis penicillata, Phlegopsis-nigromaculata, Arremon taciturnus, Xiphorhynchus spixii. As análises nas amostras de sangue das aves apresentaram em uma amostra amplificação para o VEEV na espécie Phlegopsis nigromaculata. Os resultados encontrados aliado a informações complementares sobre as mesmas amostras estudadas nos mostra que as aves e os equídeos da localidade de Viseu estão suscetíveis a infecção por vírus encefalitogenicos, e que mais estudos precisam ser realizados para a visualização mais completa do cenário epidemiológico das encefalites na região. 

  • BRENDA FURTADO COSTA
  • AVALIAÇÃO IN VITRO E IN VIVO DO PAPEL DE MMP-2 E MMP-9 DURANTE A INFECÇÃO POR LEISHMANIA (LEISHMANIA) AMAZONENSIS E LEISHMANIA (VIANNIA) BRAZILIENSIS

  • Data: 10/10/2023
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  • AAs metaloproteinases (MMP) são endopeptidases dependentes de zinco, responsáveis pela degradação de componentes da matriz extracelular (MEC), participam da migração celular e podem auxiliar a disseminação de parasitos intracelulares, como o protozoário Leishmania. Além disso, estudos tem demonstrado o aumento de MMP em macrófagos infectados com Leishmania. Nosso grupo demonstrou que a presença de MMP-2 e MMP-9 em promastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis (La) e Leishmania (Viannia) braziliensis (Lb) ocorre em diferentes períodos de crescimento do parasito, com um perfil distinto na produção, liberação e ativação das MMP por cada espécie de parasito, sugerindo uma possível modulação no desenvolvimento das formas clínicas de leishmaniose. Dessa forma, o presente estudo visa avaliar o papel de MMP-2, MMP-9 durante a infecção por La e Lb in vitro ambiente tridimensional e em in vivo analisando o tecido onde as promastigotas foram injetadas. Assim, este estudo demonstrou a migração de La e Lb em matriz de colágeno cultivada com macrófagos, independente da presença de inibidores de protease, além da produção diferenciada de MMP-2 e MMP-9 no tecido de camundongos infectados, e a inibição da MMP-2 por doxiciclina durante a infecção por Lb. A presença de MMP-2 e MMP-9 difere quanto ao agente infeccioso, e a MMP-2 parece ser mais importante para a infecção, principalmente para a L. braziliensis. As citocinas detectadas no tecido onde as promastigotas foram injetadas, representam o paradigma bastante estudado da infecção por Leishmania. Por fim, ainda são necessários mais estudos para esclarecer qual o papel da MMP-2 na infecção por Lb. 

  • FABIOLA BRASIL BARBOSA RODRIGUES
  • ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES DA VIA DE IL-6 (IL6, IL6R E IL6ST) COM SEVERIDADE DA COVID-19 AGUDA E COM A EVOLUÇÃO PARA A COVID LONGA

  • Orientador : EDUARDO JOSE MELO DOS SANTOS
  • Data: 26/09/2023
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  • A COVID-19 é uma infecção aguda grave, causada pelo vírus SARS-COV2, podendo variar em sua apresentação clínica desde indivíduos assintomáticos a pacientes críticos. Os casos graves resultam de um descompasso do sistema imunológico do hospedeiro provocando a síndrome da tempestade de citocinas, sendo a IL6 uma das principais citocinas envolvidas neste processo. Fatores genéticos podem estar envolvidos no prognóstico da doença. Desta forma a avaliação de polimorfismos nos genes da via de IL6, trará conhecimento sobre a doença bem como poderá auxiliar na escolha da melhor conduta terapêutica, além de elencar fatores prognósticos para o desenvolvimento de COVID longa. Com isso, o objetivo deste trabalho foi associar SNPs nos genes IL6, IL6R, IL6ST com a gravidade da COVID-19 e com a evolução para COVID longa. Foram analisados 227 pacientes com diagnóstico de COVID-19, através da genotipagem, por Reação em Cadeia da Polimerase Tempo Real (RT-PCR), dos rs1800795, rs2228145 e rs7730934, localizados nos genes IL6, IL6R, IL6ST respectivamente, para avaliar a associação com a gravidade da doença. Em seguida, foram analisados 55 pacientes através de sequenciamento de nova geração para identificar SNPs associados ao desenvolvimento de COVID longa. As frequências alélicas e genotípicas foram estimadas por contagem direta. O Equilíbrio de Hardy-Weinberg, o Teste Exato de Fisher e a combinação de testes de Quiquadrado foram feitos usando-se o software BIOESTAT 5.0. Correção para múltiplos testes foi aplicada quando necessário. Nossos resultados apontam para uma associação consistente dos polimorfismos de IL6 (rs1800795) e IL6R (rs2228145) com a gravidade da COVID-19, supostamente devido à maior expressão desses genes relacionados aos genótipos CC e suas consequências pró-inflamatórias. Pacientes com genótipo IL6R CC (rs2228145) apresentam maior frequência de sintomas, assim como os portadores do genótipo CC (rs1800795) do gene IL6. Na avaliação por meio de sequenciamento total do exoma, foram identificados um total de 16 SNPs localizados nos genes da via IL6, sendo 4 no gene IL6, 4 no gene IL6R e 8 no gene IL6ST. Foi encontrada uma maior concentração de mutações no gene IL6ST entre indivíduos com COVID longa que desenvolveram COVID-19 leve na fase aguda, o que poderia sugerir uma possível manutenção de reservatório viral ou uma menor resposta imunológica relacionada a via trans de IL6 o que resultaria em uma forma mais leve na fase aguda com menos sintomas. 

  • LUCAS ARAÚJO FERREIRA
  • O ESTADO DA ARTE SOBRE A UTILIZAÇÃO MUNDIAL DE ANTIPARASITÁRIOS NO TRATAMENTO DA COVID-19 ENTRE 2020 E JULHO DE 2022

  • Data: 26/09/2023
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  • A ausência de informações críticas e esclarecedoras sobre a utilização de antiparasitários no tratamento da COVID-19, o embasamento apenas em estudos in vitro ou estudos clínicos com número amostral de pacientes limitado e/ou apresentando algum tipo de viés para a pesquisa, comprometem a confiabilidade da segurança e eficácia dos fármacos para o uso nos pacientes sintomáticos, por tais motivos é extremamente fundamental esclarecer as aplicabilidades dessa classe de fármacos dentro dos pacientes sintomáticos para que não sejam utilizados de forma indevida, bem como os possíveis impactos decorrentes do seu uso inadequado. Foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura de artigos publicados entre janeiro de 1815 a julho de 2022 nas bases de dados U. S. National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) que abordaram a utilização de várias classes de antiparasitários no tratamento dos quadros de COVID-19 e em quais quadros da doença eles poderiam ser úteis. A busca ativa das publicações nas bases de dados foi realizada entre os meses de julho de 2020 até agosto de 2022. O total de artigos encontrados foi de 19.700 trabalhos disponíveis, após a aplicação dos Critérios de Inclusão e Exclusão restaram 10 artigos obtidos pelo SciELo, 244 pela BVS e 436 oriundos do PUBMED, ao unificar os resultados excluindo nessa fase aqueles duplicados por terem sido encontrados por meio do mesmo descritor nas diferentes bases ou que após a leitura crítica e Revisão dos Critérios de Inclusão e Exclusão tenham sido identificados algum detalhe que o desclassificaria, obtivemos o número total de 187 publicações aptas a integrarem o estudo. Por fim, com base nos estudos que apresentaram um processo de análise e controle mais criterioso, o uso de antiparasitários para o tratamento dos quadros de COVID-19, no momento, carece de embasamento técnico-científico robusto que apresente mais benefícios do que riscos aos pacientes. Vale ressaltar que muito dos estudos iniciais que eram utilizados como base de justificativa para o seu uso na terapêutica, ou não apresentavam resultados estatisticamente significativos, ou o número amostral é menor do que o ideal para os padrões atuais de pesquisa clínica. Contudo, é inegável os possíveis potenciais que podem/devem ser explorados quanto a sua ampliação terapêutica, desde que sejam estudos clínico com um rigor técnico necessário. 

  • YURI WILLKENS DE OLIVEIRA COSTA
  • DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO DE NEMATÓDEOS DA FAMÍLIA MOLINEIDAE PARASITOS DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 22/09/2023
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  • Dentre os nematódeos parasitos de anfíbios e répteis, a família Molineidae é uma das mais representativas, sendo Schulzia, Kentropyxia e Oswaldocruzia os únicos gêneros de nematódeos identificados parasitando anfíbios e répteis Neotropicais. Schulzia é um gênero com quatro espécies caracterizadas principalmente pelos machos com espículos longos e alados que podem ser simples, bifurcados ou trifurcados, além de uma bolsa copuladora com raios dorsais comparativamente mais longos que os demais raios bursais. Kentropyxia até o momento é representado por três espécies que são caracterizadas pela presença de uma corona radiata reduzida circundando a abertura oral e machos com espículos divididos em três ramos, um simples e dois com muitos processos secundários. Oswaldocruzia é o gênero mais representado, com 90 espécies distribuídas mundialmente, divididas de acordo com a morfologia espicular dos machos, em cinco grupos biogeográficos (Oriental-Etíope, Neo-etíope, Holártico, Neotropical Caribenho e Neotropical Continental). Poucos dados moleculares estão disponíveis para a maioria das espécies da família e suas relações filogenéticas ainda são desconhecidas. Desta forma, o presente estudo busca integrar dados morfológicos e moleculares para a delimitação das espécies, estabelecer as relações filogenéticas, e consolidar informação acerca da amplitude de hospedeiros e distribuição geográfica dos nematódeos da família Molineidae. Para isto, utilizei amostras de molineídeos coletadas em diferentes localidades nos estados do Pará e Amapá, analisadas por Microscopia de Luz e Microscopia Eletrônica de Varredura para obtenção e dados morfológicos, e utilizando sequencias da região codificante da enzima Citocromo c Oxidase Subunidade I do DNA mitocondrial para estudo molecular e análise filogenética. Também realizei um extenso levantamento bibliográfico para revisar nematoides de Molineidae de anfíbios e répteis para a elaboração uma lista para espécies da América do Sul, com o objetivo de consolidar informações sobre diversidade, amplitude de hospedeiros e distribuição geográfica para as espécies desta família. 

  • HERNANDO ANDRES MUNOZ CARRILLO
  • DIVERSIDADE DE PARASITOS OBSERVADOS NO SANGUE DE QUIRÓPTEROS DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 18/08/2023
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  • As hemoparasitoses causadas por protozoários do filo Apicomplexa cobram importância na saúde pública por possuir uma ocorrência mundial, onde os quirópteros cumprem um papel importante na ecologia dos hematozoários, intervindo no ciclo de vida, sendo reservatórios e promovendo a transmissão e disseminação. Foi realizada a captura de quirópteros 233 espécimes - Belém e 74 espécimes - São Sebastião da Boa Vista. Foi realizada a eutanásia dos espécimes para a posterior coleta de amostras (sangue, músculo esquelético, coração e fígado). Foi feito o diagnóstico microscópico do sangue, corada com a tinção de Giemsa. No município de São Sebastião da Boa Vista o 13,5% (10/74) das amostras possuíam estruturas intracelulares associadas a hemoparasitos, 4,1% (3/74) das amostras apresentaram microfilária e o 2,7% (2/74) tinham estruturas extracelulares associadas a Trypanosoma sp. No município de Belém, 4,7% (11/233) das amostras foram positivas para estruturas intracelulares associadas a hemoparasitos, 0,9% (2/233) das amostras apresentaram microfilária e em 0,4% das amostras foi observado estruturas semelhantes com Trypanosoma sp. Todas as amostras foram analisadas por PCR e sequenciamento. No município de São Sebastião da Boa Vista, 2,7% (2/74) das amostras foram positivas para parasitos da família Sarcocystidae, com uma distância genética de 0% entre todas as sequências, não havendo uma diferenciação de espécies. No município de Belém, 1,7% (4/233) das amostras foram positivas para DNA da família Hepatozoidae, com uma distância genética mediana de 1,4% - 2,7% entre as espécies Hepatozoon cevapii (ON237370), H. colubri (MN723844), H. musa (KX880079), H. cuestensis (ON237459), H. domerguei (KM234649), H. ameivae (MN833642) e H. ophisauri (MN723845), e 0,9% (2/233) positivas que a partir da distância genética (1,7%) foram agrupadas com as sequências da família Eimeriidae mas a delimitação de espécies indica que pertencem a outra família não identificada. Posteriormente, com os dados obtidos foi feito. Com os dados resultantes foi possível identificar que a detecção de protozoários apicomplexos das famílias Plasmosdiidae, Theileriidae e Babesiidae não foi bem-sucedida. As sequências apresentaram uma alta porcentagem de similaridade com parasitos do Filo Apicomplexa pertencentes às famílias Sarcocystidae, Hepatozoidae e Eimeriidae. Em conclusão, no presente estudo não foi possível encontrar parasitos das famílias Babesiidae, Theileriidae e Plasmodiidae em amostras de sangue, mas foram identificadas outras famílias do filo Apicomplexa (Hepatozoidae, Sarcocystidae, Emiriidae, Trypanosomatidae e Onchocercidae, que ainda não foram descritas no Estado do Pará através de métodos moleculares.

  • LOURIVAL MARQUES ROLAND JÚNIOR
  • SOROEPIDEMIOLOGIA DA INFECÇAO POR SARS-COV-2 NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE UMARIZAL BEIRA, MUNICIPIO DE BAIÃO (PA)

  • Data: 08/08/2023
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  • A pandemia de COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2 atingiu a Amazônia paraense e se espalhou entre as populações quilombolas do Estado do Pará. Esses povos tradicionais são definidos pela particularidade quanto à trajetória histórica e a presunção de ancestralidade negra ligada à resistência, à violência e à dominação histórica sofrida. Por se tratarem de comunidades rurais com inesistência de políticas públicas de saúde de média e alta complexidade voltadas para o controle de agravos infecciosos, este estudo visou, por meio de inquérito soroepidemiológico, avaliar a prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2 no quilombo de Umarizal Beira, no município de Baião, com a realização de um estudo transversal de investigação da soroprevalência de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2. A avaliação da presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 foi obtida por meio de ensaio de imunoabsorção enzimática. Foram realizadas duas visitas à comunidade, com a obtenção de um N = 320 amostras coletadas, 264 amostras sanguineas foram realizadas na primeira visita, com 97 sororeagentes (36,74%), destas 113 do sexo masculino com 38 positivas (33,62% de sororeagentes) e 151 do sexo feminino com 59 positivas (39,07% de sororeagentes). Dentre as 56 amostras coletadas na segunda visita 25 foram sororeagentes (44,64% foram sororeagentes), 22 pessoas do sexo masculino com 12 positivos (54,54 de sororeagentes%), e 34 do sexo feminino com 13 positivos (38,23 de sororeagentes%), não foi observado um aumento significativo na prevalência de soropositividade nos dois grupos, de 33,62% para 54,54% (Exato de Fischer, p= 0,09) no grupo do sexo masculino, 39,07% para 44,64% (Exato de Fischer p=1,0) no grupo do sexo feminino. A soroprevalência de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 na comunidade de Umarizal Beira foi em torno de 38%, tornando-se cerca de 10 vezes superior à prevalência de casos notificados de COVID-19 até início de 2021, estes resultados são muito similares ao descrito para a população de Belém em um período similar. Por faixa etária a prevalência de positividade foi maior entre indivíduos abaixo de 18 anos. Esses resultados são úteis para acompanhar o progressão de doenças de transmissão rápida como a COVID-19 em povos tradicionais da Amazônia.

  • MURILO TAVARES AMORIM
  • ESTUDO FILOGENÉTICO DOS VÍRUS DENGUE 2 CIRCULANTES NA AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL (2017-2021)

  • Data: 04/08/2023
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  • O Dengue vírus 2 (DENV-2) é o responsável pelas epidemias de dengue em escala global e é reconhecido por estar relacionado com casos graves da doença. A Região Norte do Brasil é caracterizada por possuir condições ideais para a proliferação do vetor do DENV. Este estudo realizou a investigação filogenética do DENV-2 na Região Norte do Brasil. As informações obtidas fornecem importantes dados acerca do estudo da distribuição de linhagens e genótipos, além de abrir precedentes sobre prováveis rotas de introdução e constituir marcadores epidemiológicos para permitir a implementação de medidas de controle de epidemias. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo. Foram selecionadas amostras isoladas do sorotipo 2 do DENV, do período de 2017 a 2021, provenientes de Estados da Região Norte do Brasil. As amostras utilizadas, são correspondentes às cepas do DENV-2, isoladas a partir de amostras biológicas previamente coletadas. As amostras são provenientes da vigilância epidemiológica de arboviroses da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas. Foram analisadas 32 amostras provenientes de isolados de DENV-2, sendo 12 do Acre, 19 de Roraima e uma de Tocantins. As amostras foram testadas, confirmadas para DENV-2 e isoladas em culturas de células. De acordo com os resultados apresentados neste estudo, somente uma linhagem do genótipo asiático-americano foi observado. Todas as sequências do genótipo asiático-americano utilizadas neste estudo, segregam em um subgrupo parafilético alinhado às sequências de um clado americano. Esses resultados indicam um provável elo geográfico a partir de Porto Rico. Também houve a identificação de sequências provenientes do Acre, que foram agrupadas filogeneticamente em um clado monofilético do genótipo cosmopolita. Esses resultados criam uma ligação geográfica, sugerindo a possível rota de introdução do genótipo cosmopolita do DENV-2 no Brasil através da fronteira com o Peru, de onde pode ter se dispersado para o Centro-Oeste do Brasil. Neste estudo, é enfatizada a relevância das pesquisas moleculares no contexto da origem e evolução do vírus da dengue. Os resultados apontam para a promissora utilização desses estudos como uma ferramenta capaz de prever epidemias no contexto da vigilância epidemiológica. 

  • YAN CARVALHO DA SILVA
  • MALÁRIA E FAUNA ANOFÉLICA NO MUNÍCIPIO DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 02/08/2023
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  • A malária, de ocorrência subtropical e tropical, é causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de mosquito fêmea do gênero Anopheles. Atualmente são cinco espécies, agente da infecção por malária em humanos: Plasmodium malariae Laveran, 1881, Plasmodium vivax Grassi e Feletti, 1890, Plasmodium falciparum Welch, 1897, Plasmodium ovale Stephens, 1922 e Plasmodium knowlesi Sinton e Mulligan, 1932. No Brasil, destes, somente 3, P. vivax, P. falciparum e P. malariae ocorrem e a área endêmica é a região da Amazônia Legal com cerca de 99% dos casos. Os principais vetores na região Amazônica são Anopheles. darlingi Root 1926 e Anophele. Aquasalis Curry 1932. Entre os estados que contribuíram com o maior número de casos de malária na região amazônica está o Pará (PA) que em 2022 registrou 23.995 (18%), sendo 22.017 (97, 7%) por P. vivax, 1.758 (7,3%) por P. falciparum e 220 (0,9%) de infecções mistas. Atualmente o município de Belém/PA não é considerado área de transmissão da malária, porém apresenta diferentes paisagens e ecótopos associados às ações antrópicas, o que pode influenciar a proliferação dos insetos vetores como os anofelinos, afetando sua dinâmica populacional. Desta forma, considerando a área do 2° Batalhão de Operações Ribeirinhas da Marinha do Brasil (2°BatOpRib) que apresenta um fragmento florestal importante com canais e bairros fronteiriços onde ocorreram casos de malária, e o movimento populacional do entorno, este estudo objetivou realizar o levantamento entomológico de espécies de mosquitos anofelinos e verificar o risco de transmissão da malária no município de Belém. Para isso, foram realizadas coletas de mosquitos anofelinos e formas imaturas no 2°BatOpRib. Foram também analisados dados da fauna anofélica do município de Belém da literatura e dados fornecidos pela Secretaria Municipal do município de Belém (SESMA – Belém) e dados referentes aos casos de malária ocorridos no município obtidos do DATASUS pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica de Malária (SIVEP- malária) no período de 2003 a 2022. Foi feito o georreferenciamento dos casos de malária do Sivep-Malária usando os dados de localidades do IBGE. O Banco de Dados Geográficos (BDG) resultante dessa etapa foi importado para um Sistema de Informação Geográfica (SIG) para realização das análises espaciais. Não foram encontrados espécimes de mosquitos anofelinos e formas imaturas no 2°BatOpRib, no período de março de 2022 a fevereiro de 2023, em 12 coletas com esforço amostral de 96 horas. Nos dias de coletas, a temperatura variou entre 22°C e 23,8°C, umidade relativa do ar de 58% a 91% e o índice pluviométrico de 0 a 48 mm. A diversidade de espécies no período estudado foi de 23 espécies de mosquitos do gênero Anopheles. Foram registrados 11.688 casos de malária, 3.177 autóctones e 8.511 importados, e os distritos de Mosqueiro e Outeiro registraram maior número de casos durante o período de estudo. Contudo, foi possível observar, diminuição de casos de malária e a relação destes com a presença de anofelinos nos distritos administrativos de Sacramenta e Belém no período de 2014 a 2022. O município de Belém é classificado como receptivo e vulnerável, presença de espécies vetoras e registro de casos, respectivamente. Este conjunto, receptividade e vulnerabilidade, dispara o “Alerta” e mostra a necessidade premente de estudos e/ou levantamentos faunísticos de mosquitos anofelinos nos diferentes distritos de Belém, vigilância entomológica, e a continuidade da vigilância epidemiológica que vem sendo exercida de forma eficiente pelo órgão municipal responsável, demonstrada pela rápida ação nos anos supracitados e que resultou na supressão da transmissão. 

  • EVERTON LUCAS DE CASTRO VIANA
  • PADRONIZAÇÃO E COMPARAÇÃO DAS TÉCNICAS DO ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) E REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR) PARA IDENTIFICAÇÃO DA FONTE ALIMENTAR DE MOSQUITOS ANOFELINOS

  • Data: 02/08/2023
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  • A malária é uma parasitose causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de fêmeas de mosquitos Anopheles. A Amazônia é o principal bioma relacionado à malária no Brasil, somando 99% dos casos no país, devido às características que favorecem o desenvolvimento dos insetos vetores, como, temperatura, umidade relativa do ar, pluviosidade, altitude e cobertura vegetal, assim como indicadores socioeconômicos. Cada espécie de mosquito apresenta comportamento diferente das demais, podendo ser zoofílico, oportunista ou antropofílico. Conhecer a fonte alimentar desses mosquitos é um dos pilares da avaliação da capacidade vetorial, proporcionando arcabouço para o combate efetivo à doença. O objetivo do trabalho foi padronizar e estabelecer as técnicas de ELISA e PCR para determinar as fontes alimentares de mosquitos das espécies do gênero Anopheles e estabelece las na rotina do Laboratório de Entomologia de Malária do Instituto Evandro Chagas. Foram realizadas expedições nos municípios de Mazagão (AP) e São Gabriel da Cachoeira (AM) por atração humana e em repouso, respectivamente, para comparação dos resultados quanto à forma de captura, para mais, comparações entre abdômen inteiro e abdômen dividido foram realizadas. Além do humano, quatro espécies observadas nos ambientes foram pesquisadas: cão, galinha, porco e boi; além da pesquisa de esporozoítos na cabeça/tórax dos insetos para associação com as fontes alimentares. O padrão alimentar dos insetos variou de acordo com a forma de captura utilizada, mosquitos em repouso apresentaram menor quantidade de sangue humano. A técnica de PCR se mostrou mais sensível para a pesquisa de bois. A utilização de abdômen dividido demonstrou diminuir significativamente a sensibilidade da técnica de ELISA. 

  • CARLA GISELE RIBEIRO GARCIA
  • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL DA MALÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O DESMATAMENTO EM ÁREAS DE ALTA TRANSMISSÃO NO ESTADO DO PARÁ, 2008 A 2020.

  • Orientador : MARISTELA GOMES DA CUNHA
  • Data: 06/07/2023
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  • A malária é uma doença causada por parasitos do gênero Plasmodium, transmitida por mosquito vetor e a sua incidência é associada às condições socioeconômicas e ambientais, tais como alterações no meio ambiente que favorecem o contato homem-vetor. No Brasil, 99% dos casos de malária ocorrem nos estados da Amazônia legal, incluindo o estado do Pará. Em parte, essa situação é influenciada pela dinâmica populacional e por fatores ambientais, como migração e desmatamento. O objetivo do estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal da transmissão da malária e a sua relação com as taxas de desmatamento. A área de estudo incluiu nove municípios do estado do Pará, localizados em áreas com alta transmissão de malária. Essa análise foi por meio de um estudo transversal, retrospectivo, descritivo e espacial da incidência de malária e do desmatamento, no período de 13 anos (2008-2020). Inicialmente, analisamos cinco municípios Anajás, Jacareacanga, Itaituba, Oeiras do Pará e Pacajá, que totalizaram 333,891 casos. Nesses municípios, o IPA variou de 0.1 (Oeiras do Pará) a 1,146.4 (Anajás). Posteriormente, analisamos a distribuição de casos e se há alguma relação entre as taxas de incidência e o desmatamento acumulado durante 13 anos nos municípios da região do Tapajós. Para tanto, foram incluídos outros quatro municípios dessa região; Aveiro, Novo Progresso, Rurópolis e Trairão, que registram 17.381 casos e o IPA variou de 0.1 (Aveiro) a 140.81 (Novo Progresso). Portanto, as taxas de incidência de malária apresentaram variações, mas a transmissão foi estável ao longo do período estudado, caracterizando esses municípios como áreas de risco, com transmissão focal e contínua, mantida durante os 13 anos analisados. Na análise de correlação entre o IPA e desmatamento observamos correlação positiva, que variou entre baixa e alta associação, e também foi possível identificar dois hotpots de transmissão da malária na região do Tapajós, localizada na parte oeste do estado. Este estudo deve contribuir para o controle da malária na região amazônica, considerando que as mudanças ambientais causadas pelo desmatamento podem influenciar tanto na manutenção da transmissão quanto na concentração de casos em alguns municípios, portanto, indicando que as ações de vigilância devem ser intensificadas em determinadas áreas do estado do Pará. 

  • MARIELLE PIRES QUARESMA
  • ANÁLISE DOS PERFIS DE SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS COM ÊNFASE EM MACHINE LEARNING COMO MODELO DE CLASSIFICAÇÃO DO PERFIL DE RESISTÊNCIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

  • Data: 19/06/2023
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  • A resistência antimicrobiana (RAM) é um dos maiores problemas de saúde pública que afeta principalmente indivíduos hospitalizados, estando associada ao aumento significativo do tempo de hospitalização, dos custos da assistência ao paciente e das taxas de morbimortalidade. Dentre as bactérias mais relevantes associadas a RAM destacam-se a Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanii. O presente estudo objetivou avaliar os perfis de susceptibilidade dos patógenos associados à Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS) e Infecções Presentes na Admissão (IPAs) em um hospital de média e alta complexidade no período de 2020 a 2022 a partir de dados da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Além de análises epidemiológicas e fenotípicas, foi aplicado a técnica de Random Forest para predição do perfil de resistência antimicrobiana. Os resultados demonstram que as IRAS corresponderam a cerca de 35% dos microrganismos isolados de pacientes internados, sendo a espécie Klebsiella pneumoniae o microrganismo mais frequente (30,67%), estando associado principalmente a infecções de corrente sanguínea, trato urinário e respiratório, e com resistência significativamente maior ao meropenem e pipe/tazo quando comparado ao grupo IPAs. As IPAs corresponderam à 21%, apresentando a Escherichia coli (24,73%) como o patógeno mais isolado, porém, não foram observadas diferenças significativas quando comparadas ao grupo IRAS. No geral, foi observado que os isolados oriundos de IRAS apresentavam um perfil de resistência mais acentuado do que os isolados de IPAs. Na aplicação de Random Forest, o modelo 2 avaliado apresentou melhor acurácia, sensibilidade e especificidade para todos os antimicrobianos testados, mostrando-se uma promissora ferramenta de auxílio clínico. O monitoramento da RAM é de suma importância epidemiológica e clínica como instrumento de tomada de decisão e definição de estratégias de contenção da propagação da RAM. Técnicas de inteligência artificial estão cada vez mais integradas ao auxílio de diagnósticos e condutas terapêuticas. 

  • BEATRIZ COSTA RIBEIRO
  • ESTUDO TEMPORAL E ESPACIAL DOS CASOS DE MALÁRIA EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS, NOS MUNICÍPIOS DE BAIÃO E ORIXIMINÁ, ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2005 A 2020

  • Data: 12/06/2023
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  • A malária é uma doença infecciosa aguda causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitida por meio da picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles. No Brasil, o P. vivax causa cerca de 90% dos casos de malária. A maioria ocorre na região amazônica, onde são registrados 98% dos casos. O estado do Pará contribui significativamente com a taxa de morbidade por malária, além de ser um dos estados da região norte que mais possui comunidades quilombolas. Nas regiões do baixo Tocantins e do baixo Amazonas, 28 e 37 dessas comunidades estão localizadas nos municípios de Baião e Oriximiná, respectivamente e, a maioria destes remanescentes de quilombos vive em áreas ribeirinhas e rurais, sobrevivendo de atividades relacionadas ao extrativismo. Portanto, deve-se considerar a malária um problema de saúde que afeta as populações quilombolas, sendo relevante descrever o número de casos da doença nas comunidades quilombolas do estado Pará. O objetivo deste estudo foi descrever a situação epidemiológica da malária em comunidades remanescentes de quilombos, localizadas nos municípios de Baião e Oriximiná. Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo com uma abordagem quantitativa dos casos de malária notificados comunidades remanescentes de quilombos, no período de 2005 a 2020. Nesse período de 16 anos houve grande variação na ocorrência de malaria, porém as 32 comunidades certificadas registraram pelo menos um caso ao longo de todo o período. Em Baião e Oriximiná, o número de casos de malaria variou de 0 a 246 e 0 a 1.779, respectivamente. A variação do index parasitário anual (IPA) nas comunidades quilombolas de Baião e Oriximiná foi de 0 a 174,7 e 0 a 2.041,4, respectivamente. A maior prevalência foi de malária causada por P. vivax (72,3%), e 0,35% (3.549/1.008.714) do total de casos notificados no estado do Pará ocorreram nessas comunidades quilombolas. Na análise por município 10,9% (856/7.859) e 29,1% (2.693/9.238) dos casos foram registrados em Baião e Oriximiná, portanto, essa população quilombolas vive em áreas de risco para malária. A transmissão é focal e instável. Essa é a primeira descrição da situação da malária em quilombolas, e mostrou que é necessária a manutenção das ações que visam o controle e/ou a eliminação da malária nessas áreas endêmicas da Amazônia Brasileira. 

  • NAHIDE PINTO RODRIGUES
  • PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA E A PROGRESSÃO DA COVID-19 RELACIONADA AO SISTEMA DE GRUPO SANGUÍNEO ABO NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA

  • Data: 07/06/2023
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  • O coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) é causador da doença coronavírus 2019 (covid-19). Alguns autores sugerem a possível associação entre o grupo sanguíneo ABO e a prevalência da infecção por SARS-CoV-2. Este estudo tem como objetivo investigar a associação entre as formas clínicas desta infecção e o grupo ABO em 394 indivíduos da Região Metropolitana de Belém. A caracterização sanguínea dos fenotipos de grupos sanguíneos ABO usou anticorpos monoclonais anti-A, anti-B e anti-H pela técnica de hemaglutinação em 194 indivíduos que tiveram covid-19 entre 2020 a 2022. O grupo controle foi composto por 200 indivíduos que não tiveram nenhum resultado positivo para a doença e/ou não tiveram nenhum sintoma clássico durante o período. Os participantes deste estudo eram provenientes do Hospital Universitário João de Barros Barreto e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Pará. As características epidemiológicas foram obtidas através da aplicação de questionário. A análise estatística foi realizada utilizando o programa BioEstat 5.0 e Excel assumindo a significância de 95%. A maioria dos participantes eram do sexo masculino, com média de idade de 42 anos e de média ou alta escolaridade, desempenhavam atividade remunerada, se declararam da raça parda e apresentaram pelo menos uma comorbidade. O sexo feminino apresentou cerca de 1,5 vezes maior risco de desenvolvimento da covid-19 do que os homens. Quanto à gravidade dos casos, observou-se relação com as comorbidades: hipertensão arterial (p=0,002), doenças cardiovasculares (p=0,0381) e respiratórias (p=0,0305) preexistentes. Além disso, indivíduos com sobrepeso apresentaram maior risco para desenvolver a doença (p=0,0058). Entre o grupo de indivíduos infectados x não infectados, não foram observadas diferenças significativas, entretanto ocorreu uma maior proporção do fenótipo O em relação a sua frequência estimada para a mesma população em um período pré-pandemia (p=0,0286). Além disso, não foram observadas diferenças significativas em relação aos fenótipos de grupo sanguíneo ABO e a severidade dos sintomas da covid-19. Em geral, deve-se ressaltar que em particular nas populações com uma elevada frequência do fenótipo O, como na população estudada, é requerido um número muito elevado de indivíduos para mostrar um desvio na distribuição dos fenótipos de grupo sanguíneo ABO entre os infectados. 

  • ROSSELA DAMASCENO CALDEIRA
  • ANÁLISE DE COMPETÊNCIA VETORIAL DE Aedes albopictus PARA O VÍRUS DA FEBRE AMARELA COMO FATOR DE RISCO PARA A REEMERGÊNCIA DA FEBRE AMARELA URBANA NO BRASIL

  • Data: 05/05/2023
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  • O risco de emergência e reemergência de zoonoses é alto em regiões que sofrem ações antrópicas, pois contribuem para o risco de transmissão de doenças vetoriais. A febre amarela (FA) está entre as principais arboviroses patogênicas do mundo, e o Culicidae Aedes albopictus tem sido proposto como um potencial vetor para o vírus da febre amarela (VFA). Esse mosquito habita ambientes urbanos e silvestres e, em condições experimentais, tem se mostrado suscetível à infecção pelo VFA. Neste estudo, a competência vetorial do mosquito Ae. albopictus para o VFA foi investigado. Fêmeas de Ae. albopictus foram expostas para alimentação sanguínea em primatas não humanos (PNH) do gênero Callithrix infectados com VFA. Posteriormente, no 14º e 21º dias pósinfecção, as pernas, cabeças, tórax/abdômen e saliva dos artrópodes foram coletadas e analisadas por técnicas de isolamento viral e análise molecular para verificar a infecção, disseminação e transmissão. A presença de VFA foi detectada em amostras de saliva por meio de isolamento viral e na cabeça, tórax/abdômen e pernas tanto por isolamento viral quanto por detecção molecular. A suscetibilidade do Ae. Albopictus à VFA confere um risco potencial de reemergência da FA urbana no Brasil. 

  • CAROLINNE DE JESUS SANTOS E SANTOS
  • ANÁLISE DE SOROPREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-SARS-COV-2 EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

  • Data: 28/04/2023
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  • A COVID-19 é causada pelo SARS-CoV-2 e apresenta grande importância para a saúde pública no Brasil e no mundo, sendo responsável por mais de 6 milhões de óbitos mundialmente até 2023. A vacina para COVID-19 foi introduzida no Brasil em janeiro de 2021 e, desde então, a gravidade da doença vem sofrendo declínio. O presente estudo tem como objetivo determinar a presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Foi realizado um estudo observacional, descritivo e analítico, de corte transversal e caráter quantitativo, envolvendo 510 pessoas vivendo com HIV/AIDS no período de dezembro de 2021 a maio de 2022 na cidade de Belém, estado do Pará. Os participantes foram submetidos a aplicação de um questionário socioepidemiológico e coleta de 8 ml de sangue venoso periférico, o qual foi centrifugado para separação de plasma e massa celular. A partir do material foi feito o ensaio imunoenzimático anti-SARS-CoV-2 ELISA (IgG), além das contagens de linfócitos TC4+ e quantificação da carga viral do HIV-1. Para a análise estatística, as prevalências foram estimadas por simples contagem e por intervalo de confiança (IC 95%). Para fazer a associação das variáveis classificatórias com a positividade para anticorpos anti-SARS-CoV-2 foram feitos os testes G, Qui-quadrado e Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de 5%. O perfil sociodemográfico foi composto pelos participantes se autodeclarando: (i)70% homens, (ii) 63.0% pardos, (iii) 71,4% solteiros e (iv) 32,1% vivendo com apenas 1 salário mínimo. A soroprevalência de IgG foi de 94,3% (481/510), sendo a maioria dos indivíduos vacinados e possuíam duas doses da vacina contra COVID-19. Tendo sido observada associação entre o nível de anticorpos IgG e o número de doses realizada da vacina contra a COVID-19, a contagem de linfócitos T CD4+ , a razão T CD4+ /CD8 + e quantificação da carga viral do HIV1. Pessoas vivendo com HIV desenvolveram um nível de resposta eficaz contra o SARS-CoV2, no entanto indivíduos com viremia estabelecida e deficiência imunológica apresentam níveis menos satisfatórios de resposta. A vacinação de COVID-19 é de fundamental importância para produção de anticorpos anti-SARS-CoV-2 em PVHA e as doses de reforço são imprescindíveis para manter estes níveis de anticorpos elevados. 

  • CARLOS NEANDRO CORDEIRO LIMA
  • ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO POR SARS-CoV-2 EM POVOS INDÍGENAS DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 27/04/2023
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  • “Coronavirus 2 Severe Acute Respiratory Syndrome” (SARS-CoV-2) is the etiological agent of COVID-19 (Coronavirus Disease 2019), a respiratory disease that exhibits a global increase in the number of cases and deaths, which one day found- classified as a pandemic. The spread of COVID-19 in Brazil affects the entire national territory, causing serious damage to the most vulnerable population groups. In this sense, indigenous populations require special attention in terms of basic health, being potential targets of seroepidemiological studies. Given the applicability of serological markers in the epidemiological investigation of indigenous peoples, the present study carried out a cross-sectional study to investigate the prevalence of antibodies. Plasma was tested for the presence of anti-SARS-CoV-2 IgM and IgG antibodies using two assays (a rapid lateral flow test and an ELISA). A total of 1185 subjects of both sexes were included in the study. The populations described in the study's seroepidemiological assessment were: Munduruku, Parakanã, Assurini, Xikrin do Bacajá, Araweté and Karararo. The prevalence of IgM and IgG antibodies were 6.9% and 68.1%, respectively, ranging from 0% to 79.6%, with significant differences (p<0.001) between age groups in three communities (Araweté, Xikrin and Munduruku) and a virulence rate of 0.86%. The general prevalence of IgG obtained by rapid test and ELISA was similar, and the agreement of the results between the two tests was 80%, classified as good (kappa=0.4987; p<0.001; sensitivity of 82.1% and specificity of 71.6% SARS-CoV-2 spread rapidly among the investigated indigenous populations, but had a low mortality rate.It is necessary to expand serological investigations to other communities in the Amazon region of Brazil. 

  • PRISCILA FONSECA FERREIRA
  • CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DO VDEN-4 NO BRASIL: 2014 A 2017

  • Data: 10/04/2023
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  • O Vírus Dengue (VDEN) é um dos mais importantes arbovírus que afetam humanos pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. O estudo em questão tem como objetivo a caracterização genética, análise filogeográfica e avaliação do padrão de dispersão do VDEN-4 no Brasil. A metodologia empregada consistiu no sequenciamento genômico empregando o método de amplificação multiplex e geração das sequências pelo método de semicondução iônica utilizando o sequenciador Ion Torrent. As análises de caracterização genômica, filogenéticas e filogeográficas foram realizadas para caracterizar, identificar e elucidar a rede de dispersão do vírus no país. Como resultados, obteve-se 23 genomas quase completos e um genoma completo, todos identificados como genomas pertencentes ao genótipo II-Americano do VDEN-4. Com base nas análises filogenéticas, filogeográficas e de dispersão identificou-se dois principais eventos envolvendo o DENV-4 no Brasil, um referente a introdução do genótipo II (Americano) no Brasil via região do Caribe, Venezuela e Colômbia, e o outro referente a introdução do genótipo I (Asiático) no país em Feira de Santana, Estado da Bahia, Nordeste do Brasil, via região Marítima do Sudeste Asiático. Ademais, observou-se uma complexa rede de dispersão do genótipo II tendo como principal área de exportação viral o Norte do Brasil e importação viral as regiões do Nordeste, Centro Oeste e Sudeste brasileiros. Por fim, o sequenciamento multiplex adaptado para o DENV-4 e utilizado no sequenciador Ion Torrent, pode ser facilmente empregado na vigilância genômica da dengue e auxiliar pesquisadores e autoridades em saúde pública na prevenção e controle de futuras epidemias.

  • PAULO DE OLIVEIRA PAES DE LIRA NETO
  • INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO DA INFECÇÃO NATURAL DE Tropidurus oreadicus X TREMATODEOS: ASPECTOS HISTOPATOLOGICOS DE FÍGADO E VESÍCULA BILIAR

  • Data: 31/03/2023
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  • Tropidurus oreadicus é uma espécie de lagarto amplamente distribuída nos países tropicais e no Brasil é facilmente encontrado em sete Estados (Amapá, Pará, Amazonas, Goiás, Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul) e no Distrito Federal. Sua variedade parasitaria pode ser explicada por seus hábitos alimentares, de vida e fatores ambientais, além de ser uma espécie sinantrópica, interagindo com animais domésticos e novos predadores que podem induzir relações de parasitismo ainda não conhecidas, e/ou até mesmo promover o estabelecimento de novas zoonoses, o que os tornam ótimos modelos para estudos ecológicos-evolutivos, levando em consideração a diversidade. No presente estudo, foi realizada uma análise histológica de fígado e vesícula biliar de espécimes de T. oreadicus parasitados por trematódeos e espécimes não parasitados, coletados por busca ativa, no período de março de 2020 a agosto de 2022, a fim de compreender possíveis alterações teciduais e fisiológicas ocasionadas pela interação parasitohospedeiro. Os resultados encontrados apontam que espécimes parasitados, em relação a espécies não parasitado, apresentavam alterações na arquitetura tecidual de ambos os órgãos estudados, assim como, indicativos de reações inflamatórias locais, e a presença de parasitos adultos e ovos. Embora os achados histológicos não demonstrem que a interação analisada cause alterações na fisiologia do animal, pode-se sugerir que o parasitismo crônico venha a ocasionar modificações nas funções de fígado e vesícula biliar e assim, afetar nos hábitos de vida dos hospedeiros. Além disto, a extensão dos achados histopatológicos, foi diretamente proporcional a parasitemia, reforçando a ideia de que a cronicidade do parasitismo aumentaria as consequências da interação parasito-hospedeiro. O presente estudo apresenta aspectos da interação natural entre Paradistomum - T.oreadicus, e propõem dados sobre o ciclo de vida que auxiliarão estudos futuros sobre a biologia do Paradistomum e seu parasitismo. 

  • KEISE ADRIELLE SANTOS PEREIRA
  • ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO DO SARS-CoV-2 EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DOS ESTADOS DO PARÁ E TOCANTINS

  • Data: 31/03/2023
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  • O surgimento de um novo coronavírus humano (SARS-CoV-2) em Wuhan, China em
    dezembro de 2019 ocasionou um surto de COVID-19 que se espalhou rapidamente pelo
    mundo. A Organização Mundial da Saúde definiu a situação como uma nova pandemia e uma
    emergência de saúde pública de preocupação internacional em 2020. A ausência de dados
    soroepidemiológicos para as populações quilombolas e a subnotificação de casos mascaram a
    situação vivenciada por estas comunidades desde o início da pandemia. Assim, o presente
    trabalho tem como objetivos investigar e descrever a prevalência do SARS-CoV-2 e os
    aspectos epidemiológicos de risco para a exposição ao vírus em comunidades quilombolas,
    localizadas nos Estados do Pará e Tocantins. Fizeram parte do estudo 551 quilombolas, sendo
    352 do Pará e 199 do Tocantins. Os dados epidemiológicos foram obtidos por meio da
    aplicação de questionários semiestruturados. O sangue venoso periférico (10 mL) foi coletado
    por um sistema de colheita à vácuo em dois tubos contendo EDTA como anticoagulante. A
    detecção de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 foi realizada pelo método de ensaio
    imunoenzimático. A análise univariada e teste qui-quadrado ou teste G foram utilizados para
    verificar as associações entre as variáveis do estudo e a presença de anticorpos IgG anti-
    SARS-CoV-2. Na análise geral, observou-se que o contato com indivíduos infectados e o
    confinamento foram associados a presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2. Nos
    quilombos do Pará o uso da máscara foi considerado fator de proteção, enquanto que nos
    quilombos do Tocantins o uso da máscara e a lavagem das mãos foram associados a presença
    de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2. A perda de olfato foi comum em ambos os estados. Nos
    quilombos do Tocantins os sintomas característicos da COVID-19 associados a presença de
    anticorpos foram febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor abdominal, diarreia, perda do olfato
    e perda do paladar. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as
    características sociodemográficas e comportamentais dos indivíduos reagentes para anticorpos
    anti-SARS-CoV-2 nos quilombos dos estados do Pará e Tocantins. Este é o primeiro estudo
    soroepidemiológico realizado em comunidades quilombolas que fornece informações
    importantes que podem auxiliar na compreensão das desigualdades socioeconômicas,
    características comportamentais e dinâmicas de transmissão viral associadas ao risco de
    infecção por SARS-CoV-2. Os dados encontrados enfatizam o cenário epidemiológico de
    suscetibilidade das comunidades quilombolas.

  • FELIPE TEIXEIRA LOPES
  • PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A INFECÇÃO PELO HTLV-1/2 NA CIDADE DE BELÉM-PARÁ

  • Data: 30/03/2023
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  • Os HTLV-1/2 são capazes de causar uma infecção silenciosa e persistente, estando também associados a desordens neurológicas (Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-1) e oncológicas (leucemia/linfoma de células T do adulto). Estima-se que 10 a 20 milhões de indivíduos estejam infectados pelo HTLV no mundo e, no Brasil, a estimativa é de cerca de 2,5 milhões de indivíduos infectados. Estudos prévios realizados no Estado do Pará registraram elevadas taxas de prevalência da infecção pelo HTLV em diferentes grupos populacionais, situação que prossegue inserida em um contexto de negligência quanto ao próprio conhecimento do vírus e ao diagnóstico precoce das doenças associadas à infecção. Diante disso, o presente estudo investigará a prevalência da infecção pelos HTLV-1/2 e os fatores de risco relacionados na cidade de Belém, Pará, Brasil. Para identificar a prevalência da infecção na área urbana da capital Belém, Brasil, o Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Pará implantou, como serviço público, a triagem sorológica para vírus T-linfotrópico humano 1 e 2 (HTLV- 1/2) infecção e, se necessário, serviço de aconselhamento e encaminhamento para atendimento médico especializado. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, Ministério da Saúde do Brasil e Organização Pan-Americana da Saúde. De janeiro de 2020 a junho de 2021, 1.572 indivíduos de ambos os sexos foram abordados para responder a um questionário e foram testados por imunoensaio enzimático (Murex HTLV-I+II, DiaSorin, Dartford, Reino Unido). Amostras soropositivas foram confirmadas como infecção por HTLV-1 e HTLV-2 por imunoensaio de linha (INNO-LIA® HTLV I/II Score, Fujirebio, Japão) e/ou por reação em cadeia da polimerase em tempo real. Os testes G e exato de Fisher foram aplicados para identificar a associação entre as características epidemiológicas e a infecção pelo HTLV-1/2. Dos 1.572 triados, 63,74% eram do sexo feminino, com idade entre 30 e 59 anos (49,04%). A infecção foi confirmada em seis indivíduos (0,38%), dos quais três (0,19%) estavam infectados pelo HTLV-1 e três pelo HTLV-2 (0,19%). A transfusão de sangue antes de 1993 foi o principal fator de risco associado à via de exposição ao vírus (p = 0,0442). Os indivíduos infectados foram encaminhados para uma sessão de aconselhamento com um profissional de enfermagem, e dois pacientes que manifestaram sinais e sintomas sugestivos de mielopatia associada ao HTLV foram encaminhados para um neurologista. A implantação do serviço de triagem revelou a ocorrência de endemicidade moderada do HTLV-1/2 em Belém, reforçando a importância da continuidade do serviço como forma de diagnóstico precoce e do aconselhamento como medida de prevenção e controle da transmissão viral na população geral. 

  • NATHALIA NOGUEIRA CHAMMA SIQUEIRA
  • AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE TRÊS ESQUEMAS PARA O TRATAMENTO TERMINAL COM PRIMAQUINA PARA Plasmodium vivax EM CRUZEIRO DO SUL, ACRE, REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 30/03/2023
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  • A primaquina na dose total de 3,5mg/kg constitui o tratamento preconizado para prevenir a recaída de malária por Plasmodium vivax nos países do continente americano, apesar da evidência de eficácia limitada na região. Diante disso, e considerando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a avaliação periódica da eficácia das políticas de tratamento antimalárico, este estudo tem como objetivo avaliar três esquemas terapêuticos com primaquina no tratamento das infecções não-complicadas por P. vivax no estado do Acre. A área de estudo selecionada foi Cruzeiro do Sul, estado do Acre, região Amazônica. A meta foi incluir um total de 257 participantes com idade igual ou superior a 5 anos, com monoinfecção por P. vivax parasitologicamente confirmada. Estes pacientes foram distribuídos em três grupos: dose recomendada de primaquina (0,5 mg/kg por dia por 7 dias) com supervisão do tratamento, dose recomendada de primaquina sem supervisão de tratamento, dose aumentada de primaquina (0,5 mg/kg por dia por 14 dias) com supervisão. Todos os pacientes foram tratados sob supervisão com cloroquina (CQ) por três dias, com uma dose diária de aproximadamente 25 mg/kg de peso de acordo com as diretrizes brasileiras para o controle da malária. A primaquina foi administrada na dose de 0,5 mg/kg de peso por dia por sete ou 14 dias, dependendo do peso do paciente e até atingir a dose total almejada. Os parâmetros clínicos e parasitológicos foram monitorados por um período de acompanhamento de 28 dias para avaliação da eficácia do fármaco e por um período total de 168 dias para avaliação das chances de recorrência (recrudescência, recaída ou reinfecção). Amostras de sangue foram coletadas para dosagem dos níveis sanguíneos de cloroquina (CQ), desetilcloroquina (DCQ) no dia 7 e no dia da falha quando o evento ocorreu nos primeiros 28 dias de acompanhamento. Além disso, uma amostra de sangue foi coletada em papel filtro no primeiro dia e no dia da suspeita de falha terapêutico para tentar diferenciar os genótipos dos parasitos por meio da genotipagem de microssatélites utilizando técnicas baseadas na reação em cadeia da polimerase (PCR). Os resultados do estudo de eficácia terapêutica desta associação medicamentosa devem ser usados para auxiliar o Ministério da Saúde do Brasil na avaliação da política nacional de tratamento da malária por P. vivax. 

  • LILIAN NATÁLIA FERREIRA DE LIMA
  • PERFIL SOCIO-DEMOGRÁFICO E COMPORTAMENTAL DE POPULAÇÕES URBANAS E QUILOMBOLAS DO ESTADO DO TOCANTINS E A AUSÊNCIA DE INFECÇÃO PELO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO 1 E 2 (HTLV-1 E HTLV-2)

  • Data: 17/03/2023
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  • No Brasil, o HTLV apresenta-se em todas as regiões. O presente estudo visou determinar a
    prevalência sorológica da infecção por HTLV-1/2 e os aspectos epidemiológicos e
    comportamentais de risco para a exposição em comunidades (urbano e quilombola) do Estado
    do Tocantins. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e observacional de prevalência dos
    HTLV-1/2. As amostras de sangue foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório de
    Virologia da UFPA para a realização dos testes sorológicos de triagem (ELISA) e confirmatório
    (Western blot - WB). Casos de amostras com valor de densidade óptica próxima ao valor de
    corte do teste (Cut-off) foram submetidas a nova análise de ELISA e a uma Reação em Cadeia
    da Polimerase em Tempo Real (qPCR) objetivando descartar possíveis casos de resultados
    falso-negativos, sendo a ausência de infecção confirmada em todas as amostras. Os testes de
    triagem sorológica revelaram ausência de infecção nas populações do estado do Tocantins.
    Participaram do estudo 1.079 indivíduos, sendo 65,7% do sexo feminino e 34,3% do sexo
    masculino, distribuídas nas seis populações e três centros urbanos. Em relação a práticas e
    comportamentos de risco de transmissão vertical do HTLV, um total de 673 mulheres foram
    incluídas na análise, cerca 54,5% amamentaram seus filhos, 85,5% por 6 meses ou mais. Um
    total de 86,4% das pessoas foram amamentados quando criança. O uso de tatuagem (19,1%;
    p<0,001) e de piercing (6,4%; p=0,013) foi significativamente mais frequente na população
    urbana. Antecedentes de transfusão de sangue foram relativamente similares nos dois grupos
    populacionais, sendo essas ocorrências posterior ao ano 1993. O uso de drogas ilícitas foi
    significativamente (p=0,008) mais frequente (8,8%) na população urbana do que nas
    comunidades quilombolas (3,3%). O início da vida sexual foi equivalente entre os grupos
    populacionais, sendo a faixa etária entre 12 e 18 anos aquela com maior frequência de respostas
    positivas (80,6%). Quanto ao uso de preservativo, nas populações quilombolas 46,2%
    afirmaram não usar ou usar somente as vezes. Esse comportamento sexual foi relatado também
    por 50,1% dos entrevistados nas populações urbanas. Quando questionados quanto já terem tido
    diagnóstico prévio de infecção sexualmente transmissíveis, a maioria dos entrevistados, em
    ambos os grupos populacionais, afirmou não ter tido diagnostico de IST (79,8%). Os resultados
    reforçam a importância de ampliar estudos sobre a prevalência do HTLV no estado. Desta
    forma, o presente estudo descreveu, pela primeira vez, o cenário epidemiológico da infecção
    pelos HTLV-1/2 no Estado do Tocantins, disponibilizando informação qualificada sobre os
    meios de transmissão, prevenção e percepção de risco.

  • ISABEL MERCEDES CENTENO RAMOS
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE Braunotrema pulvinatum (BRAUN, 1899) PRICE, 1930 (TREMATODA: BRAUNOTREMATIDAE) PARASITO DA TARTARUGA-DA-AMAZÔNIA Podocnemis expansa (SCHWEIGGER, 1812) (TESTUDINES: PODOCNEMIDIDAE) NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 06/03/2023
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  • Atualmente, oito espécies de trematódeos digenéticos parasitam o trato digestório da Tartarugada-Amazônia Podocnemis expansa (Schweigger, 1812). Dentre eles, Braunotrema pulvinatum (Braun, 1899) Price, 1930 se distingue por apresentar dois pares de formações próximas à ventosa oral, um par em forma de almofadas localizado na margem anterior da ventosa, e o outro par disposto dorsolateralmente. A espécie pertence à família Braunotrematidae e faz parte da superfamília Gorgoderoidea, no entanto, sua classificação é provisória. Desde sua primeira descrição em 1899, a posição taxonômica tem sido mudada em várias oportunidades. Isso, devido à falta de informação que esclareça as relações com os outros grupos. Nas últimas décadas, a taxonomia descritiva vem passando por uma crise em parte reforçada pelo “impedimento taxonômico”. Atualmente, é possível aplicar, além das técnicas convencionais, outras metodologias que auxiliem na descrição morfológica das espécies. Assim, o presente trabalho pretende caracterizar a B. pulvinatum por meio da análise morfológica, morfométrica, e de ultraestrutura utilizando além das medições habituais, a Histologia e a Microscopia Eletrônica de Varredura. O material utilizado foi coletado nos Municípios de Tucuruí e Altamira, no Estado do Pará, Brasil em 2018 e 2019, respectivamente. As estruturas internas dos espécimes, foram examinadas em lâminas permanentes coradas com Carmim acético, e em cortes histológicos infiltrados com Historesina e corados com Azul de Toluidina. Em seguida, foram observados no Microscópio BX41 (Olympus) do Laboratório de Biologia Celular e Helmintologia da UFPa e no Laboratório de Histologia e Embriologia Animal da UFRA. O Microscópio Eletrônico de Varredura Vega3 (Tescan) do Laboratório de Biologia Estrutural da UFPa foi utilizado para a análise das estruturas externas. 

  • POLIANA DIMSAN QUEIROZ DE SOUZA
  • ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS DE ÁCIDO KÓJICO E FIBROÍNA DA SEDA, SOBRE O PROTOZOÁRIO Leishmania (Leishmania) amazonensis

  • Data: 06/03/2023
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  • As leishmanioses são um grupo de doenças negligenciadas causadas por protozoários da ordem kinetoplastida, do gênero Leishmania, com cerca de 1 milhão de casos notificados anualmente, causando deformidades e problemáticas relacionadas ao tratamento que podem ser irreparáveis a qualidade de vida do paciente, ou mesmo a morte. A terapia disponível no combate à doença apresenta alta toxicidade, com custo elevado, apresenta resistência do parasito e requer um longo período para o tratamento. Dessa forma, há necessidade de buscas por terapias alternativas com baixa toxicidade e maior eficiência. Neste sentido, as nanoemulsões vem se apresentando como potenciais alternativas de tratamento por sua capacidade de melhorar a biodisponibilidade de drogas devido sua liberação controlada. A fibroína da seda é uma proteína capaz de formular nanoemulsões por ser biocompatível e anfifílica. Enquanto, o ácido kójico é um metabólito secundário de fungo que possui ação antiparasitária. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar uma nanoemulsão formulada com a fibroína da seda contendo ácido kójico (NanoFAK) contra as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e a célula hospedeira. Nesse trabalho identificamos que a NanoFAK não apresentou citotoxicidade para macrófagos murinos nas concentrações utilizadas e foi capaz de promover ativação dessas células. Além disso, apresentou toxicidade para as formas promastigotas do protozoário IC50 =56 µg/ml, promoveu alterações estruturais e causou morte sugestiva a apoptose. E por fim, foi capaz de promover diminuição significativa das formas amastigotas do protozoário com IC50 = 7 µg/ml. Visto os resultados obtidos, a NanoFAK pode ser uma alternativa promissora para o tratamento da leishmaniose cutânea contra L. (L.) amazonensis. 

  • REBECCA CHUCRE DE SOUSA
  • ANÁLISE DA TRANSMISSÃO DA MALÁRIA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 15/02/2023
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  • A malária é uma doença febril aguda importante devido ao alto número de casos e mortes registrados por ano, é causada por protozoários do gênero Plasmodium. Cinco espécies deste gênero são agentes etiológico da doença em humanos: P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi, que são transmitidas por espécies de mosquitos do gênero Anopheles. O controle da transmissão de malária está baseado, principalmente, no diagnóstico imediato e eficaz e tratamento oportuno. Todavia, em situações específicas (surtos, transmissão intensa, abertura de estradas, desenvolvimento de projetos agropecuários, construção de hidrelétricas, etc.) o controle vetorial se faz necessário e para tal, é importante conhecer características biológicas dos vetores assim como considerar fatores naturais e antropológicos que possam influenciar o registro de casos da doença. Com isso, o presente trabalho visa analisar a relação da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM), Estado do Pará, com a dinâmica de transmissão da malária nos municípios diretamente afetados pelo empreendimento nos períodos de pré até pós-construção. Para isso, a área de estudo foi formada pelos munícipios de Altamira, Anapu, Senador José Porfirio e Vitória do Xingu, os quais foram diretamente afetados pela construção. Dados referentes ao número de casos de malária foram obtidos de fontes oficiais do Ministério da Saúde, os dados sobre os mosquitos anofelinos dos relatórios técnicos do Laboratório de Entomologia de Malária da Seção de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas e os dados sobre o desmatamento do portal TerraBrasilis nos períodos de pré, durante e pós construção da UHBM. Os referidos dados foram analisados pelo Teste Z utilizando o Bioestat 5.3. O Índice Parasitário Anual de Malária apresentou diferença significativa entre os períodos de pré-construção e pós-construção assim como entre de construção e pós-construção, porém a densidade de mosquitos e o incremento de desmatamento não foram significativos entre os períodos estudados. As espécies identificadas durante o trabalho foram Anopheles darlingi, An. nuneztovari, An. albitarsis s.l., An. triannulatus, An. aquasalis, An. oswadoi, An. braziliensis, An. galvaoi, An. strodei, An. peryassui, An. mediopunctatus, An. intermedius, An.mattogrossensis e An. evansae, porém apenas An. darlingi, An. albitarsis s.l, An. triannulatus e An. nuneztovari foram encontradas infectadas por P. falciparum ou P. vivax. Os resultados obtidos, provavelmente, são efeito das ações de programa de controle da malária realizados na região, seguindo o regulamentado pela legislação brasileira vigente. 

  • SIMONE DOS SANTOS SILVA
  • CORRELAÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS ENTRE 2001 E 2018 DE TUBERCULOSE DROGARRESISTENTE (TBDR) E HISTÓRICO DE ABANDONO DE TRATAMENTO RELATADO NO SINAN DE 2001 A 2014: ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLÓGICA NA CIDADE DE BELÉM-PA.

  • Orientador : JUAREZ ANTONIO SIMOES QUARESMA
  • Data: 15/02/2023
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  • AdoençainfecciosaTuberculose(TB) é causadapelabactériaMycobacterium
    tuberculosis.Decom aOrganizaçãoMundial de Saúde(OMS)em2021,esta
    enfermidadeagravoucomoumproblemadeSaúdePúblicamundialapósa
    pandemia de Covid-19.Atualmente o mundoalém de estudar qual o real efeito da
    Covid-19 como fator de risco adicional na mortalidade por TB e vice-versa,também
    permaneceapreocupaçãocomofenômenobiológicoconsideradoiatrogênico,
    resultadode tratamentos inadequadoseutilização de esquemas terapêuticos de
    baixa potência,causadeTuberculosedrogarresistente(TBDR).Nos dias de hoje,
    devido ao limite de opções terapêuticas e elevada mortalidade desta enfermidade, a
    emergênciaeadisseminaçãodaTBDRtornou-seaprincipal preocupaçãono
    controleglobaldaTB.Oobjetivodopresentetrabalhofoitraçaroperfil
    epidemiológicodos casosde TBDR emapear a partir do usode ferramentas de
    Geoprocessamentoaconcentraçãoespacialdoscasos-clínicosquepossuem
    correlaçãoentreas notificaçõesdehistóricosde abandonos de tratamentosdeTB,
    na cidade de Belém do Pará, Brasil,no período de2001 a 2014 com as ocorrências
    denotificações de TBDRentre osanos de 2001e2018.Esta pesquisafoide caráter
    descritivo-retrospectivode série histórica, com abordagem quantitativa e análise
    espacial. Foramutilizados dados secundários provenientesdo Sistema Nacionalde
    AgravosdeNotificação(SINAN),fornecidospelaSecretariadeSaúdeeMeio
    AmbientedomunicípiodeBelém(SESMA)eoSistemadeInformaçãode
    Tratamentos Especiais deTuberculose(SITE TB),disponibilizadopelaSecretaria
    Estadual de SaúdedoPará (SESPA).Na análiseespacial foiutilizada areferência
    domiciliardospacientes.Uma vez queo abandono do tratamento da TBéuma das
    grandescausasparaosurgimentodaTBDR,esteestudovisaapresentara
    concentraçãoespacialdoscasosdeabandonosdetratamentosdeTBque
    reingressaram no tratamento comoTBDR.Atravésdomapa dedensidade deKernel
    foram apresentadasasregiões de maiores riscos detransmissões destadoença
    tantona forma de TBquantode TBDR.Guamá,Jurunas,Terra firme,Telégrafoe
    Benguiforamoshot spotsevidenciados neste estudo.Logo,asunidades de saúde
    destaslocalidades emdestaquedeverão ser focosem busca de melhorar a adesão
    desses pacientes a este tipo de tratamento,assim,visando uma diminuição dos
    abandonos de tratamentosde TBesurgimentos deTBDRsecundárias.
     
  • MARIA KAROLINY DA SILVA TORRES
  • SOROEPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO POR SARS-COV-2 EM BELÉM ENTRE OS ANOS DE 2020 E 2022

  • Data: 30/01/2023
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  • A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) que é o agente causador da
    Doença por Coronavírus de 2019 (COVID-19), levou a morte de milhões de pessoas no mundo
    e outros milhares de indivíduos infectados desenvolveram sequelas decorrente da doença. O
    presente trabalho tem como objetivo descrever a frequência de infecção pelo SARS-CoV-2 e
    os aspectos epidemiológicos de risco para a exposição ao vírus na população da cidade de
    Belém. Foi realizado um estudo transversal, descritivo, de prevalência de anticorpos IgG anti-
    SARS-CoV-2 em indivíduos voluntários residentes na cidade de Belém entre os anos de 2020
    e 2022, seguido de uma análise comparativa da prevalência de anticorpos e dos fatores de risco
    entre as amostras coletadas após a primeira e a segunda onda de COVID-19. Conforme a idade,
    todos os indivíduos que aceitaram participar do projeto assinaram um Termo de Consentimento
    Livre e Esclarecido (TCLE) ou Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) e
    responderam a um questionário epidemiológico estruturado. Posteriormente, foram coletadas
    amostras de sangue venoso que foram processadas e armazenadas anonimamente no
    Laboratório de Virologia, e submetidas à detecção de anticorpos IgG anti-SARS-COV-2 por
    imunoensaio enzimático (ELISA), em seguida as análises estatísticas foram realizadas. Nossos
    achados permitiram descrever uma alta soroprevalência (39,24%) de anticorpos IgG anti-
    SARS-CoV-2 após a primeira onda de COVID-19 em indivíduos residentes na cidade de
    Belém. Nossos dados também mostraram um aumento (primeira onda= 39,1%/segunda onda=
    50,1%) de anticorpos IgG da primeira para a segunda onda pandêmica na cidade. Idade
    avançada, escolaridade primária ou secundária, falta de isolamento social e baixa frequência de
    uso de máscara de proteção foram considerados fatores de risco para infecção por SARS-CoV-
    2 durante a primeira onda em comparação com a segunda onda. Portanto, nossos dados
    enfatizam que as características socioeconômicas da população afetada e as medidas de
    prevenção não farmacológicas são cruciais para o combate à pandemia. Além disso,
    descrevemos o real impacto e distribuição do SARS-CoV-2 na cidade e Belém.

  • ISABELA DE OLIVEIRA CARVALHO
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE PARASITOSES INTESTINAIS E LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS COM ATIVIDADES ANTI-HELMÍNTICAS NO MUNICÍPIO DE CAMETÁ, NORDESTE PARAENSE

  • Data: 17/01/2023
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  • As parasitoses intestinais estão entre as doenças mais prevalentes em humanos, sendo muitas vezes tratadas com fitoterapia popular, devido as dificuldades de acesso da população à assistência médica. Desta forma, este estudo transversal, conduzido em 2019, realizou um levantamento de plantas medicinais com atividade anti-helmíntica, analisou a prevalência e distribuição espacial de parasitos intestinais e identificou os fatores de risco relacionados ao surgimento deles na cidade de Cametá-PA. Dados primários, in loco, foram adquiridos através de coordenadas geográficas e variáveis socioeconômicas, de higiene, saneamento, condições de moradia e dados sobre o uso de plantas medicinais foram identificados, através de questionário semiestruturado. Para detecção de parasitos, 426 amostras de fezes foram examinadas pelo exame macroscópico, métodos direto e de Hoffman. Quanto ao perfil dos entrevistados, 55,4% eram do sexo feminino, 77% estudaram menos de oito anos e 97,8% relataram ter renda familiar inferior a um salário mínimo. Nas amostras avaliadas, foram identificados 96,9% de indivíduos parasitados. Os enteroparasitas de maior prevalência foram Ascaris lumbricoides (40,8%), Giardia lamblia (27,9%), Trichuris trichiura (23,7%) e Entamoeba coli (20,6%). A associação significativa das espécies de parasitos com as faixas etárias foi encontrada para G. lamblia (p=<0,0001) com maiores prevalências nas crianças (31,3%), E. coli (<0,0001) e Entamoeba histolytica/dispar (p=0,039) em adultos (29,6% e 12,8%, nesta ordem) e T. trichiura (p=0,019) em adolescentes (32,8%) e adultos (26,8%). A maior prevalência de parasitismo ocorreu nos grupos que não possuem banheiro dentro de casa (98,9%, p=0,041), não tem acesso à coleta pública de lixo (98,6%, p=0,008), não possuem água proveniente da rede pública (98,7% (p=0,024), residiam em casas com menos de quatro cômodos (97,9%, p=0,038, OR 3,08, 95% IC 1,01-9,38) e andavam descalços (98%, p=0,004, OR 4,51, 95% IC 1,47-13,83). Os mapas de distribuição pontual de Ascaris lumbricoides revelaram a presença de parasitismo em todas as áreas, porém com maiores prevalências no Distrito de Curuçambaba. A Ilha Mutuacá, local mais próximo dos fluxos de água, apresentou 100% de pacientes parasitados. Amostras de água do Bairro Brasília e Comunidade Quilombola de Porto Alegre apresentaram ausência de contaminação microbiológica, porém as amostras do bairro Novo (9,2 NMP/mL), Ilha Mutuacá (240 NMP/mL) e Curuçambaba (75 NMP/mL) apresentaram coliformes termotolerantes. Um total de 34 plantas com atividade anti-helmíntica foram citadas no levantamento etnobotânico, sendo Lamiaceae (3), Fabaceae (2), Verbenaceae (2) e Rutaceae (2) as famílias botânicas com maior número de espécies e Eryngium foetidum L. (27,9%) e Dysphania ambrosioides (L.) Mosyakin & Clemants (25,2%) as espécies mais citadas. Das espécies identificadas, 52% eram nativas e a maioria eram árvores (36%) e ervas (20%). As partes das plantas mais proeminentes foram as folhas (46,2%) e planta inteira (20,9%) e o chá (87%) foi a forma de uso mais utilizada. Levantamentos etnobotânicos são importantes por sua alta diversidade cultural e biológica, o que contribui para o conhecimento da flora medicinal Brasileira, desenvolvimento de políticas públicas e ampliação das opções terapêuticas, incluindo tratamento de parasitoses intestinais, que apresentou alta prevalência nesse estudo, indicando a necessidade de melhorias nos âmbitos sociais e econômicos, além da adoção de medidas de educação preventiva.

2022
Descrição
  • INGRID MELO ROCHA
  • ESTUDO DO MECANISMO DE MORTE CELULAR EM TECIDO PULMONAR DE QUADROS FATAIS DE FEBRE AMARELA HUMANA

  • Data: 22/12/2022
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  • A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa causada pelo vírus da febre amarela (VFA), membro protótipo do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, cuja transmissão é realizada por vetores artrópodes da família Culicidae. Endêmica em regiões tropicais da África e América do Sul, estima-se que a FA seja responsável por 200.000 infecções e 30.000 mortes anualmente nestas áreas. A infecção pelo VFA pode produzir um amplo espectro de manifestações clínicas, que variam desde formas assintomáticas ou oligossintomáticas até os casos graves com alta letalidade. O quadro clássico ou fatal da doença evolui para a insuficiência hepática/renal e hemorragia grave. Os mecanismos da patogênese do VFA ainda são pouco compreendidos. O presente estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de mecanismos de morte celular e suas associações com o dano tecidual no parênquima pulmonar de pacientes acometidos por infecção fatal de FA. Amostras de tecido pulmonar de 10 casos humanos fatais de FA foram coletadas por viscerotomia, emblocadas em parafina e submetidas ao processamento histopatológico e imuno-histoquímico. As principais alterações histopatológicas pulmonares foram compatíveis com edema, hemorragia alveolar difusa e presença de infiltrado inflamatório, predominantemente mononuclear. No que se refere a análise da imunoexpressão dos marcadores, uma imunomarcação positiva e significativamente maior foi detectada para todos os marcadores de morte celular (TNF-, IL-1β, FASL, BAX, RIP-1, RIP-3, MLKL, Beclin-1, Caspase-1, -3, -8) no parênquima pulmonar dos casos fatais de FA em comparação aos controles negativos para Flavivirus. Uma correlação positiva e estatisticamente significativa foi estabelecida entre a expressão de TNF-α x IL-1β, BAX x Caspase-3, RIP3 x MLKL e Caspase-1 x IL-1β no parênquima pulmonar afetado pela doença. Estes resultados sugerem que diferentes mecanismos de morte celular (apoptose, necroptose, piroptose e morte celular autofágica) participam de modo integrado da gênese da lesão pulmonar em pacientes que evoluíram ao óbito em decorrência da FA grave. 

  • NÁDIA KOIDE ALBUQUERQUE
  • ESTUDO DA DIVERSIDADE DE VÍRUS RNA EM MORCEGOS PROCEDENTES DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PARÁ, BRASIL

  • Data: 21/12/2022
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  • Os morcegos são mamíferos silvestres que contribuem diretamente para o equilíbrio do ecossistema. As características comportamentais, fisiológicas e imunológicas da espécie proporcionam condições especiais para que atuem como reservatório natural de vários vírus zoonóticos. A metagenômica é uma ferramenta importante para a investigação do viroma de morcegos e descoberta de novos vírus. Este estudo investigou a presença de vírus RNA em vísceras de morcegos hematófagos provenientes do arquipélago do Marajó, Pará, Brasil. Foram utilizadas 78 amostras de pulmão de Desmodus rotundus, que chegaram ao Instituto Evandro Chagas no período de 2018-2021, o RNA foi extraído, transformado em cDNA e prosseguiu-se com a montagem da biblioteca e uso de Sequenciamento de Nova Geração. Nas análises de bioinformática, a maior quantidade de leituras de RNA foi voltada para a família Retroviridae, com contigs montados para espécie Desmodus rotundus endogenous retrovírus, a qual foi possível obter sequências completas em todas as amostras. As leituras também foram abundantes para fagos e, apesar do tratamento das sequências, uma parte significativa das leituras estavam relacionadas a famílias de DNA. As amostras teciduais promoveram grande quantidade de dados e podem ser um comparativo para outros estudos que adquirem resultados unicamente através de sangue ou excretas. A identificação e classificação taxonômica de vírus albergados por morcegos tem relevância epidemiológica, visto que, a adaptação viral para outros animais e humanos podem resultar em graves consequências para a saúde pública. Além disso, a caracterização de vírus endogenizados, auxilia na compreensão do genoma do hospedeiro e evolução da espécie. 

  • JULIANNY ANTUNES GONÇALVES
  • PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM MULHERES ADOLESCENTES E ADULTAS JOVENS EM BELÉM, PARÁ, BRASIL

  • Data: 19/12/2022
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  • A Chlamydia trachomatis é uma bactéria sexualmente transmissível, capaz de causar infecções em diferentes sítios anatômicos. Suas diferentes sorovares são responsáveis pelo desenvolvimento de doenças como o tracoma, o linfogranuloma venéreo, doença inflamatória pélvica, infecções neonatais e está associada à infertilidade em mulheres, ao parto prematuro ou tardio, a artrite reativa, uretrite masculina, endometrite e salpingite. O presente estudo avaliou a prevalência da Chlamydia trachomatis associada a diferentes fatores sociodemográficos e comportamentais em 152 mulheres com idade entre 16 a 29 anos, usuárias do serviço básico de saúde em Belém-PA, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. O diagnóstico foi realizado pela técnica de Imunofluorescência Direta no Instituto Evandro Chagas e Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Pará. As análises estatísticas foram realizadas pelo programa BioEstat 5.0 por meio dos métodos de Análise Bivariada Teste Exato de Fischer e Teste G. A prevalência da infecção por Chlamydia trachomatis foi de 7,9%, e condiz com os resultados observados em outros estudos realizados na região. O estudonão encontrou associação significativa entre a prevalência da infecção e as características sociodemográficas e comportamentais (p≥0,05) entre a população estudada. Nessa amostra as mulheres com idade entre 16 a 25 anos, pardas, solteiras ou casadas, com nível de escolaridade média e renda familiar de até um salário mínimo estão no grupo de mulheres que obtiveram maior número de casos positivos de Chlamydia trachomatis. Também estão neste grupo aquelas que iniciaram a vida sexual antes dos 18 anos. Neste estudo foi observado maior prevalência da infecção em mulheres que informaram usar preservativo em todas as relações sexuais, que tem apenas um parceiro sexual, nunca tiveram uma gestação interrompida sem motivo aparente, não se envolvem com profissionais do sexo ou trocam sexo por dinheiro e não tem histórico de IST. 

  • JENEPHY THALITA ROSA PAIXAO
  • PERFIL LABORATORIAL DE DÍMERO D, PROTEÍNA C REATIVA E FERRITINA EM GESTANTES  HOSPITALIZADAS COM COVID-19 NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 19/12/2022
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  • A pandemia da doença do coronavírus 2019 (COVID-19) causou grande impacto
    sobre gestantes em diversos países e o amplo espectro clínico da doença gera
    preocupações acerca das possibilidades de agravos maternos. A fim de buscar
    instrumentos que pudessem auxiliar no monitoramento dos casos e estratificação de
    risco das pacientes, alguns biomarcadores laboratoriais têm sido estudados. O
    presente estudo investigou o perfil de três biomarcadores durante a admissão
    hospitalar: o dímero-D (marcador de coagulação), a proteína C-reativa (PCR) e a
    ferritina (marcadores de inflamação). Os dados epidemiológicos e laboratoriais das
    pacientes foram resgatados de prontuários médicos eletrônicos da Fundação Santa
    Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), cidade de Belém, entre o período de abril de
    2020 a julho de 2021. Participaram do estudo 226 gestantes que realizaram o teste
    molecular RT-PCR para detecção do Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda
    Grave 2 (SARS-CoV-2), das quais 121 testaram positivo e 105 testaram negativo
    (controle). A maior parte das gestantes com COVID-19 tinha entre 26-34 anos 49,5%
    (60), eram procedentes do interior 51,2% (62) e estavam cursando 3o trimestre
    gestacional 71,9% (87). Cerca de 11,5% (14) tinha alguma doença pré-existente e
    18,1% (22) apresentou complicações gestacionais. Destas, 86 foram admitidas na
    enfermaria e 35 na UTI. Um total 90,9% (110) sobreviveu e 9,0% (11) veio a óbito. O
    perfil dos biomarcadores foi avaliado em quatro grupos: com COVID-19/ enfermaria,
    com COVID-19/ UTI, sem COVID-19/ enfermaria e sem COVID-19/ UTI. A
    concentração de dímero-D (p= 0,0122) e ferritina (p= <0,0001) foi significativamente
    maior entre gestantes com COVID-19 em relação as pacientes sem a doença,
    principalmente entre hospitalizadas na UTI. Isto sugere uma associação entre altas
    concentrações e gravidade na COVID-19. A PCR não mostrou diferença significativa

    entre os grupos (p= 0,3752). No geral, este estudo verificou que a ferritina e o dímero-
    D são biomarcadores que podem refletir bem o curso da COVID-19 em gestantes.

  • GABRIEL LIMA REBELO

  • ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE HELMINTOS PARASITOS DE boana multifasciata (ANURA: HYLIDAE) DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 12/12/2022
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  • Boana multifasciataé um anuro arborícola pertencente à família Hylidae, amplamente
    distribuído em países da América do Sul, como Brasil, Guiana e Venezuela. Na região
    Neotropical, o Brasil possui o maior número de estudos com enfoque na parasitologia de
    anuros, entretanto levando em consideração a diversidade de espécies no país, pressupõe-se
    que tal riqueza seja subestimada, especialmente no bioma Amazônia. Dessa forma, o presente
    estudo tem como objetivo caracterizar a helmintofauna deB. multifasciatado município de
    Serra do Navio, Amapá, Brasil. Durante o período de 2015 a 2019, 51 espécimes foram
    coletados, anestesiados com Ketamina e necropsiados para busca de parasitos. Os nematódeos
    foram clarificados em Lactofenol de Amann e os platelmintos foram corados em Carmin
    Acético. Após a montagem das lâminas, os helmintos foram levados ao Microscópio Olympus
    BX 41 equipado com câmara clara e Olympus BX-53 com sistema de captura de imagem para
    identificação, análise morfológica e fotomicrografias. Eletromicrografias foram realizadas em
    microscópio VEGA 3. Para as análises moleculares, amostras foram submetidas à extração de
    DNA para amplificação e sequenciamento da região Citocromo c Oxidase Subunidade I do
    DNAmitocondrial.Osdescritoresecológicosdacomunidadeincluem:prevalência,
    intensidade e abundância da infecção, índice de diversidade de Shannon (H’), uniformidade
    (E’)e índice de dominância de Berger-Parker (d) utilizando o programa Diversity. Para
    espécies com prevalência superior a 10% foi calculado o índice de dispersão (ID) e o índice
    de discrepância (D) utilizando o programa Quantitative Parasitology 3.0. A significância do
    ID, para cada infracomunidade foi testada usando o estatístico-d.A estrutura da comunidade
    foi examinado de acordo com a metodologia delineada por Thul et al. (1985). Para avaliar a
    influência na abundância de parasitos relacionados ao Comprimento rostro-cloacal, massa e
    sexo dos hospedeiros foram construídos Modelos Lineares Generalizados (GLMs), utilizando
    o programa estatístico R. Dos espécimes analisados, 46 encontravam-se parasitados por pelo
    menos uma espécie de helminto, totalizando 439 espécimes de helmintos coletados. A
    comunidade componente foi composta por nove táxons:Cosmocerca parva,Cosmocerca
    podicipinus,Cosmocercoidessp., Cosmocercidae gen. sp.,Oswaldocruziasp.,Physaloptera
    sp.,Rhabdiascf.breviensis,Rhabdiassp.eMesocoeliumaff.monas.Acomunidade
    apresentou alta prevalência geral (90,19%), alta riqueza (9 táxons), baixa riqueza média de
    espécies (1,74 ± 1,11), baixa equitabilidade (0,19 ± 0,20) e padrão de distribuição agregado
    para a maioria dos táxons. Os Modelos Lineares Generalizados foram estatisticamente
    significativos para as variáveis massa e tamanho corporal em relação à abundância de
    parasitos (p = 0,000279; p = 0,000349, respectivamente), suportando a hipótese de que
    hospedeirosmaioresepesadostendemasermaisparasitados,quandocomparadosa
    hospedeirosmenores.AsespéciesCosmocercaparva,Cosmocercapodicipinus,
    Oswaldocruziasp. eMesocoeliumaff.monasrepresentam novos registros para o hospedeiro.
    Para a espécieCosmocercoidessp., as análises morfológicas e moleculares suportam o status
    deumanovaespécie,distinguidadoscongênerespeloconjuntodecaracterísticas
    morfológicas, incluindo o padrão de papilas caudais, ausência de gubernáculo, presença de
    espículos,linhalateralepapilassomáticasaolongodocorpo.Nasreconstruções
    filogenéticas,asequênciadopresenteestudoformouumcladocomCosmocercoides
    qingtianensisparasito deBufo gargarizans,com altos valores de divergência genética
    (21.33%vs.C.qingtianensis).Nossoestudofornecenovosconhecimentossobrea
    comunidade de helmintos do hospedeiro e adiciona dados sobre a fauna parasitária de anuros
    da região amazônica.


     
     


  • MARCOS ROBERTO DIAS DE SOUZA
  • CARACTERIZAÇÃO DE SERPENTIRHABDIAS spp. (NEMATODA: RHABDIASIDAE) PARASITOS DE SERPENTES DE DUAS LOCALIDADES DO BRASIL

  • Data: 05/12/2022
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  • A família Rhabdiasidae Railliet, 1915 é representada por nematódeos encontrados
    principalmente no trato respiratório de anfíbios e répteis; e composta por 8 gêneros:
    Acanthorhabdias Pereira, 1927; Chabirenia Lhermitte–Vallarino, Bain, Deharo, Bertani, Voza,
    Attout e Gaucher, 2005; Entomelas Travassos, 1929; Kurilonema Szczerbak e Sharpilo, 1969;
    Neoentomelas Hasegawa, 1989; Pneumonema Johnston, 1916; Rhabdias Stiles e Hassal, 1905
    e Serpentirhabdias Tkach, Kuzmin e Snyder, 2014. Dentre esses, o gênero Serpentirhabdias
    foi proposto para alocar as espécies anteriormente classificadas como Rhabdias. Atualmente, o
    gênero é composto por 20 espécies, das quais 9 ocorrem na região Neotropical. As descrições
    de Serpentirhabdias spp., em sua maioria, seguem o uso de ferramentas taxonômicas
    tradicionais com uso de morfologia. Entretanto, com a recente aplicação da Taxonomia
    Integrativa, as descrições tem se tornado mais acuradas, permitindo estudos filogenéticos.
    Diante disso, o objetivo do presente trabalho é caracterizar morfológica e molecularmente os
    nematódeos do gênero Serpentirhabdias (Nematoda: Rhabdiasidae) parasitos de serpentes de
    duas localidades do Brasil. Os hospedeiros foram coletados na Reserva Extrativista Beija–Flor
    Brilho de Fogo, localizada no município de Pedra do Amapari, Amapá e na Fazenda Novo
    Retiro, município de Paconé, Mato Grosso do Sul. Para análises morfológicas, os nematódeos
    coletados nos pulmões foram analisados por microscopia de luz e microscopia eletrônica de
    varredura. Para análises moleculares foram amplificados e sequenciados fragmentos dos genes
    mitocondriais Citocromo C Oxidase Subunidade I (COI) e 12 S rDNA, fragmentos dos genes
    nucleares 18S rDNA e 28S rDNA e região ITS (ITS1+5.8S+ITS2); e inferências filogenéticas
    a partir dos métodos da Máxima Verossimilhança e Inferência Bayesiana. Foram coletadas um
    total de 17 serpentes, representadas por 10 espécies, das quais somente 7 espécies estavam
    infectadas por nematódeos do gênero Serpentirhabdias, correspondendo a 41% de prevalência
    geral de infecção. Foram coletados um total de 33 nematódeos, identificados como
    Serpentirhabdias sp1 parasito de M. surinamensis; Serpentirhabdias sp2 parasito de H. gygas;
    Serpentirhabdias sp3 parasito de C. fuscus; Serpentirhabdias sp4 parasito de A. badius;
    Serpentirhabdias sp5 parasito de O. melanogenys; Serpentirhabdias sp6 parasito de Bothrops
    atrox; e Serpentirhabdias sp7 parasito de S. compressus. Os nematódeos identificados como
    Serpentirhabdias nov. sp1 e Serpentirhabdias nov. sp2, distinguem–se de seus congêneres em
    muitos aspectos, portanto, propomos a descrição de duas novas espécies. Por meio de cultivos
    experimentais, caracterizamos as formas de vida de livre Serpentirhabdias nov. sp1,
    verificando a predominância da heterogonia no ciclo de vida. Nas reconstruções filogenéticas
    as sequências de Serpentirhabdias nov. sp2 agruparam em um clado monofilético
    moderadamente bem suportado formado pelas espécies de Serpentirhabdias da América do Sul.
    Este é o primeiro trabalho descrevendo e caracterizando a diversidade de espécies do gênero
    Serpentirhabdias no estado do Amapá e de um fragmento do Pantanal do centro–oeste do país.
    Além disso, adicionamos dados á diversidade de helmintos parasitos de serpentes do Brasil e
    ampliamos a área de ocorrência de Serpentirhabdias para os estados do Amapá e Mato Grossol
    do Sul. Diante disso, os resultados deste estudo destacam a importância das ferramentas
    integrativas no estudo da taxonomia e biologia de Serpentirhabdias spp.

  • REBECCA THEREZA SILVA SANTA BRIGIDA
  • AVALIAÇÃOIN VITRODO PROCESSO DE INFECÇÃO INICIAL DE Leishmania amazonensis E Leishmania braziliensis EM MACRÓFAGOS E FIBROBLASTOS MURINOS EM SISTEMA TRIDIMENSIONAL

  • Data: 30/11/2022
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  • Asleishmanioses são doençasendêmicascausadas por protozoários do gênero
    Leishmania,quepodemcausarasprincipaisformasclínicas:visceralecutânea
    (localizada,difusaanérgica,disseminada e mucosa).Dentre as principais espécies
    causadoras das formas dermotrópicas nas Américas estão asLeishmania amazonensise
    Leishmania braziliensis.Esses parasitos, parainvadir as células,precisaminteragir com
    a matriz extracelulare perpassarporum processode endocitose,sendo capaz de
    modificaresse mecanismo, como jáobservadoem macrófagospor alguns estudosem
    2D.Entretanto,emfibroblastosainda pouco se compreende esse processo, comestudos
    escassosrelacionados.Nesse sentido, esse estudo, adotando um modelotridimensional
    decultivo decélulas embebidas em matriz extracelular,buscou, de formainédita,
    melhor compreendero desenvolvimento inicial da infecçãoem diferentes tipos celulares
    murinosem um microambiente similar ao de infecção do hospedeiro mamíferoe, ainda
    verificar de que forma asdiferentesespéciesdeLeishmaniacausadoras de diferentes
    formas clínicasmodificam esse processo.Para isso,foirealizadoo cultivo de célulase
    parasitosem matriz extracelular de colágenoem diferentesperíodosde interação (5,18
    e 24 horas).A partir desse cultivo,foirealizado oensaio de imunofluorescência
    marcando-se os diferentes tipos celulares murinos com Rab5ae LAMP1para análiseda
    formação de endossomos iniciais e tardio, respectivamente,por microscopiaconfocal,
    bem como o índice deadesãoeinfecção,edemonstraçãoda participação de actina
    marcadacom faloidina.Ainda,a partir do sobrenadante desse cultivo 3D,foram
    utilizados kitsparadosagemde citocinas(IL-2, IL-4, IL-6, INF-γ,TNF-α,IL-17A e IL-
    10)para análise em citômetro de fluxo, para descrever o perfilimunológicodo processo
    inicialde infecçãode ambas as espécies do parasito nas diferentes células mamíferas.
    Como resultado,o índice de adesão deL. braziliensisdiminuiu com o decorrer do
    tempo enquanto o deL. amazonensisfoi constantenoscultivos de macrófagos. Em
    cultivo de fibroblastos, ambas as espéciesdo parasitoapresentaram aumento no índice
    de adesão com o decorrer do tempo, sendo maiornos grupos incubadoscomL.
    braziliensisem comparação àL. amazonensisem 18 horas e 24 horas.Em relação ao
    processo de endocitose, ambas as espéciesrecrutaram Rab5a (endossomo inicial) no
    período de 24 horas em macrófagos, sendo que aL. braziliensispareceu induzir um
    maior recrutamento dessa proteína queL. amazonensis.Por outro lado,o recrutamento
    de Rab5a teve início em 5 horas de interaçãoem fibroblastospara ambas as espécies do
    parasito, entretanto,L. amazonensisparece recrutar de maneira mais intensa queL.
    braziliensis. Ambas as espécies utilizam de actina para invadir os diferentes tipos
    celulares murinos, todavia, em fibroblastos, a actina parece ter um papel secundário na
    invasão porL. amazonensis, que, aparentemente, recruta primeiramente o Rab5a em seu
    processo endocítico, enquanto o envolvimento da actina pareceser predominantena
    infecção porL. braziliensis. Em relação às citocinas, as diferentes espéciesdo parasito
    modulam de forma distinta o perfil imune das diferentes célulashospedeira, sendoL.
    amazonensiscapaz de estimular maior produção de IL-17Aem fibroblastosapós24
    horas queL. braziliensis,enquantoem relaçãoao decorrer do tempo, a infecção porL.
    amazonensisestimulaIL-2 e IL-4 em cultivos de macrófagoseL.braziliensisestimulou
    principalmente, a produção de IL-4 por macrófagos. Já no cultivo de fibroblastos, em
    relação ao decorrer do tempo, a infecção porL. amazonensisestimulou IL-17A e aL.
    braziliensisestimulou IFN-γ.Portanto,L. amazonensiseL.braziliensissão capazes de
    modificar distintamente o processo de invasão em macrófagos e fibroblastos murinos
    em um sistematridimensional.


  • PAULA KATHARINE DE PONTES SPADA
  • AVALIAÇÃO DE ACHADOS VIROLÓGICOS, HISTOPALÓGICOS, IMUNOHISTOQUÍMICOS E DA RESPOSTA IMUNE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DE HAMSTERS DOURADOS (Mesocricetus auratus) INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE COM O Zika virus PELAS VIAS INTRAPERITONEAL, SEXUAL E VERTICAL

  • Data: 25/11/2022
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  • A associação do Zika virus (ZIKV) com quadros de microcefalia e síndromes neurológicas, além dos sintomas clássicos semelhantes aos causados pela infeção pelo Dengue virus e Chikungunya virus estimulou um grande número de estudos acerca dos aspectos virológicos, epidemiológicos e imunopatológicos da infecção, mas ainda assim nem tudo foi elucidado. Este trabalho desenvolveu um estudo experimental a partir da infecção com o ZIKV em hamsters dourados (Mesocricetus auratus) imunocompetentes com o intuito de avaliar a carga viral e alguns aspectos imunopatológicos oriundos do acometimento do sistema nervoso central (SNC) pela infecção intraperitoneal, sexual e vertical. Os animais foram inoculados intraperitonealmente com 0,2 mL (1,4 x 107 UFP/mL) de sobrenadante de células de cultura VERO infectadas com uma cepa de ZIKV previamente isolada de um caso de doença febril humana, do acervo do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Ananindeua-PA. Noventa e três animais adultos foram utilizados para o experimento, sendo 44 machos e 49 fêmeas, além de 54 neonatos nascidos de fêmeas infectadas, e então organizados em três diferentes grupos de infecção: (1) machos infectados intraperitonealmente acasalados com fêmeas saudáveis, (2) fêmeas infectadas intraperitonealmente acasaladas com machos saudáveis e (3) machos saudáveis acasalados com fêmeas saudáveis. Amostras de sangue e tecido do SNC foram coletadas sequencialmente nos dias pós-infecção e de recém-nascidos três dias após o parto. As amostras foram então analisadas por RT-qPCR para detecção e quantificação do genoma viral no sangue e tecido do SNC, histopatologia para avaliação de lesões decorrentes de infecção e imuno-histoquímica (IHQ) para detecção de antígenos virais, receptor AXL, marcadores inflamatórios e de morte ou estresse celular. O genoma foi detectado com cargas virais de até 1014 e 1013 cópias/µL no sangue e tecido do SNC de animais adultos e neonatos, respectivamente. A transmissão sexual ocorreu tanto de macho para fêmea quanto de fêmea para macho e a taxa de infecção foi de 100% entre esses animais. A via de infecção materna não influenciou significativamente no nível de invasão viral do tecido nervoso durante a transmissão vertical, nem as vias de infecção influenciaram nos níveis de antígeno viral detectados no tecido nervoso desses animais adultos ou neonatos. Os marcadores investigados e o receptor AXL foram muito mais expressos em animais infectados. Não foram observadas diferenças entre intensidade e a distribuição das principais lesões histopatológicas observadas nos órgãos do SNC dos animais entre os dois grupos de infecção. Este estudo é pioneiro em utilizar hamsters dourados imunocompetentes como modelo para estudo da transmissão vertical do ZIKV, sobretudo a transmissão vertical oriunda da infecção sexual materna e seus resultados reforçam a importância da elucidação da resposta imune “in situ” para a compreensão da patogenia do ZIKV.

  • ANA PATRICIA CACUA GÉLVEZ
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO IN VITRO DE UMA MEMBRANA DE HIDROGEL NANOESTRUTURADA COMO SISTEMA DÉRMICO DE LIBERAÇÃO CONTROLADA DE AgNPs-PVP-Glucantime® PARA TRATAMENTO ALTERNATIVO DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA

  • Data: 23/11/2022
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  • Na procura de uma nova alternativa de tratamento dérmico menos invasivo para a doença Leishmaniose, foram elaboradas e testadas três membranas de hidrogel nanoestruturadas (M-I, M-II, MIII) com diferente composição, para veiculação do nanocomposto AgNP-PVP-Glucantime®, seguida de uma caracterização estrutural-dimensional e físico-quimica, e, estudo térmico e biológico, assim como, determinado o sistema de liberação, com fins de escolher aquela de melhores características. Posteriormente, a membrana escolhida foi usada como veiculo do mesmo nanocomposto em estudo ligado a nanoparticulas magnéticas de oxido de ferro (Fe3O4) de 30-50 nm de tamanho, aquecidas a laser como sistema comparativo. As condições de irradiação ultravioleta e infravermelha foram testadas neste estudo. Os resultados obtidos mostraram que as membranas M-I, M-II e M-III apresentaram uma estrutura porosa na ausência e presença de radiação ultravioleta. Os diámetros medios dos poros das diferentes membranas foram: 17.23 µm (M-I /R), 36.06 µm (M-II /R), 28.42 µm (M-III /R), 13.60 µm (M-II + Fe3O4 - R) e 28.24 µm (M-II + Fe3O4 - SR). Os espectros gerados pela técnica FTIR nas M-I, MII, M-III, os picos 1341.25 cm-1 , 1238.67 cm-1 , 1032.04 cm-1 , 842.24 cm-1 e 572.60 cm-1 quando expostos (R) e não expostos (SR) a radiação ultravioleta, foram predominantes em ambas as condições, sem ser afetadas pela exposição da radiação ultravioleta, indicativas das ligações: estiramento C-N de amino, alongamento C-O junto a vibrações de álcool primario (–OH) e o grupo poliol das AgNPs, vibração de flexão C-H e bandas de N-C-O do polímero PVP; demonstrando-se que a ligação de nanoparticulas de prata ligada ao polímero PVP é a predominante nas três membranas de hidrogel em estudo. Os espectros obtidos pela técnica Raman, em ambas as condições mencionadas, geraram os picos 853.54 cm-1 , 759.47 cm-1 , 629.56 cm-1 , confirmando a prevalência de vibrações de alongamento e de bandas C-C do anél de pirrolidona, junto às bandas C–O, C–C, C–N–C e C –S–C e Ag–O-C-O, indicativo da ligação AgNPsPVP. As técnicas EDS e XRD confirmaram a presença de picos característicos da ligação do nanocomposto nas membranas quando realizado o mapeamento superficial. O teste termogravimétrico permitiu determinar que a presença de radiação ultravioleta no processo de polimerização e de esterilização das três membranas de hidrogel interfere no seu processo de decomposição quando exposta a esta condição. Nas membranas bases M-I e M-III a radiação ultravioleta favorece a decomposição das membranas, enquanto na membrana M-II base, o processo de radiação retarda esse efeito. Depois das membranas serem elaboradas com o seu veiculo (AgNPs-PVP-Glucantime®), a membrana M-I permaneceu sendo afetado no seu processo de decomposição, na presença de radiação ultravioleta. As M-II e M-III contendo o nanocomposto apresentaram uma melhora no seu processo de decomposição, quando comparado às membranas bases, pelo que a exposição da radiação ultravioleta favorece a sua estabilidade. A membrana modificada (M-II+Fe3O4) nas condições de radiação ultravioleta e a laser infravermelho retarda o seu processo de decomposição, alongando a vida útil do material. A avaliação das membranas a diferentes condições de pH (1.6, 4.01, 7.40, 9.21, 12.9) determinou que a M-I base é a que melhor capacidade de hidratação e de perda de água apresentou. As membranas M-II e M-III apresentaram melhor capacidade de hidratação, aos pH 4.01, 7.40 e 12.9, com maior capacidade de perda de água na membrana M-I nas condições de pH (1.6, 4.01, 7.40, 12.9) e de M-II a pH 9.21. As membranas M-II e M-III apresentaram menor citotoxicidade em células RAW, com uma viabilidade do parasito Leishmania de 48.15% e 51.36%, respectivamente. A membrana M-II+Fe3O4 não apresentou citotoxicidade significativa em células RAW. Adicionalmente, as M-I, M-II e M-III testadas in vitro, geraram alterações na morfologia do parasito quando interagiram com as mesmas, apresentando potencial como novas alternativas de tratamento para a Leishmaniose. 

  • HÉLIO AUGUSTO CORRÊA DA SILVA JÚNIOR
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE SEDENTARISMO E TRANSMISSÃO DO SARS-COV-2: EVIDÊNCIAS BASEADAS EM SOROEPIDEMIOLOGIA DE FUZILEIROS NAVAIS E EM METANÁLISE DE DADOS MUNDIAIS

  • Data: 14/10/2022
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  • O SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda severa coronavírus 2), o agente causador da nova doença coronavírus 2019 (COVID-19), tem sido responsável por infecções de caráter pandêmico e causador de um elevado número de mortes em todo o mundo. Vários estudos têm sugerido que a prática de atividades físicas modula a resposta imune a patógenos, principalmente os responsáveis por infecções respiratórias. Assim, 192 militares do sexo masculino, com idades variando entre 19 e 52 anos, do Segundo Batalhão de Operações Ribeirinhas pertencentes ao Comando do Quarto Distrito Naval do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, os quais realizam atividades de defesa da Pátria e a soberania nacional, praticam atividades fisica diárias para manterem seu condicionamento em comdições de exercerem diversas funções que exigem um preparo fisico eficaz, tiveram uma amostra de sangue coletada em 09/11/2020 e avaliada para presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 por meio de ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Adicionalmente, os indivíduos foram separados em três subgrupos, de acordo com níveis de prática de atividade física: sedentários (sem prática de atividades físicas regulares), atividade leve (atividades físicas regulares duas vezes por semana) e atividade moderada (prática regular de atividade física cinco vezes por semana), objetivando associar estes níveis de atividade com a prevalência de anticorpos. Na amostra total 44,3% foram reagentes, sendo que destes 91,4% relataram algum tipo de sintoma gripal compatível com COVID-19. As prevalências de soropositivos para IgG anti-SAS-CoV-2 foram 83,3%, 52,5% e 15,4% nos grupos de sedentários, com práticas leves e com práticas moderadas de atividade física, respectivamente. Estas taxas de soroprevalências foram estatisticamente diferentes entre si (p<0.05) usando o teste exato de Fisher. A proporção de sintomáticos entre os grupos de atividade física foram altas e similares respectivamente. Estas taxas de prevalência não foram estatisticamente diferentes entre si se comparadas por teste exato de Fisher. A taxa de sintomáticos nos três grupos variou de 85,7% a 94,7% não havendo diferenças estatisticamente significantes entre elas. Também não se observou as diferenças estatísticas na distribuição dasidades entre os grupos (teste de MannWhitney). Conclui-se que o nível de atividade física parece influenciar na dinâmica de transmissão, de contágio e, consequentemente, na formaçãode anticorpos na COVID-19 e, por conseguinte, reforça ainda amais a importância da atividadefísica como importante modulador para a o combate a infecção por SARS-CoV-2. 

  • OSCAR VICTOR CARDENAS ALEGRIA
  • METAGENÔMICA DE SOLOS CULTIVADOS NA AMAZÔNIA E SUA INFLUÊNCIA NA SAÚDE HUMANA

  • Data: 22/09/2022
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  • O desenvolvimento da agronomia é uma necessidade para a produção de alimentos, e dentre as culturas, a produção de soja tem maior relevância por ser amplamente utilizada na alimentação e na indústria. O Brasil é um dos principais produtores destes grãos, estendendo suas fronteiras agrícolas em diferentes estados do país. No entanto, o manejo do solo tem alto impacto nos ecossistemas devido a intensa utilização de agrocompostos e maquinários, que afetam a biodiversidade dos diferentes organismos e consequentemente podem gerar pressão seletiva nos microrganismos do solo. Por conseguinte, o trabalho tem como objetivo avaliar o impacto do desenvolvimento da cultura de soja sob a diversidade microbiana do solo da amazônia e seu potencial efeito na saúde. Neste contexto, foram coletadas amostras de solos de culturas de soja manejadas entre 2 a 14 anos, os quais foram comparados com solos de floresta e pastagem. As amostras coletadas foram analisadas por procedimentos físicoquímicos para determinar o pH, conteúdo de matéria orgânica, macro, micro nutrientes, cátions e metais pesados. Além disso, foram efetuadas análises metagenômicas. Os dados obtidos foram tratados para identificação da diversidade dos microrganismos e dos genes de resistência aos antibióticos e biocidas. Os resultados encontrados nos diferentes sítios apresentam uma variação na composição química e na comunidade microbiana, deslocando os microrganismos nativos da floresta, com dominância de Enterobactérias e Pseudomonas para os sítios com cultura, porém os índices da diversidade foram semelhantes em todos os sítios. Os perfis dos genes funcionais e da resposta ao estresse foram diferentes sobretudo nos sítios com lavoura e foi observada uma maior diversidade de genes de resistência para os antibióticos na floresta, e de maior resistência para biocidas nos sítios com lavoura, sendo mais dominantes genes de resistência para metais pesados, assim mesmo se observa pressão seletiva destes genes de resistência pelo efeito da mudança dos sítios de cultura e pastagem. 

  • ALINE CECY ROCHA DE LIMA
  • PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO POR HTLV-1/2 EM POPULAÇÕES RIBEIRINHA E RURAL DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 05/09/2022
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  • A infecção pelo HTLV-1/2 tem sido descrita em diversas populações Amazônicas, no
    entanto ainda existe uma escassez de dados sobre a prevalência do vírus em populações
    ribeirinhas e residentes na zona rural do Estado do Pará. O presente estudo teve por objetivos
    avaliar a prevalência da infecção por HTLV-1/2 em quatro comunidades ribeirinhas e uma de
    zona rural no estado do Pará e descrever os possíveis fatores de risco para infecção. Um total
    de 907 indivíduos responderam a um inquérito epidemiológico e tiveram uma amostra de
    sangue coletada para pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 por meio do ensaio
    imunoenzimático (EIA). As amostras sororeagentes foram submetidas a confirmação por um
    ensaio em linha (INNO-LIA) e pela pesquisa do DNA proviral por meio da PCR em tempo
    real (qPCR). A prevalência total foi de 0,8% (7/907) para HTLV-1/2 (IC: 0,2%-1,3%), sendo
    0,66% HTLV-1 e 0,11% HTLV-2. A prevalência por sexo foi 0,71% em mulheres (4/565) e
    0,87% em homens (3/342). Entre os pacientes soropositivos observou-se que 83,33% (5/7)
    afirmaram ser sexualmente ativos e 57,14% (4/7) afirmaram não ter o hábito de usar
    preservativos em suas relações sexuais. A transmissão intrafamiliar (mãe-filho) também foi
    observada. Os resultados reforçam a necessidade de políticas públicas para prevenção e
    bloqueio da disseminação do HTLV, em especial nas comunidades ribeirinhas que estão
    sujeitas a dificuldades de acesso ao Sistema Único de Saúde, pois os indivíduos infectados
    necessitam de acompanhamento clínico para vigilância e diagnóstico precoce de sintomas
    associados ao HTLV-1.

  • LUCIANA SANTIAGO DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PESSOAS VIVENDO COM HIV

  • Data: 02/09/2022
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  • Estima-se que 77,5 milhões de pessoas vivam com HIV em todo o mundo, desde o início da
    epidemia. Sendo que 34,7 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS. A
    infecção pelo HIV consiste na destruição persistente dos linfócitos T CD4+. Pessoas vivendo
    com HIV apresentam vulnerabilidade para o desenvolvimento de complicações pulmonares,
    uma vez que a infecção pelo HIV foi associada a sintomas respiratórios e à função anormal do
    pulmão. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a força muscular respiratória e a
    capacidade funcional de pessoas vivendo com HIV atendidas na unidade de referência do
    município de Belém do Pará, caracterizando o perfil epidemiológico, avaliando a influência do
    tempo de uso de TARV e correlacionando às taxas de LTCD4+ e de carga viral. O estudo foi
    realizado na unidade de referência para tratamento de HIV da cidade de Belém do Pará (Casa
    Dia), incluindo todos os pacientes com idade igual ou superior a 18 anos e matriculados no
    serviço de saúde. Os dados foram coletados a partir da aplicação de uma ficha de avaliação na
    qual foram registrados dados sociodemográficos, anamnese, avaliação antropométrica.
    avaliação da força muscular respiratória e capacidade funcional. Foram avaliados 267
    indivíduos, dos quais 72,28% eram do sexo masculino e 27,72% do feminino. Quanto à
    distribuição da faixa etária, os maiores valores localizaram-se entre 28 a 37 anos (21,72%) e 38
    a 47 anos (29,59%). 54,68% dos usuários apresentaram tempo de diagnóstico entre 12 a 60
    meses. Quanto ao tipo de exposição, a maioria, ocorreu pela via sexual (94,01%) e 94,38%
    estavam fazendo uso da TARV. Quanto à contagem dos linfócitos T CD4+, 58,05% dos usuários
    apresentaram contagens maiores que 500 células/μL e 39,03% tinham como resultado carga
    viral indetectável. Quanto à avaliação da força muscular respiratória, a maioria dos usuários
    apresentou fraqueza dos músculos respiratórios com valores de Pimáx de 79±45,7 cmH20 para
    o sexo feminino e de 99,55±33,45 cmH20 para o masculino; e valores de Pemáx de 56,95±14,7
    cmH20 para o sexo feminino e de 80,7±22,4 cmH20 para o masculino. Em relação à capacidade
    funcional, a DTC6 apresentou significância estatística com (p<0,0001), sendo que a DTC6 do
    sexo feminino foi de 378,54±83 m e a do masculino de 426±84 m. Para a FPM, os usuários
    apresentaram valores dentro da normalidade com resultado de 27 kgf para o sexo feminino e de
    34,93 kgf para o masculino. Já quanto à correlação entre tempo de TARV e Pimáx/Pemáx,
    tempo de TARV e DTC6/FPM, contagem de LTCD4+ e Pimáx/Pemáx, contagem de LTCD4+
    e DTC6/FPM, carga viral e Pimáx/Pemáx, carga viral e DTC6/FPM obteve-se associação nula
    entre as variáveis. E, por fim, a avaliação da independência nas atividades de vida diária, 263
    (99,03%) dos participantes apresentavam independência completa/modificada bem como,
    apenas, dois participantes apresentavam dependência modificada (25% de assistência) e um
    participante apresentava dependência modificada (50% de assistência). É importante o contínuo
    monitoramento global de pessoas que vivem com o HIV, pois as variáveis demográficas
    apresentam perfis epidemiológicos com mudanças constantes com o passar do tempo e com um
    grande impacto, principalmente, no planejamento e na elaboração de políticas e de diretrizes.
    O estudo possibilitou, também, esclarecimentos sobre a força muscular respiratória e a
    capacidade funcional de pessoas que vivem com o HIV e em tratamento com os antirretrovirais
    e acerca da importância da atuação da fisioterapia no atendimento primário dessas pessoas.

  • TALLYTHA DE NAZARÉ PAIXÃO DA SILVA
  • FAUNA MICROPARASITÁRIA de Metynnis maculatus (SERRASSALMIDAE) e Cichla ocellaris (CICHLIDAE) no RIO ABAÍ DO MUNICIPIO DE CACHOEIRA DO ARARÍ, ILHA DE MARAJÓ/ PARA

  • Data: 01/09/2022
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  • Os peixes apresentam maior quantidade e diversidade de parasitos do que qualquer outra classe de vertebrados, pelo fato desses organismos terem vivido por um tempo em estreita associação com a maior variedade de formas de invertebrados. Foram analisadas as características morfológicas e morfométricas de microparasitos encontrados em Metynnis maculatus Kner 1858, e em Cichla ocellaris Bloch & Schneider 1801, capturados no rio Abaí, município de Cachoeira do Arari/ Ilha de Marajó- PA. Coletamos e necropsiamos 72 espécimes de M. maculatus e em 58 de C. ocellaris. Dos órgãos parasitados foram retirados pequenos fragmentos, fixados e processados para microscopia luz e para biologia molecular, sendo calculada também a prevalência parasitária. Foram encontrados dois filos: Myxozoa e Apicomplexa. Como resultados foram descritas as espécies de Henneguya e de Myxobolus parasitando a lamela branquial e o rim do peixe M. maculatus, respectivamente, e em exemplares de C. ocellaris encontrados coccídeos no fígado, Calyptospora. Diante deste resultado destaca-se a importância de estudos histopatológicos em animais aquáticos para conhecimento da ictioparasitologia na Amazônia.

  • MARCOS HENRIQUE DAMASCENO CANTANHEDE
  • POLIMORFISMOS GENÉTICOS RELACIONADOS À TROMBOFILIA E SEU PAPEL NA COVID-19

  • Data: 30/08/2022
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  • O novo coronavírus, o SARS-CoV-2, é o agente responsável pela pandemia de COVID-19 que
    alcançou a maior parte dos países em meados de março de 2020. A infecção do SARS-CoV-2
    é capaz de causar uma diversidade de sintomas, podendo apresentar apenas sintomas leves, mas
    também pode evoluir para formas mais graves, no qual é capaz de causar hipoxemia severa,
    ARDS e eventos tromboembólicos, podendo levar o indivíduo infectado a óbito. Os eventos
    tromboembólicos estão presentes nas formas mais graves de COVID-19, sendo que os eventos
    tromboembólicos, juntamente da tempestade de citocinas gerada na infecção pelo SARS-CoV-
    2, é capaz tanto causar a ARDS quanto potencializá-la, sendo esse um marcador de gravidade
    importante dentro do quadro de sintomas de COVID-19. Pelo fato de os eventos
    tromboembólicos poderem estar associados com fatores genéticos, se faz importante identificar
    potenciais marcadores genéticos que possam tanto predispor, quanto causar, eventos
    tromboembólicos, pois assim seria possível identificar pessoas que possam ter um risco maior
    em casos de infecção pelo SARS-CoV-2. Dessa forma, o presente trabalho visou relacionar a
    frequência polimorfismos que apresentam alguma relação com trombofilia com a quantidade
    de mortes ocasionadas por COVID-19. Foram identificados 74 loci relacionados a eventos
    tromboembólicos por meio de uma revisão compreensiva juntamente com seus SNP
    patogênico, que tiveram suas frequências obtidas por meio de uma revisão de bibliográfica
    juntamente com coleta de dados em vários bancos de dados. Então, essas frequências foram
    correlacionadas/associadas com a mortalidade de COVID-19 em 2020, usando os testes de
    Mann-Whitney e Correlação de Spearman de acordo com a necessidade, foi feito o teste de
    correção de múltiplos testes para todos os resultados. Foram encontras oito polimorfismos
    (rs6050, rs6048, rs7080536, rs1801133, rs5985, rs2066865, rs6025, rs1799963) em oito genes
    (FGA, F9, HABP2, MTHFR, F13A, FGG, F5, F2) associados com a mortalidade de COVID-
    19, assim indicando que os polimorfismos possivelmente estão envolvidos no pior prognóstico
    da COVID-19 devido a eventos tromboembólicos. Diante disso, a frequência dos
    polimorfismos parece estar associada com a mortalidade da COVID-19. Assim, o presente
    trabalho pode guiar novos estudos caso-controle afim de confirmar se esses marcadores podem
    ser utilizados como potencias marcadores preditivos para gravidade de COVID-19.

  • KEVIN MATHEUS LIMA DE SARGES
  • ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS REGULADORES DAS CITOCINAS TNFα e IFNγ COM A GRAVIDADE DA COVID-19

  • Data: 29/08/2022
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  • A pandemia de COVID-19, doença causada pelo SARS-CoV-2, já vitimou mais de 6,4 milhões
    de pessoas, com mais de 585 milhões de casos notificados no mundo todo até julho de 2022,
    sendo um problema de saúde pública mundial. Estratégias de mitigação do contágio como o
    distanciamento social, identificação, isolamento e tratamento de suporte aos infectados, uso de
    máscaras e principalmente a vacinação são as únicas formas de conter a disseminação do vírus,
    já que novas variantes do vírus continuam causando novos surtos. Uma parte dos infectados
    podem evoluir para um quadro inflamatório grave com níveis elevados de citocinas chamado
    Síndrome da Tempestade de Citocinas, entre as quais o fator de necrose tumoral-alfa (TNFα) e
    o interferon-gama (IFNγ) se destacam. Polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) regulam a
    expressão dessas citocinas, tornando a genética do hospedeiro um fator chave no prognóstico
    da COVID-19. Nesse estudo, analisamos as associações dos polimorfismos TNF -308G/A e
    IFNG +874T/A com a gravidade da doença em 568 indivíduos que foram genotipados para os
    dois polimorfismos. Caracterizamos a amostra quanto aos dados epidemiológicos e clínicos
    como: idade, sexo, presença de comorbidades, uso de suporte ventilatório e sintomas da fase
    aguda. Analisamos as frequências dos polimorfismos nos grupos de pacientes não graves
    (n=411), graves (n=157), não hospitalizados (n= 314) e hospitalizados (n= 254), além de uma
    análise de efeito em idades (≤ 40 anos e ≥ 60 anos) e em ambos os sexos. As frequências
    genotípicas e alélicas dos dois polimorfismos que continham os alelos associados à alta
    expressão de TNF e IFNG (A e T, respectivamente) eram significativamente maiores nos
    pacientes graves (TNF -308 GG vs. AG+AA: p=0,014, G vs. A: p= 0,029; IFNG +874 AA vs.
    AT+TT: p=0,031, A vs. T: p=0,017) e hospitalizados (TNF -308 GG vs. AG+AA: p=0,0005, G
    vs. A: p=0,001; IFNG +874 AA vs. AT+TT: p=0,014, A vs. T: p=0,001). Os alelos de alta
    expressão dos SNPs TNF -308G/A (rs1800629) e IFNG +874T/A (rs2430561) estão associados
    com gravidade e hospitalização em COVID-19. Esses SNPs são potenciais biomarcadores
    moleculares preditivos para a gravidade da COVID-19.

  • WANDREY ROBERTO DOS SANTOS BRITO
  • PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO PELOS VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO 1 E O 2 (HTLV-1 E HTLV-2) EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 02/06/2022
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  • O vírus T-linfotrópico humano (HTLV) foi o primeiro retrovírus descoberto em seres 
    humanos, possuindo quatro tipos descritos (HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4). O
    HTLV-1 e o HTLV-2 estão amplamente distribuídos pelo mundo, com regiões de endemismo
    como ocorre na América do Sul. A entrada do HTLV-1 neste continente pode ter ocorrido
    pela costa leste do Brasil, a partir do tráfico de escravos vindo da África entre os séculos XVI
    e XIX. A entrada do HTLV-2 pode ter sido pelas antigas rotas de migração humanas. No
    Brasil, os estados com maiores prevalências do HTLV-1/2 são Bahia, Maranhão e Pará. Neste
    último, o HTLV-2 possui alta prevalência em populações indígenas. Em comunidades
    quilombolas, há apenas um estudo epidemiológico sobre HTLV-1/2. A carência do acesso a
    saúde dessas populações gera lacunas em relação aos dados dessas comunidades do estado do
    Pará, tornando a investigação da ocorrência desse vírus necessária nesses grupos. Nesse
    sentindo, este estudo descreveu a prevalência, os aspectos sociodemográficos,
    comportamentais e de risco para a exposição ao HTLV-1/2 em onze (11) comunidades
    quilombolas de diferentes regiões do Estado do Pará (Brasil). Participaram 859 indivíduos das
    seguintes comunidades quilombolas: Arimandeua, Aripijó, Bacuri, Cabanagem, São
    Benedito, Bonito, Umarizal, Nova Jutaí, Bela Aurora, Camiranga e Itamori. De cada
    participante foram coletado 4 ml de sangue venoso para as análises laboratoriais. A partir do
    plasma foi feito o ensaio imunoenzimático (ELISA, Murex HTLV I + II, DiaSorin) como
    método de triagem para detecção de anticorpos anti-HTLV-1/2. O imunoensaio em linha
    (Inno-LIA HTLV I/II Score FUJIREBIO) e a PCR em tempo real foram usados para
    confirmação da infecção e detecção dos tipos virais. As prevalências foram estimadas por
    simples contagem com intervalo de confiança (IC95%). Testes não paramétricos foram feitos
    para associar os fatores de risco observados e a infecção. A maioria dos participantes da
    pesquisa eram mulheres (61,1%), com idade variando entre 30 e 59 anos. 46,6% vivem com
    apenas um salário mínimo, 40,6% são alfabetizados e 49,9% disseram ser casados/vivendo
    junto. Um participante teve resultado positivo para o HTLV-1 e três para o HTLV-2. As
    prevalências encontradas foram de 0,92% para o HTLV-1 na comunidadede Itamoari, e de
    2,22% e 3,17% para o HTLV-2 nas comunidades de Arimandeua e São Benedito,
    respectivamente. As taxas de infecção do HTLV-1 estão de acordo com os encontrados em
    outros trabalhos com populações quilombolas do Marajó (Estado do Pará) e do Centro-Oeste
    brasileiro. Contudo, os indíces de HTLV-2 são menores que os já reportados em populações
    indígenas do Pará, onde há endemicidade para o vírus. A anãlise mostrou resultado
    estatisticamente significativo para a transfusão de sangue e a infecção. Uma vez que os
    resultados do trabalho mostram a circulação dos vírus nas comunidades quilombolas do
    nordeste do Pará, fazem-se necessárias políticas públicas a fim de mitigar a transmissão dos
    HTLV-1/2 nessas populações isoladas, de grande vulnerabilidade sócio econômicas, que por
    vezes, desconhecem os riscos dessas infecções.

  • MAURO DE MEIRA LEITE
  • AÇÃO CONVERGENTE DAS PANDEMIAS HUMANAS NA SELEÇÃO NATURAL RECENTE SOBRE O GENE HLA-B

  • Data: 29/04/2022
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  • As doenças infecciosas representam um componente relevante das causas de
    mortalidade na espécie humana, especialmente antes do desenvolvimento das vacinas,
    antibióticos e práticas médicas modernas. Dessa forma, pandemias passadas exerceram
    significativa pressão seletiva sobre o genoma humano, especialmente nos genes
    relacionados à resposta imune e, dentre estes, um dos mais reportados como alvo de
    seleção dirigida por patógenos está o HLA-B, cuja função se relaciona diretamente com
    apresentação de antígenos intracelulares às células efetoras da resposta imune. Assim,
    considerando que as pandemias coexistiram por muitas décadas em uma ação sinérgica,
    foram investigadas as quatro maiores pandemias virais nos últimos 100 anos (Gripe
    Espanhola, Varíola, AIDS e COVID-19). No primeiro manuscrito apresentamos uma metaanálise
    com o maior conjunto de dados, até então publicado, sobre supertipos de HLA-A
    e -B, confirmando a maior pressão seletiva sobre o gene HLA-B se comparado com outros
    genes HLA, tanto em nível alélico quanto de supertipos, sugerindo uma relação funcional
    entre a natureza dos epítopos reconhecidos e a pressão seletiva. Posteriormente
    publicamos um trabalho demonstrando que a taxa de mortalidade da COVID-19 pelo
    mundo é heterogênea, correlacionando fortemente com frequências alélicas de vários
    genes imunorrelevantes. Ressaltamos, in sílico, que a afinidade das moléculas HLA-B aos
    epítopos derivados do SARS-CoV-2 foi determinante nesta correlação. No terceiro
    manuscrito expandimos a evidência da pressão seletiva sobre HLA-B estar relacionada à
    afinidade desta molécula por epítopos derivados, não só de SARS-CoV-2, como também
    derivados de outros agentes pandêmicos virais: o HIV, o vírus da varíola e o da influenza
    H1N1, também avaliando a interconectividade da pressão seletiva exercida por eles, visto
    que todas as pandemias ocorreram em um curto período de tempo e concomitantemente,
    como é o caso da varíola e gripe espanhola e, mais recentemente, AIDS e COVID-19. Os
    resultados demonstraram que 32 alelos de HLA-B polimórficos estão funcionalmente
    relacionados à resposta imune contra todas essas doenças. Adicionalmente, observouse
    que os marcadores se correlacionavam entre si positivamente e negativamente com o
    índice global de segurança em saúde (GHSI – Global Health Security Index), que mede o
    preparo dos países a prevenção e enfrentamento de pandemias. A COVID-19 se
    correlacionou positivamente com o GHSI, portanto, os presentes resultados apresentam
    uma importante explicação para o comportamento epidemiológico desta doença, oriunda
    de uma ação interdependente de pandemias contemporâneas e fornece uma possível
    abordagem para se levar em consideração fatores genéticos em modelos preditivos do
    comportamento epidemiológico de pandemias futuras.

  • ELIANNE DA SILVA VIEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA E RESISTOMA DE Klbesiella pneumoniae ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS

  • Data: 25/04/2022
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  • Klebsiella pneumoniae é um bastonete Gram-negativo, apontado como um dos três
    principais patógenos de preocupação documentada no Relatório Global de 2014 da
    Organização Mundial da Saúde (OMS) de resistência antimicrobiana (RAM). Com
    isso, o estudo teve por objetivo a caracterização do resistoma de cepas de Klebsiella
    pneumoniae advindas de amostras de pacientes internados em um hospital
    localizado na cidade de Belém no estado do Pará. Para isto, as amostras foram
    semeadas em placas de Ágar MacConkey e incubadas em estufa a uma
    temperatura de 36ºC por 24 horas. A identificação dos isolados e os testes de
    susceptibilidade aos antimicrobianos foram realizados pelo sistema automatizado
    VITEK II® (bioMérieux, Basingstoke, Reino Unido). Em seguida, as amostras tiveram
    seu DNA genômico extraído para a realização dos testes de detecção de genes de
    resistência e íntegrons, identificação de plasmídeos. Por fim, foi realizado o
    sequenciamento do genoma completo (NGS) das cepas clínicas, para posteriores
    análises de genômicas. Os resultados fenotípicos demonstraram que os isolados
    são resistentes as cefalosporinas de terceira geração e aos carbapenêmicos. E com
    o auxílio das análises genotípicas foi possível verificar a presença dos genes blaCTX,
    blaSHV e blaVIM, assim como, detectar que estas cepas possuem íntegrons do tipo 1.
    Além disso, foi identificado que estes isolados são pertencentes a dois clones
    internacionais, sendo ST11 e ST15, muito relacionados com casos de resistência
    aos betalactâmicos. A partir do servidor Resfinder foi possível identificar 11 genes de
    resistência no isolado KpCl5, e 24 genes nas amostras KpCl7 e KpCl8, onde os mais
    encontrados foram das classes dos betalactâmicos, a exemplo, blactx-M-15, seguidos
    dos aminoglicosídeos (aac(6’)-Ib-cr ) e quinolonas (mph(A)). Estas também foram às
    classes de maior destaque obtidas pelo programa CARD. Através do servidor
    Plasmidfinder foi verificada a predominância dos plasmídeos Col440I, IncFIB(K) e
    IncFII(K). Por fim, a anotação funcional realizada pelo servidor Rast demonstrou que
    entre os subsistemas encontrados no genoma dos isolados, estavam aqueles
    relacionados à virulência, presença de fagos e plasmídeos.

  • LEONN MENDES SOARES PEREIRA
  • PERFIL IMUNOGENÉTICO DO HLA DE CLASSE I E II EM PACIENTES PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) E DO VÍRUS EPSTEIN BARR (EBV)

  • Data: 15/03/2022
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  • Discute-se as relevantes associações do perfil alélico dos lócus do HLA de classe I e II nos desfechos da infecção por HIV e EBV em diferentes populações étnicas, no entanto, há uma carência de estudos relacionando-os como marcadores de risco ou proteção em pacientes da região amazônica brasileira. O objetivo principal do presente estudo foi avaliar o perfil genético dos lócua A, B e DRB1 nos pacientes infectados por HIV e EBV e, secundariamente, identificar fatores epidemiológicos e imunológicos também relacionados as infecções entre jovens adultos do estado do Pará. O total de 642 amostras coletadas entre os anos de 2018 a 2019 foram triadas com imunoensaios para a detecção do antígeno p24 e anticorpos IgG anti-p24-HIV, tal como, IgM e IgG anti-VCA-EBV; a carga viral do HIV e do EBV foram quantificadas por PCR em tempo real usando matrizes de amplificação comercial; a contagem de linfócitos T e a dosagem de citocinas foram efetuadas por citometria de fluxo; a genotipagem do EBV foi feita por PCR convencional usando primers descritos na literatura; a genotipagem do HLA de classe I e II foi realizada por PCR-SSO; dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos de questionários próprios do projeto e relatórios médicos; dados de dispensação de antirretrovirais e monitoramento dos pacientes com HIV foram obtidos do banco de dados SICLON e SISCEL, respectivamente; as análises estatísticas foram desenvolvidas com o auxílio dos programas Bioestat 5.3, GENEPOP e GraphPad Prism 8.4.3. O uso de drogas ilícitas, a baixa escolaridade e renda familiar, o não uso de preservativos, a orientação homoafetiva, não se relecionar com um único parceiro sexual e o histórico de IST’s foram indicadores associados a infecção por HIV e coinfecção HIV/EBV; o histórico de coinfecções foi associado a infecção primária por EBV. O genótipo EBV-2 foi associado a baixos níveis de carga viral do HIV-1, enquanto a carga viral do EBV-1 foi positivamente correlacionada com a carga viral do HIV-1; a apresentação tardia e a polissintomatologia foram fatores associados a manutenção imunológica; o perfil imunológico foi mais ativo na infecção primária por EBV e mais equilibrado na infecção passada, alguns achados imunológicos foram atribuídos a prevalente coinfecção por HIV nesses grupos. Os alelos HLA-B*13, B*35 e B*39 do HLA de classe I foram associados a falha na resposta terapêutica em pacientes HIV+. Os alelos HLA-DRB1*03, DRB1*09 e DRB1*16 foram associados a manutenção imunológica em diferentes fases da infecção por EBV.

  • MARCUS SAVIO ARAUJO GARCIA
  • ATIVIDADE in vitro DO ÓLEO DE COPAÍBA, DA ESPÉCIE Copaifera reticulata, SOBRE Leishmania (Leishmania) amazonensis E A CÉLULA HOSPEDEIRA

  • Data: 04/03/2022
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  • As leishmanioses são doenças de caráter antropozoonótico com distribuição cosmopolita,
    causada por parasitos do gênero Leishmania. Diferentes espécies deste protozoário são capazes
    de causar as diferentes formas clínicas, como a Leishmaniose Cutânea Localizada,
    Leishmaniose Mucocutânea e Leishmaniose Visceral. O tratamento das leishmanioses é
    realizado com antimoniais pentavalentes (Sb-V), como fármacos de primeira escolha e
    medicamentos como a Anfotericina-B e pentamidina, que são utilizados como segunda escolha
    no tratamento. Entretanto, casos de resistência de cepas já foram registrados e os efeitos
    colaterais causados aos pacientes tornam o tratamento oneroso e limitado. Dessa forma, a busca
    por novas substâncias, que sejam viáveis economicamente e atuem sobre o parasito sem causar
    dano a célula hospedeira, torna-se necessária. Nesse sentindo, destaca-se o óleo de copaíba, um
    bioproduto que já apresentou ação comprovada sobre as formas evolutivas de Leishmania e a
    célula hospedeira. Com isso, o objetivo do trabalho foi avaliar a ação do óleo de copaíba (OC)
    extraído da espécie Copaifera reticulada sobre o protozoário Leishmania (Leishmania)
    amazonensis e macrófagos murinos. O OC não apresentou citotoxicidade para célula
    hospedeira e foi capaz de ativar os macrófagos, caracterizado pelo espraiamento celular e
    produção de ERO. Análise por microscopia ótica e microscopia eletrônica de transmissão
    revelaram que OC promoveu mudanças no corpo celular e alterações ultraestruturais
    importantes nas formas promastigotas. Além disso, redução do número de amastigotas no
    interior de macrófagos também foi observada em todas as concentrações testadas, com destaque
    para concentração de 30 μg/ml que demonstrou melhores resultados ao longo do estudo. Em
    conclusão, o OC pode ser uma alternativa promissora para o tratamento da leishmaniose cutânea
    em cenários futuros.

2021
Descrição
  • TUANE CAROLINA FERREIRA MOURA
  • PREVALÊNCIA DE AUTOANTICORPOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM O POLIMORFISMO rs11797 NO GENE DA EXONUCLEASE  TREX-1 EM INDIVÍDUOS VIVENDO COM HIV-1

  • Data: 20/12/2021
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  • Na infecção por HIV ainda não há um consenso sobre quais autoanticorpos são produzidos em
     decorrência da TARV ou em resposta às proteínas virais, assim como a sua influência no
    desfecho terapêutico e clínico nos pacientes que convivem com HIV-1. A autoimunidade
    durante a infecção pelo HIV-1 pode contribuir para a imunopatogênese da AIDS e a gênesis
    dessa autorreatividade pode estar relacionada com homologias estruturais dos produtos virais
    que são reconhecidas moléculas funcionais envolvidas no controle da autotolerância. Estudos
    revelam que a presença de polimorfismos em genes de componentes da resposta imune pode
    permitir a perda da tolerância a antígenos próprios, predispondo um grupo de indivíduos a
    desenvolver doença autoimune. Dessa forma o fator citoplasmatico TREX-1, representa um
    regulador negativo da imunidade inata em resposta à presença de DNA viral durante a infecção
    pelo HIV-1. As células que possuem deficiência nesse processo acumulam DNA citosólico e,
    consequentemente, devido ao estímulo de resposta pró-inflamatória intensa e crônica, em
    virtude do aumento da produção de interferon alfa (IFN-α), desencadeiam reações autoimunes
    nesses indivíduos. Assim sendo, o presente estudo avaliou a possível correlação no
    desenvolvimento de autoanticorpos (FAN/ANA Hep-2, Anti-dsDNA, Anti-citoplasma de
    neutrófilo, Anti-cardiolipina) em pessoas vivendo com HIV-1, com a presença do polimorfismo
    rs11797 no gene TREX-1, os níveis de IFN-α e a realização de terapia antirretroviral. O estudo
    foi realizado em três grupos de PVHIV atendidos na Unidade Casa Dia e no Hospital
    Universitário João de Barros Barreto. O primeiro grupo foi formado por 50 pacientes sem uso
    de TARV, acompanhados em 4 momentos distintos; o segundo por 100 pacientes não
    internados que usavam TARV por um longo período e o terceiro grupo de pacientes internados
    no HUJBB com o quadro clínico de AIDS. Como grupo de comparação (controle) foram
    avaliados 100 indivíduos. A pesquisa dos autoanticorpos foi realizada por imunofluorescência
    indireta e por ensaio imunoenzimático. A investigação do polimorfismos foi realizada por meio
    da Reação em Cadeia mediada pela Polimerase em tempo real. As quantificações dos linfócitos
    TCD4+/TCD8+ e da carga viral plasmática seguiram as metodologias padrão da Rede Nacional
    do Ministério da Saúde. A dosagem de IFN-α foi realizada por meio de ELISA. A reatividade
    de ANA foi evidenciada em todos os grupos de pacientes investigados e os padrões de
    fluorescência apresentados foram aqueles correlacionados com o desenvolvimento de doença
    autoimune. A presença de anti-DNA foi detectada em todos os grupos de pacientes. A presença
    de c-ANCA foi evidenciada e correlacionada com a possibilidade de desenvolvimento de
    patologia autoimune nos pacientes em diferentes estágios da infecção viral, assim como a
    possibilidade de desenvolvimento de patologias associadas ao sistema vascular de acordo com
    a presença de anticorpos anticardiolipina. A análise do SNP rs11797 revelou que a presença do
    genótipo CC e do alelo *C foi mais frequente no grupo coorte e nos pacientes não internados.
    Os pacientes com AIDS apresentaram a maior frequência do genótipo CT e a presença de
    maiores níveis de IFN‑α. A presença de ao menos um alelo polimórfico *T nos pacientes
    (coorte, não internados e AIDS) apresentaram maior reatividade para ANA+, assim como uma
    tendência a aumento dos níveis de IFN- , a correlação do aumento desses níveis de acordo
    com o aumento da CV só foi apresentada no grupo coorte. A presença de reatividade para mais
    de um marcador imunológico foi evidenciada no presente estudo, desta forma reforçando a
    possibilidade do diagnóstico correlacionado a autoimunidade nos pacientes. A presença de ao
    menos um alelo polimórfico *T (SNP rs11797) do gene TREX-1 possa influenciar de forma
    negativa na montagem das barreiras perante a infecção pelo HIV-1. O perfil clínico e
    imunológico do paciente influencia no desenvolvimento dos marcadores de autoimunidade
    principalmente na ausência da TARV e na presença do perfil de AIDS.

  • BIANCA NANDYARA LOPES LEITE
  • CONSIDERAÇÕES TAXONÔMICAS SOBRE ESPÉCIES DO GÊNERO Mesocoelium (DIGENEA: MESOCOELIIDAE), PARASITOS DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS NAS AMÉRICAS CENTRAL E SUL

  • Data: 17/12/2021
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  • A herpetofauna das américas Central e Sul é extremamente variada, seguindo o
    padrão dos ecossistemas dos continentes. Os hábitos de anfíbios e répteis são
    igualmente diversificados, tornando-os suscetíveis a infecções por helmintos
    parasitos. Dentre estes helmintos, destaca-se a família Mesocoeliidae Dollfus,
    1929 (Trematoda: Digenea). O gênero Mesocoelium Odhner, 1910 apresenta
    inconstância em sua classificação e trabalhos recentes mostram equívocos na
    descrição das espécies. Para melhor compreender este táxon, o presente estudo
    teve como objetivo caracterizar a diversidade morfológica do gênero
    Mesocoelium, nas Américas Central e Sul, a partir de análise do material
    pertencente à Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz, durante os
    anos de 1921 e 2003, nos seguintes países: Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba
    e Paraguai, em hospedeiros das Classes Amphibia e Reptilia e comparar tal
    resultado com espécimes atuais coletados no Bioma Amazônico a partir de
    coletas do hospedeiro Rhinella marina, em municípios do Estado do Pará. Os
    hospedeiros foram coletados e necropsiados, os parasitos encontrados foram
    fixados em solução salina aquecida e armazenados em A.F.A. e Etanol Absoluto,
    montados em lâminas permanentes destinadas à captura de imagem em
    microscópio equipado com câmera digital e para realização de desenhos em
    câmara clara para obtenção de dados morfológicos e morfométricos. Para
    conferir a similaridade morfológica dentro do gênero, realizamos testes
    estatísticos, aplicados no programa PAST (4.03), onde a Análise de
    Componentes Principais (PCA) foi realizada. Adicionalmente, aplicamos uma
    Análise de Similaridade (ANOSIM) para avaliar a significância estatística dos
    dados da PCA. A análise filogenética foi reproduzida no presente trabalho
    utilizando bootstrap padrão e consenso estrito de maioria: considerando
    caracteres morfológicos de espécies do gênero Mesocoelium depositadas na
    Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz e utilizando espécies de
    Mesocoelium obtidas em coletas atuais, bem como, dados de M. lanfrediae. O
    outgroup foi definido a partir do gênero Glypthelmins Stafford, 1905.

  • ILVA LANA BALIEIRO CAPELA
  • AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE, DA FRAGILIDADE, DA QUALIDADE DE VIDA E DA ADESÃO À TARV EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 08/12/2021
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  • A infecção causada pelo HIV apresenta cerca de 77,5 milhões de pessoas em todo
    o mundo infectadas desde o início da epidemia
    e cerca de 34,7 milhões morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia.Porém,com a implementação da terapia antirretroviral (TARV), a população infectada pelo HIV está conseguindo viver por mais tempo,resultando em mudanças nas patologias queestas apresentam. Oenvelhecimento aceleradoe o ônus da comorbidade entre pessoas que viviem com HIV (PVHA)são comparáveisaosde pessoas 10 anos mais velhas na população em gerale a carga combinada  de várias condições crônicas que,frequentemente,colocamesta população a curso de incapacidade progressiva, resultando em perda da funcionalidade, consequenteredução da qualidade de vida e maior fragilidade. Assim, o presente estudo apresentou como objetivo compreender os aspectos que englobam a saúde física e mental de pessoas que vivem com HIV/AIDS no Estado do Pará, caracterizando o perfil epidemiológico, avaliando funcionalidade, qualidade de vida, fragilidade e adesão àTARV. Material e Métodos: O estudo foi realizado nas unidades de referência para o tratamento de HIV da cidade de
    Belém/PA (Casa Dia) e do Estado do Pará (URE-DIPE), incluindo todos os pacientes com idade
    igual ou superior a 18 anos, matriculados nosserviçosde saúde. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista e da aplicação dos questionários para avaliação da funcionalidade (MIF), da qualidade de vida (WHOQOL-HIV-Bref), da fragilidade (TFI) edaadesão àTARV (CEAT-HIV). Resultados: Foram avaliados 215 usuários,dos quais 163 (75,8%) eram do gênero masculino, com a faixa etária entre 33 a 47 anos (38,6%), 146 pessoas (67,9%) eram solteiras, 47% apresentavam tempo de diagnóstico entre 1 e 5 anos, a exposição foi sexual (cerca de 90,7%) e 108 (50,2%) eram homens que faziam sexo com homens. Em relação aos linfócitos T CD4+, 144 (67%) dos usuários apresentavam linfócitos T CD4+ acima de 300 células/μLe carga viral indetectável (51,7%). Quanto àavaliação da funcionalidade,98,6% apresentaram independência completa/modificada. Em relação àqualidade de vida,dos seis domínios avaliados cinco apresentaram posição superior dequalidade de vidaequanto à adesão à TARV foi observado que 128 (59,5%) apresentaram adesão adequada. Em relação à fragilidade, cerca de 72,6% dos pacientes são indivíduos frágeis. Quanto àcorrelação da qualidade de vidae a adesão à TARV, foi possível verificar que houve diferença estatisticamente significante entre a adesão à medicação em relação aos domínios físico, psicológico e espiritualidade/religião/crenças pessoais; quando associadasqualidade de vida e fragilidade foi observada diferença estatística nos domínios físico, psicológico, nível de independência, relações sociais e meio ambiente. Conclusão: Énecessário oacompanhamento constante das PVHA, pois as variáveis sociodemográficas apresentam perfis epidemiológicos flutuantes ao longo do tempo, assim como identificarestratégias para a melhoria da prática assistencial e o seguimento dessas pessoase, ainda,a implementação de políticas para a conscientização da realização de exercício físico para PVHA. Concluiu-se, também, que o menor tempo de diagnóstico da infecção impacta, diretamente, na maior possibilidade de adesão à TARV, permitindouma melhor qualidade de vida para as PVHA.



  • CARLOS DAVID ARAUJO BICHARA
  • PREVALÊNCIA E DINÂMICA TEMPORAL DE ANTICORPOS ANTI-SARS-COV-2 NA POPULAÇÃO DE BELÉM – PA ANTES E PÓS-VACINAÇÃO

  • Data: 03/12/2021
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  • Com a pandemia causada pelo SARS-COV-2 anunciada no início de 2020, houve acelerada busca de conhecimento quanto a morbimortalidade da COVID-19, mas, sobretudo, dos recursos preventivos e terapeuticos para proteger a população. A partir daí tornou-se necessario responder algumas perguntas interpretativas dos exames sorologicos realizados na capital do Estado do Pará, norte do Brasil, na Amazônia: qual o perfil dos pacientes com COVID-19 em Belém, estes pacientes fizeram soroconversão para IgG, quanto tempo estes anticorpos permanecem, qual a correlação com a gravidade da doença? Outras observações foram a de que alguns pacientes anticorpos de fase aguda (IgM) permaneciam detectáveis por tempo prolongado e com o início da vacinação com a Corona Vac e seu avanço nos diversos grupos e faixas etárias surgiu outro questionamento- qual a soropositividade pós vacina? Nesta pesquisa, na busca de tais conhecimentos, foram formadas duas coortes, em tempos diferentes e objetivos distintos: coorte 1 com 360 indivíduos vacinados com 2 doses de CoronaVac para estabelecer a soropositividade para anticorpos IgG e/ou anticorpos neutralizantes; e coorte 2 com 200 indivíduos convalescentes de Covid-19  visando estimular a soropositividade para anticorpos IgG em dois momentos com intervalo de 90 dias. A partir de uma ficha protocolar foram obtidas informações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, e realizadas coletas de amostras biológicas sanguíneas para através de provas sorológicas com anticorpos anti-IgG e anticorpos neutralizantes contra o SARS-Cov-2 estabelecer a soropositividade e tempo de permanência destes anticorpos, fazendo correlação com gênero, faixa etária e manifestações clínicas. Na coorte 1, a soropositividade foi superior a 70%, a presenença de anticorpos anti- SARS-Cov-2 apresentou uma distribuição significativamente diferente entre os sexos; a frequencia foi de 93,3% (IC de 95% 68,1-99,8) na faixa etária 21-40 anos, 76,2% (IC de 95% 52,8-91,8) entre 41-60 anos, 76,5% (IC de 95% 62,8-80,9) entre 61-80 anos e 46,7% (IC 95% 21,3-73,4) nos maiores de 80 anos. De modo geral, a prevalência de anticorpos anti- SARS-Cov-2 foi alta, entretanto houve menor resposta nos maiores de 60 anos de idade. Na coorte 2, a prevalência e a persistência de anti- SARS-Cov-2 IgG foi de 92,6% na primeira coleta e após 90 dias, 30,4% perderam a soropositividade para IgG. A frequência de todos os sintomas relatados foi maior naqueles com persistência de IgG prolongada. Em alguns indivíduos, a permanência de IgG se manteve, pelo menos, até 8 meses após o diagnostico da COVID-19, mostrando que a presença deste anticorpo não de ve ser usada como critério de diagnostico de fase aguda ou recente. Observou-se que os níveis de anticorpos diminuem com o tempo e que compreender a memoria imunológica frente a infecção pela SARS-Cov-2 é fundamental para melhorar o diagnostico, a avaliação da efetividade das vacinas e o provável curso futuro da pandemia da COVID-19.

     

                                                   

  • LUISE ADRIANE VIANA DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA E DO RESISTOMA DE ESTIRPES DE Acinetobacter baumannii ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS E DE SISTEMAS AQUÁTICOS

  • Data: 30/11/2021
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  • Dentre as espécies do gênero Acinetobacter, a Acinetobacter baumanni é a mais comumente encontrada a partir de amostras biológicas. Inicialmente, A. baumanni foi classificada como um patógeno de baixa virulência, todavia, pesquisas têm apresentado sua elevada capacidade infecciosa do que previamente relatado, tornando-se um problema clínico crítico devido à limitação das opções terapêuticas para o tratamento de infecções. Além disso, tem apresentado potencial risco ambiental, sujeitos a pressão antropogênica, como sistemas de água residuais e efluentes, facilitando o despejo de elevadas cargas bacterianas multirresistentes no meio ambiente, sendo difícil prever o destino depois que são liberados. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o resistoma de estirpes de A. baumannii multirresistente de amostras clínicas e ambientais, identificando e comparando fenotipicamente e genotipicamente os mecanismos de resistência. Para isso, a identificação fenotípica e a sensibilidade antimicrobiana foram determinadas pelo sistema automatizado VITEK II e para investigar a presença dos principais genes de resistência β-lactâmicos e integrons nas cepas, foi utilizada a reação em cadeia da polimerase (PCR). O material genético das cepas foi sequenciado utilizando a tecnologia de sequenciamento da plataforma NextSeq System (Illumina), seguido da montagem (SPAdes) e anotação (RAST/Artemis). Fez-se a análise de resistência in silico dos isolados através das plataformas on-line ResFinder (genes de resistência a antibióticos), CARD (fatores de resistência), PHASTER (bacteriófagos), PlasmidFinder (plasmídeos) e PathogenFinder (patogenicidade dos isolados ambientais). Os resultados mostraram que o gene mais abundante que confere resistência aos β-lactâmicos foi o BlaCTX e o gene integrase de classe 1 foi o mais detectado entre as amostras. Dos isolados, observou-se que o CTI foi o único setor de isolamento de A. baumannii multirresistente e as amostras aquáticas apresentaram elevado potencial de resistência comparado com as amostras clínicas. Dentre as amostras, apenas um isolado não apresentou plasmídeos através da identificação in silico. Entretanto, em todas as estirpes foram identificados bacteriófagos. Em relação a resistência à antibióticos, as classes de Aminoglicosídeo e β-lactâmicos foram as mais prevalentes. De acordo com os mecanismos de resistência identificados, aqueles que codificam proteínas envolvidas na modulação de bomba de efluxo foram os mais detectados. Deste modo, conclui-se a relevância de A. baummannii devido seu elevado potencial patogênico representando uma ameaça à saúde humana e ambiental.

  • JÉSSICA WALÉRIA AMADOR RODRIGUES
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL MICROBIOLÓGICO E CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA DE ISOLADOS BACTERIANOS OBTIDOS DE AMOSTRAS DE QUEIJO DE BÚFALA.

  • Data: 26/11/2021
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  • O queijo de búfala tipo Manteiga da ilha do Marajó é um alimento artesanal que apresenta textura delicada, de aparência amarelo-esverdeada, sabor doce, preparado a partir do leite cru de búfala por métodos culturalmente tradicionais, e representa grande parcela da economia regional. Em razão de ser um produto manipulado, é passível à colonização de bactérias patogênicas que podem abrigar genes de resistência disseminados pela cadeia alimentar. Em vista disso, este trabalho objetivou avaliar a qualidade microbiológica em amostras de queijo de búfala tipo manteiga provenientes da ilha do Marajó, de modo a verificar se essas amostras estavam em conformidade com a Resolução Nº 12 de janeiro de 2001 da ANVISA, e também caracterizou a estrutura genômica de dois isolados bacterianos obtidos dessas amostras. Para este propósito, foram adquiridas 6 amostras de queijo com selo e 6 sem selo e submetidas a avaliação microbiológica para coliformes totais, Staphylococcus aureus, Salmonella sp., Listeria monocytogenes e colônias atípicas. Posteriormente, foram selecionadas duas amostras atípicas para o sequenciamento de genoma completo e análises de biologia computacional. Os resultados demonstraram que apenas uma amostra de queijo estava de acordo ao preconizado pela resolução da ANVISA, e que as amostras atípicas identificadas apresentaram similaridade com as espécies Franconibacter daqui, e Acinetobacter nosocomialis. Este estudo foi pioneiro em isolar e identificar molecularmente a espécie F. daqui em amostras de queijo artesanal de búfala. Essas espécies demonstraram que possuem genes de resistência a múltiplas drogas em seu repertório genômico, apresentando diferentes genes com perfil de resistência a fluoroquinolonas predominantemente. Desse modo, esta pesquisa contribuiu para o rastreamento das condições higiênico-sanitárias dos locais e dos manipuladores na fabricação de queijo artesanal de búfala da ilha do Marajó, além de comprovar que as bactérias procedentes de alimentos fabricados com leite cru são reservatórios de genes de resistência e que possuem mais de 72% de probabilidade de ser tornarem patogênicas aos seres humanos. 

  • LARISSA DA FONSECA PEREIRA
  • EVIDÊNCIAS IN SÍLICO DA REGULAÇÃO DE GENES KIR E LIGANTES HLA-A, - B & -C POR MICRORNAS E SEU PAPEL EM INFECÇÕES VIRAIS

  • Data: 17/11/2021
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  • No decorrer do processo de desenvolvimento/maturação das células Natural Killer (NK) a expressão KIR garantem o seu perfil funcional citotóxico direto em direção as células que apresentem na sua superfície alterações das moléculas HLA I. A interação dos receptores KIR e ligante HLA cognato formam o sistema mais importante e polimórfico da resposta imune inata diante a inúmeros encontros infecciosos. O caráter estocástico da expressão de KIR juntamente com o polimorfismo e as diferenças nas interações de KIR/HLA são expressivamente associados aos desfechos clínicos das infecções virais. Os microRNA (miRNA) recentemente mostraram que poderiam modular a expressão de alguns genes KIR e HLA I, no entanto, esse conhecimento ainda permanece limitado. miRNA são cruciais no estudo da patogênese das infecções virais, atuando como importantes biomarcadores para o diagnóstico e prognóstico das doenças. Diante disso, o presente estudo procurou identificar através de evidências in sílico, os miRNA que estariam regulando os quinze genes KIR e se essa regulação é observada em seus ligantes HLA I. Por fim, exploramos no cenário das infecções por HIV e HCV a participação fisiológica dos nossos candidatos que pudessem fornecer pistas valiosas da sua influência na resposta das células NK. Foram utilizados os bancos de dados Variation Viewer do National Center for Biotechnology Information (NCBI) e da Universidade Santa Cruz da Califórnia o UCSC Genome Browser, para seleção da região 3’UTR de todos os genes. A identificação dos miRNA foi realizada através do microRNAs Database (miRDB) e o TargetScanHuman. A seleção dos miRNAs de alta confiabilidade foram obtidas pelo microRNA Database (miRBase). A busca pela presença dos microRNA candidatos no cenário das infecções virais foi realizada usando dois bancos de dados, o miR2Disease e o Human microRNA Disease Database (HMDD). Os resultados sugerem que a maior regulação por miRNA ocorra entre os genes KIR inibitórios, presentes no Haplótipo A e no grupo Framework. Uma lista completa de 52 miRNA mostraram a cooregulação entre os genes KIR, desses 34 miRNA regulavam KIR e seu ligante HLA. Alguns dos nossos miRNAs foram observados alterados nas infecções, atuando como biomarcadores de prognósticos ruins, cofatores da replicação viral e na evasão da resposta imune do hospedeiro. Juntos, esses achados demonstram, pela primeira vez, que a atividade funcional dos miRNA em processos homeostáticos seriam importantes para a diferenciação e função das células NK e que pelo seu perfil alterado nos cenários infecciosos atrelados a sua natureza multifuncional impactariam a imunopatogênese das doenças associadas a KIR/HLA pelo seu silenciamento gênico. Estudos futuros serão necessários para confirmar as hipóteses levantadas e melhorar a compreensão dessa interação na saúde e na doença. Decifrar a complexidade dessa interação na relação hospedeiro-patógeno não parece ser uma tarefa fácil, mas muito convidativa para investigações seguintes, prevendo muitas promessas e desafios para a lucidez da interface controle/persistência das infecções. 

  • NAIDA PAOLA ARAÚJO DA SILVA
  • NEMATODA RICTULARIIDAE PARASITO DE Cerdocyon thous (CARNIVORA: CANIDAE) NO ESTADO PARÁ, BRASIL

  • Data: 12/11/2021
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  • Entre os canídeos brasileiros Cerdocyon thous (Linneus, 1766) é considerado o mais versátil por possuir uma alta capacidade de adaptação a diferentes habitats, explorando um grande número de itens alimentares. Em decorrência de sua ampla dieta, sua biota helmíntica apresenta uma grande diversidade. Na natureza, os carnívoros são de grande importacia para a estabilidade e integridade da maioria dos ecossistemas. Assim, a amplitude da dieta de C. thous aumenta a possibilidade de novos contatos com vários parasitos, pois a diversidade de helmintos está relacionado às espécies de hospedeiros cujas são amplas e oportunistas. Portanto, diagnosticar a diversidade helmíntica de C. thous no município de Paragominas, Estado do Pará está sendo o intuito do presente trabalho. Até o momento, foram avaliadas seis carcaças de C. thous, recolhidos na área de atividade de supressão de mata, da empresa Mineração Paragominas S.A. do grupo HYDRO (HYDRO-Paragominas), nos anos de 2016 a 2019 e encaminhadas para o laboratório, onde os órgãos do trato gastrointestinal foram retirados e encaminhados para a colheita de helmintos. Após colheitas os helmintos foram fixados em solução AFA e processados de acordo com cada Filo para microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura, onde deverão ser identificados até o menor nível taxonômico.

  • MARIA DE LOURDES MAIA DE MORAES DE CARVALHO
  • PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) OBSERVADAS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 26/10/2021
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  • A infecção nosocomial é um dos problemas de saúde pública de grande relevância e que requer significativa atenção. Entende-se por infecção hospitalar (IH), também denominada de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), aquela adquirida no decorrer da internação do paciente ou após a alta hospitalar, quando esta pode ser associada a internação ou procedimentos hospitalares executados. O principal objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) observadas em unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um serviço de referência em urgência e emergência e os fatores de risco para estas infecções. Foi realizado um estudo retrospectivo, transversal, de natureza descritiva e observacional, onde os investigados deste estudo foram os pacientes admitidos nos leitos de terapia intensiva do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) no período de dezembro de 2019 a dezembro de 2020 para tratamento clínico ou cirúrgico, que tenham desenvolvido durante o tempo de internação, infecção associada a patógeno multirresistente ou não. Foram levantados os dados de 231 pacientes e 394 investigações de infecções, que resultaram em 113 pacientes que desenvolveram IRAS e 156 casos no total. Entre os sítios infecciosos, houve prevalência do trato respiratório (26,40%) com relevância estatística para procedimentos invasivos de intubação orotraqueal, traqueostomia e cirúrgicos. Corroborando com a literatura, a infecção por Acinetobacter baumannii (27%) foi a mais observada e entre os pacientes que evoluíram a óbito, a minoria apresentou quadro de IRAS (22,94%). Mediante os dados pesquisados, pode-se concluir a importância do desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas acerca da prevalência de IRAS, fatores de riscos e o perfil microbiológico envolvido, para que medidas estratégicas possam ser traçadas. 

  • ERIAN DE ALMEIDA SANTOS
  • FILOGENIA E VARIABILIDADE GENÉTICA DE PEPTÍDEOS ANTIMICROBIANOS DE Anopheles darlingi (DIPTERA: CULICIDAE) DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 15/10/2021
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    Os peptídeos antimicrobianos (AMP) são moléculas do sistema imune inato responsáveis pela defesa de uma ampla variedade de patógenos, sendo as principais classes representadas pelas cecropinas e defensinas. Ainda não existem estudos que explorem as questões filogenéticas e evolutivas destes genes em Anopheles darlingi. Este trabalho objetivou descrever a abundância e infecção de anofelinos pelo Plasmodium vivax na Amazônia brasileira, bem como detectar por técnica molecular de PCR os genes Cecropina A (CecA) e defensina em An. darlingi para verificar sua relação filogenética com outros anofelinos e avaliar polimorfismos nestes genes em áreas com distintos riscos de transmissão para a malária humana. As coletas dos mosquitos anofelinos foram realizadas em Peixe-Boi (PA), Altamira (PA) e Cruzeiro do Sul (AC). Os mosquitos An. darlingi coletados foram submetidos a procedimentos de extração de DNA, PCR e sequenciamento. As sequências com boa qualidade foram utilizadas para as análises de filogenia, realizada com reconstrução de árvores pelo método de máxima verossimilhança e Inferência Bayesiana, e para análise de polimorfismo genético e construção de rede de haplótipos. Foram encontradas abundância e diversidade de anofelinos, principalmente de An. darlingi em Cruzeiro do Sul e predomínio de infecção pelo P. vivax VK210 nas áreas de estudo. Foram utilizadas 32 sequências de CecA e 23 de defensina. Estes genes podem ser bons marcadores moleculares para estudos filogenéticos, uma vez que evidenciaram a separação dos táxons em clados únicos e monofiléticos, com distância significativa de An. darlingi em relação as outras espécies. Houve frequência de mutações em populações de regiões com circulação do parasito e abundância de An. darlingi, sugerindo o efeito de seleção e demografia em CecA. A menor frequência de polimorfismos e de passos mutacionais na análise haplotípica de defensina sugere a atuação de seleção purificadora neste gene. Estes achados são importantes para compreensão da evolução molecular dos peptídeos antimicrobianos em mosquitos de diferentes áreas da Amazônia brasileira.

     









  • MARCELA DOS SANTOS CASTRO
  • DETECÇÃO E EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DO HERPESVÍRUS CANINO TIPO I EM QUATRO MUNICÍPIOS DO INTERIOR DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 30/09/2021
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  • O herpesvírus canino tipo I (Alphaherpesvirus canino tipo I – CaHV-1) infecta cães de
    diferentes raças, sexos e idades, e está associado a mortes neonatais, desordens reprodutivas,
    oculares, neurológicas e problemas respiratórios. No continente Europeu, a doença é
    considerada endêmica na população canina. Na América do sul há relatos da herpesvirose no
    Chile, México e na Bolívia. No Brasil, relatos da doença estão restritos às regiões sudeste e sul,
    especialmente nos municípios do estado do Rio Grande do Sul, impulsionados pelo primeiro
    achado clínico e patológico da infecção nos anos de 2007 e 2008 na cidade de Porto Alegre.
    Como, até o momento, não há descrições do vírus nas outras regiões do país, o principal
    objetivo deste estudo foi avaliar populações caninas no estado do Pará quanto à presença de
    infecção para o CaHV-1, através da técnica de nested PCR utilizando como sequencia alvo os
    genes codificadores da enzima viral Timidina quinase. O estudo envolveu diferentes tipos de
    amostras biológicas (sangue, secreção ocular, nasal e genital) de cães clinicamente saudáveis
    provenientes de quatro municípios localizados no interior do Estado do Pará: Santa Barbara do
    Pará (Genipauba), Maracanã (Maiandeua – Ilha de Algodoal), Salinópolis e Capanema. Foram
    analisadas 601 amostras biológicas de 159 cães, sendo 122 fêmeas e 37 machos. A partir desses,
    houve detecção do CaHV-1 em 13 animais (8,2%), sendo que a maior frequência da infecção
    foi identificada no município de Santa Barbara do Pará (Genipauba) com 14,3%, seguido por
    Ilha de Algodoal (Maiandeua) com 9,8%, Salinópolis com 5,9% e Capanema com 3,4%. As
    sequências do estudo exibiram 100% de identidade entre si e 62% a 100% de identidade com
    outras sequências de nucleotídeos provenientes da Austrália, Brasil, Reino Unido e Estados
    Unidos, sendo 100% com o isolado de 2002 da Austrália. O isolado de 1996 da França agrupou
    em um ramo externo à sequência deste estudo. A presente pesquisa revela a primeira detecção
    molecular do CaHV-1 em cães na região amazônica, norte do País. Conforme a identidade
    nucleotídica entre as cepas e a inserção de citosina nas sequências isoladas em nosso estudo,
    indicamos que há pelo menos duas cepas de CaHV-1 circulantes no Brasil (Pará e BTU-1).

  • TAYNA CARVALHO PEREIRA
  • FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HEPATITE B E/OU C ATENDIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA

  • Data: 20/09/2021
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  • A infecção pelos vírus da hepatite B e/ou C pode levar ao desenvolvimento de uma série de alterações que estão associadas à síndrome metabólica e podem promover modificações no estado nutricional e qualidade de vida do paciente, reforçando a necessidade de uma avaliação nutricional completa desses pacientes. Objetivo: Verificar fatores associados à síndrome metabólica em pacientes diagnosticados com hepatite B e/ou C. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico. Realizado de agosto de 2020 a junho de 2021, após aprovação do comitê de ética em pesquisa da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) (parecer nª 4.689.652). Os pacientes que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Ocorreu a aplicação de um formulário de pesquisa elaborado previamente, análise de exames bioquímicos, avaliação do consumo alimentar, de fatores associados à Síndrome Metabólica (SM) e avaliação antropométrica (peso e altura para posterior cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência do Braço (CB), Circunferência Abdominal (CA), Circunferência da Cintura (CC), Circunferência do Quadril (CQ), Prega Cutânea Tricipital (PCT), Circunferência Muscular do Braço (CMB), Área Muscular do Braço corrigida (AMBc), Prega Cutânea Subescapular (PCSE), Relação Cintura/Estatura (RCE), Relação Cintura/Quadril (RCQ) e cálculo do percentual de gordura corporal). Resultados: Foram avaliados 100 pacientes, com média de idade de 55,21 anos (±12,02), 50% do sexo masculino. A maioria apresentava Hepatite C (68,00%), 72% eram diabéticos, 55% apresentavam esteatose, 24% cirrose e, dentre os cirróticos, 20% foi classificado com Child A. 66% da amostra não consumia bebida alcoólica, 78% não apresentava hábito tabágico e 80% era sedentário. Em relação aos parâmetros antropométricos, a maioria dos adultos (45,00%) e idosos (47,50%) foram classificados com sobrepeso de acordo com o IMC. A maioria estava eutrófico pela CB (58,00%), CMB (48,00%), AMBc (52,00%) e PCSE (96,00%); e com obesidade pela PCT (32,00%) e percentual de gordura corporal (55,00%). Em relação a RCE e RCQ, 86% e 54%, respectivamente, apresentavam risco para doenças cardiovasculares. No que diz respeito aos fatores associados à síndrome metabólica, 71% apresentaram circunferência abdominal aumentada, 26% triglicerídeos aumentados, 30% valores reduzidos de HDLc, 36% glicemia de jejum aumentada e/ou utilizavam remédio para controle glicêmico e 40% estavam com valores de pressão arterial elevados durante a consulta e/ou utilizavam remédio para controle. 40% da amostra foi classificada com SM pelo Índice de Adiposidade Visceral (IAV) e 36% de acordo com os critérios utilizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2005). Em relação aos parâmetros bioquímicos, foi observada inadequação apenas para TGO (62,00%) e TGP (52,00%). Foi observada correlação entre o IAV e DM2 (p= 0,05), classificação da SM (SBC, 2005) (p<0,000), glicose (p=0,01), triglicerídeos (p<0,000) e colesterol total (p<0,000). Correlação inversa entre IAV e colesterol HDL (p<0,000), além de tendência entre IAV e HAS (p=0,09). Ao avaliar o consumo alimentar, a maioria dos pacientes teve um consumo abaixo do recomendado de Kcal (68,00%), proteínas (48,00%) e lipídeos (64,00%). No entanto, a maioria apresentou consumo acima do recomendado de carboidratos (44,00%). Conslusão: O sobrepeso, obesidade e fatores associados à síndrome metabólica são achados cada vez mais frequentes em pacientes com hepatite B ou C. Ocorreu correlação entre IAV e DM2, classificação da SM (SBC, 2005), glicose, triglicerídeos e colesterol total, sugerindo que o IAV é um excelente preditor de risco cardiometabólico e sensibilidade insulínica. 

  • MARCIO NAHUM LOBO
  • PREVALÊNCIA DO VÍRUS DA HEPATITE C EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS ATENDIDAS EM BELÉM, PARÁ, BRASIL

  • Data: 16/09/2021
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  • A hepatite C é uma doença viral, de evolução aguda e/ou crônica que possui várias vias de transmissão, com sintomas inespecíficos, ou em sua maioria assintomáticos. É considerada como a maior causa de transplantes de fígado no mundo. O agente etiológico da infecção é o vírus da hepatite C (HCV), que apresenta mecanismos similares de transmissão com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), agente etiológico da síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS). Tal semelhança epidemiológica pode estar relacionada com a frequência da infecção por estes vírus, o que representa um importante problema de saúde pública. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é descrever a prevalência da co-infecção pelo HCV em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) com e sem uso de terapia antirretroviral (TARV) em Belém do Pará. Trata-se de um estudo do tipo transversal descritivo, envolvendo pacientes que fizeram o acompanhamento no município de Belém, Pará. Participaram do estudo 433 indivíduos, que foram divididos em dois grupos, sendo 183 como uso de TARV e 250 sem o uso de TARV. As amostras de sangue foram coletadas e transportadas ao Laboratório de Virologia (Labvir) do Instituto de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Pará e armazenadas adequadamente até a sua utilização para testagem. A pesquisa de anticorpos anti-HCV foi realizada por ensaio imunoenzimático (ELISA) no Labvir e a confirmação da infecção foi realizada pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) no laboratório de biologia molecular da sessão de hepatologia (SAHEP) do Instituto Evandro Chagas (IEC). A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS v.25.0. Ao avaliarmos o grupo de PVHIV/AIDS em uso de TARV, observamos uma prevalência do sexo masculino, com a maior proporção concentrada na faixa etária de 18-30 anos. No grupo de PVHA sem uso prévio de TARV, houve prevalência do sexo masculino e faixa etária acima de 40 anos. Somente uma pessoa relatou fazer uso de drogas injetáveis (0,6%). A soroprevalência de coinfecção HCV/HIV foi de 0,5% e de 0,8% nos grupos sem e com TARV, respectivamente. O resultado da análise molecular e filogenética identificou o genótipo 2b. Desta forma, conclui-se que a prevalência da infecção por HCV em PVHA é baixa em Belém, Pará e que o genótipo 2b é pouco frequente na região Norte, sendo necessários mais estudos de epidemiologia molecular para melhor esclarecimento da circulação deste genótipo no Brasil.

  • LEANDRO MAURICIO OLIVEIRA DA SILVA
  • DIVERSIDADE DE NEMATÓDEOS PARASITOS DE Kinosternon scorpioides (LINNAEUS, 1766) DA AMAZÔNIA PARAENSE

  • Data: 13/09/2021
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  • Kinosternon scorpioides é um cágado de pequeno porte e hábitos semiaquáticos, sendo a única espécie do gênero Kinosternon a ocorrer em território brasileiro. Esse quelônio apresenta relevância econômica para populações ribeirinhas, indígenas e rurais da região amazônica, pois constitui uma de suas principais fontes de alimentação. No entanto, trabalhos acerca da fauna parasitária desse quelônio ainda são escassos. Assim, este estudo objetivou caracterizar os nematódeos parasitos de trato gastrointestinal de K. scorpioides da Amazônia Paraense. Vinte e oito espécimes de K. scorpioides coletados nos anos de 2019 e 2020, na Floresta Nacional de Carajás e nos municípios de Abaetetuba e Soure (Ilha do Marajó), no estado do Pará, foram encaminhados ao laboratório, anestesiados, eutanasiados e necropsiados para colheita de parasitos gastrointestinais. Os nematódeos foram caracterizados através de análises por microscopia de luz, além do uso de microscopia eletrônica de varredura para auxílio na visualização e análise ultraestrutural externa. Identificamos os parasitos com uso de chaves taxonômicas propostas na literatura e empréstimo de espécimes depositados em coleções helmintológicas. A prevalência de infecção encontrada foi de 93%, com 26 hospedeiros parasitados. Identificamos três espécies de nematódeos: Serpinema n. sp., Falcaustra sanjuanensis e Spiroxys chelodinae, com prevalências de 75%, 14,28% e 21,42%, respectivamente. A nova espécie foi identificada de hospedeiros oriundos de Abaetetuba e Soure. Destacamos que as principais diferenças morfológicas de Serpinema n. sp. são o arranjo de papilas caudais e tamanho dos espículos, sugerindo que se trata de um táxon ainda desconhecido, o qual deverá ser descrito formalmente no futuro. A espécie F. sanjuanensis foi encontrada apenas na Floresta Nacional de Carajás e observamos algumas diferenças morfológicas e morfométricas em relação à descrição original, oriunda de uma espécie de anuro da Argentina. S. chelodinae foi encontrada parasitando espécimes das três localidades, apresentando variações morfológicas e morfométricas em comparação à descrição original. Portanto, o presente estudo adiciona novos dados da fauna parasitária de cágados da Amazônia brasileira, detentora de uma grande biodiversidade desses animais, apresentando três novos parasitos para K. scorpioides do Brasil, dos quais um trata-se de um novo táxon, enquanto os outros dois representam novos registros de localidade e de hospedeiro. 

  • FRANCISCA DAYSE MARTINS DE SOUSA
  • AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS E DOS NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE TNFA E IL10 EM PACIENTES COM DIFERENTES FORMAS CLÍNICAS DA TUBERCULOSE

  • Data: 31/08/2021
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  • O fator de necrose tumoral-α (TNF-α) é uma citocina de perfil Th1 atuante no controle da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis. Em contraste, a interleucina-10 (IL-10) é uma citocina Th2 associada à supressão da síntese de citocinas proinflamatórias por macrófagos e à persistência da infecção bacteriana. Diversos fatores podem promover o desequilirio na produção desses mediadores imunologicos e influenciar o desenvolvimento da tuberculose (TB), a exemplo de polimorfismos genéticos, os quais podem induzir alterações na expressão dessas citocinas, intensificando a patologia. O presente trabalho investigou a associação dos polimorfismos TNFA -308G/A e IL10 -819C/T e dos níveis de expressão de TNFA e IL10 com a suscetibilidade a TB e o desenvolvimento de formas extrapulmonares. O estudo incluiu 200 amostras de indivíduos com TB e 200 amostras de indivíduos controles. A genotipagem dos polimorfismos e as análises de expressão dos genes foram realizadas por PCR em tempo real. A frequência do alelo TNFA -308A no grupo TB foi maior em comparação ao grupo controle (p = 0,0451), ao mesmo tempo que os genótipos TNFA -308GA+AA foram relacionados com a progressão para as formas extrapulmonares (p = 0,0445). Não foi observada diferença estatística significativa das frequências alélicas e genotípicas de IL10 -819C/T entre os grupos avaliados. Os níveis de expressão de TNFA foram significativamente menores no grupo com TB em comparação ao grupo controle (p = 0,0138), o que não foi observado na comparação entre os grupos com TB pulmonar e TB extrapulmonar (p > 0,05). Não houve associação significativa entre os níveis de expressão de IL10 com a TB e suas formas clínicas (p > 0,05). Os genótipos dos polimorfismos avaliados não demonstraram influenciar os níveis de expressão de TNFA e IL10 no grupo TB. Nas análises de correlação, houve correlação positiva entre os níveis de TNFA e IL10 no grupo TB (p = 0,0149) e grupo controle (p = 0,0407). O presente estudo mostrou que o alelo TNFA -308A foi associado com a suscetibilidade à TB e sua presença pode ser um fator de risco ao desenvolvimento de quadros extrapulmonares, e níveis reduzidos da expressão de TNFA podem promover a formação de um microambiente antiinflamatório, favorecendo a persistência do bacilo no hospedeiro. 

  • LILIAN JÉSSICA DOS PASSOS LIMA
  • ANTICORPOS IgG ADQUIRIDOS POR EXPOSIÇÃO NATURAL OU IMUNIZAÇÃO EXPERIMENTAL COM PROTEÍNA RECOMBINANTE BASEADA EM ANTÍGENO DO MEROZOÍTO DE Plasmodium vivax (PvMSP1-19)

  • Data: 26/08/2021
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  • Na malária humana, a resposta imune é complexa e espécie-específica, com aquisição de anticorpos que reconhecem diferentes componentes antigênicos, expressos nos estágios de diferenciação do ciclo de vida do Plasmodium spp. Os anticorpos constituem um componente importante da resposta imune contra antígenos de superfície, incluindo a porção C-terminal da proteína-1 da superfície do merozoíto de Plasmodium vivax (PvMSP1-19). Essa proteína é altamente imunogênica em humanos e em modelos animais, induzindo altos níveis de anticorpos IgG. Neste estudo, comparamos os níveis de IgG anti-PvMSP1-19 adquiridos após a exposição natural ao parasito inteiro ou imunização ativa em camundongos com antígeno recombinante contendo a MSP1-19 de P. vivax (His6-MSP1-19), e descrevemos o padrão de reconhecimento da proteína nativa nas formas sanguíneas por soro de indivíduos expostos à malária. As análises foram realizadas por meio de ensaio imunoenzimático (ELISA) e imunofluorescência indireta (IFI). A concentração dos anticorpos foi determinada em pools de soro humano e em soros individuais de camundongos imunizados. Os três pools de soro humano apresentaram título de 1:12.800, e na imunização experimental os títulos variaram de 1:3.200 a 1:25.600. Na análise por imunolocalização realizada com pools de soro humano, descrevemos marcações que indicam a presença de imunocomplexos formados entre os anticorpos IgG de humanos e a proteína MSP1 nativa, expressa na superfície de formas sanguíneas. Essas marcações evidenciam formas do parasito semelhantes a merozoítos e esquizontes, em preparação de sangue obtido de paciente diagnosticado com malária causada por P. vivax. Essas descrições são relevantes no sentido de gerar informações acerca da localização e distribuição da MSP1-19, bem como possibilitar obter anticorpos para analisar possíveis alterações estruturais do parasito, decorrentes da formação de imunocomplexos pela ligação dos anticorpos IgG com a proteína nativa na membrana das formas sanguíneas do Plasmodium vivax. 

  • IURY DE PAULA SOUZA
  • AVALIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS FAS -670A/G E FASL -124A/G E DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE FAS E FASL SOLÚVEIS EM PACIENTES COM TUBERCULOSE

  • Data: 25/08/2021
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  • A conexão do receptor Fas a FasL promove a apoptose celular. A apoptose de macrófagos infectados pelo Mycobacterium tuberculosis, agente da tuberculose (TB), é um importante mecanismo imunológico contra a infecção, contexto em que polimorfismos de genes próapoptóticos podem influenciar no combate à bactéria. A ativação da apoptose por Fas e FasL de membrana pode ser afetada por sFas e sFasL, formas solúveis que inibem a apoptose. O presente trabalho investigou a associação dos polimorfismos FAS -670A/G e FASL -124A/G e da dosagem plasmática de sFas e sFasL com a suscetibilidade a TB e a progressão da doença para a forma extrapulmonar. Foram avaliadas amostras de sangue de 200 indivíduos com diagnóstico de TB e de um grupo com 200 controles. A genotipagem dos polimorfismos foi realizada por PCR em tempo real e as concentrações de sFas e sFasL foram mensuradas por ensaios imunoenzimáticos. Não houve diferença estatística significativa das frequências genotípicas e alélicas entre os grupos avaliados. Os níveis de sFas foram significativamente maiores no grupo com TB em comparação ao grupo controle (p = 0,0002), o que não foi observado na comparação entre a dosagem de sFas em pacientes com TB pulmonar e em pacientes com a forma extrapulmonar (p > 0,05). Os níveis de sFasL foram maiores no grupo controle do que no grupo com TB (p = 0,0125) e nos pacientes com TB extrapulmonar quando comparados aos com TB pulmonar (p = 0,0145). Houve correlação positiva entre os níveis de sFas e sFasL no grupo com TB (p = 0,0218). Os genótipos dos polimorfismos não influenciaram nas dosagens de sFas e sFasL no grupo com doença (p > 0,05). O estudo mostrou que, na população investigada, nenhum genótipo dos polimorfismos FAS -670A/G e FASL -124A/G está associado à infecção pelo M. tuberculosis ou ao agravamento do quadro clínico, e que sFas e sFasL podem representar um possível recurso de escape imunológico da bactéria, seja para o estabelecimento ou progressão da infecção. 

  • CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DO NASCIMENTO
  • HELMINTOFAUNA DE Amphisbaena alba E Amphisbaena fuliginosa amazonica (REPTILIA: SQUAMATA: AMPHISBAENIDAE) DE PROCEDENCIA DA AMAZÔNIA, BRASIL

  • Orientador : JEANNIE NASCIMENTO DOS SANTOS
  • Data: 20/08/2021
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  • A Ordem Squamata, é um grupo monofilético e constitui-se de seis Famílias (Amphisbaenidae, Trogonophidae, Bipedidae, Rhineuridae, Blanidae e Cadeidae), 20 gêneros e 197 espécies no mundo. A Família Amphisbaenidae é a mais representativa da Subordem Amphisbaenia possui 12 gêneros e 178 espécies descritas. No Brasil, há registro de 3 gêneros e 78 espécies de Amphisbaena (Amphisbaenidae). Trabalhos sobre a helmintofauna de anfisbenídeos são escassos, especialmente no Brasil, elevando a necessidade de desvendar sua fauna helmintológica, e fornecer dados para compreender a história do ciclo de vida e interações tróficas. O objetivo desse estudo foi investigar a diversidade de helmintos de Amphisbaena alba e Amphisbaena fuliginosa amazonica de procedência de três Estados da Amazônia Brasileira. Foram utilizadas as técnicas de microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura, para caracterização, análise e classificação dos helmintos ao menor nível taxonômico. Os hospedeiros foram coletados nos Municípios de Santa Bárbara-PA; Macapá-AP e Manaus-AM, Brasil. Sob as licenças do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - SISBIO: 53557-3 e 48102-5. Os helmintos encontrados foram preservados em álcool 70% e processados para microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Espécimes de helmintos serão depositados no banco de amostra do Laboratório de Biologia Celular e Helmintologia “Profa Dra Reinalda Marisa Lanfredi”, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará. Foram analisados 3 exemplares de anfisbenídeos: 2 espécimes de Amphisbaena alba e 1 A. f. amazonica. O intestino grosso foi o habitat do sistema digestório onde foram detectados todos os helmintos. Estes helmintos são pertencentes a 2 Ordens (Rhabditida e Cyclophyllidea), 2 Famílias (Cosmocercidae e Anoplocephalidae) e 3 gêneros (Aplectana, Maracaya e Oochoristica). O gênero Maracaya foi diagnosticado em (100%) dos hospedeiros, o gênero Aplectana em (66,7%), e o gênero Oochoristica em (33,3%.). Aplectana sp. nov. 01, representa 61ª espécie atribuída ao gênero, 6ª do Brasil e a 8ª espécie que ocorre em Amphisbaena sp., na região neotropical. Este trabalho adiciona duas novas espécies de nematódeos para o gênero Maracaya em répteis do gênero Amphisbaena: Maracaya sp. nov. 01 e Maracaya sp. nov. 02. Maracaya sp. nov. 01, representa o primeiro relato de parasitismo por nematódeo no complexo A. fuliginosa e na subespécie Amphisbaena f. amazônica e Maracaya sp. nov. 02, amplia o registro de parasitismo por esse nematódeo em A. alba. Amplia a distribuição geográfica de espécies do gênero Maracaya na América do Sul e Região Neotropical. 

  • LESLYE JOHANA TORRES AVILA
  • CORPOS LIPÍDICOS EM MACRÓFAGOS MURINOS INFECTADOS COM Leishmania (Leishmania) amazonensis E TRATADOS COM CROTOXINA

  • Data: 07/06/2021
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  • A leishmaniose tegumentar americana é uma doença causada por várias espécies
    de parasitos do gênero Leishmania spp. São parasitos intracelulares obrigatórios e têm
    como célula hospedeira o macrófago. Durante processos infecciosos e inflamátorios ocorre
    ativação de leucócitos que culmina com a formação de corpos lipídicos (CLs), sítios para
    síntese de eicosanóides e moléculas que são capazes de modular a resposta imune. A terapia
    é a única medida de controle para a leishmaniose; no entanto, as diversas formas clínicas,
    aparecimento de resistência e efeitos colaterais vem limitando seu uso, com isso, pesquisa
    em estratégias inovadoras vem sendo desenvolvidas, principalmente a terapia baseada na
    modulação das células do hospedeiro como nova abordagem promissora. A Crotoxina
    (CTX), um bioproduto com propriedades anti-virais, anti-tumorais, leishmanicida e
    imunomoduladora, pode ser considerada um bioproduto alternativo promissor para o
    tratamento da leishmaniose. Portanto, o presente estudo in vitro tem como objetivo analisar
    a atividade da CTX na formação de CLs em macrófagos durante a infecção por L. (L.)
    amazonensis. Para isto, macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c foram tratados
    com CTX nas concentrações de 2,4 e 4,8 μg/mL (apartir de estudos anteriores) marcados
    com tetróxido de òsmio e BODIPY e quantificados por microscopia de luz e citometria de
    fluxo, respectivamente. Os resultados obtidos mostraram aumento significativo do
    aumento da produção de CLs em macrófagos estimulados com 4,8 μg/mL de CTX em
    comparação ao controle. A análise ultraestrutural de macrófagos infectados com L. (L.)
    amazonensis e estimulados com CTX mostrou presença de CLs de diferentes
    eletrodensidades localizados próximos e alguns dentro do vacúolo parasitóforo. A
    formação de CLs em macrófagos tratados com CTX foi tempo dependente; no entanto,
    durante a infecção o comportamento foi descontínuo com aumento significativo
    principalmente após 48 horas. Além disso, foi observado uma relação inversa da carga
    parasitária e a formação de CLs. Em conclusão, CTX em concentrações não citotóxicas
    para a célula hospedeira é capaz de ativar a formação de CLs em macrófagos contribuindo
    para o controle de L. (L.) amazonensis.

  • ANDRELINA RAMOS DE JESUS MACIEL
  • AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS INTERNADAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 24/03/2021
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  • A infecção causada pelo HIV apresentava altos índices de mortalidade, porém, com a
    utilização da terapia antirretroviral (TARV) foi evidenciado o controle da doença e conforme
    aumenta a sobrevida de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) também aumenta a
    debilidade física que está relacionada com as complicações associadas à infecção pelo HIV e
    infecções oportunistas. Essa debilidade pode comprometer a independência do paciente, sua
    vida profissional e produtividade. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a
    capacidade funcional de pessoas vivendo com HIV/AIDS internadas em um hospital de
    referência no estado do Pará, caracterizando o perfil sociodemográfico descrevendo os graus
    de capacidade funcional e associando com variáveis sociais e de saúde. A pesquisa foi
    realizada na enfermaria da Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do Hospital
    Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e incluiu todos os pacientes internados, com
    idade maior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos, residentes no estado do Pará. Os dados
    foram coletados através de consulta ao prontuário e utilização de duas escalas de avaliação
    funcional o Índice de Barthel (IB) e a Escala de medida de independência funcional (MIF),
    aplicadas em forma de entrevista. As PVHA internadas na enfermaria de doenças infecciosas
    e parasitárias eram predominantemente do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 45 anos,
    homossexuais masculinos, com nível de escolaridade entre ensino fundamental e médio
    completos, procedentes do município de Belém e região metropolitana. A maior parte ficou
    internada entre 8 e 30 dias, sem internações anteriores, fazia uso de TARV e não
    apresentaram falha terapêutica, com tempo de diagnóstico da infecção pelo HIV entre 1 e 6
    meses. Em relação a contagem de LTCD4+, a maioria ficou entre 51 e 200 células/μL e a
    carga viral de 250.001 a 450.000 cópias/mL; os pacientes realizavam atendimento
    fisioterapêutico e tinham como acompanhantes um membro da família. As principais
    coinfecções encontradas na amostra estudada foram tuberculose, neurotoxoplasmose e sífilis.
    A maioria dos pacientes avaliados pelo Índice de Barthel apresentou dependência leve e
    moderada; quanto a Escala de medida de independência funcional apresentou dependência
    modificada com necessidade de assistência de até 25% e 50% da tarefa. Observou-se
    associação entre as variáveis neurotoxoplasmose, acompanhamento fisioterapêutico e
    presença de acompanhante com o IB. Por fim houve associação entre sexo,
    neurotoxoplasmose, acompanhamento fisioterapêutico e presença de acompanhante com a
    MIF. Verificou-se por este estudo que tanto pelo IB quanto pela MIF a maioria das PVHA
    internadas apresentava capacidade funcional reduzida de forma leve a moderada, sugerindo
    que as AVD e AIVD ainda não foram comprometidas e que a indicação de medidas
    preventivas e/ou tratamento visando manter a independência funcional nesta população deve
    ser incentivada. Embora não seja possível generalizar os resultados deste estudo, eles
    fornecem uma visão sobre a relação entre funcionalidade, aspectos sociais e de saúde em
    pessoas vivendo com HIV/AIDS.

  • DIEHGO TULOZA DA SILVA
  • MORFOLOGIA E FILOGENIA MOLECULAR DE MICROPARASITOS EUCARIOTOS EM Pygocentrus nattereri (Kner, 1858) , Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) ORIUNDOS DE CACHOEIRA DO ARARI, ILHA DE MARAJÓ – PA E DE
    Symphysodon aequifasciatus (Pelegrin, 1904) DO RIO TOCANTINS – PA

  • Data: 24/02/2021
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  • A região amazônica apresenta a maior diversidade de espécies de peixes do mundo, onde
    algumas são utilizadas como fonte de alimentação pelas populações ribeirinhas e/ou
    comercializadas como peixes ornamentais. Os peixes em ambiente selvagem ou em cativeiro
    estão sujeitos à parasitos que causam doenças, sendo necessário, portanto, a identificação desses
    agentes para a tomada de medidas visando a prevenção e o combate a doenças, evitando assim
    graves perdas econômicas. Dentre os parasitos descritos em peixes da Amazônia, os
    myxozoários são microparasitos metazoários que possuem o maior número de espécies
    estudadas e descritas. Os peixes Astronotus ocelattus (nome vulgar: apaiari), Pygocentrus
    nattereri (nome vulgar: piranha vermelha) e Symphysodon aequifasciatus (nome vulgar: acará
    disco) devido a sua importância econômica e ecológica foram selecionados para um estudo
    visando a identificação de microparasitos. O local escolhido para captura dos espécimes foi
    Cachoeira do Arari – PA, no caso do apaiari e piranha vermelha e Cametá – PA para os acarás
    disco. Essas espécies de peixes são endêmicas nesses municípios, mas sem registro de
    microparasitos, o que motivou a identificação de microparasitos nos peixes citados. A
    identificação foi realizada por meio de diferentes técnicas de microscopia, visando o estudo da
    morfologia, e por meio da biologia molecular para a caracterização filogenética. Os dados
    morfológicos foram obtidos de myxoesporos de parasitos a frescos, que em seguida foram
    processados para as técnicas de microscopia de luz e eletrônica. A biologia molecular foi
    baseada nas sequências parciais do gene que codifica a subunidade menor do RNA ribossomal
    (SSU rRNA) dos microparasitos que foram utilizadas na filogenia molecular com base em
    inferência Bayesiana e distâncias P. Com os dados da morfologia foram identificados a presença
    de microparasitos myxozoários pertencente aos gêneros, Ellipsomyxa Koie, 2003 e Kudoa,
    Meglitsch, 1947. Quando foram utilizadas as sequências parciais do gene SSU rRNA para a
    descrição dos microparasitos, foi possível dar um diagnóstico conclusivo para a descrição de
    três novas espécies de microparasitos do Sub Filo Myxozoa Grassé, 1970: Ellipsomyxa
    arariense sp. n., um parasito myxozoário da vesícula biliar de piranha vermelha; Kudoa
    ocellatus sp. n., um myxozoário encontrado na musculatura esquelética do apaiari e Kudoa
    carmonai sp. n., é um parasito de musculatura esquelética de acará disco. Essa é a primeira
    descrição de myxozoários nos hospedeiros P. nattereri, A. ocellatuse e S. aequifasciatus
    oriundos de suas respectivas regiões de coleta, aumentando a diversidade desse grupo de
    parasitos em peixes da região amazônica.

2020
Descrição
  • THAYANE FERREIRA FERNANDES
  • HELMINTOFAUNA DE QUIRÓPTEROS DE OCORRÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 18/12/2020
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  • A diversidade de quirópteros no Brasil corresponde aproximadamente a 9 Famílias, 64 gêneros
    e 181 espécies. Na Amazônia são conhecidas 146 espécies de morcegos, distribuídas em 64
    gêneros. Por sua característica sinantrópica, mobilidade e habilidade de habitar diversos tipos
    de abrigos, os morcegos apresentam susceptibilidade em promover a transmissão e
    disseminação de parasitos entre indivíduos de espécies diferentes. O estudo dos helmintos
    parasitos de morcegos na Amazônia é importante, pela possibilidade de identificar novas
    espécies e contribuir para o conhecimento da biodiversidade parasitária, além de contribuir para
    a compreensão dos hábitos alimentares e outros aspectos da biologia de quirópteros e seus
    helmintos. Assim o presente trabalho teve como objetivo geral realizar a identificação da
    helmintofauna de 16 gêneros de quirópteros de ocorrência no Estado do Pará, Brasil. Foram
    coletadas 26 espécies de morcegos, destas, 12 estavam parasitadas: Artibeus lituratus, Artibeus
    obscurus, Artibeus planirostris, Carollia perspicilata, Glossophaga soricina, Myotis nigricans,
    Myotis sp., Noctilio albiventris, Molossus molossus, Phylloderma stenops, Hsunnycteris tomasi
    e Phyllostomus discolor. Foram identificadas três novas espécies de trematódeos dos gêneros
    Metadelphis, Anenterotrema e Ochoterenatrema. Com exceção do gênero Metadelphis, foram
    realizadas a análise filogenética dos demais gêneros, com as respectivas novas espécies, para
    testar a monofilia e a inter-relação entre as espécies dos gêneros. Também foi identificada a
    espécie Urotrema scabridum e adicionados novas características a sua descrição, bem como a
    presença da bactéria Neorickettsia sp.. No filo Cestoda, duas espécies pertencentes aos gêneros
    Pararodentolepis e Vampyrolepis foram caracterizadas. Quatro espécies de nematódeos foram
    identificadas: Allintoshius n. sp. Litomosoides n. sp., Histiostrongylus coronatus e
    Bidigiticauda serrafreirei. A histopatologia do fígado, vesícula biliar e intestino delgado de M.
    nigricans parasitado por trematódeos, mostrou discretos danos causados nos tecidos pelo
    parasitismo. Esta tese adiciona 7 espécies novas, bem como seis registros de novos hospedeiros
    para a helmintofauna de quirópteros, além de trazer dados sobre as relações filogenéticas de
    helmintos que ocorre na região Amazônica, bem como a informação da presença de
    Neorickettsia em helmintos, implicando em um alerta para o papel de quirópteros como
    carreadores potenciais de bactérias zoonóticas.

  • MIKE BARBOSA DOS SANTOS
  • TAXA EVOLUTIVA DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) NA AMERICA DO SUL NOS ANOS DE 1989 A 2014.

  • Data: 18/12/2020
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  • O conceito de “quasispescie” começou a ser descrito para o HIV-1 desde de 1989, em
    que já se era visto, como uma população de vírus e não como um genoma único, isso é
    decorrente das altas taxas de mutações que fazem com que, cada particular viral tenha um
    genoma totalmente diferente das demais partículas, e essas mudanças mutacionais estão em
    torno de 6% em um único indivíduo, e podendo chegar a 50% entre indivíduos de diferentes
    regiões geográficas, a distribuição dos distintos subtipos pode variar de acordo com a sua
    origem e a sua dispersão, que estão estreitamente relacionados com a migração e deslocamento
    no globo, o subtipo B é o mais prevalente na América do Sul, seguido do F1 e C, mas as formas
    recombinantes circulantes (CRFs) e as formas recombinantes únicas (URFs) estão cada vez
    mais ocasionando tendências crescente, isso se deve pela recombinação inter-subtipos, e com
    isso aumentando cada vez mais a variabilidade genética, ocasionado uma ampla distância
    genética tanto intra como inter, contudo, no presente estudo analisamos a taxa evolutiva do
    HIV-1 ao longo de vinte e cinco anos na América do Sul, e para a realização do estudo, foi
    utilizado 260 sequências, do banco de dados do laboratório nacional de Los Alamos, no Estados
    Unidos, e todos os isoladas foram do período de 1989 a 2014 da América do Sul, foi feito um
    alinhamento com todas as sequências no software MAFFT, em seguida o dataset passou por
    um edição em dois programas, o BioEdit e GeneDoc, já a subtipagem foi realizada na
    ferramenta online REGA, sucessivamente foi feito a análise de recombinante no softwares
    online RIP e JpHMM, já a análise de variabilidade genética, e de mutação de resistência, foi
    realizado com o auxílio da ferramenta de resistência calibrada (CPR), e para a análise da taxa
    de distância e diversidade genética, foi realizado com os modelos Kimura -2parametros e
    Tamura -3parametros, implementados no programa MEGA X e para estimar a taxa de
    substituição ds/dn foi utilizado o software SNAP. O resultado nos demostrou que, a
    variabilidade genética da alça V3 tem uma frequência para a GPGR no Brasil, seguido da
    Argentina, no entanto a GWGR nos demostrou uma prevalência de 100% para o subtipo B no
    Brasil, outra variante que merece destaque é a GPGQ identificada com 100% no subtipo C, em
    todo o dataset foi identificamos 20/260 (7,7%) sequências com MRDs no gene da protease
    localizadas nas regiões L24I, D30N, M46I/L, G48V, I50L, F53L, I54V, L76V, V82A, V82F,
    I84V, I85V, N88D e L90N, o subtipo que demostrou o maior número de mutações foi o F1 com
    10/20 (50%) seguido do subtipo B 9/20 (45%) e o subtipo C com 1/20 (5%), com base no estudo
    diversidade populacional de todo o genoma na América do Sul foi de 0,10 ± 0,01, mas a média
    especifica da diversidade intrapopulacional dos subtipos, CRFs e URFs foi de 0,07 ± 0,01, e a
    média interpopulacional de 0,03 ± 0,01, quando analisamos o perfil de tendência temporal,
    distribuídos em grupos por ano de isolamento no gene da protease, tivemos uma distância de
    0,0784 ± 0,0118 para o grupo de 1989 a 1998 e de 0,0907 ± 0,0105 para o grupo 2008 a 2014,
    a alça V3 nos demostrou uma distância intra-subtipo de 0,1408 ± 0,0138 no subtipo B seguido
    do subtipo F1 com 0,0974 ± 0,0131 e o subtipo C com uma menor distância dentro da população
    com 0,074 ± 0,0112. Embora tenha com certo que os subtipos B, F1, C e os CRFs_BF tenham
    se estabelecido como marcas epidemiológicas na América do Sul, novas variantes
    intrapopulacionais estão surgindo, e fixando MRDs, outra grande preocupação é a introdução
    e circulação do subtipo D no gene da protease, portanto a vigilância e monitoramento
    epidemiológico é de extrema importância para evitar a disseminação, fixação e surgimento de
    novas variantes resistente aos TARVs para esse subtipo na américa do sul.

  • JULIANA DAS MERCES HERNANDEZ
  • ANÁLISE MOLECULAR DE NOROVÍRUS E DA MICROBIOTA FECAL DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS POR GASTROENTERITE AGUDA

  • Data: 27/11/2020
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  • Mundialmente, os Norovírus (NoV) são responsáveis pela maioria dos casos de gastrenterite
    aguda não bacteriana, causando epidemias globais e surtos. Esse grupo de vírus são
    geneticamente diversos, evoluem rapidamente, apresentando altas taxas de substituição
    nucleotídica e constantes eventos de recombinação. Fatores que dificultam o desenvolvimento
    de terapias e vacinas, associado ao fato da estabilidade das partículas no ambiente e a baixa
    dose infectante necessária para a doença, criando um ambiente favorável a sua persistência na
    população. Nas últimas décadas, o genótipo GII.4 tem sido o principal responsável pelos
    casos, o que pode ser justificado pela variabilidade antigênica de suas variantes, levando a um
    escape da imunidade de rebanho. Diante desse cenário, este trabalho investigou 28 amostras
    fecais de crianças menores de 10 anos com gastrenterite aguda, residentes em Belém e
    Manaus coletadas entre 2012 a 2016. Essas amostras, previamente caracterizadas como
    norovírus GII.4 foram submetidas ao sequenciamento na plataforma Illumina HiSeq. Duas
    abordagens foram utilizadas para análise das populações microbianas usando classificadores
    de metagenômica. A primeira foi a comparação de todos os fragmentos sequenciados com o
    banco de dados não redundante de proteínas (NR) do NCBI através do programa Diamond. A
    segunda foi a classificação taxonômica das reads utilizando o Kraken 2, que cruza dados do
    gene ribossômico 16S utilizando a base de dados Silva rRNA. Após essas análises, observouse
    a presença dos domínios: Bacteria (95%), Eukaryota (3,1%) e Virus (1,9%). Entre as
    bactérias, os filos mais abundantes foram Firmicutes (86.3%) e Proteobacteria (12.5%). A
    família Enterobacteriaceae foi a predominante com 89,5% do total, destacando-se o gênero
    Klebsiella (91,4%). Em 22,2% das amostras foi observada uma associação de norovírus e
    picornavírus. Retrovírus endógenos humanos e bacteriófagos, principalmente da ordem
    Caudovirales, foram observados com frequência. Através do algoritmo IDBA-UD, usando a
    estratégia De Novo, recuperou-se 21 genomas completos ou parcialmente completos de NoV,
    dois genomas completos classificados como Human Parechovirus 8 (HPeV) (7441 pb) e
    Enterovírus B (7287 pb), e um genoma parcial de 4060 pb de enterovírus. Foram realizadas
    análises de filogenia, evolução molecular e de substituição aminoacídica entre os genomas de
    NoV. Nossos resultados indicam que a metagenômica é uma ferramenta valiosa para a
    identificação da microbiota associada à infecção por NoV, além de serem valiosos frente a
    escassez de dados nessa área.

  • AMANDA CAROLINE DE JESUS ALVES
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE PARASITOS DA MALÁRIA HUMANA OBTIDOS DE INDIVÍDUOS INFECTADOS DURANTE UM SURTO NA MICRORREGIÃO DE CAMETÁ, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 26/11/2020
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  • Atualmente cinco espécies de Plasmodium são reconhecidas como causadoras da malária em humanos: Plasmodium malariae, Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi. P. vivax é a espécie predominante no Brasil e apresenta três genótipos (VK210, VK247 e P. vivax-like) diferenciados por uma variação na região repetitiva da CSP, sendo a VK210 a mais frequente. Apesar da sua predominância, pouco se sabe sobre as populações de P. vivax circulantes em áreas endêmicas do país, como o Estado do Pará, um dos principais estados que notificam malária e que registrou um aumento do número de casos entre os anos de 2017 e 2018. Neste período, alguns municípios vivenciaram surtos epidêmicos, incluindo municípios pertencentes à microrregião de Cametá, tornando necessária a realização de estudos que investiguem as populações de P. vivax circulantes e sua relação com a ocorrência destes eventos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi caracterizar morfológica e molecularmente os parasitos de malária humana obtidos de indivíduos infectados durante um surto na microrregião de Cametá. Para isso foi realizada análise microscópica de lâminas contendo gota espessa (GE) e distensão sanguínea (DS), além de confirmação da espécie por qPCR. As amostras confirmadas como P. vivax foram amplificadas para a região repetitiva do gene da CSP por PCR, e as variantes da CSP foram identificadas pela técnica de RFLP. Um total de 569 amostras foram coletadas, das quais 260 apresentaram resultado positivo na análise microscópica e foram confirmadas por qPCR como infecções por P. vivax. Na GE a parasitemia variou de 24 a 30.000 parasitos/mm3 e na DS foram observadas formas atípicas de P. vivax em amostras de três pacientes. Das 260 amostras, 256 foram amplificadas e genotipadas. Em 255 foi identificado unicamente o genótipo VK247 (99,6%) e em somente uma o genótipo VK210. O genótipo P. vivax-like não foi encontrado em nenhuma das amostras e nenhuma infecção mista foi identificada. A realização do estudo permitiu constatar que o surto de malária ocorrido entre os anos de 2017 e 2018 em municípios da Microrregião de Cametá teve como agente etiológico a espécie P. vivax e que esta pode apresentar atipias em sua morfologia. Esse é o primeiro relato da ocorrência destas formas em parasitos circulantes no Brasil. Além disso, pela primeira vez o genótipo VK247 foi detectado com predominância em infecção simples em uma área do Estado do Pará, indicando mudança na distribuição dos genótipos de P. vivax. 

  • SIDNEY DOS REIS DINIZ
  • ESTUDO DE POPULAÇÕES DE Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari DA AMAZÔNIA BRASILEIRA POR MORFOMETRIA GEOMÉTRICA ALAR

  • Data: 24/11/2020
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  • A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada de mosquitos
    fêmeas do gênero Anopheles e entre esses vetores encontram-se os complexos de espécies
    crípticas. Desses complexos, o Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari tem papel importante
    na transmissão de malária porque algumas de suas espécies são consideradas vetoras em
    alguns países da América do sul, incluindo o Brasil. Espécies crípticas de complexos são de
    difícil distinção ou indistinguíveis por caracteres morfológicos externos, e assim, hoje, este
    tipo de identificação pode ser feito por exemplo, por comparação das estruturas da genitália
    dos machos. Porém, tanto machos como fêmeas podem ser identificados por métodos
    moleculares e/ou ferramentas que auxiliem na diferenciação das espécies, como a
    morfometria geométrica alar, visto que as asas possuem características herdáveis. Assim, o
    objetivo deste estudo foi realizar análises morfométricas de asas de espécimes de populações
    de An. nuneztovari buscando possíveis caracteres que diferenciassem as espécies do complexo
    Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari. Para isso, foram analisadas duas populações de
    fêmeas de An. nuneztovari s.l., coletadas em dois municípios do estado do Pará, Altamira e
    Peixe Boi, duas populações de machos identificadas previamente como An. nuneztovari s.s e
    An. goeldii e duas populações externas de fêmeas, Aedes aegypti e An. darlingi. As variáveis
    de forma e tamanho da asa foram obtidas por Análise Generalizada de Procrustes. Análises de
    Variáveis Canônicas, Funções Discriminantes com validação cruzada e Análise de Variância
    para verificar diferenças utilizando os programas MorphoJ e PAST. Não foram observadas
    diferenças entre as populações de fêmeas de An. nuneztovari, porém entre os machos An.
    nuneztovari s.s e An. goeldii houve diferença significativa no formato da asa, revelando que o
    formato alar é um bom marcador para diferenciar os machos dessas espécies. Também foi
    possível verificar dimorfismo sexual entre as populações de An. nuneztovari, indicando que o
    formato alar apresenta diferenças entre os sexos. Assim, a morfometria geométrica alar
    mostrou ser uma ferramenta eficiente para diferenciar os machos do complexo An.
    nuneztovari e para verificar dimorfismo sexual alar entre os mosquitos An. nuneztovari. As
    vantagens do uso dessa ferramenta em estudos com culicídeos de interesse médico são
    promissoras, pois é uma técnica considerada eficiente, relativamente rápida e de menor custo
    quando comparada com técnica de caracterização genética e pode ser realizada em campo.

  • MISSIENE MARIA DA SILVA
  • O ESTADO DA ARTE DE HALLTREMA (TREMATODA: CLADORCHIIDAE) E A REDESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DE H. avitellina (Lent & Freitas, 1939), PARASITO DE Podocnemis expansa Schweiger 1812 (TESTUDINES: PODOCNEMIDIDAE)

  • Data: 26/08/2020
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  • A taxonomia descritiva é uma importante ferramenta para a descrição de espécies, porém tem
    sua eficiência comprometida pelo “impedimento taxonômico” vigente na atualidade.
    Sabendo-se que os métodos de processamento dos helmintos podem influenciar na descrição
    das espécies e da falta de dados referentes ao processamento de espécimes do Gênero
    Halltrema (Trematoda: Cladorchiidae), o parasito H. avitellina (Lent & Freitas, 1939) é
    indicado como um modelo de estudo nesse contexto taxonômico, sendo caracterizado como
    um raro trematódeo parasito da tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa), apresentando
    informações incertas quanto à sua descrição morfológica, ocorrência e métodos de
    processamento. Dessa forma, o presente estudo buscou identificar e redescrever
    morfologicamente a série tipo (tipos e cotipos) de H. avitellina. O material foi coletado em
    2016 e 2018 de três hospedeiros. Os helmintos foram fixados sem achatamento, corados e
    montados de acordo com o protocolo desenvolvido pelo grupo de estudo; propomos pela
    primeira vez cortes histológicos utilizando Historesina® como meio de inclusão. Obtivemos
    oito trabalhos publicados de Halltrema. Os exemplares do estudo foram identificados como
    H. avitellina; a espécie foi redescrita a partir de novos dados morfológicos e
    histomorfológicos, os quais compõem um conjunto de informações que pode elucidar
    importantes questões com relação ao Estado da Arte de H. avitellina, pois agora propomos o
    método de coleta, relaxamento, fixação, coloração, processamento e cortes para poder
    descrever as estruturas de maneira adequada e para evitar, solucionar ou diminuir os
    problemas inerentes ao impedimento taxonômico desse grupo.

  • SAMIRA PEIXOTO ALENCAR
  • Prevalência e epidemiologia molecular da infecção pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) em pessoas vivendo com HIV/AIDS no Estado do Pará, Norte do Brasil

  • Data: 05/08/2020
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  • Prevalência e epidemiologia molecular da infecção pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) em pessoas vivendo com HIV/AIDS no Estado do Pará, Norte do Brasil

  • RONALD FERREIRA DE JESUS
  • DIVERSIDADE DE NEMATÓDEOS PARASITOS DE DUAS ESPÉCIES DE CÁGADOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 24/06/2020
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  • Podocnemis unifilis e Rhinoclemmys punctularia são duas espécies de cágados encontrados na
    região Amazônica e, apesar de suas ampla distribuição e importância como fonte de proteína
    para os moradores dessa região, são escassas as pesquisas relacionadas a taxonomia e
    sistemática de nematódeos parasitos dessas espécies. Os trabalhos já publicados limitam-se
    apenas a aspectos biológicos, ecológicos e reprodutivos, além de estudos que visem o
    monitoramento, conservação e manejo desses répteis. Desta forma, o presente trabalho propôs
    estudar a diversidade de nematódeos parasitos de duas espécies de cágados oriundos de quatro
    municípios do Pará, leste da Amazônia brasileira. O material analisado foi proveniente de
    coletas realizadas entre os anos de 2017 a 2019, correspondendo a oito hospedeiros (quatro P.
    unifilis e quatro R. punctularia). Devido a elevada intensidade de infecção no trato
    gastrointestinal de todos os hospedeiros estudados, utilizamos peneiras para colheita e
    separação de conteúdos relacionados a dieta e parasitos, os quais foram fixados em álcool
    70% aquecido ou solução A.F.A (2% de ácido acético, 3% de formol e álcool etílico a 70%),
    processados e analisados por Microscopias de Luz e Microscopia Eletrônica de Varredura
    (MEV). Assim, relatamos uma riqueza diferente de nematódeos nas duas espécies de
    quelônios (sete espécies de nematódeos), duas em R. punctularia (Falcaustra tikasinghi e
    Atractidae n. gen., n. sp.) e cinco em P. unifilis (Paraorientatractis semiannulata, Paratractis
    hystrix, Orientatractis leiperi, Orientatractis n. sp. e Atractis n. sp.). Apesar de possuírem
    características morfológicas semelhantes foi observada diferenças morfométricas entre
    espécimes de F. tikasinghi de diferentes localidades e da descrição original. Novos registros
    geográficos foram reportados para as espécies de F. tikasinghi, P. semiannulata, P. hystrix e
    O. leiperi. As análises inéditas por MEV de O. leiperi, nos permitiram observar novas
    características morfológicas e assim propor uma redescrição para esta espécie. Foram
    identificadas duas novas espécies, com características de Orientatractis e Atractis parasitos de
    P. unifilis, além de dois morfotipos semelhantes coletadas no estômago e intestino de R.
    punctularia provenientes de duas localidades (Baía do Capim, em Abaetetuba e Rio
    Murubira, em Belém) apresentando características morfológicas e morfométricas inéditas dos
    demais gêneros atractideos (número de lábios, forma das papilas caudais nos machos e bainha
    envolvendo o espículo maior), um novo gênero foi proposto para acomodá-los. Portanto, o
    nosso estudo adiciona novos dados morfológicos e geográficos a nematódeos parasitos de
    cágados amazônicos.

  • AMANDA ANASTACIA PINTO HAGE
  •  

    EFEITO i n vitro DO ÓLEO ESSENCIAL DE Licaria rigida (Kosterm.) Kosterm.SOBRE O PROTOZOÁRIO Leishmania (Leishmania) amazonensis E ACÉLULA HOSPEDEIRA



  • Data: 16/04/2020
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  • As Leishmanioses são doenças de caráter antropozoonótico causadas por protozoários do
    gênero Leishmania spp. O t ratamento é l imitado devido à resistência desenvolvida pelo
    parasito e aos severos efeitos colaterais. Assim, é necessário o estudo de t erapias
    alternativas que sejam eficazes contra o parasito sem causar danos ao hospedeiro.
    Recentemente, estudos com produtos naturais estão sendo analisados e muitos
    apresentam resultados promissores, principalmente os que são extraídos de plantas j á
    utilizadas na medicina popular. Dentre estes, os óleos essenciais (OE) se destacam pela
    sua característica hidrofóbica, f acilitando sua difusão pelas membranas celulares, e por
    apresentar em diferentes compostos bioativos que l hes conferem i mportantes atividades
    farmacológicas. A espécie Licaria rigida (Kosterm.) Kosterm. (Lauraceae) é conhecida
    popularmente como “Imbúia-do-Norte” e seu OE possui atividade antioxidante,
    antibacteriana e antitumoral. Possui como componente majoritário o β-cariofileno, descrito
    na l iteratura como um potente composto l eishmanicida. Assim, o objetivo do estudo, f oi
    avaliar o efeito do OE extraído de f olhas de L. rigida sobre promastigotas e amastigotas de
    Leishmania (Leishmania) amazonensis e macrófagos peritoneais de camundongos. Pelo
    método do MTT, f oi observado que o OE, nas concentrações de 20, 50, 100 e 200 μg/mL,
    após 72 horas, não promoveu redução da viabilidade celular de macrófagos (CC 50 >200
    μg/mL), e a análise por microscopia óptica e morfometria mostraram que há i ndução da
    ativação celular. A análise sobre promastigotas mostrou, pelos métodos com MTT e
    Alamar Blue® , que o OE promoveu redução significativa da viabilidade celular a partir da
    concentração de 200 μg/mL, acompanhado de redução do volume celular, após 72 horas.
    Para verificar se o OE promovia alterações nos parasitos i ncubados com 20, 50 e 100
    μg/mL, que ainda se mostraram viáveis, f oi realizada análise morfológica, por microscopia
    óptica e microscopia eletrônica de varredura. Nas concentrações de 20 e 50 μg/mL f oi
    observado retração do corpo celular, encurtamento f lagelar, células em processo de
    divisão celular, evidenciado por duplo f lagelo e blebs aparentemente maiores na superfície
    celular. Na concentração de 100 μg/mL, além dessas características, nota-se que não há
    alteração no número de f lagelos. Na análise ultraestrutural, os parasitos i ncubados com 20
    μg/mL, apresentavam estruturas semelhantes à f igura de mielina, sugestivo de processo
    autofágico e vesículas na bolsa f lagelar. Nas promastigotas i ncubadas nas concentrações
    de 50 e 100 μg/mL, f oi observado núcleos com características apoptóticas, muitas
    vesículas citoplasmáticas e células em processo de divisão. Também f oi observado, a
    partir da análise da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e óxido nítrico (NO),
    que o OE i nduziu estresse oxidativo nas promastigotas i ncubadas nessas concentrações.
    Nas t rês concentrações t estadas f oi observado aumento significativo da produção de ERO,
    e apenas na concentração de 20 μg/mL f oi observado aumento significativo de NO, que
    pode estar correlacionado com a autofagia, confirmado a partir da marcação com LC3b,
    nessa concentração. Além disso, f oi observado que a i ncubação dos parasitos com 100
    μg/mL do OE desencadeava alteração no potencial de membrana mitocondrial, sugestivo
    de processo apoptótico. Para confirmar se os parasitos j á apresentavam um processo
    inicial de morte celular, f oi f eita i ncubação com PI e Anexina-V, na qual promastigotas
    incubadas com 50 e 100 μg/mL do OE, t inham um aumento significativo da exposição de
    fosfatidilerina. Esses dados demonstram que apesar de viáveis, as promastigotas
    apresentam i mportantes alterações que podem afetar o seu desenvolvimento e
    desencadear morte celular, de f orma dose-dependente, parecendo i niciar com processo de
    autofagia para reparo de danos celulares, até o processo de apoptose. Após i nteração i n
    vitro e t ratamento com OE, f oi observado que houve redução significativa do í ndice de
    sobrevivência de amastigotas (IC 50 =15 μg/mL), com í ndice de seletividade maior que 13.
    Além disso, a análise morfológica mostrou que há uma i ntensa ativação dos macrófagos
    após o t ratamento, modificando o padrão i nibitório desencadeado pelo parasito L. (L.)
    amazonensis, que pode l evar à redução da carga parasitária e possíveis alterações no
    protozoário. Este estudo mostra o potencial do OE de L. rigida como agente l eishmanicida,
    e esta atividade parece se dar pela sinergia dos seus componentes.

  • ADAN JESÚS GALUÉ PARRA
  • ATIVIDADE DE Caryocar villosum SOBRE Leishmania (Leishmania) amazonensis E ACÉLULA HOSPEDEIRA

  • Data: 15/04/2020
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  • As leishmanioses são doenças negligenciadas, causadas por protozoários do gênero
    Leishmania. Apresentam tratamento eficaz, mas limitado, o que torna a busca por tratamentos
    alternativos necessária. Estudos com substâncias de origem natural, que sejam potencialmente
    menos tóxicas para a célula e sejam seletivas ao protozoário vem sendo desenvolvidos. O fruto
    de Caryocar villosum, utilizado na culinária Amazônica e na medicina tradicional, apresenta
    importantes propriedades farmacológicas como: anti-inflamatória, antioxidante, antitumoral e
    cicatrizante. Possui como componente majoritário o nerolidol, que apresenta ação
    leishmanicida. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a ação in vitro do óleo obtido do fruto de
    C. villosum sobre L. (L.) amazonensis e a célula hospedeira. Foi observado que o óleo não
    promoveu mudanças significativas na viabilidade do parasito em concentrações menores que
    500 μg/mL (IC50 >500 μg/mL), atuando mais como um agente citostático do que citotóxico.
    Isso foi confirmado através de análises por microscopia ótica e eletrônica de varredura e
    transmissão, que mostraram várias alterações morfológicas como divisão celular atípica e
    aumento celular. Análise por Microscopia Eletrônica de Transmissão mostrou que nas
    concentrações de 50 e 100 μg/mL, o óleo, promoveu alteração no núcleo, acúmulo de corpos
    lipídicos, e presença de vesículas na bolsa flagelar, indicativo de atividade exocítica elevada.
    Na concentração de 100 μg/mL, o óleo estimulou a produção de EROs, redução do potencial
    de membrana mitocondrial (ΔΨm) e aumento de corpos lipídicos no parasito, sugerindo um
    possível processo inicial de morte semelhante a apoptose, corroborada pelas alterações
    morfológicas observadas. Entretanto, o óleo não foi capaz de induzir a externalização da
    fosfatidilserina na superfície de formas promastigotas. Para análise da atividade antiamastigota,
    macrófagos foram infectados com L. (L.) amazonensis e incubados com óleo. Foi
    observado que houve redução significativa do índice de sobrevivência de amastigotas, a partir
    de 20 μg/mL (IC50= 10.21), com índice de seletividade de 48.9, mostrando maior seletividade
    para o parasito do que para célula hospedeira. Além disso, análise morfológica e medida de
    citocinas pro-inflamatórias, com aumento significativo de IL6 e TNF-alfa, mostraram que
    ocorre ativação dos macrófagos infectados para um perfil M1 após o tratamento, revertendo
    padrão inibitório causado pelo parasito. Assim, o óleo de C. villosum pode ser considerado um
    composto natural com ação leishmanicida contra L. (L.) amazonensis, pois além de não ser
    tóxico para os macrófagos induz a redução do número de amastigotas intracelulares, por meio
    da ativação da célula hospedeira.

  • EVELYN LEBREGO CARDOSO
  • ESTRUTURA DA COMUNIDADE PARASITÁRIA DE Rhinella marina (LINNAEUS,1758) (ANURA: BUFONIDAE) E Leptodactylus fuscus (SCHNEIDER, 1979) (ANURA:LEPTODACTYLIDAE) NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS BELÉM

  • Data: 15/04/2020
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  • Os anfíbios podem ser hospedeiros de diversos grupos de helmintos, dentre estes os:
    nematódeos, trematódeos, cestódeos e acantocéfalos. Entretanto, os estudos sobre estrutura da
    comunidade parasitária de Rhinella marina e Leptodactylus fuscus, principalmente no Brasil,
    ainda são escassos. Para melhor compreender a dinâmica parasitária, o presente estudo tem
    como objetivo caracterizar a estrutura da comunidade parasitária de R. marina e L. fuscus, bem
    como avaliar se fatores referentes ao ambiente e ao hospedeiro exercem influência na sua
    helmintofauna. Os hospedeiros foram coletados no Campus de Belém da Universidade Federal
    do Pará (UFPA), no período de fevereiro de 2018 a janeiro de 2019 e os helmintos colhidos
    foram analisados através do microscópio Olympus BX 41 para identificação dos caracteres
    morfológicos e posteriormente diagnose específica com base em chaves e artigos originais de
    descrição das espécies. Estimamos a prevalência, intensidade média de parasitos, abundância
    média e a riqueza da comunidade parasitária dos hospedeiros. Para as análises estatísticas
    realizamos Test T de Student. Para verificar se há diferenças significativas entre a massa e o
    CRC dos hospedeiros fêmeas e machos de R. marina e L. fuscus, construímos Modelos Lineares
    Generalizados (GLMs), usando como variável resposta a abundância de helmintos separados
    por Filos, com espécies que apresentaram prevalência acima de 10%. Os testes foram realizados
    no programa estatístico R. Para avaliar a uniformidade da comunidade parasitária de R. marina
    e L. fuscus utilizamos o índice de Equitabilidade, que apresentou o valor 0.9 para a
    helmintofauna de ambas espécies hospedeiras. Como resultado, identificamos pelo menos 17
    morfotipos de helmintos, com helmintos do Filo Nematoda os mais prevalentes, sendo este
    trabalho o primeiro registro de L. fuscus como hospedeiro de Aplectana membranosa e o
    primeiro relato de Clinostomum sp. e Mesocelium brieni para R. marina na América do Sul.
    Por meio das análises de GLM, não encontramos significância estatística entre os descritores
    da comunidade parasitária de L. fuscus, assim como não encontramos significância estatística
    para a relação entre a abundância de nematódeos e cestódeos de R. marina e as variáveis
    ecológicas testadas. Em contrapartida, a subpopulação de helmintos do gênero Mesocoelium
    mostrou sofrer influência da massa do hospedeiro e sexo. Além disso, encontramos divergência
    entre a composição e a influência de fatores ecológicos sobre a helmintofauna de L. fuscus e R.
    marina.

  • EDILSON COELHO SAMPAIO
  • ANÁLISE COMPARATIVA DOS ASPECTOS CLÍNICOS, DO NÍVEL DE FUNCIONALIDADE, DO DESEMPENHO NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA E NOS PAPÉIS OCUPACIONAIS DE PACIENTES INFECTADOS PELO HTLV-1

  • Data: 30/03/2020
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  • A Paraparesia Espástica Tropical ou Mielopatia associada ao HTLV (PET/MAH) pode impossibilitar, limitar ou restringir a participação do sujeito em suas atividades de vida diária (AVD) e nos seus papéis ocupacionais, afetando a saúde e a qualidade de vida.Este estudo tem por objetivo analisar a associação entre os aspectos clínicos, o nível de funcionalidade, o desempenho nas atividades da vida diária e nos papéis ocupacionais de grupos de pacientes infectados por HTLV – 1 atendidos em unidade de referência com ou sem sintomas de PET/MAH. Trata-se de um estudo observacional,  descritivo, analítico, transversal com abordagem quantitativa. Utilizou-se a Escala deIncapacidade Neurológica do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas – EIPEC-2, O Índice de Barthel e a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais. Na referida pesquisa, que foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa (1.592.979), foram entrevistados 44 pacientes com HTLV-1 que fazem acompanhamento no Núcleo de Medicina Tropical (NMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA), no Laboratório de Clínica e Epidemiologia de Doenças Endêmicas deste Núcleo ou no Laboratório de
    Estudos em Reabilitação funcional (LAERF). Os resultados obtidos demonstraram maior frequência de pacientes assintomáticos (67,5%), que sintomáticos (32,5%). Identificou-se maior frequência do gênero feminino e de pessoas assintomáticas na faixa de 41 a 50 anos (33,3%) e pessoas sintomáticas na faixa etária de 51 a 60 anos (53,8%). Quanto à escolaridade, os pacientes assintomáticos tinham apenas o ensino médio e os sintomáticos o ensino fundamental. A maior parte dos pacientes, em ambos os grupos, eram casados ou solteiros. Quanto ao trabalho, ambos os grupos apresentaram grande associação com o trabalho doméstico. Em relação às características epidemiológicas a maior parte dos pacientes, em ambos os grupos, não receberam transfusão de sangue. Apenas um (2,9%) dos pacientes relatou ter utilizado drogas injetáveis. A relação sexual ainda é uma prática de 21 (77,8%) pacientes assintomáticos, enquanto apenas 04 pacientes sintomáticos (30,8%). Em relação ao tempo que eles sabem da infecção pelo vírus, 25 dos assintomáticos (90,6%) e 8 dos sintomáticos (61,5%) declararam saber da infecção há menos de 10 anos. E 16 dos pacientes assintomáticos (59,3%) e 08 dos sintomáticos (61,5%) disseram ter descoberto a infecção pelo HTLV-1 ao tentarem doar sangue.Após a avaliação, identificou-se que os pacientes assintomáticos apresentaram mais independência no desempenho das AVD e os sintomáticos apresentaram dependência leve. Os papéis ocupacionais sofreram mudanças nos pacientes sintomáticos mais significativamente, dada as suas condições clínicas e funcionais. Oplano de intervenção de Terapia Ocupacional permitiu sistematizar o planejamento de ações, que podem ser organizadas em metas a curto, médio e longo prazo, dependendo das necessidades terapêuticas dos pacientes. O plano também permite complementar e  aprimorar a assistência multiprofissional e interprofissional.

  • ELAINE PATRICIA TAVARES DO ESPIRITO SANTO
  • ABORDAGEM MOLECULAR, FENOTÍPICA E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE DE ISOLADOS DA FAMÍLIA TRICHOSPORONACEAE AOS ANTIFÚNGICOS COMERCIAIS E AO ÓLEO ESSENCIAL DE Syzygium aromaticum (CRAVO-DA-ÍNDIA)

  • Data: 21/02/2020
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  • O gênero Trichosporon passou por várias revisões e sua taxonomia foi modificada
    progressivamente. A identificação de espécies é difícil e necessita tanto de observações
    morfológicas quanto de identificação bioquímica, que às vezes são inconclusivas, por isso, é
    necessário buscar outras ferramentas, como a Biologia Molecular. Faltam testes padronizados
    para avaliar suscetibilidade antifúngica, porém geralmente os dados descritos corroboram
    entre si. Atualmente, o uso de plantas medicinais vem se tornando uma prática constante.
    Syzygium aromaticum, conhecido como cravo-da-índia, está sendo bastante estudado nos
    últimos anos e demonstrando atividades sobre bactérias e fungos. Através da Extração por
    Fluido Supercrítico (EFS), técnica “verde”, barata e que não produz resíduos tóxicos, pode ser
    obtido excelente óleo essencial (OE) do cravo-da-índia. O objetivo deste trabalho foi
    identificar molecularmente, avaliar os aspectos fenotípicos e determinar a sensibilidade de
    isolados de Trichosporon, Cutaneotrichosporon e Apiotrichum aos antifúngicos comerciais e
    ao óleo essencial de Syzygium aromaticum (cravo-da-índia) extraído por Fluido Supercrítico.
    Neste trabalho, 26 isolados clínicos foram identificados como pertencentes aos gêneros
    Trichosporon, Cutaneotrichosporon e Apiotrichum através do sequenciamento da região
    Intergenic spacer 1 (IGS1). Observou-se desenvolvimento colonial ideal entre 35 e 40°C. A
    lipase foi a principal enzima extracelular produzida (100%) e caseinase não foi produzida
    (0%). Todos os isolados foram capazes de produzir biofilme, porém foram classificados como
    baixo produtor. A suscetibilidade aos antifúngicos foi determinada pelo método de
    microdiluição em caldo do CLSI para fluconazol (FLC), itraconazol (ITC) e anfotericina B
    (AMB). Elevada CIM para AMB, com todas as cepas resistentes e FLC foi à droga mais ativa
    entre os antifúngicos testados. Foram identificados 15 componentes do OE, sendo o eugenol
    (60%) o principal composto. Este OE apresentou baixa porcentagem de hemólise, e o método
    de disco-difusão revelou elevado halo de inibição, variando de 21 a 37 mm, com CIM
    variando de 2 mg/mL a 174 mg/mL. A suscetibilidade dos biofilmes ao OE demonstrou CIM
    variando de 69,5 a 347,5 mg/mL. Além disso, o OE inibiu o desenvolvimento do biofilme ao
    ser utilizado no tratamento prévio da amostra. Este estudo permitiu observar a atividade
    antifúngica do OE de S. aromaticum contra espécies clinicamente relevantes, indicando o
    elevado potencial deste composto, como opção terapêutica no tratamento de infecções
    fungicas.

  • SÂMILA NATIANE FERREIRA
  • GENES DE miRNA NO MHC E SUAS ASSOCIAÇÕES COM DOENÇAS INFECCIOSAS

  • Data: 07/02/2020
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  • O complexo principal de histocompatibilidade (MHC) é uma das regiões mais estudadas do
    genoma, uma vez que abriga os principais genes da resposta imune, os quais podem ser usados
    como biomarcadores para doenças infecciosas. A importância dessa região e sua associação
    com doenças infecciosas se deve, principalmente, por abrigarem os genes do antígeno
    leucocitário humano (HLA) de classe I e II, que além da função de apresentação de epítopos,
    ainda possuem alta variabilidade. No entanto, pouco se sabe sobre os miRNAs da região do
    MHC e qual é o papel que eles desempenham nas infecções. Os microRNAs por sua vez, são
    pequenos RNAs não codificados cuja função é regulação genica pós-transcricional.
    Atualmente, muitos estudos são realizados associando os miRNAs como possíveis
    biomarcadores para diferentes doenças. O objetivo desse estudo foi descrever os genes de
    miRNA do MHC, sua variabilidade e associação com doenças infecciosas. Além disso, os genes
    hospedeiros e os genes alvos dos miRNAs do MHC também foram avaliados quanto a sua
    associação com doenças infecciosas. A pesquisa foi realizada em diversos bancos de dados e
    em revisões na literatura, identificando 48 miRNAs na região do MHC, os quais apresentaram
    alta variabilidade de SNP e CNV. Essa variabilidade, provavelmente, foi provocada por pressão
    seletiva podendo regular ou interromper a expressão desses miRNAs. Também foi encontrado
    oito miRNAs dentro ou perto de regiões de rearranjos clássicos do MHC (RCCX e DRB). A
    proporção de miRNAs do MHC associados com infecções (23%) e superior a encontrada nos
    1917 miRNAs humanos (4%). Além disso, 35 miRNAs (57%) tem, pelo menos, um de seus
    genes alvo associados com doenças infecciosas, enquanto nove miRNAs cujos genes
    hospedeiros foram associados a infecções, também tem seus genes alvo associados com
    infecções. Destes, cinco miRNAs tem seus genes alvos e hospedeiro associados com a mesma
    doença infecciosa. Nossos resultados contribuíram para esclarecer a função dos miRNAs do
    MHC e sugere que o miRNA pode desencadear mecanismos da resposta imune diante de uma
    infecção.

  • MARCELO FRANCISCO DA SILVA
  • MICROPARASITOS EUCARIOTOS EM PEIXES DE INTERESSE COMERCIAL E AMBIENTAL CAPTURADOS NO MÉDIO CURSO DA BACIA DO RIO TOCANTINS, MARANHÃO, BRASIL.

  • Data: 07/02/2020
  • Mostrar Resumo
  • O desconhecimento sobre a diversidade e prevalência de parasitos pertencentes aos filos
    Apicomplexa, Microsporidia e Myxozoa na bacia do rio Tocantins é um fator que dificulta a
    discussão sobre a sanidade do pescado capturado na região, como também o debate sobre as
    relações parasito-hospedeiro na bacia e o papel destes parasitos sobre processos naturais de
    regulação do estoque pesqueiro. Ao longo do desenvolvimento do estudo foi realizada a
    análise de peixes capturados na região denominada médio curso do rio Tocantins, dentro da
    porção oriental do bioma amazônico, sob influência da zona de transição com o cerrado
    meridional maranhanse. Peixes envolvidos em diferentes níveis tróficos foram analisados,
    sendo observada a presença de myxozoários do gênero Myxobolus parasitando brânquias da
    espécimes microfágicos pertencente a espécie Astyanax aff bimaculatus, assim como descrita
    a infecção do tecido conjuntivo circunorbital dos olhos de Moenkhausia grandisquamis pela
    nova espécie de myxozoário Unicauda tavaresii n. sp. Em peixes raptoriais e algívoros da
    espécie Triportheus angulatus foi observada a ocorrência de relações multiparasitárias, com
    destaque a presença da nova espécie de coccídio Calyptospora gonzaguensis n. sp. e de taxa
    de Microsporídia, ambas provocando infecções do tecido hepático. Nesta espécie de peixe
    ainda foi observada infecções colecistica provocadas por um nova espécie de myxozoários,
    Myxidium imperatrizensis n. sp. Pertencente ao mesmo nível trófico de T, angulatus, os
    peixes da família Hemiodontidae da espécie Hemiodus unimaculatus foram hospedeiros de
    duas espécies novas de parasitos coelozóicos na vesicular biliar, Ceratomyxa fonsecai n. sp. e
    Zschokkella tocantinensis n. sp. A espécie de peixe carnívoro, nativo da bacia do rio
    Tocantins, Cichla piquiti, foi hospedeira do coccído hepático Calyptospora paranaidji n. sp.
    A diversidade conhecida de microparasitos eucariotos em peixes da bacia do rio Tocantins foi
    ampliada para duas espécies de coccídios da família Calyptosporidae e quarto espécies de
    myxozoários pertencentes as famílias Caratomyxidae, Myxobolidae e Myxidiidae.

  • SAMIRES AVELINO DE SOUZA FRANCA
  • SOROPREVALÊNCIA, GENOTIPAGEM E PERFIL DA INFECÇÃO(ATIVA OU LATENTE) PELO VÍRUS EPSTEIN-BARR ENTRE PORTADORES DE DOENÇAS AUTOIMUNES NO HOSPITAL JEAN BITAR

  • Data: 04/02/2020
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  • As doenças autoimune têm caráter inflamatório, crônico e multissistêmico. Etiologicamente, envolvem fatores genéticos, imunológicos, hormonais, infecciosos e ambientais. Associações entre essas doenças e infecções virais foram documentadas para parvovírus B19, Herpesvirus, retrovírus endógenos e os vírus da hepatite B e C. Estudos sorológicos e de biologia molecular têm apontado a relação entre a infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o surgimento e reativação de LES, AR e ES. O presente estudo teve como objetivo verificar a soroprevalência da infecção por EBV, os genótipos circulantes e correlacionar o perfil da infecção pelo EBV (ativa ou latente) em indivíduos com diversas doenças autoimunes. Foi realizado um estudo transversal onde foram avaliadas amostras de sangue de indivíduos portadores de LES, Artrite Reumatóide-AR, Síndrome de Sjogren-SS, Psoríase-PS, Dermatomiosite-DM, atendidos em Belém - Pará. Foi realizada a pesquisa de anticorpos anti-VCA IgM e IgG do EBV. A confimação da infecção pelo EBV e a genotipagem foi realizada pela amplificação do gene EBNA-3C por PCR convencional. Foi realizada estatística descritiva das variáveis clínico-epidemiológicas e a associação dessas com o perfil de infecção pelo EBV foi avaliada pelo teste exato de Fischer e regressão logística múltipla. Partciparam do estudo 139 indivíduos: 92 com LES, 27 com AR e 20 com DRAIS (SS, PS, DM). A soroprevalência de anti-VCA IgG do EBV foi de 100% e de anti-VCA IgM foi 1,43% (2/139). Nenhum paciente com LES manifestou positividade para anti-VCA IgM, encontrada apenas em um paciente com AR e outra com PS. Infecção em fase ativa (lítica) foi confirmada pela presença do DNA do EBV em 40,29% da população avaliada (56/139); 45,65% (42/92) entre os pacientes com LES, 25,92% (7/27) naqueles com AR e em 35% (7/20) dos pacientes com outras DRAIS. O LES duplicou as chances de manifestar EBV em atividade lítica no plasma e a corticoterapia oral com dose superior à 20mg/dia aumentou em até 11 vezes o risco de atividade do EBV. Elevados índices de velocidade de hemossedimentação de hemácias (VHS) estiveram diretamente relacionados à infecção lítica do EBV somente entre as pacientes com outras DRAI. Houve prevalência exclusiva de EBV-1 na população avaliada.

  • LORENA COSTA VASCONCELOS DOS SANTOS
  • EPIZOOTIOLOGIA DA ESOFAGOSTOMÍASE EM BÚFALOS NO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ

  • Data: 24/01/2020
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  • A espécie Bubalus bubalis é considerada símbolo da região do Arquipélago do Marajó, neste local encontraram um ambiente favorável para o seu desenvolvimento. Este conjunto de ilhas detém de 50% do rebanho bubalino da região norte do Brasil, sendo assim a bubalinocultura é uma prática em desenvolvimento nesta região. Entretanto, implicações como o clima, as práticas de manejo e os hábitos que os “búfalos d’água asiáticos” se submetem acarretam em doenças parasitárias helmínticas. As helmintíases gastrointestinais expressam um problema de ordem sanitária perante os pecuaristas, posto que atuam diretamente no desenvolvimento do rebanho bubalino. Objetivou-se com esse trabalho investigar os nematódeos nodulares do gênero Oesophagostomum em búfalos d´água Bubalus bubalis oriundos do Arquipélago do Marajó. Este foi um estudo transversal e prospectivo. Foram investigados 131 búfalos adultos, sendo machos e fêmeas, provenientes do Matadouro Municipal de Abaetetuba/Pa, Abatedouros dos municípios do Marajó e da Cooperativa da Industria Pecuária do Pará (SOCIPE), no período de abril de 2018 a março de 2019. Dos 131 animais legalmente abatidos, 21 (16,03%) estavam parasitados por helmintos do gênero Oesophagostomum, estes apresentaram carga parasitaria de 127 (n=127) parasitos. Na análise de ovos por grama de fezes (O.P.G.), 70 amostras (43,43%) apresentaram-se positivas, destas em 17 (24,28%) ocorreram larvas do gênero Oesophagostomum na análise de coprocultura. As análises morfológica e morfométrica destacaram características referentes a uma espécie das que foram estudadas. Na análise histológica, destacou-se a ocorrência de nodulação na camada muscular de tecido da porção do ceco, junto de uma larva L4 em seu interior, margeada por um infiltrado inflamatório granulomatoso com presença de células eosinofílicas. Baseado nos resultados obtidos, podemos verificar que o conhecimento sobre helmintos do gênero Oesophagostomum e sua morfologia, é de vital importância para o profissional da saúde, à medida que irá proporcionar um diagnóstico diferencial das lesões e sinais clínicos causados por estes parasitos, e maior eficácia no tratamento dessa enfermidade, evitando assim, perdas ao mercado da bubalinocultura.

  • RAFAELA PACHECO AVELAR
  • HELMINTOFAUNA DAS TRÊS ARRAIAS DA FAMÍLIA DASYATIDAE (ELASMOBRANCHII: MYLIOBATIFORMES) DAS ÁGUAS ESTUARINAS DA BAÍA DO MARAJÓ, PARÁ

  • Data: 24/01/2020
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  • A literatura científica dos elasmobrânquios no Brasil inclui geralmente registros pontuais ou regionais da ocorrência das espécies, a biologia e ecologia alimentar dos peixes, entretanto á poucas pesquisas sobre helmintofauna. Á ocorrência de três espécies da família Dasyatidae no estuário marajoara, a Hypanus guttatus, Fontitrygon geijskasi e Fontitrygon colarensis. A região estuarina da Baía de Marajó, Estado do Pará, é uma área interessante para estudar a fauna das dasiátides, é caracterizada por possuir um grande estuário com grande variação de salinidade. As marés e os níveis de salinidade são controlados pela vazão dos rios da Amazônia, que varia de acordo com a variação anual da precipitação. O objetivo do estudo é caracterizar a helmintofauna de Hypanus guttatus, Fontitrygon geijskasi e Fontitrygon colarensis, arraias da família Dasyatidae da Baía do Marajó, PA. Os exemplares foram obtidos de pescadores artesanais (frota artesanal) da Baía do Marajó. Transportados em caixas de isopor contendo gelo, até o Laboratório de Histologia e Embriologia Animal (LHEA) - Instituto de Saúde e Produção Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)/ ISPA, para necropsia e coleta dos parasito. Foram utilizadas as técnicas de microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura, para caracterização, análise e classificação dos helmintos. Resultando em nematóideos diferenciados em dois táxos. Um à caráter de Família Anisakidae, com forma larvar em terceiro estágio, outro identificado ao Gênero Goezia sp., entre larvas e adultos. Os Plathyhelmintes da Classe Cestoda, com larvas da Ordem Trypanorhyncha e adultos do Gênero Acanthobothrium sp. Os Acanthocephala pertencentes ao Gênero Neoechinorhynchus sp, encontrados em formas adultas. Devido à falta de registros sobre a fauna de helmintos em Dasiatidae no estuário da Baía do Marajó, alguns achados se tornam os primeiro relato na literatura.

  • LIVIA KARLLA MARINHO FREITAS
  • O PERFIL CITOCÍNICO TH9 NA CROMOBLASTOMICOSE: UMA ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA TECIDUAL

  • Data: 23/01/2020
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  • A cromoblastomicose (CBM) é uma infecção fúngica profunda,
    granulomatosa e de evolução crônica, que acomete a pele e o tecido celular
    subcutâneo, causada pelos fungos demáceos Fonsecaea pedrosoi,
    Phialophora verrucosa, Cladosporium carrioni e mais raramente Rhinocladiella
    aquaspersa, encontrados no solo e em vegetais em decomposição. Sabe-se
    que os mecanismos de defesa do hospedeiro influenciam a apresentação
    clínica e a gravidade das infecções fúngicas. Em lesões verrucosas há uma
    grande quantidade de citocinas de perfil Th2, enquanto nas lesões
    atróficas/cicatriciais observa-se grande quantidade de linfócitos produtores de
    citocinas de perfil Th1. Recentemente, foi descrito um novo subtipo de linfócito
    Th, denominado linfócito Th9, que expressa principalmente IL-9, uma citocina
    pleiotrópica que regula a atividade de células envolvidas na imunidade inata e
    adaptativa. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil
    citocínico Th9 na CBM. Para tanto, foram analisados aspectos imunohistoquímicos
    de fragmentos de lesões pele de 18 pacientes com diagnóstico
    de CBM e de controles saudáveis, a fim de realizar a quantificação de IL-9, IL-
    4, IL-10 e TGF-β. Verificou-se que a imunomarcação de IL-9 foi superior nos
    casos quando comparado aos controles. Observou-se também maior
    imunoexpressão de IL-4, assim como das citocinas imunossupressoras IL-10 e
    TGF- β nos pacientes com CBM. Contudo, não houve correlação estatística
    entre os níveis de citocina entre si. Dessa forma, os dados apontam para um
    papel efetivo do perfil Th9 na imunopatogênese da CBM, mas ainda são
    necessários estudos para confirmação utilizando outras técnicas de
    abordagem.

     

2019
Descrição
  • HILDA CARLA AZEVEDO GÓES
  • POTENCIAL INIBITÓRIO DAS TETRACICLINAS SOBRE A GP63 DE Leishmania (Leishmania) amazonensis

  • Data: 18/11/2019
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  • As Leishmanioses são doenças de grande importância epidemiológica ao redor do mundo e principalmente no Brasil. Seu agente etiológico é o protozoário Leishmania spp., que possui acurada capacidade de silenciar mecanismos microbicidas de macrófagos, pela ação de fatores de virulência como a GP63. Esta glicoproteína é a principal metaloprotease de leishmania capaz de modular a resposta imune do hospedeiro vertebrado ao clivar um conjunto amplo de substratos citosólicos. Seu sítio catalítico (motif HEXXH) atua coordenado ao íon zinco. Sabe-se que as tetraciclinas possuem a propriedade de quelar metais e está associada a inibição de outras metaloproteases de matriz. No presente trabalho buscou-se avaliar se a doxiciclina (DOX) e a minociclina (MIN) são capazes de inibir a GP63 de promastigota Leishmania (L.) amazonensis. As formas promastigotas foram submetidas a tratamento com DOX e MIN, em doses subantimicrobianas (0,1 mM, 0,2 mM e 0,5mM), por um período de 72h, em ensaios in vitro. A inibição sobre GP63 foi avaliada pela degradação do substrato DQ gelatin® e pela técnica zimograma. Seguiu-se com a análise da viabilidade celular do macrófago de linhagem J774-G8 e da promastigota por MTT e Alamar Blue®. A morfologia ceular foi avaliada por microscopia óptica e a produção de espécies reativas de oxigênio foi investigada por CellRox Green®. Os dados foram analisados no programa GraphPad Prism 6.0, pelo método ANOVA (significância p < 0,05). Observou-se DOX e MIN inibiram a atividade proteolítica GP63 de L. (L.) amazonensis em todas as concentrações testadas. Não foi observado citotoxidade na célula hospedeira. Nas promastigotas DOX e MIN provocaram alterações morfológicas, levando ao encurtamento do corpo celular e flagelo e somente a MIN provocou duplicação de flagelos. A DOX apresentou significativo efeito antioxidante. O presente estudo mostra pela primeira vez a inibição da atividade proteolítica de GP63 em promastigotas de L. (L.) amazonensis pela ação de tetraciclinas (DOX e MIN).

  • LEA LIMA DOS SANTOS BARROS
  • IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, MOLECULAR E FENOTÍPICA DE ESPÉCIES DO COMPLEXO Cryptococcus neoformans/Cryptococcus gattii EM BELÉM-PARÁ

  • Data: 23/10/2019
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  • A Criptococose é uma patologia sistêmica causada por duas espécies do gênero Cryptococcus: C. neoformans e C. gattii. Ambas as espécies apresentam tropismo pelo Sistema Nervoso Central (SNC) causando meningoencefalite podendo levar ao óbito. O Brasil é o país da América Latina que apresenta maior número de ocorrência de criptococose por essas espécies principalmente nas regiões norte e nordeste. O objetivo deste estudo foi identificar e descrever as características de virulência in vitro dos isolados clínicos de Cryptococcus recuperados a partir da cultura de espécimes clínicos de pacientes atendidos na Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM), na Unidade Hospitalar João de Barros Barreto (UHJBB), em Belém, Pará, Brasil no período de set/2015 a jun/2017. Foram recuperadas 46 amostras de leveduras do gênero Cryptococcus, identificadas com base em características moleculares. O sequenciamento da região ITS1 5.8S, ITS2, identificou as duas espécies C. neoformans (67%) e C. gattii (33%). O tipo sexual α foi o único observado nas amostras. A PCR/RFLP do gene URA5 evidenciou os tipos moleculares C. gattii, VGII (93%), VGI (07%) e C. neoformans VNI (97%). De forma geral a produção de fatores de virulência foi semelhantes entre as duas espécies. A meningite criptocócica foi a principal manifestação clínica. Porém, houve um caso com manifestação cutânea, pulmonar e de SNC no mesmo paciente (imunocompetente). Não houve significância estatística entre a produção de fatores de virulência e os insucessos terapêuticos. A letalidade por espécies de Criptococcus foi igual entre os acometidos (0,5%), porém foi maior entre os indivíduos que não conviviam com o HIV (0,7%). Devido aos poucos registros de ocorrência do tipo VGI no Brasil, sugere-se maior monitoramento de sua distribuição geográfica, visto que neste estudo também identificou-se sua presença nas amostras estudadas, embora o mesmo não seja referenciado como endêmico na região norte do Brasil.

  • WANDA RUFINO DE FRANCA BARROS
  • ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E LABORATORIAL DA HISTOPLASMOSE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 11/10/2019
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  • Histoplasma capsulatum é o agente etiológico da histoplasmose clássica, uma doença de incidência global, a mais prevalente das micoses sistêmicas nas Américas. Nos últimos anos a histoplasmose humana, causada por este fungo dimórfico, vem sendo frequentemente observada em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA). O objetivo do estudo foi verificar a incidência de infecção por H. capsulatum em PVHA hospitalizadas em hospital de referência para doenças infecciosas no Estado do Pará, no período de 2014-2016, obter o perfil clínico e laboratorial e avaliar os aspectos epidemiológicos da histoplasmose nesta população. Foram coletados dados sócio-demográficos e clínico-laboratoriais para caracterização da população e identificação dos possíveis fatores de risco para a infecção pelo H. capsulatum. A incidência da histoplasmose disseminada foi de 25,4% (73/287). Os resultados mostraram uma média de 36,5 casos/ano. A população foi constituída na sua maioria por homens que apresentaram como principais sinais clínicos febre, perda de peso, dispneia e diarreia. A taxa de óbito foi de 33% (24/73). Dentre os fatores mais relacionados à letalidade, destacaram-se a presença de comorbidades pulmonares, elevação dos níveis de lactato desidrogenase, presença de hepatoesplenomegalia e contagem de Linfócitos T CD4+ menor que 200 cells/mm³ em 58,9%. De 637 espécimes clínicos avaliados, foram obtidos resultados positivos para H. capsulatum em 73 PVHA, através de uma das técnicas aplicadas no estudo, como o micológico direto, seguido de cultura/microcultivo, pesquisa de antígeno de Histoplasma na urina (kit Immy-EIA) e pesquisa de anticorpos pela utilização da Imunodifusão dupla e Western blotting. A técnica de PCR confirmou tratar-se da espécie H. capsulatum os isolados recuperados por meio de cultura das amostras analizadas, com a utilização do primer específico para a região ITS 1, 5,8S e ITS 2. Em suma, a incidência e letalidade da histoplasmose encontrados no estudo, destacam a necessidade da adoção de medidas para facilitar o diagnóstico precoce e tratamento adequado para um melhor prognóstico das PVHA em acompanhamento na região metropolitana e interior do Estado do Pará.

  • SÁVILLA PATRÍCIA SÁ DE LIMA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 26/09/2019
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  • A meningite é uma importante doença associada a pessoas que vivem com HIV/AIDS. O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil clínico e epidemiológico dos casos de meningite ocorridos em pessoas vivendo com HIV/AIDS, internados na Clínica de Infectologia ou Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do complexo hospitalar UFPAEBSERH, unidade João de Barros Barreto (HUJBB). Foi um estudo retrospectivo, descritivo e observacional no qual foram incluídas pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) com diagnóstico confirmado de meningite, a partir da analise de fichas de investigação de meningite do banco de dados do SINAN e AGHU no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Nos 130 casos incluídos houve um predomínio de indivíduos do sexo masculino (65,3%) e pardos (96,2%). As idades da população de estudo variaram de 19 a 61 anos com média de 33,9 ± 9,9 anos. Em relação ao nível de escolaridade (58,5%) eram analfabetos ou tinham apenas o ensino fundamental, 13,6% dos pacientes apresentavam carga viral com o valor de 105 a 106 cópias por mL, (46,2%) apresentaram LTCD4 menor que 250 células por mm³, (79,2%) casos de meningite/AIDS pertenciam à mesorregião Metropolitana de Belém. Quanto ao tipo de meningite (42,3%) eram meningite tuberculosa, (40,8%) eram meningite criptocócica, (6,9%) eram meningite inespecífica, (10,0%) eram meningite por outras causas. Os pacientes com meningite tuberculosa apresentaram febre (87,3%), rigidez de nuca (50,9%), sinais de Kernig e Brudzinski (12,7%), confusão mental (9,1%) e desorientação (14,5%), baixo nível de consciência (5,5%), já os pacientes com meningite criptocócica apresentaram maior frequência apenas de vômito (73,6) e convulsões (18,9). (23,5%) das causas de óbito foram por meningite como causa primária, seguido de insuficiência respiratória (17 - 12,9%). Em relação à evolução dos pacientes de acordo com o tipo de meningite, os pacientes com M. criptocócica acumularam o maior número de óbitos (29 - 46,0%). A contagem de LTCD4 diferiu estatisticamente entre os grupos M. criptocócica com p-valor <0,001 e M. tuberculosa, assim como o grupo de pacientes com M. criptocócica diferiu estatisticamente dos outros tipos de meningite p-valor <0,001. A maioria dos casos de óbito apresentava contagem de LTCD8 abaixo de 1.000 células por mm³. Com base nos dados obtidos, destaca-se a importância em ampliar o conhecimento através de novas investigações sobre características epidemiológicas da meningite em um serviço de saúde com intuito de propiciar diagnóstico precoce e melhores formas de tratamento. 

  • LUIZ FERNANDO GONZALES FLORES
  • ASSISTÊNCIA MÉDICA DOMICILIAR À POPULAÇÃO RIBERINHA HUMANA DE RURRENABAQUE, BOLÍVIA: IMPACTO DAS MEDIDAS EDUCATIVAS E DO TRATAMENTO EM MASSA NO CONTROLE DOS PARASITOS GASTROINTESTINAIS, NO PERÍODO DE 2016 - 2017

  • Data: 20/09/2019
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  • O parasitismo intestinal humano é uma doença típica de países ou regiões pobres com precárias condições de saneamento básico, são adquiridas em sua maioria por contato com fezes humanas ou de animais infectados que contaminam água, comida ou objetos e representam sério problema de Saúde Pública. Na Bolívia, as pesquisas sobre enteroparasitos são escassas, além da falta de interesse político e da população. O objetivo é avaliar o efeito de um programa de assistência médica domiciliar e tratamento em massa na população ribeirinha humana de Rurrenabaque, Bolívia, para o controle dos parasitos gastrointestinais. Trata-se de um estudo com abordagem observacional, analítico de coorte transversal de prevalência, sendo realizadas 550 análises de amostras fecais, em indivíduos de todos os ciclos de vida da comunidade. Nós avaliamos o efeito do tratamento em massa e educação sanitária como estratégias para diminuir a taxa de infecção. Este estudo foi realizado entre 2016 e 2017 em pessoas de 0 a >65 anos. Um total de 550 amostras de fezes (550 em novembro 2016, 550 em 2017) foram coletadas e examinadas usando o método exame em fresco de fezes. Como medicamento anti-helmíntico o mebendazol 500mg, foi administrada a todas as pessoas da comunidade em doses única após a primeira coleta de fezes. A taxa geral de infecção parasitária diminuiu significativamente de 76% em 2016 para 22,5% em 2017; uma diminuição de 53,5 pontos percentuais (P <0,001). A infecção por protozoários foi responsável por grande parte das infecções parasitárias, nas seguintes taxas: 40% em 2016, 11,1% em 2017. A taxa da infecção helmíntica diminuiu significativamente de 36% em 2016 para 11,5% em 2017. A prevalência da infecção por protozoários patogênicos mais comuns, Entamoeba sp., diminuiu significativamente de 110 pessoas em 2016 para 22 pessoas em 2017 tendo (80%) de controle do parasito. Por outro lado, a taxa Giardia lamblia, foi positiva para 110 pessoas em 2016 para 39 em 2017 com (64,5%) de controle do parasito. Os helmintos, mas comuns. Ascaris lumbricoides, infectava 55 pessoas, diminuindo para 32 (41,8%) pessoas livres de parasitas; Enterobius vermicularis (86,4%); Hymenolepis nana (63,6%) e Strongyloides stercorarlis (68,2%) mostrou eficácia em seu controle. Foi encontrada diferença estatisticamente significativa na comparação das prevalências entre a primeira e segunda coleta fezes (P <0,001). O exame e tratamento das fezes em massa para infecções intestinais por helmintos e protozoários foi eficaz para diminuir a taxa geral de infecção parasitária na população do estudo. Estudos adicionais sobre o efeito a longo prazo do exame e tratamento das fezes em massa para diminuir todas as taxas de infecção parasitária em populações ribeirinhas bolivianas são necessárias, além de melhorar a saúde destas populações esquecidas, e a recomendação para a implementação de políticas públicas de saúde que visem ao controle esses enteroparasitos.

  • RAILENE CELIA BAIA DE ALENCAR
  • AQUISIÇÃO DE ANTICORPOS DA CLASSE IgM NA MALÁRIA CAUSADA POR Plasmodium vivax

  • Data: 13/09/2019
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  • Na malária, os anticorpos têm funções importantes, incluindo a participação no controle da parasitemia e das manifestações clínicas. O Plasmodium vivax é a segunda espécie mais prevalente em todo o mundo. As formas sanguíneas do parasito são imunogênicas e ativam a resposta imune humoral, sendo a porção C-terminal da proteína 1 da superfície do merozoíto (PvMSP119) um alvo importante para os anticorpos. Mas ainda são poucos os estudos que analisaram a aquisição dos anticorpos da classe IgM específicos para essa proteína. Neste estudo, analisamos a aquisição natural de IgM anti-PvMSP119 e avaliamos o seu potencial como biomarcador de exposição à malária. Foram incluídos no estudo indivíduos que residem no município de Goianésia do Pará, no Estado do Pará, sendo um grupo de indivíduos infectados e o outro de não infectados (expostos), porém ambos apresentavam o mesmo potencial de exposição à malária por P. vivax. Os anticorpos foram pesquisados por ensaio imunoenzimático (ELISA) em amostras de soro diluídas 1:100. A positividade no grupo infectado e no exposto foi 31% (26/84) e 6% (10/164), respectivamente. Essa diferença foi estatisticamente significativa, sugerindo que os infectados iniciaram uma resposta primária ou reativaram uma resposta prévia de IgM. A exposição prévia à malária quando estimada pela idade dos indivíduos não influenciou aquisição natural dos anticorpos IgM. No entanto, na avaliação do número de episódios prévios de malária, observamos que a maioria dos indivíduos tanto no grupo infectado quanto no exposto relatou ter tido pelo menos um episódio da doença. No grupo infectado, a densidade parasitária não apresentou correlação com os valores de densidade óptica. Além disso, observamos que o indivíduo que apresentou a densidade parasitária mais alta (70.000 parasitas/μL) e o que apresentou a mais baixa (10 parasitas/μL) foram positivos para pesquisa de IgM. Os resultados indicam que a pesquisa de IgM anti-PvMSP119 pode ser utilizada como um marcador sorológico para identificar grupos de indivíduos infectados recentemente ou com malária sub-clínica, em especial no contexto da epidemiologia da transmissão da malária causada por Plasmodium vivax. 

  • RAFAELA DOS ANJOS PINHEIRO BOGOEVICH MORAIS
  • EPIDEMIOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA DE ISOLADOS DE TOXOPLASMA GONDII EM UM MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA APÓS OCORRÊNCIA DE SURTO

  • Data: 19/07/2019
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  • O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório que causa a doença toxoplasmose, principalmente em pessoas imunocomprometidas e em recém- nascidos com infecção congênita, classificado como zoonose e tem distribuição mundial. Na região amazônica brasileira, a prevalência da infecção por T. gondii é alta entre humanos e animais domésticos em áreas urbanas, mas em áreas rurais e naquelas próximas ao ambiente silvestre é pouco conhecida. O principal objetivo do estudo foi determinar as características epidemiológicas da infecção pelo T. gondii e determinar os genótipos dos isolados obtidos a partir de tecidos de aves domésticas no município de Ponta de Pedras, Estado do Pará, onde foi registrado um surto de toxoplasmose em 2013. Neste estudo, foram coletadas amostras de sangue de 1098 indivíduos e 555 gestantes que foram testadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos anti-T. gondii, sendo detectado 70,4% e 68,3% de soropositividade, respectivamente. Em relação a população foi determinado como fatores de risco Idade e Local de residência e como fator de proteção, Morar na área ribeirinha e para as gestantes houve associação significante com Idade, Contato com solo e Local de residência. Também foram coletadas amostras de sangue de 66 galinhas e 377 cães que foram testadas por Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), cujo resultado foi 72,4% e 62,1% de positividade, respectivamente. Para os cães, as variáveis Idade, Local de residência e Ter acesso à rua foram identificadas como fatores de risco. Do bioensaio (inoculação em camundongos) de 23 aves, foram obtidos 13 isolados, e destes, dez foram letais para pelo menos um camundongo inoculado. Pela técnica de PCR-RFLP foram amplificados oito marcadores genéticos (5’3’SAG2, AltSAG2, BTUB, GRA6, C22-8, C22-9, PK-1 e CS3) que mostraram variação de alelos tipo I, II e/ou III entre os loci dos isolados analisados. Os resultados demonstraram elevada soropositividade em humanos e animais, indicando a contaminação ambiental nas áreas rural e urbana do município e variabilidade genética entre as linhagens de T. gondii.

  • STEFANIE DE MARIA SANTOS NAPOLEÃO
  • ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E ESPACIAL DOS DADOS DISPONÍVEIS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE: UMA NOVA PERSPECTIVA PARA O ESTUDO DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO PARÁ

  • Orientador : ADRIANO PENHA FURTADO
  • Data: 18/07/2019
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  • A tripanossomíase americana, também conhecida como doença de Chagas, foi descrita pela primeira vez em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas. Trata-se de uma infeção parasitária transmitida ao homem por um inseto vetor, o “barbeiro”. A doença acomete entre 6 e 7 milhões de pessoas em todo o mundo, com altos custos aos cofres públicos. Os estudos amplos acerca da epidemiologia da doença ainda são incipientes na Amazônia, tendo em vista que até 2005 o agravo não era considerado questão de saúde pública na região. A presente pesquisa tem como objetivo principal caracterizar os aspectos epidemiológicos e os padrões de distribuição espacial da mortalidade relacionada à doença de Chagas no estado do Pará, no período de 2006 a 2015, considerando causas múltiplas de óbito. Para tanto, o processo metodológico envolveu a coleta e análise de Declarações de Óbito disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Os resultados mostraram a ocorrência de 166 óbitos no Pará em decorrência da doença de Chagas, sendo que 42,3% (61/144) dos municípios registraram pelo menos um óbito relacionado à doença no período estudado. A maior ocorrência de óbitos foi observada no sexo masculino, na faixa etária acima dos 50 anos e em indivíduos de raça/cor parda. Houve predomínio da forma crônica cardíaca e de comorbidades associadas ao aparelho circulatório. O coeficiente anual médio bruto de mortalidade relacionada à doença de Chagas no Pará foi de 2,18/100.000 habitantes. Sendo mais expressivo na mesorregião Sudeste paraense, a qual apresentou maior proporção de óbitos, maior coeficiente de mortalidade e maior proporção de municípios com registro de óbitos por doença de Chagas. O georrefereciamento permitiu a confecção de mapas que serviram para verificar a existência de um aglomerado espacial de alto risco no Sudeste Paraense. Assim, considera-se que a utilização de dados de mortalidade no estudo da doença de Chagas permitiu uma visão abrangente dos aspectos dessa doença na população paraense. Adicionalmente, a utilização de causas múltiplas de óbito e a análise espacial foram fundamentais para melhor compreensão do cenário da mortalidade por doença de Chagas no estado do Pará.


  • KELLY CRISTINE VILELA CARREIRA
  • ANÁLISE MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE MICROPARASITOS EUCARIOTOS EM Gobioides broussonnetii LACEPÈDE, 1800 (TELEOSTEI: GOBIIDAE) E Gobioides grahamae PALMER & WHEELER, 1955 (TELEOSTEI: GOBIIDAE) ORIUNDOS DE AMBIENTE NATURAL DO MUNICÍPIO DE SALVATERRA, ILHA DE MARAJÓ/ BRASIL


  • Data: 27/06/2019
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  • O estuário amazônico é formado pela mistura de água doce, água do mar e deposição de sedimentos carreados pelos rios , e ne s s e ambiente há uma grande ri queza de espécies de pei xes Os peixes es tão e xpo st o s seja em ambiente na tura l ou em s istemas de criação a infecção por vários ag entes p atogênico s, que podem provocar doenças ao hospedeiro . Diante disso, este estudo ana lis ou as características morfológicas e moleculares de microparasitos encontrados em G. broussonnetii e G. grah amae , capturado s n o r io Paracauari no município de Salvaterra Ilh a de Marajó PA. Foram realizadas as análises em 49 espécimes de G. broussonnetii e 52 de G. grahamae , sendo estas necropsiadas e seus órgãos analisados . Dos órgãos parasitados , fragmentos f oram retirados , fix ad os e processad os p ara microsc opia de luz e b io logia molecular , a lém de c alculada a prevalência parasitária Nas análises foram encontrados dois filos de parasitos: Myxozoa e Microsporídia . Como resultado foi de scrita a espécie Sphaeromyxa azevedoi n. sp parasitando a ves íc ula bil iar de G. grahamae sendo o primeiro registro de uma espécie desse gênero n a Região Amazônica Nesse mesmo hospedeiro foi observado presença de Myxobolus sp. n a musculatura do palato Kudoa sp. na musculatura esquelética e Micr os porídio no fíg ado Nos exemplares de G. broussonnetii foi observado a presença de Ortholinea sp. na beg ixa urinaria, Myxobolus sp. n o palato e Microsporídio no fígado Diante dos resultados , des tac a s e a importância na contribuição para o estudo d a ictio p a rasitologia na Ama zônia

  • LIENNE SILVEIRA DE MORAES
  • ATIVIDADE LEISHMANICIDA, in vitro, DA ASSOCIAÇÃO DO ÓLEO DE COPAÍBA E ÁCIDO KÓJICO SOBRE O PROTOZOÁRIO Leishmania (Leishmania) amazonensis E AÇÃO DA ASSOCIAÇÃO SOBRE A CÉLULA HOSPEDEIRA.

  • Data: 22/05/2019
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  • As leishmanioses são um complexo de doenças de caráter antropozoonótico distribuídas
    mundialmente, causada por protozoários do gênero Leishmania. Estes parasitos,
    dependendo da espécie, são responsáveis por promover infecções como a Leishmaniose
    Cutânea (LC), Leishmaniose Mucocutânea (LMC) e Leishmaniose Visceral (LV). Os
    principais quimioterápicos utilizados no tratamento dessa doença são antimoniais
    pentavalentes (Glucantime®), miltefosina e anfotericina B. Esses fármacos são eficazes,
    porém apresentam elevado custo e toxicidade, portanto a busca por novas substâncias,
    que sejam viáveis economicamente e atuem sobre o protozoário sem causar dano a
    célula hospedeira, torna-se necessária. Como alternativa, destaca-se o óleo de copaíba, e
    o ácido kójico (AK), bioprodutos que já apresentam ação comprovada sobre o
    protozoário e a célula hospedeira. Desta maneira, o objetivo do trabalho foi analisar a
    ação in vitro da associação desses bioprodutos sobre a célula hospedeira, o protozoário
    Leishmania (L.) amazonensis e na interação deste com macrófagos. Foi possível
    demonstrar que a associação não induziu efeito citotóxico em macrófagos após
    tratamento. Foi observado também que a associação promoveu mudanças na morfologia
    do protozoário após tratamento em comparação ao grupo não tratado, observadas por
    microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. Análise por microscopia
    eletrônica de transmissão demonstrou que o tratamento promoveu alteração nuclear
    (com característica apoptótica), desestruturação do corpo celular e aumento do número
    de estruturas eletrondensas semelhantes à acidocalcissomos. Essas alterações
    morfológicas foram observadas principalmente nas concentrações de OC20AK50 e
    OC30AK50 μg/mL. Outro dado importante observado foi o fato de que a associação
    promoveu a redução do número de formas amastigotas no interior dos macrófagos, após
    tratamento com a maior concentração, em comparação ao grupo controle sem
    tratamento, além da produção de citocinas pró-inflamatórias. Pela primeira vez foi
    demonstrado que a associação ente AK e OC pode ser um agente promissor no combate
    a leishmaniose tegumentar.

  • ERIKA DAYANE LEAL RODRIGUES

  • DETECÇÃO DE ANTÍGENOS DERabies lyssavirus(RABV) EM TECIDOS EXTRANEURAIS DE CAMUNDONGOS ALBINOS SUÍÇOS INFECTADOS EXPERIMENTALMENTE

  • Data: 21/05/2019
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  • RESUMO
    Araivaéumadoençainfecciosaagudaedecaráterzoonótico,sendo
    caracterizada por um quadro de meningoencefalite. No organismo, o RABV atinge o
    Sistema Nervoso Periférico e, posteriormente, o Sistema Nervoso Central, em seguida o
    vírus dissemina-se para vários órgãos. Estudos demonstram que o RABV pode ser
    transmitido, também, por transplantes de órgãos e tecidos como pulmões, fígado, rins e
    enxertovascular.Oobjetivodestetrabalhofoidescreverascaracterísticas
    histopatológicas e a distribuição do RABV em tecidos extraneurais (glândula salivar,
    coração, pulmões, fígado, baço e rins) de camundongos infectados experimentalmente
    com cepas das variantes antigênicas 2 e 3, em uma cinética experimental. Este trabalho
    utilizou tecidos emblocados em parafina provenientes de um projeto já aprovado no
    CEUA, onde ocorreu a inoculação experimental em camundongos jovens, utilizando as
    viasdeinoculação:intracerebral(controlepositivo),intramuscularnacoxae
    intramuscular na cervical. Os principais achados nos tecidos correspondem à congestão,
    edema,infiltradoinflamatório,célulasempicnose,hemorragia,vacuolização,
    hiperplasiaehipertrofia.Naimunohistoquímicatodosostecidostiveram
    imunomarcação para o RABV, tendo o maior número de células imunomarcadas no 10º
    DPI, neste sentido, rim e baço tiveram destaque, demonstrando, durante todo o período
    dacinética,maiscélulasinfectadaspeloRABV.Foramencontradasalterações
    histopatológicas em todos os tecidos estudados, porém não foi possível estabelecer um
    padrão de alterações histopatológicasem tecidos diretamente relacionada à infecção
    pelo RABV.


  • HÉVILA ARAGÃO MOURA
  • ATIVIDADE in vitro DO ÁCIDO KÓJICO SOBRE Leishmania (Leishmania) infantum E MACRÓFAGOS MURINOS DA LINHAGEM J774.A1

  • Data: 08/05/2019
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  • As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários Leishmania sp. No Brasil o protozoário da espécie Leishmania (L.) infantum é o agente etiológico da Leishmaniose Visceral Americana. Os principais medicamentos para o tratamento das leishmanioses apresentam alta toxicidade, custo elevado, desenvolvimento de resistência dos parasitos e tratamento prolongado, logo, é necessária a investigação da atividade leishmanicida de novos compostos que não sejam tóxicos ao hospedeiro. O ácido kójico (AK) tem efeitos radioprotetor e antitumoral e apresenta propriedades bactericida, fungicida, nematicida e leishmanicida. Contudo, não há relatos que apontem a capacidade do AK contra o protozoário Leishmania (L.) infantum. O presente estudo investigou a propriedade leishmanicida in vitro do AK sobre este protozoário e sua célula hospedeira. O tratamento com diferentes concentrações de AK não reduziu a atividade mitocondrial dos macrófagos da linhagem J774.A1 e induziu um aumento significativo na produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) nestas células. Inibiu o crescimento das formas promastigotas e induziu um aumento significativo da produção de ERO no parasito. O mecanismo de ação do AK sobre este protozoário parece não estar associado a morte por mecanismo semelhante a apoptose, entretanto, a análise ultraestrutural mostrou que as formas promastigotas apresentaram características morfológicas sugestivas de autofagia. A atividade leishmanicida do AK foi evidenciada nas formas amastigotas, por meio de uma redução significativa do número dessas formas no interior de macrófagos. Assim, o AK pode ser considerado um agente leishmanicida contra Leishmania (L.) infantum, pois, além de não ser tóxico para os macrófagos, induz a redução do número de amastigotas intracelulares, por meio da ativação da célula hospedeira.

  • JOACELI PIRES PANTOJA
  • ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS DA CANDIDÍASE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS ATENDIDAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 30/04/2019
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  • NNos últimos anos, as infecções por leveduras do gênero Candida continuam sendo as mais prevalentes em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), podendo envolver um espectro amplo de doenças superficiais e invasivas oportunistas. A espécie C. albicans é a mais frequente, embora a ocorrência de espécies não-albicans esteja aumentando, representando um sério desafio para a saúde pública. Portanto, uma correta identificação das espécies de Candida, o conhecimento do perfil molecular e do perfil de suscetibilidade aos antifúngicos são importantes para possibilitar o melhor controle dessas infecções. O presente estudo teve como objetivo geral, descrever os aspectos clínicos e laboratoriais da candidíase em PVHA atendidas em hospital de referência estadual para doenças infecciosas e parasitárias no estado do Pará. Foram incluídos no estudo 105 PVHA internadas no período do estudo. Os espécimes clínicos obtidos a partir da mucosa oral e vaginal foram submetidos ao cultivo fúngico, identificação automatizada em sistema Vitek 2®, identificação e caracterização molecular por PCR, pesquisas de exoenzimas e perfil de sensibilidade aos antifúngicos pelo sistema automatizado Vitek 2®. Foi identificada elevada prevalência de isolados de Candida em mucosa oral (80,0%) e vaginal (51,3%) de PVHA. Houve ocorrência de colonização e infecção oral e vaginal por espécies do gênero Candida, não sendo observada diferença significativa na apresentação clínica. A espécie C. albicans foi a mais frequente em mucosa oral (70,2%) e vaginal (95,0%) (p= 0,0218), como causa de colonização e infecção, seguida das espécies não-albicans. Os genótipos A, B, C, D e E foram identificados, sendo o genótipo A o mais frequente tanto em mucosa oral (73,1%), como em mucosa vaginal (42,1%). A maioria dos isolados C. albicans e todos os isolados C. não-albicans foram produtores de enzimas hidrolíticas. Foi encontrada baixa prevalência de resistência aos antifúngicos testados e o genótipo D apresentou perfil de resistência ou não susceptibilidade ao maior número de antifúngicos. Portanto, os achados deste estudo reforçam a importância de monitoramento clínico de PVHA quanto à ocorrência de infecções causadas por espécies de Candida, tendo em vista a elevada prevalência encontrada, considerando ainda o provável potencial virulento identificado.
    PALAVRAS-CHAVE: Candida spp; fatores de virulência; teste de sensibilidade; Imunodeprimido; HIV/AIDS.

  • PEDRO LEÃO FONTES NETO
  • PREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS ATENDIDAS EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 29/04/2019
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  • A co-infecção HIV/sífilis é comum entre PVHA, uma vez que ambos os agentes compartilham a via sexual como modo de transmissão, estudos mostram que nesta população os quadros de sífilis podem ser mais severos uma vez que os estágios mais graves da infecção ocorrem de maneira mais precoce elevando o índice de mortalidade destes. No Brasil um dos principais problemas observados são os casos de subnotificações, que são problemas recorrentes, além de pessoas diagnosticadas e que não tiveram uma profilaxia adequada. O presente estudo tem como objetivo estimar a prevalência de co-infecções por sífilis em PVHA e observar quais as principais características sociodemográficas e epidemiológicas destes indivíduos. Este é um estudo transversal descritivo realizado entre junho a novembro de 2018 em PVHA atendidas na URE-DIPE localizada no município de Belém, Pará. Foram incluídos 500 indivíduos e dentre esses, 284 (56,8%) eram do gênero masculino e 216 (43,2%) do feminino. 123 (24,6%) se declararam homossexuais, 346 (69,2%) heterossexuais e 32 (6,2%) bissexuais, 315 (63%) eram solteiros, 144 (28,8%) casados e 41 (8,2%) divorciados ou viúvos, 95 (19%) tinham entre 18 a 30 anos, 135 (27%) entre 31 a 40 e 270 (54%) tinham mais de 40 anos. 159 (31,8%) estudaram até o ensino fundamental, 271 (54,2%) até o médio e 70 (14%) possuíam o superior, 299 (59,8%) moram na região metropolitana de Belém e 201 (40,2%) no interior. A maior parte 362 (72,4%) afirmou ganhar até 1 salário mínimo e 138 (27,6%) mais de 1. Em relação ao uso de preservativo durante o ato sexual, 308 (61,6%) disse usar sempre, 60 (12%) nunca e 132 (26,4%) as vezes, 76 (15,2%) disse já ter mantido relações com profissionais do sexo e 424 (84,8%) disse que não. 124 (24,8%) afirmou não teve nenhum parceiro nos últimos 6 meses, 302 (60,4%) apenas um e 74 (14,8%) mais de um. 207 (41,4%) afirmaram não ter tido nenhuma IST prévia e 293 (58,6%) afirmaram já ter tido alguma. Os testes feitos seguiram de acordo com o fluxograma 1 para o diagnóstico da sífilis preconizado pelo Ministério da Saúde, sendo feito primeiro o VDRL e em seguida FTA-abs nas amostras positivas para confirmar o diagnóstico, onde foi encontrada uma prevalência de 6,4% de coinfecções e apresentando a população de homens que fazem sexo com outros homens como a principal parcela de afetados. Desta forma conclui-se que mesmo com um baixo número de pessoas diagnosticadas com a co-infecção é preciso estar sempre em vigilância epidemiológica visando evitar que haja aumento no número de casos.

  • JOSE LEDAMIR SINDEAUX NETO
  •  CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, HISTOPATOLÓGICA E MOLECULAR DE MICROPARASITOS EUCARIOTOS EM Brachyhypopomus beebei (Schultz, 1944) E Eigenmannia sp. (Jordan & Evermann, 1896), ORIUNDOS DA AMAZÔNIA PARAENSE


  • Data: 26/04/2019
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  • A Bacia Amazônica é a mais extensa rede hidrográfica do mundo, desde os andes peruanos até sua foz no oceano atlântico; seus rios, abrigam mais de 1500 espécies de peixes identificadas; dentre as quais, destacamos as espécies Brachyhypopomus beebei e Eigenmannia sp., que são Gymnotiformes de pequeno porte, com importância comercial na aquariofilia e conhecidos popularmente como Ituís. Estes animais podem apresentar uma variedade de patógenos, no entanto, sem sinais clínicos aparentes quando em seu habitat natural, isso se deve à homeostase entre o estado nutricional e fisiológico do peixe que o mantém em equilíbrio com o ambiente. Nas últimas décadas tem aumentado consideravelmente a relevância de estudos relacionados a parasitos e outros patógenos de organismos aquáticos, principalmente nos hospedeiros com potencial para o cultivo e para a comercialização, devido ao aumento significativo destas atividades no Brasil e no mundo, este estudo descreverá as características morfológicas, histopatológicas e moleculares de microparasitos em B. beebei provenientes do Rio Peixe-Boi, município de Peixe-Boi/PA (01º7’S 47º18’W), e de Eigenmannia sp. capturados no Distrito Administrativo de Outeiro- DAOUT (1° 14' S; 48° 26' W), região estuarina do município de Belém/ PA. Foram realizadas coletas em campo nos dois municípios, capturando-se 10 a 20 indivíduos de cada espécie, totalizando 100 espécimes. Os animais foram necropsiados e analisados em estereomicroscópio e microscopia de luz. Fragmentos de órgãos parasitados e/ou cistos de microparasitos foram coletados e processados para técnicas em microscopia de luz, microscopia eletrônica (transmissão e varredura) e biologia molecular. Os resultados estão dispostos em quatro trabalhos, sendo dois já publicados, um submetido e um a ser submetido à publicação. A espécie Brachyhypopomus beebei apresentou dois microparasitos pertencentes ao filo Cnidaria, sendo um parasito de Sistema Nervoso Central (Myxobolus freitasi) e um parasitando Vesícula Biliar (Myxidium beebei) e ainda um parasito pertencente ao filo Microsporidia em musculatura estriada esquelética (Pleistophora beebei n. sp.); Em espécimes de Eigenmannia sp., é descrito um parasito pertencente ao Gênero Myxobolus, também em Sistema Nervoso Central.

  • JHONATAN DE SOUZA PASSÓ
  • CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES CUTÂNEAS EM CAMUNDONGOS ISOGÊNICOS INFECTADOS COM Leishmania (L.) amazonensis CAUSADORAS DE LEISHMANIOSE CUTÂNEA ANÉRGICA DIFUSA

  • Data: 26/04/2019
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  • As Leishmanioses são doenças classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “Doenças Tropicais Negligenciadas” Emergentes e Re-emergentes” (ER-DTN), que afetam uma grande margem populacional, da antiguidade até os dias de hoje, tendo como agente etiológico os parasitos, protistas eucariotos, unicelulares, do gênero Leishmania, com mais de trinta espécies patogênicas ao homem e outros mamíferos, sendo a transmissão por via vetorial por insetos flebotomíneos. Dentre as formas de acometimento ao homem está a leishmaniose cutânea anérgica difusa (LCAD) causada por Leishmania (L.) amazonensis que, embora de acometimento mais raro, representa um grande agravo à nível de saúde pública. Foram utilizados neste estudo camundongos isogênicos Mus musculus BALB/c e C57BL/6 e infectados com duas cepas de Leishmania (L.) amazonensis causadoras de LCAD e avaliado os perfis de resposta imunológica em 15, 30 e 60 dias de lesão, onde foi realizada análise histopatológica demonstrando a presença de degradação tecidual, acantose, espongiose, exocitose linfohistiocitária e infiltrado inflamatório difuso leve e intenso. As quimiocinas MIP-1, MCP-1 e RANTES dosadas em macerado de pele demonstraram haver grande recrutamento e ativação de macrófagos e monócitos com produção de óxido nítrico, orquestrado por citocinas IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6 e TNF-α que, associado à análise da carga parasitária por expressão gênica (RT-qPCR), demonstrou haver um perfil de resposta misto de polarização TH1/TH2 dependente do tempo de infecção para os diferentes modelos murinos, onde o perfil de resposta até 30 dias de infecção permanece misto TH1/TH2 e a partir de 60 dias TH2.

  • ALLYSSON QUINTINO TENORIO DE OLIVEIRA
  • ASSOCIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA DA EXONUCLEASE TREX1 E DO FATOR DE RESTRIÇÃO VIRAL SAMHD1 EM PESSOAS VIVENDO COM HIV-1 ANTES E APÓS O USO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (TARV)

  • Data: 25/04/2019
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  • A imunidade inata constitui uma importante barreira contra a infecção pelo HIV-1. Durante a infecção, são acionados diversos mediadores celulares que visam controlar a infecção. A exonuclease TREX-1 (three prime repair exonuclease 1) é uma proteína com função exonucleica mais encontrada em mamíferos. Sua atividade durante a infecção pelo HIV-1 é controversa, pois apesar de degradar os ácidos nucleicos abortivos presentes durante a transcrição reversa, ela regula negativamente a replicação viral, uma vez que inibe a ativação de sensores da imunidade inata. O fator de restrição viral SAMHD-1 (SAM and HD domain containing deoxynucleoside triphosphate triphosphohydrolase 1) é uma proteína que possui atividade de dNTPase, que na infecção pelo HIV-1, degrada nucleotídeos dispersos no citoplasma celular, inviabilizando a transcrição reversa, fundamental ao processo de replicação viral. Sabe-se que a terapia antirretroviral (TARV) auxilia na redução da replicação viral e possui ação indireta no reestabelecimento imunológico das pessoas vivendo com HIV-1 (PVHIV). Este trabalho buscou avaliar a expressão gênica de TREX e SAMHD1 nos indivíduos antes e após o uso da TARV, bem como avaliar os níveis de IFN-α. Neste intuito, foram coletadas amostras de sangue periférico intravenoso de 27 indivíduos antes do uso da TARV e após um ano de utilização da terapia, além das informações socioeconômicas dos indivíduos por meio de um questionário. Os resultados de contagem de LTCD4+/LTCD8+ e de carga viral plasmática foram obtidos dos prontuários dos pacientes e por meio do SISCEL. A expressão gênica de SAMHD1 antes da TARV foi superior e reduziu significativamente após o uso da terapia. A expressão de TREX1 não apresentou diferenças significativas antes e após o uso da TARV (p=0,3957). Todavia, quando correlacionado com LTCD4+, LTCD8+,carga viral e IFN-α, o gene TREX apresentou correlação estatisticamente significativa com a contagem de LTCD4+ antes e após o uso da TARV [(r=0,4175; p=0,0475); (r= -0,5712; p=0,0029)], de LTCD8+ antes do uso da TARV (r=0,4052; p=0,0445) e a relação LTCD4+/LTCD8+ após o uso da terapia (r= -0,4451; p=0,0258). SAMHD1 apresentou diferenças estaticamente significantes antes e após o uso da TARV. Em conclusão, a TARV pode estar relacionada indiretamente na expressão de TREX1 e SAMHD1, bem como na melhora do quadro clínico dos pacientes avaliados.

  • ALLAN RODRIGO OLIVEIRA RODRIGUES
  • HELMINTOFAUNA DE PEIXES ORNAMENTAIS DA TRIBO ANCISTRINII (SILURIFOMES: LORICARIIDAE) NA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL

  • Data: 22/04/2019
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  • Loricariideos apresentam uma grande diversidade de cores e por isso são muito apreciados no mercado da aquarofilia. A helmintofauna de loricariídeos é quase desconhecida, com poucos registros de parasitos da Classe Monogenoidea, Cestoda e Trematoda e os Filos Nematoda e Acantocephala. Os monogenóideos apresentam a maior diversidade de espécies parasitando esses hospedeiros, enquanto os outros grupos têm pouca representatividade. Com o intuito de ampliar o conhecimento sobre helmintos parasitos de peixe loricariídeos uma extensa coleta foi realizada durante os meses de janeiro de 2014 á novembro de 2015 no município de Capitão Poço. Foram escolhidas as 6 espécies de loricariídeos com maior interesse econômico na região: Leporacanthicus galaxias, Ancistrus sp., Pseudacanthicus spinosus, Peckoltia oligospila, Peckoltia sp., Lasiancistrus saetiger (L322). Durante as análises foi proposto o gênero Oxyuricassis parasitando o hospedeiro Lasiancistrus saetiger, além de três espécies descritas parasitando o hospedeiro concomitantemente Oxyuricassis coronatus Rodrigues, Furtado, Melo e Santos, 2016; Oxyuricassis hexaspinatus Rodrigues, Furtado, Melo e Santos, 2016 e Oxyuricassis ekstromi Rodrigues, Wilkens, Melo, Gardner e Santos. O gênero foi alocado dentro da Família Pharyngodonidae que apresenta uma ampla diversidade de hospedeiros, porém não há nenhuma hipótese filogenética sobre o relacionamento das espécies pertencentes à família. Aqui foi realizada uma análise sistemática baseada em caracteres morfológicos e morfométricos com o intuito de recuperar o relacionamento entre espécies parasitas e peixes, bem como o relacionamento com as espécies parasitas de répteis. A topologia resgatada mostra que as espécies que parasitam peixes evoluíram de maneira independente das linhagens que parasitam répteis. Foi realiza uma revisão taxonômica baseado nos espécimes depositados na Coleção Helmintologica do Instituto Oswaldo Cruz, Museu de História Natural de Paris e o Instituto de Parasitologia – PARU, República Tcheca. As demais espécies de hospedeiros analisados apresentaram baixa diversidade de parasitos, na sua maioria espécies já descritas de Monogenoidea, com exceção do hospedeiro Peckoltia oligospila no qual é descrito aqui a nova espécie de Procamallanus (Spirocamallanus) uacari.

  • YETSENIA DEL VALLE SÁNCHEZ UZCÁTEGUI
  • ECOLOGIA DA FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA, PSYCHODIDAE, PHLEBOTOMINAE) EM PARQUES ECOTURÍSTICOS DA ÁREA URBANA DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 17/04/2019
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  • As áreas urbanas, fragmentos florestais e parques ecoturísticos podem manter ciclos de transmissão de agentes causadores de leishmaniose tegumentar americana - LTA, trazendo risco aos visitantes. O presente trabalho estudou aspectos ecológicos dos flebotomíneos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) em dois parques ecoturísticos localizados na área urbana de Belém, Pará, Brasil. Foram realizadas capturas sistemáticas de flebotomíneos no Bosque Rodrigues Alves Jardim Botânico
    da Amazônia (BRAJBA) e no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), utilizando quatro armadilhas CDC por parque, duas na copa das árvores e duas no solo, durante quatro noites contínuas de cada mês do ano 2018. No BRAJBA foram feitas capturas com armadilha de Shannon e aspiração em base de árvores. Os flebotomíneos foram identificados, e as fêmeas dissecadas para identificação morfológica e verificação de infecção natural por Leishmania spp., com posterior caracterização do DNA. A quantidade de espécies e espécimes dos flebotomíneos foram correlacionadas com a precipitação e evaporação real. O BRAJBA (19 spp., 99,75%) apresentou maior diversidade que o MPEG (6 spp., 0,3%). Nyssomyia antunesi foi a espécie mais abundante em todos os ecótopos e todos os métodos de captura. No BRAJBA, fêmeas de Ny. antunesi foram observadas repousando na
    base das árvores e tentando picar os profissionais nas horas da manhã. Uma fêmea de Bichromomyia flaviscutellata e uma de Trichophoromyia brachipyga foram observadas infectadas por flagelados. Apenas os flagelados de Th. brachipyga foram isolados e caracterizados como Leishmania (Viannia) lainsoni. Cinco espécies de flebotomíneos apresentam importância epidemiológica. As frequências mensais de Ny. antunesi, Th. ubiquitalis e Th. brachipyga, espécies mais abundantes, se correlacionaram negativamente com a precipitação total. O presente estudo gerou informações importantes para a compreensão da ecologia das leishmanioses na área urbana de Belém. Os parques podem apresentar risco potencial de transmissão de Leishmania spp. Sugere-se a inclusão de Ny. antunesi, Th. ubiquitalis e Th. brachipyga na lista prioritária de espécies para vigilância entomológica.

  • LARISSA SILVA DE FREITAS
  • OBTENÇÃO DE PEPTÍDEOS RECOMBINANTES MIMÉTICOS DE Chlamydia trachomatis PARA APLICAÇÃO EM DIAGNÓSTICO

  • Data: 10/04/2019
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  • A infecção por Chlamydias é um grande problema de saúde pública, sendo considerada a maior causa de morbidade entre indivíduos sexualmente ativos, podendo ser considerada uma das infecções sexualmente transmissível mais comum do mundo. As infecções por C. trachomatis apresentam altas taxas de prevalência, mesmo que cerca de 70 a 80 % dos casos sejam assintomáticos, e por consequência, não diagnosticados. No Brasil, estudos epidemiológicos mostram uma incidência que oscila entre 1,5% e 31,5% quando se investiga a infecção por C. trachomatis. As técnicas laboratoriais mais utilizadas para a detecção da infecção por Chlamydias são: a cultura, a imunofluorescência direta, ensaio imunoenzimáticos do tipo ELISA, a imunofluorescência indireta (IFI), microimunofluorescência (MIF) e as técnicas de amplificação de ácidos nucleicos. Objetivando superar algumas limitações quanto ao diagnóstico rápido e seguro, foi empregada a tecnologia do Phage Display para identificar peptídeos miméticos aos antígenos de Chlamydia, que fossem imunorreativos e imunogênicos para serem selecionados para a produção de peptídeos sintéticos. Estes poderão ser usados em novas plataformas nanobiotecnológicas e imunobiológicas, com perspectivas de aplicação em ensaios diagnósticos e em sistemas vacinais.

  • ANA NUNES DOS SANTOS
  • NEMATÓDEOS PARASITOS DO INTESTINO GROSSO DE ANUROS DAS FAMÍLIAS HYLIDAE E PHYLLOMEDUSIDAE (ANURA: ARBORANAE) DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 27/03/2019
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  • As famílias Hylidae Rafinesque, 1815 e Phyllomedusidae Günther, 1858 fazem parte do Clado Arboranae. Os membros dessas famílias são conhecidos como anuros arborícolas, pois comumente habitam ambiente arbóreo. O Brasil é um país com uma grande biodiversidade, a qual ainda é pouco conhecida, especialmente quando se trata de helmintos parasitos, pois apesar de 57% das espécies de helmintos conhecidas na América do Sul ter sido relatada para o Brasil, quase 92% das espécies dos anuros do país ainda não foram estudadas para parasitos. Desta forma, o presente estudo propôs registrar a fauna de nematódeos parasitos do intestino grosso de anuros das famílias Hylidae e Phyllomedusidae da Amazônia brasileira. Os hospedeiros foram coletados em três estados da Amazônia brasileira: Amazonas, Amapá e Pará. O material analisado foi proveniente de coletas realizadas entre os anos de 2013 a 2017, correspondendo a 147 hospedeiros. Os helmintos colhidos foram fixados e clarificados seguindo os protocolos padrão e os parâmetros ecológicos foram calculados. As análises morfológicas foram feitas utilizando Microscopia de Luz. Assim, relatamos 11 táxons de Nematódeos, distribuídos nas famílias Atractidae, Cosmocercidae, Kathlaniidae, Pharyngodonidae e na Superfamília Cosmocercoidea, com registros de hospedeiros e localidades novas paras alguns. Os Cosmocercídeos foram os mais prevalentes correspondendo a 97% dos helmintos encontrados. Neste estudo também descrevemos duas novas espécies Neocosmocella fisherae e Parapharyngodon politoedi parasitos de Phyllomedusa bicolor e Osteocephalus taurinus, respectivamente. Portanto, o nosso estudo adiciona novos dados morfológicos e geográficos a helmintofauna amazônica e brasileira.

  • SIDNEY DE ASSIS DA SERRA BRAGA
  • TRANSMISSÃO DA MALÁRIA EM 12 MUNICÍPIOS LOCALIZADOS NO ENTORNO DE GRANDES USINAS HIDRELÉTRICAS NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 07/03/2019
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  • A malária continua sendo um problema de saúde pública na Amazônia, que requer contínua vigilância epidemiológica. A transmissão da malária ocorre pela associação de diversos fatores entre os quais estão os fatores biológicos, ambientais, econômicos, socioculturais e de saúde pública. No Brasil, a transmissão da malária apresenta longa história e sua intensificação ocorreu com o processo de ocupação da Amazônia, que contribuiu para as altas taxas de crescimento demográfico, influenciadas, principalmente, pela construção de novas rodovias, aberturas de projetos de colonização, expansão de áreas de garimpos e de mineração e a construção de usinas hidrelétricas (UHEs). Os grandes projetos hidrelétricos estão associados com alterações ambientais, um dos fatores ligados à transmissão da malária, uma vez que pode causar alteração da ecologia dos vetores, em virtude da formação dos grandes reservatórios de água. Neste estudo foram analisados dados disponibilizados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (Sivep/Malária/MS), referentes à notificação de casos de malária, no período de 14 anos (2003 - 2016), indicando o local provável de infecção, nas áreas que compõem o entorno das usinas hidrelétricas de Belo Monte (UHBM) e Tucuruí (UHT). O número de casos da doença e a incidência parasitária anual (IPA) apresentaram ampla variação tanto entre os municípios localizados no entorno da UHBM (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu) quanto entre os municípios no entorno da UHT (Breu Branco, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí). Considerando as duas áreas, o valor médio do IPA, no período, foi 51,94 e 31,41 respectivamente. Portanto, as áreas no entorno dessas duas usinas hidrelétricas apresentam-se como de alto e médio risco para a transmissão da malária, respectivamente, sendo que a espécie Plasmodium vivax foi a mais prevalente. Essa análise mostra que ainda há necessidade contínua da vigilância epidemiológica nos municípios do estado do Pará, que compõem as áreas localizadas no entorno das duas maiores usinas hidrelétricas, em Belo Monte e Tucuruí.

  • POLIANA DA SILVA LEMOS
  • MICROBIOTA INTESTINAL E EXPRESSÃO GÊNICA DIFERENCIAL DE Haemagogus janthinomys DYAR, 1921 (DIPTERA: CULICIDAE) EM RESPOSTA AO VÍRUS DA FEBRE AMARELA

  • Data: 28/02/2019
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  • Os mosquitos da espécie Haemagogus janthinomys são considerados os principais vetores silvestres do vírus da Febre Amarela (YFV) no Novo Mundo. Eles são extremamente susceptíveis à infecção pelo vírus amarílico. Para conhecer melhor o perfil deste vetor, este  trabalho objetivou descrever a composição da microbiota intestinal de fêmeas adultas coletadas em área de floresta e fêmeas nascidas em laboratório. Além disso, objetivou-se descrever o transcriptoma total e avaliar a resposta do mosquito (em nível de expressão gênica e de microRNAs) após um repasto infectante contendo partículas do YFV. Então, foi feita a extração do DNA metagenômico e sequenciamento pela plataforma GS FLX 454. Depois foram realizadas as análises de diversidade e riqueza da microbiota dos mosquitos silvestres e de laboratório. Para as análises de transcriptoma e expressão diferencial, foram montados grupos de fêmeas, que foram submetidos ao repasto sanguíneo infeccioso e não infeccioso. As fêmeas do grupo controle (Negativo) não foram alimentadas com sangue. Com os grupos montados foi feita a confirmação da infecção por PCR em Tempo Real. Em seguida, os RNAs
    foram extraídos, parte do material foi destinado ao RNA-seq e outra parte ao sequenciamento de miRNAs. Após o RNA-seq, as leituras foram montadas por De novo e foi feita a anotação dos transcritos de acordo com a Ontologia Gênica e as vias KEEG. Os transcritos de cada amostra foram normalizados e calculou-se a expressão diferencial, assumindo como diferencialmente expressos os transcritos que apresentaram AdjPValue <0,05 e logFC ≤-0,58 ou ≥ 0,58. Os miRNAs também foram sequenciados pela plataforma Illumina e analisados contra o banco de miRNAS da plataforma miRBase. Os miRNAs foram anotados e se calculou a expressão diferencial entre os grupos infectados e não infectados, alimentados e não alimentados. Nos resultados, observou-se que a composição da microbiota intestinal de H. janthinomys é constituída predominantemente por proteobactérias. Porém a diversidade de espécies bacterianas difere bastante entre os mosquitos silvestres e os criados em laboratório. O transcriptoma foi montado e a anotação funcional mostrou que a maioria dos transcritos pertencem a categoria ‘processos biológicos’. A análise da expressão diferencial mostrou que os mosquitos aparentemente sofrem uma modulação da resposta imune influenciada pela presença do vírus. Mostrou ainda que o repasto sanguíneo provoca no inseto uma redução significante da atividade redox e que esta atividade é ainda mais atenuada na presença do
    YFV. Muitos miRNAs são regulados negativamente durante o repasto infeccioso e alguns deles estão relacionados ao processo de morte celular.

  • RANILDA GAMA DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL E O IMPACTO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM UMA COORTE INFECTADA PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1), EM BELÉM-PARÁ

  • Data: 28/02/2019
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  • Ao adotar estratégias para conter a epidemia de AIDS, o Ministério da Saúde disponibilizou a TARV para todas as pessoas infectadas pelo HIV (PVHIV) independente do estado imunológico. A TARV melhora a qualidade de vida dessas pessoas, reduzindo taxa de mortalidade e morbidade, porém anormalidades metabólicas continuam sendo significantes, fazendo-se necessários novos esclarecimentos. O presente estudo teve por objetivo estabelecer uma coorte de PVHIV, virgens de tratamento e acompanhar, por 24 meses, as mudanças ocasionadas pelo efeito da TARV, nas variáveis nutricionais, marcadores laboratoriais, imunológicos e virológicos, comparando com grupo de pessoas não infectadas, bem como associações com marcadores bioquímicos indicativos de distúrbios metabólicos e classe de ARV. Foi preparada uma coorte que constou inicialmente de 110 indivíduos e finalizou com 54 PVHIV atendidos no SAE/CASA DIA/PMB no período de 2016 à 2018, fazendo-se três avaliações nutricionais. Houve prevalência do sexo masculino (77,3%), na faixa etária entre 18 a 29 anos (54,5%) e escolaridade de ensino médio completo (41%). O diagnóstico do estado nutricional foi de eutrofia através do % peso ideal, % peso usual, IMC, CB e CMB, porém, quando usada a PCT e BIA houve predomínio de desnutrição. Inicialmente a CV em log10 da maioria do grupo pesquisado (74,1%) estava entre 3,1-5,0 no final da pesquisa a maioria (73,3%) estava entre < 1,61, e a mediana de linfócitos TCD4+ no final de vinte e quatro meses de estudo era de 583. Os resultados laboratoriais para CT, LDL-c, TG, ferritina e hemograma se encontraram dentro da normalidade nas três avaliações, a exceção foi para o HDL-c que somente na segunda avaliação estava dentro do nível aceitável, nas demais estava abaixo. A análise da influência da TARV nas variáveis laboratoriais e nutricionais mostrou significância estatística com doze e vinte e quatro meses. Os níveis séricos dos lipídeos mostraram elevação média constante. A comparação entre PVHIV e GC mostrou significância estatística nas variáveis laboratoriais e nutricionais. O uso da TARV a partir da primeira avaliação foi constatado por 100% dos pesquisados, sendo o esquema terapêutico ITRN-ITRNt/ITRNN (3TC/TDF/EFV) utilizado por 96,4% do grupo pesquisado. Houve associação significativa entre o diagnóstico nutricional de eutróficos avaliados através dos parâmetros de CB e CMB e o esquema terapêutico utilizado. O consumo alimentar mostrou qualitativamente insuficiente em vitaminas, minerais e fibras.

2018
Descrição
  • RAUL HENRIQUE DA SILVA PINHEIRO
  • Astronotus ocellatus (AGASSIZ, 1831) (CICHLIFORME: CICHLIDAE): ESTUDO TAXONÔMICO DA HELMINTOFAUNA DE OCORRÊNCIA EM AMBIENTE NATURAL E AMBIENTE ARTIFICIAL

  • Data: 17/12/2018
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  • Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) é uma espécie originalmente amazônica, estando disseminada em quase todo o território brasileiro, apresentando importância alimentar e também para fins aquariofilísticos. Este trabalho teve como objetivo identificar a helmintofauna de Astronotus ocellatus de ocorrência no rio Tapajós, município de Santarém-Pará, em um típico ambiente natural, e no lago artificial da Iara no Jardim Zoobotânico da Amazônia, Bosque Rodrigues Alves, ambiente de semi-cativeiro no Município de Belém, Estado do Pará. No total 80 exemplares A. ocellatus foram analisados durante o ano de 2015, sendo os peixes colhidos do ambiente com linha ou puçá de mão, acondicionados em caixas de polímeros expandido ou saco de transporte de 30L e encaminhados ao Laboratório de Histologia e Embriologia Animal – LHEA/UFRA, onde foram necropsiados sendo seus helmintos colhidos e processados para microscopia de luz e microscopia Eletrônica de Varredura, bem como contados para análises ecológicas do parasitismos (prevalência, intensidade e abundancia parasitaria) e relacionados entre sim por testes estatísticos. Para o lago artificial da Iara foram identificados os helmintos Procamallanus spiculastriatus sp. n., Proteocephalus sp. (Adultos e larvas) e um cistacanto (Acanthocephala) e para o rio Tapajós os helmintos encontrados foram Contracaecum sp. (Larvas), Pseudoproleptos sp. (Larvas) e Posthodiplostomum sp. (Larvas). Os estudos sobre helmintos de peixes em condições de vida livre e aquicultura nos permitem conhecer importantes paisagens parasitológicas, acrescentando dados sobre a distribuição dos parasitos e seus hospedeiros na região amazônica, além de contribuir com novos dados parasitários, morfológicos e epidemiológicos para esta região.

  • CINTIA YOLETTE URBANO PAUXIS ABEN ATHAR
  • AVALIAÇÃO DA LIMITAÇÃO DE ATIVIDADE, DE CONSCIÊNCIA DE RISCO E DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE PESSOAS COM HTLV-1 ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 07/12/2018
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  • A paraparesia espástica tropical ou mielopatia associada ao HTLV (PET/MAH) pode impossibilitar, limitar ou restringir a realização de atividades de vida diária e, como consequência, diversos aspectos da vida são afetados. Este estudo tem por objetivo avaliar a limitação de atividade, a consciência de risco, a participação social, a qualidade de vida e a dor em pessoas infectados pelo HTLV-1 atendidos em uma Unidade de Referência na Amazônia Brasileira. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, analítico, transversal com abordagem quantitativa. Utilizou-se a Screening of Activity Limitation and Safety Awareness - SALSA, a Escala de Participação, o questionário de Qualidade de vida (SF-36) e o Inventário Resumido de dor. A pesquisa foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa (1.592.979). Foram entrevistados 55 pacientes com HTLV-1 que fazem acompanhamento no Núcleo de Medicina Tropical da UFPA. Os resultados obtidos demonstraram maior frequência de pacientes assintomáticos (62%), que sintomáticos (38%). Identificou-se maior frequência do gênero feminino e de pessoas na faixa etária de 41 a 50 anos nos dois grupos. Quanto à escolaridade, os pacientes, em ambos os grupos, tinham apenas o ensino médio. Notavelmente a maior parte dos pacientes, em ambos os grupos, eram casados. Os pacientes sintomáticos encontraram-se aposentados (33,3%), enquanto que os sintomáticos estavam exercendo atividades domésticas (20,6%) como ocupação. Quanto às características epidemiológicas a maior parte dos pacientes, em ambos os grupos, não recebeu transfusão de sangue. Apenas um (2,9%) dos pacientes relatou ter utilizado drogas injetáveis. A relação sexual ainda é uma prática de 24 (70,6%) pacientes assintomáticos e de 14 (66,7%) dos sintomáticos. Quanto a descoberta da infecção 13 (38,2%) dos pacientes assintomáticos e 08 (38,1%) dos sintomáticos disseram ter descoberto a infecção pelo HTLV-1 após tentativa de doação de sangue. Após a avaliação, identificou-se que os pacientes assintomáticos não apresentaram limitação de atividades (64,7%) e os sintomáticos apresentaram limitação leve (57,1%). Nenhum dos grupos apresentou boa consciência de risco. Não houve restrição à participação social tanto nos pacientes assintomáticos (97,1%), quanto nos sintomáticos (52,4%). Os dois grupos tiveram queixa de dor, sendo mais frequente na coluna lombar nos assintomáticos, e no grupo sintomático nos joelhos. A dor foi mais intensa nos sintomáticos, com interferência em todos os aspectos da qualidade de vida. Observou-se maior qualidade de vida nos pacientes assintomáticos quando comparado aos sintomáticos.

  • GEISON LUIZ COSTA DE CASTRO
  • ANÁLISE DE ASPECTOS CLÍNICO-LABORATORIAIS, EPIDEMIOLÓGICOS E MOLECULARES DA INFECÇÃO CRÔNICA  PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTINUCLEARES

  • Data: 04/12/2018
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  • A infecção pelo Vírus da Hepatite C (HCV) representa um grave problema em nível de saúde pública devido à sua alta prevalência e mortalidade. Este vírus classifica-se em diferentes genótipos, que estão associados a diferentes formas da evolução clínica da doença. Na infecção crônica pelo HCV, podem ocorrer manifestações autoimunes e produção de autoanticorpos, incluindo os anticorpos antinucleares (ANA). Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de ANA em pacientes com hepatite C crônica e avaliar se estas moléculas estão associadas a características epidemiológicas, clínico-laboratoriais, moleculares e histopatológicas da doença. Para tal, foram coletados dados de variáveis epidemiológicas, de características clínicas e de exames bioquímicos, hematológicos, moleculares e histopatológicos de 89 pacientes com hepatite C crônica, provenientes de Belém, Pará. A detecção dos ANA foi realizada por imunofluorescência indireta (IFI) utilizando células HEp-2. A média de idade dos pacientes foi de 54,4 ± 9,3 e houve uma discreta predominância de indivíduos do sexo masculino. Os principais fatores de risco de infecção detectados
    foram procedimentos cirúrgicos e transfusões sanguíneas realizados antes de 1993. Entre os pacientes avaliados, 6,1% apresentaram manifestações autoimunes. Foram detectados os genótipos 1 e 3, com predominância do genótipo 1 e níveis mais elevados de proteínas totais nos pacientes com este genótipo. A prevalência de ANA nos pacientes foi de 20,2%, significativamente maior do que a encontrada em controles (2%). No entanto, não houve associação deste marcador com aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais, moleculares e histopatológicos da hepatite C, embora tenha sido detectada prevalência ligeiramente maior de ANA em mulheres e pacientes infectados pelo subgenótipo 1a. Foram detectados padrões nucleares, citoplasmáticos e um misto, com maiores graus de lesão hepática observados nos pacientes com padrão citoplasmático anéis e bastões em comparação aos pacientes ANA negativos. Portanto, os resultados sugerem uma maior predisposição à presença de ANA em portadores do HCV, que podem estar associados a um pior prognóstico.

  • MILENE SILVEIRA FERREIRA
  • FISIOPATOGENIA DA FEBRE AMARELA EM PRIMATAS NÃO HUMANOS (Saimiri spp.).

  • Data: 03/12/2018
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  • A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa causada pelo Vírus da febre amarela (VFA). Por tratar-se de uma zoonose, não pode ser erradicada, e mesmo dispondo de uma vacina continua como um dos maiores desafios em saúde pública. Com o intuito de descrever a fisiopatogenia da FA em primatas não humanos (Saimiri spp.) e viabilizar esse modelo para estudos sobre a doença, foram selecionados 11 animais que não apresentavam anticorpos para arbovírus. Destes, 10 animais foram infectados com 5,31x105 cópias do genoma/mL do VFA isolado de um caso humano grave não fatal e 1 foi mantido controle negativo. O experimento estendeu por 30 dias para observação de alterações clínicas, séricas e comportamentais. Amostras de sangue e tecidos foram coletadas durante os primeiros 7 dias e no 10, 20 e 30 dias pós infecção (dpi) para detecção da carga viral por RT-qPCR; mensuração de parâmetros hematológicos; dosagens bioquímicas (AST, ALT, ureia e creatinina); detecção de anticorpos IgM/IgG por ELISA, Inibição da Hemaglutinação e Teste de Neutralização; descrição das alterações histológicas, quantificação dos antígenos virais (imunoistoquímica- IHQ) e citocinas (RT-qPCR e IHQ). A maioria dos animais apresentou bom estado geral e um animal evoluiu ao óbito com 6 dpi. Foram observadas alterações nas frequências cardíacas, respiratória e notou-se desidratação. Os PNH exibiram febre, prurido, vermelhidão no corpo, tremores musculares, vômito e petéquias. A viremia ocorreu entre 1-10 dpi e a detecção de anticorpos IgM/ IgG entre 4-30 dpi. Os níveis de AST, ALT e ureia aumentaram e a creatinina diminuiu entre 3-10 dpi. O genoma e os antígenos virais foram detectados no cérebro, fígado, rim, baço, linfonodo, pulmão e coração. O fígado foi o órgão mais afetado e o vírus mostrou predileção pela zona mediozonal (Z2). O comprometimento histopatológico do tecido hepático foi caracterizado pela presença focos de necrose lítica e coagulativa, esteatose, tumefação celular, hipertrofia e hiperplasia das células Kupffer. A regeneração dos hepatócitos foi rápida e completa, de modo que o fígado foi restaurado ao normal até o final do experimento. A resposta imunológica foi caracterizada pela expressão de S100, CD11b, CD57, CD4 e CD20; marcadores do endotélio (VCAM-1, ICAM-1 e VLA-4), estresse e morte celular (Caspase 3, MLKL, iNOS e Lisozima); citocinas pró-inflamatórias (INF-γ, INF-β, TNF-α, IL- 8); anti-inflamatória (IL-4, IL-10 e TGF-β) e; Treg (IL-35) e IL-17 de forma irregular durante toda a cinética experimental. As lesões severas da fase grave da doença podem estar associadas à expressiva produção de citocinas pró-inflamatórias com poder apoptótico como o IFN-γ e TNF-α, liberadas pelas células da resposta inflamatória do perfil Th1, como o linfócito T CD4+, linfócito T CD8+, identificados pela maior expressão de moléculas de adesão VCAM-1, ICAM-1 e VLA-4 para o foco inflamatório observado em Z2. Este é o primeiro estudo experimental em tempos modernos a mostrar que os PNH do gênero Saimiri spp. são susceptíveis a infecção pelo VFA, desenvolvendo um quadro infeccioso cujo padrão de resposta imune in situ se assemelha aos observados em humanos.

  • MAURO SERGIO MOURA DE ARAUJO
  • INVESTIGAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS GENES DAS CITOCINAS IL-6, IL-8, TGF-β, TNF-α e IFN-γ EM PACIENTES COM INFECÇÃO CRÔNICA PELOS VÍRUS DAS HEPATITES B E C


  • Data: 30/11/2018
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  • Os vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são responsáveis pela grande maioria das formas de doenças hepáticas crônicas no mundo, promovem dano hepático continuado, promovendo inflamação, morte das células do parênquima, deposição de matriz e fibrose progressiva imunomediada. Neste estudo, em portadores de hepatite crônica B (n=9) e C (n=40), sem uso de terapia antiviral específica, comparando com grupo controle (CT) de pacientes saudáveis (n=9), avaliamos a concentração de enzimas hepáticas no soro e quantificamos no tecido hepático a expressão relativa RNAm dos genes alvos IL-6, IL-8, TNF-α, IFN-γ e TGF-β, utilizando o método comparativo (ΔΔCT) através da técnica de qPCR, buscando identificar possível associação com os aspectos histopatológicos dessas doenças relacionadas ao estadiamento necro-inflamatório e fibrótico pela classificação de METAVIR. As enzimas ALT, AST, GGT e AFP demonstraram associação positiva com as alterações histológicas fibróticas observadas nas infecções virais. A expressão do RNAm da IL-6 nos pacientes com HBV e HCV foram maiores que no grupo controle, como também em todos os processos de necro-inflamação e fibrose. Não houve aumento da expressão do RNAm de IL-8 e de TNF-α nos pacientes com HBV e HCV, quando comparados ao CT, sem apresentar alteração nos processos progressivos da doença necro-inflamatória e fibrótica. As quantificações relativas do RNAm do IFN-γ quando avaliadas nos pacientes com HBV e HCV, indicaram diferenças significativas com valores aumentados em relação ao CT, e no processo necro-inflamátorio médio e fibrótico leve. A expressão do RNAm da TGF-β nos pacientes com HBV e HCV foram maiores que no CT, como também em todos os processos de necro-inflamação e fibrose. Os resultados demonstram a predominante expressão gênica das citocinas TGF-β e IL-6, nas infecções crônicas virais, sugerindo forte atuação das células Treg, e sua interação com Th17. A reduzida expressão gênica da citocina TNF-α e a progressiva redução da expressão gênica da citocina IFN-γ, nos estados avançados de inflamação e fibrose, sugere a exaustão celular dos linfócitos T CD4+ e T CD8+, demonstrando que os componentes virais podem modular a regulação dos genes estudados atuando sobre a fibrogênese hepática.


  • EDUARDO LANA
  • PERFIL DE VIRULÊNCIA E DE EXPRESSÃO GÊNICA DIFERENCIAL EM CÉLULAS HEPG2 INFECTADAS COM TRÊS ISOLADOS DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA

  • Data: 30/11/2018
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  • A febre amarela (FA) é uma doença viral endêmica de regiões tropicais da África e das Américas que afeta principalmente humanos e primatas não humanos. O Vírus da Febre Amarela (VFA) é transmitido por mosquitos hematófagos das espécies Haemagogus janthinomys e Aedes aegipty, sendo capaz de produzir grandes epidemias com alta taxa de mortalidade devido a quadros fatais de febre hemorrágica. Apesar do controle epidemiológico sobre esta doença e do estabelecimento de uma vacina eficaz, o Brasil voltou a ter uma grande epidemia que se iniciou no ano de 2016. A patogenia ainda não é bem compreendida o que dificulta estimar a evolução da doença e as causas da sua progressão ao óbito. Neste trabalho, usamos técnicas in vitro para investigar a progressão da infecção viral de três cepas isoladas de casos clínicos diferentes. Para isso, cultivos de células HepG2 foram infectadas com multiplicidade de infecção (MOI) de 1, 3, 5, 7 e 20 e avaliados a presença de efeito citopático, título viral em unidades formadoras de placas (PFU), comparação dos tamanhos das placas formadas no teste de titulação viral, progressão da infecção através da detecção de antígenos virais pela imunofluorescência indireta (IFI), bem como, viabilidade celular, citotoxicidade e indução de apoptose para determinar o melhor dia da avaliação da expressão gênica. A cada 24 horas durante 5 dias pós infecção (dpi) os testes foram realizados. As análises dos RNAs mensageiros (RNAm) foram sequenciadas na plataforma Ilumina com amostras colhidas no segundo dpi em uma MOI 5, analisadas através algumas ferramentas de bioinformática para comparação qualitativa e quantitativa dos genes expressos. A caracterização in vitro demonstrou a virulência de cada cepa, evidenciando comportamentos distintos entre elas e se relacionando com as suas classificações de progressão clínica. As análises dos RNAm mostraram de 13 até 855 genes diferencialmente expressos que foram identificados alterando até 882 processos biológicos pela ontologia genética. Desta forma conseguiu-se diferenciar os comportamentos destes diferentes vírus pertencentes ao mesmo genótipo filogenético. Estes resultados colaboram com os dados já visualizados e evidenciados por técnicas histopatológicas in vivo durante a infecção FA, ampliando o entendimento da patogênese amarílica.

  • THIAGO VASCONCELOS DOS SANTOS
  • FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE: PHLEBOTOMINAE) E A TRANSMISSÃO DE AGENTES DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE OIAPOQUE, AMAPÁ, REGIÃO DE FRONTEIRA BRASIL - GUIANA FRANCESA

  • Data: 24/10/2018
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  • Em fronteiras da Amazônia Brasileira, a leishmaniose tegumentar Americana (LTA) é endêmica e reconhecida como um importante problema de saúde pública. O presente estudo objetivou estudar os flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) e suas relações com a LTA no município de Oiapoque (Amapá), região de fronteira Brasil-Guiana Francesa. Realizou-se a investigação de um conjunto de variáveis relacionadas à eco-epidemiologia da LTA focadas em aspectos sobre os potenciais vetores (distribuição, frequência, sazonalidade, fonte alimentar e pesquisa de infecção/ detecção de DNA) e no homem (caracterização clinica, epidemiológica e etiológica dos casos de LTA). Áreas ecologicamente distintas foram amostradas por diversos métodos de captura (armadilhas luminosas instaladas em vários estratos verticais e horizontais, barraca de Shannon, aspiração em bases de árvores). Fêmeas foram individualmente submetidas à dissecção para tentativa de isolamento, pesquisa de fonte alimentar e/ ou agrupadas em pools para detecção/ caracterização de DNA de Leishmania. Capturas mensais foram realizadas para estudar a estratificação espaço-temporal em um gradiente peridomiciliar-florestal visando ainda investigar correlações com clima e casos humanos. Pacientes, dados primários e secundários dos serviços de saúde foram investigados. O uso combinado de diferentes médodos de captura permitiu caracterizar a fauna flebotomínica dos ecótopos estudados, compreendendo 48 espécies, sendo Nyssomyia umbratilis a mais frequente; Brumpromyia pentacantha correspondeu a um novo registro para o Estado; os ecótopos estudados apresentaram composição faunística similar, entretanto, um pouco mais distintas em área de colonização antiga; não houve evidências concretas de estabelecimento de ciclo peridomiciliar; houve correlação moderada/ alta entre Ny. umbratilis, Evandromyia infraspinosa e Psychdopygus ayrozai e o número de casos de LTA notificados em Oiapoque; foi observado ecletismo alimentar para determinadas espécies de flebotomíneos; Leishmania (Viannia) guyanensis foi frequentemente encontrada infectando Ny. umbratilis (10 cepas isoladas) e ocasionalmente Ev. infraspinosa (caracterização baseada no DNA presente na lâmina de dissecção); a detecção de DNA com caracterização molecular demonstrou a circulação de L. (V.) braziliensis em Trichophoromyia ininii, Bichromomyia flaviscutellata, Ny. umbratlis e Ev. infraspinosa e de L. (V.) guyanensis em Ny. umbratilis; a relação natural Ny. umbratilis x L. (V.) guyanensis permaneceu como predominante no ecótopo estudado, no entanto, sugere-se melhor investigação sobre o possível papel de ciclos alternativos evidenciados nos achados de infecção natural e detecção de DNA. O presente estudo forneceu novos elementos para a melhor compreensão da LTA em um contexto de responsabilidade binacional para o controle e vigilância do agravo.

  • GILVANDO RODRIGUES GALVÃO
  • DETECÇÃO E EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE Leishmania sp EM TRÊS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 18/09/2018
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  • A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica grave e potencialmente fatal, que tem o cão como um dos principais reservatórios domésticos. Atualmente, os testes moleculares têm sido usados amplamente para o diagnóstico da doença, bem como para a identificação da espécie de Leishmania. A presente pesquisa teve como objetivo realizar diagnose molecular e estudos epidemiológicos da leishmaniose canina em três municípios (Belém, Marabá e Colares), considerados áreas de vigilância epidemiológica no Pará. Foram analisadas amostras de sangue e swab conjuntival de 130 animais, cujas frequências de detecção do DNA do parasita foram iguais a 76% (38/50) em Marabá, 53,1% (26/49) em Belém e 35,5% (11/31) em Colares. Não foi encontrada relação entre a infecção e a idade, sexo e raça dos animais, porém houve associação entre a sintomatologia e a presença da infecção por Leishmania spp. Os marcadores utilizados (kDNA e SSUrDNA) foram igualmente sensíveis na detecção do parasita, bem como os diferentes tipos de amostra biológicas. O sequenciamento dos produtos das PCRs de SSUrDNA indicaram a Leishmania infantum como a única espécie do parasita nos três municípios pesquisados, sendo que entre todas as amostras sequenciadas, quatro apresentaram variação nucleotídica, sendo três com nucleotídeos degenerados e uma com mutação de transição pirimídicas (C→T). Esta variabilidade pode indicar novos mecanismos de comportamento destas cepas ainda não descritos na literatura, uma consequência de movimentos da migração populacional humana, dos reservatórios e/ou dos vetores. Desta forma, os polimorfismos encontrados podem refletir a presença de clones diferentes no mesmo animal ou ainda clones com aneuploidia. Porém, estudos adicionais utilizando marcadores menos conservados e um número maior de amostras devem ser realizados para indicar a real variabilidade da L. infantum que circula nestes municípios.

  • BRUNA MOREIRA DOS SANTOS
  • PESQUISA DE PIROPLASMA EM CÃES DE GUARDA RESPONSÁVEL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

  • Data: 03/09/2018
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  • A rangeliose é uma doença hemolítica de ocorrência mundial causada por protozoários
    da espécie Rangelia vitalii (Apicomplexa) que são transmitidos por carrapatos a diversos
    mamíferos, incluindo o homem. O objetivo foi investigar a diversidade de protozoários
    Apicomplexas em cães de guarda responsável da região metropolitana de Belém, Pará.
    Foram coletadas 603 amostras de sangue canino pelo Hospital Veterinário da
    Universidade Federal Rural da Amazônia (HOVET-UFRA) para amplificação molecular do
    fragmento RNAr 18S com primers externos BTF1 e BTR1 e internos BTF2 e BTR2 além de
    controles positivos e negativos para cada análise de PCR, as reações com primers internos
    foram selecionados para sequenciamento.
    Foram totalizados 53 amostras positivas, esses resultados foram levados para serem
    sequenciadas com os oligonucleotídeos BTF2 e BTR2, após esta triagem inicial 51 sequências
    retornaram com 99-100% de identidade para o isolado de Babesia canis vogeli e 2 retornaram
    com 99-100% de identidade para o isolado de Rangelia vitalii, sendo a primeira descrição de
    rangeliose em Belém do Pará.
    As cepas de Rangelia vitalii comparam-se as do Rio Grande do Sul, supondo-se que o
    animal foi trazido doente do local. A cepa de Babesia vogeli circulantes na região Metropolitana
    de Belém apresentam baixa variabilidade genética quando comparadas com as de outras regiões
    do globo terrestre. Diante dos casos de possíveis falsos diagnósticos, a rangeliose deveria ser
    incluída na lista de diagnósticos diferenciais para cães com doença hemolítica extravascular
    levando a hemorragia.


  • DANILO LEONCIO AGUIAR PEREIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE UMA qPCR MULTIPLEX PARA DETECÇÃO DE SALMONELLA SP. E TRYPANOSSOMA CRUZI EM POLPA DE AÇAÍ

  • Data: 28/06/2018
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  • Atualmente mais de 200 doenças transmitidas por alimentos são responsáveis por aproximadamente 600 milhões de infecções e intoxicações anualmente no mundo. Alguns patógenos como a Salmonella têm como principal via de infecção alimentos contaminados, enquanto outros podem em condições específicas serem transmitidos por essa via como Trypanosoma cruzi. O tempo de resposta até a confirmação da presença da Salmonella é um gargalo logístico para a indústria alimentícia, e surtos de doença de chagas transmitida pelo consumo de polpa de açaí contaminado é atualmente um problema de saúde pública podendo acarretar sérios prejuízos econômicos. O presente estudo teve como objetivo o desenvolvimento de uma qPCR multiplex com a inclusão de um controle interno de amplificação para a detecção de Salmonella sp. e Trypanosoma cruzi em polpa de açaí. Um total de 210 amostras de açaí das quais 150 foram amostras de campo e 60 foram amostras de açaí pasteurizado utilizadas em um teste cego onde algumas seriam artificialmente contaminadas com os Salmonella e Trypanosoma cruzi para verificar a exatidão, precisão, sensibilidade, especificidade e limite de detecção da qPCR além de verificar a concordância entre o método de referência e a qPCR para a detecção de Salmonella. Das 60 amostras do teste cego analisadas nesse estudo a qPCR multiplex apresentou sensibilidade de 98,0%, especificidade de 100% e exatidão de 97% em relação a detecção de Salmonella sp. Para Trypanosoma cruzi a sensibilidade, especificidade e exatidão foram de 100%. A concordância entre o método de referência baseado em cultura e a qPCR multiplex foi de 88,33% e o coeficiente kappa = 0,78. Das 150 amostras de campo analisadas, não foi detectado T. cruzi, sendo seis amostras inconclusivas para a presença de Salmonella sp. O controle interno de amplificação foi inserido com sucesso na qPCR e teve como alvo uma sequência do DNA de Euterpe oleracea. Discussão: Os parâmetros usados na avaliação da qPCR multiplex desenvolvida neste estudo demonstraram alta sensibilidade, especificidade e exatidão, além de terem uma forte concordância com o método de referência para a detecção de Salmonella sp., além de apresentarem sensibilidade, especificidade e exatidão de 100% para a detecção de Trypanosoma cruzi em polpa de açaí. Adicionalmente, a presença do controle interno de amplificação garante a funcionalidade do teste. Conclusão: Neste estudo foi desenvolvida uma qPCR multiplex para detecção de Salmonella sp. e Trypanosoma cruzi em polpa de açaí. Esta qPCR multiplex pode ser usada como método alternativo para detecção de Salmonella sp., oferecendo um menor tempo de resposta. Adicionalmente o uso do controle interno de amplificação garante a funcionalidade do teste. Esta qPCR multiplex pode tornar mais rápida a pesquisa de Salmonella sp. e agregar valor à cadeia produtiva do açaí diminuindo o risco de surtos de doença de chagas transmitida por açaí contaminado.

  • BRUNO JOSÉ MARTINS DA SILVA
  • AÇÃO LEISHMANICIDA in vitro DE Physalis angulata L. e Euterpe oleracea Mart.

  • Data: 26/06/2018
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  • Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania infantum (Leishmania chagasi) são protozoários intracelulares obrigatórios capazes de silenciar a resposta microbicida gerada pelos macrófagos, gerando um ambiente favorável para sua multiplicação. O parasito Leishmania é responsável por causar as leishmanioses, que são doenças negligenciadas com terapêutica limitada. Em relação ao tratamento, os antimoniais pentavalentes são considerados de primeira linha, entretanto, apresentam alta toxicidade e requerem longo período de tratamento. Atualmente, são necessárias pesquisas por novos medicamentos com melhor eficácia contra o parasito, que não apresentem toxicidade e efeitos adversos. Neste contexto, produtos de origem natural encontrados na região Amazônica Brasileira apresentam um grande potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos. Além disso, essas substâncias apresentam inúmeras vantagens, pois são encontradas em abundância na floresta Amazônica e são utilizadas na medicina popular. Desta forma, este estudo pretendeu avaliar a ação leishmanicida de alguns produtos naturais encontrados na região Amazônica (Euterpe oleracea Martius e Physalis angulata L.) e preparar uma revisão de literatura abordando ação de plantas medicinais encontradas na região Amazônica. Esta tese foi dividida em quatro artigos científicos. O Artigo I foi uma revisão de literatura sobre diversos trabalhos que mostraram ação biológica de diferentes plantas encontradas na Amazônia Brazileira sobre diferentes espécies de Leishmania. O artigo I ressalta a importância da busca de novos compostos leishmanicidas a base de plantas. No artigo II foi mostrado que o extrato aquoso da raiz da planta Physalis angulata (EAPa) promoveu aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e induziu morte celular com fenótipo similar a apoptose em promastigotas de L. (L.) amazonensis tratadas por 72 horas com 100 μg/mL. EAPa foi capaz de promover ativação de macrófagos induzindo várias alterações morfológicas, como: alteração do citoesqueleto, aumento da emissão de projeções citoplasmáticas, maior capacidade de espraiamento celular e produção de radicais superóxidos (O2-). Além disso, EAPa reverteu a inibição da produção de O2- causado por L. (L.) amazonensis. No artigo III foi observado que o tratamento com suco clarificado de Euterpe Oleracea (EO) promoveu redução do número de promastigotas, alterações morfológicas, aumento da produção de ERO e indução de morte celular com fenótipo similar a apoptose em promastigotas de L. (L.) amazonensis (IC50=1:40) e L. infantum (IC50= 1:38). EO promoveu diminuição do número de parasitos intracelulares de L. (L.) amazonensis (IC50= 1:30) e L. infantum (IC50= 1:38). Outro interessante resultado observado foi a redução da secreção da citocina IL-17A após tratamento de macrófagos infectados com L. (L.) amazonensis ou com L. infantum com diferentes concentrações de EO por 72 horas. Além disso, nenhum efeito citotóxico foi observado em macrófagos peritoneais tratados com EO (72 horas- CC50 > 1:1). O artigo IV mostra que o tratamento com EAPa promoveu a redução do número de promastigotas (IC50= 65.9 μg/mL) e amastigotes (IC50= 37.9 μg/mL) de L. infantum. Além disso, EAPa também induziu varias alterações morfológicas, aumento da produção de ERO e morte celular com fenótipo similar a apoptose em promastigotas tratadas por 72 horas. Em macrófagos infectados com L. infantum EAPa (100 μg/mL ) desencadeou o aumento de secreção de TNF-α em macrófagos infectados com L. infantum após 72 horas de tratamento, porém não induziu o aumento da secreção desta citocina em macrófagos não infectados. Além disso, EAPa não apresentou efeito citotóxico para células J774-A1 (CC50> 1000). Em conclusão, os artigos evidenciaram que o extrato aquoso da raiz da planta Physalis angulata e o suco comercial clarificado de Euterpe oleracea, são substâncias com características promissoras para o desenvolvimento de um novo medicamento para as leishmanioses.

  • PHAMELLA VASCO MAGALHAES
  • PREVALÊNCIA DOS HEMOPARASITOS Ehrlichia canis, Anasplasma platys e Babesia vogeli EM CÃES DE GUARDA RESPONSÁVEL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM/PA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO.

  • Data: 30/05/2018
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  • A erliquiose monocítica canina, a anaplasmose trombocítica canina e a babesiose canina
    são doenças causadas respectivamente, pelos bioagentes Ehrlichia canis, Anaplasma
    platys e Babesia vogeli, que têm ganhado grande relevância devido a seu caráter
    zoonótico. Na região Amazônica, o clima quente e úmido é favorável à proliferação dos
    vetores hematófagos. O presente estudo investigou a prevalência de E.
    canis, A. platys e B. vogeli durante os anos de 2013 a 2017, através da análise do banco de
    dados com resultados de testes realizados em amostras sanguíneas de 6.593 cães
    de guarda responsável da Região Metropolitana de Belém-PA, utilizando o método da
    Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), desenvolvidos pelo Laboratório de Tecnologia
    Biomolecular, da Universidade Federal do Pará. A frequência das infecções de todos os
    anos de estudos foi de 29,13% para E.canis, 15,30% para A. platys e 9% para B.vogeli.
    Além disso, foi observado um aumento da infecção por E. canis e A. platys ao longo dos
    anos e uma redução da infecção por B. vogeli. Na análise de co-infecções, o número de
    animais infectados simultaneamente por E.canis e A. platys indica uma associação entre
    estas bactérias, diferente da infecção por B. vogeli. Não houve associação entre sexo e
    idade dos animais e a infecção pelos hemoparasitos. Observou-se maior susceptibilidade
    das raças Akita à infecção por A. platys, Pinsher à infecção por B. vogeli e animais SRD à
    infecção por E. canis. No caso das raças Lhasa Apso e Schnauzer houve menor
    susceptibilidade à infecção por E. canis. A presente pesquisa desenvolvida na Região
    Metropolitana de Belém indica que estudos da dinâmica de populações do carrapato vetor
    devem ser realizados na cidade para que medidas de controle possam ser estabelecidas
    para o combate das hemoparasitoses causadas principalmente por E. canis e A. platys, que
    tem aumentado de forma significativa a cada ano e também por seu carater zoonótico.

     

  • MARIA KAROLINY DA SILVA TORRES
  • ANÁLISE DO PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS INIBIDORES DE INTEGRASE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS VIRGENS DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL ATENDIDOS EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 25/05/2018
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  • A classe de drogas inibidores de integrase (INI) foi recentemente introduzida na terapia antiretroviral (TARV). A presença de mutações associadas à resistência à INI pode ter impacto direto no sucesso do tratamento de pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA). O presente trabalho tem como objetivo descrever o perfil de resistência aos INI de PVHA virgens de TARV na cidade de Belém, Pará. Foi realizado um estudo transversal entre junho e setembro de 2016, no Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (CASADIA), onde 29 pacientes foram avaliados. Após responder a um questionário epidemiológico e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, foi realizada a coleta de sangue venoso desses pacientes, seguida da extração do Ácido desoxirribonucleico (DNA), Nested-PCR e sequenciamento nucleotídico da região da integrase do HIV-1. A identificação de mutações de resistência foi realizada por meio da base de dados de Stanford HIV Drug Resistance, a variabilidade genética foi avaliada por meio da ferramenta REGA e os resultados foram confirmados mediante a análises filogenéticas. A maioria dos indivídos avaliados eram naturais do estado do Pará, heterossexuais ou homossexuais, possuiam nível superior e com renda familiar baixa, parceiros sexuais únicos ou fixos e relataram ter tido parceiros de outros estados (Amapá, Maranhão, Tocantis, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo). Todas as 29 amostras analisadas foram identificadas como sendo do subtipo B do HIV-1 e nenhuma mutação primária associada à resistência às drogas INI (raltegravir, elvitegravir ou dolutegravir) foi encontrada. No entanto, 8 sequências apresentaram pelo menos uma mutação acessória relacionada à resistência (L74I, V151I, S119R). Este foi o primeiro trabalho que avaliou a classe de INI na região norte do país. Todos os indivíduos avaliados eram suscetíveis aos INI, evidenciando que o uso dos INI na região norte do Brasil é uma alternativa viável, visto que as mutações secundárias encontradas não possuem a capacidade de causar resistência na ausência de mutações principais.

  • MARIA EDUARDA DE SOUSA AVELINO
  • ESTUDO COMPARATIVO DO PERFIL DE MUTAÇÕES NO GENE DA PROTEASE E DO SEGMENTO V3 DO ENVELOPE DO HIV-1 EM INDIVÍDUOS SOB TERAPIA ANTIRETROVIRAL POR MAIS DE 10 ANOS NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 25/05/2018
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  • No Brasil, estima-se que em torno de 455 mil pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) aderiram ao tratamento e fazem uso de terapia antirretroviral (TARV). Contudo, como consequência do uso prolongado da TARV podem acontecer episódios de resistência secundária, também chamada resistência adquirida (Acquired Drug Resistance - ADR), que ocorre em pacientes em uso de TARV como efeito da pressão seletiva dos fármacos. O objetivo do presente estudo foi avaliar de forma molecular a região V3 do gene env do HIV-1 e uma região do gene pol em indivíduos sob terapia (TARV) há mais de 10 anos. Foram coletados dados epidemiológicos, laboratoriais e de sequenciamento dos pacientes durante dois períodos, no primeiro nos anos de 2001-2002 e no segundo em 2017, todos os indivíduos faziam acompanhamento clínico-laboratorial na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-DIPE) localizada no município de Belém, Pará, onde foi realizada uma nova coleta de sangue de 17 pacientes, seguida da extração do DNA, amplificação e sequenciamento nucleotídico das regiões correspondentes ao envelope (env) e protease (pro) e os resultados foram confirmados mediante análises filogenéticas. Houve um aumento na média da contagem de LT CD4+ e uma redução drástica da carga viral entre os indivíduos em comparação dos anos 2001-2002 para o ano de 2017. Também ocorreu uma diminuição ou desaparecimento das mutações de resistência aos inibidores de protease quando se compara os dois períodos estudados. O subtipo B foi o mais frequente para ambas as regiões gênicas (env e pro), assim como a sua variante GPGR, em relação ao gene env foi a mais frequente entre os indivíduos do estudo, nos dois períodos. Entretanto, devido ao nosso pequeno tamanho amostral fica evidenciado que são necessários mais estudos para melhor entender sobre a variabilidade genética do vírus circulante no estado do Pará atualmente.

  • LEONARDO QUINTÃO SIRAVENHA
  • “OBTENÇÃO DE PEPTÍDEOS RECOMBINANTES POR MEIO DA TÉCNICA DE PHAGE DISPLAY PARA APLICAÇÃO NO DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANA 1 (HTLV)”

  • Data: 11/05/2018
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  • O HTLV-1 está associado a doenças graves como Linfoma/Leucemia de Células T (ATL) e Paraparesia Espática Tropical/Mielopatia associada ao HTLV-1 (PET/MAH). Estima-se que 5 a 10 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com HTLV-1, sendo que a maioria dos portadores do HTLV-1 são assintomáticos causando infecções persistentes ao longo da vida e a prevalência pode variar de acordo com a região geográfica, os padrões sócio comportamentais e étnicos das populações. Os testes imunoenzimáticos atuais estão susceptíveis a resultados falso negativos ou positivos devido sua diversidade e a possibilidade de reações cruzadas com outros agentes patológicos, sendo necessária a descoberta de novos peptídeos alvo. A técnica de Phage Display aplicada no presente trabalho utiliza uma biblioteca de peptídeos randômicos (12 aminoácidos) ligados a estrutura da pIII do bacteriófago M13 e há poucos trabalhos que realizaram a seleção de peptídeos miméticos contra anticorpos anti-HTLV-1 utilizando essa técnica. Dessa forma, o presente trabalho objetivou identificar peptídeos miméticos aos antígenos de HTLV-1 que foram imunorreativos e que possam ser usados em novas plataformas nanobiotecnológicas como kits de diagnóstico, além de mapear peptídeos miméticos de antígenos do HTLV-1 reativos contra IgG total purificada de pacientes portadores do HTLV-1, verificar a reatividade dos clones obtidos contra imunoglobulinas IgG em soros individuais de pacientes portadores do HTLV-1, verificar a sensibilidade e especificidade de imunoensaios com os peptídeos testados em soros individuais de pacientes portadores do HTLV-1 e comparar a similaridade dos peptídeos encontrados com outras proteínas de HTLV-1. Após o biopanning 42 clones foram selecionados segundo sua reatividade e sequenciados. Foram obtidos 4 clones válidos que correspondem a regiões do envelope (gp46), protease, Tax e Rex. Os clones A6, A8, B6 e D7 foram submetidos ao Phage-ELISA com soros individuais de indivíduos portadores de HTLV-1 e controle para avaliar a sensibilidade e especificidade. O peptídeo mimético B6 foi o que apresentou o melhor potencial antigênico, com sensibilidade e especificidade de 77,27% (p ≤ 0,001), AUC igual a 0,83 e razão de verossimilhança positiva de 3,4 e poderá ser candidato a marcador para diagnóstico sorológico para HTLV-1. Os clones selecionados também apresentam similaridade com proteínas do HTLV-1 depositas no GenBank.

  • JACQUELINE POMPEU ABRUNHOSA
  • MORFOLOGIA E FILOGENIA DE MYXOZOAS EM Rhamdia quelen (QUOY & GAIMARD, 1824) (TELEOSTEI, PIMELODIDAE) DA ILHA DO MARAJÓ, REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 08/05/2018
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  • O jandiá Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) é um bagre de água doce com ampla distribuição, na América Central e Sul, ocorrendo desde o sul do México até a Argentina. No Brasil, esta espécie ocorre em vários estados, apresentando relevada importância na pesca do norte e amplo crescimento na aquicultura, notavelmente na região sul e sudeste. Apesar de sua importância comercial, pouco se tem pesquisado sobre ações de parasitos nesta espécie que podem ter como consequência danos à saúde dos peixes e de seus consumidores. Este fato sugere que estudos sejam realizados para se ter o conhecimento sobre a fauna parasitária desta espécie. Neste estudo, foi investigado a fauna microparasitária em 132 exemplares de Rhamdia quelen coletados nos rios Paracauari (Salvaterra) e Arari (Cachoeira do Arari) entre julho de 2014 à novembro de 2017. Foram observados infecção por Myxobolus na camada muscular entre a serosa e a mucosa do intestino, entre as camadas epi e hipo axial da musculatura também pelo mixosporídio Henneguya no rim. Para identificação destes microparasitos foram utilizados técnicas de microscopia de luz e histologia. As espécies foram identificadas por análises de extração de DNA, reação de cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento utilizando a subunidade ribossomal (18S rDNA), construção de banco de dados utilizando sequências de outras espécis de mixosporídios disponíveis no GenBank, alinhamento das sequências, construção de árvores filogenéticas por inferência bayesiana para determinação do posicionamento filogenético dos taxons, além de serem realizadas comparações morfológicas com outras espécies de mixosporídios. Diante dos resultados obtidos constatou-se existência de três espécies novas, duas do gênero Myxobolus: Myxobolus marajoensis infectando o trato intestinal e Myxobolus arariensis na musculatura, e uma espécie do gênero Henneguya no rim, denominada Henneguya quelen n. sp. 

  • ANA BEATRIZ FIGUEIREDO DE LIMA
  • DETECÇÃO DE PEGIVIRUS HUMANO (HPgV) EM INDIVÍDUOS PORTADORES DO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 03/05/2018
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  • O Pegivirus Humano (HPgV), pertencente à família Flaviridae, caracteriza-se como um vírus panlinfotrópico e apresenta relações pouco significativas a doenças de qualquer natureza. Assim, as investigações atuais envolvendo este vírus visam o entendimento de sua coinfecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pois correlações positivas como retardo da progressão para a Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), maior contagem de linfócitos T CD4+ e menor carga viral do HIV já foram relatados. Entretanto, estudos com o intuito de identificar o HPgV em pacientes portadores de outros retrovírus além do HIV, tais como o Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV), são escassos, o que se reflete em uma deficiência de dados neste âmbito. O HTLV é um vírus de ampla distribuição mundial, e estima-se que cerca de 10 a 20 milhões de indivíduos estejam infectados por este agente. Apesar de verificar-se um perfil assintomático na maioria dos pacientes acometidos, uma parcela dos mesmos pode evoluir para diversos quadros clínicos, dentre os quais o Linfoma/Leucemia de Células T do Adulto (ATL) e a Paraparesia Espática Tropica/ Mielopatia Associada ao HTLV (PET/MAH) possuem destaque. Portanto, o presente estudo tem como objetivo principal descrever a epidemiologia do HPgV em indivíduos portadores do HTLV no estado do Pará e avaliar os possíveis efeitos da coinfecção entre estes agentes. Para tal, foram selecionadas amostras de sangue de pacientes portadores do HTLV e doadores sanguíneos soronegativos para o HTLV pertencentes ao banco de amostras do Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Pará (LabVir). Estas foram submetidas à extração de ácidos nucleicos, seguida de Reação em Cadeia da Polimerase precedida de Transcrição Reversa quantitativa (qPCR) a fim de detectar a presença ou ausência do HPgV. Informações epidemiológicas e clínicas acerca dos pacientes foram submetidas a análises quantitativas e qualitativas com o auxílio de testes estatísticos realizados por meio dos softwares GraphPad Prism versão 7.0 e BioEstat versão 5.3., sendo as variáveis qualitativas comparadas com o auxílio do teste G, e as variáveis quantitativas por meio do teste U de Mann-Whitney. Foram incluídas no estudo 158 amostras, sendo 74 (46,8%) pertencentes ao grupo de indivíduos HTLV-positivos, e 84 (53,2%) pertencentes ao grupo de indivíduos controle (HTLV-negativos). Uma taxa de positividade geral de 7,6% (12/158) foi obtida para o HPgV no presente estudo, e ao analisar-se os grupos de HTLV-positivos e controle individualmente, encontrou-se uma prevalência de 5,4% (4/74) e 9,5% (8/84), respectivamente. Não foram constatadas diferenças estatísticas quando comparados os números de indivíduos HPgV-positivos entre os grupos de portadores do HTLV e controle. Ao comparar-se os grupos de coinfectados e monoinfectados, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas com relação a distribuição de idades, gênero e diagnóstico clínico. Não foi possível comparar estatisticamente as variáveis de carga proviral e número de linfócitos CD4+ e CD8+. Os resultados obtidos apontam a circulação do HPgV em indivíduos HTLV positivos e negativos, reforçando a necessidade de estudos adicionais para o melhor entendimento deste tipo de infecção.

  • LEOPOLDO AUGUSTO MORAES
  • DIVERSIDADE DE MICOPLASMAS HEMOTRÓPICOS EM ANIMAIS SILVESTRES DA AMAZÔNIA ORIENTAL

     

  • Data: 27/04/2018
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  • Micoplasmas hemotrópicos ou hemoplasmas são bactérias que apresentam íntima
    relação com as células vermelhas do sangue de várias espécies de mamíferos, incluindo
    o homem, podendo causar episódios de anemia hemolítica e outras doenças crônicas
    que culminam em óbito, principalmente em indivíduos imunossuprimidos. Várias
    espécies de Mycoplasma já foram descritas para diversos hospedeiros, mas a
    diversidade de espécies destes patógenos ainda é pouco conhecida em muitas regiões. O
    objetivo do presente estudo foi avaliar, através de análises moleculares, a diversidade de
    micoplasmas hemotrópicos em animais silvestres da Amazônia Oriental. Para isso,
    foram analisadas 321 amostras sanguíneas oriundas de quatro espécies de animais
    silvestres, onde: em 22,74% foi amplificado o DNA de micoplasmas hemotrópicos,
    sendo 34,13% em capivaras, 6,87% em catetos e 30,43% em primatas não humanos. A
    análise nucleotídica resultou em 01 haplótipo para as sequências oriundas das amostras
    de capivaras, 01 para as de catetos e 03 para as de primatas não humanos. A análise
    filogenética agrupou o haplótipo das capivaras da Amazônia Oriental
    com Mycoplasma sp. detectado em capivaras do sul do Brasil. Dois do haplótipos dos
    primatas não humanos, juntamente com o haplótipo dos catetos, formaram um clado
    com ‘Candidatus Mycoplasma kahanei’, detectado em Saimiri sciureus da Guiana
    Francesa. Contudo, a identidade nucleotídica variou de 90,5 a 95,9% entre eles. O
    terceiro haplótipo detectado nos primatas não humanos agrupou com
    ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’ detectado em felinos domésticos e silvestres
    do Pará e Mato Grosso do Sul. Como já descrito na literatura, a presente pesquisa
    sugere que pelo menos algumas espécies de hemoplasmas não são hospedeiros
    específicos, bem como adiciona três novos haplótipos de micoplasmas hemotrópicos ao
    banco de dados genéticos. Sendo provavelmente endêmicos e, dado seu potencial
    zoonótico e patogênico, a epidemiologia destes organismos resta ainda ser melhor
    investigada na Amazônia Oriental.

  • CELICE SHIRLEY ALVARES XAVIER
  • AÇÃO in vitro DA CROTOXINA EM MACRÓFAGOS DA LINHAGEM J774.A1 E SOBRE O PROTOZOÁRIO L. (V) braziliensis

  • Data: 20/04/2018
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  • As leishmanioses são consideradas um grave problema de saúde pública. São denominadas como um complexo de doenças, apresentando como agente etiológico protozoários do gênero Leishmania. Dependendo da espécie associada a infecção, pele e/ou mucosas podem ser acometidas, caracterizando a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA); poderá ocorrer também o acometimento de órgãos, caracterizando a Leishmaniose Visceral (LV). A região amazônica, especialmente o Estado do Pará, apresenta elevada incidência principalmente da Leishmaniose Tegumentar Americana causada por Leishmania (V.) braziliensis, espécie associada a forma clínica que frequentemente apresenta recidivas da doença e potencial risco de deformidades, influenciando no campo psicológico do indivíduo e refletindo nos campos social e econômico, pois em muitos casos a doença está relacionada a atividade laboral. Os medicamentos de primeira escolha preconizados para o tratamento da doença permanecem o mesmo desde a introdução da terapêutica há mais de cem anos, apesar dos graves efeitos adversos associados ao uso. Sendo assim, há necessidade de estudos para avaliar a atividade leishmanicida de novos compostos, dentre os quais destacam-se os produtos naturais provenientes da biodiversidade brasileira, como a Crotoxina, uma neurotoxina presente no veneno da serpente Crotalus durissus, que apresenta potencial terapêutico para o tratamento da LTA. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar a ação in vitro da Crotoxina em macrófagos da linhagem J774 e durante a infecção com L. (V.) braziliensis

  • SORAYA DE ALMEIDA MACHADO
  • DESCRIÇÃO, BIOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Serpentirhabdias moi n. sp. (NEMATODA: RHABDIASIDAE), PARASITO DE Chironius exoletus (SERPENTES: COLUBRIDAE), NO BRASIL

  • Data: 19/04/2018
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  • As serpentes podem ser parasitadas por diversos organismos, dentre eles os helmintos do Filo Nematoda, frequentemente relatados nestes animais. Chironius exoletus é uma espécie de serpente de hábitos diurnos e semi-arborícola, amplamente distribuída na América do Sul. Nematódeos da Família Rhabdiasidae são parasitos de anfíbios e répteis em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Em 2014, 14 espécies anteriormente pertencentes ao gênero Rhabdias foram realocadas para o gênero Serpentirhabdias, por apresentarem características morfológicas, biológicas e moleculares particulares. Este trabalho tem como objetivo descrever e identificar uma espécie de Serpentirhabdias, encontrada parasitando os pulmões de C. exoletus, oriundo da Floresta Nacional de Caxiuanã, Estado do Pará, Amazônia Oriental Brasileira. Analisamos os nematódeos coletados através das técnicas de microscopia de luz e biologia molecular. Morfologicamente, observamos que os espécimes possuem uma cutícula delgada, com inflação cuticular dilatada nas partes anterior e posterior do corpo, e discreta no restante; extremidade anterior com abertura oral dotada de seis lábios, divididos em dois grupos laterais, cavidade bucal curta e cápsula bucal ausente; esôfago claviforme; poro excretor situado após o anel nervoso; glândulas excretoras com comprimento aproximado ao do esôfago; vulva pré-equatorial com lábios protuberantes; útero pequeno contendo poucos ovos; cauda curta e cônica. A partir da análise molecular, confirmamos que estes nematódeos são uma espécie independente, com diferenças genéticas significativas entre as outras espécies de Serpentirhabdias. Assim, indicamos estes parasitos como uma nova espécie para Serpentirhabdias. Palavras-chave: Chironius exoletus; Nematoda; Serpentirhabdias.

  • VALDELICE DE LOURDES CORRÊA PINHEIRO
  • SOROPREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À INFECÇÃO POR TOXOPLASMA GONDII EM HUMANOS E CÃES DE UMA REGIÃO INSULAR DE BELÉM, PARÁ, AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 19/04/2018
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  • O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, é um protozoário parasita intracelular obrigatório, de baixa especificidade devido a sua capacidade de infectar quaisquer animais homeotérmicos, inclusive o homem. Causa aborto ou doença congênita em seus hospedeiros intermediários, tendo por isso, grande importância na área médica e veterinária. Aproximadamente 25 a 30% da população mundial está infectada por T. gondii e a toxoplasmose é considerada como a mais prevalente zoonose parasitária do mundo. No Brasil, estima-se que 70% da população foi infectada em algum momento da vida e devido a questões possivelmente relacionadas à diversidade genética das cepas do parasito há uma tendência de maior severidade das diferentes formas clínicas da doença no Brasil, em especial na Amazônia Brasileira. Os cães não participam de forma direta na transmissão da toxoplasmose, por não serem hospedeiros definitivos, porém são considerados importantes na cadeia de transmissão da doença, pois podem mecanicamente, transmitir oocistos ao homem e a outros animais pelo hábito de xenosmofilia e a dispersão do T. gondii na população canina reforça a ideia de se considerar o cão como animal sentinela para a toxoplasmose. O principal objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de anticorpos anti-T.gondii na população humana e canina proveniente da Ilha de Cotijuba, Belém, Pará, Amazônia Brasileira. Foram avaliadas 307 amostras de soro humanos e 671 de cães, pelas técnicas de Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), respectivamente, além da aplicação de um questionário buscando identificar o perfil da população humana infectada, bem como os fatores de risco predominantes para a doença. A infecção toxoplásmica foi considerada endêmica, devido as taxas de soroporevalência encontradas nas espécies estudadas (81,8% em humanos e 53,7% em cães, respectivamente). Em humanos, houve o aumento da prevalência da infecção de acordo com a faixa etária e devido a precocidade da exposição aos fatores de risco, a população se infecta com o parasito na infância e adolescência. Há elevada contaminação ambiental por formas infectantes do parasito na Ilha, demonstrada pela taxa de soroprevalência encontrada na população sentinelas (cães), o que justifica a alta prevalência em humanos. O local estudado apresenta população homogênea quanto aos hábitos e estilo de vida, bem como múltiplos fatores de risco que em conjunto, contribuem para a endemicidade da infecção toxoplásmica. Recomenda-se a aplicação de medidas de controle e prevenção da infecção pelo Toxoplasma gondii na ilha de Cotijuba.

  • DAVID MARCIAL FERNANDEZ CONGA
  • ESTUDO DE NEMATÓDEOS FILARÍDEOS EM PRIMATAS NEOTROPICAIS NA BACIA DO RIO YAVARI – MIRIN, AMAZÔNIA PERUANA

  • Data: 16/04/2018
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  • Pesquisas envolvendo parasitos de primatas silvestres são muito importantes, por que amplia o conhecimento sobre a diversidade parasitaria e proporciona elementos para entender a complexa relação com o hospedeiro e fatores ecológicos que influenciam o parasitismo. O objetivo do presente estudo foi Identificar as espécies de nematódeos filarídeos parasitas de primatas silvestres que ocorrem na área geográfica da bacia do rio Yavari-Mirin, Amazônia peruana. Parasitos adultos foram recuperados diretamente das cavidades torácicas e abdominais de oito espécies de macacos, entre os anos 2009-2015, estes animais foram caçados, pela população nativa, moradora da area e utilizados para alimentação humana, como fonte de proteína. A identificação de espécimes adultos foi realizada por microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura no Laboratório de Biologia Celular e Helmintologia/ICB/UFPA e Laboratório de Microscopia eletrônica de Varredura (LHEA/UFRA), Belém, Pará. Adicionalmente são proporcionados indicadores parasitários (prevalência, intensidade e abundancia parasitaria) e relacionados com variáveis de sexo e meses do ano, usando testes estatísticos. Foram identificados Dipetalonema gracile nos hospedeiros Lagothrix poeppigii, Phitecia monachus, Alouatta seniculus e Saimiri macrodon; Dipetalonema caudispina nos hospedeiros Sapajus macrocephalus, Cebus albifrons e Ateles chamek, e Dipetalonema freitasi no hospedeiro Cacajao calvus ucayalii, com uma prevalência total de 64.4%, intensidade media parasitaria (18.4) e abundancia media parasitaria (11.9), não foi observada uma correlação positiva com as variáveis analisadas. Os resultados sobre os nematódeos filarídeos dos macacos em condições de vida livre permite conhecer importantes dados sobre a distribuição de helmintos filarídeos na região da Amazônia ocidental além da contribuição taxonômica e dados epidemiológicos.

  • BARBARA BRASIL SANTANA
  • INVESTIGAÇÃO DO PAPEL DA ANEXINA A1 COMO MODULADOR DE RESPOSTA IMUNE EM CULTIVO DE PBMC DE PORTADORES DO VÍRUS t-LINFOTRÓPICO HUMANO 1 (HTLV-1)

  • Data: 12/04/2018
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  • O HTLV-1 apresenta tropismo por linfócitos T e está etiologicamente associado a uma doença crônica inflamatória neurodegenerativa, denominada de Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-1 (PET/MAH). Estudos com a proteína anti-inflamatória anexina A1 (ANXA1) a identificaram como uma proteína induzida por glicocorticóides, envolvida na síntese de eicosanóides e de fosfolipase A2. Nesse sentido o presente estudo visa investigar os papéis endógeno e exógeno da proteína anexina 1 e de seu mimético funcional Ac2-26 na infecção de leucócitos humanos pelo vírus linfotrópico de células T humanas 1 (HTLV-1) com e sem sintomatologia de PET/MAH. Para alcançar os objetivos, foram submetidas a tratamento in vitro com Ac2-26 células do sangue periférico humano de pacientes HTLV-positivos com e sem sintomatologia de PET/MAH, sem tratamento com retrovirais e/ou glicocorticóides. Em seguida foram avaliados: (i) a expressão de ANXA1 endógena nos dois grupos, por meio de citometria de fluxo e qPCR; (ii) os níveis de citocinas pró e anti-inflamatórias frente ao tratamento combinado ou não com Ac2-26, BOC2 e WRW4, por meio de sistema CBA; (iii) a carga proviral de pacientes HTLV-positivo frente ao tratamento com Ac2-26 e (iv) o perfil de ANXA1 em células T CD4+, T CD8+, granulócitos e várias subpopulações de monócitos. Os resultados obtidos mostraram que a expressão de ANXA1 está amentada no grupo PA enquanto que a expressão dos FPRs neste grupo se mostrou diminuída. Estímulo com Ac2-26 provocou a diminuição de CPV nos pacientes infectados com HTLV-1 e após o bloqueio de seus receptores houve uma diminuição ainda mais acentuada da CPV. Nos linfócitos T CD4+, T CD8+, subpopulações intermediária de monócitos e granulócitos a porcentagem de ANXA1+ nestas células foi maior no grupo PA quando comparado aos outros grupos. As dosagens de citocinas mostraram que entre o GC há um aumento de produção de citocinas de perfil Th1, Th2, Th17, bem como de quimiocinas CC, CXC e outras proteínas do sistema imunológico. Concluímos que a ANXA1 parece ser importante para modulação da patogênese de PET/MAH e pode ser um bom biomarcador de diagnóstico bem como seus loqueadores podem ser um possível tratamento para estes pacientes.

  • MONIQUE ARAUJO LUZ
  • ASPECTOS BIOLÓGICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA CINOMOSE CANINA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM/PA

  • Data: 15/03/2018
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  • A cinomose é uma doença infectocontagiosa grave de distribuição mundial, causada pelo vírus da cinomose canina (VCC), um membro da família Paramyxoviridae cujo gênero Morbillivirus engloba outros vírus importantes e intimamente relacionados. A vacinação é a medida profilática mais eficaz, ainda que casos de cinomose em animais vacinados sejam frequentemente relatados. O presente estudo teve como objetivo analisar os aspectos biológicos e epidemiológicos da cinomose canina na região metropolitana de Belém/PA, avaliar a prevalência da doença e os fatores de risco para sua ocorrência, bem como comparar as cepas obtidas na região com as cepas vacinais e com algumas já descritas em outros lugares do Brasil e do mundo. Foram analisadas 378 amostras de sangue de cães encaminhadas entre junho de 2014 a dezembro de 2016 ao projeto de extensão do Laboratório de Tecnologia Biomolecular (LTB) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Foram realizados protocolos de nested-PCR para o gene N e para o gene H do VCC. Das 378 amostras analisadas, 86 (22,7%) foram positivas. Os sinais neurológicos foram os mais relatados, não havendo diferenças significativas entre o sexo, a raça e o status imunológico dos animais, no entanto, ocorrendo o inverso quanto a faixa etária destes e a sazonalidade do vírus. As amostras isoladas formaram dois grupos distintos separados do grupo das cepas vacinais, um somente com cepas do presente estudo e outro formado com cepas do Sul e Sudeste do Brasil. 

  • RODRIGO SANTOS DE OLIVEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E MOLECULAR DE Leishmaniavirus ISOLADOS NA AMAZÔNIA

  • Data: 08/02/2018
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  • Leishmaniavirus foi descoberto em 1988, ainda muitos aspectos associados ainda não foram esclarecidos. Os vírus deste gênero não têm nenhuma forma infecciosa, indicando transmissão vertical e uma relação simbiótica com o parasita de Leishmania. Leishmaniavirus (LRV) pode interferir com a patogenicidade do parasita e potencialmente modular as manifestações clínicas da leishmaniose. Atualmente, existem poucos estudos baseados em análises de genômica e evolução de espécies neste gênero. Diante disso, realizou-se a caracterização genética e molecular de cepas de Leishmaniavirus oriundas da região amazônica. A detecção e reconstrução da estrutura gemômica de LRV consistiu na precipitação do RNA dupla fita total de cepas do gênero Leishmania., seguidas de sequenciamento. A análise comparativa de genômica e evolução foi realizada. Além disso, realizou-se a análise transcriptômica comparativa entre cepas de Leishmania braziliensis com a presença e ausência de LRV. As cinco cepas obtidas foram classificadas no grupo monofilético de Leishmania RNA virus 1. A filogenia demonstrou que a maioria das cepas obtidas são do genótipo A, destacando a possíbilidade de outro mecanismo evolutivo estar atuando sobre a diversificação do vírus. A estrutura gênomica revelou novas perspectivas sobre a ORF1, a qual apresentou sequências relacionadas a sinal-peptídico. Além disso, o motif Adenovirus GP19K foi detectado na RNA polimerase de LRV1 e pode ser uma chave para entender a correlação entre a presença do vírus e a persistência de leishmanisis no hospedeiro. A analise transcriptômica reforçou a influência do vírus sobre a biologia do protozoário, indicando 100 genes diferentemente expressos na presença de LRV. Esses genes estão relacionadas a regulação gênica, regulação celular e fatores de virulência. Pesquisas adicionais são necessárias para abordar a correlação entre esses achados e a patogenicidade da leishmaniose. 

  • ORLANDO DE SOUZA PIRES NETO
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO GÊNICA DO RECEPTOR TOLL-LIKE 4, DA LECTINA LIGADORA DE MANOSE E DA PROTEÍNA C REATIVA NO TECIDO HEPÁTICO DE PACIENTES COM INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS DA HEPATITE C



  • Data: 07/02/2018
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  • A resposta imune inata dispõe de vários mecanismos de reconhecimento de PAMP a fim de conter, parcialmente, a infecção pelo vírus da hepatite C (HCV). Neste trabalho foi avaliada a expressão gênica de três componentes da resposta imune inata, são eles o receptor Toll-like 4 (TLR4), a lectina ligadora de manose (MBL) e a proteína C reativa (CRP), no tecido hepático de pacientes com infecção crônica pelo HCV, buscando estabelecer seus papéis na progressão da infecção. Foram selecionados casos de pacientes portadores crônicos do HCV (22) e de indivíduos controle (8) sem alterações hepáticas necroinflamatórias. Espécimes de biópsia hepática foram obtidos de pacientes atendidos no Ambulatório de Hepatologia do Hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Cada amostra foi enviada para estudo genético no Laboratório de Virologia/ICB/UFPA e examinada no Departamento de Anatomia Patológica da UFPA. A quantificação da expressão dos genes do TLR4, da MBL e da CRP foi realizada por PCR em Tempo Real com os reagentes TaqManTM no equipamento Step One Plus (Applied Biosystems, Foster City, CA, USA). A expressão hepática de TLR4 apresentou maior variância no grupo de infectados e não diferiu entre os graus de fibrose e de necroinflamação. A expressão de MBL não foi diferente entre os grupos estudados, embora a mediana tenha sido menor no grupo de infectados. Não houve diferença na expressão de MBL entre os graus de fibrose, porém ela foi significativamente menor no escore de atividade necroinflamatória A2. A análise da expressão de CRP mostrou que sua transcrição é estatisticamente menor no grupo de infectados, bem como em todos os graus de fibrose e de atividade necroinflamatória, em comparação com o grupo controle. Na expressão das três proteínas observou-se que, nos graus mais avançados de atividade necroinflamatória, o nível da expressão era menor que nos graus ausente e leve, seja pela maior utilização dessas proteínas pela resposta imune do hospedeiro nas fases iniciais da resposta ou em consequência da necrose dos hepatócitos nas fases mais avançadas. A alteração da expressão gênica de TLR4, MBL e CRP no tecido hepático de pacientes com infecção crônica pelo HCV revela que essas proteínas fazem parte da resposta imune do hospedeiro contra a infecção por esse vírus, além de indicar que ele interfere nos processos celulares que levam à síntese dessas proteínas no fígado.

  • KEYLA SANTOS GUEDES DE SA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL DE EXPRESSÃO DOS GENES DO RECEPTOR TOLL-LIKE 3 (TLR3) E DO INTERFERON λ3 (IFNL3) EM PORTADORES CRÔNICOS DA HEPATITE C

  • Data: 31/01/2018
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  • No contexto da infecção pelo Hepacivirus C (HCV), acredita-se que uma resposta imune não eficiente, somada aos mecanismos de evasão viral sejam responsáveis pela cronificação da infecção. Assim a necessidade de se estudar os mecanismos inatos da resposta imune e como ocorre a relação vírus-hospedeiro, faz a investigação do TLR3 e do IFN-λ3 em tecido hepático humano de grande interesse. Pois o TLR3 é o principal receptor da imunidade inata que reconhece dsRNA, a forma mais abundante do HCV no fígado. Já o IFN-λ3 é uma das principais citocinas, produzidas pelo TLR3, com capacidade antiviral. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo investigar a expressão gênica do TRL3 e do IFNL3 em tecido hepático, buscando avaliar se estes seriam possíveis biomarcadores associados a infecção pelo HCV. Foram coletadas 23 amostras de biopsia hepática de pacientes portadores crônicos do HCV e 8 biopsias de pacientes controle saudável. Essas amostras foram encaminhadas para o laboratório de histopatologia do hospital João de Barros Barreto para se realizar as análises histopatológicas e para o Laboratório de Virologia da UFPA para as análises genéticas. Foi realizado extração de RNA por Trizol, transcrição reversa e qPCR para quantificar a expressão gênica relativa do TLR3 e do IFLN3. Informações sobre carga viral, dosagens de AST, ALT, GGT, AFP e determinação do genótipo viral foram coletadas do prontuário dos pacientes. A expressão intra-hepática do TLR3 (p = 0,0326) foi maior nos portadores crônicos do HCV e a expressão do IFNL3 (p = 0,0037) é menor, quando comparado ao grupo controle saudável. Não houve diferença significa nas expressões gênicas em relação aos genótipos virais. As expressões do TLR3 (p = 0,0030) e do IFNL3 (p = 0,0036) foram inversamente relacionadas com os graus de fibrose e de atividade necro-inflamatória do fígado. Não houve correlação da expressão gênica com os valores de carga viral sérica. Nos scores inicias da escala de METAVIR, as dosagens das transaminases hepáticas estavam mais baixas nos pacientes que apresentavam fibrose avançada, quando correlacionando com as expressões  gênicas do TLR3 e do IFNL3. Os resultados sugerem que nos estágios iniciais do desenvolvimento da fibrose hepática, TLR3 e IFN-λ3 possuam papéis importantes na resposta antiviral e na modulação do ambiente tolerogênico hepático, uma vez que nos estágios avançados da fibrose ocorre uma diminuição da expressão intra-hepática do TLR3 e do IFNL3, provavelmente por mecanismos de evasão viral.

  • CARINE FORTES ARAGÃO
  • INVESTIGAÇÃO DE INFECÇÃO POR ARBOVÍRUS (Dengue virus, Zika virus E Chikungunya virus) EM Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) E Aedes albopictus (SKUSE, 1894) (DIPTERA: CULICIDAE) NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 23/01/2018
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  • Arboviroses são doenças causadas por vírus e transmitidas por artrópodes. Originalmente, são ocorrentes no ambiente silvestre, porém muitas delas se disseminaram e se adaptaram ao ambiente urbano e, atualmente, são responsáveis por grandes epidemias, sendo a dengue, febre chikungunya e febre zika as mais documentadas no Brasil, nos últimos quatro anos. Os vírus causadores destas três arboviroses, Dengue virus (DENV), Zika virus (ZIKV) e Chikungunya virus (CHIKV), são transmitidos por mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Estado do Maranhão, estas duas espécies são ocorrentes e há registros de casos de arboviroses em diversos municípios, além de não possuir laboratórios de diagnóstico para arbovírus na região. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo realizar investigação da infecção por DENV, ZIKV e CHIKV em Ae. aegypti e Ae. albopictus no Estado do Maranhão, além de analisar a distribuição destes vetores nos locais de captura e correlacionar a densidades dos mesmos com as variações climáticas. Para isto, fez-se captura de mosquitos nos municípios Alto Alegre do Maranhão, Caxias, Codó e São Mateus do Maranhão, com auxílio de aspirador de Nasci, seguido de identificação, com separação de cabeça e corpo do mosquito, além de separação de mosquitos engurgitados e não engurgitados de sangue, formação dos lotes, extração do RNA viral e realização de RT-PCR em tempo real Trioplex CDC. Os dados climáticos foram obtidos a partir do banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia. Foram capturados um total de 3.166 artrópodes vetores de arboviroses, destes, 348 Ae. aegypti e 12 Ae. albopictus. O Ae. aegypti foi a segunda espécie mais ocorrente no ambiente domiciliar e, aplicando-se o Teste Anova, verificou-se que não houve diferença significativa de sua densidade populacional entre os quatro municípios estudados. Além disso, a partir do Teste de Regressão Múltipla, constatou-se que a densidade desta espécie não foi influenciada pelas variações climáticas no período de captura. Em relação às duas espécies, foram fomados um total de 162 lotes de mosquitos e, destes, três apresentaram positividade, sendo eles: AR849404 (composto de três corpos de Ae. aegypti fêmeas engurgitadas, no qual foi detectado CHIKV), AR849486 e AR849487 (compostos por cabeça e corpo, respectivamente, de um Ae. aegypti fêmea engurgitada, nos quais foi detectado DENV-2). Estes dados reforçam as informações do Ministério da Saúde sobre a circulação de arbovírus no interior do Maranhão e comprova a atuação do Ae. aegypti como responsável pela transmissão nestas áreas. Este estudo levanta o alerta aos programas de controle ao Ae. aegypti, uma vez que a espécie, reconhecida como vetora de inúmeros arbovírus, encontra-se dispersa nos municípios estudados, habitando ambientes domiciliares, independentemente das variações climáticas sofridas nestas regiões.

2017
Descrição
  • JORGE AUGUSTO LEAO PEREIRA
  • AÇÃO DO ÁCIDO KÓJICO SOBRE ISOLADOS HUMANO DE AGENTES DA CROMOBLASTOMICOSE E DURANTE INTERAÇÃO COM MACRÓFAGOS MURINOS

  • Data: 26/10/2017
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  • A cromoblastomicose (CBM) é uma infecção fúngica negligenciada que apresenta distribuição mundial. É causada por fungos demáceos, produtores de melanina e ocorre através da inoculação traumática de elementos fúngicos acometendo pele e tecidos subcutâneos. A CBM não possui um tratamento padronizado, sendo utilizados  diversos métodos terapêuticos, incluindo drogas como o Itraconazol e Terbinafina, que possuem ação comprovada em outras doenças fúngicas. A terapia antifúngica para a CBM é limitada e apesar dos compostos apresentarem certa eficiência precisam ser administrados em altas doses por longos períodos e em alguns casos apresentando resistência antimicrobiana. A busca por novos compostos com potencial antifúngico, que possam auxiliar no tratamento é importante. O ácido kójico (AK) é um metabolito secundário, sintetizado por algumas espécies de bactérias e fungos, que apresenta diversas aplicabilidades, dentre elas o uso na indústria de cosméticos como inibidor da tirosinase, enzima fundamental nos passos iniciais da síntese de melanina. O estudo avaliou a ação deste metabólito sobre isolados humano de agentes da CBM e durante interação com macrófagos murinos. O tratamento com 100 µg/mL de AK promoveu a redução no crescimento fúngico e na pigmentação das culturas  que receberam três tratamentos, mostrando que o AK além de apresentar ação fungistática parece estar envolvido na inibição  da melanização. Análises microscópicas demonstraram que o tratamento promoveu desagregação micelial e intensa desestruturação da porção fibrilar da parede celular. O tratamento com AK também promoveu redução significativa da melanização tanto na fração celular quanto no sobrenadante das culturas tratadas. Foi observada também, redução significativa no número de vesículas melanizadas na parede celular e no sobrenadante das culturas tratadas, provavelmente devido a inibição do tráfego de vesículas . O AK também promoveu redução significativa do número de conídios filamentados em cultura e durante interação com macrófagos murinos por um período de 24h. Tendo em vista que o AK promove a inibição da filamentação e melanização  de isolados humanos de agentes da cromoblastomicose, promovendo intensa desestruturação da parede celular, fatores essenciais para sobrevivência fúngica, sugerimos que esse metabólito apresenta aplicação no tratamento da cromoblastomicose .



     


  • RONALDO LOPES DE SOUSA
  • “OBTENÇÃO DE PEPTÍDEOS MIMÉTICOS AO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) POR MEIO DA TÉCNICA DE PHAGE DISPLAY”

  • Data: 18/10/2017
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  • O Virus da imunodeficiência humana (HIV-1) pertencente à família Retroviridae, gênero Lentivirus e desde o início da pandemia na década de 80, aproximadamente, 76,1 milhõespessoas foram infectadas e ocorreram 35 milhões de mortes. A técnica de Phage display foi realizada com a utilização de uma biblioteca de peptídeos randômicos e lineares composta de 12 resíduos de aminoácidos fusionada a pIII de fagos M13, contra anticorpos anti-HIV-1. As amostras apresentavam contagens médias de LTCD4+ de 1.850 (células/μL), LTCD8+ de 1.186 (células/μL) e carga viral plasmática indetectável. Após três ciclos de biopanning, 44 clones de fagos foram selecionados e as sequências de aminoácidos dos peptídeos foram determinadas pelo sequenciamento, gerando nove sequências válidas. Esses mimetopos lineares correspondem a epítopos localizados nas regiões variáveis V2, V3, V4 e constante C2 de gp120, Nef , transcriptase reversa, Gag, integrase, protease e região proximal da membrana externa (MPER) de gp41. A reatividade desses clones foi testada por imunoensaio enzimático, confirmando a eficiência da seleção a partir de anticorpos específicos anti-HIV-1. Visando avaliar a especificidade individual, realizou-se imunoensaio enzimático dos clones A9, A11 e G4. Destes, o peptídeo A9, apresentou potencial antigênico na detecção de anticorpos para o diagnóstico sorológico do HIV-1. Os nove clones mapeados devem ser submetidos a estudos adicionais de validação, especificamente, o A9 pelo fato de ter apresentado potencial de utilização para o diagnóstico sorológico, discriminando amostras positivas e negativas para o HIV-1.

  • SAMARA TATIELLE MONTEIRO GOMES
  • CARACTERIZAÇÃO DOS FATORES DE RISCO DE NATUREZA VIRAL E IMUNOLÓGICA RELACIONADOS AO PERFIL DE PROGRESSÃO À AIDS EM PORTADORES DO HIV-1

  • Data: 11/10/2017
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  • A infecção pelo HIV-1 acarreta uma disfunção progressiva do sistema imunológico, associado ao aparecimento de infecções oportunistas e/ou neoplasias. Para a maioria dos portadores de HIV, a infecção é marcada por alta replicação viral e o declínio de linfócitos TCD4+ (LTCD4+), desencadeando a AIDS, que na ausência de TARV pode conduzir o indivíduo à morte. Entretanto, o fenótipo LTNP, controlador de elite ou controlador de viremia, compreendem indivíduos que naturalmente controlam a replicação viral sem TARV, mantendo níveis aceitáveis de LTCD4+. Assim, este estudo teve como objetivo descrever fatores de risco virológico e imunológico entre portadores do HIV-1, de acordo com suas características de progressão para a AIDS. Para isso, 30 pacientes, virgens de tratamento, foram selecionados e distribuídos em três grupos considerando o tempo de infecção >6 anos, contagem de LTCD4+ e carga viral (i) 2 controladores de viremia 1 (CV1), 7 CV2 e 21 não controladores de viremia (NCV). Ainda, foi utilizado um grupo controle não infectado pareados em relação ao sexo e idade. Foram dosadas as citocinas IFN-γ, IL-2, 4, 5, 9, 10, 13 e 17 por Luminex 100/200 System. O genoma do vírus foi amplificado por nested-PCR e, posteriormente sequenciado na plataforma Íon PGM para a subtipagem e análise de mutações de escape imunológico. As quantificações de LTCD4+, LTCD8+, LTCD4+/LTCD8+ e carga viral, mostraram diferenças significantes entre os grupos de portadores de HIV, assim como, com os controles saudáveis, com exceção do LTCD8+. O grupo CV mostrou maiores quantificações de LTCD4+ e LTCD8+. As concentrações de citocinas de perfil Th1, como IFN-γ foram maiores nos CV em relação aos NCV e de forma inversa para as de perfil Th2 com maiores níveis em NCV. O grupo dos NC apresentou níveis mais altos de todas as citocinas analisadas com significância estatística, com exceção para o IFN-γ que apresentou níveis mais baixos em comparação com o grupo CV, com significância estatística. As amostras pertenciam aos subtipos B e F. Foi observada pressão seletiva maior no grupo de controladores de viremia que apresentou maior frequência das mutações de escape imunológico pesquisadas para todos os genes analisados, sendo encontradas duas mutações novas no gene gag. Apesar de não conseguir detectar uma associação entre o número de mutações e a progressão da doença, a associação de altas frequências de mutações de escape, níveis elevados de LTCD8+ e o predominante perfil Th1 observadas em CV, sugerem que nesses indivíduos a resposta CTL exerce maior pressão de seleção sobre o vírus, contribuindo para o acúmulo de mutações que, consequentemente levam a um controle efetivo da viremia pela diminuição do fitness viral.

  • FABIANE DE JESUS MONTEIRO TEIXEIRA
  • “PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GEOHELMINTÍASES EM ESCOLARES NO DISTRITO ADMINISTRATIVO DO GUAMÁ, BELÉM - PARÁ"

  • Data: 06/10/2017
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  • As geohelmintíases são infecções causadas por parasitos que possuem uma fase de seu ciclo de vida desenvolvida no solo, são endêmicas nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil. Em março de 2013, o Ministério da Saúde definiu como estratégia para o enfrentamento das geohelmintíases a “Campanha Nacional de Controle das Geohelmintíases”, com o objetivo de reduzir a carga parasitária de geohelmíntos em escolares do ensino público, tendo como público alvo estudantes na faixa etária de 05 a 14 anos, propondo a implantação do tratamento quimioprofilático com a utilização do anti-helmíntico Albendazol. Este estudo visou traçar o perfil epidemiológico das geohelmintíases em escolares no Distrito Administrativo do Guamá. Para isso, foram selecionadas aleatoriamente 576 crianças em idade escolar, na faixa etária de 05 a 14 anos, estudantes da rede pública municipal de ensino pertencentes ao Distrito Administrativo do Guamá. Os dados foram obtidos por meio de formulário com questões ambientais e socioeconômicas da população amostral e do exame de uma única amostra de fezes de cada participante. A análise dos resultados mostrou que 37,85% (n=218) apresentaram algum tipo de geohelmintos. Dentre as crianças infectadas, foram encontrados: 72,48% de Trichuris trichiura, 12,84% de Ascaris lumbricoides e 3,21% de Enterobios vermiculares. Além disso, 11% apresentaram infecções mista por mais de um parasita. As associações observadas foram: 8,72% de T. trichiura e A. lumbricoides, 1,83% (n=04) de A. lumbricoides e E. vermiculares, 0,46% de T. trichiura, A. lumbricoides e E. vermiculares e 0,46% achado para Schistossoma Mansoni. A análise dos dados (p<0,05 e IC 95%) foram realizadas com base nos testes de Odds Ratio e Exato de Fisher para avaliar as possíveis associações entre geohelmintos e as variáveis de sexo e faixa etária. O estudo mostrou que não foi encontrada associação estatisticamente significante para a variável sexo (odds ratio = 1,33, p-valor = 0,112), sendo que as chances de ocorrer geohelmintos não diferem significativamente entre os sexos. Foi encontrada associação estatisticamente significante para a variável faixa etária (odds ratio = 1,71, p-valor = 0,004), ou seja, as chances de ocorrer geohelmintos entre as idades é significativo; com maior chances de ocorrência na faixa etária de 05 a 09 anos. Os resultados obtidos revelam associação significativa entre geohelmintos e fatores ambientais e socioeconômicos da população estudada. Os achados permitem concluir que apesar dos avanços das políticas públicas de saúde para o público escolar muito se tem a melhorar e avançar, pois dados apontam que as geohelmintíases permanecem como importante problema de saúde pública. Portanto, ações setoriais ligadas às intervenções estruturais direcionadas para a atuação nos fatores de risco destas infecções precisam ser adotadas para que de fato ocorra e se mantenha uma real melhoria do perfil epidemiológico destas doenças.
    Palavras - chave: Epidemiologia, Geohelmintíases, Escolares.

  • THAIS REIS
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR E PESQUISA DE VARIABILIDADE GENÉTICA DE Wolbachia sp. ENDOSSIMBIONTE de Dirofilaria immitis DE MUNICÍPIOS DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ – PARÁ - BRASIL

  • Data: 21/09/2017
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  • Wolbachia pipientis é uma bactéria pertencente a Classe das Proteobactérias, a qual já foi descrita como endossimbionte de diversos invertebrados, sendo que para helmintos filarídeos esta bactéria é um endossimbionte obrigatório. Além disso a presença deste endossimbionte pode desencadear reações inflamatórias graves em mamíferos aumentando a patogenicidade da infecção causada pelo filarídeo como ocorre com dirofilariose causada por Dirofilaria immitis. Diversos estudos já confirmaram a presença de Wolbachia em dois grupos de alpha 2 proteobactérias. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização molecular e pesquisa de variabilidade genética em Wolbachia sp. endossimbionte de Dirofilaria immitis nos municípios da Mesorregião do Marajó, Pará, Brasil, utilizando o iniciador WSP. A presença de Wolbachia foi confirmada nos municípios de São Sebastião da Boa Vista e Salvaterra em Dirofilaria immitis e as sequências destas amostras sugeriu variabilidade genética entre estes endossimbiontes dos municípios de São Sebastião da Boa Vista e Salvaterra, além de alta similaridade entre as amostras de Wolbachia do município de Salvaterra e Wolbachia de Dirofilaria immitis oriundos da Itália.

  • RUBENS ALEX DE OLIVEIRA MENEZES
  • COINFECÇÃO DO PLASMODIUM VIVAX E ENTEROPARASITOS NO MUNICÍPIO
    DO OIAPOQUE, ESTADO DO AMAPÁ, FRONTEIRA BRASIL-GUIANA
    FRANCESA

  • Data: 20/09/2017
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  • A coinfecção malária-parasitoses intestinais são comuns nas regiões tropicais do planeta, embora prevalentes, pouco se sabe sobre essa interação na epidemiologia e no impacto da resposta imune. Este estudo avaliou a influência da coinfecção das enteroparasitoses na malária causada pelo Plasmodium vivax em uma área fronteiriça entre Brasil e Guiana Francesa. Oiapoque, município do Amapá, norte do Brasil. O diagnóstico da malária foi realizado por meio da gota espessa, a dosagem de hemoglobina por método automatizado, o exame coproparasitológico pelos métodos Hoffman-Pons-Janer e flutuação por centrifugação. Avaliação de anticorpos IgG contra a PvMSP-119 foi realizada por ELISA e a quantificação das citocinas Th1 (IFN-γ, TNF-α e IL-2) e Th2 (IL-4, IL-5 e IL-10) por citometria de fluxo. Análise estatística foi utilizada para avaliar os parâmetros investigados, sendo comparados os resultados a partir de quatro grupos distintos agrupados em M os monoinfectados com malária vivax; CI os coinfectados malária vivax-enteroparasitos; E os monoinfectados com enteroparasitos e CE controle endêmico (negativo para ambas enfermidades). Foram incluídos 441 indivíduos agrupados de acordo com o seu estado de infecção: [M 6,9% (30/441)], [CI 26,5% (117/441)], [E 32,4% (143/441)] e [CE 34,2% (151/441)]. O gênero masculino prevaleceu entre os grupos M (77% - 23/30) e CI (60% - 70/117). Nos indivíduos investigados, 59% (261/441) foram infectados por algum tipo de parasito intestinal. Entre estes, 45,2% (118/161) estava infectado somente por helmintos, 40,9% (107/261) somente protozoários, e 13,8% (36/261) tinham infecções associadas. Dentre os helmintos detectados o Ascaris lumbricoides 19,9% (52/261) foi o mais prevalente, seguido da associação da Entamoeba coli e a Endolimax nana como protozoários mais frequentes 17,2% (45/261). A pesquisa evidenciou uma correlação entre o nível de hemoglobina e a presença das parasitoses detectadas (coeficiente C = 0.2195 e p < 0.0001). Adicionalmente pelo teste qui-quadrado de Tendência houve correlação entre a modalidade de enteroparasitos e o nível de Hemoglobina, sendo apenas helminto (p < 0.0001), monoparasitado (p < 0.0001) e poliparasitado (p < 0.0031). Também foram calculadas utilizando um Tukey a partir e uma análise de variância, ANOVA um critério, havendo diferença entre os níveis de hemoglobina nos diferentes grupos estudados: CE/E, CE/CI, E/M e CI/M com (p < 0.01). A anemia foi expressa em percentuais, considerado anêmico indivíduos com níveis de hemoglobina de ≤ 13 g/dL para homens e ≤ 12 g /dL para mulheres, utilizado o teste Kruskal-Wallis-Dunn entre os grupos, sendo [CI-CE (p < 0.05)]. Foram observadas diferenças entre a parasitemia e de gametócitos entre os grupos M e CI grupos (Wilcoxon-Mann-Whitney, p < 0.05). Com relação aos anticorpos contra PvMSP-119 51,2% (226/441) da população foram respondedores, sobretudo para o grupo CI 81,1% (95/117) apresentando perfil diferente quanto à reatividade. As análises dos níveis séricos de citocinas da população revelou uma grande variação nas concentrações em todas as citocinas de perfil inflamatório e anti-inflamatório, sendo as citocinas TNF-α e IL-10 aumentados para os indivíduos do grupo coinfectado. A coinfecção não esteve associada com a redução de malária (incidência, prevalência ou redução da parasitemia). Adicionalmente os resultados apontam a coinfecção malária-enteroparasitoses um aspecto real no município do Oiapoque, e avaliar a possibilidade de que populações infectadas por parasitoses intestinais possam influenciar na dinâmica de transmissão, no cenário e desfecho da resposta imune na malária de Plasmodium vivax, são fundamentais para estratégias diagnósticas e preventivas.

  • JULIETTE CRISTINA GUALDRÓN DÍAZ
  • MUTUCAS (DIPTERA: TABANIDAE) DE CINCO PROVÍNCIAS BIOGEOGRÁFICAS NA COLÔMBIA

  • Data: 31/08/2017
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  • Os tabanídeos (Diptera: Tabanidae) são insetos hematófagos de ampla distribuição, importantes por incomodar os humanos, o gado e outros animais, mas também por serem vetores mecânicos de patógenos, incluindo vírus, bactérias, protozoários e helmintos. Na Colômbia, as pesquisas sobre diversidade e taxonomia desta família estao confinadas algumas localidades, e muitas regiões estão desprovidas de coletas e estudos, além da falta de coleções sistemáticas e de taxonomistas para estudar o grupo. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo taxonômico da família Tabanidae em localidades da Amazônia, Andes e Savana na Colômbia. Para isto, foi analisado material principalmente de localidades de parques naturais situados em seis departamentos da Colômbia, representando cinco províncias Biogeográficas. Foram analisados 9791 espécimes, determinados até o nível de espécie; destes foram encontradas 112 espécies distribuídas em 22 gêneros e três subfamílias; 29 espécies são novos registros para Colômbia; 55 ampliaram seu registro de ocorrência dentro do país, e seis são espécies novas, a descrição de duas delas é apresentada: Pityocera (Elaphella) sp. n. e Esenbeckia (Esenbeckia) sp. n.. Uma lista das espécies em ordem alfabética por subfamília e tribo é apresentada. A lista também inclui material examinado,
    atualização da distribuição para cada espécie e comentários para o esclarecimento de dúvidas taxonômicas. Chaves de identificação para as espécies de cada gênero encontradas são apresentadas. Tabanus foi o gênero com maior número de espécies registradas (24 spp.), seguidas por Diachlorus (12 spp.). As espécies mais abundantes foram Catachlorops (P.) difficilis, Phaeotabanus cajennensis, Tabanus pseudonebulosus e Tabanus occidentalis. Os novos registros pertencem a 14 gêneros, a maior parte destes são dos gêneros Diachlorus, Tabanus e Catachlorops predominantemente encontrados na província Imerí. Finalmente, o número de espécies registradas de Tabanidae na Colômbia foi aumentado de 256 para 285. A maior diversidade foi nas localidades colocadas nas florestas amazônicas, como a Estação Biológica Mosiro-Itajura e PNN Chiribiquete. As províncias biogeográficas apresentaram exclusividade nas espécies, sendo mais evidente nas províncias Imerí e Páramo, confirmando que a distribuição de mutucas está sendo influenciada pelas características dos ambientes.

  • TASSIA FERNANDA FURO GOMES
  • CULTIVO IN VITRO COMO FERRAMENTA PARA TAXONOMIA DE NEMATÓDEOS DA FAMÍLIA ANISAKIDAE PARASITOS DE Plagiosciom squamosissimus

  • Data: 16/08/2017
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  • Nematódeos Anisakidae, são descritos parasitando músculos, vísceras e peritônio de crustáceos, cefalópodes e peixes por todo o mundo. Estudos com estes parasitos são importantes, para diagnóstico, epidemiologia e controle de casos em humanos. Plagiosciom squamosissimus Heckel, 1840 espécie nativa do Estuário Amazônico, destaca-se por sua abundância e importância comercial. O cultivo in vitro de helmintos é capaz de reproduzir em laboratório condições favoráveis para o desenvolvimento dos nematódeos e, tem sido utilizado como ferramenta de obtenção de anisaquídeos adultos a partir de larvas coletadas nos hospedeiros intermediários, facilitando a caracterização morfológica destes parasitos. Este trabalho objetivou caracterizar morfológicamente larvas de anisaquídeos e propor um protocolo de cultivo in vitro destes helmintos de ocorrência em Plagiosciom squamosissimus da Baía do Guajará, Belém, Pará, Amazônia Oriental Brasileira. De 30 peixes coletados 19 estavam parasitados com larvas de quatro gêneros de anisaquídeos que foram coletadas do peritônio visceral da cavidade abdominal, com características inerentes ao terceiro estágio larvar (L3) dos gêneros Contracaecum (prevalência 5,26%), Terranova (prevalência 57,89%), Hysterothylacium (prevalência 84,21%) e larvas semelhantes ao gênero Anisakis (prevalência 100%). Foram cultivadas as larvas semelhantes ao gênero Anisakis, sendo realizados três testes de cultivo: o primeiro de um protocolo já estabelecido, o segundo e terceiro para testar a influência da temperatura e do pH no desenvolvimento dos nematódeos, respectivamente. No primeiro teste as larvas morreram com 24 horas de experimento, no segundo teste a melhor temperatura foi a média obtida entre 28ºC e 30ºC (29ºC) e no terceiro experimento as melhores condições de pH foram 7.0 no início e após sete dias, acidificação do meio para pH 3.0. Houve ecdise de larva L3 para L4, sendo obtidas 45 L4, duas fêmeas adultas e um macho adulto. Este é o primeiro relato no Brasil de fases adultas jovens (L4) e maduras (L5), obtidas a partir de cultivo in vitro de helmintos da família Anisakidae parasitos de Plagiosciom squamosissimus.
    Palavras- chave: Anisakidae, cultivo in vitro, ecdise, Larva, parasitos e P. squamosissimus.

  • ANA PATRICIA CACUA GÉLVEZ
  • BIOSSÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO BIOCOMPOSTO AgNPs-PVP-Glucantime® DURANTE A INFECÇÃO PELO PARASITO Leishmania (Leishmania) amazonensis

  • Data: 27/07/2017
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  • As leishmanioses são uma das principais doenças tropicais, causada por parasitos do gênero Leishmania e transmitidas por flebótomos dos gêneros Phlebotomus e Lutzomyia; cujas manifestações clínicas variadas são decorrentes das complexas interações da capacidade infectiva do parasito e o estado imunológico do hospedeiro, sendo conhecidas as formas: cutâneas, mucocutânea e visceral. Devido à resistência gerada por alguns parasitos às drogas atuais, surge a necessidade de desenvolver novos fármacos com capacidade de atuar sobre o parasito, sem causar danos ao hospedeiro e sendo viáveis economicamente. Neste estudo foi avaliado o efeito leishmanicida do biocomposto formado por nanopartículas de prata (AgNPs), geradas a partir de fungos patogênicos Aspergillus flavus e Fusarium solani, ligada à droga de primeira escolha, a Glucantime®, através do polímero polivinilpirrolidone (PVP). Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi determinar a ação do biocomposto AgNPs-PVP-Glucantime® in vitro sobre macrófagos de camundongos BALB/c e, posteriormente sobre as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis. Primeiramente, mediante diferentes técnicas de caracterização como microscopía eletrônica de transmissão (MET), difração de raios X (XRD), espectroscopia de energía dispersiva de raios-X (EDS) e potencial zeta, foi possível determinar a forma, tamanho, dispersão, porcentagem de prata, além da estabilidade dos biocompostos de interesse. Foram obtidas nanopartículas esféricas, dispersas e não aglomeradas com tamanho <10 nm, com estabilidade de -34,1 mV, sendo a estabilidade melhorada (-40,4 mV) após a formação do biocomposto gerado a partir de AgNPs obtidas do fungo Aspergillus flavus. Os picos do biocomposto 002, 111, 200, 220, 222 e 440 foram detectados pelo XRD, demonstrando afinidade entre os compostos, e por EDS foi determinada a presença dos elementos: cloro, sódio, fósforo, oxigênio e antimônio. Após a caracterização do biocomposto, observou-se efeito inibitório na viabilidade celular das formas promastigotas com valores de 47,06%, 51,71% e 65,67% para os biocompostos feitos com nanopartículas do fungo Aspergillus, às concentrações 10 μg/mL, 25 μg/mL e 50 μg/ml de Glucantime, respectivamente. Também foram observadas alterações na superfície celular, com aspecto rugoso, pelo efeito do biocomposto feito com nanopartícula de Aspergillus, na máxima concentração de glucantime (50 μg/mL), com presença sugestiva de exossomos na superfície do parasito. Além disso, algumas promastigotas apresentaram corpos arredondados após 96 horas de tratamento. Foram observadas pelo MET alterações nas organelas: núcleo, mitocôndria, membrana plasmática e flagelo de Leishmania amazonensis. Além disso, macrófagos infectados e tratados com o biocomposto contendo 50 μg/mL de glucantime, produziram as citocinas IL-6, INF-γ e TNF-α. Dessa forma, os resultados permitem concluir que o biocomposto Bio-AF com 50 μg/mL de Glucantime®, tem potencial leishmanicida para posterior utilização com fins de tratamento tópico contra a leishmaniose cutânea.

  • LUCAS ARISTOTELES DAS NEVES FEITOSA
  • NEMATÓDEOS DA FAMÍLIA MOLINEIDAE (DURETTE-DESSET & CHABAUD, 1977) PARASITAS DE ANUROS ARBORÍCOLAS DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 23/06/2017
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  • Os nematódeos representam o maior grupo de parasitos de vertebrados e invertebrados. O seu ciclo de vida pode variar de simples aos mais complexos, com característica direta ou indireta ou com diversos hospedeiros intermediários. Os primeiros estudos nematódeos parasitos de anfíbios da América do Sul foram realizados no início do século XIX. Atualmente existem registros de 150 nematódeos parasitos de anuros Sul-americanos. Destes apenas 11 foram encontrados em nove anuros arborícolas da Amazônia. Com o intuito de melhor entender a composição das espécies de tal diversidade parasitária, o presente trabalho tem como objetivo estudara riqueza de nematódeos intestinais da Família Molineidae encontrados em anuros arborícolas da Floresta Nacional de Caxiuanã município de Melgaço, Pará, Brasil. Cerca de 69 espécimes distribuídas em oito espécies de anfíbios arborícolas (Boanacinerasceans,Boanageographicus, Boanawavrini,BoanaCalcarata, Osteocephalusoophagus, Osteocephalustaurinus, Phyllomedusa vaillantii, e Scinax nebulosus) foram capturados. Os nematódeos encontradosnesses anurosforam coletados e fixados em Álcool 70% aquecido, clarificados em Lactofenol de Aman e posteriormente levados ao Microscópio Olympus BX 41e Olympus BX53para realização de análise morfológica. Dos69 apenas 32 espécimes distribuídosnas espécies Boanageographica, Boanawavrini, Osteocephalusoophagus, Osteocephalustaurinuse Phyllomedusa vaillantii,estavam parasitados por helmintos da família Molineidae. Os helmintos observados apresentam cutícula com estriações longitudinais por toda extensão corporal, vesícula cefálica subdividida em duas regiões, corona radiata, dimorfismo sexual bem evidente, com machos apresentando na extremidade posterior bolsa copuladora sustentada por raios musculares, espículos robustos envoltos por membrana hialina com sapato, lamina e garfo bem definidos, espículos com dois ramos profundamente divididos em numerosas pontas e gubernáculo ausente. As fêmeas possuem aparelho genital anfidelfo, vagina vera localizada na região pós-equatorial do corpo, cauda cônica provida de ânus e espinho cuticular em sua extremidade. Tais características morfológicas do nematódeos em estudo nos permite enquadra-los nos gêneros Oswaldo cruzia Travassos, 1917e Kentropyxia Baker, 1982. Logo, adiciona-se dados importantes à literatura, com registro de novas espécies, ocorrência em novos hospedeiros e novas localidades.

     

  • CIRO FRANCISCO MOURA DE ASSIS NETO
  • PERFIL SOROLÓGICO PARA HBV, HCV E HIV EM DOADORES DE SANGUE NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA, PARÁ: IMPACTOS DO INTENSO FLUXO MIGRATÓRIO PARA A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

  • Data: 23/06/2017
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  • A hepatite viral é um grave problema de saúde pública mundial, sendo as de maior importância causadas pelos vírus da hepatite B (HBV) e vírus da hepatite C (HCV), a epidemia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) permanece um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Altamira por ser o município mais próximo a Usina Hidrelétrica de Belo Monte tem atraído atenções desde 2009 em virtude do intenso fluxo migratório. O impacto populacional súbito não veio acompanhado de um planejamento estratégico que visasse à minimização dos impactos trazidos pelo empreendimento. O presente trabalho tem como objetivo realizar o levantamento do perfil sorológico para HBV, HCV e HIV nos doadores de sangue do município de Altamira no período de 2005-2016. As informações foram obtidas nos prontuários de ex-doadores de sangue do município de Altamira, que estão cadastradas no banco de dados do HEMOPA. O perfil principal dos doadores de sangue do Núcleo de Hemoterapia de Altamira são homens de faixa etária de 18- 29 anos, que possuem a escolaridade de ensino médio e são moradores da cidade de Altamira. A prevalência de inelegibilidade sorológica para HBV foi de 8,27% (17% a 3,82%) para anti- HBC e 0,63% (0,94% a 0,35%) para HBSAg; para o HCV foi de 0,50% (0,84% a 0,09%) e; para o HIV foi de 0,97% (1,91% a 0,09%). A taxa de infecção ativa de HBV foi de 8,12% dentre os doadores com inelegibilidade pelo HVB e a infecção ativa de HCV foi de 9,23% dentre os doadores inelegíveis pelo HCV. Houve diferença estatisticamente significativa entre os períodos antes da construção de Belo Monte e Depois do início da construção de Belo Monte analisados para a prevalência de inelegibilidade para HBV e HIV e, também, na avaliação do Risco Relativo para a exposição a esses patógenos. Contudo, essa diferença não está ligada ao intenso fluxo migratório para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo
    Monte. A avaliação constante dos dados epidemiológicos é de suma importância para o controle e avaliação das estratégias de recrutamento de doadores de sangue e das políticas de saúde pública como um todo.

  • SCHEILA DO SOCORRO VASCONCELOS AVILA DA COSTA
  • PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO POR JC E BK VÍRUS EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 21/06/2017
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  • Os poliomavírus que infectam humanos, JC vírus (JCV) e BK vírus (BKV), têm tropismo pelas células renais e uroteliais. Esses vírus podem causar uma nefrite em transplantados, levando à nefropatia por BKV em até 10% dos casos, e destes, 90% perdem o enxerto e retornam para hemodiálise. Desta forma, este trabalho teve o objetivo de determinar a prevalência de poliomavírus na população portadora de doença renal crônica (DRC), em três grupos doentes (conservador, dialítico e transplantado) e um grupo controle saudável. Foram coletadas urinas de 290 indivíduos, submetendo o material a uma triagem com PCR do gene VP1, diagnosticando quem tem poliomavírus; numa segunda etapa, PCR do gene TAg e digestão enzimática para diferenciar JCV de BKV. A prevalência de poliomavírus na DRC foi de 30,2%, sendo 36,66% (22/60) para conservador, 30,48% (25/82) para dialíticos, 20% (12/60) para transplantados e nos controles foi de 46,59% (41/88). A prevalência de JCV foi de 77,8% (7/9) e de BKV 22,2% (2/9) na DRC (apenas para o grupo conservador), enquanto que na população saudável foi para JCV 66,7% (10/15) e BKV 33,3% (5/15). As prevalências do poliomavírus variaram de acordo com o estágio de DRC no grupo conservador: 1 = 20% (1/5), 2 = 40,9% (9/22), 3 = 36% (9/25), 4 = 33,3% (2/6), 5 = 50% (1/2). Nos transplantados, as etiologias mais frequentes naqueles VP1 positivos foram indeterminada e glomerulonefrite. A prevalência de poliomavírus nos transplantados também variou de acordo com o tempo de coleta da urinas: U1 = 8% (2/25), U2 = 23,2% (10/43), U3 = 22,2% (2/9). Quanto à imunossupressão utilizada, na indução, os pacientes que utilizaram imunoglobulina anti-timócito (ATG) tiveram prevalência de poliomavírus de 28,6% (10/35), enquanto os que utilizaram inibidor de receptor de IL-2 foi de 6,6% (1/15). Na manutenção da imunossupressão, a prevalência foi maior nos pacientes submetidos à azatioprina, com 40% (8/20) e aqueles ao micofenolato foi de 11,4% (4/35). Também, foi obtido como informação, que os pacientes saudáveis eram profissionais da área da saúde, em sua maioria, técnicos de enfermagem, o que sugere novos estudos a cerca da transmissão e fatores de risco de infectar-se pelo vírus. Por fim, os pacientes com DRC não tiveram maior prevalência de poliomavírusdo que a população saudável.

  • JOSINAIDE QUARESMA TRINDADE
  • DETECÇÃO E GENOTIPAGEM DA Chlamydia trachomatis GENITAL EM UMA POPULAÇÃO DE MULHERES ATENDIDAS POR UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIO

  • Data: 20/06/2017
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  • As infecções sexualmente transmissíveis (IST) caracterizam-se por apresentam características próprias com relação ao seu diagnóstico e tratamento. Estima-se que em torno de 100 milhões de novos casos por ano da infecção do trato genital feminino sejam causadas pela Chlamydia trachomatis, atingindo mulheres de todas as idades, independentemente de seu nível socioeconômico. Em sua maioria apresentam-se de forma assintomática em até 80% dos casos, tornando-se negligenciada em muitos lugares, principalmente onde há difícil acesso aos serviços de saúde e políticas públicas, contribuindo diretamente para as taxas epidemiológicas registradas da infecção. O objetivo do trabalho foi realizar estudo de epidemiologia molecular de doença negligenciada causada pela C. trachomatis em mulheres de Belém, atendidas por um programa de extensão universitária. Foram utilizadas amostras de secreção endocervical de pacientes que realizaram o exame de Prevenção do Câncer de colo uterino (PCCU) no Laboratório de Citopatologia/UFPA. O estudo incluiu a análise de fatores sociodemográficos, comportamentais e citológicos colhidos através de questionários antes da realização do exame. Para a detecção da infecção pela Chlamydia trachomatis foi aplicada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) na amplificação do gene ompA da bactéria. As sequencias de DNA obtidas foram alinhadas no programa Bioedit para análise filogenética (Versão 7.0.9). Foi utilizado o programa Bioestat 5.0 para a realização da análise estatística, empregando a análise descritiva e os teste Odds ratio e 2 (qui-quadrado) para avaliar a relação entre a infecção e os fatores socio-demográficos, comportamentais de risco, queixas ginecológicas e o resultado do exame citológico e o Teste G e Exato de Fisher para correlacionar os genótipos encontrados com os fatores a eles relacionados. Os resultados, demosntraram prevalência da infecção pela C. trachomatis de 4,8%, sendo considerada próxima às relatadas na literatura, apesar da diferença na faixa etária das participantes ser significante maior que as de outros estudos. Os genótipos identificados foram F (90,9%) com maior prevalência na população do estudo, seguido pelo genótipo D (9,1%), observando-se uma baixa variabilidade dos genótipos encontrados nesta população, porém estes genótipos enquadraram-se nos mesmos relatos quanto a sua frequência nos diversos lugares do mundo. Diversos fatores podem estar norteando este achado conservativo como o padrão de dispersão, a via de infecção, a alta conservação da região ompA da C. trachomatis ou a seleção adapatativa que estaria atuando nesta população em especial, por diversos fatores que necessitam ser mais bem investigados. Não houve associação estatística significante entre a infecção e nenhuma variável à ela relacionada, sendo que o mesmo aplicou-se para os genótipos. Esta falta de significância pode estar relacionada ao pequeno número amostral disponível.

  • ERICA RIBEIRO GOMES LIMA
  • FATORES DE RISCO DE CUNHO EPIDEMIOLÓGICO, COMPORTAMENTAL, IMUNOLÓGICO E GENÉTICO DE PORTADORES DO HIV-1, COM CARACTERÍSTICAS DE PROGRESSÃO TÍPICA E DE CONTROLADORES DE VIREMIA, QUANTO A PROGRESSÃO PARA A AIDS EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 07/06/2017
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  • São diversos os fatores que podem influenciar na progressão da infecção pelo HIV-1. Dentre os fatores do hospedeiro destacam-se os polimorfismos genéticos nos receptores de quimiocinas e seus ligantes. O presente estudo caracterizou indivíduos infectados pelo HIV-1 de acordo com a progressão da infecção e investigou a influência dos polimorfismos CCR5Δ32 e SDF1-3’A nas quantificações de linfócitos T CD4+/CD8+ e carga viral plasmática, em controladores e não controladores de viremia. O levantamento histórico das quantificações de linfócitos T CD4+/ CD8+ e carga viral plasmática (CV), dos indivíduos infectados foi realizado por meio de acesso ao banco de dados do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/ CD8+ e Carga Viral (SISCEL). Foram analisadas amostras de 38 indivíduos infectados pelo HIV-1 e 300 indivíduos saudáveis doadores de sangue (grupo de referência-GR). A partir da extração do DNA e do RNA total de leucócitos foi realizada a identificação dos polimorfismos e a quantificação da expressão gênica, respectivamente. O polimorfismo CCR5Δ32 foi identificado por meio da técnica de PCR, utilizando sequências de iniciadores específicos, amplificando um fragmento de 187pb para o alelo selvagem e 157pb para o alelo com a deleção. A identificação do polimorfismo SDF1-3’A foi realizada por meio da técnica de PCR, seguida de digestão enzimática (RFLP) com a enzima MspI. A quantificação relativa do mRNA dos genes investigados, para análise de expressão gênica, foi realizada por meio da técnica de PCR em tempo real (Real-Time PCR). As distribuições das frequências alélicas e genotípicas, para ambos os polimorfismos, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos avaliados e os níveis de expressão gênica de CCR5 e SDF1 não foram diferentes entre os perfis de progressão da infecção pelo HIV-1. Não houve correlação significativa entre os marcadores de progressão (LTCD4+/LTCD8+ e CV) com o estado de portador do polimorfismo CCR5Δ32. O alelo variante 3’A foi associado a uma perda acentuada de LTCD4+ e contagens mais elevadas de carga viral plasmática, em infectados pelo HIV-1. Estes resultados mostram que polimorfismos CCR5Δ32 e SDF1-3’A não foram associados ao controle da viremia e ao fenótipo controlador de elite.

  • LILIAN CRISTINA MACEDO
  • DIVERSIDADE DE HELMINTOS PARASITOS DE LAGARTOS DA SUBFAMÍLIA TEIINAE (SQUAMATA: TEIIDAE) DA FLONA DE CAXIUANÃ - PA: Ameiva Ameiva, Cnemidophorus cryptus e Kentropyx calcarata

  • Data: 06/06/2017
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  • Espécies de lagartos Teiinae, compartilham morfologia muito semelhante, distribuemse por habitats variados e, exercem papel ecológico importante no ciclo de vida de diversos grupos animais na Amazônia brasileira, inclusive para seus parasitos. Foram estudadas as espécies hospedeiras Ameiva ameiva, Cnemidophorus cryptus e Kentropyx calcarata da Floresta Nacional de Caxiuanã, Estado do Pará. Para estes hospedeiros, os helmintos parasitos têm sido registrados mais comumente em Ameiva ameiva e K. calcarata, no entanto, não há registros de estudos comparativos entre a diversidade de helmintos parasitos das espécies de Teiinae em Bioma Amazônico e, ainda, sobre a associação ecológica dos diversos ciclos dos parasitos helmintos que podem ser compartilhados entre essas espécies de lagartos, ocupantes do mesmo nicho. Desta forma, o objetivo geral foi estudar a diversidade de helmintos parasitos de lagartos de três espécies de hospedeiros Teiinae (Ameiva ameiva, C. cryptus e K. calcarata) de ocorrência em localidade Amazônica. O período de estudo foi de
    fevereiro de 2012 a março de 2015, foram colhidos helmintos parasitos de amostra composta por 68 espécimes adultos de lagartos hospedeiros. Os helmintos colhidos foram fixados e clarificados seguindo os protocolos padrão para cada grupo específico. As análises morfológicas e morfométricas foram feitas em Microscopia de Luz e Microscopia Eletronica de Varredura. Demonstrou-se, no presente estudo, o parasitismo em lagartos Teiinae por helmintos do Filo Nemata e Acanthocephala, os Nemata representaram o grupo maior amostral, com relativa alta prevalência e, baixa riqueza de espécies. Dentre os Nemata, o grupo mais complexo foi o dos Physalopteridae, que compreendem um grupo diverso e de taxonomia difícil. Entendese que a disponibilização de dados sobre a biologia básica, como estudos sobre abordagens morfológicas, abordagens ecológicas e ou estudos que visem maior clareza na definição das espécies helmínticas são importantes para que outros estudos de maior complexidade possam ser conduzidos.

     

  • SAMANTA BARRA DOS SANTOS
  • CARAPANÃS (DIPTERA: CULICIDAE) EM AMBIENTES DE VÁRZEA E TERRA FIRME NA CIDADE DE CAMETÁ, BAIXO TOCANTINS, PARÁ, BRASIL.

  • Data: 06/06/2017
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  • O conhecimento de aspectos ecológicos, biológicos e comportamentais das espécies de mosquitos em determinada região é fundamental para as instâncias de vigilância epidemiológica dos poderes públicos municipal e estadual, aliados ao federal para o sucesso de medidas de monitoramento e controle de culicídeos que são vetores de doenças e causam incômodos e estresse para as populações humanas. A presente pesquisa objetivou realizar o levantamento de espécies de culicídeos que atacam seres humanos na cidade de Cametá, Baixo Tocantins, Pará; estimar a diversidade de espécies de culicídeos em dois ambientes: várzea (urbano, periferia e rural) e terra firme (urbano, periferia e rural); observar a atividade horária e sazonal das espécies de culicídeos; verificar e tecer considerações sobre as espécies que possuem importância médica. As coletas foram realizadas através dos métodos de Atração Humana Protegida, Rede Entomológica e armadilhas CDC Luminosa em seis pontos da cidade nos meses de julho de 2015, outubro de 2015, janeiro de 2016 e abril de 2016. Para verificar se existe diferença na composição de espécies entre os dois ambientes estudados foi utilizada a Análise de Variância (ANOVA) e Test t Student e para avaliar o grau de relação entre variáveis climáticas e a atividade das espécies foi utilizada a Correlação Linear de Pearson. Foram coletados 2183 culicídeos distribuídos em 33 espécies, sendo Culex quinquefasciatus a espécie mais abundante (1645 exemplares) seguida de Culex taeniopus (125 exemplares) e Aedes serratus (117 exemplares). Espécies de importância epidemiológica como Aedes aegypti e Anopheles nuneztovari s.l. foram coletadas em média frequência. Os métodos de coleta foram eficientes e complementares na amostragem dos culicídeos. Não houve diferença significativa na composição de espécies entre os ambientes de várzea e terra firme e a Análise de Similaridade para composição de espécies foi de 68% entre estes ambientes. A ANOVA registrou significância entre a riqueza de espécies e os quatro períodos amostrados. O maior número de espécies ocorreu nos meses com índices intermediários de pluviosidade. Os testes de correlação registraram significância entre: o número de espécies por hora versus precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar; o número de exemplares por períodos versos precipitação pluviométrica; número de espécies em intervalos horários versus precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar; número de exemplares nos períodos amostrados versus precipitação pluviométrica; a atividade sazonal de C. quinquefasciatus e A. nuneztovari s.l. versus insolação. A cidade de Cametá, Pará, através deste trabalho, tornou-se uma das mais completas em termos de informações sobre a culicidiofauna. 

  • LUCIANA DE CASSIA SILVA DO NASCIMENTO
  • DIVERSIDADE GENÉTICA DE NEMATÓDEOS DA FAMÍLIA RHABDIASIDAE Railliet, 1916 NA AMAZÔNIA ORIENTAL 

  • Data: 02/06/2017
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  • Tradicionalmente, as espécies da Família Rhabdiasidae têm sido descritas e identificadas com base em dados morfológicos e morfométricos. Contudo, a presença de características monomórficas torna a diagnose ao nível de espécie problemática e estimula a pesquisa de novos caracteres e/ou ferramentas capazes de auxiliar na taxonomia e sistemática dos rhabdiasideos. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a diversidade genética de nematódeos da Família Rhabdiasidae da Amazônia Oriental. Nematódeos de anfíbios e répteis de sete localidades foram processados para: (i) análise filogenética com base nos marcadores moleculares 12S, COI e IST1-5.8S-ITS2, (ii) descrição de um cariótipo, e (iii) caracterização de um genoma mitocondrial. As análises com base nos marcadores 12S, COI e ITS1-5.8SITS2 indicaram que os parasitos de Rhinella marina de Belém, Ananindeua, Marituba, Capitão Poço, Salvaterra e FLONA de Caxiuanã constituem o mesmo táxon, isto é, Rhabdias pseudosphaerocephala. Adicionalmente, estas análises validaram os táxons Rhabdias breviensis, Rhabdias galactonoti e Rhabdias stenocephala, os quais foram encontrados parasitando os pulmões de outros anfíbios que não R. marina. Dados de sequência nucleotídica dos genes mitocondriais 12S e COI de Serpentirhabdias atroxi, parasito de Bothorops atrox, foram obtidos e adicionados ao GenBank (NCBI). A análise citogenética indicou que, como a maioria dos nemátodeos, R.  pseudosphaerocephala apresenta cromossomos holocêntricos, mas diferentemente de outras três espécies de Rhabdias, possui número diploide igual a 14. O genoma mitocondrial aqui obtido, o primeiro da família Rhabdiasidae, apresentou uma ordem gênica ainda não descrita para nematódeos, e uma inferência bayesiana com base nos 12 genes concatenados mostrou que a infraordem Panagroloimomorpha não é monofilética. 

  • IZIS MÔNICA CARVALHO SUCUPIRA
  • BIOLOGIA DA TRANSMISSÃO DE MALÁRIA E DA SUSCETIBILIDADE DE Anopheles spp AOS INSETICIDAS PIRETRÓIDES EM ÁREA AMBIENTAL MODIFICADA E NÃO MODIFICADA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA.

  • Data: 01/06/2017
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  • A malária no Brasil ocorre principalmente na Amazônia, mas sua distribuição é heterogênea e assim existem áreas sem transmissão, outras com baixa transmissão e algumas com alta transmissão. As atividades humanas nesta área favorecem a intensificação da transmissão e o aumento da incidência de malária devido a descontrolada ocupação urbana e peri urbana, além das construções de hidrelétricas, projetos de irrigação e exploração mineral, tanques de piscicultura, desmatamento, construção de rodovias e uso excessivo de inseticidas. Por isso é necessário realizar estudos epidemiológicos e entomológicos para produzir conhecimento acerca da dinâmica da endemia. Assim, este estudo objetivou estudar a biologia da transmissão de malária e da suscetibilidade de Anopheles spp aos inseticidas piretróides em área ambiental modificada e não modificada da Amazônia brasileira. O estudo foi desenvolvido na área de abrangência da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, estado do Pará e no município de Cruzeiro do Sul, estado do Acre. Para isso foram realizadas coletas de mosquitos anofelinos adultos, utilizando atração humana protegida (a cada três meses na AID da hidrelétrica de Belo Monte e duas vezes ao ano em CZS), os quais que foram identificados segundo chaves dicotômicas específicas. Foram calculadas a densidade, o índice de picada/homem/hora (IPHH) e taxa de infecção (TI) dos mosquitos por plasmódios humanos. Bioensaios de garrafas foram conduzidos seguindo protocolo do CDC para determinação da suscetibilidade dos mosquitos anofelinos aos inseticidas do grupo piretróides. Os mosquitos resistentes pelo bioensaio de garrafas foram submetidos aos testes bioquímicos para determinar a resistência metabólica e aos moleculares para detecção da mutação KDR clássica. Um total de 11 espécies diferentes foi coletado na área da UHE de Belo Monte, dentre elas, espécies de importância para a transmissão da malária, A. darlingi, A. albitarsis sl e A. nuneztovari sl. A TI dos anofelinos desta área foi alta nos anos de 2012 e 2013, diminuindo gradativamente, até se tornar nula. Já em Cruzeiro do Sul a espécie A. darlingi foi predominante durante todo o período do estudo e a TI foi mantida em níveis suficientes, em torno de 1, para manutenção da transmissão. Na área de Belo Monte os anofelinos foram testados para deltametrina, cipermetrina e etofenprox, sendo todos as espécies suscetíveis a estes inseticidas. Por outro lado, em Cruzeiro do Sul o A. darlingi mostrou-se resistente aos piretróides testados (deltametrina, cipermetrina, ʎ-cialotrina e etofenprox). Nos testes bioquímicos foi observado elevada atividade enzimática nos anofelinos resistentes em relação aos sensíveis às enzimas esterases, oxidase função mista, glutationa S-transferase (GST) e acetilcolinesterase. Os testes moleculares realizados não detectaram a mutação KDR clássica, L1014F, em nenhum dos exemplares resistentes testados. Baseados nos resultados deste estudo, podemos concluir que a resistência do A. darlingi aos inseticidas é provavelmente metabólica e que o risco de transmissão na área de Belo Monte é baixo, mas em função do aumento significativo do número de mosquitos, ressurgimento de espécies vetoras e da instalação de uma mineradora na área, este risco pode aumentar. Já em Cruzeiro do Sul, onde não foram observadas grandes variações epidemiológicas ou entomológicas, o risco de transmissão continua alto.

     


  • JOSINEIDE PANTOJA DA COSTA
  • EFEITO IMUNOMODULADOR E LEISHMANICIDA DO 5-HIDROXI-2-HIDROXIMETIL-GAMA-PIRONA (ÁCIDO KÓJICO) IN VITRO.

  • Data: 30/05/2017
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  • O 5-hidroxi-2-hidroximetil-gama-pirona (HMP) é um metabólito secundário sintetizado por algumas espécies de microrganismos e estudos vêm apontando diferentes propriedades associadas ao metabólito, dentre as quais se inclui a capacidade de ativar macrófagos murinos e atividade leishmanicida. No entanto, o efeito do HMP em monócitos e macrófagos humanos, assim como durante a infecção dessas células com o protozoário Leishmania (Leishmania) amazonensis é desconhecido. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos do HMP sobre monócitos e macrófagos humanos e durante interação com L.(L.) amazonensis in vitro. Após tratamento das células com o HMP na concentração de 50 μg/mL por 24 horas com macrófagos e 48 horas com monócitos, realizou-se análise morfológica por microscopia de luz e eletrônica de varredura que evidenciaram um expressivo aumento da área e de projeções do citoplasma. A análise da ultraestrutura revelou que monócitos e macrófagos tratados com HMP apresentaram aumento da liberação de filopódios e intensa vacuolização citoplasmática, além da presença de vacúolos autofágicos em monócitos. A presença desses vacúolos foi confirmada por citometria de fluxo, onde foi observado um aumento da
    marcação para a proteína LC3b indicando processo autofágico. O aumento da marcação da proteína EMR1 F4/80, bem como redução das proteínas CD11b e CD14, sugerem que o HMP induz a diferenciação de monócitos em macrófagos, mas não em células dendríticas (CD11c). A avaliação de citocinas em monócitos demonstrou que houve uma elevação significativa da secreção de IL-6, mas não de IL-4 e TNF-α. Em macrófagos observou-se elevada secreção de TNF-α e INF-γ, mas não de IL-4. A produção de ERO foi induzida pelo HMP em macrófagos, mas não houve indução da produção de NO pelo bioproduto. Em relação a ação do HMP sobre o protozoário Leishmania, foi observado que o HMP apresentou atividade antiproliferativa contra as formas intracelulares de L. amazonensis, sendo constatado uma redução de 78,11% das formas intracelulares do protozoário em monócitos (IC50=30,80 μg/mL) e 79,80% em macrófagos (IC50= 30,30 μg/mL). A avaliação de macrófagos infectados por MET revelou que essas células apresentaram grandes vacúolos vazios ao serem tratados com HMP, bem como restos celulares e estruturas sugestivas de vesículas lipídicas, no interior do vacúolo parasitóforo. É possível notar também a presença de restos celulares e vesículas similares a lipídicas nas formas intracelulares de leishmania. A avaliação da produção de ERO e NO em macrófagos infectados e posteriormente tratados com HMP, mostrou uma elevação na produção de ERO, mas não de NO, além de elevada secreção de TNF- α e INF-γ. Além disso, foi observado que o HMP não reduziu a viabilidade de monócitos e macrófagos humanos. Em conclusão, os resultados deste estudo demonstram que o HMP parece ter efeito imunomodulador por induzir a diferenciação de monócitos, ativar macrófagos ao perfil M1, além de apresentar efeito leishmanicida nas formas intracelulares de L.(L.) amazonensis.

  • SAMANTHA ASSIS DE AGUIAR
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DAS INFECÇÕES PELOS VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO 1 E 2, VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 E HERPESVÍRUS HUMANO 8 EM QUATRO MUNICÍPIOS DO ARQUIPÉLOGO DO MARAJÓ, PARÁ

  • Data: 12/05/2017
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  • O HTLV-1/2 e o HIV-1 pertencem à família Retroviridae, enquanto que o HHV-8 pertence à família Herpesviridae. O HTLV-1/2, o HIV e o HHV-8 apresentam formas comuns de transmissão, resultando em similares fatores de risco. O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência das infecções pelos Vírus T-linfotrópico humano 1 e 2 (HTLV-1/2), Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) e Herpesvírus humano 8 (HHV-8) nos Municípios de Anajás, Chaves, São Sebastião da Boa Vista e Portel, arquipélago do Marajó; e correlacioná-las às características epidemiológicas da população estudada. Foram incluídas no estudo 1899 amostras de sangue testadas para presença de anticorpos anti-HTLV-1/2 e 1877 para a presença de anticorpos anti-HIV-1, pelo método de ELISA. As amostras soropositivas para HIV-1 foram ainda examinadas por meio do Western blot e Immunoblot.  As amostras reativas para HTLV-1/2 e para o HIV-1 foram submetidas à métodos moleculares. A investigação da infecção em 500 amostras de HHV-8 também foi efetuada por nested PCR. Onze amostras (0,58%) foram soropositivas para HTLV-1/2 no ELISA, sendo duas (0,11%) confirmadas por biologia molecular como HTLV-1. A análise filogenética da região 5´LTR agrupou as duas amostras como pertencentes ao subtipo Cosmopolita, subgrupo Transcontinental. Doze amostras (0,64%) foram soropositivas no ELISA para HIV-1, das quais quatro (33,33%) foram consideradas positivas no Western blot e duas amostras (16,66%) positivas no teste de Immunoblot. Na análise molecular foram confirmadas três amostras (25%) para a infecção por este tipo viral. O sequenciamento nucleotídico para a região pro indicou duas amostras como pertencentes ao subtipo B e uma amostra pertencente ao subtipo D. Nas amostras para HHV-8, 43 (8,6%) tiveram a região ORF26 amplificada. Dentre os indivíduos avaliados, dois dos participantes foram identificados co-infectados com HIV-1/HHV-8 (4,7%). A população do Arquipélago Marajó possui baixa renda, menor nível  educacional, inicia atividade sexual precocemente e não usam medidas para prevenir gestações ou infecções sexualmente transmissíveis. Esses fatores são mais do que relevantes para que as autoridades de saúde desenvolvam planos estratégicos e de ação para o futuro próximo, a fim de mudar a situação caótica, que é continuamente descrita na ilha. É necessária uma campanha educacional contínua, compatível com a situação social e cultural das comunidades, durante todo o ano, para informar às pessoas quais são os comportamentos de risco e como prevenir doenças infecciosas em geral. Esta medida simples proporcionará um alto impacto não só na IST, mas também servirá como uma orientação para uma vida sexual mais responsável, especialmente com ênfase nas mulheres como um grupo de risco, uma vez que atualmente compreendem a maioria das pessoas que vivem com HIV- 1, HTLV-1 e HHV-8 no mundo. 

  • PEDRO ARTHUR DA SILVA ARAÚJO
  • ESTUDO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE ARBOVÍRUS EM VERTEBRADOS SILVESTRES E ARTRÓPODES HEMATÓFAGOS DA FLORESTA NACIONAL DE CAXIUANÃ, MUNICÍPIO DE MELGAÇO, PARÁ

  • Data: 28/04/2017
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  • A Amazônia brasileira se configura como um celeiro para arbovírus, pois fornece elementos fundamentais para a manutenção de ciclos biológicos dos arbovírus. Alterações ambientais decorrentes da intensa atividade antrópica na Amazônia favorecem a emergência e re-emergência dos arbovírus, tais como o vírus da febre amarela silvestre, dengue, chikungunya e Zika. O presente estudo tem como objetivo monitorar a circulação de arbovírus nas populações de vertebrados silvestres e artrópodes da FLONA de Caxiuanã- Megaço- Pará, no período de 2014 a 2016. Para tal, foram realizadas cinco excursões cientificas para coleta de biológicas de vertebrados silvestres (pequenos mamíferos - roedores, marsupiais, carnívoros, quirópteros e aves) e captura de artrópodes hematófagos. Análises ecológicas de dominância, riqueza, diversidade e equitabilidade foram aplicadas aos dados relacionados a captura dos mosquitos. Foi realizada tentativa de isolamento viral em cultivo celular (células VERO e C6/36) e camundongos recém-nascidos. A detecção de anticorpos foi realizada pelo teste de Inibição da Hemaglutinação e soroneutralização. Testes de biologia molecular (RT-PCR) foram aplicadas aos lotes de artrópodes capturados para tentativa de detecção de genoma viral. A caracterização viral será realizada por sequenciamento nucleotídico. As análises ecológicas revelaram elevada frequência de captura das espécies Coquillettidia (Rhy.) venezuelensis, Coquillettidia (Rhy.) arribalzagae, Culex (Mel.) sp., Wyeomyia sp. e Culex (Mel.) portesi. As tentivas de isolamento em cultivo celular e camundongos recém-nascidos obtiveram resultado negativo. O teste de inibição da hemaglutinação evidenciou elevada prevalência de anticorpos contra o gênero Flavivirus nas aves e gênero Orthobunyavirus para os outros vertebrados silvestres. Foi evidenciada uma elevada prevalência de anticorpos contra o Virus Mucambo (MUCV) e Virus Ilheus (ILHV) e uma reação monotípica contra o Virus Oropouche (OROV). Os testes de Neutralização realizados mostraram a presença de anticorpos neutralizantes para o MUCV e OROV e não neutralizantes para o ILHV. Nos testes moleculares detectou-se a presença de sequências nucleotídicas dos vírus Mucambo, Ilheus, Rocio e Bussuquara. Os resultados apresentados sugerem a ocorrência de ciclos de transmissão de arbovírus na FLONA de Caxiuanã.

  • ROSEANE PORFÍRIO DE SOUZA
  • INCIDÊNCIA DO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM CRIANÇAS CARDIOPATAS SUBMETIDAS À IMUNOPROFILAXIA COM PALIVIZUMABE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 27/04/2017
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  • As infecções agudas do trato respiratório inferior (IATRI) são importante causa de morbidade e mortalidade de crianças no mundo todo, tendo o Vírus Sincicial Respiratório humano (HRSV) como um dos principais agentes etiológicos. O risco de hospitalização e o tempo de permanência são maiores em crianças cardiopatas infectadas por este vírus. Medidas profiláticas para reduzir a transmissão do HRSV devem ser observadas, sendo a imunização passiva, com o anticorpo monoclonal humanizado palivizumabe, a principal ferramenta disponível. Este estudo tem o objetivo avaliar a Incidência do HRSV em crianças com cardiopatia congênita após serem submetidas à imunoprofilaxia com palivizumabe. O estudo foi do tipo coorte, descritivo, prospectivo realizado no período de janeiro a junho de 2016, na Fundação Pública Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, uma instituição do Governo do Estado do Pará, referência em Cardiologia. Foram acompanhadas 104 crianças, com idade média de 10,5 meses, peso médio de 7,25 Kg. O número médio de doses que cada criança recebeu no período foi de 3,5 doses de palivizumabe. Verificou-se que 27,9% das crianças tiveram pelo menos um episódio de infecção de trato respiratório, com predominância de infecções do trato respiratório superior (28,8%). Durante o estudo, 6,7% das crianças desenvolveram IATRI, destas 14,3% apresentou bronquiolite e 71,4% desenvolveu pneumonia. tendo sido hospitalizadas com média de tempo de 51 dias. 71,4% das crianças com IATRI coletaram aspirado nasofaríngeo, sendo 60% negativas para o HVSR e outros vírus respiratórios e 40% tiveram resultado positivo para metapneumovírus. Do total de crianças acompanhadas 4,8% foram admitidas em UTI, com média de 24,2 dias de internação, 3,8% necessitaram de oxigenoterapia e 2,9% de ventilação mecânica. Desta forma, concluímos que a imunoprofilaxia com palivizumabe previne a forma grave de infecção por HRSV e resulta em importante diminuição na hospitalização de crianças com até dois anos de idade com cardiopatia congênita.

  • RAFAELLA DO NASCIMENTO FERREIRA
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO DAS PROTEÍNAS-CHAVES DAS VIAS DE microRNA E APOPTOSE DURANTE A INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA EM DIFERENTES TIPOS CELULARES 

  • Data: 26/04/2017
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  • O vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus, cujo genoma é composto de RNA fita simples de polaridade positiva, transmitido por mosquitos do gênero Aedes sp. e associado com desordens neurológicas graves como microcefalia, síndrome de Guillain-Barré e severas alterações em diversos órgãos. Para compreender os danos fisiopatológicos provocados durante a infecção pelo ZIKV, realizou-se um estudo sobre a regulação de microRNAs e a indução de apoptose em diferentes linhagens de células contínuas de vertebrados (HepG2, A459 e MA104) infectadas por este vírus. Os microRNAs são pequenas sequências de RNA não codificantes, cujo tamanho varia entre 19 a 25 nucleotídeos, que atuam como reguladores gênicos pós-transcricionais através da ligação ao RNA mensageiro (mRNA). Estudos sobre a influência do controle pós-transcricional em infecções virais demonstraram que os miRNAs interferem em diferentes etapas do ciclo replicativo de diversos vírus. Foram utilizadas técnicas de imunocitoquímica para avaliar o nível de apoptose e PCR em tempo real (RT-qPCR) para analisar a expressão das proteína-chaves da via dos miRNA durante a infecção pelo ZIKV. O aumento do nível de apoptose nas células HepG2, A459 e MA104 foi estatisticamente significativo quando comparado às células não infectadas (valor de p < 0,0001, < 0,0001 e 0,0006, respectivamente). A expressão das proteínas DGCR8, Ago1 e Ago3 nas células HepG2,  Drosha, Dicer, Ago2 e Ago3 nas células A549 e Drosha, Dicer, Ago2 e Ago3 nas células MA104 foram significativamente alterados na presença do ZIKV. Os resultados obtidos mostraram que o ZIKV altera o perfil de expressão dos microRNAs nos tipos celulares testados mostrando que  podem interferir no sistema de modulação da expressão gênica celular, o que é corroborado pelos resultados da apoptose. 

  • LEONN MENDES SOARES PEREIRA
  • ESTUDO DE ASSOCIAÇÕES DOS POLIMORFISMOS NOS GENES FOXP3, NGFB E NGFR COM OS ASPECTOS CLÍNICOS-LABORATORIAIS DAS HEPATITES B & C CRÔNICAS

  • Data: 26/04/2017
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  • O presente estudo tem por objetivo avaliar a influência dos polimorfismos rs2232365, rs3761548 e rs3761549 nos gene FOXP3, rs11102930, rs6325, rs6330, rs11466110 e rs11466111 no gene NGFB e rs2072446 no gene NGFR entre os portadores das hepatites B (HBV) e C (HCV) crônicas, buscando identificar possíveis marcadores genéticos vinculados às patologias. Para isso foram selecionados 101 pacientes HCV, 54 portadores inativos do HBV, 17 portadores ativos do HBV e 300 indivíduos saudáveis atendidos na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) e do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA). Amostras de sangue e biopsias hepáticas foram coletadas; exames bioquímicos e sorológicos no sangue foram realizados por quimioluminescência; a extração de DNA a partir de amostras de sangue total; os polimorfismos foram identificados seguindo a técnica de PCR em tempo real (qPCR); os dados de carga viral foram obtidos a partir dos prontuários dos pacientes; a análise histopatológica das biópsias seguiu a classificação de METAVIR; as análises estatísticas foram realizadas por meio dos programas bioestat 5.0 e Graphpad Prism 6.1. Para o gene FOXP3: A frequência do polimorfismo rs3761549 foi associada aos pacientes HCV e aos estatos da ativação dos pacientes HBV em mulheres, refletindo nos níveis de GGT dos pacientes HCV (p: 0,0369). A frequência do polimorfismo rs3761548 foi associada aos pacientes HCV e ao estatos de portador inativos de HBV em ambos os sexos, e alterou a carga viral do HCV nos pacientes (p: 0,0177). A frequência do polimorfismo rs2232365 foi associada ao estatos de portador inativo do HBV em pacientes do sexo feminino, alterando os níveis de ALT em portadores inativos do HBV com inflamação ausente a leve (p: 0,0126) e nos padrões bioquímicos de atividade hepáticas nos pacientes HCV com inflamação ausente a leve (ALT – p: 0,0354; AST – p: 0,0410; GGT – p: 00486) e fibrose avançada (GGT – p: 0,0242). A frequência do polimorfismo rs11102930, rs6325 e rs6330 no gene NGFB e rs2072446 no gene NGFR foi associada aos pacientes HCV. O polimorfismo rs11102930 alterou a carga viral do HCV (p: 0,0077). O polimorfismo rs6330 alterou a carga viral e as enzimas hepáticas dos pacientes HCV quando estratificados quanto o grau de inflamação e escores de fibrose em duas tendências distintas e dependentes do estágio de dano. O polimorfismo rs2072446 alterou a carga viral e as enzimas hepáticas dos pacientes HCV não estratificados e quando estratificados quanto ao grau de fibrose hepática. Esses dados mostram que as variantes polimórficas nos genes FOXP3, NGFB e NGFR podem influenciar em aspectos ligados as infecções pelo HBV e HCV. 

  • BRUNO MATHEUS DE OLIVEIRA MARTINS
  • IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES E AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TEMPO NA EFICÁCIA DO TESTE DE SUSCEPTIBILIDADE (PROVA DE GARRAFA) DE Anopheles spp AOS INSETICIDAS EM AMBIENTE DE CAMPO NA AMAZÔNIA

  • Data: 18/04/2017
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  • Malária, doença parasitária causada por protozoários do gênero Plasmodium é transmitida por mosquitos do gênero Anopheles. No Brasil, a maioria dos casos registrados concentra-se nos estados que compõem a Amazônia Legal onde espécies dos mosquitos transmissores, estão presentes. O controle da malária no Brasil é complementado com medidas contra o vetor tais como: uso de mosquiteiro impregnado com inseticida (geralmente deltametrina) e borrifação intradomiciliar (hoje o inseticida de uso é etofenprox). Para saber o impacto destas medidas sobre a transmissão é necessário o monitoramento da eficácia dos inseticidas em uso, que podem ser realizados tanto pelo teste da OMS como o do CDC. Assim, este estudo objetivou avaliar a influência do tempo na eficácia do teste de susceptibilidade (teste do CDC) de Anopheles spp aos inseticidas em ambiente de campo na Amazônia. As áreas de estudo foram o município de Peixe Boi e os da área de abrangência da usina hidrelétrica de Belo Monte (UHBM), ambos localizados no estado do Pará. A obtenção de mosquitos foi feita entre setembro/2016 e março/2017 pela captura por isca animal (Peixe Boi) e por atração humana protegida (UHBM).  Foi realizado o biensaio de garrafas do CDC, composto por três provas e cada uma testando cerca de 100 mosquitos, perfazendo um total de 300 mosquitos testados. Cada prova é composta por 5 frascos Wheaton® (um controle e 4 réplicas).  A garrafa controle foi impregnada com acetona e as réplicas com solução da dose diagnóstica do inseticida em acetona. Foram utilizados cerca de 25 mosquitos por garrafa e a leitura (número de mosquitos mortos) foi feita a cada 15 minutos até duas horas. O resultado é expresso em taxa de mortalidade no tempo diagnóstico de 30 minutos. Os bioensaios foram realizados com diferentes intervalos de tempo entre suas provas e de populações de vetores. Os mosquitos de Peixe Boi foram testados para deltametrina e os de UHBM para deltametrina e etofenprox. A mortalidade em ambas as áreas, para ambos os inseticidas e diferentes populações de espécies foi 100% no tempo de 30 minutos, independentemente dos intervalos de tempos das realizações das provas. É digno de nota, que o deltametrina em Peixe Boi e o etofenprox na UHBM não foram totalmente efetivos aos 15 minutos, o que demonstra a necessidade do monitoramento frequente de ambos. Como os mosquitos testados nas duas áreas de estudos são susceptíveis aos inseticidas usados e não houve diferença significativa dos resultados das provas realizadas com diferentes intervalos de tempo, verificou-se que não há influência deste fator na eficácia do biensaio e que, portanto, não há necessidade de se estabelecer um protocolo específico para a realização do bioensaio de garrafas do CDC para a Amazônia.

  • MARCIA MORAES MARTINS DOS SANTOS
  • IDENTIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE ESPÉCIES DO COMPLEXO Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari EM ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

  • Data: 18/04/2017
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  • O complexo de espécies crípticas Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari compreende três espécies: Anopheles nuneztovari s.s., Anopheles goeldii e Anopheles dunhami , que apresentam comportamento ecológico e vetorial diferenciado. A. nuneztovari sensu lato é considerado importante vetor da malária em alguns países da America do sul, como Venezuela e Colômbia, porém no Brasil seu papel ainda é discutido, embora tenha sido considerado como vetor local em algumas áreas da Amazônia brasileira. A densidade de A. nuneztovari s.l. apresenta relação direta com grandes empreendimentos, como a construção de usinas hidrelétricas. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies do complexo Anopheles (Nyssorhynchus) nuneztovari que ocorrem nas áreas de abrangência da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Assim, utilizou-se a identificação morfológica das fêmeas e a análise morfológica da genitália masculina. Além disso, foi feita a análise estatística das diferenças da medida do comprimento dos folíolos subapicais pelo teste de Mann-Whitney. Foram identificadas as seguintes espécies do gênero Anopheles nas áreas de estudo: A. nuneztovari s.l. (67%), A.albitarsis s.l. (11%), A. braziliensis (6%), A. oswaldoi (5%), A. triannulatus (5%), A. darlingi (3%), A. strodei (2%), A. mattogrossensis (1%) e A. intermedius (0,2%). Para identificação morfológica da genitália masculina utilizou-se 38 machos de A. nuneztovari s.l. e as espécies encontradas foram: 33 exemplares de A. goeldii e 05 exemplares de A. nuneztovari s.s. Foi detectada diferença estatisticamente significativa dos comprimentos dos folíolos subapicais do edeago entre as duas espécies, já que o comprimento médio de A. goeldii foi 1,23μm e de A. nuneztovari s.s. foi 9,18 μm. Desta forma, o método referente a morfologia da genitália masculina, além de ser viável por ser de baixo custo e fácil execução, é um método de diferenciação entre as espécies do complexo. É importante ressaltar o fato de que é a primeira vez que se identifica o A. nuneztovari s.s. em áreas de modificação ambiental na Amazonia brasileira. Então, fica demonstrada a importância de estudos entomológicos que identifiquem as espécies circulantes assim como os que diferenciem espécies de complexos para o melhor entendimento da dinâmica de transmissão de malária na região amazônica, gerando informações que possam subsidiar ações de controle vetorial.

  • PABLO FABIANO MOURA DAS NEVES
  • Ecoepidemiologia da coinfecção entre Mycobacterium Tuberculosis e helmintos intestinais na cidade de Belém-Pará.

  • Data: 12/04/2017
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  • A tuberculose e as helmintoses intestinais compartilham áreas endêmicas em várias partes do mundo. Estas infecções estão associadas à baixa condições socioeconômicas e a precárias condições de higiene e saneamento básico. Infecções helmínticas crônicas induzem respostas caracterizadas pelo perfil Th2, bem como o aumento da atividade de células T reguladoras. A polarização da resposta imunitária para um perfil Th2 influencia negativamente a resposta do tipo Th1 inibindo a proteção imunológica do hospedeiro frente a patógenos cuja resposta protetora é Th1-dependente. Portanto a imunomodulação induzida nas infecções helmínticas pode favorecer a infecção por micobactérias e o consequente desenvolvimento da doença. Este trabalho teve como objetivo analisar os aspectos ecoepidemiológicos relacionados à coinfecção por Micobacterium tuberculosis e helmintos intestinais por meio de indicadores sociodemográficos, clínico-epidemiológicos e espaciais dos pacientes atendidos em uma unidade de saúde do município de Belém-PA, no período de outubro de 2015 a outubro de 2016. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, sendo seu delineamento transversal, de caráter descritivo e analítico.

    Foram avaliados 38 pacientes, sendo que 18 estavam infectados com tuberculose (grupo TB) e 20 estavam coinfectados (grupo TB+Helm). No total foram encontradas seis espécies de parasitos intestinais, sendo mais frequentes os parasitos de veiculação hídrica e por ingestão de alimentos contaminados. Entre os pacientes coinfectados, 70% estavam monoparasitados. Os Indivíduos do sexo masculino, com idade superior aos 40 anos, maior escolaridade e alta renda familiar se apresentaram mais sujeitos as infecções por tuberculose e enteroparasitos e nos pacientes coinfectados, o quadro clínico da tuberculose não foi alterado pela coinfecção com os helmintos intestinais. A análise espacial demostrou que a distribuição da tuberculose e da coinfecção ocorre em uma grande área do município e que a ocorrência da coinfecção foi maior nas áreas com menor nível socioeconômico, consideradas como aglomerados subnormais.

  • RUAN CAMPOS MONTEIRO
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR E CARACTERIZAÇÃO FENOTíPICA DE FUNGOS DEMÁCIOS AGENTES DE CROMOBLASTOMICOSE NO ESTADO DO PARÁ, COM RELATO DE FUNGOS NEUROTRÓPICOS NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 12/04/2017
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  • A cromoblastomicose é uma infecção fúngica crônica causada pela implantação traumática de propágulos de determinados fungos demácios. Após a inoculação, o agente diferenciado em células muriformes induz o aparecimento de lesões verrucosas. O diagnóstico da doença é realizado pela observação das lesões associado com a presença de células muriformes no raspado intradérmico no exame micológico direto. O isolamento em meio de cultura revela colônias filamentosas de coloração verde-oliva ou negra. A área de incidência da doença são as regiões tropicais e subtropicais, mas há relatos em todos os continentes. No Brasil destaca-se o estado do Pará com mais de 500 casos até 2013. Os agentes de cromoblastomicose estão presentes no solo e em material vegetal vivo ou em decomposição. Fonsecaea pedrosoi é o principal agente da doença, mas após a análise molecular do Espaçador Transcrito Interno foi possível identificar novas espécies e outros fungos demácios. O estado do Pará é maior contribuinte de casos no Brasil, porém poucos dados sobre a epidemiologia molecular e morfologia dos agentes de cromoblastomicose estão disponíveis. O objetivo deste trabalho é caracterizar morfologicamente e determinar o perfil enzimático e identificar molecularmente os fungos demácios agentes de cromoblastomicose no estado do Pará. Foram utilizados 17 cepas da micoteca do Laboratório de Micologia do Instituto Evandro Chagas, Ananindeua (2005 a 2016). Para a macromorfologia foram cultivados em ágar Sabouraud-dextrose e em ágar lactrimel para a micromorfologia. Foi pesquisada a produção das enzimas urease, gelatinase, lipase, fosfolipase, proteinase e caseinase. Para a análise molecular, a extração do DNA foi realizada pelo método físico, e a região ITS foi sequenciada e comparada com o Genbank, e utilizando o programa MEGA a filogenia dos isolados foi reconstruída. Doze isolados foram identificados como F. pedrosoi, dois como F. monophora, um como Exophiala dermatitidis, Cladophialophora bantiana e Toxicocladosporium irritans. Todos apresentaram conidiação tipo Cladosporium, o tipo Rhinocladiella apenas algumas cepas de Fonsecaea spp. e E. dermatitidis. Houve grande variabilidade fenotípica entre os isolados de Fonsecaea spp. Todos os isolados foram urease positivos, proteinase e caseinase negativos. Apenas E. dermatitidis não produziu lipase, e apenas Fonsecaea spp. produziu fosfolipase. Duas cepas de F. pedrosoi produziram gelatinase. Nossos resultados demonstram que o estudo morfológico desses fungos não permitiu a identificação, diferente da análise molecular do gene ITS. Relatamos pela primeira vez a presença de fungos neurotrópicos na região amazônica (F. monophora, E. dermatitidis e C. bantiana). A literatura relata casos de cromoblastomicose com metástase cerebral, demonstrando que a infecção de um paciente com fungos neurotropicos pode significar risco de uma doença sistêmica e grave. Relatamos cromoblastomicose por T. irritans. Esse agente é um isolado clínico raro. Estudos in vivo e in vitro devem confirmar a patogenia e a capacidade desse fungo formar células muriformes. Quanto à produção de exoenzimas, observamos que não foi possível obter um perfil dos isolados, nossos resultados foram semelhantes a alguns relatos da literatura para lipase e fosfolipases. Atividade proteolítica não foi detectada, diferente de outros estudos. Produção de urease está relacionada a dano tecidual, talvez em cromoblastomicose também. Nossos resultados geraram dados epidemiológicos relevantes e inéditos sobre a região norte.

  • LAISE DE AZEVEDO GOMES
  • DIAGNÓSTICO MOLECULAR E DIVERSIDADE GENÉTICA DE Hepatozoon EM ANIMAIS DOMÉSTICOS E SILVESTRES DA AMAZÔNIA ORIENTAL 

  • Data: 30/03/2017
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  • Geralmente, estudos sobre apicomplexas são direcionados para poucas espécies destacadas pelo seu potencial de patogenicidade em humanos e animais, enquanto a  maior parte é negligenciada. O gênero Hepatozoon (família Hepatozoidae) consiste em apicomplexas com ciclo de vida heteroxeno e, principalmente, conhecido pelos estudos sobre Hepatozoon canis e Hepatozoon americanum, agentes etiológicos da hepatozoonose canina que acomete diversos mamíferos. Assim, o propósito deste estudo foi avaliar a ocorrência e a diversidade genética de Hepatozoon spp. em animais domésticos e silvestres da Amazônia Oriental. Amostras de sangue de 138 cães, 196 capivaras e 109 caititus foram analisadas quanto à presença do DNA de Hepatozoon spp. e os amplicons foram sequenciados. O desenvolvimento de um protocolo de nested PCR usando os oligonucleotídeos HepF/HepR e HepNF/HepNR permitiu o diagnóstico molecular de Hepatozoon spp. A análise das sequências parciais do gene 18S rDNA revelou a existência de quatro haplótipos de H. canis, um de H. americanum e um de Hepatozoon cuestensis. Esses resultados sugerem que a diversidade genética de H. canis na região Norte do Brasil ainda tem sido pouco representada. A realização deste estudo forneceu a primeira evidência molecular de H. americanum em cães domésticos do Brasil e o primeiro registro de mamíferos infectados por H. cuestensis.

  • ANDREZA PALOMA GÓES OLIVEIRA
  • RELAÇÃO ENTRE A INFECÇÃO POR Helicobacter pylori E O POLIMORFISMO C677T NO GENE DA ENZIMA METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE E OS NÍVEIS DE HOMOCISTEÍNA 

  • Data: 27/03/2017
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  • A Helicobacter pylori (H. pylori) é o patógeno de maior prevalência na população humana, estando relacionado com diversas patologias gástricas, que na maioria das vezes resulta em uma gastrite crônica assintomática, contudo, quando há a progressão da infecção crônica, pode originar úlceras pépticas, adenocarcinoma gástrico e linfoma do tecido linfoide associado à mucosa (MALT). A enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR), participa da via metabólica do aminoácido homocisteína (Hcy), convertendo-o em metionina, para manter normal o nível desse aminoácido. O polimorfismo de nucleotídeo único (SNP) C677T no gene desta enzima reduz sua atividade, originando a hiperhomocisteinemia (HHcy), que está relacionada com inúmeros processos inflamatórios. Desta forma, este trabalho buscou identificar a prevalência genotípica da mutação C677T e os níveis de homocisteína em 168 pacientes gástricos, infectados ou não pela H. pylori, da região metropolitana de Belém-PA. Para tal, foram realizadas as técnicas de PCR e RFLP para caracterização do SNP C677T em amostras de DNA obtidas de biópsias gástricas dos pacientes envolvidos no estudo e o Ensaio Imunoenzimático para determinação quantitativa da homocisteína total no plasma destes mesmos indivíduos. Para aplicação dos testes estatísticos o nível de significância de α adotado foi igual a 0,05. Do total de pacientes avaliados 57,14% estavam infectados pela bactéria, 70,83% destes albergavam cepas virulentas do tipo I (cagA+ e vacA s1/m1+). A análise histopatológica determinou que, os pacientes infectados apresentavam intenso grau de inflamação e densidade bacteriana. A distribuição genotípica do polimorfismo C677T no gene da enzima MTHFR diferiu entre os grupos de H. pylori positivo e negativo. A frequência do SNP C677T foi maior nos indivíduos infectados, onde aqueles com genótipo CT/TT apresentaram um risco 3 vezes maior de adquirir a infecção pela H. pylori. As médias das concentrações de Hcy total variaram de acordo com os genótipos deste polimorfismo, e em função da idade e do sexo. Foi constatado que os níveis deste aminoácido estão positivamente correlacionados com o genótipo TT, com a idade avançada e com o sexo masculino. Deste modo, no presente estudo foi observada uma associação entre portadores do alelo T do polimorfismo C677T no gene da enzima MTHFR com a infecção pela bactéria, contudo, não foi encontrada uma dependência na relação entre os níveis de Hcy total e a infecção pela H. pylori, sendo necessários estudos mais robustos para reavaliar estes achados.

  • STEPHANYE SOUZA DA SILVA
  • AQUISIÇÃO DE ANTICORPOS EM INDIVÍDUOS COM PLAQUETOPENIA NA MALÁRIA CAUSADA POR Plasmodium vivax   

  • Data: 27/03/2017
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  • A malária é uma doença infecciosa caracterizada por uma síndrome febril aguda indiferenciada. Inicialmente o paciente apresenta mal estar generalizado, cefaléia, cansaço e mialgia, tais sintomas são inespecíficos e se assemelham ao quadro clínico de muitas doenças infecciosas. Esses sintomas precedem a febre característica da doença, a qual inicia com calafrios que podem ter a duração entre 15 minutos e uma hora, seguidos do aumento da temperatura corpórea. Após a febre, o indivíduo apresenta sudorese profusa e fraqueza intensa. A malária é uma doença de patogênese complexa, que envolve aspectos do parasito e da resposta imune do hospedeiro. Várias complicações clínicas e hematológicas estão associadas à malária. A plaquetopenia é uma complicação hematológica frequente em pacientes com malária, todavia, sua patogênese, ainda permanece pouca esclarecida. Nesse sentido, alguns estudos têm mostrado a ligação de antígenos parasitários à superficie das plaquetas, durante a infecção aguda da malária, propondo uma etiologia mediada por processos imune, causando a plaquetopenia na malária. Entre as propostas de mecanismos, a destruição das plaquetas por anticorpos específicos é feita com base nas evidências de aumento de IgG associado à destruição das plaquetas. A ligação de antígenos parasitários à superficie das plaquetas ocorre durante a infecção aguda na malária, e esses antígenos se ligam aos anticorpos antimaláricos, resultando na formação de imunocomplexos. O objetivo geral do plano de trabalho é avaliar a participação de anticorpos nos mecanismos de fisiopatogenia relacionados à ocorrência de plaquetopenia na malária causada por Plasmodium vivax. Para tanto, será realizada a pesquisa de anticorpos anti-plaquetas no soro de indivíduos com malária. Os anticorpos IgG serão pesquisados por ensaio imunoenzimático (ELISA), utilizando como antígeno o extrato total de concentrado de plaquetas humanas, conforme protocolos estabelecidos no Laboratório de Microbiologia e Imunologia da Universidade Federal do Pará.

  • ANA HELENA DE OLIVEIRA ANDRADE
  • AVALIAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 27/03/2017
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  • A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) se disseminou pelo mundo tornando-se um dos maiores desafios de saúde pública das últimas décadas e apesar dos avanços da terapia antirretroviral (TARV) as infecções oportunistas e comorbidades continuam a ser um problema sério em todo no mundo. O presente estudo teve por objetivo avaliar o grau de independência funcional dos portadores de HIV, atendidos em um centro de referência em Belém, Pará; descrever a frequência e as comorbidades mais comuns em indivíduos portadores de HIV/AIDS e identificar o nível de dependência para as principais Atividades da vida diária (AVD) correlacionando-os com tempo de diagnóstico, comorbidades, contagem de LTCD4+ e carga viral plasmática do HIV. Foi realizado um estudo do tipo transversal descritivo, no qual foi aplicado um questionário de caráter subjetivo (contendo questões como dados pessoais, histórico da doença e fatores sociais) e o protocolo Medida de Independência Funcional (MIF), a fim de descrever o grau de independência desses indivíduos. Entre os 386 entrevistados, apenas 364 foram aptos a participar de acordo com os critérios de inclusão e exclusão da pesquisa, sendo 238 (65,4%) do sexo masculino e 126 (34,6%) do sexo feminino. Deste total 318 (87%) foram considerados independentes, 43(12%) semi-dependentes e 3 (1%) dependentes. Um número significativo (50,5%) dos participantes, tinham pelo menos uma doença associada ao HIV, sendo tuberculose, sífilis e neurotoxoplasmose, as comorbidades mais comuns. Foi possível concluir que a dependência dos portadores do HIV para a realização de suas principais atividades diárias está mais relacionada à presença de comorbidades, do que com o tempo de diagnóstico da infecção pelo HIV e que a introdução precoce da TARV poderá prevenir o aparecimento de infecções oportunistas, refletindo no maior tempo de independência funcional dos portadores do HIV. No entanto, provavelmente o diagnóstico tardio da infecção pelo HIV ainda é um grande obstáculo para a prevenção de sequelas neurológicas nestes indivíduos. 

  • SUSAN DENICE FLORES IRIAS
  • Estudo molecular e do perfil de resistência transmitida aos inibidores da transcriptase reversa e protease do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) circulante em Belém, Pará

  • Data: 22/03/2017
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  • A introdução da terapia antiretroviral (TARV) tem levado a uma diminuição significativa na mortalidade e melhoria de vida dos pacientes infectados pelo HIV, no entanto, a emergência da resistência às drogas antirretrovirais apresenta-se como uma seria ameaça no controle da infecção, devido ao risco potencial de transmissão de cepas resistentes. O presente estudo avaliou os níveis de resistência transmitida e diversidade genética do HIV-1 em pacientes recém-diagnosticados e virgens de TARV na cidade de Belém, Pará. Foi realizado um estudo transversal entre maio e setembro de 2016, na unidade de referência CASA DIA, onde 41 pacientes foram avaliados. Após responder a um questionário contendo questões sócio-demográfica-epidemiológicas, foi realizada a coleta de sangue, seguida da extração do DNA, amplificação e sequenciamento nucleotídico das regiões correspondentes à protease (PR) e transcriptase reversa (TR) do gene pol do HIV-1. A identificação de mutações de resistência foi feita usando a ferramenta Calibrated Population Resistance (CPR) 6.0, tomando como referência a lista mais recente de mutações para vigilância da resistência transmitida proposta pela OMS (SDRM 2009). A variabilidade genética foi avaliada usando a ferramenta REGA HIV-1 Automated Subtyping Tool 3.0 e os resultados foram confirmados mediante análises filogenéticas. Foram encontradas mutações de resistência em quatro dos indivíduos avaliados (4/41; 9,76%), onde dois apresentaram mutações de resistência aos fármacos inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa (ITRN; 2/39; 5,13%), um aos inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (ITRNN; 1/39; 2,56%) e um aos inibidores da protease (IP; 1/40; 2,50%), entretanto, nenhum dos indivíduos apresentou mutações de resistência a mais de um tipo de fármaco simultaneamente. Estes resultados demostram níveis intermediários ou moderados de resistência transmitida, semelhante ao descrito na maioria de estudos feitos no Brasil. O subtipo B (BPR/BTR) mostrou-se como o mais prevalente entre os pacientes (32/40; 80,0%), seguido do sub-subtipo F1 (F1PR/F1TR; 5/40; 12,5%) e recombinantes de ambos (BF1; 3/40; 7,5%). Estes resultados sugerem a necessidade do monitoramento constante dos níveis de resistência às drogas antirretrovirais e diversidade genética do HIV-1 no Estado do Pará, assim como a consideração da implantação dos testes de genotipagem pré-tratamento no Brasil.

  • ISABEL LUÍS JOCENE BRAÇO
  • EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO 2 (HTLV-2) EM TRÊS ALDEIAS DO GRUPO KAYAPÓ.

  • Data: 22/02/2017
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  • O HTLV-2 é endêmico em diversas regiões do mundo. Seus principais subtipos são HTLV-2a, HTLV-2b, HTLV-2c e HTLV-2d. A presença do subtipo 2c é exclusiva do Brasil e endêmico, particularmente, entre populações indígenas da Amazônia Brasileira. O subtipo 2d é originário da região Centro Africana em Congo. O presente trabalho teve por objetivo analisar a epidemiologia da infecção pelos vírus T-linfotrópico humano 2 (HTLV-2) em populações indígenas na região da Amazônia Brasileira. Tratou-se de um estudo descritivo do tipo transversal que incluiu 263 amostras de indivíduos da tribo Xicrin, grupo Kayapó, aldeias Kateté, Djujeko e Oodjã, que foram coletadas entre os dias 24 e 28 de Janeiro de 2015, a partir de uma expedição médico-laboratorial. As amostras de plasma dos indivíduos foram testadas para a presença de anticorpos anti-HTLV-1/2, usando-se os métodos sorológicos (ELISA). As amostras soropositivas foram submetidas à confirmação por meio de métodos moleculares (PCR em tempo real e sequenciamento). Os resultados sorológicos e moleculares confirmaram a presença única do HTLV-2 em setenta e sete (29,28%) amostras, sendo distribuída em 38,36% nas mulheres e 17,95% nos homens. Verificou-se que nessas comunidades a infecção pelo HTLV-2 aumenta com o avanço da idade. Sequências nucleotídicas (642 pb) de oito amostras foram submetidos à análise filogenética pelo método de agrupamento de vizinhos para a determinação do subtipo viral, confirmando-se a ocorrência do HTLV-2c. Os resultados do presente estudo confirmaram resultados prévios que mostram a endemicidade do HTLV-2c nas comunidades indígenas da Amazônia Brasileira.

  • DANIELLE REGINA LIMA BARBOSA
  • ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DELEÇÕES DOS GENES pfhrp2 e pfhrp3 DE Plasmodium falciparum EM TRÊS ESTADOS DA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA.

  • Data: 24/01/2017
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  • Mais de 80% dos testes de diagnóstico rápido (TDRS) para malária por Plasmodium falciparum disponíveis comercialmente baseiam-se na detecção de proteínas 2 ricas em histidina (PfHRP2). Estudos recentes mostram que os genes que codificam esta proteína e seu parálogo, a proteína 3 rica em histidina (PfHRP3), estão ausentes em alguns parasitas isolados da amazônia peruana. A falta da proteína PfHRP2 pela deleção do gene pfhrp2 leva a resultados falso-negativos dos TDRS para P. falciparum. Assim, avaliamos as eliminações dos genes de pfhrp2 e pfhrp3 em três Estados da Bacia Amazônica brasileira. Foram coletadas amostras de sangue de pacientes com malária, confirmada microscopicamente, que procuraram tratamento nos postos de saúde nos Estados do Acre, Pará e Rondônia, Brasil, de 2010 a 2012. A infecção por P. falciparum e a qualidade do DNA foram confirmados pela reação aninhada em cadeia da polimerase espécie específicas (PCR) e amplificação por PCR do gene da proteína 2 de superfície de merozoíto (MSP2), respectivamente. Os genes pfhrp2 e pfhrp3 foram amplificados utilizando iniciadores sobrepostos exons 1 e 2 e primers visando os genes que ladeiam pfhrp2 e pfhrp3 nos cromossomos 8 e 13, respectivamente. Cento e noventa e oito (93%) dos espécimes coletados preencheram os critérios de inclusão e foram avaliados e destes, 13,6% (27) foram negativos para pfhrp2, enquanto 35,8% tinham eliminado o gene pfhrp3 como um todo. No entanto, a percentagem de parasitas com deleções variou de estado para estado. O Estado do Acre, na parte ocidental da Amazônia brasileira, apresentou o maior percentual de eliminações para pfhrp2 (32%), no estado de Rondônia, a prevalência foi de apenas 3% e no estado do Pará, na Amazônia oriental todos os parasitas foram positivo para este gene. No entanto, em todos os três estados proporções elevadas de populações de parasitas foram negativos para pfhrp3 que variou de 18% a 51%. Estes resultados indicam que populações de P. falciparum com deleções pfhrp2 estão presentes na Amazônia brasileira, particularmente no Estado do Acre. Os parasitas de P. falciparum sem o gene pfhrp3, no entanto estão presentes nos estados participantes deste estudo. Portanto, é fundamental reconsiderar o uso de TDRs baseados em PfHRP2 na região ocidental da Amazônia brasileira e continuar a vigilância quanto a prevalência de parasitas com estas deleções de genes em outras regiões brasileiras, onde o uso de TDRs é preconizado.

2016
Descrição
  • SUZANNE ROBERTA CARDOSO FERNANDES
  • EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA DO VÍRUS DA HEPATITE A, VÍRUS DA DENGUE, CITOMEGALOVÍRUS E VÍRUS DA RUBÉOLA NO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PARÁ


  • Data: 14/12/2016
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  • O Arquipélago do Marajó é uma área carente que necessita de obras de infraestrutura, saneamento ambiental, educação e serviços básicos e especializados de saúde pública. A ausência de estudos epidemiológicos na região torna ainda mais difícil o estabelecimento de políticas públicas de saúde que auxiliem na elaboração de estratégias de combate e prevenção de doenças. O objetivo do presente estudo foi descrever a frequência e distribuição das infecções causadas pelos vírus da hepatite A, vírus da dengue, betaherpesvírus humano 5 (citomegalovírus) e vírus da rubéola nos municípios de Chaves, Portel, Anajás e São Sebastião da Boa Vista, no Arquipélago do Marajó, Pará. Foi realizado um estudo transversal, com uma abordagem descritiva, com a coleta de 1.993 amostras de sangue, no período de outubro de 2012 a abril de 2013. As amostras foram processadas e determinada a presença de anticorpos específicos contra o VHA, VDEN, CMV e VR. A prevalência geral de anticorpos foi de 82,8% para o VHA, 44,1% para dengue, 97,9% para o CMV e 89,2% para rubéola. Observou-se, para todos os vírus estudados, que a taxa de anticorpos aumentou em função da idade sugerindo que o risco de infecção é determinado, também, pelo tempo de exposição. Na população geral, a presença de anticorpos para o VHA foi associado estatisticamente ao sexo feminino, idade, estado civil, escolaridade e à origem da água de consumo. O VDEN também foi associado ao sexo feminino, idade e escolaridade, além da renda familiar. A prevalência da infecção pelo CMV foi associada ao sexo feminino e à idade, enquanto o VR foi associado somente à idade. O uso dos quatro vírus como marcadores de saúde, mostrou que agentes de transmissão diversas são disseminados e pouco se faz para a prevenção de agentes infecciosos. As informações epidemiológicas geradas são importantes para a busca de melhoria da qualidade de vida da população do Marajó, além de constituir uma abordagem útil para a avaliação das principais necessidades relacionadas ao saneamento na região. Por fim, estes resultados também podem contribuir para a elaboração ou melhorias nas estratégias de caráter preventivo para essas e outras infecções, pela aplicação de medidas efetivas de contenção de infecções, inclusive pelo uso de vacinas disponíveis. O Arquipélago do Marajó é uma área carente que necessita de obras de infraestrutura, saneamento ambiental, educação e serviços básicos e especializados de saúde pública. A ausência de estudos epidemiológicos na região torna ainda mais difícil o estabelecimento de políticas públicas de saúde que auxiliem na elaboração de estratégias de combate e prevenção de doenças. O objetivo do presente estudo foi descrever a frequência e distribuição das infecções causadas pelos vírus da hepatite A, vírus da dengue, betaherpesvírus humano 5 (citomegalovírus) e vírus da rubéola nos municípios de Chaves, Portel, Anajás e São Sebastião da Boa Vista, no Arquipélago do Marajó, Pará. Foi realizado um estudo transversal, com uma abordagem descritiva, com a coleta de 1.993 amostras de sangue, no período de outubro de 2012 a abril de 2013. As amostras foram processadas e determinada a presença de anticorpos específicos contra o VHA, VDEN, CMV e VR. A prevalência geral de anticorpos foi de 82,8% para o VHA, 44,1% para dengue, 97,9% para o CMV e 89,2% para rubéola. Observou-se, para todos os vírus estudados, que a taxa de anticorpos aumentou em função da idade sugerindo que o risco de infecção é determinado, também, pelo tempo de exposição. Na população geral, a presença de anticorpos para o VHA foi associado estatisticamente ao sexo feminino, idade, estado civil, escolaridade e à origem da água de consumo. O VDEN também foi associado ao sexo feminino, idade e escolaridade, além da renda familiar. A prevalência da infecção pelo CMV foi associada ao sexo feminino e à idade, enquanto o VR foi associado somente à idade. O uso dos quatro vírus como marcadores de saúde, mostrou que agentes de transmissão diversas são disseminados e pouco se faz para a prevenção de agentes infecciosos. As informações epidemiológicas geradas são importantes para a busca de melhoria da qualidade de vida da população do Marajó, além de constituir uma abordagem útil para a avaliação das principais necessidades relacionadas ao saneamento na região. Por fim, estes resultados também podem contribuir para a elaboração ou melhorias nas estratégias de caráter preventivo para essas e outras infecções, pela aplicação de medidas efetivas de contenção de infecções, inclusive pelo uso de vacinas disponíveis.

  • PATRICIA BENTES MARQUES
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Klebsiella pneumoniae PRODUTORAS DE ß- LACTAMASES E CARBAPENEMASE TIPO KPC, ISOLADAS DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM BELÉM, ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 13/12/2016
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    A resistência aos antimicrobianos em bactérias da família Enterobacteriaceae está aumentando de forma alarmante no mundo todo. As K. pneumoniae constituem um importante grupo de patógenos humanos, causadores de infecções hospitalares e comunitárias. Nestas bactérias, a produção de beta-lactamases é um dos principais mecanismos de resistência aos antimicrobianos e responsável pela falha da terapia antimicrobiana. Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização molecular de espécimes de K. pneumoniae produtoras de ESBL e KPC quanto a resistência aos antimicrobianos em pacientes hospitalizados em Belém-PA. Foram analisadas 124 espécimes de K. pneumoniae oriundas de um hospital público de Belém-Pará. Foram realizadas nesses espécimes testes de suscetibilidade a antimicrobianos, testes fenotípicos para detecção de betalactamases de espectro ampliado (ESBL) e K. pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC). Posteriormente foram realizadas reações de cadeia de polimerase (PCR) e o sequenciamento de DNA para identificar os genes determinantes de resistência aos antimicrobianos. Foi observado que 83% dos isolados apresentaram o gene bla CTX-M, 85,5% o bla SHV, 83% o bla TEM e 5% o gene bla KPC. Quanto aos genes que codificam ESBL o gene bla CTX-M-71 foi isolado com maior freqüência e foi identificado em 60% dos isolados analisados. Os outros genes que codificam ESBL foram bla SHV-38 (5%), bla SHV-100 (5%) and bla SHV-12 (3,5%). O gene bla KPC-2 foi detectado em 100% dos isolados. Estas enterobactérias apresentaram fenótipos de multidroga resistência com elevados níveis para os quinolonas e aminoglicosideos. Foram observadas associações entre os genótipos e à resistência aos antibióticos. A presença de micro-organismos multirresistentes em unidades hospitalares reforça a necessidade de medidas para a rápida contenção de possíveis infecções causadas por esses patógenos.

  • EDISON SALES ABRAHIM FILHO
  • PERFIL DO ESTRESSE OXIDATIVO EM MULHERES COM ALTERAÇÃO NO EXAME PREVENTIVO DO CANCER DO COLO DO ÚTERO

  • Data: 04/10/2016
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  • O papilomavírus humano (HPV) é considerado como o principal fator de risco para neoplasias intraepiteliais cervicais, lesões intraepiteliais de baixo e alto grau (LSIL e HSIL) e câncer cervical, que é o tipo de câncer mais frequente em mulheres na Região Norte do Brasil. Nesse aspecto, apesar de existirem diversos estudos científicos acerca dos mecanismos de patogenia deste agente infeccioso, ainda não há um completo entendimentos destes mecanismos, de forma que discute-se o envolvimento dos radicais livres, através do estresse oxidativo e de defesas antioxidantes nos mecanismos fisiopatogênicos decorrentes de infecções pelo HPV, sendo sugerido que o estresse oxidativo represente um possível fator promotor necessário para a carcinogênese induzida pelo vírus. Assim, com o objetivo de verificar a existência de alterações oxidativas, do óxido nítrico e da defesa antioxidante em mulheres com alteração no exame preventivo do câncer de coo do útero, foram coletadas amostras cervicais uterinas e sangue periférico de 146 mulheres que buscaram atendimento pelo Sistema Único de Saúde do Município de Belém. A amostra cervical foi destinada a confecção da lâmina para a análise citológica e o sangue para a análise bioquímica e hematológica de triagem, bem como para marcadores do estresse oxidativo (TBARS), de metabólitos do óxido nítrico (NN) e da defesa antioxidante (TEAC e DPPH). Foram encontrados o aumento dos valores de TBARS e de TEAC, bem como diminuição dos valores de DPPH em função do aumento da severidade do diagnóstico do exame preventivo do câncer de colo uterino (PCCU), mas sem alterações estatísticas para NN, sugerindo que o estresse oxidativo e defesas antioxidantes estejam envolvidas na fisiopatogenia da infecção pelo HPV e possam contribuir para o desenvolvimento do câncer nessas mulheres. 

  • ALTAIR VALLINOTO KLAUTAU
  • EFEITOS DO MÉTODO PILATES NO PERFIL CLÍNICO-IMUNOLÓGICO DOS PACIENTES POTADORES DE PARAPARESIA ESPÁSTICA TROPICAL / MIELOPATIA ASSOCIADA AO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO 1

  • Data: 04/10/2016
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  • O Vírus T-linfotrópico humano 1 (HTLV-1) está associado a doenças em humanos tais como:Síndrome de Sjögren’s, artropatias, uveitis, dermatites, Leucemia/Linfoma das Células T do Adulto (LLcTA) e a Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-1 (PET/MAH), que é uma doença crônica inflamatória neurodegenerativa. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do método Pilates sobre o perfil funcional e imunológico dos pacientes portadores de PET\MAH. Foram avaliados 8 pacientes com idade variando de 39 a 70 (1 do sexo masculino e 7 do sexo feminino), sendo dois cadeirantes e 6 com a marcha comprometida. A coleta de dados foi realizada em três momentos (T0 - inicial, T1 - após 20 sessões de pilates e T2 - após 10 semanas sem o pilates), que consistiu em uma avaliação do nível da dor (EVA), espasticidade (Escala de Ashworth Modificada), força motora (Escala da Força Motora), equilíbrio (Escala de Comprometimento de Tronco, Tinnet), mobilidade (Timed Up and Go), capacidade funcional (MIF), qualidade de vida (Questionário SF-36) e quantificação do nível sérico das citocinas (INF-γ, IL-10, IL-9). Após as sessões de pilates foi observada uma melhora significativa no nível de dor, no equilíbrio estático e dinâmico, no controle de tronco, na mobilidade e na qualidade de vida (Dor), com uma redução simultânea e significativa dos níveis séricos das citocinas IFN-γ e IL-10. Entretanto, após 10 semanas sem o pilates, houve uma mudança significativa com o aumento no nível da dor e a regressão da mobilidade. No entanto, em nenhum dos períodos da pesquisa houve mudança na força, na espasticidade, na capacidade funcional e nos outros componentes da SF-36. Assim, esse estudo sugere que o método pilates pode contribuir para atenuar o quadro clínico da PET/MAH possivelmente por meio da diminuição da inflamação tecidual. Tais resultados mostram a importância de se introduzir este tipo de tratamento em programas de fisioterapia para paciente portador de PET/MAH com o intuito de acarretar uma melhor independência funcional e um estado de bem-esta geral.

  • DANDARA SIMONE MAIA DE ALMEIDA
  • O PAPEL DO PERFIL CITOCÍNICO TH9 NA IMUNOPATOGÊNESE DA HANSENÍASE

  • Orientador : JUAREZ ANTONIO SIMOES QUARESMA
  • Data: 08/07/2016
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  • A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que atinge pele e nervos periféricos, principalmente, podendo causar deficiências e comprometimento nervoso. As formas clínicas e as características imunológicas da hanseníase apresentam-se em um espectro associadas aos padrões de respostas imunológicas ativadas. Pacientes no polo resistente apresentam imunidade do tipo Th1 mediada por células enquanto que pacientes no polo suscetível caracterizam-se pelo predomínio de uma resposta humoral do tipo Th2. O perfil de citocinas produzido nas fases iniciais da infecção contribui para a determinação do tipo de resposta imunológica. As células do perfil de resposta Th9 são pró-inflamatórias, e funcionam em um amplo espectro de doenças autoimunes e inflamações alérgicas, sendo a IL-9 a sua principal citocina. A sua função precisa depende do microambiente do tecido e de outras citocinas de células T auxiliares que se encontram presentes no meio inflamatório, podem ser diferenciadas a partir de células Th2 estimuladas na presença das citocinas TGF-β e IL-4. A IL-9 também pode promover a função Treg das células do perfil Th9. Em doenças infecciosas, o Th9 pode promover uma ação reguladora de dois perfies de resposta, pomovendo o insucesso de algumas terapias, como ao exemplo de vírus. Ela pode contribuir para as respostas imunitárias eficazes como na infecção por parasita. Como o padrão resposta de células T influencia no desfecho da doença, o trabalho objetiva correlacionar a ativação de citocinas do perfil Th9 de formas polares de hanseníase. Para isso, será realizado um estudo transversal analítico. Trinta blocos de parafina com amostras de pele de pacientes com diagnóstico confirmado para hanseníase, atendidos no Ambulatório de Dermatologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará no período de 2007 a 2014, serão processados através do método imunohistoquímico de Estreptavidina-biotina peroxidase, utilizando-se as citocinas IL-9, IL-4, IL-10, TGF-β. Concluiu-se, que a imunoexpressão das citocinas IL-4; IL-9; IL-10 e TGF-β mostraram-se positivas em ambas as formas polares da doença, onde também foi observado as correlações negativas entre IL-4 e IL-9; IL-9 e IL-10 onde a IL-9 mostrou um perfil supressor ou citotóxico, desenvolvendo a doença no pólo de susceptibilidade

  • PRISCILA COUTO BARROS
  • FATORES PREDISPONENTES RELACIONADOS AO TEMPO DE BUSCA  PELO PRIMEIRO SERVIÇO DE SAÚDE E O DIAGNOSTICO DE TUBERCULOSE RELACIONADO AO DOENTE

  • Data: 01/07/2016
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  • Presente desde 8.000 A.C a Tuberculose (TB) é uma doença que acompanha o processo de modificação do homem e do mundo, assumindo diferentes conotações neste contexto histórico. Já foi considerada doença dos “românticos”, associada à vida boêmia e desregrada, “mal social”, pois o seu sofrimento inspirava artistas e ela era cantada em versos e prosas, atualmente ocupando espaço como grave problema de saúde pública no mundo, em particular nos países em desenvolvimento, mesmo com a descoberta do bacilo causador da doença em 1882, por Robert Koch, e com avanços na prevenção,diagnóstico, tratamento e de medidas de controle.O tipo de serviço de saúde procuradopelo doente de TB constitui-se a porta de entrada dos usuários para obtenção de assistência. Assim, no caso do portador de TB,a acessibilidade ao sistema de saúde é fundamental para garantir rapidez diagnóstica e melhores condições para o tratamento da doença. O presente estudo analisou o tempo de busca por serviço de saúde para o  diagnóstico da tuberculose pelo doente, ressaltando a importância dos fatores intrínsecos ao doente. Trata-se de um estudo do tipo transversal,analítico e descritivo realizado na Unidade Básica de Saúdedo bairro do Guamá no município de Belém- Pa, com 75 indivíduos com diagnóstico de TB em tratamento no período de Outubro de 2015 a Março de 2016. Utilizou-se um questionário estruturado baseado no PrimaryCare Assessment Tool (PCAT)adaptado para o enfoque no diagnóstico da TBe análise de prontuários foram realizados como fontes de informação. Na busca pelos serviços de saúde, detectou-se que o intervalo de tempo entre o inicio dos sintomas até o inicio do tratamento foi relativamente prolongado (μ= 89  93dias), atingindo uma mediana de 56 dias. Os preditores de demora na procura por atendimento consolidados nesta analise, que se associaram significativamente com as janelas temporais inícios dos sintomas/primeiro serviço de atendimento/ e diagnóstico clínico laboratorial/inicio do tratamento foram essencialmente os antecedentes familiares com TB, atendimento médico distante da moradia, custo com transporte, não ter acesso a informações sobre a enfermidade, não ter TB definida como diagnóstico primário enecessidade de ir mais de uma vez ao serviço para obter atendimento. Esses achados refletem uma heterogeneidade no que tange o acesso da assistência á saúde entre os pacientes analisados. Adicionalmente, a maioria dos pacientes acreditava não estar com uma doença grave, o que levou a uma maior despreocupação com a saúde, contribuindo fundamentalmente para o atraso na busca por atendimento médico. 

  • LARISSA DOS SANTOS ALMEIDA
  • SÍFILIS MATERNO-FETAL: DIAGNÓSTICO MOLECULAR E ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS, BELÉM-PA

  • Data: 29/06/2016
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  • AA sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), que se caracteriza por múltiplos estágios, além de manifestações severas como sífilis cardíaca, neurossífilis e sífilis congênita (SC), se não tratada. A forma congênita da doença ocorre quando da disseminação hematogenica do T. pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto, por via transplacentária ou no momento do parto. Tem se observado uma tendência mundial de aumento de casos de sífilis entre a população em geral e, de forma particular, os de sífilis congênita. No Brasil, houve um aumento progressivo na taxa de incidência de SC nos últimos anos, de 1,7 casos/1.000 nascidos vivos em 2004 para 4,7 casos/1.000 nascidos vivos em 2013. A região norte apresentou uma taxa de 3,5 casos/1.000 nascidos vivos em 2013. Assim, mediante a importância epidemiológica da SC, se investigou a presença do DNA de T. pallidum em uma amostra de gestantes e seus recém-nascidos em um hospital público de Belém-Pa, no período de junho a dezembro de 2015. Para tal, foi realizado um estudo observacional de caso-controle envolvendo 144 puérperas e seus respectivos recém-nascidos, cujo grupo de casos foi formado por 40 binômios de mãe sororreativas ao VDRL e seus filhos, enquanto que, o grupo controle foi constituído de 104 puérperas soronegativas ao VDRL e os seus filhos. Foi aplicado um formulário padrão de coleta de dados para ambos os grupos. Adicionalmente, foram colhidas amostras de sangue periférico das mães e dos RNs para análise sorológica (teste de triagem - VDRL) e para extração de DNA com posterior amplificação dos genes treponêmicos polA e bmp pelo método de nested-PCR. As variáveis: idade menor que 21 anos (OR=3,78), estudante (OR=3,17), solteira (OR=3,65), etilismo (OR=6,92) e tabagismo (OR=8,42) constituíram-se como fatores de risco para a sífilis na amostra estudada, bem como o não uso de contraceptivos, multiplicidade de parceiros, história prévia de IST e abortos/natimortos em gestações anteriores. Os marcadores gênicos testados apresentaram elevadas taxas de detecção, 97,5% nas mães e RNs para o polA e cerca de 72,5% a 75% nas mães e RNs, respectivamente, para o bmp. Além de uma proporção 72,5% de pares mãe/RN duplo positivos. Verificou-se uma concordância estatística nos resultados obtidos entre polA/PCR e VDRL, porém discordância entre bmp/PCR e VDRL. Assim, a realização deste estudo permitiu confirmar que a sífilis, especialmente na sua forma congênita, continua a representar um grave problema de saúde pública que necessita de atenção, especialmente em relação aos fatores de risco relacionados. Um adequado acompanhamento pré-natal com início precoce, triagem adequada para sífilis e outras IST, além de ações contínuas de educação em saúde necessárias na busca de reduzir a transmissão vertical do T. pallidum.

  • CLAYTON PEREIRA SILVA DE LIMA
  • CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA, POR PIROSEQUENCIAMENTO, DE UM POSSÍVEL NOVO VÍRUS ENCONTRADO EM SAGUINUS FUSCICOLLIS WEDELLI CRIADO EM CATIVEIRO NO CENTRO NACIONAL DE PRIMATAS

  • Data: 29/06/2016
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  • Uma aplicação promissora para metagenômica está relacionada com a finalidade de
    diagnóstico, no que corresponde à identificação de vários patogénios numa única amostra, bem como a detecção de novos agentes patogênicos para a ciência. Como os vírus animais são considerados como uma fonte potencial de infecções em seres humanos, a caracterização destes agentes é crucial para o desenvolvimento de estratégias de vigilância epidemiológica, filogenética, epidemiologia e estudos de polimorfismos. Os primatas não humanos, especialmente os primatas neotropicais são modelos eficazes para o estudo de doenças humanas. Dados epidemiológicos indicam que novos vírus são mais facilmente introduzidos para populações humanas através de zoonoses. Portanto, a ameaça de vírus patogênicos emergentes ou vírus re-emergentes, que podem resultar em casos fatais, é uma preocupação constante. Este trabalho utilizou amostras de dois Saguinus fuscicolllis wedelli, do Centro Nacional de Primatas, com um quadro clínico relacionado a uma possível infecção hemoparasita. A metodologia aplicada para resolver o problema foi o sequenciamento
    metagenômico pela plataforma GSFLX + (ROCHE Ciências da vida). As análises foram
    realizadas através dos seguintes passos: i) pré-processamento dos dados brutos gerados por diferentes estratégias de montagem para microorganismo; ii) a análise do genoma comparativo; iii) a montagem metagenômica viral; iv) caracterização molecular; v) filogenética. Observou-se uma quantidade significativa de contigs e leituras relacionadas com microorganismos ou vírus não atribuídos, no entanto com a identidade para organismos descritos. Um número maior de contigs foram atribuídos aos retrovírus, sugerindo a presença de um novo retrovírus na amostra. A sequenciação metagenômico foi demonstrado ser eficaz para a caracterização de microrganismos na amostra clínicos obtidos a partir do primata não humano, bem como para caracterização genética do novo retrovírus.

  • BIANCA JORGE SEQUEIRA COSTA
  • EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO POR Treponema pallidum E POR Chlamydia trachomatis EM MULHERES RESIDENTES NO ESTADO DE RORAIMA, BRASIL

  • Data: 29/06/2016
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  • O estado de Roraima, situado no extremo setentrional do Brasil, possui uma área de 224.298,98 Km² (IBGE, 2010), o que equivale a 2,6% da superfície do Brasil e a 5,9% da região Norte. É composto por 15 municípios e apresenta atualmente uma população de 421.499 habitantes. O presente estudo objetivou determinar a prevalência da infecção genital por Chlamydia trachomatis e Treponema pallidum em mulheres atendidas no Centro de Referência de Saúde da Mulher, município de Boa Vista, estado de Roraima. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo descritivo, prospectivo, observacional de caráter misto (quantitativo e qualitativo) envolvendo 273 mulheres, sexualmente ativas, com idades variando de 18 a 60 anos, residentes nos municípios do Estado de Roraima. Foram colhidas 273 amostras endocervicais, através de exame especular, para a realização do teste de imunofluorescência direta para C. trachomatis e 273 amostras de sangue venoso e obtido por punção digital para o VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) e o teste rápido de sífilis, respectivamente. Além dos testes laboratoriais para a pesquisa de C. trachomatis e T. pallidum, também foi aplicado a cada participante da pesquisa um questionário clínico-epidemiológico, semi-estruturado que traçou um perfil sócio-cultural e sexual. Entre as amostras analisadas, não foi evidenciado nenhum caso positivo para sífilis. A prevalência da infecção por C. trachomatis foi de 33,73%, isto mostra a alta disseminação desta bactéria circulando nessa população. Foi demonstrada associação para a infecção por C. trachomatis com mulheres que possuem a renda familiar mensal maior que 5 salários mínimos. Houve associação da infecção por clamídia com as variáveis dor e sangramento durante o ato sexual. Foi evidenciada associação entre a infecção por C. trachomatis e a prática do sexo anal. Ter um parceiro que trabalha ou trabalhou no garimpo foi apontado como fator de risco. Por fim, este estudo demonstrou associação para a infecção por C. trachomatis com mulheres que possuem mais de um parceiro sexual.

  • SIMONE DOS SANTOS SILVA
  • AÇÕES DA ATENÇÃO BÁSICA NO COMBATE À TUBERCULOSE: ANÁLISE ESPACIAL E TENDÊNCIA TEMPORAL NA CIDADE DE BELÉM -PA, 1998 A 2014

  • Data: 01/06/2016
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  • A doença infecciosa Tuberculose é causada por uma bactéria denominada Mycobacterium tuberculosis, sendo uma doença micobacteriana que produz uma incapacidade importante e tem se destacado como causa de morte em vários países do mundo. Em seu histórico a Tuberculose demonstra que apesar das evoluções tecnológicas e científicas é uma enfermidade que continua como uma preocupação da humanidade. O objetivo do presente trabalho foi analisar a distribuição espacial das ações da Atenção Básica no combate à Tuberculose no município de Belém do Pará durante o período de 1998 a 2014. Esta pesquisa foi um estudo ecológico, com análise espacial, tendência temporal e realização de uma pesquisa avaliativa e exploratória, com associação de abordagens quantitativas e qualitativas que utilizaram dados secundários provenientes do DATASUS. A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa foi possível observar que o discurso que atualmente enfatiza que as doenças infecciosas modificaram a sua forma de apresentação, ou seja, tendendo a uma diminuição, infelizmente, em se tratando da Tuberculose o panorama atual demonstra que esta afirmativa depende de qual ponto de vista está sendo realizada esta análise. Caso a análise seja realizada frente à tendência da mortalidade pela doença no município de Belém-PA no período de 1998 a 2014, esta se manteve estável com apresentações de alguns picos como demonstrado nos anos de 2001 e 2004. Já em relação ao número de internações por Tuberculose no município pesquisado, período de 1998 a 2005, é possível observar uma tendência temporal decrescente. Em contrapartida, quando passamos a avaliar os gastos feitos com internações por Tuberculose em Belém-PA de 1998 a 2015 se observa que houve uma manutenção nos altos custos e gastos com esta doença a nível de atenção terciária o que demonstra à fragilidade das atividades de Promoção e Prevenção deste município, desta forma, refletindo a falta de suporte da Atenção Básica o que faria com que esta doença fosse controlada a níveis iniciais não necessitando do custeio de ações da Atenção Terciária através de internações. Quando se realiza a comparação do número de notificações de casos novos de Tuberculose em relação ao nível de Atenção em Saúde do município de Belém, período de 2001 a 2014, o resultado apresentado retrata que a Atenção Básica é que predomina nos altos números de notificações, porém, é necessário enfatizar os altos níveis apresentados de notificações da Atenção Terciária. Mais uma vez, reforçando o retrato do sistema de saúde do município de Belém como um modelo frágil na porta de entrada dos usuários devido aos altos índices novamente demonstrados da Atenção Terciária em relação aos pacientes com Tuberculose. Como resultado da pesquisa qualitativa o Programa de Controle de Tuberculose municipal se classificou como uma implantação em estágio avançado. Contudo, em relação às ações da Atenção Básica se observa uma concentração de unidades de saúde de Atenção Básica em uma determinada região do município que não retrata a real necessidade do momento estudado, a partir da pesquisa realizada foram identificadas outras áreas as quais deveriam ser alvo quando se trata de controle desta doença. Além disso, se observa uma manutenção nos números de unidades com o programa de Estratégia de Saúde da Família o que deveria ser crescente a partir da visão de busca pelo aumento da cobertura populacional levando um maior acesso à Atenção Básica pela população deste município. A partir do mapeamento geográfico que foi realizado neste estudo se identificaram os locais prioritários onde deverão ser enfatizados os controles e as vigilâncias do agravo estudado, destaque deve ser dado aos bairros Jurunas, Cremação, Condor, Cruzeiro e Coqueiro. Desta forma, este trabalho busca auxiliar a gestão pública na otimização dos recursos oferecendo subsídios para o melhor controle e (re)planejamento das intervenções e estratégias apropriadas de acordo com cada contexto apresentado, principalmente, o das populações mais vulneráveis já que estas áreas conforme a análise geográfica de localização das unidades de saúde não se caracterizaram como áreas de concentração desses serviços e apresentaram as maiores taxas dentre os parâmetros estudados nesta pesquisa. 

  • LEONITA BARRADAS RIBEIRO
  • PREVALÊNCIA DE HEPATITE E EM GESTANTES INTERNADAS NA ENFERMARIA DE ALTO RISCO DO HOSPITAL DA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ

  • Data: 31/05/2016
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  •   O vírus da hepatite E é considerado um problema de saúde pública, sendo estimado em 2,3 milhões o número de pessoas infectadas, especialmente em países subdesenvolvidos, onde se verifica frequentemente uma precariedade no saneamento básico. A hepatite E é uma doença infecciosa considerada ainda rara no Brasil, sendo que essa característica pode ser devida à subnotificação ou à ausência de diagnóstico específico. Os primeiros casos notificados no país são do início dos anos 1990, em Salvador-BA, sendo que no Pará as primeiras ocorrências relatadas foram em 1997. Nos pacientes em geral, a taxa de mortalidade relacionada à hepatite E costuma ser baixa, em torno de 0,2%, semelhante à do tipo A, mas aumenta de forma drástica entre mulheres grávidas, chegando a 20%. A escolha desse grupo pesquisado foi crucial para o melhor entendimento do processo saúde-doença envolvido com o VHE, visto que a gestação constitui um fator agravante para infecções virais. Estudos recentes apontaram para a vulnerabilidade deste grupo em áreas endêmicas, mostrando que o risco de morte é seis vezes maior para gestantes infectadas por VHE nessas localidades, o que enfatiza e respalda a necessidade da compreensão desta infecção viral. A hepatite E se assemelha bastante à hepatite A, especialmente quanto ao modo de transmissão entérico, facilitado em locais com saneamento básico deficiente ou inexistente. O presente trabalho avaliou a incidência de hepatite E em pacientes internadas na enfermaria de alto risco do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará no período de outubro de 2015 a março de 2016, demonstrando o perfil epidemiológico das gestantes, correlacionando com os marcadores sorológicos que podem levar a dano hepático, determinando a soroprevalência das infecções pelos VHA, VHB, VHC e VHD, e, por fim, realizando o diagnóstico clínico e gestacional, bem como o prognóstico materno-infantil. O estudo foi do tipo observacional, transversal, prospectivo, epidemiológico e descritivo. Durante o período do estudo foram selecionadas 193 pacientes, sendo que destas apenas 132 foram elegíveis para o estudo, por conta do tempo de internação mais dilatado. A média de idade foi de 25 anos, sendo a maioria parda, procedente da região metropolitana de Belém, solteira e desempregada. Não foram confirmados casos de hepatite E na população avaliada, mas outros dados bastante relevantes foram colhidos e merecem atenção, especialmente o altíssimo índice de imunidade à hepatite A, o que sugere grande suscetibilidade à transmissão de patógenos por via fecal-oral, meio comum também ao VHE; o grande índice de suscetibilidade ao VHB em pacientes vacinadas mas não soroconvertidas, confirmada por exames sorológicos, o que indica falha na cobertura vacinal. O prognóstico materno foi favorável, com a maioria recebendo alta melhorada e, dentre as que evoluíram a parto, houve índice de nascidos vivos e a termo em 92% dos casos.

  • CAROLINE DO SOCORRO BARROS MELO
  • “INTERAÇÃO HELMINTO-HOSPEDEIRO ENTRE Paratanaisia bragai (SANTOS, 1934) FREITAS, 1959 (PLAGIORCHIIDA: EUCOTYLIDAE) E Columba livia (GMELIN, 1789) (COLUMBIFORMES: COLUMBIDAE)”

  • Orientador : JEANNIE NASCIMENTO DOS SANTOS
  • Data: 25/05/2016
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  • Columba livia (pombo-doméstico) de ocorrência em todo território brasileiro, abriga inúmeras espécies de helmintos, destacando-se o trematódeo do gênero Paratanaisia, parasito de túbulos renais de diversas aves silvestres e domésticas. A infecção nas aves ocorre através da ingestão de moluscos e caramujos, hospedeiros intermediários desse parasito. O presente trabalho tem como objetivo descrever os aspectos histopatológicos da interação helminto-hospedeiro no rim de espécies de C.livia de Belém-PA, parasitado por Paratanaisia bragai. Para isso 100 hospedeiros foram doados pela equipe do Parque Naturalístico Mangal das Garças, Belém-PA e, após a necropsia, os rins foram removidos, alguns exemplares de trematódeos foram fixados em A.F.A., fragmentos dos rins parasitados e não parasitados foram fixados em Glutaraldeído 2,5% em tampão Cacodilato de Sódio a 0,1M com pH 7.4 para serem processados em diferentes técnicas. Alguns exemplares foram desidratados através de uma série etanólica graduada, corados com Carmin e clarificados com Salicilato de Metila. Os fragmentos dos rins foram desidratados e incluídos em Historesina e Parafina para realização dos cortes, e também foram processados para Microscopia Eletrônica de Varredura. Os trematódeos apresentam corpo alongado e achatado, tegumento revestido por escamas, ventosa oral bem desenvolvida, faringe presente e um acetábulo de tamanho reduzido. No rim, a presença do parasito concentrou-se na região medular dentro do ureter e suas ramificações primárias e secundárias, em contato ou não com o epitélio de transição. Observou-se uma reação inflamatória com presença de infiltrado celular ao redor dessas ramficações que albergavam esses parasitos, mostrando que esse trematódeo possui caráter patogênico.

  • MAX DANIELTOM SILVA LUZ
  • PREVALÊNCIA DO CITOMEGALOVÍRUS EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA ATENDIDOS NA CIDADE DE MARITUBA, PARÁ

  • Data: 25/05/2016
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  • As doenças infecciosas estão entre as maiores causas de complicações que ameaçam a vida dos pacientes com doença renal crônica, sendo que estes podem ser mais propensos a infecções virais ou reativação de infecções latentes, tal como a causada pelo ciromegalovírus (CMV).  Desta forma, o presente estudo teve como objetivo descrever a epidemiologia da infecção ativa pelo CMV entre indivíduos que realizam hemodiálise cronicamente na cidade de Marituba, Pará, assim como as características epidemiológicas desta população.  A amostra foi constituída por um grupo de 62 pacientes com doença renal crônica em hemodiálise e um grupo controle com 60 indivíduos sem disfunção renal. As amostras de sangue coletadas foram submetidas à pesquisa de anti-CMV IgG e, posteriormente, à análise pela técnica da PCR em tempo Real. A totalidade dos indivíduos estudados apresentaram positividade quanto a detecção de anticorpos IgG anti-CMV, porém, não foi detectado presença do genoma viral nos participantes do estudo. A idade dos indivíduos em hemodiálise variou de 23 a 81 anos, sendo a faixa etária de 60 a 69 anos a mais prevalente. A maioria dos pacientes era casada,  possuía baixa escolaridade e baixa renda. A proporção de homens e mulheres foi equivalente (48% e 52% respectivamente), sendo que 50% eram procedentes de cidades do interior do estado do Pará. As principais causas de doença renal crônica foram diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. A taxa de internação hospitalar foi elevada nos indivíduos com doença renal crônica, com 53% dos pacientes tendo internado nos últimos 12 meses, em especial os pacientes de idade avançada. As principais causas de internação foram infecção e complicações cardiovasculares, com 52% e 30% respectivamente. Concluiu-se que não houve reativação do CMV neste grupo populacional, embora a soroprevalência seja alta. Apesar da infecção ativa pelo CMV não ter sido detectada nestes pacientes, o estado de imunossupressão destes indivíduos, associado a soroprevalência elevada por este patógeno oportunista, tornam a infecção ativa um evento em potencial relevante, devendo ser estudada em maior profundidade com casuísticas que envolvam maior número de indivíduos.

  • DANIEL FÉLIX DOS SANTOS
  • PERFIL ECO-EPIDEMIOLÓGICO DE ENTEROPARASITOS NAS POPULAÇÕES HUMANAS DA MESORREGIÃO DO MARAJÓ, ESTADO DO PARÁ



  • Data: 24/05/2016
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  • As parasitoses intestinais representam um grande problema mundial de saúde pública, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. No Estado do Pará, mais especificamente na mesorregião do Marajó, as características ambientais propiciam condições ideais para sua proliferação. A pesquisa caracteriza o perfil eco-epidemiológico, com a perspectiva da região amazônica. O objetivo é descrever os aspectos eco-epidemiológicos relacionados ao enteroparasitismo nas populações humanas de Anajás, Chaves e Portel, Mesorregião do Marajó, Estado do Pará. Trata-se de um estudo com abordagem quanti-qualitativa, descritiva, cujos procedimentos técnicos se referem à pesquisa de campo, de corte transversal de prevalência, sendo realizadas 471 análises de amostras fecais, em indivíduos de todos os ciclos de vida pareados por sexo e idade. No total, foram encontradas nove espécies de parasitos intestinais, sendo os protozoários predominantes. Parasitos de veiculação hídrica e por ingestão de alimentos contaminados foram mais frequentes. Com relação ao sexo do hospedeiro, as únicas prevalências significativas foram de Trichuris trichiura (86.1%, p-valor=0.0028) no sexo feminino e Giardia lamblia (72.7%, p-valor=0.0276) no sexo masculino, em Anajás. Entre os protozoários, a espécie mais frequente foi Entamoeba histolytica/dispar (57.9%), e entre os helmintos, Ascaris lumbricoides foi o mais prevalente (30.5%), sendo altamente significantes em Anajás, com p-valores de 0.0042 e menor que 0.0001, respectivamente. Ao comparar os três municípios: as crianças de Anajás estão mais parasitadas, apresentando maior probabilidade de se infectar por Entamoeba histolytica/dispar (p-valor<0.0001), Ascaris lumbricoides (p-valor<0.0001), Entamoeba coli (p-valor=0.0253) e Iodamoeba bustchlii (p-valor=0.0089); os adolescentes de Portel apresentam maior carga parasitária, estando mais sujeitos a infecções por Entamoeba histolytica/dispar (p-valor=0.0092) e Trichuris trichiura (p-valor=0.0380); os adultos residentes em Chaves estão mais parasitados, apresentando maior probabilidade de serem parasitados por Endolimax nana (p-valor<0.0001); e os idosos de Chaves são os que apresentam maior carga parasitária, estando mais susceptíveis a Entamoeba histolytica/dispar (p-valor=0.0009), Entamoeba coli (p-valor<0.0001) e Endolimax nana (p-valor=0.0019). A diferença entre parasitados e não parasitados foi mais expressiva em Anajás (p-valor=0.0007), onde apenas 10.1% não apresentou enteroparasitos ao exame. A água oriunda de fontes inadequadas está mais associada a prevalência de parasitismo intestinal em Anajás (p-valor=0.0142); e destino inadequado das fezes está mais relacionado com prevalência de enteroparasitismo em Chaves (p-valor=0.0047). Os dados aqui apresentados exibem uma realidade comum em municípios sem um controle sanitário eficiente, onde a ocorrência de parasitos intestinais pode ser considerada um bom indicador das condições socioeconômicas em que vive uma comunidade. A precariedade nas redes de esgoto, abastecimento de água e educação sanitária contribuem pela efetividade no número destes parasitos.

  • SUZIANE DO SOCORRO DOS SANTOS
  • EFICÁCIA DA APLICAÇÃO DO BANHO DE CLOREXIDINA NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUINEA RELACIONADA AO USO DE CATETER VASCULAR CENTRAL EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 

  • Data: 29/04/2016
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  • As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade hospitalar, estando mais presentes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido às situações de risco que os pacientes ficam expostos em virtude dos diversos procedimentos invasivos as quais são submetidos. Diante disso, os cuidados com esses dispositivos se tornaram os alvos prioritários das medidas de prevenção e controle de IRAS. Neste estudo se trabalhou exclusivamente na prevenção de infecção do cateter venoso central utilizando o gluconato de clorexidina (CHG) degermante como medida para evitar a infecção primária da corrente sanguínea associada a cateter venoso central (IPCS-CVC). O objetivo é avaliar a eficácia do uso do CHG na higienização do corpo para reduzir a incidência de IPCS-CVC em UTIs. Trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle aninhado em uma coorte retrospectiva, a partir de uma intervenção executada a priori através do Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCHI) de um estabelecimento privado de saúde na cidade de Belém-PA, no cenário de Unidades de Terapia Intensiva, em pacientes que fizeram uso de cateter venoso central, no período compreendido entre os meses de julho a dezembro de 2014, independente do sexo e idade, com a finalidade de tentar minimizar o risco de infecção hospitalar. A expectativa foi de que este tipo de intervenção promova uma redução estimada de 10% de casos de infecção em relação ao limite tolerável da instituição que é 3,2 casos por 1000 pacientes-dia. Neste estudo, as análises dos resultados de IPCS-CVC em UTIs não demonstraram diferenças significativas entre o grupo controle e de intervenção. Logo, o banho com clorexidina não interferiu na aquisição de IPCS-CVC. Supõe-se que isto pode ter acontecido devido ao fato de que o perfil dos pacientes estudados, com a maioria exibindo comorbidades ou algum fator de imunodepressão, se constituiu, então, como fator de risco elevado para o desenvolvimento de uma IPCS-CVC, prejudicando a validação da intervenção. Adicionalmente, o reduzido tamanho amostral pode ter interferido no poder do teste estatístico. Neste sentido, acredita-se que, outros estudos regionais e nacionais devem ser traçados na busca de melhor atender o perfil dos pacientes em UTI e a viabilização de métodos que possam garantir a aplicabilidade e a eficiência deste tipo de intervenção. Palavras chave: CHG, Banho, IPCS-CVC.

  • BÁRBARA KATHARINE BARBOSA DE MIRANDA
  • A COINFECÇÃO PELO Vírus da hepatite G (GBV-C/ VHG) EM PACIENTES PORTADORES DO Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) ESTÁ ASSOCIADA À SIDA/AIDS

  • Data: 29/04/2016
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  • O GBV-C é um vírus linfotrópico, que apresenta pouca ou nenhuma replicação hepática. Estudos indicam que a interação entre o HIV-1 e o GBV-C poderia ser benéfica a ponto de retardar a progressão da infecção pelo HIV-1 para a SIDA, auxiliando na qualidade de vida em indivíduos portadores do HIV-1. Este estudo teve como objetivo analisar a coinfecção HIV-1/GBV-C em um total de 313 indivíduos, visando identificar se a presença do GBV-C confere algum impacto sobre a infecção pelo HIV-1. Trata-se de um estudo transversal e epidemiológico. Foram selecionadas amostras de pacientes soropositivos para o HIV-1 procedentes da rotina do Laboratório de Virologia (LabVir) da Universidade Federal do Pará. As informações pessoais e clínicas, da amostra da população examinada, foram obtidas a partir dos prontuários médicos. Este estudo utilizou o método de nested PCR para a determinação da viremia do GBV-C. Os resultados obtidos demonstraram que as análises moleculares realizadas nas 313 amostras revelaram uma prevalência de coinfecção HIV-1/GBV-C de 17%. A distribuição da idade (p=0,8197), sexo (p=0,4055) e etnia (p=0,8689), não apresentaram real diferença entre os grupos. A diferença nos valores de carga viral do HIV-1 e contagem de linfócitos T CD4+, entre os grupos HIV-1 e HIV-1/GBV-C, foi altamente significante (p=0,0082 e p=0,0070, respectivamente), indicando que, a coinfecção do GBV-C em indivíduos infectados pelo HIV-1, resulta em uma menor carga viral e maior contagem de linfócitos T CD4+, em comparação à monoinfecção do HIV-1. Estes resultados indicam haver um efeito protetor nos indivíduos coinfectados pelo HIV-1/GBV-C.
    Palavras-chave: GBV-C; HIV-1; Coinfecção; SIDA.

  • EULA OLIVEIRA SANTOS DAS NEVES
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DOS IDOSOS NOTIFICADOS PARA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG), COM ÊNFASE NA INFLUENZA, EM BELÉM-PA, 2009-2014.

  • Data: 28/04/2016
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  • Dados recentes do IBGE comprovam que o Brasil já não é mais um país jovem, tanto do ponto de vista demográfico quanto epidemiológico. Em decorrência dessa transição, o envelhecimento da população tem causado um aumento na demanda e gastos nos serviços de saúde, na reorganização da rede de atenção e na formação de recursos humanos, tornando-se assim relevante a implementação de medidas de prevenção e controle de doenças e agravos, como as Infecções respiratórias agudas, que apresentam entre seus agentes etiológicos os vírus, principalmente o da Influenza. Diante disso, este estudo epidemiológico observacional teve como objetivo avaliar o perfil clínico e epidemiológico dos idosos notificados para SRAG, com ênfase na Influenza, em Belém/ PA, entre 2009 a 2014, cujos dados foram obtidos através do SINAN. Na população de idosos foram notificados 205 casos de SRAG, 87% diagnosticados laboratorialmente, enquanto que, nas SRAG por Influenza houve um aumento significativo dos casos por diagnóstico clínico, assim como uma redução dos casos de hospitalização. Adicionalmente, 88% dos idosos foram internados com período de instalação da doença igual ou inferior a 10 dias após o surgimento dos primeiros sintomas. O número de notificações de SRAG do tipo viral, principalmente Influenza, foi mais elevado no período de 2009-2010, enquanto que, em 2013-2014 ocorreu um predomínio de SRAG não especificada. Do total de idosos notificados com SRAG, 39,51% (81/205) foram vacinados contra o Influenza. O diagnóstico de SRAG por Influenza foi positivo em 27% (22/81) dos idosos vacinados e em 24% (18/75) dos idosos não imunizados. Os idosos que foram internados ou que fizeram uso de suporte ventilatório apresentaram probabilidade de óbito, 9 e 11 vezes maior, em relação aqueles não expostos a tais circunstancias. O quadro clínico e o uso de antiviral mostraram-se associados com a vacinação contra Influenza, sendo o uso de antiviral maior entre os idosos vacinados, e, entre os não vacinados houve predomínio do quadro clínico com mais de 3 sintomas. Os principais sintomas apresentados pelos idosos com SRAG foram dispneia, tosse e febre. Os casos de SRAG por Influenza e por outros vírus foram mais frequentes entre as semanas epidemiológicas 11-20 e 31-40, respectivamente. Assim, neste estudo, o período de sazonalidade estabelecido para Influenza em Belém-PA foi de meados de março a maio. Os resultados obtidos indicam a necessidade de se reavaliar o período em que ocorre a campanha de vacinação contra Influenza em Belém-PA, a fim de conferir maior proteção aos idosos, assim como de executar outros estudos para uma abordagem mais especifica e detalhada do acometimento de idosos por SRAG.

  • THAYLA KALINE BROCHA MIRANDA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HELMINTOS GASTROINTESTINAIS EM  BÚFALOS DE SOURE, SALVATERRA E MUANÁ, MICRORREGIÃO DO ARARIARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ-PARÁ-BRASIL 

  • Data: 28/04/2016
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  • Infecções helmínticas podem afetar negativamente os bubalinos em relação ao ritmo de cres-cimento, consumo de alimentos, produção de leite, fertilidade, peso e estrutura da carcaça. Com a escassez de dados no Brasil, este estudo teve como objetivo, investigar a epidemiolo-gia de helmintos gastrointestinais de bubalinos em municípios de Soure, Salvaterra e Muaná, Arquipélago do Marajó, Pará. Durante o período de Janeiro a Dezembro de 2015, foram anali-sadas, através de exames coprológicos, 467 amostras (Soure=157; Salvaterra=154; Muaná= 156) de fezes de búfalos procedentes de Matadouros Municipais e Fazendas, além da pesquisa por helmintos gastrointestinais dos animais abatidos nos matadouros.Dos animais inseridos no estudo, 31.70 % (148/467) foram hospedeiros com um ou mais helmintos gastrointestinais. Os helmintos identificados foram da superfamília Trichostrongyloidea,Rhabditoidea (Strongyloi-des papillosus), Ascaridoidea (Toxocara vitulorum), Trichuroidea (Capillaria spp.). A preva-lência de helmintos gastrointestinais foi significativamente maior (P < 0.05) nas fêmeas (38.85%; 61/157) quando comparadas aos machos (28.06%; 87/310). Entre as categorias ida-de e raça, estas não apresentaram diferenças significantes (P > 0.05). Em relação às superfa-mílias de helmintos identificadas, apenas a categoria sexo foi relacionada significativamente, as fêmeas apresentaram maior frequência (P < 0.05) de ovos de helmintos da superfamília Trichostrongyloidea (36.94 %; 58/157) comparadas aos machos (23.55%; 73/310). Os ani-mais do município de Muaná tiveram maior prevalência e contagem de ovos de helmintos gastrointestinais (P < 0.05) que os outros municípios deste estudo, sendo a prevalência para os tricostrongilídeos de 58.97% (92/156) e a maior variação de OPG do nematódeo Toxocara vitulorum (125-15725). Estes resultados revelam a diversidade de helmintos gastrointestinais em búfalos, sendo necessárias medidas de prevenção e controle de infecções helmínticas, principalmente em animais do município de Muaná. Palavras-chave: Búfalos, helmintos gastrointestinais, epidemiologia, prevalência, Marajó.

  • MAYARA OLIVEIRA DA COSTA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIA DO CITOMEGALOVÍRUS HUMANO EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA CARDIOLÓGICA EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 26/04/2016
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  • O presente estudo teve com objetivo descrever o perfil epidemiológico e determinar a prevalência do citomegalovírus em pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio em um Hospital de referência cardiológica em Belém, Pará. O estudo selecionou dois grupos: 40 indivíduos com infarto agudo do miocárdio e 40 controles, totalizando 80 amostras de sangue que foram testadas para a presença de anticorpos da classe IgG específicos anti-CMV, também foi realizado detecção de CMV por meio da técnica de PCR em tempo real, além da quantificação de TCD4+ e TCD8+ por citometria de fluxo. Dos 40 indivíduos com infarto agudo do miocárdio, a maioria era do sexo masculino, com idade entre 60-69 anos, procedentes da região metropolitana de Belém, casados, com baixo nível de instrução, baixa renda familiar, estavam com excesso de peso, eram tabagistas, diabéticos, hipertensos e possuíam história familiar de doenças cardiovasculares. Todos os 80 indivíduos investigados eram portadores do citomegalovírus. Não foi observada relação entre CMV e infarto agudo do miocárdio. As diferenças entre os níveis de TCD4+ e TCD8+ entre as populações estudadas foram estatisticamente significantes, com os níveis de TCD4+ e TCD8+ mais baixos na população com infarto agudo do miocárdio.

  • VALERIA DE CARVALHO PINHEIRO
  • IDENTIFICAÇÃO MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE ESPÉCIES DO COMPLEXO ANOPHELES ALBITARSIS (DIPTERA, CULICIDAE, ANOPHELINAE NO MUNICÍPIO DE PEIXE BOI (PA)


  • Data: 20/04/2016
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  • A malária é uma doença infecciosa, com grande impacto na saúde pública, acometendo aproximadamente 48 % da população mundial. Com cerca de 214 milhões de casos e 438 mil de mortes estimadas no ano de 2015. Tem como agentes etiológicos, protozoários do gênero PlasmodiumP. falciparumP. vivaxP. malariaeP. ovale e P. knowlesi que são transmitidos aos hospedeiros humanos pela picada de espécies de mosquitos anofelinos. Muitas dessas espécies são complexos de espécies, como o A. albitarsis s.l. que alberga 8 espécies crípticas e 1 linhagem, amplamente distribuídas na América do Sul e de difícil distinção por métodos morfológicos tradicionais. Outras metodologias como a análise de morfometria geométrica alar e análise molecular e sequências do DNA mitocondrial e do DNA ribossômico tem mostrado eficiência na distinção destas. A distinção entre espécies crípticas é importante, pois apenas algumas possuem capacidade de transmitir malária. O objetivo deste estudo foi realizar identificação morfológica e molecular de espécies do Complexo A. albitarsis e verificar se há espécies deste complexo, conhecidas como potenciais vetores da malária, no município de Peixe Boi, estado do Pará. Foram  utilizadas chaves para identificação morfológica, morfometria geométrica e identificação molecular usando os genes ITS2 (rDNA) e COI (mtDNA). Foram coletados 478 espécimes anofelinos que foram identificados como: 215 A. albitarsis, 78 A. triannulatus, 54 A. nuneztovari, 23 A. oswaldoi, 7 A. darling, 2 A. braziliensis e 99 Anopheles sp. A morfometria geomética mostrou que há dimorfismo sexual nesta espécie, e as fêmeas formam dois agrupamentos independentes. Não foi possível diferenciar as espécies do complexo utilizando o protocolo de ITS2, mas o do COI identificou 100% das amostras como A. oryzalimnetes. A única espécie do Complexo A. albirtarsis encontrada no município de Peixe Boi (PA) foi A. oryzalimnetes. Ainda não foi registrada infecção natural por Plasmodium nesta espécie. Em outro estudo realizado no mesmo município não foi encontrado espécimes de A. oryzalimnetes naturalmente infectado. Considerando estas informações e os nossos resultados podemos concluir que este município não apresenta risco para transmissão de malária.

     

     

     

     

  • EMANUELLE GABRIELA GUALBERTO DE ARGÔLO
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    FILARÍDEOS PARASITOS DE CÃES DOMÉSTICOS DA MESORREGIÃO DO MARAJÓ – PARÁ – BRASIL: DIAGNÓSTICO, CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR E NOVO REGISTRO GEOGRÁFICO DE OCORRÊNCIA 

  • Data: 14/04/2016
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  • As espécies Dirofilaria immitis e Acanthocheilonema reconditum são filarídeos da família Onchocercidade comumente descritos parasitando cães no Brasil.  Ambas as espécies apresentam distribuição mundial e já foram descritas parasitando humanos ocasionalmente. O georreferenciamento de casos positivos de Dirofilariose já foi realizado na Amazônia e se mostrou uma ferramenta útil para a avaliação dos aspectos epidemiológicos que regem a infecção. Estudos utilizando biologia molecular são de extrema importante, pois permitem a realização de análises filogenéticas que auxiliarão no entendimento da evolução, dispersão e biogeografia de helmintos. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos epidemiológicos e moleculares dos filarídeos parasitos de cães domésticos dos municípios da mesorregião do Marajó, Estado do Pará, Brasil. Para isso, as amostras de sangue canino de 7 municípios da mesorregião do Marajó tiveram seu DNA extraído, amplificada as regiões ITS2 – 5.8S – 28S do DNA ribossomal de filarídeos e sequenciados. Para análises filogenéticas, as sequencias obtidas, assim como encontradas previamente depositadas no Genbank, foram alinhadas e analisadas por Neighbor-Joining. Após as análises, os casos positivos foram georreferenciados. O diagnóstico molecular apontou para uma prevalência de 14,71% para a mesorregião, nesta análise a idade não foi estatisticamente significante para infecção, mas o os machos estavam mais parasitados que as fêmeas. A análise filogenética apontou para formação de dois clados; as amostras de Portel, São Sebastião da Boa Vista e Anajás se agruparam com A. reconditum; as amostras de Salvaterra e Soure se agruparam ao clado de D. immitis. Santa Cruz do Arari e Chaves apresentaram sequências em ambos os clados. O georreferenciamento e analise por Kernel concluiu que as zonas urbanas de todos municípios estão em alto risco de infecção por filarídeos caninos. Assim, os cães domésticos domiciliados da mesorregião do Marajó foram positivos para duas espécies de filarídeos caninos: D. immitis e A. reconditum, sendo o primeiro relato da última espécie na região Norte do Brasil.

  • LUIS HENRIQUE SEABRA DE FARIAS
  • “ESTUDO DA AÇÃO DA CROTOXINA SOBRE O PERFIL DE ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS PERITONEAIS INFECTADOS COM Leishmania (Leishmania) amazonensis

  • Data: 12/04/2016
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  • A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença parasitária amplamente disseminada na maioria dos países da América Latina, e pode ser causada por diferentes espécies do gênero Leishmania. Este protozoário é um parasito intracelular obrigatório que desenvolveu mecanismos para subverter a atividade microbicida dos macrófagos, como a inibição da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e óxido nítrico (NO). A quimioterapia ainda é um dos tratamentos mais efetivos para esta doença, entretanto, as drogas leishmanicidas disponíveis são, em geral, tóxicas, apresentam custo elevado e necessitam da utilização por longos períodos. Assim, o desenvolvimento de novos produtos naturais para o tratamento da leishmaniose se tornou prioridade. As toxinas ofídicas são fontes naturais de produtos bioativos com propriedades terapêuticas amplamente descritas na literatura. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a ação da crotoxina (CTX), uma proteína dimérica e o principal componente do veneno de serpente da espécie Crotalus durissus terrificus, sobre a interação Leishmania (Leishmania) amazonensis e macrófagos. A toxina diminuiu significativamente em 32,5% o crescimento de promastigotas na concentração de 1,2 µg/mL e 24,9% na concentração de 2,4 µg/mL após 96 horas de tratamento (IC50 = 22,86 µg/mL). O teste colorimétrico (MTT) demonstrou que essa toxina não induziu efeito tóxico sobre macrófagos. Também foi observado que macrófagos tratados com CTX apresentaram um significativo aumento na capacidade de metabolizar o substrato MTT (média = 59,78% ± 3,31, mais elevado) quando comparados ao controle sem tratamento. Além disso, foi observado que os macrófagos tratados apresentaram intensa produção de ROS (média= 35,95% ±2,76, mais elevado) comparado ao controle. Outro dado importante observado foi o fato de células hospedeiras infectadas e tratadas com CTX apresentarem um aumento significativo na capacidade fagocítica e na eliminação dos parasitas intracelulares, com aumento na produção de NO, aumento da área celular e a intensa produção de citocinas pró-inflamatórias, caracterizando o perfil M1 de ativação celular. Esta ativação teve como consequência a morte dos parasitas através da resposta do hospedeiro, diminuindo o número de parasitos após 48h de tratamento com 2,4 e 4,8 µg/mL de CTX, revertendo, assim, a ação anérgica promovida pela L. amazonensis. Portanto, a CTX promove um bom prognóstico para esta infecção, evidenciando a possibilidade desta substância atuar como possível alternativa de tratamento contra leishmaniose, especialmente em casos de infecções por espécies que induzem respostas anérgicas.

  • DAVI MARCOS SOUZA DE OLIVEIRA
  • “PERFIL COMPARATIVO DE GLICOCONJUGADOS PRESENTES NO  EPITÉLIO INTESTINAL DE Lutzomyia spp.”

  • Data: 05/04/2016
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  • As leishmanioses são doenças distribuídas em 98 países incluindo o Brasil, com registros de casos de leishmaniose visceral americana (LVA) e leishmaniose tegumentar americana (LTA) em todas as unidades federativas brasileiras. As leishmanioses são transmitidas por várias espécies de flebotomíneos sendo a espécie Lutzomyia longipalpis considerada o principal vetor de Leishmania infantum chagasi. A interação vetor-parasito depende de moléculas presentes na superície das leishmanias e das células do epitélio intestinal. O lipofosfoglicano (LPG), presente na Leishmania, é reconhecido por receptores do epitélio intestinal do vetor. Entretanto, em vetores permissivos, a interação parasito-hospedeiro é mediada por N-acetylgalactosamina (GalNAc) do epitélio intestinal. O propósito deste estudo foi caracterizar glicoconjugados do epitélio intestinal de Lu.  longipalpis mantidos em colônia de difrentes gerações bem como de outras quatro espécies silvestres. Os flebotomíneos fêmeas foram dissecados e processados para as técnicas de SDS-PAGE e Western Blotting para caracterização dos resíduos de carboidratos. Para a análise por fluorescência, intestinos foram dissecados em paraformaldeído 1% e incubados com lectinas-FITC. Nos ensaios de interação in vitro, intestinos de Lu. longipalpis, Lutzomyia  flaviscutellata e Lutzomyia antunesi silvestres foram incubados separadamente com 108 promastigotas/ml de Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania infantum chagasi marcadas com Vybrant DIOTM. A análise das diferentes colônias mostrou que houve reatividade positiva para as quatro lectinas testadas em todas as colônias sendo a Helix pomatia aglutinina (HPA), a mais reativa (p < 0,05). Resultado semelhante para HPA também foi observado na comparação entre espécimes de Lu.  longipalpis mantidos em colônia com espécimes silvestres. A lectina HPA também foi mais reativa entre Lu. longipalpis e as demais espécies silvestres demonstrando alta reatividade para GalNAc nas cinco espécies estudadas. No entanto, essa diferença foi significante apenas entre HPA e as demais lectinas em Lu. longipalpis enquanto que em Lu. flaviscutellata foram observadas diferenças significantes com HPA e WGA sobre as demais lectinas. A presença de GalNAc e os ensaios de interação, entre flebotomíneos e Leishmanias, sugerem a condição de permissividade para Lu. longipalpis, Lu.  flaviscutellata e Lu. antunesi. Os resultados mostram que os epitélios intestinais dessas espécies expressam uma grande variedade de carboidratos incluindo GalNAc. Portanto, esses resultados chamam a atenção para um constante monitoramento de infecções naturais nessas espécies considerando que a presença de GalNac pode lhes conferir, no futuro, uma competência vetorial diferente conduzida pela evolução.

  • TUANE CAROLINA FERREIRA MOURA
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DOS GENES DA LECTINA LIGANTE DA MANOSE (MBL) E DA PROTEÍNA C REATIVA (PrtCR) NAS INFECÇÕES CRÔNICAS PELOS VÍRUS DA HEPATITE B (HBV) E VÍRUS DA HEPATITE C (HCV)

  • Data: 29/03/2016
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  • A MBL e a PrtCR possuem um importante papel na resposta imune inata, devido as suas funções de ativação do sistema complemento e a participação na captura e eliminação de células através da opsonização facilitando a fagocitose. Há fortes evidências de que as mudanças na produção de MBL e da PrtCR pode estar associada à maior suscetibilidade às doenças infecciosas e auto-imunes, podendo assim influenciar na gravidade e no desenvolvimento do quadro clínico da doença. O presente estudo objetivou investigar a influência dos polimorfismos rs1800450, rs1800451, rs5030737 no éxon 1 do gene da MBL-2 e o rs2794521 na região promotora do gene da PrtCR em pacientes portadores de hepatite B e C crônica, buscando identificar possíveis associações com o quadro clínico-laboratorial dessas infecções. No presente estudo foram investigadas as frequências dos polimorfismos em 69 individuos portadores da infecção crônica pelo HBV, 92 com infecção crônica pelo HCV, 21 indivíduos com doenças hepáticas não-viral (DHNV), atendidos no ambulatório de doenças hepáticas do Hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) e no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e em 300 indivíduos controles. As amostras de sangue foram submetidas à extração de DNA genômico a partir dos leucócitos. A investigação dos polimorfismos foi realizada por meio da Reação em Cadeia mediada pela Polimerase em tempo real (qPCR), os ensaios utilizados para a análise do polimorfismo continham um par de iniciadores e uma sonda utilizando a marcação VIC e FAM para cada um dos alelos dos respectivos polimorfismo. A comparação das frequências alélicas e genotípicas foi realizada por meio do Teste G e Exato de Fisher. O genótipo AA, foi o mais frequente nos polimorfismos do gene da MBL, assim como o TT foi o, mas frequente no gene da PrtCR, em todos os grupos estudados. Sendo os mesmo relacionados a altos níveis dessas proteínas, entretanto a análise estatística se mostrou semelhante em relação a ambos os genótipos nos grupos estudados. O genótipo AA, poderia influenciar no aumento da carga viral DNA-HBV, na elevação dos níveis de AST e ALT, e na fibrose leve. Em relação às frequências alélicas e genotípicas, o alelo *O (MBL-2), o alelo *C e o genótipo CC (PrtCR) foram predominante apenas nos pacientes com doença hepática não-viral.  A presença do alelo *O (MBL-2) foi relacionada com o aumento dos níveis das enzimas AST e GGT nesse grupo. Observamos associação da presença do polimorfismo rs2794521 na presença do genótipo CT com elevados níveis de atividade inflamatória nos pacientes com HBV e com o aumento dos níveis de carga viral nos pacientes com grau de fibrose leve. A presença do alelo *C (PrtCR)  em homo ou heterozigose favorecendo o aumento dos níveis de AST, nos pacientes com HCV, entretanto não observamos correlação dos níveis de carga viral DNA-HBV (log10) e RNA-HCV (log10) com os níveis de AST, ALT e GGT de acordo com os genótipos do SNP rs2794521. Não observamos diferença nas frequências genotípicas e alélicas dos polimorfismos do éxon 1 do gene da MBL-2 e do polimorfismo rs2794521 da PrtCR, quando comparados os pacientes HBV ativos e inativos. A presença dos alelos polimórficos dos SNPs estudados em homo ou heterozigose não estão contribuindo de forma direta no quadro clínico-laboratorial das infecções por VHC e VHB, entretanto nossos dados sugerem que os mesmos podem está influenciando na progressão da doença na presença da infecção (HBV, HCV), assim como da ausência da infecção viral.

     


  • HELOISA MARCELIANO NUNES
  • INFECÇÃO OCULTA PELO VÍRUS DA HEPATITE B, EM COMUNIDADE AMAZÔNICA SUBMETIDA A INTENSO FLUXO MIGRATÓRIO, PARÁ, BRASIL

  • Data: 15/03/2016
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  • A infecção oculta pelo vírus da hepatite B (IOB) é definida como a presença de VHB-DNA no fígado, com detecção ou não no soro, sem detecção do HBsAg, com possíveis implicações clínicas. O objetivo da pesquisa foi investigar a ocorrência da IOB em população do Município de Juruti, Oeste do Estado do Pará, Brasil, entre fevereiro de 2007 e novembro de 2010, onde foram avaliadas por técnicas imunoenzimáticas amostras de soro referentes a 3.991 indivíduos e selecionadas aquelas com HBsAg negativo e anti-HBc total positivo, nas quais foram investigados o VHB-DNA para identificar a presença de IOB. Relativo à infecção pelo VHB o estudo comprovou 0,5% portadores do vírus, 8,3% com perfil de infecção pregressa, 1,1% com perfil de infecção pregressa ou atual e 33,6% com perfil de resposta vacinal, caracterizando o município como de baixa endemicidade para o VHB. O VHB-DNA foi detectado em 66,7% (14/21) amostras HBsAg+ e a carga viral variou entre <55 UI/mL e >38.000 UI/mL permitindo a realização de genotipagem, revelando que nove delas apresentavam subgenótipo A1(64,2%), duas subgenótipo F2 (15,4%) e duas subgenótipo F4 (15,4%). Do total de amostras examinadas, 1,1% (43/3.991) eram de indivíduos anti-HBc total+ isolado, cujos testes de biologia molecular revelaram que 9% (4/43) indivíduos apresentavam VHB-DNA, com carga viral variando entre <15 UI/mL e 48 UI/mL. Constatou-se a prevalência de 0,1% de indivíduos com IOB nas amostras do Município de Juruti, Pará, Brasil, entretanto a baixa carga viral encontrada impediu a realização da genotipagem dessas amostras gerando dificuldades para a comparação dos genótipos entre amostras anti-HBc total+ isolado e amostras HBsAg+ e identificação dos genótipos circulantes nessa população. Estudos são necessários para avaliar qual o papel da IOB na evolução da doença hepática, na doação de sangue e órgãos, entre imunossuprimidos, hemodiálisados e doentes renais, nas coinfecções com os VHC, VHD, HIV e para o desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias aos protocolos de pesquisa e tratamento.
    Palavras-chave: Infecção oculta; Vírus da hepatite B; Prevalência; Genotipagem.

  • HELRIK DA COSTA CORDEIRO
  • HELMINTOFAUNA INTESTINAL DE RATOS URBANOS (Rattus norvegicus Berkenhout, 1769 E Rattus rattus Linneaus, 1758) NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ: OCORRENCIA E IMPACTO ZOONÓTICO

  • Data: 04/03/2016
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  • A infestação por roedores em núcleos populacionais é um problema que vem, historicamente, afetando a humanidade. Desde a antiguidade o homem relacionou o surgimento de certas doenças e epidemias com a presença ou influência de animais; desde então as zoonoses vem sendo foco de estudos cada vez mais freqüentes (Ávila-Pires, 1989). Os estudos mundiais de biodiversidade e fauna de helmintos baseiam-se, principalmente, na importância destes como agentes de doenças influenciando na saúde dos hospedeiros e no equilíbrio dos ecossistemas e dos ambientes naturais e domésticos (Brooks & Hoberg, 2000). Por isso, estudos que busquem conhecer a fauna helmintologica são necessários para conhecimento dos helmintos com potencial zoonótico vinculados por estes roedores. Os roedores serão coletados no município de Belém- PA, bairro do Guamá, no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Para a captura dos hospedeiros serão utilizados armadilhas com sistema alçapão, aramadas e galvanizadas, denominadas “ratoeiras gaiola”, modelo Tomahawk, iscada com frutas e/ou ração para roedores. As coletas acontecerão durante as duas primeiras semanas de cada mês, durante 12 meses, e serão coletados o máximo permitido de roedores.. Os animais serão sedados com Cloridrato de Ketamina e Xilazina, e a eutanásia será procedida através de sangria total por punção cardíaca. O procedimento de necropsia será realizado imediatamente após a eutanásia com a finalidade de encontrar os helmintos intestinais ainda vivos no local de parasitismo. Os helmintos encontrados serão analisados por meio de microscopia de luz, microscopia eletrônica de varredura, análise molecular e análise histológica. Os resultados obtidos serão compilados e publicados em revistas cientificas e em forma de tese para obtenção do titulo de Doutor em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários.

  • SABRINA SAMPAIO BANDEIRA
  • MENORES DE 15 ANOS COM HANSENÍASE: DANO NEURAL, ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS EM UNIDADE DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ


  • Data: 22/02/2016
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  • A hanseníase é reconhecida mundialmente como um grave problema de saúde pública. O Brasil é o segundo país em número de casos detectados e o estado do Pará, com altos níveis de endemia, apresenta incidência significativa entre os menores de 15 anos. O dano neural é a principal causa das deformidades na hanseníase e pode resultar em agravos biopsicossociais na infância. O objetivo deste estudo foi descrever e relacionar o dano neural, aos aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes menores de 15 anos com hanseníase, diagnosticados na Unidade de Referência Estadual, em Marituba-Pará. Foi realizada uma pesquisa transversal, analítica e quantitativa, com pacientes menores de 15 anos diagnosticados com hanseníase na Unidade de Referência, de abril de 2014 a junho de 2015. Na análise das 41 crianças participantes, 33 (80,5%), tiveram o encaminhamento como modo de detecção, 19 (46,3%) foram consultados com 3 ou mais médicos para o diagnóstico e 26 (63,4%) receberam outros diagnósticos. O tempo de início dos sintomas até o diagnóstico, foi superior a 1 ano em 30 (73,2%) dos casos. A forma clínica predominante (48,8%), foi a Dimorfa e 63,4% dos menores eram multibacilares, 13 (31,7%) apresentavam dano neural e 7 (17,1%) tinham incapacidade. Entre as variáveis pesquisadas, aquelas com associação estatisticamente significativa (p ≤ 0,05) ao dano neural no diagnóstico foram: visita domiciliar do Agente Comunitário de Saúde (ACS), número de médicos consultados, número de lesões cutâneas (> que 5) e lesões em trajeto de tronco nervoso. O risco de dano neural é 6 vezes maior, na ausência, ou frequência rara (que 1 por mês), da visita domiciliar do ACS.  As crianças que consultaram com 3 ou mais médicos para o diagnóstico, apresentaram risco 7 vezes maior de dano neural, comparadas as consultadas por até 2 médicos. A presença de mais de 5 lesões cutâneas, aumenta em 5 vezes as chances de comprometimento neural no diagnóstico dos menores. Lesões em trajeto de tronco nervoso, aumentam em 19 vezes o risco de dano neural. Assim, a centralização da assistência, a baixa atuação do ACS, além da dificuldade para realização do diagnóstico em crianças; são fatores que contribuem para o início tardio do tratamento, com predomínio das formas graves e aumento do risco de dano neural. Além disso, múltiplas lesões cutâneas e lesões em trajeto de tronco nervoso; são características clínicas que devem ser monitoradas rigorosamente.

     

  • YESSICA MARCELA FUENTES BELTRAN
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    PESQUISA DE FASES LARVARES DE HELMINTOS EM GASTRÓPODES DE OCORRÊNCIA NOS MUNICÍPIOS DE ANANINDEUA, BELÉM E MARITUBA, ESTADO DO PARÁ, BRASIL.


  • Data: 18/02/2016
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  • Gastrópodes terrestres são comumente infectados com um amplo número de espécies de helmintos com importância médica e veterinária. Nematódeos formam diversas associações com moluscos, por exemplo, em rabditóides os estágios juvenis se desenvolvem no gastrópode até o estágio adulto de vida livre ou em algumas ocasiões todo o ciclo de vida é completado no molusco. Metastrongyloides (Angiostrongylus cantonensis) podem utilizar uma ampla gama de espécies de moluscos como hospedeiros intermediários se desenvolvendo de larva de primeiro estágio juvenil (L1) até o terceiro estágio larval (L3) requerido para a transmissão ao hospedeiro vertebrado definitivo (Rattus spp).  A. cantonenseis é um parasito das artérias pulmonares dos Rattus spp. com potencial zoonótico e é a principal causa da meningite eosinofílica no mundo. No Brasil, a infecção em humanos foi reportada nos estados do Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os gastrópodes infectados naturalmente com larvas do A. cantonensis no Brasil, foram às espécies Achatina fulica, Bradybaena similares, Subulina octona, Sarasinula linguaeformis, Sarasinula marginata e Pomacea lineata que participam na transmissão do parasito desde o norte até o sul do país. Por outro lado, a propagação de parasitos em novos locais é causada por ações antrópicas que induzem a dispersão dos hospedeiros intermediários e definitivos. As mudanças climáticas incrementam os habitats adequados para os moluscos com condições apropriadas para a transmissão de parasitoses. A vigilância sobre o papel das espécies de molusco como hospedeiros intermediários é importante para compreender a distribuição geográfica e os fatores ambientais que contribuem para a transmissão de parasitos em determinadas regiões. Assim, o presente trabalho visa determinar a ocorrência de fases larvais de helmintos, principalmente Angiostrongylus cantonensis em diferentes espécies de moluscos da Classe Gastropoda, em áreas específicas dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, Pará, Brasil. Foi coletado um total de 887 espécimes de gastrópodes na região de estudo. Na cidade de Belém, em uma área amostral de 100 m2 em região urbana no bairro Guamá foram analisados: a. espécies nativas: Physa sp., Biomphalaria sp., Sarasinula sp.,  Lamellaxis sp. e b. espécies não nativas: Subulina octona, Pomacea sp., Melanoides tuberculata, Hutonella bicolor e Achatina fulica. Na localidade de Castanheira, Ananindeua e Marituba, só a espécie de A. fulica foi analisada. Foram identificados três tipos diferentes de larvas de nematódeos em A. fulica: a. Larvas não identificadas (prevalência da infecção 19% Guamá, 97% Castanheira, 99% Cidade Nova, 78% Quarenta Horas); b. Larvas semelhantes à Strongyluris (39% São João) e c. Larvas de A. cantonensis (4% São João, 20% Guamá). Dentre as nove espécies de gastrópodes estudadas, A. fulica foi o hospedeiro intermediário mais comum na região. Isso demostra sua importância na dinâmica da transmissão do ciclo de vida do A. cantonensis e de outros parasitos na Amazônia Oriental brasileira.

  • MICHELE VELASCO OLIVEIRA DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, HISTOPATOLÓGICA E MOLECULAR DE MIXOSPORÍDIOS PARASITOS DE Hypophthalmus marginatus Valenciennes, 1840 E DE Cichla temensis Humboldt 1821, DO BAIXO TOCANTINS, PA 

  • Data: 03/02/2016
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  • Este trabalho teve como objetivo caracterizar os mixosporídios parasitas de duas espécies de peixes de importância econômica da região amazônica, Hypophthalmus marginatus (Mapará) e Cichla temensis (Tucunaré), provenientes do Rio Tocantins (município de Cametá-PA). Foram utilizadas técnicas de biologia molecular, histologia e ultraestrutura na descrição taxonômica das espécies para análise da relação parasito-hospedeiro, verificação das alterações histopatológicas e o posicionamento filogenético. Os resultados foram dispostos em cinco trabalhos publicados e dois a serem submetidos à publicação, os quais reportam a estudos morfológicos, filogenéticos e da interação parasito-hospedeiro. Para H. marginatus foram descritos dados preliminares das características ultraestruturais e filogenéticas de uma espécie de mixosporídio parasito de brânquia, que posteriormente foi descrita como uma nova espécie Thelohanellus marginatus n. esp.; Este hospedeiro também apresentou parasitismo pelo mixosporídio do gênero Kudoa e por mixosporídio cujo gênero ainda não foi descrito na literatuara, parasitando esôfago e bexiga urinária, respectivamente. Achados histopatológicos também foram descritos na espécie hospedeira, como a infecção por parasitos dos gêneros Henneguya e Kudoa, no tecido ósseo do filamento branquial e no esôfago, respectivamente. Com relação a C. temensis, está sendo descrita uma nova espécie de myxozoa Henneguya paraensis, parasito de brânquias. Diante da grande diversidade de parasitos descritos nas duas espécies de peixes estudadas nesta tese, é fundamental a identificação precisa de espécies de mixosporídios parasitas de peixes selvagens e com alto potencial para o cultivo, como é o caso de H. marginatus e de C. temensis, pois em um ambiente de cultivo podem ser potenciais fontes de infecção

2015
Descrição
  • ANNA RAFAELLA DOS SANTOS FERREIRA
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR E FATORES DE RISCO DA INFECÇÃO GENITAL PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES RESIDENTES NA ILHA DO MARAJÓ-PARÁ

  • Data: 24/11/2015
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  • O câncer de colo do útero na região Norte do Brasil apresenta os maiores índices de mortalidade no país. O Papilomavírus humano (HPV) é considerado o agente etiológico deste tipo de câncer, pois seu DNA é encontrado em mais de 90% das lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo uterino. A prevalência desta infecção é amplamente estudada nos grandes centros urbanos, entretanto, comunidades da zona rural, como as comunidades da Ilha do Marajó-PA, carecem de estudo neste âmbito. Assim, o presente estudo teve por objetivo verificar a prevalência da infecção pelo HPV em mulheres residentes na Ilha do Marajó-Pará e a associação com seus fatores de risco. O estudo se baseou na coleta de dados clínicos – epidemiológicos, utilizando questionário epidemiológico e detecção do DNA do HPV em amostras de células de colo uterino de 443 mulheres que compareceram à Unidade Básica de Saúde das quatro comunidades da Ilha do Marajó: São Sebastião da Boa Vista (n=120), Anajás (n=102), Chaves (n=129) e Portel (n=92). A detecção do DNA do HPV foi realizada através da Nested-PCR utilizando os iniciadores MY09/MY11 e GP05/GP06. As amostras positivas para o HPV foram subtipadas por PCR em Tempo Real, com sondas específicas para HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 35, 52 e 58. As análises estatísticas foram realizadas com o programa BioEstat 5.0. A prevalência geral de HPV foi de 90/443 (20,3%) amostras positivas para o HPV. A coitarca precoce, número de parceiros sexuais, vida sexual ativa e uso de preservativos foram considerados alguns dos fatores de risco para a infecção genital pelo HPV. Os HPV 16 (14,4%) e 58 (11,1%) foram os mais frequentes na população estudada. A presença de infecções múltiplas com diferentes tipos de HPV foi encontrada, tanto com HPV considerados de alto risco oncogênico, quanto com os de baixo risco oncogênico. Este estudo permitiu verificar que, mesmo que as mulheres vivam na região do Marajó, com realidade sócio-econômica semelhantes, ainda assim apresentam diferenças entre os fatores de risco para infecção pelo HPV, e com isso mostra a necessidade de ações em saúde diferenciadas para a prevenção do desenvolvimento do câncer de colo uterino.
    Palavras-chave: Papillomavírus Humano, Ilha do Marajó, Prevalência, Comunidades Ribeirinhas, Fatores de risco.

  • LEYLA ANA SILVA DE MEDEIROS
  • ETIOLOGIA DE QUADROS FEBRIS EM ADULTOS: A EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL MILITAR DA CIDADE DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 16/11/2015
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  • Nas últimas décadas, o comportamento das doenças infecciosas tem mudado em todo o mundo. Por trás das mudanças estão, por exemplo, o próprio progresso científico e tecnológico, as transformações econômicas e sociais de caráter mundial e que determinam transformações radicais na vida do homem e a influência de tecnologias médicas.(Waldman, 1999). A febre tem seu papel como sintoma comum nas manifestações dos diversos tipos de doenças. Nosso interesse nesta pesquisa é baseado no conceito de febre de origem indeterminada (FOI) fundamentado no estudo de Petersdorf & Beeson em 1961, conceituando a febre, resumidamente, pela presença de temperatura axilar maior do que 37,8°C, em várias ocasiões pelo tempo mínimo de três semanas e após uma semana de investigação hospitalar infrutífera. Novas tecnologias no controle das doenças tem sem dúvida contribuído para alguns avanços que são inegáveis, assim como mudanças profundas na prática médica, em decorrência das novas tecnologias, no controle das doenças e no perfil nosológico da população, levaram a redefinição das FOI . Neste estudo pretende-se investigar o estado febril agudo, em adultos, em um hospital militar de Belém, no período de 2010 a 2013, em estudo retrospectivo de dados de internações hospitalares, avaliando aspectos da epidemiologia, com fins de avaliar os diagnósticos encontrados na atualidade, facilitando na pesquisa de casos de febris agudos, agilizando os diagnósticos, tratamentos e dificultando desfechos desfavoráveis em casos de doenças com maior letalidade.

     

  • ALESSANDRA GORAYEB MARTINS
  • DETECÇÃO E DIVERSIDADE MOLECULAR DO VÍRUS DA CINOMOSE CANINA (VCC) CIRCULANTE EM BELÉM, PARÁ

  • Orientador : EVONNILDO COSTA GONCALVES
  • Data: 29/10/2015
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  • O vírus da cinomose canina (VCC), um Morbillivirus da família Paramyxoviridae, é o agente etiológico de uma das doenças virais mais importantes que acomete canídeos domésticos, e tem um dos mais altos índices de fatalidade em populações imunologicamente suscetíveis. É uma doença endêmica no Brasil, onde há um grande número de cães abandonados e/ou não vacinados. Sua principal forma de
    controle é por meio da vacinação, entretanto, casos de cinomose são relatados esporadicamente também em cães vacinados. Uma das suspeitas desta falha vacinal é a grande variabilidade genética do VCC. Este estudo pretendeu desenvolver protocolo de detecção do VCC e avaliar a diversidade genética deste vírus circulante em Belém. Neste estudo, foram analisadas amostras de sangue de 72 animais de Belém, e dados clínicos e histórico de 44. Destes, apenas dois eram vacinados. Foi desenvolvido e posto em prática um protocolo de extração do RNA viral do sangue total e de detecção de cinomose por RT-nested-PCR de um fragmento do gene do nucleocapsídeo (N). O VCC foi detectado no sangue de 32 animais. Houve relação estatística significativa entre a presença de sinal oftalmológico e diagnóstipo positivo, com detecção do VCC. Foi realizado o sequenciamento e análise filogenética de 5 amostras para o gene da hemaglutinina (H). As sequencias obtidas formaram um subgrupo bem definido dentro do Subgenótipo A, do genótipo América do Sul I. Uma das cepas selvagens isoladas apresenta inúmeros polimorfismos novos neste gene. O sequenciamento e análise filogenética parcial do gene N concorda com a literatura no que diz respeito ao alto grau de conservação deste gene. Entretanto, polimorfismos únicos das cepas selvagens aqui sequenciadas apontam para uma endemicidade com história evolutiva mais recente e distinta das demais cepas isoladas no país. Os achados indicam alta prevalência de infecção por VCC nos cães, e pouco controle preventivo, que deve ser intensificado; o sequenciamento destes dois genes mostra padrões específicos nas cepas selvagens aqui circulantes, sendo o primeiro trabalho do norte do país, portanto, sem dados suficientes para comparação e para incluir no enquadramento deste perfil genético. Palavras-chave: cão, cinomose, genótipo, detecção, diagnóstico, América do Sul

  • RUTH ROMERO MONTEIRO CERQUEIRA
  • REGISTRO DE OCORRÊNCIA, ANÁLISE MORFOLÓGICA E TAXONOMIA DE FITONEMATOIDES EM CULTIVOS HORTÍCOLAS DE COENTRO (Coriandrum sativum L.) E ALFACE (Lactuca sativa L.) EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ - BRASIL

  • Data: 23/10/2015
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  • O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma hortaliça amplamente consumida no Brasil como condimento, mas principalmente, nas regiões Norte e Nordeste do país. Apesar de a área plantada com esta cultura no Brasil ainda ser desconhecida, sua produção vem crescendo ao longo dos últimos anos, aumentando sua importância socioeconômica. A alface (Lactuca sativa L.) possui grande importância alimentar, e é consumida principalmente in natura em saladas simples. É uma das hortaliças de maior expressão econômica no Brasil com produção anual alcançando milhões de toneladas. Os fitonematoides são organismos geralmente vermiformes de corpo cilíndrico e de lenta movimentação que habitam os solos e se alimentam de nutrientes extraídos de plantas. São de grande importância para a agricultura, causando perdas na produção mundial. Há registros da ocorrência de fitonematoides causando doença nas culturas do coentro e alface em algumas regiões brasileiras, porém no Pará, estes registros ainda são poucos. Este trabalho tem o objetivo de investigar a ocorrência de fitonematoides em duas espécies de hortaliças, C. sativum e L. sativa, de cinco municípios do Estado do Pará, Brasil. A aquisição de cultivares de coentro e alface contendo raízes foi efetuada nas principais feiras da cidade de Belém/PA. As raízes foram processadas para a extração de fitonematoides, os quais foram processados para analise por microscopia de luz e MEV. Identificou-se a ocorrência de três gêneros nas hortaliças estudadas: Meloidogyne parasitando culturas de alface nos municípios de Barcarena, Santa Izabel do Pará, Ananindeua, São Francisco do Pará e Santo Antônio do Pará, e culturas de coentro em Santa Izabel do Pará, São Francisco do Pará e Santo Antônio do Tauá; Rotylenchulus parasitando cultura de alface no município de Barcarena; e Pratylenchus parasitando culturas de coentro nos municípios de Barcarena e Santo Antônio do Tauá. O nematoide das galhas foi observado em 22% das amostras de coentro e em 75% das amostras de alface estudadas. O nematoide reniforme foi observado em 6,25% das amostras de alface. O nematoide das lesões radiculares foi detectado em 9,09% das amostras de coentro. A ocorrência dos gêneros Meloidogyne e Pratylenchus já havia sido relatada no Pará. O gênero Rotylenchulus constituiu-se como nova ocorrência, não havendo registro de sua ocorrência na região em outros trabalhos.
    Palavras - chave: Fitonematoides, Coriandrum sativum, Lactuca sativa

  • MIKE BARBOSA DOS SANTOS
  • ANALISE FILOGENÉTICA DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) NO GENE GAG CIRCULANTE NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 20/10/2015
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  • O HIV tem uma alta taxa de mutação, que resulta em uma diversidade em torno de 6% num mesmo indivíduo, podendo chegar a 50% entre indivíduos de diferentes regiões geográficas. No Brasil, a distribuição dos subtipos é complexa se comparada a de outros países da América do Sul, com a maior prevalência sendo do subtipo B, seguido pelo F, C e os recombinantes B/C, e B/F, além de relatados isolados dos subtipos D. O presente estudo teve como objetivo analisar a variabilidade genética no gene gag do HIV-1. Foram coletadas amostras de sangue de doze indivíduos portadores do HIV-1, seguindo as etapas de extração do DNA viral, amplificação, purificação e sequenciamento, e todas as sequências foram alinhadas com sequências referências adquiridas no Centro Nacional de Informações Biotecnológicas (NCBI), e as árvores filogenéticas foram inferidas pelos métodos de máxima verossimilhança e bayesiana. Foram identificados os subtipos B, F1 e um recombinante F1/B, o software online REGA foi utilizado como suporte e confirmação das árvores geradas nos demais métodos e na identificação de formas recombinantes. Embora já tenha como certo que os subtipos B, F1 e a forma recombinante F1/B já estão circulando no estado do Pará, estudos adicionais são necessários para a confirmação da prevalência desses e de outros, assim como a vigilância de uma possível entrada de novos subtipos e CRFs.

  • DEIVID OLIVEIRA DE CARVALHO
  • ESTUDO DA PREVALÊNCIA DOS MARCADORES SOROLÓGICOS PARA OS VÍRUS DAS HEPATITES B E C EM PACIENTES ATENDIDOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBS) DO MUNICIPIO DE BENEVIDES, PARÁ, BRASIL

  • Data: 07/10/2015
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  • O Vírus da hepatite B e o Vírus da hepatites C são agentes hepatotrópicos que provocam inflamação no fígado, o que aumenta a chance do paciente desenvolver cirrose hepática e carcinoma hepatocelular como complicação. Por serem causa de óbito na população mundial, são um dos principais problemas de saúde pública que afetam a população global. O presente estudo determinou a prevalência dos marcadores sorológicos para os Vírus das hepatites B e C em pacientes atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Benevides – Pa. Foram coletadas 194 amostras de sangue dos pacientes das UBS do município de Benevides – Pa, qual responderam um questionário epidemiológico e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. As amostras de sangue foram transportadas até o laboratório de Virologia na UFPA, onde foram processadas e analisadas para os marcadores para hepatite B (HBsAg, anti-HBc total e anti-HBs) e para o marcador para a hepatite C (anti-HCV) através do ensaio imunoenzimático (ELISA). Os resultados demonstraram uma prevalência de 0,5% (1/194) para os marcadores HBsAg, 3,6% (7/194) para anti-HBc total e anti-HBs, 3,0% (6/194) para anti-HBc isolado, 30,0% (58/194) para anti-HBs isolado e 69,9% (122/194) não foram reagente para nenhum marcador para o HBV. E nenhuma amostra análisada para o anti-HCV foi reagente. A análise estatística realizada mostrou existir associação entre o perfil sorológico e o estado civil, o qual os imunizados por infecção passada (anti-HBc total e anti-HBs reagentes) predominam os casados (57,1%). Entre os vacinados (60,3%) e os suscetíveis (44,3%) predominam os solteiros. Existe associação entre o perfil sorológico e a idade do paciente, sendo que nos vacinados a média da idade é menor que nos outros grupos (29,9±11,8 anos). Os resultados mostra uma baixa prevalência para infecção pelo HBV e não houve prevalência para o HCV, o qual sugere que haja uma estratégia para aumentar a cobertura vacinal na população em geral e campanhas educativas que alertam para os riscos de infecção das hepatites B e C.
    Palavras chaves: HBV; HCV; Soroepidemiologia

  • DANIELE FREITAS HENRIQUES
  • ESTUDO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA E ALTERAÇÕES TECIDUAIS HEPÁTICAS NAS INFECÇÕES EXPERIMENTAIS SEQUENCIAIS POR VÍRUS DENGUE EM Callithrix penicillata 

  • Data: 25/09/2015
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  • A Dengue constitui um dos principais problemas de Saúde Pública no mundo, e um dos fatores que colaboram com esta situação é a falta de uma vacina eficaz contra a doença, sendo que em parte, essa dificuldade para obtenção, se deve à inexistência de um modelo experimental que represente o quadro de infecção e manifestação da doença similar aos observados em humanos. Dessa forma, o Instituto Evandro Chagas demonstrou a presença de antígenos virais de dengue, através do teste de Imuno-histoquímica, em primata não humano (PNH) da espécie Callithrix jacchus, o qual evoluiu a óbito com quadro de dengue hemorrágica. Diante do exposto, aliados ao fato de que o fígado é o órgão onde se observa as principais alterações provocadas pelo Virus Dengue (VDEN) em humanos, torna-se importante analisar o fígado de primatas do gênero Callithrix a fim de estudar a patogênese e a imunopatologia da infecção sequencial pelo VDEN. No total, 26 PNH da espécie Callithrix penicillata foram submetidos a infecção primária (IP) por via subcutânea com VDEN-3 (3,23 x 103 PFU/mL), sendo 13 destes animais anestesiados e sacrificados diariamente por sete dias pós-infecção (dpi) (fase aguda) e em intervalos aleatórios até 60 dpi (fase convalescente); a infecção secundária (IS) com VDEN-2 (4,47 x 104 PFU/mL) foi realizada dois meses após a IP nos demais 13 animais. Animais sentinelas não infectados foram reservados até o final do experimento. O fígado dos animais foram processados para histopatologia e imuno-histoquímica usando anticorpos policlonais para VDEN e anticorpos para análises da resposta imune inata, celular e citocínica. Os PNH estudados foram suscetíveis à replicação sequencial do VDEN-3 e VDEN-2 no fígado, havendo expressão de antígenos virais em hepatócitos, células de Kupffer e nos corpúsculos de Councilman; o comprometimento histopatológico do fígado foi caracterizado por: presença de apoptose; focos de necrose lítica; esteatose; tumefação cellular; inflamação acinar, no espaço porta (EP) e na veia hepática central (VHC); hiperplasia/hipertrofia em células de Kupffer, bem como, hemossiderina em células de Kupffer; e dilatação dos sinusóides. A intensidade da lesão hepática foi proeminente na fase aguda da IP e IS, apresentando discreta hepatite aguda. A apoptose foi a forma predominante de morte em hepatócitos; bem como, necrose lítica e o infiltrado inflamatório apresentaram padrão de distribuição predominante em Z2. Observou-se aumento na expressão acinar de macrófagos ativados, células NK, proteína S-100 e linfócitos B durante as fases da IP e IS; houve ainda, aumento da expressão acinar de linfócitos TCD4+ durante a fase aguda da IP; observou-se aumento na expressão acinar de IFN- durante as fases da IP e IS, TNF-α e IL-8 com maior prevalência na IS, TGF-β e IL-10 mais expressas na fase aguda da IP, proteína Fas durante a fase aguda da IP e IS e VCAM na fase aguda da IS e aumento na expressão nos EP. Esses achados foram semelhantes aos observados em fígados de casos fatais de dengue em humanos, porém com intensidade e amplitude menor, sugerindo que PNH da espécie Callithrix penicillata é um bom modelo experimental para o estudo da infecção pelo VDEN, especialmente os aspectos imunopatológicos.

  • FABRICIO GONCALVES CORDEIRO
  • CARACTERIZAÇÃO CLINICO-EPIDEMIOLÓGICA DA SEPSE EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO EM BELÉM-PA

  • Data: 23/09/2015
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  • A sepse representa a segunda maior causa de morte dentro de unidades de tratamento intensivo (UTI), sendo estimados cerca de 19 milhões de casos no mundo todo por ano. Estudos no Brasil demonstram uma mortalidade acima de 40% para pacientes com sepse, sepse grave ou choque séptico, sendo que em 2009 atingiu 60%, a maior entre 37 países. Esta síndrome resulta tanto de infecções adquiridas na comunidade como aquelas de origem hospitalar, sendo a causa mais comum a pneumonia, seguida de infecções do trato urinário e intra-abdominais. Na literatura identificam-se padrões variados de agentes etiológicos para sepse, com predomínio das bactérias quando o estudo relaciona-se ao ambiente hospitalar, sobretudo, nas UTI. Constitui uma enfermidade tempo-dependente e seu diagnóstico é sugerido por dados clínicos e laboratoriais inespecíficos e confirmado, posteriormente, pelo isolamento do agente etiológico utilizando-se culturas de materiais biológicos. Assim, este estudo teve o objetivo de analisar as características clinico-epidemiológicas da sepse em pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva da FHCGV em Belém-PA. Tratou-se de um estudo de coorte, do tipo retrospectivo envolvendo pacientes que estiveram internados na UTI Geral da Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) no período de novembro de 2011 a outubro de 2014 diagnosticados com sepse, sepse grave ou choque séptico na admissão ou durante sua permanência na unidade, cuja definição dos casos de sepse foi baseada nas Diretrizes Internacionais para Tratamento da Sepse Grave e Choque Séptico publicadas em 2013. Foram revisados 167 prontuários médicos e coletados dados de interesse para o estudo, dentre os quais 27 pacientes (16,2%) com sepse, 62 (37,1%) com sepse grave e 78 (46,7%) com choque séptico. A mortalidade geral correspondeu a 75,45%. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino e com idade acima de 60 anos. A média de permanência na UTI foi de 39 dias e a permanência hospitalar de 63 dias de internação. As variáveis: presença de comorbidades, infecções de origem hospitalar, evolução para o choque séptico, realização de hemodiálise e a idade maior que 60 anos estavam significativamente associadas ao óbito. Evidenciou-se uma elevada mortalidade por sepse, sobretudo entre pacientes que desenvolvem o choque séptico. Assim, a sepse em Belém, não diferentemente do que refere a literatura mundial, é uma das principais causas de morte em UTI, ocasionando elevado impacto econômico e social para o doente e sua família. O desenvolvimento de novos estudos e o estabelecimento de protocolos clínicos, segundo as diretrizes da Campanha Sobrevivendo à Sepse podem aprimorar o atendimento de maneira racional e eficaz, permitindo a identificação antecipada de pacientes com risco de sepse, o que diminuiria o risco de morte associado à evolução para os estágios de sepse grave e choque séptico, e, por conseguinte, garantindo um prognóstico melhor aos sujeitos vitimados pela sepse.
    Palavras-chave: sepse, UTI, óbito, fatores de risco.

  • DINELMA DE JESUS MARTINS
  • POLIMORFISMOS DO GENE RECEPTOR HUMANO DE VITAMINA D (VDR) E SUA RELAÇÃO NA EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO PELO Helicobacter pylori NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM/PA

  • Data: 31/08/2015
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  • O Helicobacter pylori é um importante patógeno no contexto da saúde pública, pois está relacionado a etiopatogênese de muitas desordens gástricas. Os fatores genéticos do hospedeiro, aliado às características do ambiente e diversidade das estirpes bacterianas contribuem de forma significativa no estabelecimento, progressão e no desdobramento clínico da infecção. A vitamina D pode influenciar nesse processo, haja vista que ela é considerada um potente modulador do sistema imune inato e adaptativo. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo investigar a associação dos polimorfismos do gene receptor de vitamina D humano (VDR) com a presença da infecção causada pelo Helicobacter pylori. Para tanto, foi realizado um estudo transversal, analítico-descritivo, incluindo 208 indivíduos adultos com sintomatologias gástricas residentes na região metropolitana de Belém. A presença da infecção foi determinada a partir de análises histopatológicas e amplificação de DNA bacteriano por reação em cadeia de polimerase (PCR). Para genotipagem dos polimorfismos do gene VDR, a saber: BsmI (rs15444101), TaqI (rs731236), ApaI (rs7975232) e FokI (rs228570) foi empregada a técnica de PCR-RFLP, seguida da digestão com endonucleases específicas. Assim, a infecção pela H. pylori foi detectada em 56,25% dos pacientes pesquisados. Na análise das proporções genotípicas e alélicas dos polimorfismos FokI, ApaI e TaqI, verificou-se que não existiu diferenças na distribuição dessas proporções entre as amostras positivas e negativas para H. pylori, sendo que estas frequências amostrais estão compatíveis com o modelo de equilíbrio de Hardy-Weinberg. Em relação ao polimorfismo BsmI, foi observado um desvio significativo das frequências genotípicas observadas em relação as esperadas pelo teste de Hardy-Weinberg, ocorrendo um aumento do genótipo bb entre indivíduos com H. pylori positivo quando comparados com aqueles sem a infecção, 63,25% versus 50,55%, respectivamente. E ainda foi notado um aumento de 20,7% na frequência de heterozigotos Bb no grupo com H. pylori negativo em relação ao grupo de infectados, 37,36% versus 17,09%, respectivamente. Desse modo, os resultados apresentados neste estudo apontam para uma possível associação do polimorfismo BsmI com a infecção pela H. pylori. Entretanto, como ainda não foram descritas evidências consistentes de uma alteração funcional do receptor VDR com este SNP, se faz necessário efetuar abordagens mais extensas a nível molecular e que considere os níveis séricos da vitamina D nos pacientes com desordens gástricas, a fim de esclarecer melhor a relação destes polimorfismos no receptor VDR com a etiopatogênese da infecção pela H. pylori.
    Palavras-chave: Helicobacter pylori, Vitamina D, Polimorfismo, Gene VDR

  • MARIA IZETE MACHADO DE SOUSA
  • O PAPEL DA CHLAMYDIA PNEUMONIAE E DA CHLAMYDIA TRACHOMATIS COMO FATORES DE RISCO NA FORMAÇÃO DA PLACA DE ATEROMA E PROGRESSÃO À DOENÇA CARDÍACA

  • Data: 07/08/2015
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  • As doenças cardiovasculares (DCV) estão associadas a diversos fatores ambientais, comportamentais, bioquímicos e genéticos que podem contribuir para o desenvolvimento do ateroma. Esse estudo avaliou a participação da Chlamydia pneumoniae e Chlamydia trachomatis e sua associação à outros fatores de risco relacionados à formação do ateroma em 159 pacientes internados para a realização de revascularização do miocárdio (RM), 71 pacientes internados para troca de válvula (TV) mitral ou aórtica e 300 pessoas saudáveis (PS). Dos grupos RM e TV foram coletadas amostras de sangue no pré-operatório e preenchido questionário com informações sócio demográficas e das pessoas saudáveis amostras de sangue. A detecção de anticorpos para C. pneumoniae e C. trachomatis foi feita usando teste imunoenzimático do tipo Elisa. A maioria do grupo RM era do sexo masculino (68,6%), média de idade 60,4 anos e com baixo nível socioeconômico. O grupo TV divergiu desses dados em relação ao sexo (57,7% eram mulheres) e idade (média 45,8 anos). A soroprevalência de anticorpos para Chlamydia foi de 84,5%. Para a C. pneumoniae a prevalência de anticorpos foi de 83,6%, 84,5% e 80,3% e para a C. trachomatis de 30,6%, 20,3% e 36,7% (RM, TV e PS, respectivamente). No grupo RM as prevalências para C. pneumoniae e C. trachomatis foram maiores e significantes para os homens, idade maior de 50 anos, estado civil casado e foram associadas a hiperlipidemia, hipertensão, diabetes e ter gordura abdominal. Porém, o tabagismo foi associado somente a C. pneumoniae e a pré-existência de doença respiratória e PrtCR de alto risco somente a C. trachomatis. No grupo TV a prevalência foi elevada para o sexo feminino (C. pneumoniae 58,3%; C. trachomatis 57,1%), idade menor que 50 anos (60%; 50%). O risco de ter sido exposto a C. pneumoniae demonstrou ser maior para tabagistas. Para a C. trachomatis não houve associação entre o risco de ter sido exposto e as variáveis do estudo. Não houve associação entre a soroprevalência para C. pneumoniae e C. trachomatis e a DCV. Os resultados indicam a alta exposição dos participantes desse estudo e, consequentemente, da população aos agentes infecciosos e aos fatores preditores de DCV.

  • GLENDA ROBERTA OLIVEIRA NAIFF FERREIRA
  • EPIDEMIOLOGIA DOS VÍRUS DA HEPATITE B, VÍRUS DA HEPATITE C, TREPONEMA PALLIDUM E CHLAMYDIA TRACHOMATIS NO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PARÁ

  • Data: 05/08/2015
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  • O Arquipélago do Marajó se constitui a maior ilha fluvial do mundo. Em regiões afastadas dos grandes centros urbanos, como o Marajó, é importante o conhecimento da prevalência das infecções sexualmente transmissíveis. O presente estudo objetivou descrever a frequência e a distribuição das infecções pelos Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C, Treponema pallidum e Chlamydia trachomatis nos municípios de Chaves, Portel, Anajás e São Sebastião da Boa Vista, Arquipélago do Marajó, Pará. Foi realizado um estudo transversal com abordagem quantitativa, com a coleta de 1208 amostras de sangue, no período de outubro de 2012 a abril de 2013, nos quatro municípios. As amostras foram levadas para processamento no Laboratório de Virologia da UFPA. A abordagem sorológica consistiu em testar as amostras de plasma dos indivíduos para detecção de anticorpos específicos para C. trachomatis, T. pallidum, VHB e VHC. A persistência do VHB foi medida pela presença do HBsAg e a persistência do VHC foi confirmada pela presença de RNA viral. A prevalência de anticorpos para C. trachomatis foi de 30,8%, anti- T. pallidum foi de 9%, de anti-VHB foi 12,4% e de anti-VHC foi de 1,3%. Identificou-se marcadores de infecção passada pelo VHB (11,4%), de infecção crônica (0,9%), marcadores de imunidade vacinal (19,8%) e persistência do VHC em 1,3% da população estudada. Houve associação estatisticamente significante de anticorpos para C. trachomatis com o sexo feminino e a idade. O anti- T. pallidum foi associado com a idade, estado civil e escolaridade. O anti-VHB esta associado com o sexo masculino, idade e escolaridade. Entre os fatores de risco houve assosicação com anti-C. trachomatis e o uso de bebida e de drogas ilícitas. Entre o anti-T. pallidum e não possuir parceiro sexual fixo e nunca usar preservativos ou usá-lo as vezes. O estudo demonstrou a circulação de agentes infecciosos em populações afastadas dos grandes centros urbanos, cujo acesso é difícil. Para esses grupos deve-se planejar ações de prevenção e controle de doenças que considerem as características geográficas da região e da população.

  • RENATA GLAUCIA BARROS DA SILVA LOPES
  • ASSOCIAÇÃO DO STATUS SOCIOECONÔMICO COM A SOROPREVALÊNCIA DAS HEPATITES B E C EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA MESORREGIÃO DO MARAJÓ, PARÁ

  • Data: 04/08/2015
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  • As hepatites causadas pelo VHB e VHC são graves problemas de saúde pública, apresentam elevado potencial de se cronificar e aumentam o risco de afecções hepáticas graves como a cirrose e o carcinoma hepatocelular. Na infância a transmissão vertical e horizontal assumem grande importância, principalmente, nas áreas endêmicas para esses vírus, como na amazônica brasileira, onde está localizada a mesorregião do Marajó, no Estado do Pará. A prevalência destes vírus é maior em áreas mais pobres do globo, o que aponta o status socioeconômico (SSE) como um importante fator de risco à infecção. Este é um estudo epidemiológico do tipo transversal descritivo e analítico, o qual objetivou identificar a soroprevalência das infecções causadas pelo VHB e VHC em crianças e adolescentes de quatro municípios da mesorregião do Marajó, bem como correlacionar esta prevalência com o SSE da população estudada. Foram avaliadas crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, dos municípios Anajás, Chaves, Portel e São Sebastião da Boa Vista (SSBV), as quais responderam a questionários socioeconômicos e coletaram amostras de sangue, no período de setembro de 2012 a abril de 2013. Foram realizadas 721 sorologias para o VHB e 756 para o VHC. Para a detecção de anticorpos e antígenos do VHB e do VHC foram realizadas determinações de HBsAg, anti-HBs ,anti-HBc (total) e anti-VHC usando o ensaio imunoenzimático. Os dados foram tabulados e armazenados de acordo com cada município em um banco de dados usando o Software Epi Info versão 7. Para buscar associações entre os marcadores socioeconômicos e a presença dos marcadores sorológicos foi utilizado o Teste Exato de Fisher usando o Programa BioEstat 5.0. O número de significância adotado em todo trabalho foi de 5% (p=0,05). A soroprevalência de anti-Hbc foi de 3,2%; do marcador vacinal anti-HBs (isolado) foi de 53,1%, enquanto 46,9% dos sujeitos estudados apresentaram-se suscetíveis à infecção. A soropositividade do anti-VHC foi de 0,8% e a prevalência de co-infecção VHB/VHC foi de 0,1%. As prevalências encontradas permitem supor que a mesorregião marajoara estudada apresenta uma endemicidade moderada de VHB e baixa de VHC em crianças e adolescentes. Houve uma associação significativa do marcador vacinal e a renda familiar em SSBV, onde a população com renda superior a um salário apresentou maior cobertura vacinal. Desta forma, o SSE deficitário da região estudada refletiria na menor cobertura vacinal e, portanto, em maior suscetibilidade à infecção pelo VHB. Os números de crianças e adolescentes infectados pelos VHB e VHC nessa região, bem como a baixa cobertura vacinal, nos alertam para a intensa circulação desses vírus na mesorregião marajoara estudada.

  • LORENO DA COSTA FRANCEZ
  • Mammomonogamos EM BOVINOS E BUBALINOS NOS MUNICPÍPIOS DE SOURE, SALVATERRA E CACHOEIRA DO ARARI, NA ILHA DE MARAJÓ / BRASIL: Epidemiologia, Morfologia e Identificação Molecular

  • Data: 29/07/2015
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  • A mammomonogamose é uma doença ocasionada por helmintos do gênero Mammomonogamus, seus representantes são encontrados em cópula permanente, descritos parasitando laringe de ruminantes domésticos, particularmente bovinos e bubalinos. Para analisar a etiologia e epidemiologia desta enfermidade no Ilha de Marajó, Estado do Pará-Brasil, foram inspecionadas as laringes de 225 animais entre bovinos e bubalinos destinados ao abate no Matadouro Municipal de Soure, sendo 166 bubalinos e 59 bovinos, provenientes dos municípios de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari. Os nematódeos foram colhidos de forma ativa, quantificados e fixados em álcool 70% aquecido a 60º C. Do total de animais inspecionados 96 (44%) estavam parasitados por nematódeos do gênero Mammomonogamus, sendo 17 (28,81%) bovinos 79 (47,59%) bubalinos. A amplitude parasitária variou de 2-19 para bovinos e 1-214 para bubalinos, sendo estes mais susceptíveis a ocorrência destes nematóides quando comparados a intensidade de Mammomonogamus observada em bovinos. Através dos dados morfométricos observou-se resultados similares para os parasitos de bubalinos e bovinos, sugerindo a existência de apenas uma espécie envolvida na infecção. Contudo os dados moleculares do sequenciamento do gene COI de exemplares coletados de bubalinos e bovinos demonstraram a presença de duas espécies de Mammomonogamus nestes ruminantes, principalmente através das observações do agrupamento dos noves haplotipos em dois haplogrupos, com uma distância pcorrigida com intervalo de 0,14% - 2,12% entre as sequencias nucleotídicas do haplogrupo A e 0,88% - 1,63% entre as sequencias nucleotidicas do haplogrupo B e quando comparados os haplogrupos, constatou-se uma distância p de 27,00% - 31,27%, sendo assim, se pode concluir que os 96 animais que se mostraram positivos para helmintos do gênero Mammomonogamus estão parasitados por dois táxons específicos distintos, entre eles M. laryngeus, não podendo ser provada a existência de coinfecção, mas sim, a inexistência de espécie hospedeiro-específica causadoras das mammomonogamoses em bovídeos na Ilha de Marajó.
    PALAVRA-CHAVE: Mammomonogamus, Bubalinos, Bovinos, Ilha de Marajó.

  • TEREZA CRISTINA MONTEIRO GURJAO
  • GENÓTIPOS DO VÍRUS DA HEPATITE A DETECTADOS EM DIFERENTES ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E A RELAÇÃO DO VÍRUS COM OS INDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA, BELÉM, PARÁ, BRASIL 

  • Data: 28/07/2015
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  • O vírus da hepatite A (VHA), principal causador da hepatite aguda, apresenta seis diferentes genótipos, os quais incluem isolados de origem humana (I, II e III) e símia (IV – VI). Existem poucos dados sobre os genótipos do VHA circulantes na região Amazônica, e no Estado do Pará um número limitado de isolados tem sido caracterizado a nível genômico. Este estudo objetivou a determinação dos genótipos do VHA circulantes nos ambientes aquáticos da cidade de Belém e a relação do VHA com parâmetros físico-químicos e bacteriológicos da água. Entre 2009 e 2010, 2L de água e de esgoto foram coletados mensalmente na baía do Guajará, rio Guamá, igarapé Tucunduba e na EEE-UNA. A concentração viral foi realizada pelo método de adsorção-eluição em membrana eletronegativa, seguido de reconcentração por ultrafiltração no Amicon Ultra-15. O RNA viral foi detectado por nested PCR precedida por transcriptase reversa e os produtos positivos foram submetidos a sequenciamento nucleotídico. A quantificação de coliformes termotolerantes e Escherichia coli, bem como os valores de pH, temperatura da água, turbidez, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido (OD), sólidos totais dissolvidos, salinidade e sólidos totais em suspensão também foram determinados. O RNA do VHA foi detectado em 39/88 (44%) das amostras e a análise filogenética da sequência da região de junção VP1/2A mostrou que todos os isolados ambientais deste estudo pertenciam ao genótipo I, com a cocirculação dos subgenótipos IA e IB, onde 37 isolados (95%) agruparam no subgenótipo IA e 2 (5%) no IB, seguindo o padrão de distribuição do VHA no país. Os isolados do subgenótipo IA apresentaram maior diversidade do que os isolados IB a nível nucleotídico. A alta similaridade com sequências brasileiras evidencia a circulação endêmica dos isolados do VHA no Brasil. As sequências preditas de aminoácidos apresentaram alto nível de conservação. As concentrações de coliformes termotolerantes variaram de 4,10 x 103 a 6,49 x 106 NMP/100 mL e E. coli variou de 2,00 x 103 a 5,79 x 106 NMP/100 mL, ultrapassando em todos os meses os limites estabelecidos pelo CONAMA 357/05. A análise de regressão logística demonstrou que não houve correlação entre a presença do VHA e os parâmetros físico-químicos e bacteriológicos da água. Os valores médios de OD estiveram abaixo do limite mínimo de 4 mg/L-1 O2 estabelecido pela legislação vigente. Os resultados obtidos evidenciaram a cocirculação dos subgenótipos IA e IB nesta região, provendo informações adicionais sobre a epidemiologia molecular do VHA no Brasil, bem como o alto grau de contaminação microbiológica dos corpos hídricos da cidade de Belém, resultado do deficitário serviço de saneamento básico.
    Palavras-chave: VHA. Genotipagem. Análise físico-química. Análise bacteriológica.

  • DAILSON COELHO ABREU
  • POTENCIAL ENTOMOLÓGICO DA MALÁRIA HUMANA NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA-PA, ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO DE BELO MONTE

  • Data: 28/07/2015
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  • A Malária é uma das mais graves doenças infecciosas do mundo causada por protozoários do gênero Plasmodium que são transmitidos pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. No Brasil 99% dos casos de malária estão concentrados nos estados que compõe a Amazônia, onde 33 espécies de mosquitos anofelinos ocorrem, distribuídas em dois subgêneros (Nyssorhynchus e Kerteszia). Este estudo objetivou monitorar a transmissão de malária humana no município de Altamira, área de implantação do projeto de Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte. Foram determinadas a diversidade e densidade, o índice de picada/homem/hora, as taxas de paridade e infecção, índice de inoculação anual, a correlação entre a temperatura e umidade relativa do ar na ocorrência, e o período do ano de maior ocorrência de mosquitos anofelinos. Foram coletados 223 espécimes adultos de fêmeas de anofelinos, distribuídas em nove espécies. As coletas de formas imaturas apresentaram resultados divergentes em relação às espécies adultas. A espécie An. darlingi foi a mais dominante entre os horários de coleta, An. nuneztovari e An. triannulatus apresentaram maior distribuição entre os meses de coleta e An. galvaoi a mais frequente. O mês de fevereiro apresentou maior frequência e riqueza. O índice de picada/homem/hora médio foi 0,26 e anual 76,65. O horário de 18h00min às 22h00min, mostrou-se preferível para hematofagia. Das 61 fêmeas dissecadas apenas nove estavam paridas. Foram positivos para infecção por plasmódio, um An.darlingi para P. vivax VK247, um An. albitarsis para P. vivax VK 247, e um pool contendo três espécimes de An. nuneztovari positivo P. vivax VK 210. Os Índices de Inoculação Anual foram: 2012 = 472,2; 2013 = 142,35; 2014 = 0,0. Não houve correlação, entre o número de indivíduos coletados e as variações mensais da temperatura (p-valor = 0,9422) e entre umidade relativa do ar (p-valor =0,8125). A transmissão de malária no município de Altamira comportou-se regressivamente durante os anos de estudos e a diversidade e densidade de mosquitos do gênero Anopheles está diminuindo.

  • IZABELA CHAVES DE ARAÚJO
  • NÚMERO DE CASOS DE MALÁRIA E INFECTIVIDADE DE Anopheles spp. EM DEZ MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2010 A 2014

  • Data: 01/07/2015
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  • A malária é uma doença endêmica da Região Amazônica, onde o Estado do Pará prevalece como um dos estados da região onde mais são registrados casos da doença. O objetivo do presente estudo foi buscar uma associação entre o número de casos de malária registrados no Pará no período de 2010 a 2014 e a taxa de infectividade de mosquitos do gênero Anopheles coletados durante esse período. As áreas de estudo escolhidas foram os municípios de Anapu, Altamira, Canaã dos Carajás, Goianésia do Pará, Itaituba, Pacajá, Parauapebas, Peixe-Boi, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. No período de estudo, foram coletados e identificados ao todo 4.050 mosquitos, dos quais 1766 foram Anopheles darlingi, 1169 Anopheles albitarsis s.l., 422 Anopheles triannulatus, 607 Anopheles nuneztovari, 200 Anopheles oswaldoi, 83 Anopheles galvaoi, 192 Anopheles strodei, 33 Anopheles braziliensis, 24 Anopheles peryassui, 2 Anopheles mediopunctatus, 4 Anopheles evansae, 35 Anopheles mattogrossensis, 1 Anopheles intermedius e 2 An. aquasalis. Foram registrados ao todo pelo SIVEP-Malária um total de 97.015 casos de malária nos municípios alvo neste estudo. Dos 4.050 mosquitos testados, 20 foram positivos para o teste de ELISA, totalizando taxa de infectividade igual a 0,48%. Ao todo, 18 exemplares de Anopheles darlingi estavam infectados por Plasmodium falciparum ou Plasmodium vivax e 2 Anopheles nuneztovari infectados por P. vivax. O teste estatístico Correlação de Spearman encontrou fraca associação entre as variáveis ‘casos de malária registrados’ e ‘taxa de infectividade dos mosquitos capturados’ em oito dos dez municípios estudados. Este estudo concluiu que o número de casos de malária no Pará continua em declinio, An. darlingi é o principal vetor da malária no Pará e que An. nuneztovari desempenha papel secundário na transmissão da doença. O P.vivax continua a ser o mais prevalente protozoário causador de malária no estado do Pará.
    Palavras-chave: Anopheles, infectividade, Pará.

     

  • JOSE EDUARDO GOMES ARRUDA
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS NOS GENES FAS E FASL EM PACIENTES INFECTADOS COM Plasmodium vivax NO MUNICÍPIO DE GOIANÉSIA DO PARÁ - PA

  • Data: 19/06/2015
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  • No presente estudo foi investigada a existência de associação entre os polimorfismos FAS -670 A>G, FAS -1377 G>A, FASL -844 C>T, FASL -124 A>G e FASL -169 T>delT com a infecção por P. vivax em um grupo de 129 indivíduos infectados e 99 não infectados no momento da coleta do material biológico, ambos residentes do município de Goianésia do Pará – PA. A genotipagem dos polimorfismos foi efetuada pelo método Taqman® SNP (Life Technologies®, CA, Estados Unidos), por PCR em Tempo Real (q-PCR). As análises das distribuições das frequências alélicas e genotípicas nas posições FAS -670 A>G, FASL -844 C>T, FASL -124 A>G e FASL -169 T>delT não demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre as populações estudadas, o que sugere a ausência de associação entre os polimorfismos analisados nestes genes e a suscetibilidade à infecção pelo P. vivax. A análise da distribuição das frequências alélicas (p=0,0008) e genotípicas (p=0,0039) no FAS -1377 G>A demonstrou diferenças estatisticamente significativas, sugerindo assim, associação entre o polimorfismo e suscetibilidade a infecção. A análise comparativa da média de carga parasitária entre os portadores dos diferentes genótipos e haplótipos para os polimorfismos dos genes FAS e FASL não evidenciaram nenhuma diferença significante, sugerindo desta forma, que os polimorfismos estudados não influenciam no curso da infecção por P. vivax. A análise da distribuição das frequências genotípicas do polimorfismo FAS -1377 G>A demonstrou maior prevalência do genótipo selvagem GG em indivíduos que já haviam tido múltiplas infecções, quando comparado aos primo-infectados, sendo tal diferença estatisticamente significante (p = 0,0006), o que pode sugerir uma maior susceptibilidade para os portadores do genótipo selvagem. Ressalta-se que apesar dos resultados evidenciarem apenas o polimorfismo FAS -1377 G>A associado com a possível susceptibilidade ao P. vivax, acredita-se que sejam necessárias novas investigações sobre as possíveis implicações funcionais dos polimorfismos dos genes FAS e FASL no desenvolvimento da resposta imune a esta infecção, mais especificamente daquele em que associação significativa foi encontrada.
  • VERA REGINA DA CUNHA MENEZES PALACIOS
  • HANSENÍASE E GRAVIDEZ  NO  BRASIL, NO PERÍODO DE 2010  A  2012

  • Data: 11/06/2015
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  • O Brasil mantém a segunda posição global em incidência e prevalência quanto a  hanseníase. Dos mais de cinco mil municípios brasileiros, 252 são prioritários,sendo 35% dos casos  notificados na Amazônia.  Casos de hanseníase e gravidez associados à gestação são registros poucos comuns, com  publicações antigas sobre o tema. Prevalecem  informações de que a gravidez não interfere no curso da hanseniase, mas a hanseníase pode interferir no curso gestacional, sendo o fenômeno ou reação de Lúcio mais frequente e mais no último trimestre gestacional. Objetivou-se estudar a situação epidemiológica dessa associação no Brasil, através da taxa ou coeficiente de detecção, por municípios, estados  e regiões brasileiras no período de 2010 a 2012.  Foram analisadas  variáveis sócio-demográficas, operacionais e indicadores epidemiológicos, utilizando as informações obtidas do banco de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação(SINAN), Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA), Intituto de Geografia e Estatística(IBGE), Ministério da Saúde (MS) e Laboratório de geoprocessamento do Instituto Evandro Chagas.  Foi construído um indicador epidemiológico, o Coeficiente de Detecção da Associação entre Hanseníase e Gravidez (CDHG), a partir do qual  foi proposta por análise  estatística  a criação dos  novos valores que compõem os parâmetros de endemicidade (hiperendemico,  muito alto, alto,  médio e baixo) da hanseníase associada à gravidez.  O  CDHG avalia a magnitude da associação permitindo sua distribuição espacial em cada unidade geográfica  municipal e estadual do Brasil. Os resultados  das análises das variáveis e indicadores demonstraram que o Sistema de Vigilância vem sendo ineficaz para o alcance da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), de reduzir  a prevalência da hanseníase para menos de um caso a cada 10.000 habitantes, assim deixando de ser considerado problema de saúde pública. A interpretação dos parâmetros dos CDHG possibilitou que análises qualiquantitativas pudessem ser geradas, permitindo desenhar o panorama epidemiológico da associação, o que poderá servir como nova e útil ferramenta  de análise, pois produziu conteúdos informacionais que poderão contribuir para o planejamento e adoção de medidas eficientes e eficazes de vigilância e controle  no Brasil. Há imperativa necessidade de mais estudos acerca do tema, visto que aspectos imunológicos e epidemiológicos carecem de melhores esclarecimentos, somados  as poucas publicações existentes.


  • EDILSON COELHO SAMPAIO
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E DOS FATORES DE RISCO ÀS INFECÇÕES POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS E TREPONEMA PALLIDUM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES RESIDENTES NO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PARÁ, BRASIL

  • Data: 29/05/2015
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  • As bactérias do gênero Chlamydia estão associadas à diversas doenças, como cegueira, infecções genitais e pneumonia, bem como as bactérias do gênero Treponema, especificamente a espécie Treponema pallidum, que são diretamente responsáveis pelos casos de sífilis. Existem poucos dados sobre como a Chlamydia trachomatis e o T. pallidum afetam as populações localizadas no Arquipélago do Marajó, Pará, Brasil. Este estudo objetivou determinar a prevalência das infecções por C. trachomatis e T. pallidum em crianças e adolescentes residentes nos municípios de Chaves, Anajás, São Sebastião da Boa Vista e Portel, no Arquipelágo do Marajó, Pará, Brasil, promovendo a correlação entre o nível socioeconômico e o risco da infecção pelos agentes investigados. O estudo incluiu 848 indivíduos na faixa etária de 0 a 18 anos, dos quais amostras de sangue e dados epidemiológicos foram coletadas no período de Setembro 2012 a Abril de 2013. A detecção de anticorpos das classes IgG e IgM anti-Chlamydia foi realizada empregando-se o ensaio imunoenzimático (ELISA) e através de Imunofluorescencia Indireta (IFI), respectivamente. Para detecção de anticorpos anti-Treponema foi utilizado um teste treponêmico (ELISA) e as amostras positivas foram submetidas a um teste não treponêmico (RPR). A prevalência geral de anticorpos anti-Chlamydia foi de 10,1%. e a prevalência de anticorpos contra Treponema pallidum foi de 1 %, considerada baixa. A única associação significativa com a soroprevalência de Chlamydia trachomatis encontra-se no município de Anajás e está relacionada a variável início da vida sexual (p=0,0276). A infecção por Treponema apresentou maior frequência em indivíduos do gênero feminino (n=6), na faixa etária entre 13 a 18 anos (n=4) (p= 0,0279) e com renda familiar abaixo de três salario mínimos (n=4). A Soroprevalência de Chlamydia trachomatis foi maior que a soroprevalência de Treponema pallidum nas populações estudadas. A C. trachomatis esta em circulação nos municípios estudados, com exceção do município de São Sebastião da Boa Vista. Os indivíduos do gênero feminino, entre 13 a 18 anos, com renda familiar abaixo de três salários mínimos estão mais susceptíveis a infecção por Chlamydia e Treponema.
    Palavras-chave: Nível socioeconômico, Chlamydia trachomatis, Treponema pallidum, Epidemiologia.

  • THAIS HETIERRE ABREU MONTEIRO
  • SANEAMENTO BÁSICO, CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E O GRAU DE RISCOS PARA PRESENÇA E MANUTENÇÃO DA MALÁRIA EM ÁREA DE BAIXA TRANSMISSÃO

  • Data: 15/05/2015
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  • INTRODUÇÃO: A Região Amazônica é endêmica para a malária e o Estado do Pará registra uma das principais casuísticas desta nosologia no Brasil. OBJETIVO: Avaliar os indicadores das dimensões de saneamento básico e socioeconômicas do município de Ananindeua no Estado do Pará, bem como, o perfil dos casos notificados de malária, a espécie prevalente de Plasmodium e classificar o grau de risco desse município de contrair malária com base no Índice Parasitário Anual (IPA) de Malária, relativos aos anos de 2003 a 2013. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo. Os dados das dimensões de saneamento básico e socioeconômicas foram retirados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações dos números de casos para os cálculos dos IPA’s, espécies prevalente, e serie mensal foram extraídos dos Resumos Epidemiológicos de Malária do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológico de Malária (SIVEP/ Malária) e os elementos da feição dos casos de 2013 saíram das fichas de notificação do SIVEP/Malária presentes na Unidade de Endemias do município de Ananindeua dos casos de 2013. Estudo não precisou passar por avaliação de um Comitê de Ética e Pesquisa. RESULTADOS: Os indicadores das condições de saneamento básico e socioeconômicas são considerados bons em Ananindeua, sendo considerado ruim apenas para abastecimento de água. Dos 1557 casos avaliados no período estudado, 1546 (99,29%) foram ocasionados por Plasmodium vivax, com valores irrisórios por outras espécies ou por malária mista. No ano de 2003 houve 756 notificações, ocorrendo uma redução brusca no numero de casos registrados, com apenas 13 casos em 2012, porém sendo surpreendido com um surto em 2013, onde ocorreram 142 casos. Segundo a classificação de risco para malária, o IPA do município de Ananindeua foi de baixo risco em 2003 e isento de risco nos demais anos e a feição dos casos de 2013 foi predominantemente de indivíduos do gênero masculino, com idade ≥ 40 anos, com ensino fundamental. CONCLUSÃO: Nossos resultados confirmam a não endemicidade do município, porém o surto ocorrido em 2013 indica a necessidade de reforçar as atividades de prevenção e controle, bem como a vigilância para reduzir o risco de novos surtos e consequente impacto econômico e social na população.

  • CINTIA YOLETTE URBANO PAUXIS ABEN ATHAR
  • ESCALA SALSA COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DAS LIMITAÇÕES NAS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE HANSENÍASE

  • Data: 30/04/2015
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  • hanseníase é uma doença infecto contagiosa de evolução crônica, que tem como consequência o acometimento da pele e dos nervos periféricos. O que repercute em perda de sensibilidade e de paralisia muscular que se não diagnosticada precocemente e tratada pode evoluir para incapacidades físicas irrecuperáveis. O presente estudo tem como objetivo avaliar as limitações de atividade da vida diária impostas pela hanseníase nos pacientes do Município de Belém/PA. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Utilizou-se como instrumentos para a coleta das variáveis do estudo um formulário e a escala SALSA. Foram entrevistados 84 pacientes portadores da doença em tratamento nas Unidades Municipais de Saúde de Belém/PA. Os resultados obtidos demonstraram maior prevalência do sexo masculino (64,29%), estado civil casado (52,38%), o grupo etário predominante compreende as idades entre 31 a 40 anos (26,19%), quanto a escolaridade destacou-se o ensino fundamental (50,00%), entre as profissões/ocupações a de autônomo (36,90%) e entre as rendas familiares 40,48% tinha menos que um salário mínimo. Para o quadro clínico, observou-se que o modo encaminhado foi o mais frequente (65,48%). Houve predominância do esquema operacional multibacilar (80,95%), a forma clínica mais encontrada foi a dimorfa (57,14%), apenas 16 pacientes apresentaram reação hansênica, sendo mais recorrente a reação tipo 1 ou reação reversa (17,67%). Na avaliação de incapacidade física (41,67%) apresentaram grau 0, no entanto 36,90% não receberam avaliação. Em relação ao escore SALSA, a pontuação variou de 17 a 59, pontos, o escore predominante foi o sem limitação (53.57%). O escore de consciência de risco variou de 0 a 8, o escore mais constante foi o 0 (55,95%), ou seja, tais pacientes não possuíam consciência de risco. Foi identificado, por meio de associação, que os pacientes que possuem reação hansênica tinham 7 vezes mais chances de desenvolver limitação de atividade. E os que possuíam incapacidade física tinham aproximadamente 4 vezes mais chances de evoluir para um quadro de limitação de atividade. Ao ser avaliada a sensibilidade sensorial, de olfato e de paladar, identificou-se que 70,24% não apresentaram tais alterações sensoriais.
    Palavras Chaves: Hanseníase. Atividades da Vida Diária. Autocuidado.

  • MARCELA NUNES VIDEIRA
  • ASPECTOS MORFOLÓGICOS, HISTOPATOLÓGICOS E MOLECULARES DE MICROPARASITAS DE Aequidens plagiozonatus KULLANDER, 1984 (TELEOSTEI:CICHLIDAE) E DE Gobioides broussonnetii LACEPÈDE, 1800 (TELEOSTEI: GOBIIDAE) PROVENIENTES DA AMAZÔNIA PARAENSE

  • Data: 20/02/2015
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  • Diante do pouco conhecimento dos parasitos de peixes que fazem parte da pesca ornamental da Amazônia, este trabalho teve como objetivo caracterizar os microparasitas de duas espécies de peixes desta região, Aequidens plagiozonatus (Acará pixuna) e Gobioides broussonnetii (peixe-dragão), provenientes, respectivamente do rio Peixe-boi (município de Peixe Boi-PA) e do rio Paracauari (município de Salvaterra-PA). Foram utilizadas técnicas de biologia molecular, histologia e ultraestrutura na descrição taxonômica das espécies, para análise da relação parasito-hospedeiro, verificação das alterações histopatológicas e o posicionamento filogenético. Os resultados foram dispostos em cinco trabalhos publicados, um aceito, um submetido à publicação e um em preparação, os quais reportam a estudos morfológicos, filogenéticos e da interação parasito-hospedeiro. Para G. broussonnettii foi descrita uma nova espécie parasita da vesícula biliar, Ellipsomyxa gobioides n. sp. e foi reportada a ocorrência de miosite necrosante associada ao parasitismo por Myxobolus sp., além de um achado incidental de um cestoide da Ordem Trypanorhyncha. A esteatose hepática foi associada ao parasitismo por microsporídios no hospedeiro G. grahamae. Com relação a A. plagiozonatus, descreveu-se a ocorrência de coccidiose hepática causada por Calyptospora sp. Esta última espécie também apresentou parasitismo por 3 novas espécies não descritas na literatura: Henneguya aequidens n. sp. (Myxozoa) nas brânquias, Potaspora aequidens n. sp (Microsporidia) na musculatura subopercular e nadadeiras e Ortholinea amazonica n. sp. (Myxozoa) na bexiga urinária. Ressalta-se ser a primeira ocorrência do gênero Ortholinea nas américas. A diversidade de microparasitas encontrada nas espécies de peixes alvos deste estudo evidenciam a necessidade de se intensificar o estudo da diversidade e do potencial patogênico destes parasitas da ictiofauna amazônica.

  • BRUNO JOSÉ MARTINS DA SILVA
  • AÇÃO IMUNOMODULADORA E LEISHMANICIDA DO EXTRATO AQUOSO PROVENIENTE DA RAIZ DA PLANTA Physalis angulata

  • Data: 23/01/2015
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  • As leishmanioses são doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania. Esses protozoários multiplicam-se em células fagocíticas, principalmente macrófagos, que desempenham importante função na defesa do organismo. Os macrófagos pertencem ao sistema de fagócitos mononucleares, e são derivados dos precursores mielóides da medula óssea. O tratamento mais efetivo para as leishmanioses ainda é a quimioterapia, além do custo elevado, as drogas são tóxicas e requerem um longo período de tratamento. Atualmente, alguns produtos naturais são considerados importantes fontes alternativas de novos agentes leishmanicidas. Nesse contexto se destaca a planta Physalis angulata, uma planta amplamente utilizada na medicina popular. Desta forma, este estudo pretende avaliar a propriedade imunomoduladora e ação leishmanicida do extrato aquoso obtido da raiz de Physalis angulata (EAPa). Células da medula óssea foram obtidas por lavagem dos fêmures, mantidas em cultura e tratadas com EAPa na concentração de 100 μg/mL. Foi observado por microscopia óptica um aumento da área celular, aumento da habilidade de espraiamento celular e do número de projeções citoplasmáticas. Além disso, EAPa não promoveu a proliferação de linfócitos e polimorfonucleares, no entanto promoveu o aumento do número de mononuclerares na cultura. Análise ultraestrutural por Microscopia Eletrônica de Transmissão revelou que as células tratadas com EAPa mostraram um numero elevado de projeções citoplasmáticas e de vacúolos autofágicos. Além disso, um aumento da expressão de LC3b em células tratadas foi detectado por citometria de fluxo, sugerindo um processo autofágico. A detecção por citometria de fluxo das proteínas CD11b e F4/80 revelou que EAPa pode estimular diferenciação de células da medula óssea principalmente em macrófagos. EAPa não diferencia células da medula óssea em células dendríticas, como avaliado por CD11c. Análise da resposta microbicida das células tratadas com EAPa pela citoquímica nitro tetrazólio azul (NBT) mostrou que apenas células com pequeno volume citoplasmático apresentaram um aumento da produção de ânion superóxido. Entretanto, EAPa não promoveu o aumento da produção de óxido nítrico e da atividade fagocítica. Com relação a ação de EAPa sobre o protozoário Leishmania, foi observado que EAPa apresentou uma atividade antiproliferativa sobre as formas intracelulares de L. (L.)  amazonensis. As células da medula óssea que foram tratadas com a concentração de 100 μg/mL de EAPa por 96 horas antes de interação e 24 horas após a internalização dos parasitos apresentaram uma redução de 23,8%, e as células que foram tratadas durante 48 horas antes de interação e posteriormente tratadas por 24 e 72 horas com 100 μg/mL de EAPa apresentaram uma diminuição do número de parasitos intracelulares de 22,7% e 96,5%, respectivamente. Entretanto, as células que receberam tratamento apenas antes da interação apresentaram uma pequena redução de 4,2%. AEPa apresentou uma ação seletiva sobre as formas promastigotas de L. (L.) amazonensis, foi observado um aumento da produção de espécies reativas de oxigênio em promastigotas de L. (L.) amazonensis tratadas com 100 μg/mL de EAPa nos períodos de 48 (47,67%) e 72 horas (81,42%) de tratamento, quando comparado ao grupo controle. Análise por citometria de fluxo mostrou que EAPa promoveu a morte por apoptose em promastigotas de L. (L.) amazonensis, foi observado um aumento da marcação para Anexina V nas células tratadas em relação ao controle. Não foi observada diferença na marcação para o Iodeto de Propídio e proteína LC3b em promastigotas tratadas quando comparado ao controle. Além disso, nenhum efeito citotóxico foi observado nas células tratadas com EAPa. Estes resultados demonstram que o extrato aquoso obtido da raiz de Physalis angulata é capaz de induzir a diferenciação das células da medula óssea em macrófagos, promover ativação dos macrófagos por meio da produção de ânion superóxido, além de apresentar ação leishmanicida.

  • PAULA CRISTINA RODRIGUES FRADE
  • AÇÃO DO ÁCIDO KÓJICO (AK) SOBRE NEUTRÓFILOS HUMANOS E DURANTE INFECÇÃO COM Leishmania (Leishmainia) amazonensis

  • Data: 22/01/2015
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  • Neutrófilos são fagócitos envolvidos na resposta imune primária para eliminar patógenos. Leishmania é um protozoário responsável por uma das doenças infecciosas mais importantes do mundo. A quimioterapia é o único tratamento efetivo, mas além do custo elevado, os fármacos são tóxicos e requerem um longo período de tratamento. Por isso a busca por novos quimioterápicos é de grande interesse. Neste trabalho, foi utilizado Ácido Kójico (AK), um metabólito secundário sintetizado por algumas espécies de fungos dos gêneros Aspergillus, Penicillium e Acetobacter. AK tem várias aplicações, sendo usado como aditivo alimentar, cosméticos, agente antitumoral, ativador de macrófagos e também como agente leishmanicida. Assim, este estudo foi realizado para determinar os efeitos do AK como indutor da ativação de neutrófilos humanos e durante a interação com Leishmania (Leishmania) amazonensis. Neutrófilos foram tratados previamente por 1 hora com 50 μg/ml de AK e três ensaios foram utilizados para avaliar a viabilidade celular. Os resultados mostraram que AK não possui efeito citotóxico em neutrófilos. Análises morfológicas mostraram grande habilidade de espraiamento, formação de pseudópodes, rearranjo dos filamentos de actina, intensa vacuolização e aumento do volume celular, características que são frequentemente observadas em células ativadas. O aumento da área citoplasmática foi confirmado por análise morfométrica. Posteriormente, foi avaliado o “burst” oxidativo em neurófilos induzido por AK (espécies reativas de oxigênio - ROS, atividade da mieloperoxidase e óxido nítrico - NO), que são importantes mediadores leishmanicidas. Células tratadas com AKdemonstraram atividade microbicida que ocorreu por meio da produção de ROS, aumento da atividade da mieloperoxidase (MPO), porém não ocorreu produção de NO. Neutrófilos tratados possuíram maior capacidade de fagocitar parasitas Leishmania e o número de parasitas intracelulares diminuiu após 6 horas. Essa diminuição foi associada com a produção de radicais superóxidos. Em conclusão, esses resultados mostram que AK pode estar envolvido na ativação de neutrófilos por meio da produção de ROS, sugerindo um possível mecanismo de controle em neutrófilos infectados por Leishmania.

2014
Descrição
  • SAMIRES AVELINO DE SOUZA FRANCA
  • Caracterização epidemiológica e molecular da infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T humanas em Chaves, Marajó, Pará.

  • Data: 12/12/2014
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  • O Vírus Linfotrópico de Céulas T Humanas (HTLV) foi isolado pela primeira vez nos Estados Unidos, em linfócitos T de um paciente com linfoma, sendo o primeiro retrovírus associado à ocorrência de doenças linfoproliferativas em seres humanos, tais quais neoplasias hematológicas e desordens neurodegenerativas. O HTLV-1 e HTLV-2 são endêmicos nos continentes Asiático, Africano e nas Américas e seus principais meios de transmissão incluem a via parenteral e vertical. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de infecção pelo HTLV no município Chaves, Arquipélago do Marajó – Estado do Pará; e correlacioná-la às características epidemiológicas da população estudada. Participaram do inquérito epidemiológico 442 chavienses, mas apenas 377 amostras biológicas puderam ser coletadas para análises laboratorias. Os participantes foram triados para presença de anticorpos anti-HTLV, através de ensaio imunoenzimático e os positivos submetidos à confirmação da infecção por PCR e sequenciamento. A soroprevalência de HTLV em Chaves foi de 1,32% (5/377). As cinco amostras soropositvias foram analisadas por biologia molecular, através da amplificação da região pX e 5’LTR, e posterior digestão enzimática para identificação do tipo viral infectante. A pesquisa de DNA proviral detectou real prevalência de 0,53% (2/377)            de infecção em Chaves. Foram encontrados, portanto, dois casos de infecção pelo HTLV-1 em Chaves no Marajó; e a subtipagem na plataforma BLAST permitiu a identificação destes como pertencentes ao subtipo Cosmopolita subgrupo Transcontinental. Os indivíduos infectados eram mulheres, com idade superior a 30 anos, de baixa renda. Ambas relataram uso inconstante de preservativos e uma delas teve iniciação sexual precoce, todos estes fatores de risco para infecção pelo HTLV. Este subtipo de HTLV-1 é o único encontrado em populações urbanas e ribeirinhas da Amazônia, exceto entre imigrantes japoneses, onde também circula o Subgrupo Japonês. A vigilância epidemiológica contínua deve ser estimulada na região, no intuito de detectar eventuais mudanças na distribuição viral, bem como prevenir comorbidades entre os portadores da infecção.

  • RENATA BEZERRA HERMES
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS E DA EXPRESSÃO DOS GENES NGF, NGFR e FOXP3 COM A INFECÇÃO POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS e CHLAMYDIA PNEUMONIAE EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA CARDÍACA


  • Data: 11/12/2014
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  • Com o objetivo de avaliar a ocorrência de uma possível associação dos marcadores imunogenéticos NGF, NGFR e FOXP3 e a infecção por Chlamydia trachomatis e Chlamydia pneumoniae em indivíduos portadores de doença cardíaca, o presente estudo investigou as frequências alélicas e genotípicas dos polimorfismos rs11102930 e rs6330 no gene NGF, rs2072446 no gene NGFR e rs3761548, rs3761549 e rs2232365 no gene FOXP3, em um grupo de 159 indivíduos submetidos à revascularização miocárdica (RM), 71 pacientes com valvulopatia cardíaca submetidos à cirurgia de troca de válvula (TV) e 300 indivíduos saudáveis doadores de sangue. Dos grupos RM e TV, além das amostras de sangue, foram coletados, quando possível, fragmentos de tecido cardiovascular durante a cirurgia, os quais foram submetidos à quantificação relativa de mRNA para análise de expressão gênica nos tecidos. A identificação das variantes alélicas dos polimorfismos foi realizada  por meio da técnica de PCR em tempo real utilizando iniciadores e sondas do sistema TaqMan. As análises das frequências alélicas e genotípicas dos polimorfismos rs11102930 do gene NGF, rs2072446 do gene NGFR e rs3761548 e rs2232365 do gene FOXP3 não mostraram qualquer associação com o desenvolvimento de doença cardíaca, na presença ou ausência de anticorpos para Chlamydia. A análise do polimorfismo rs6330 do gene NGF, por sua vez, demonstrou que o genótipo CC foi associado a um risco duas a três vezes maior no desenvolvimento de valvulopatia cardíaca, quando comparado com outros genótipos, similarmente ao observado na análise do polimorfismo rs3761549 do gene FOXP3, que demonstrou que o genótipo heterozigoto CT foi associado a um risco de quase cinco vezes maior no desenvolvimento de valvulopatia cardíaca em mulheres, quando comparado com outros genótipos. A suscetibilidade genética observada nos polimorfismos rs6330 e rs3761549 para valvulopatia cardíaca ocorreu de forma independente dos resultados sorológicos para Chlamydia. Na análise da quantificação relativa de mRNA, os marcadores NGF e NGFR mostraram uma maior expressão gênica nos tecidos de válvulas cardíacas quando comparado aos tecidos cardíacos do grupo de Revascularização do Miocárdio, entretanto os níveis de expressão gênica de FOXP3 não se mostraram diferentes entre os tecidos. O presente estudo sugere novos biomarcadores (NGF, NGFR e FOXP3) a serem investigados mais profundamente nas valvulopatias cardíacas, pois podem no futuro ser novos fatores de risco a serem considerados, bem como possíveis alvos terapêuticos

  • EDNELZA DA SILVA GRACA AMORAS
  • QUANTIFICAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS GENES FAS, FASL, FOXP3, NGF E P75NTR EM CÉLULAS  HEPÁTICAS DE PACIENTES COM INFECÇÃO CRÔNICA PELOS VÍRUS DAS HEPATITES B E C

  • Data: 09/12/2014
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  • As hepatites virais são consideradas a maior pandemia mundial da atualidade e os vírus das hepatites B (VHB) e C (VHC) são responsáveis pela grande maioria das formas de doenças hepáticas crônicas no mundo, por isso constituem relevante problema de saúde pública. O presente estudo avaliou a expressão relativa do RNAm dos genes FAS, FAS-L, FOXP3, IL-10, NGF e P75NTR nos diferentes estágios histológicos da doença do fígado, segundo a classificação de METAVIR, em espécimes de biópsia hepática obtidas de pacientes portadores do VHB (n=6), do VHC (n=28), de hepatites não viral (HNV) (n=9) e de fígado histologicamente normal (n=8) como controles (CT), pela técnica de PCR em Tempo Real. A expressão de Fas e FasL foi menor no grupo CT frente ao pacientes e, entre esses, o grupo com VHC mostrou as maiores expressões. Houve um aumento progressivo da expressão de FAS e FAS-L com a inflamação e progressão da doença, seguido por declínio em cirrose, e uma associação com o aumento da ALT e AST. A expressão do FOXP3 foi maior no fígado de pacientes frente ao grupo CT, e os grupos com VHC e HNV tiveram maiores expressões do que o VHB. A expressão do FOXP3 aumentou em associação à intensidade da inflamação e fibrose hepática, tanto de causas viral quanto não viral. A expressão da IL-10 foi maior no fígado normal em relação aos doentes crônicos, enquanto que o grupo com HNV mostrou menor expressão dessa citocina frente aos grupos com hepatites virais, e o grupo com VHB obteve as maiores expressões. A maior expressão da IL-10 esteve naqueles pacientes sem fibrose e sem inflamação hepática. E entre os pacientes com fibrose hepática estabelecida o escore F1 teve maior expressão, com associação negativa com a evolução da doença até cirrose, o mesmo padrão foi observado com a atividade inflamatória. A expressão do p75NTR nos grupos com VHC e HNV foi maior do que nos grupos com VHB e CT. A maior expressão do p75NTR esteve em cirrose, enquanto que o NGF foi mais expresso nos pacientes com fibrose. O NGF foi mais expresso no escore F1 de fibrose e a expressão do receptor p75NTR teve crescimento proporcional com a evolução da fibrose. A expressão de p75NTR e NGF mostrou correlação com fibrose leve mas não com fibrose acentuada e cirrose. O curso da doença hepática crônica pode ser modulado por componentes virais e regulado pelos genes estudados diminuindo ou inibindo a regeneração e proliferação dos hepatócitos.

  • MARIA ALICE FREITAS QUEIROZ
  • MARCADORES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA NA DOENÇA CARDÍACA ASSOCIADA À INFECÇÃO POR CHLAMYDIA

  • Data: 05/12/2014
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  • Fatores genéticos, estilo de vida e a presença de micro-organismos têm sido associados com desenvolvimento da doença cardíaca, principalmente com a aterosclerose. O presente trabalho investigou a influência de marcadores imunogenéticos da resposta inflamatória (IFNG, TGFB1 e MBL2) relacionada com a doença cardíaca em associação à infecção por Chlamydia. Foram analisadas amostras de 159 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (RM), 71 pacientes submetidos à cirurgia de troca de válvula (TV) e de 300 indivíduos do grupo controle (GC). A partir da extração do DNA e do RNA total de leucócitos foi realizada a identificação dos polimorfismos e a quantificação da expressão gênica, respectivamente. O polimorfismo TGFB1 (-509 C/T, rs1800469) foi identificado por meio da técnica de PCR-RFLP; a identificação dos polimorfismos IFNG (+874 A/T, rs2430561) e do éxon 1 do gene MBL2, bem como, a quantificação relativa do mRNA dos genes investigados, foram realizadas por meio da reação em cadeia mediada pela polimerase em tempo real (qPCR); os níveis plasmáticos de MBL foram determinados a partir de ensaio imunoenzimático do tipo ELISA. As análises das frequências dos genótipos para os polimorfismos IFNG (+874 A/T, rs2430561) e no gene MBL2 não mostraram diferenças significativas entre os grupos (RM, TV e GC), nem quando relacionados com a infecção por Chlamydia. Foi observada maior prevalência do genótipo heterozigoto para o polimorfismo TGFB1 (-509 C/T, rs1800469) no grupo RM, comparado ao grupo TV (p=0,03), mas esta diferença não foi significativa na presença dos marcadores de infecção para Chlamydia. Os níveis de expressão de IFNG foram menores no grupo de pacientes cardíacos (RM e TV), mesmo na presença de anticorpos para Chlamydia. Os níveis de expressão de TGFB1 foram mais elevados no grupo de pacientes cardíacos, sendo que no grupo RM, os genótipos CT e TT para o polimorfismo TGFB1 (-509 C/T, rs1800469) apresentaram maiores níveis de expressão. O grupo RM apresentou maior expressão de TGFB e menor expressão de IFNG. Os níveis plasmáticos de MBL foram mais elevados no grupo de pacientes cardíacos (RM e TV). Altos níveis de MBL foram associados com o genótipo selvagem para a variação no gene MBL2. Estes resultados mostram como os componentes imunológicos da resposta inflamatória podem promover, de diferentes maneiras, o desenvolvimento da doença cardíaca.

  • MARINEIDE SOUSA BASTOS
  • INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLOGICA DA INFECÇÃO PELO HPV E CORRELAÇOES CITOPATOLÓGICAS EM AMOSTRAS CERVICAIS DE MULHERES ATENDIDAS NO CENTRO DE REFERENCIA INTEGRADO À SAÚDE DA MULHER EM MARABÁ-PARÁ

  • Data: 01/12/2014
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    A infecção pelo Papillomavírus humano (HPV) apresenta ampla distribuição mundial sendo uma das mais frequentes doenças sexualmente transmissíveis (DST) no mundo. Apresenta pico de incidência na população feminina jovem, sexualmente ativa, estando os HPV de alto risco envolvidos na gênese de tumores, sendo detectados em 92,9 a 99,7% dos casos de carcinoma cervical. Estimam-se para o Brasil, 15.590 novos casos de câncer do colo do útero estando a Região Norte em primeiro para este câncer. Alguns fatores como precocidade sexual, multiplicidade de parceiros, tabagismo e imunossupressão em coinfecções com outras DST estão reconhecidamente associados à infecção pelo HPV. As técnicas da biologia molecular são extremamente eficazes na detecção do HPV, entretanto encontra-se alta frequência de DNA do HPV em mulheres com citologia cervical sem atipias celulares. Objetivos: Este estudo, do tipo transversal analítico descritivo, analisou a prevalência da infecção genital pelo HPV, através das técnicas da PCR e citopatologia, em amostras cervicais em mulheres rastreadas para o câncer cervical em uma unidade de saúde pública na cidade de Marabá, Pará, entre Janeiro e Maio de 2014. Investigou as possíveis associações entre a infecção e fatores sóciodemográficos, comportamentais, sexuais e reprodutivos; pretendeu ainda reforçar o conhecimento sobre os genótipos de HPV circulantes na população do estudo. Metodologia: A todas as participantes, após a assinatura de um TCLE, foi aplicado um questionário clínico-epidemiológico e colhidas amostras cervicais destinadas a citopatologia, extração de DNA e PCR para detecção do DNA do HPV. Foram analisadas 191 amostras elegíveis para o estudo. As participantes foram agrupadas em: mulheres com história de antecedentes de infecção pelo HPV, mulheres com citologia atual com atipias celulares, mulheres com DNA HPV (+). Para estes grupos foram investigados os fatores de risco associados à aquisição da infecção pelo HPV ou ao desenvolvimento do câncer cervical. Resultados: Encontrou-se uma prevalência de 4,7% para a infecção pelo HPV pela técnica da PCR, com predomínio em mulheres entre 18 e 29 anos (55,6%) seguido da faixa de 30 a 39 (44,4%); pela citopatologia encontrou-se prevalência de 5,8% distribuída entre ASC-US com 66,6%, LSIL com 44,4% e ASC-H com 11,1%. A distribuição dos tipos de HPV foi de: HPV 6, 31, 35 e 58 em 33,3% das amostras DNA HPV (+) sendo 22,2% com infecção mista. Conclusão: A prevalência da infecção pelo HPV (4,7%) apresentou-se abaixo de outros estudos dessa natureza, entretanto foi fortemente influenciada pela alta frequência de mulheres previamente tratadas para a infecção. A infecção pelo HPV apresentou associação significante para a faixa etária entre 18 e 29 anos. A estabilidade conjugal apresentou-se tendenciosa para a aquisição desta infecção fator que remete a ações públicas de intervenção para esse grupo. Encontrou-se uma fraca associação entre a citologia e a PCR. Não foram detectados os HPV 16 e 18 nas amostras examinadas sugerindo a necessidade de realizar novos estudos abrangendo outros serviços de saúde neste município para um melhor detalhamento dos genótipos circulantes.

  • ALDAIR DA SILVA GUTERRES
  • IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO AMBULATORIAL DE ACOMPANHAMENTO, ORIENTAÇÃO E TERAPIA NUTRICIONAL A PORTADORES DO HIV-1

  • Data: 25/11/2014
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  • Distúrbios nutricionais podem manifestar-se aguda ou cronicamente na infecção pelo HIV-1 e são bastante significantes por contribuir para a morbidade e mortalidade. O presente trabalho teve como objetivo propor a implantação de um protocolo de acompanhamento e orientação nutricional aos portadores do HIV-1/AIDS, atendidos no SAE/HUJBB/UFPA, Estado do Pará, Brasil. A amostra foi constituída por 212 portadores do HIV-1 que foram atendidos em três consultas consecutivas, no período de 2012 a 2013. De acordo com o grupo examinado, a epidemia do HIV-1 continua ocorrendo em maior proporção em pessoas do sexo masculino (58%) e na faixa etária entre 30 e 40 anos (31%). A avaliação do estado nutricional através do Índice de Massa Corpórea (IMC) apresentou prevalência de eutrofia na população estudada nas três consultas, porém, quando usada a Prega Cutânea Triciptal (PCT) houve predomínio de desnutrição. Quando usada a Circunferência Braquial (CB) houve mudança de desnutrição na primeira e segunda consulta para eutrofia na terceira consulta. O Percentual de Gordura Corporal (%GC) na primeira e segunda consulta foi classificado como acima da média e na terceira como risco de obesidade. Houve predominância de contagem de Linfócitos T CD4+ (LTCD4+) maior que 350 células/mm3 de sangue nas três consultas e a maioria apresentou reversão de carga viral plasmática do HIV-1 de muito alta para indetectável. Houve associação significativa entre o estado nutricional pelo IMC e o imunológico no grupo estudado. Na 1ª, 2ª e 3ª consultas consecutivas a maioria dos indivíduos (n=124, 122 e 126) estava eutrófica e destes 44%, 52% e 56% respectivamente, com contagem de LTCD4+ maior que 350 células/mm3. Entretanto, a avaliação do estado nutricional pela PCT, mostrou que a maioria ficou classificada em desnutrição nas três consultas e com LTCD4+ alto (47%, 54% e 54%) respectivamente. Houve associação significativa entre o estado nutricional medido pelo IMC e a varga viral quando a maioria (n=156 e 150) ficou classificada com eutrofia e CV indetectável na 2ª e 3ª consulta. Desta forma, o seguimento de um protocolo de acompanhamento e orientação nutricional aos portadores de HIV-1 ou com AIDS nos serviços de atendimentos especializados (SAE), é de fundamental importância para a vigilância nutricional e otimização da terapia com o uso de suplementação nutricional com a finalidade de prevenir a desnutrição e melhorar o estado nutricional e imunológico destes indivíduos.

     

  • ROSANE DO SOCORRO POMPEU DE LOIOLA
  • ASSOCIAÇÃO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA (vacA, cagA, babA2 E sabA) DA Helicobacter pylori COM AS ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS E OS MARCADORES DE SUSCETIBILIDADE DE GRUPOS SANGUÍNEOS ABH E LEWIS EM PACIENTES COM GASTRITE CRÔNICA DA POPULAÇÃO DE BELÉM-Pa

  • Data: 21/11/2014
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  • A H. pylori causa doenças gástricas severas. Vários genes bacterianos têm sido
    associados com o grau de severidade das doenças gástricas, entre eles os genes vacAm1s1,
    cagA, babA2 e sabA, estes últimos se ligam em receptores carboidráticos de grupo sanguíneo
    ABH e Lewis expressos nas células epiteliais gástricas. Estes antígenos de grupos
    sanguíneos podem sofrer variações nos padrões de expressão resultado da interação entre os
    loci ABO, Hh, Sese, Lele. A presença dos SNPs T59G e G508A no gene FUT3 e G428A no
    gene FUT2 assim como a infecção pela H. pylori podem alterar os padrões de glicosilação
    da mucosa gástrica. Assim, este estudo investigou a relação da infecção pela H. pylori com
    os polimorfismos de grupo sanguíneos ABH e Lewis entre 216 pacientes sintomáticos para
    doenças gástricas da população de Belém-Pa, atendidos no HUJBB. Foram coletadas
    amostras de sangue, saliva e biópsias gástricas. O ensaio RFLP-PCR foi usado para verificar
    a presença dos SNPs T59G; G508A e G428A. As expressões antigênicas dos sistemas ABH
    e Lewis foram analisadas pela imunohistoquímica, Dot-ELISA e Hemaglutinação direta. A
    análise histopatológica foi realizada mediante coloração de HE e Gram-modificado. Os
    fatores de virulência da H. pylori foram detectados pela PCR e a expressão dos genes babA2
    e sabA pela PCR em tempo real. A infecção pela H. pylori atingiu taxa de 59,26%. e foi
    associada com vários achados inflamatórios, como infiltrado inflamatório crônico, atividade
    neutrofílica, presença de folículo linfoide, densidade de colonização bacteriana, cujo risco
    relativo variou de 5.36 a 111.78. As frequências dos marcadores de virulência vacAm1s1,
    cagA, babA2, e sabA atingiram proporções de 79,69%, 66,40%, 49,21% e 89,84%,
    respectivamente. Foi verificada correlação significativa (rs = 0.7201; t = 11.1299; < .0001),
    entre as diferentes combinações dos fatores de virulência bacteriano no corpo e antro e entre
    o maior número de genes de virulência e o índice de lesão na mucosa gástrica tanto no antro
    (rs = 0,2263; p = 0,0125) quanto no corpo gástrico (rs = 0,2083; t = 2,3527; p = 0,0202). A
    presença dos genótipos Le/_ foi maior entre pacientes infectados pela H. pylori, enquanto a
    frequência de le*/le* foi maior entre os pacientes sem infecção. A perda de expressão
    antigênica A/B foi relacionada à forte inflamação e à presença de cagA e a perda de H e Leb
    foi relacionada a presença do gene sabA. Em relação à expressão de babA2, 88,3% dos
    pacientes expressavam o antígeno Leb, já entre aqueleles cujas as bactérias babA2 não
    demosntraram expressão, apenas 67,74% expressavam este antígeno. A presença do alelo
    Lewis funcional conferiu maior risco de infecção pela H. pylori. E na dinâmica da interação
    bactéria-hospedeiro a expressão dos antígenos Lewis podem ser alteradas estando
    relacionada à presença de H. pylori vacAm1s1, cagA+ e sabA+, concedendo maior risco de
    transformação maligna no estômago.

  • PAULO ANDRE FERREIRA BORGES DA COSTA
  • “HELMINTOFAUNA DE Bothrops atrox (SERPENTE: VIPERIDAE) DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PA E DA RESERVA DE CAXIUANÔ

  • Data: 29/09/2014
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  • O Brasil, especialmente a região amazônica, comporta uma grande parte da diversidade de animais do planeta. No entanto, estima-se que mais da metade das espécies de invertebrados desta região ainda não seja conhecida. Os helmintos representam uma importante parcela destes invertebrados e parasitam diversos grupos de seres vivos. Varias espécies destes parasitos ocorrem em serpentes e podem ser valiosos indicadores de estrutura das teias alimentares, hábitos e comportamentos destes hospedeiros. A serpente da espécie Bothrops atrox Linnaeus, 1758, conhecida como “Jararaca da Amazônia”, representa um importante componente ecológico na floresta amazônica e tem grande importância médica no que diz respeito aos acidentes ofídicos. Vários aspectos da sua ecologia são estudados, no entanto, pouco se conhece a respeito de sua fauna parasitária. Este trabalho teve o objetivo de descrever as espécies que compõem a helmintofauna de Bothrops atrox proveniente de duas localidades na Amazônia Oriental: uma na região periurbana do município de Belém-PA e a outra na área preservada da Floresta Nacional (FLONA) de Caxiuanã (localidades dos municípios de Melgaço-PA e Portel-PA). Foram utilizadas as técnicas de microscopia de luz, microscopia eletrônica de varredura e histologia, para caracterização, análise e classificação dos helmintos. Foram encontrados parasitos dos Filos Nematoda, Platyhelminthes e Acanthocephala distribuídos no pulmão, tubo digestório, vias urinárias e cavidade celomática de B. atrox, sendo que os acantocéfalos, seguidos dos nematódeos, foram os mais frequentes. No total foram identificadas nove Famílias diferentes de helmintos, os quais estão divididos em pelo menos: uma espécie de acantocéfalo, duas espécies de cestódeos, duas espécies de trematódeos e sete espécies de nematódeos. Styphlodora sp., Oxyascaris sp. foram encontrados somente em serpentes de Belém-PA, enquanto Crepidobothrium sp e Hastospiculum sp. apenas em serpentes da FLONA de Caxiuanã. Novos dados foram acrescentados a caracterização morfológica da espécie Sthicolecitha serpentis e uma nova espécie do gênero Serpentirhabdias foi descrita. Os nematódeos da Família Physalopteridae, as espécies dos gêneros Oxyascaris, Cosmocerca, Crepidobothrium, Styphlodora e Hastospiculum, os trematódeos da espécie Sthicolecitha serpentis e os nematódeos da espécie Serpentirhabdias n. sp. são novas ocorrências de parasitos para o hospedeiro Bothrops atrox.
    Palavras-chave: Bothrops atrox, helmintos, nematódeos, Belém, FLONA de Caxiuanã, Amazônia

  • THAIS CRISTINA FRANCO CARDOSO
  • AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO SIMPLES (SNPS) EM GENE CODIFICADORES DE CITOCINAS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE LIPODISTROFIA E DISLIPIDEMIA ASSOCIADA A TERAPIA ANTIRETROVIRAL

  • Data: 05/09/2014
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  • O tratamento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida obteve avanços importantes após a introdução da terapia antirretroviral combinada, HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy), a qual tem mudado drasticamente o curso da infecção pelo HIV. No entanto, o tratamento é acompanhado de vários efeitos colaterais, dentre eles a Síndrome de Lipodistrofia (SL) acompanhada de alterações morfológicas e metabólicas, incluindo dislipidemia, resistência à insulina, alterações nos níveis hormonais e distribuição alterada da gordura corpórea. Apesar da sua patogenia não ser totalmente esclarecida, é sabido que o aumento de algumas citocinas inflamatórias está relacionado com o desenvolvimento da Síndrome de lipodistrofia. Diversos sítios polimórficos têm sido descritos nos genes de citocinas, que podem aumentar ou diminuir a produção destas. Diante disso, este estudo avaliou os polimorfismos de nucleotídeo simples (SNPs) nos genes codificadores de citocinas IL18 -607 (rs1946518); IL6 -174 (rs1800795) TNFα -238 (rs361525) e IL10 -1082 (rs1800896) em pacientes com síndrome de lipodistrofia e dislipidemia associada à terapia antirretroviral. Foram avaliados 93 pacientes HIV soropositivo com síndrome lipodistrofica, e 89 indivíduos no grupo controle. Os polimorfismos foram avaliados por PCR em tempo real utilizando sondas TaqMan. Após determinação dos diferentes genótipos para as quatro citocinas avaliadas, não observamos diferença significativa entre os grupos.  No entanto, para o genótipo GA do TNFα -238 foi observada uma tendência (p=0,08) de ser mais frequente nos controles (15,73%) do que nos casos (7,53%) e teria um efeito de proteção para o desenvolvimento da lipodistrofia. Concluímos que nenhum dos polimorfismos das citocinas avaliadas confere proteção ou susceptibilidade para o desenvolvimento da síndrome lipodistrófica. Os SNPs da IL-6 (-174), IL-10 (-1082), IL-18 (-607) e TNFα (-238) não estão associados aos fatores de risco avaliados (colesterol, diabetes, dislipidemia) relacionados á síndrome neste grupo de pacientes. Em relação às variáveis clínicas estudadas, observou-se uma predominância de síndrome mista para lipodistrofia, o aumento do nível de colesterol e a presença de dislipidemia nos pacientes HIV soropositivo sob uso de HAART

  • ELTON BRITO EVERTON
  • DIAGNÓSTICO E EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DA ANAPLASMOSE E THEILERIOSE EQUINA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 13/08/2014
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  • Dentre muitas doenças que podem acometer os eqüídeos a anaplasmose e a theileriose destacam-se como as duas principais hemoparasitoses causadoras de grandes perdas econômicas, seja com o impedimento de importação ou exportação, tratamento da enfermidade ou morte dos animais infectados. Dada à escassez de dados na região norte, este estudo teve como objetivo investigar a prevalência do protozoário piroplasmida Theileria equi e da bactéria zoonótica rickettsial Anaplasma phagocytophilum em equídeos do estado do Pará. Amostras de sangue foram obtidas de 155 equídeos de cinco diferentes regiões do estado do Pará. A presença dos dois patógenos foi avaliada por meio de teste molecular nested-PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), resultando em quatro amostras (2,58%) positivas para A. phagocytophilum e 93 (60,00%) para T. equi. Em comparação com táxons de outras regiões do globo, a análise de diversidade das sequências nucleotídicas obtidas na presente pesquisa revelou pouca variabilidade genética tanto para A. phagocytophilum quanto para T. equi. Este é o primeiro estudo a utilizar técnicas moleculares para investigar e diagnosticar infecções por A. phagocytophilum e T. equi em equídeos na região norte e o primeiro a relatar esses animais como portadores desses parasitos no estado do Pará.
    Palavras chave: Hemoparasitoses, equinos, anaplasmose, theileriose, nested

  • LARISSA SILVA DE FREITAS
  • DESCRIÇÃO DOS MARCADORES DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA E INFLAMATÓRIA PARA CHLAMYDIA PNEUMONIAE E CHLAMYDIA TRACHOMATIS, PACIENTES COM DOENÇA CARDÍACA

  • Data: 12/08/2014
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  • As doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis por mais de 17,3 milhões de mortes por ano e são as principais causas de morte no mundo. No Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, no ano 2009 ocorreram 962.931 mortes em indivíduos acima de 30 anos. Apesar da C. pneumoniae ser causa comum de infecções do trato respiratório, muitos estudos têm relatado uma associação entre provas sorológicas de infecção pela C. pneumoniae e a doença arterial coronária. O presente estudo avaliou a presença de infecções pelas C. pneumoniae e C. trachomatis, assim como dos marcadores de resposta imunológica (IL-6, IL-8, TNF-α, IFN-γ, TGF-β e IL-10) em pacientes com doenças cardiovasculares, na presença ou não de infecção pelas referidas bactérias. As coletas foram realizadas em três hospitais da Região Metropolitana de Belém, no período de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2013. No total, 69 pacientes participaram do estudo, sendo que 48 pacientes realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio e 21 de troca de válvulas (aórticas ou mitrais). Microarranjos teciduais (TMA’s) foram confeccionados a partir de biópsias coletadas dos pacientes, sendo que foram obtidas 16 placas de ateroma, 32 fragmentos de aorta e 21 válvulas para a realização dos testes imuno-histoquímicos. Como resultados, observamos que a maioria dos pacientes que realizou a revascularização era do sexo masculino e com uma média de idade de 59,41 anos, enquanto que os pacientes que realizaram as trocas de válvulas eram na sua maioria mulheres com uma média de idade de 48,04 anos. No geral, o TNF-α foi o marcador mais prevalente com 91,66%. Quando analisados no mesmo tipo de corte histológico, o TNF-α também foi o marcador mais encontrado nas válvulas, com 89,47%, enquanto que tanto nas placas de ateroma quanto nos fragmentos de aorta, o marcador mais prevalente foi a IL-6, com 87,50% e 96,43% de positividade, respectivamente. A presença da C. pneumoniae em homens foi aproximadamente 1,5 vezes maior do que nas mulheres. A C. trachomatis pareceu estar mais presente entre as placas de ateroma, enquanto que a C. pneumoniae foi mais encontrada nas válvulas e nos fragmentos de aorta. A C. penumoniae apresentou uma marcação de área 3 vezes maior do que a C. trachomatis. Não houve nenhuma diferença estatisticamente significante na marcação das citocinas, quando na presença ou não de infecção pelas clamídias. O perfil pró-inflamatório foi o mais evidente, no entanto, o cruzamento destes resultados com o de outras análises laboratoriais faz-se necessário para a melhor compreensão da dinâmica da resposta imunológica em pacientes cardíacos, na presença ou não de agentes infecciosos.

  • LUANA VALERIA DOS SANTOS BLOIS
  • CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES COM TUBERCULOSE NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO

  • Data: 07/08/2014
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  • A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que atinge milhões de pessoas e continua sendo um grande problema de saúde global. Em 2012, cerca de 8,6 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose e 1,3 milhões morreram da doença (incluindo 320.000 mortes entre pessoas HIV-positivas). O tratamento preconizado é prioritariamente ambulatorial conforme orientação da DOTS (Estratégia do Tratamento Diretamente Observado), sendo a hospitalização recomendada apenas nos casos de indicação clínica ou cirúrgicas devido a tuberculose ou de comorbidades; intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório ou falência do esquema proposto, queda do estado geral de difícil resolução à nível ambulatorial. Porém pacientes que necessitam de um centro de cuidados intensivos (CTI) representam até 3% de todos os que possuem tuberculose. Os dados sobre a TB em cuidados intensivos são escassos e geralmente relacionados à insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica invasiva. No entanto o prognóstico destes pacientes que necessitam deste tipo de suporte representam altas taxas de mortalidade. O objetivo deste estudo descritivo, retrospectivo, observacional de uma série de casos foi realizar a caracterização epidemiológica de pacientes com tuberculose no centro de terapia intensiva do Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém, Pará, no período de Janeiro de 2003 a Dezembro de 2012 por meio de análise documental quanto a variáveis demográficas, epidemiológicas e clinicas dos pacientes, correlacionando a gravidade dos casos na admissão com o desfecho. A amostra foi constituída de 113 pacientes dos quais 58,41% do gênero masculino e 41,59% feminino. A média de idade foi 38±14,83 (16-76). Quanto à raça/cor 85,84% consideravam-se pardos. Na variável situação empregatícia 36,86% eram autônomos. Quanto ao estado civil 55,75% eram solteiros. O município de origem Belém (58,38%) e de Ananindeua (10,61%) concentram o maior número. 89,38% dos pacientes internados eram clínicos e 10,62% decorrente de intervenções cirúrgicas. O sintoma insuficiência respiratória aguda (IRPAG) totalizou 76,11% dos casos. A presença de comorbidades, 65,49%, com destaque para HIV (20,66%), alcoolismo (20,66%), diabetes melittus (14,88%). A forma clínica pulmonar foi a mais frequente (63,72%) e dentre as extrapulmonares; meningoencefálica (43,90%) e a miliar (21,95%). O esquema I de tratamento foi o de maior administração (67,26%). O tempo de uso dos medicamentos específicos inferior a 1 mês (56,64%). O uso da ventilação mecânica (VM) ocorreu em 79,65% dos casos. Com média de tempo de 8,53±12,56 = 0-80. O tempo de permanência no CTI foi em média, 11,56±16,68 = 1-104. O desfecho dos casos totalizou óbito em 67, 26% e alta em 32,74%. Para a análise da gravidade a média do Escore APACHE II foi de 31,24±6,68 (10-48) sendo estatisticamente significativo (p=0,03). Assim, os percentuais elevados de mortalidade do estudo reforçam a necessidade de identificar precocemente os fatores biológicos, clínicos e sociais como forma de implementação de procedimentos de maior e melhor controle na assistência de pacientes com tuberculose no âmbito hospitalar.

  • MAURICIO KOURY PALMEIRA
  • AVALIAÇÃO DE TESTES LABORATORIAIS PARA MALÁRIA NA TRIAGEM DE DOADORES DE SANGUE DO CENTRO DE HEMOTERAPIA E HEMATOLOGIA DO PARÁ ORIUNDOS DE ÁREAS ENDÊMICAS

  • Data: 30/07/2014
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  • O controle da malária transfusional ainda representa um grande desafio para os serviços hemoterápicos situados em áreas endêmicas da região amazônica, onde ocorrem cerca de 99% do total de casos registrados de malária no país. Segundo o Relatório de Hemovigilância de 2011, da ANVISA, no período de 2007 à 2010, houve apenas uma notificação de óbito, por doença transmissível. No Estado do Pará, no ano de 2013, foram notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP-Malária), 25496 casos diagnosticados de malária. O grande complicador epidemiológico/hemoterápico é a existência de indivíduos portadores assintomáticos, apesar da realização de triagem clínica e laboratorial, seguindo as legislações federais, estes poderiam ser considerados aptos e consequentemente, a bolsa coletada transmitir malária por via transfusional. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar as metodologias de Teste de Diagnóstico Rápido (TDR) e Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RTq-PCR) para triagem laboratorial de malária em doadores de sangue oriundos de zonas endêmicas do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará. Para execução foram analisadas 400 amostras de doadores, de ambos os sexos, aptos pela triagem clínica e laboratorial dos Núcleos de Hemoterapia de Altamira e de Tucuruí, além de 3 amostras positivas conhecidas para P. falciparum, P. vivax e uma com infecção mista das duas. Os resultados obtidos foram que ambas as metodologias apresentaram resultados concordantes com o teste de rotina em uso, a Gota Espessa. A divergência ocorreu, quando da análise das amostras conhecidas/controles, onde a amostra com Plasmodium falciparum, não foi identificada como reagente no Teste de Diagnóstico Rápido (TDR), sendo apenas detectada na Reação em Cadeia da Polimerase (RTq-PCR) em Tempo Real. A análise comparativa dos resultados determinou um Kappa igual a 0.79, demonstrando uma concordância substancial entre as metodologias, contudo, o TRD resultou uma sensibilidade de 66.67%, especificidade de 100%, resultados inferiores ao do RTq-PCR que obteve sensibilidade e especificidade de 100%. Evidenciou-se que o TDR utilizado neste estudo não é um método adequado para triagem de doadores oriundos de zonas endêmicas de malária e que a metodologia de PCR em tempo real está apta a ser implantada na rotina da Fundação HEMOPA para triagem de doadores oriundos de zonas endêmicas de malária.

  • EDUARDO LANA
  • ALTERAÇÕES NO PERFIL PROTÉICO DE CÉLULAS DE CARCINONA HEPATOCELULAR HUMANO HEPG2 EXPERIMENTALMENTE INFECTADAS COM VÍRUS DA FEBRE AMARELA, CEPA H111 (FLAVIVIRIDAE: FLAVIVIRUS)

  • Data: 18/07/2014
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  • A febre amarela (FA) é uma doença viral endêmica de regiões tropicais da África e das Américas que afeta principalmente humanos e primatas não humanos, sendo transmitida pela picada de um mosquito vetor infectado. O agente etiológico, o Vírus da Febre Amarela (VFA), é capaz de produzir grandes epidemias com alta taxa de mortalidade causada pela febre hemorrágica pós-infecção. Apesar do controle epidemiológico sobre esta doença e do estabelecimento de uma vacina eficaz, não existe medicação para tratamento e frequentemente a FA não é diagnosticada até que o paciente tenha se recuperado ou sucumbido, isto, se é que o diagnóstico é feito. A falta de informação proteômica sobre o VFA, amplia a possibilidade da descoberta de biomarcadores proteicos para diagnósticos mais eficazes e/ou alvos de tratamento, que podem, junto com as ferramentas atuais de controle de surtos, aumentar a velocidade de resposta sobre possíveis epidemias. Neste trabalho, usamos técnicas proteômicas para investigar o perfil das proteínas diferenciais de células HepG2 infectadas com o VFA, cepa Be H111. Para isso, cultivos de células HepG2 foram infectadas com multiplicidade de infecção de 0,01 e avaliados a presença de efeito citopático, título viral em unidades formadoras de placas (PFU), progressão da infecção através da detecção de antígenos virais pela imunofluorescência indireta (IFI) e viabilidade celular para determinar o melhor dia da avaliação da expressão proteica. A cada 24 horas durante 5 dias pós infecção (dpi) as proteínas foram extraídas com tampão de extração (7M ureia, 2M tioureia e 4% de CHAPS). As amostras foram analisadas por 2-DE usando fitas IPG pH 3-11 NL para a focalização isoelétrica seguida de SDS-PAGE vertical para separação da segunda dimensão. Os mapas 2D das células infectadas e não infectadas (controle) foram visualizados pelo corante Coomassie G-250. O 4º dpi foi determinado para melhor avaliação das alterações proteicas, detectando 4 spots de proteínas diferenciais. Estes resultados trazem novas perspectivas para o aprofundamento nos estudos de biomarcadores celulares para diagnóstico da FA.
    Palavras-chave: Febre Amarela, Vírus da Febre Amarela, Proteômica.

  • CRISSIANE COSTA REIS
  • AVALIAÇÃO DA DURABILIDADE DE MOSQUITEIROS IMPREGNADOS COM INSETICIDA DE LONGA DURAÇÃO NO MUNICIPIO DE CRUZEIRO DO SUL, ESTADO DO ACRE

  • Data: 08/07/2014
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  • O controle vetorial é uma das estratégias utilizada para redução da transmissão da malária e o uso de mosquiteiro impregnado com inseticida de longa duração (MILD) é uma das ferramentas de controle para população que habita área de risco de contrair malária, pois funciona como barreira física e química impedindo o contato homem vetor. Este estudo objetivou determinar a durabilidade de MILD distribuídos em diferentes áreas do município de Cruzeiro dos Sul, Estado do Acre. Foram distribuídos em 2007 mosquiteiros PermaNet 2.0® a população do Município de Cruzeiro do Sul-Acre e em 2011 foram coletados para análise 27 MILD de rede e 28 de cama. A avaliação da integridade física foi realizada contando o número de furos, o tamanho (1, 2 e 3) e localização do maior dano. A eficácia foi avaliada pelo Bioensaio de cone e as concentrações de inseticida foram determinadas pelo teste colorimétrico. Para analisar o grau de resistência dos mosquitos anofelinos da área ao inseticida foi usado o Bioensaio de garrafa. Após três anos de uso, foram encontrados 473 furos nos MILD de rede, dos quais 61,31% eram tamanho 1, o lado B o que apresentou maior número de furos (15,64%) e as regiões superior e inferior as que apresentaram maior dano. Em 25 dos 27 MILD (92,6%), a mortalidade foi < 80% e nos outros dois > 80%. O lado A (54%) foi o que apresentou maior mortalidade. A média de concentração de inseticida foi de 0,5 µg, sendo 11 MILD com concentração < 0,36 µg e 16 ≥ 0,36µg. O lado E2 foi o de maior concentração (0,61µg), porém quando comparado o teste colorimétrico e bioensaio de cone apenas no lado D2 a relação foi estatisticamente significativa. Nos MILD de cama, foram detectados 547 furos, sendo 65,81% do tamanho 1, o lado E o que apresentou maior número de furos( 16,27%) e os maiores danos foram encontrados na região inferior. Em 26 dos 28 MILD (92,8%) a mortalidade foi < 80% em dois > 80%. No lado A (36%) observou-se maior mortalidade. A média de concentração de inseticida foi de 0,3µg, sendo que 24 MILD com concentração < 0,36 e 4 ≥ 0,36µg. O lado A apresentou maior concentração (0,4µg), todavia ao comparar o teste colorimétrico e o bioensaio de cone não foi encontrada significância estatística. Na análise de resistência, os anofelinos foram suscetíveis aos piretróides usados. Os MILD após 3 anos de uso, atuam apenas como barreira física por não serem mais eficazes como barreira química. Para o Brasil o valor do ponto de corte de 0,36µg de inseticida do teste colorimétrico deve ser reavaliado. Há necessidade de avaliações periódicas (semestrais ou anuais) para subsidiar estratégia de substituição dos mosquiteiros.

  • VIVIAN LUCIA ASLAN D ANNIBALE
  • Epidemiologia molecular da Helicobacter pylori em adultos submetidos à endoscopia digestiva alta no estado do Pará

  • Data: 04/07/2014
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  • A infecção pela Helicobacter pylori, uma das mais comuns do mundo, está envolvida na patogênese de diversas doenças gástricas. Fatores sociais, econômicos, ambientais e genéticos associados à bactéria e ao hospedeiro, podem ser indicadores de maiores prevalências da infecção e de maiores lesões na mucosa gástrica. Este trabalho teve como objetivo principal estudar a epidemiologia molecular da H. pylori em indivíduos adultos submetidos à endoscopia digestiva alta em Belém, Pará. Utilizou-se modelo observacional, transversal, analítico e descritivo, com tamanho amostral de 216 pacientes atendidos na Seção de Endoscopia de um Hospital Universitário, onde o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram obtidas informações epidemiológicas e fragmentos pareados de mucosa gástrica de antro e de corpo dos indivíduos. Para a detecção da bactéria e dos marcadores cagA, vacA s1m1, oipA, ureA, ureI, dupA e glmM empregou-se Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A análise histológica incluiu a detecção da bactéria pelo método de Gram modificado e de lesões na mucosa pela classificação do Sistema de Sydney. As informações foram codificadas e digitadas em um banco de dados. Considerou-se intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. A prevalência da infecção pela H. pylori foi de 59,3% pela detecção molecular. A comparação entre os métodos mostrou que eles apresentaram desempenhos diferentes, sendo que a PCR apresentou maior sensibilidade e o Gram modificado maior especificidade, ambos tiveram acurácias iguais, fatos que indicam que a combinação dos dois métodos aumenta a precisão no diagnóstico da infecção e na detecção das lesões histológicas. Na avaliação dos fatores de risco epidemiológicos, a estrutura socioeconômica e ambiental mostrou-se extremamente homogênea quanto à precariedade das condições higiênicas, sanitárias e de pobreza, fato que pode ter anulado o significado das associações entre a maioria das variáveis epidemiológicas selecionadas e a infecção. No entanto, uma probabilidade estimada de 86,5% de infecção foi observada entre os indivíduos que consumiram hortaliças de forma frequente e frutas ocasionalmente, mas que não realizaram higienização prévia dos alimentos crus. A probabilidade de infecção em indivíduos sem história prévia de infecção foi maior do que em indivíduos com infecção prévia, sendo que o maior índice de infecção ocorreu em indivíduos que não realizaram tratamento prévio contra a infecção. As distribuições de frequências para os múltiplos fatores de virulência examinados foram similares em antro e corpo gástricos, destacando-se a ocorrência acima de 50% para os genes ureA, vacA s1m1, cagA e dupA. Em antro, tanto o gene cagA como o ureI encontraram-se combinados com todos os demais genes de virulência estudados, enquanto vacA s1m1 esteve associado com ureA, e o gene oipA com ureA e glmM. Em corpo, o gene cagA não foi encontrado associado com o gene glmM, contudo o gene vacAs1m1 esteve relacionado ao gene oipA. Em antro e em corpo, a detecção molecular da infecção pela H. pylori mostrou associação com níveis predominantemente moderados e acentuados de densidade bacteriana, infiltrado inflamatória e atividade neutrofílica, e da mesma forma com relação aos folículos linfoides, mas estes exclusivamente em antro. Em antro, a forte intensidade na densidade da H. pylori foi relacionada com os genes cagA, oipA, ureA e ureI, assim como o grau forte de infiltrado inflamatório e da atividade neutrofílica foram detectados na presença do cagA e vacA s1m1. Em corpo, a forte intensidade na densidade da H. pylori foi associada com ureA e glmM e a forte intensidade do infiltrado inflamatório com cagA, vacA s1m1 e glmM. A diferença no perfil gênico destes fatores de virulência da H. pylori presentes em antro e corpo gástricos indica uma elevada prevalência de infecções mistas, nas quais a diversidade genética da H. pylori parece adaptar-se preferencialmente a determinados sítios do estômago. Esta heterogeneidade da H. pylori exibindo diferentes perfis de combinações gênicas é um fato que ressalta a elevada variação intragástrica entre as H. pylori circulantes na população local.

  • JAIR FRANCISCO DE SANTANA GRAIM
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL IMUNOLÓGICO COM ÊNFASE NA RESPOSTA T REGULATÓRIA ANTE A INFECÇÃO DO H. PYLORI EM PACIENTES COM GASTRITE

  • Data: 24/06/2014
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  • A infecção do estômago pelo Helicobacter pylori é a principal causa de gastrite crônica ativa na metade da população do mundo, muitas vezes evoluindo para formas mais graves de doenças gastroduodenais. Nos casos em que a resposta imune do hospedeiro encontra-se ineficiente a bactéria persiste e a inflamação pode continuar por décadas. A ativação bacteriana das células epiteliais, células dendríticas, monócitos, macrófagos e neutrófilos é guiada pelas células Thelp tipo 1 de resposta adaptativa, porém se fazendo de maneira inadequada. A literatura demonstra que muitos tem sido os caminhos postulados na tentativa de se explicar a falha da resposta imune pelo hospedeiro, dentre eles destacam-se a apoptose das células epiteliais e macrófagos, a inadequada função das células efetoras dos macrófagos e células dendríticas, inibição das células T pelo Vac A e efeito supressor das células Treg. Em muitas doenças, inclusive as formas crônicas de infecção, a desregulação do sistema imune é o ponto de partida. No caso do H. pylori, a condição sine qua non da infecção é a presença da gastrite crônica ativa, caracterizada pelas duas formas de infecção, a forma aguda (neutrófilos) e a crônica (linfócitos). Foram selecionadas 50 amostras de lâminas de pacientes que haviam se submetido ao exame de endoscopia digestiva alta e biópsia da mucosa gástrica, oriundas do Laboratório SABIN, obedecendo os critérios de inclusão e após ter concordado e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise histopatológica e a detecção histopatológica do H. pylori das amostras foram realizadas no Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará. Para quantificação das interleucinas na mucosa gástrica foram utilizado kits de imunohistoquímica. Todos os dados foram tabulados e analisados estatisticamente, aplicando-se o teste t de MANN-WHITNEY e, também, foi aplicado o teste de correlação de Pearson. Das 50 amostras estudadas, 36 (72%) apresentaram-se infectadas pelo H. pylori e, 14 (28%) não apresentaram contaminação por essa bactéria. As células CD20 apresentaram-se em maior quantidade nas amostras que não continham a bactéria, com média de 8,71, enquanto que as amostras contaminadas pelo H. pylori apresentaram uma média de 7,27. A média de células CD4 encontradas na amostra em pacientes contaminados foi de 15,44, enquanto que nas amostras negativas para o H. pylori a média foi 20,14. A quantidade de células CD8 presentes nas amostras contaminadas determinou uma média de 12,31, naquelas em que a bactéria não estava presente foi de 14,43. Avaliando-se a variável neutrófilo, encontrou-se uma média de 11,14 nos casos em que a bactéria estava presente e, 21,79 naqueles onde não foi encontrada a bactéria. Com relação as células T reguladoras FoxP3, a média encontrada nas amostras infectadas pelo H. pylori foi de 7,4, já nas amostras negativas para esse microrganismo a média foi 2,92.
    Palavras-chaves: Helicobacter pylori, Resposta T regulatória, Gastrites

  • RAIMUNDO NONATO CARDOSO MIRANDA JUNIOR
  • ATIVIDADE ANTIPLASMÓDICA E TOXIDADE DOS ÓLEOS DE ANDIROBA (Carapa guianensis Aubl) E PIMENTA DE MACACO (Piper- aduncum L.) EM MURINOS

  • Data: 11/06/2014
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  • Na busca de novos antimaláricos, duas espécies típicas da região Amazônica e uma fração rica em limonóides foram objeto deste estudo: Carapa guianensis Aubl. (Meliaceae), conhecida popularmente como andiroba, utilizada tradicionalmente como inseticida e no combate da malária. A espécie Piper aduncum L. (Piperaceae), conhecida popularmente como pimenta-de-macaco, usada para tratar doenças inflamatórias e a fração rica em limonóides fracionada do óleo de andiroba. Tanto os óleos brutos como a fração foram submetidos a ensaios de toxicidade aguda, atividade antimalárica em Plasmodium berghei, teste de citoxicidade e genotoxicidade. Estes ensaios demonstraram que o óleo de andiroba apresentou baixíssima toxicidade por não ter causado nenhuma alteração no peso e parâmetros hematológicos e bioquímicos. Entretanto óleo de pimenta-de-macaco apresentou baixa toxocidade, por não ter causado alteração no peso e parâmetros hematológicos e bioquímicos, contudo, causou 20% de morte entre os animais tratados. Na atividade antimalárica o óleo de andiroba e fração extraída desse óleo apresentou boa atividade. Já para o óleo de pimenta-de-macaco essa atividade foi menor. Considerando a mistura dos dois óleos e da a fração limonoídica e óleo de pimenta aumentou a atividade antimalárica demonstrando o sinergismo.
    Palavras-chaves: Andiroba, Limonóides, Pimenta-de-macaco e Plasmodium berghei.

  • ELIANA VIEIRA PINTO DA SILVA
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR E ESTUDO IMUNO-HISTOPATOLÓGICO DE ISOLADOS DO VÍRUS MAYARO (TOGAVIRIDAE: ALPHAVIRUS) PROCEDENTES DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 30/05/2014
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  • O Vírus Mayaro (VMAY) é um membro da família Togaviridae gênero Alphavirus, pertencente ao grupo antigênico do Virus Semilike Forest. Sabe-se até o momento, que mesmo com a importância endemo-epidêmica do VMAY, pouco se conhece sobre a patogênese e características genéticas desse vírus. É um arbovírus que esporadicamente causa surtos, com clínica caracterizada por febre, exantema e artralgias na América do Sul, em especial na região Amazônica. Estudos demonstraram que mudanças demográficas e as práticas de uso com a terra, possivelmente podem estar associadas à frequência de infecções em humanos ocasionadas pelo VMAY. Desta forma, neste trabalho foi realizado um estudo filogenético com o sequenciamento do genoma completo de nove isolados do VMAY isolado no Estado do Pará, Brasil, bem como um estudo patológico e imuno-histoquímico de infecção experimental em camundongos neonatos Mus muscullus. No estudo patológico foi realizada a histopatologia através da técnica de hematoxilina eosina e também foi executada a técnica de imuno-histoquímica. O sequenciamento nucleotídico foi realizado pela técnica do pirossequenciamento no equipamento GLS-FLEX 454. O reisolamento das cepas do VMAY do estudo possibilitou a recuperação das noves cepas do vírus que foram passadas em células VERO para utilização nas análises genéticas. O estudo histopatológico e imuno-histoquímico em camundongo neonato mostrou que, o VMAY apresenta um viscerotropismo viral pelos órgãos: fígado, cérebro, pulmão, baço, rim, glândula suprarrenal, pâncreas, músculo esquelético e articulação, demonstrando nestes locais injúrias do tipo inflamatória, além de edema, congestão e hemorragia, tendo predileção por todos estes órgãos, exceto o rim onde demonstrou poucas alterações. A análise genômica dos isolados do VMAY mostrou uma composição em média de 11.425 nucleotídeos, organização gênica com três ORF’s, e as mesmas das proteínas sendo: nsP1, nsP2 , nsP3 e nsP4 e C, E3, E2, 6K , E1. Na região intergênica entre nsP4 e proteínas estruturais, observou-se uma inserção de 33 nt nas amostras BeH 505465 e BeH 505372. A identidade nucleotídica e aminoacídicas entre os isolados do VMAY foi de 94%, sendo as mutações do tipo sinônimas com 90% de transição e 10% de transversão. Além disso, foi observada a inserção de dois aminoácidos no gene da nsP3. A análise filogenética e de ancestralidade dos nove isolados demonstrou que esse vírus está distribuído em dois clados distintos (genótipos D e L), estando de acordo com a atual classificação viral descrita em estudos anteriores, mostrando ainda que os vírus do genótipo L são mais antigos em sua ancestralidade entre os dois genótipos. Dessa forma, este estudo contribuiu para um melhor entendimento acerca do VMAY quanto as suas características moleculares e patológicas da infecção viral.

  • ROZINETE LIMA LOPES
  • ADESÃO A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL DE CRIANÇAS PORTADORAS DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) ATENDIDAS EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 28/05/2014
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  • Estudo referente à Adesão à Terapia Antirretroviral em crianças portadoras da Imunodeficiência Humana 1 ( HIV-1), atendidas em Belém-Pa. Tendo como objetivo geral: Avaliar a adesão à terapia antirretroviral em crianças portadoras do HIV-1 com indicação de tratamento em Belém- Pará. Para o estudo foram traçados como objetivos específicos: Conhecer o perfil socioeconômico de crianças infectadas pelo HIV ou com AIDS em Belém- Pará; Investigar a adesão ao TARV em crianças infectadas HIV com indicação de tratamento para AIDS, atendidas em uma Unidade de Referencia de Belém- Pará; Descrever os fatores que influenciam a adesão à TARV em crianças infectadas pelo HIV; Correlacionar a adesão à TARV com a progressão da AIDS na população estudada.

             No referencial será utilizado o panorama da epidemia do HIV/AIDS, políticas de saúde no Brasil e a AIDS, e a avaliação da Aderência ao TARV em crianças. O método e a abordagem serão qualitativo, descritivo do tipo transversal. Será avaliada toda a população de crianças soropositivas para a infecção pelo HIV com indicação de tratamento para AIDS, atendidas na Unidade de Referência Especializada Materno-Infantil e Adolescente (URE-MIA), localizada na cidade de Belém, no período de Junho a Setembro de 2012. Além das crianças envolvidas nesta pesquisa, farão parte também os respectivos responsáveis pela administração do tratamento, através da resposta ao questionário sócio epidemiológico. Os dados obtidos serão agrupados em um banco gerado pelo Microsoft Office Access versão 2007 e analisados estatisticamente por meio do software Bioestat versão 5.0. Para otimização da exposição dos resultados obtidos serão confeccionados tabelas e gráficos no Microsoft Office Excel versão 2007.

    A análise descritiva dos dados será aplicada através do cálculo da média, mediana, desvio padrão, máxima e mínima. A verificação comparativa dos dados será efetuada por meio dos testes qui-quadrado (χ²) e teste G quando devido.

    Assim, se justifica o estudo das características dos cuidadores, das crianças em tratamento da infecção pelo HIV e da relação cuidador-criança na tentativa de se verificar os fatores que influenciam na adesão ao esquema antirretroviral, visando detectar possíveis pontos passiveis de modificação, no intuito de otimizar esta adesão, evitando ou reduzindo a morbimortalidade causada pela progressão da doença causada pelo HIV.

  • EDNA RAQUEL MENEZES SILVA
  • IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR, CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E FENOTÍPICA DE LEVEDURAS DO COMPLEXO PSILOSIS (Candida parapsilosis, C. orthopsilosis e C. metapsilosis)
  • Data: 16/05/2014
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  • A levedura Candida parapsilosis é um microrganismo emergente com potencial de patogenicidade para candidíase superficial e sistêmica, elevada taxa de mortalidade e importante impacto nos serviços de saúde. É uma levedura comensal da pele humana, considerada uma real ameaça aos pacientes hospitalizados visto que as mãos dos trabalhadores em saúde são importantes vetores para a aquisição de infecções exógenas, além de que este patógeno está frequentemente associado ao uso de dispositivos médicos de longa permanência, uso de nutrição parenteral e neonatos de muito baixo peso, entre outros fatores de risco. A heterogeneidade genotípica dos isolados clínicos identificados como Candida parapsilosis levou à recente designação de três espécies indistintas morfologicamente, mas com diferenças genotípicas suficientes para formar o chamado Complexo Psilosis: Candida parapsilosis, C. orthopsilosis e C. metapsilosis. Estas espécies tem demonstrado diferenças epidemiológicas na Europa, Ásia e América Latina, além de diferenças quanto à fatores de virulência e susceptibilidade aos antifúngicos sendo recomendável, portanto, a identificação de espécimes clínicos em nível de espécie para melhorar o manejo das infecções e o adequado emprego da terapia antifúngica. O presente trabalho tem como escopo a identificação molecular e a descrição de aspectos bioquímicos e fenotípicos de leveduras do Complexo Psilosis provenientes de diferentes sítios corpóreos de pacientes encaminhados ao Instituto Evandro Chagas entre 2005 e 2012. Serão utilizados 52 isolados anteriormente identificados como Candida parapsilosis por técnica semi-automatizada, os quais serão reidentificados pela metodologia automatizada Vitek 2®. A identificação molecular das espécies será por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) convencional utilizando iniciadores espécie-específicos. Será realizada prova colorimétrica em meio de Cultura Eosina Azul de Metileno (EAM) como meio de identificação presuntiva. O perfil enzimático das espécies do Complexo Psilosis será determinado por protocolos que utilizam meios de cultura específicos para cada enzima pesquisada quanto à sua atividade (Gelatinase, Lipase, Urease, DNAse, Caseinase, Fosfolipase e Proteinase). Os isolados também serão testados quanto à formação de biofilme e susceptibilidade aos antifúngicos itraconazol e fluconazol. A partir dos resultados obtidos, espera-se adquirir o conhecimento da distribuição das espécies do Complexo Psilosis e suas características fenotípicas, visando colaborar na vigilância da prevalência destes patógenos na região Norte do Brasil, a qual é carente de tais dados.
  • LURDETE MARIA ROCHA GAUCH
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE ALECRIM (Rosmarinus officinalis) SOBRE LEVEDURAS DO GÊNERO Candida RECUPERADAS DA CAVIDADE ORAL DE PORTADORES DE PRÓTESE REMOVÍVEL
  • Data: 15/05/2014
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  • Leveduras do gênero Candida fazem parte da microbiota oral de indivíduos saudáveis, apresentando-se na forma comensal, porém pode se tornar patogênicas frente a fatores predisponentes produzindo, na cavidade oral, infecções, como a estomatite protética. Diante desse fato objetivou-se neste estudo avaliar a relação entre os fatores locais e funcionais no desenvolvimento da estomatite protética, em portadores de prótese, relacionando-os com a presença de Candida sp. e avaliar a ação do óleo essencial de Rosmarinus officinalis sobre as espécies recuperadas da cavidade oral. Participaram desta pesquisa 99 pacientes portadores de prótese removível em acrílico, para os quais foi preenchida ficha epidemiológica composta de dados como idade, sexo, fatores locais (hábitos de higiene, uso noturno e idade da prótese e estado de conservação), fatores funcionais (dimensão vertical de oclusão, dimensão vertical de repouso, retenção e estabilidade estática e dinâmica) e microbiológicos. Foram coletados os espécimes da mucosa do palato e base da prótese, cultivados em Agar Sabouraud Dextrose por 24 h, a 35°C, sendo as espécies de Candida identificadas com base no perfil de assimilação de carbo-hidratos, a partir do sistema Vitek 2. Para as espécies identificadas, determinou-se a ação do óleo essencial de R. officinalis, considerando-se a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) sobre as leveduras recuperadas. A inibição da formação do tubo germinativo de C. albicans e C dubliniensis foi avaliada na presença de 4% do óleo essencial de R. Officinalis. A estomatite esteve presente em 36,3% (36/99) dos indivíduos avaliados. Estavam colonizados por espécies de Candida 89%, destes 50% apresentaram lesão tipo I; 33,3% lesão tipo II e 16,6% lesão tipo III. O óleo essencial de R. officinalis inibiu totalmente a formação do tubo germinativo. Observou-se que a CIM50 para as espécies variaram de 0,5% a 2%, enquanto que a CFM variou de 1% a 2%. A estomatite protética está associada fatores locais, funcionais e microbiológico. O estado de conservação insatisfatório das próteses foi um fator facilitador para a colonização); e que o óleo essencial de R. officinalis apresentou atividade inibitória e fungicida em isolados de Candida.
  • LOURDES OLIVEIRA GOMES
  • Caracterização Epidemiológica e Laboratorial de crianças com diarréia aguda atendidas em unidades de saúde em Rio Branco, Acre.

  • Data: 09/05/2014
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  • A Doença Diarreica Aguda (DDA) ainda se configura como um dos principais
    problemas de saúde pública no mundo. Aproximadamente dois milhões de crianças
    morrem anualmente, em decorrência das doenças diarreicas. Estes infantes possuem
    menos que cinco anos de vida e são oriundos principalmente de países em
    desenvolvimento. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo principal descrever
    aspectos epidemiológicos e laboratorial da doença diarreica aguda em crianças menores
    de cinco anos no município de Rio Branco, no período de janeiro a dezembro de 2012.
    Trata-se de estudo transversal e retrospectivo com abordagem descritiva e analítica,
    onde as amostras de espécimes fecais foram coletadas a partir de busca ativa,
    acompanhadas das informações relacionadas ao histórico epidemiológico dos pacientes.
    A análise do estudo envolveu 502 participantes, sendo 272 casos e 230 controles. As
    variáveis foram testadas utilizando testes não paramétricos e o cálculo de significância
    estatística foi estabelecido pelo nível alfa (p< 0,05). A abordagem analítica da pesquisa
    foi realizada a partir de um modelo conceitual hierarquico definido durante a realização
    do estudo. Assim, amostras positivas para enteropatógenos foram estatisticamente
    associada aos casos de diarreia aguda (p < 0,0001), quando comparada com o grupo
    controle. A maior frequência das amostras positivas para bactérias enteropatogênicas
    ocorreu na faixa etária de 0<1 ano de idade, e quanto ao gênero, esta frequência foi
    ligeiramente superior no masculino quando comparada ao gênero feminino. As bactérias
    mais presentes nos casos foram as E. coli diarreiogênicas 16 (9,04%), Campylobacter
    jejuni/coli, 10 (5,65%), Shigella spp., 7 (3,95 %) e Salmonella spp., 1 (0,56%). O
    resultado final do modelo conceitual hierarquizado destaca significância estatista das
    associações à diarreia para: outro caso de diarreia na residência (OR = 20,90; IC95%
    4,77- 91,62), consumo de alimento suspeito (OR= 9,39; IC95% 4,16 – 21,20),
    frequência da coleta de lixo (OR=3,33; IC95% 1,32-8,41) e viagem nos últimos 30 dias
    (OR=3,16; IC95%= 1,40-7,14). Os resultados caracterizam-se como importantes
    achados para a vigilância epidemiológica e ambiental da doença diarreica aguda, bem
    como, à implementação de ações preventivas à doença diarreica aguda em Rio Branco.
    Palavras Chave: Diarreia aguda, Epidemiologia, Enteropatógenos, Rio Branco, Acre.

  • JANNYCE GUEDES DA COSTA NUNES
  • ANÁLISE DE EXOANTÍGENOS REGIONAIS E DE REFERÊNCIA DO GÊNERO Paracoccidioides NO SORODIAGNÓSTICO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE HUMANA
  • Data: 09/05/2014
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  • A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção granulomatosa sistêmica causada pelo fungo termodimórfico do gênero Paracoccidioides que é constituído por quatros variantes filogenéticas: PS2, PS3, S1 referentes à espécie Paracoccidioides brasiliensis e Pb01-like à espécie Paracoccidioides lutzii. Aproximadamente 80% dos casos de PCM são encontrados no Brasil, representando a oitava causa de morte entre às doenças infecto-parasitárias, crônicas ou recorrentes. O padrão-ouro para o diagnóstico da PCM baseia-se na observação da levedura multibrotante no exame micológico direto ou isolamento em meio de cultura. Entretanto, algumas vezes existe a dificuldade em se obter positividade nesses métodos, fazendo com que os ensaios sorológicos sejam escolhidos em muitos casos. A sensibilidade e a especificidade dos testes sorológicos variam grandemente, de acordo com a técnica e o preparado antigênico utilizado. O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos clínico-epidemiológicos e imunodiagnóstico de pacientes com suspeita clínica de infecção por Paracoccidioides spp. encaminhados ao Laboratório de Micologia do Instituto Evandro Chagas, Ananindeua-Pará, com base na utilização de exoantígenos obtidos de isolados de referência e de regional de P. brasiliensis (B-339) e P. lutzii (Pb 01-like, IEC-2005 e IEC-1744). Os testes sorológicos empregados foram a Imunodifusão (ID), ELISA, Western Blotting (WB) e ensaio de avidez. Foi encontrada uma proporção entre homem:mulher de 6,4:1, com idade média de 43 anos. Cerca de 77% dos pacientes eram procedentes da zona rural, 77% realizavam ocupações relacionadas ao manejo do solo. Acometimento respiratório, lesão de mucosa oral-nasal e linfoadenopatia foram os sinais e sintomas mais relatados. Dos 133 pacientes avaliados, 4/133 foram positivos ao exame direto. Apenas 29,3% (39/133) foram positivos no ensaio do ID frente ao exoantígeno B-339. 90/133 foram negativos na ID e avaliados frente aos exoantígenos regionais e de referência. Os exoantígenos IEC-1744 e IEC-2005 apresentaram perfil complexo de secreção de proteínas em relação aos exoantígenos de referência. No ensaio de Western blotting, o padrão de reconhecimento foi mais evidente para as proteínas/glicoproteínas presentes no exoantígenos de P. lutzii, independente do grupo de PCM avaliado. Cerca de 99,24% (132/133) dos pacientes com PCM apresentaram anticorpos da classe IgG para proteínas dos exoantígenos IEC-1744 e IEC-2005. O compartilhamento antigênico entre microrganismos fúngicos foi evidenciado pelo reconhecimento de algumas proteínas na faixa de 100 a 30 kDa. O ensaio de ELISA demonstrou que a positividade do teste ficou em torno de 98,48% e 99,24%, com média de títulos de anticorpos IgG entre 1:3200 a 1:25600. O exoantígeno IEC-1744 se mostrou melhor para avaliar o grupo que teve médias de títulos de anticorpos mais baixos. O índice de avidez demonstrou que todos os indivíduos com ID- tiveram anticorpos de alta avidez, indicando a doença cronicidade da doença. Nossos resultados mostram a importância da utilização de exoantígenos regionais e a inclusão de uma metodologia imunoenzimática, aliada à ID, como ferramenta diagnóstica para melhor avaliar os pacientes com suspeita clínica de PCM.
  • ERIAN DE ALMEIDA SANTOS
  • GENOTIPAGEM DE VARIANTES DA PROTEÍNA CIRCUNSPOROZOÍTA DO Plasmodium vivax EM AMOSTRAS HUMANAS DO MUNICÍPIO DE GOIANÉSIA DO PARÁ-PA
  • Data: 25/04/2014
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  • A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e no Brasil ocorrem 3 das 5 espécies causadoras de malária humana, o Plasmodium vivax, P. falciparum e P. malariae. A variação observada na região repetitiva da CSP do P. vivax é o que diferencia as três variantes (VK210, VK247 e P. vivax-like). As situações em que estas variantes são observadas como agentes infectantes mostram-se variadas ao redor do mundo. Sendo a proteína CS um importante marcador molecular, é importante avaliar e analisar quais variantes estão atualmente circulando no Estado do Pará, mais especificamente, no município de Goianésia do Pará que é uma área endêmica para malária, principalmente por P.vivax. Este trabalho objetivou detectar os genótipos das variantes de P. vivax em amostras humanas do município de Goianésia do Pará no período de 2012/2013, visando determinar a frequência das variantes de P.vivax no município de Goianésia do Pará e correlacionar os genótipos encontrados com a parasitemia dos pacientes. Foram coletadas 73 amostras de sangue de pacientes com P.vivax, mais a inclusão de 45 amostras cedidas pelo Centro de Investigação de Microrganismos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. A genotipagem foi realizada pela técnica PCR-RFLP e para análise estatística o teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p<0,05). Um total de 110 amostras foram amplificadas e genotipadas com sucesso. A maior frequência foi observada em VK210 (47,3%). A parasitemia dos genótipos atingiu de 5 a 70,000 parasitos/mm³ Houve diferença significativa entre os genótipos da CS VK210 e a infecção mista VK210 com VK247 (p < 0.001). Houve diferença também entre os indivíduos que possuem a variante VK247 (maior parasitemia) daqueles que não possuem (p < 0,001). Não encontramos indivíduos infectados com os três genótipos da CS (VK210, VK247 e P.vivax-like) juntas, sugerindo que estas variantes estão se adaptando melhor em áreas endêmicas como Goianésia do Pará. A partir das descrições dos genótipos da proteína CS de P. vivax, foi possível obter informações relevantes a cerca da epidemiologia das variantes da CS em uma área endêmica do nosso Estado para que se possa esclarecer um pouco a dinâmica da transmissão destas variantes a fim de que se possam criar subsídios para o desenvolvimento de uma possível vacina.
  • EDNA MARIA FERREIRA COSTA
  • PESQUISA DE ANTICORPOS IgG QUE RECONHECEM A PROTEÍNA 1 DA SUPERFÍCIE DO MEROZOÍTO (MSP1) COMO BIOMARCADOR PARA MONITORAR A INTENSIDADE DA TRANSMISSÃO DA MALÁRIA CAUSADA POR Plasmodium vivax

  • Data: 11/04/2014
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  • Neste estudo comparamos o reconhecimento da proteína recombinante His6MSP119, contendo a porção C-terminal da MSP1, por soros de indivíduos que residiam em localidades do município de Goianésia do Pará, no período de 2010 a 2013. A aquisição natural dos anticorpos IgG tem sido proposta como uma estratégia complementar para subsidiar medidas de controle no monitoramento da transmissão da malária. Para tanto, avaliamos o potencial desses anticorpos como marcador sorológico de exposição à malária. Foram analisadas 464 amostras coletadas nas localidades de Rouxinol, Santa Paula e Ararandeua, áreas com alta transmissão de malária. Também foram analisadas amostras coletadas na região central da cidade de Goianésia do Pará, uma área urbana com baixa transmissão. As amostras de soro foram analisadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) e foram descritos aspectos imunoepidemiológicos. No momento da coleta, foi realizado o exame da gota espessa e obtidos dados como a idade, o número de episódios prévios de malária e o tempo de residência na localidade. Na pesquisa de Plasmodium, apenas 2,8% (13/464) estavam positivos para P. vivax. A porcentagem de soros positivos foi 54,3%, 63,0% e 86,6% nas amostras coletadas em Rouxinol, Santa Paula e Ararandeua, respectivamente. Enquanto que entre os residentes da área central da cidade, a positividade foi 31,7%. Em Ararandeua foram realizadas três coletas, mas apenas 16 indivíduos participaram em pelo menos duas. Nas demais localidades, realizou-se somente uma coleta. A análise da aquisição de anticorpos anti-PvMSP119, nas amostras coletas em Ararandeua, mostrou que não houve variação da positividade, no período de quatro anos; 2010 (92,3%), 2012 (78,3%) e 2013 (85,1%) e nem nos níveis de anticorpos, avaliados por titulação. Portanto, a sorologia confirmou a frequente exposição dessa população à malária. A resposta de anticorpos também foi influenciada por fatores epidemiológicos que indicam maior exposição ao parasito, incluindo a idade e o número de episódios prévios de malária. Os indivíduos com idade acima de 36 anos e os que relataram pelo menos um episódio prévio de malária apresentaram maior taxa de positividade para a pesquisa de IgG anti-MSP119 de P. vivax, confirmando a aplicação da sorologia para monitorar exposição prévia e/ou recente ao parasito.

  • JANAINA GELL DE PONTES VIEIRA
  • ANÁLISE MORFOLÓGICA, BIOQUÍMICA, MOLECULAR E HISTOPATOLÓGICA DA RELAÇÃO PARASITO - HOSPEDEIRO DE MELOIDOGYNE SPP. E HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS EM BELÉM – PARÁ, BRASIL.

  • Data: 28/03/2014
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  • Os nematoides da galhas representados pelo gênero Meloidogyne constituem um dos principais fitopatógenos para importantes cultivos vegetais da agricultura brasileira. Neste trabalho é descrita a ocorrência de espécimes do gênero parasitando o sistema radicular de Spilanthes oleracee L. (jambu) e Erygium foetidum L. (chicória), duas importantes culturas vegetais no Estado do Pará (Amazônia –Brasil). Foram abordados os aspectos morfológicos por microscopia de luz e de varredura, bioquímicos pelo fenótipo de esterase e os aspectos moleculares através da reação em cadeia da polimerase dos parasitos analisados. Segmentos do sistema radicular dos cultivos seleccionados parasitados foram seccionados em microtómo de rotação e analisados por microscopia de luz para comparação com as amostras não parasitadas. Os resultados obtidos pelas análises por microscopia de luz e de varredura e pelo fenótipo de esterases apontam para a ocorrência da espécie Meloidogyne incognita tanto nas amostras de S.oleraceae quanto nas amostras de E. foetidum. Entretanto, nas análises por biologia molecular as amostras dos fitonematoides parasitando as raízes de S. oleracea caracterizam a espécie Meloidogyne incognita e as amostras que parasitam E. foetidum catacterizam a espécie Meloidogyne paranaenses e Meloidogyne incognita. As análises histológicas dos segmentos radiculares das espécies vegetais, revelaram a presença de fêmeas de Meloidogyne induzindo alterações anatômicas nos tecidos radiculares, tais como a formação de células gigantes no sistema vascular e a desorganização dos tecidos vegetais provocada pela ação do parasitismo no córtex e no cilindro vascular de ambos os cultivos analisados. Este estudo é o primeiro relato da ocorrência do gênero Meloidogyne nas hortaliças Spilanthes oleracea e Erygium foetidum na região.
    Palavras- chave: Meloidogyne, Amazônia, Hortaliça, Histopatologia, Bioquímica

  • ELPIDIA DO SOCORRO DE SOUSA COSTA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ, 2008-2012
  • Orientador : ANA CECILIA RIBEIRO CRUZ
  • Data: 19/03/2014
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  • A proposta do projeto é verificar o perfil epidemiológico da dengue na Região Metropolitana de Belém, no periodo de 2008 a 2012, pela aplicação de um estudo descritivo transversal retrospectivo, mediante análise das informações epidemiológicas, clínicas e laboratoriais das fichas epidemiológicas (estimadamente n= 1000 a 1500) de pacientes com diagnóstico de dengue comprovado laboratorialmente.
  • DANIELA CRISTINA SOARES
  • ETIOLOGIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NA MESORREGIÃO DO BAIXO AMAZONAS DO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

  • Data: 14/03/2014
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  • No Estado do Pará, Brasil o risco de transmissão de Leishmaniose Tegumentar (LT) aos seres humano é alto. Sete espécies patogênicas: L. (L.) amazonensis (La), L. (V.) braziliensis (Lb), L. (V.) guyanensis (Lg), L. (V.) shawi (Ls), L. (V.) lainsoni (Ll), L. (V.) naiffi (Ln) e L. (V.) lindenbergi (Lli) estão associadas ao amplo espectro clínico de lesões na pele e mucosas. Sabe-se que o sucesso ou falência à terapia depende da relação parasito-hospedeiro e, portanto a distinção de espécies dermotrópicas pode contribuir no melhor prognóstico clínico, protocolos de tramento e ações de controle da doença. Objetivo: Descrever a etiologia e a resposta ao tratamento ao Glucantime® em uma série de casos de LT. Materiais e Métodos: Ensaios de PCR com alvos para os genes da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e ensaios de PCR-RFLP com marcadores moleculares para espaçadores internos transcritos (ITS 1) e proteína de choque térmico (hsp70-234) foram testados para o DNA de promastigotas das setes cepas de referência de Leishmania que circulam na região. Posteriormente esses ensaios foram aplicados ao DNA extraído de lesão cutânea de pacientes que buscaram atendimento nos centros de saúde dos municípios de Juruti (n = 12; 2010) e Santarém (n = 100; 2009-2011), localizados na mesorregião do Baixo Amazonas, Pará. Neste grupo procedeu-se ao diagnóstico laboratorial e tratamento com Glucantime® [15mg/kg/dia/20 dias] com acompanhamento por três meses, conforme protocolo do Ministério da Saúde. Comparou-se a taxa de cura entre infectados com Lb e com outras espécies pelo teste binomial. Acrescentaram-se ensaios de eletroforese multilocus enzimática (MLEE) aos isolados de Leishmania obtidos de 19 pacientes. Resultados: A PCR-G6PD confirmou a presença do subgênero Viannia e espécie Lb. A PCR-RFLP de ITS 1 discriminou isoladamente as espécies Ln, Ll, La enquanto as espécies Lb/Lg e Ls/Lli obtiveral perfis idênticos. A PCR-RFLP de hsp70-234 distinguiu as espécies Ln, Ll, La, Ls e o pares de espécies de Lg/Lli e Lb/Lli obtiveram perfil idênticos. Em conjunto ensaios moleculares e bioquímicos identificaram 46% (52/112) das amostras em nível de espécie: Lb (61%), Ls (13%), Ln (6%), Ll (4%), La (8%), Lg (6%). Ensaio de MLEE acrescentou a ocorrência de um híbrido de Lg e Lb (2%) para o sistema enzimático 6PGDH. As demais amostras foram tipadas em nível de subgênero Viannia (38%; 42/112) e resultados inconclusivos (16%; 18/112). A taxa de falha terapêutica, calculada para 84/112 indivíduos (75%) que retornaram para avaliação, não variou (Z= 0,8452; p-valor = 0,1990; poder 0,05 = 0,2092) entre pacientes infectados com Lb (25%) e com outras espécies (37,5%). Conclusões: Há simpatria de seis espécies e um híbrido de Leishmania na região. As sondas de ITS 1 e hsp70-234 não são capazes de distinguir as espécies Lb, Lg e Lli isoladamente. Ensaios de PCR-G6PD são fundamentais para distinção de Lb. As taxas de abandono ao tratamento (25%) e de falha terapêutica (29%) são fatores capazes de influenciar a morbidade por LC e deveriam ser considerados no combate à doença.
    Palavras chave: Leishmaniose tegumentar, PCR, RFLP.

  • ELENICE DO CARMO DA SILVA COSTA
  • PERCEPÇÃO DAS INFECÇÕES E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS DE ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE CASTANHAL PARÁ
  • Data: 12/03/2014
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  • Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento da informação de infecções e doenças sexualmente transmissíveis entre adolescentes e adultos jovens que frequentam escolas públicas do município de Castanhal, Pará, Brasil. Métodos: Participaram 268 estudantes entre 14 e 19 anos, de 2 escolas públicas, sendo uma no centro da cidade e outra na periferia da mesma região, que responderam um questionário contendo perguntas abertas e fechadas, previamente validado quanto ao seu conteúdo e objetivos. Tratando questões sobre características socioeconômicas, práticas sexuais, métodos anticoncepcionais e conhecimento sobre DST/IST E AIDS. Após revisão dos questionários, os dados foram inseridos em um banco de dados utilizando-se software Epiinfo versão 3.5.3, com dupla digitação. Resultados. Dos alunos pesquisados 47% era do sexo feminino e 53% do sexo masculino. Quanto á faixa etária, 72.6 % dos jovens participantes tinham entre 14 a 20 anos, estando na periferia o maior número de alunos com idade entre 21 e 30 anos. 50.5% dos estudantes do centro afirmaram usar camisinha sempre e na periferia 47.1% informaram fazer uso do preservativo. A maioria dos estudantes das duas instituições informou ter tido sua primeira relação sexual aos 14 e 15 anos. 95.3% dos jovens das duas escolas do centro responderam nunca ter contraído nenhuma DST. De acordo com as formas de se prevenir AIDS, 92.2% do total de estudantes assinalaram a Camisinha como a principal forma de prevenção do vírus, sendo 90.6% da escola do centro e 94.8% da escola da periferia. Conclusão: Percebe-se que é necessária a realização de campanhas educativas sobre DST/IST e AIDS nas escolas, sobre tudo sob a forma de palestras, sendo que, estas devem ser desenvolvidas na escola, e toda a comunidade escolar, incluindo os pais dos alunos, devem ser envolvidos nela. Atualmente, é nas escolas que se observa uma conexão direta entre dúvidas e esclarecimentos advindos dos estudantes.
  • WANDA RUFINO DE FRANCA BARROS
  • Prevalência de Co-infecção Trypanosoma cruzi/HIV-Aids em Pacientes Atendidos em dois Centros de Referência em Belém.
  • Data: 27/02/2014
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  • Por conta do comprometimento imunológico dos portadores de HIV e a possibilidade de ocorrência de outras infecções e devido à doença de Chagas constituir um dos principais problemas de saúde pública na América Latina, a ocorrência das duas infecções que constituem casos de co-infecção tem sido cada vez mais descrito na literatura. O objetivo desta pesquisa foi estimar a prevalência da co-infecção T.cruzi/HIV em dois centros de referência para as duas doenças e analisar possíveis fatores de risco. No período compreendido entre março e dezembro de 2012, foram coletadas 401 amostras de sangue, sendo 375 de portadores de HIV e 26 de portadores de doença de Chagas, as quais foram testadas para sorologias opostas, momento no qual cada participante foi submetido a um questionário padronizado. A prevalência total de co-infecção foi de 0,3%, identificado em participante do gênero feminino, de 39 anos de idade. Faz-se necessário tanto a conscientização como o monitoramento da população infectada por HIV ou T. cruzi, a fim de identificar casos de co-infecção a tempo de realizar acompanhamento especializado e possibilidade de propiciar melhor qualidade de vida aos portadores de co-infecção T. cruzi / HIV.
  • RAQUEL CARVALHO BOUTH
  • “ÁGUA DE CONSUMO HUMANO COMO FATOR DE RISCO À SAÚDE EM QUATRO MUNICÍPIOS DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ"
  • Data: 27/02/2014
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  • A carência no sistema de saneamento básico associado à ausência de medidas de higiene, e consumo de água de má qualidade proporcionam a prevalência de doenças nas populações humanas. Em decorrência das dificuldades de acesso à água potável em muitos municípios da região Amazônica, o presente estudo objetivou descrever o perfil socioeconômico, avaliar as condições de saneamento e usos da água de consumo domiciliar, verificando sua potabilidade a partir da pesquisa de bioindicadores de contaminação fecal, e identificar os fatores de risco de contaminação da água em relação às condições de saneamento e fontes de consumo nos municípios de Anajás, Chaves, Portel e São Sebastião da Boa Vista, localizados na ilha do Marajó, estado do Pará; Foram visitados 340 domicílios, em cada residência foi realillzada uma entrevista com a pessoa responsável pela família, ondem foram respondidas perguntas sobre saneamento, moradia e hábitos. Além do questionário, em cada um foram coletadas duas amostras de água, uma de beber (da geladeira) e de consumo geral da família (torneira da cozinha). As amostras de água foram submetidas ao teste qualitativo utilizando a técnica do Substrato Cromogênico Definido ONPG-MUG, e a amostra de água de consumo foi submetida à análise dos parâmetros físico-químicos.Nos quatro municípios houve predomínio de baixo nível de escolaridade; atividade econômica informal e baixa renda mensal. Observou-se elevado índice de domicílios construídos sobre terrenos alagadiços e alagados, predomínio de domicílios sem acesso à rede pública de esgotamento sanitário, elevado índice de domicílios que possuem acesso à coleta pública do lixo. Na água de consumo se observou que a quantidade de C. totais foi maior no município de Chaves, com 100 % de amostras fora dos parâmetros de potabilidade estabelecido pelo Ministério da Saúde na portaria Nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. A pesquisa de E. coli, nos permitiu observar que o Município que apresentou maior positividade a bactéria foi São Sebastião da Boa Vista (57,8 %). Nas amostras de água de beber dos domicílios, observou-se que 100 % estavam fora dos parâmetros de potabilidade para o consumo humano qunado se refere à C. Totais. Chaves foi o município que apresentou maior quantidade de amostras de água de beber contaminadas por E. coli (82,9%). Quanto aos parâmetros abióticos observou-se que a média de pH dos municípios de Anajás e Portel estava abaixo do estabelecido pela portaria. A determinação dos fatores de risco associados com a contaminação da água demonstrou que a fonte de abastecimento, como o consumo de água de fontes alternativas (água de poços e de rio), e não tratamento da água apresentam risco à saúde de quem a consome. Este estudo aponta para a necessidade de monitoramento de indicadores de qualidade de água, permitindo a caracterização de grupos de maior risco na população, oferecendo os fundamentos para políticas do setor da saúde.
  • BARBARA BRASIL SANTANA
  • AVALIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS E DO NÍVEL DE EXPRESSÃO DO GENE IL-28B (IFN-3) EM ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE ANTICORPOS ANTI-Chlamydia trachomatis E ANTI-Chlamydia pneumoniae EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
  • Data: 25/02/2014
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  • O presente estudo teve como objetivo analisar se os polimorfismos rs12979860, rs8103142 e rs8099917 no gene IL-28B estão associados à presença de anticorpos anti-Chlamydia e com o desenvolvimento de doença cardiovascular. Foram avaliadas amostras de sangue de 230 pacientes com doença cardíaca (troca de válvula e doença arterial coronariana) e 300 indivíduos sadios (doadores de sangue). A identificação dos polimorfismos assim como da expressão do mRNA do gene IL-28B foram realizadas após extração DNA e RNA total a partir leucócitos. As analises de amplificação foram realizadas por meio da reação em cadeia mediada pela polimerase em tempo real (qPCR). Os resultados revelaram uma maior prevalência dos genótipos mutantes (rs12979860TT, rs8099917GG, rs8103142CC) no grupo controle quando comparado aos pacientes com doença cardíaca (p=0.0008, p=0.0031 e p= 0.0049, respectivamente). Esses três genótipos também mostraram maior prevalência entre os pacientes em comparação ao grupo controle, quando levou-se em consideração a presença de anticorpos anti-Chlamydia (p=0.0011, p=0.0014 e p=0.0039). O mesmo não ocorreu quando da ausência desses anticorpos. Os genótipos selvagens rs12979860CC e rs8103142TT na presença de anticorpos anti-Chlamydia pneumoniae mostraram maiores níveis de expressão de mRNA. Pacientes portadores do genótipo rs8099917TT e anticorpos de Chlamydia pneumoniae apresentaram menor expressão de mRNA IL-28B. O presente resultado sugere que a presença de polimorfismos de IL-28B assim como expressão de mRNA parece estar associados com a suscetibilidade de infecção a Chlamydia e, talvez, ao aumento da predisposição para o desenvolvimento de doença cardiovascular inflamatória, porém mais estudos necessitam ser feitos para confirmar ou não estes achados preliminares.
  • MARGARETE DO SOCORRO MENDONÇA GOMES
  • AVALIAÇÃO DA RESPOSTA TERAPÊUTICA E DA CONCENTRAÇÃO SANGUÍNEA DE ANTIMALÁRICOS PARA O Plasmodium vivax NO CONTEXTO DAS INTERAÇÕES FRONTEIRIÇAS DO BRASIL COM A GUIANA FRANCESA.

  • Data: 21/02/2014
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  • A malária é um problema de saúde para as pessoas que vivem e viajam na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa, ao longo do rio Oiapoque, sobretudo devido à mineração ilegal de ouro na Guiana Francesa, com convergência para a cidade de Oiapoque, onde 85% dos casos são devidos ao Plasmodium vivax. No Brasil o tratamento para a malária pelo P. vivax usando cloroquina + primaquina ainda mantém a sua eficácia terapêutica, com tudo, no Estado do Amapá, há casos de recidivas, sobretudo nos pacientes oriundos dessa região de fronteira, mas, vários fatores influenciam o sucesso ou insucesso terapêutico e foram considerados nesse estudo. As variantes da Proteína Circunsporozoíta (CSP) do P. vivax, VK 210, VK247 e P. vivax-like, também foi contextualizada nessa fronteira. Esta pesquisa avaliou o perfil dos pacientes afetados com P. vivax e descreveu as características locais da transmissão; avaliou a resposta parasitológica e terapêutica dos pacientes com malária vivax frente ao esquema padrão, considerando os determinantes externos da falha terapêutica, e; descreveu a distribuição e as frequências genotípicas da CS do P. vivax em Oiapoque, no contexto da fronteira Franco-brasileira. Foi realizado em 2011, na cidade de Oiapoque, estudo descritivo das características sócio demográficas dos pacientes com malária vivax, em 103 indivíduos, usando formulários estruturados, e o estudo retrospectivo da incidência de casos de P. vivax e precipitação acumulada de 2006 a 2011; para estes indivíduos também foi efetuado o estudo de seguimento do tratamento com cloroquina por 3 dias e primaquina por 7 dias acompanhados em D0, D3, D7, D14, D21 e D28. Foi avaliado o controle de qualidade dos comprimidos, revisão do diagnóstico microscópico, ajuste da dose de primaquina em função do peso do paciente, a aderência ao tratamento, concentrações sanguíneas de cloroquina e primaquina e as respostas parasitológica e terapêutica. Assim como, o estudo dos genes da CS do P. vivax em 91 amostras sanguíneas desses pacientes, por extração de DNA, em seguida analise por PCR/RFLP de um fragmento desse gene. Os casos predominaram em homens adultos (63,4%), com baixa escolaridade, sobretudo na faixa etária de 20-29 anos, e a garimpagem ilegal foi a principal atividade ocupacional. Migrantes dos estados do Pará e Maranhão representam 55,4% dos pacientes e 31,7% dos casos de P. vivax foram importados da Guiana Francesa. Houve correlação negativa entre a precipitação mensal acumulada e a incidência de casos por P. vivax, com mais casos nos meses menos chuvosos (p = 0,0026). A resposta parasitológica e terapêutica foi adequada em 99,0% dos casos. Os comprimidos estavam dentro dos limites ideais de qualidade. Não foi observado discordância do diagnóstico; noventa e cinco pacientes foram acompanhados por 28 dias e aderiram ao tratamento, 32.6% receberam o ajuste de dose/peso para primaquina e todos os acompanhados alcançaram níveis sanguíneos ideais de antimaláricos. O genótipo VK210 foi o mais comum (62,6 %), seguido pelo P. vivax-like (2,2 %) e VK247 (1,1 %) em infecções simples. Foram detectados todos os três genótipos CS presentes em infecções mistas: VK210 + VK247 (26,37 %) e VK210 + P. vivax-like (7,69 %). As variantes dos genótipos da CS do P vivax foram similares nas amostras dos infectados em Oiapoque e nos garimpos franceses, (X2, p valor = 0.1963 > 0.05). As migrações relacionadas com a mineração ilegal de ouro foram identificadas como um importante propulsor da malária neste local. Em Oiapoque, o esquema terapêutico ao tratamento da malária por P. vivax permanece altamente eficaz, desde que seja observada a qualidade dos antimaláricos, o diagnóstico preciso, o ajuste do peso/dose de primaquina e a adesão ao tratamento. Os mesmos genótipos da CS do P. vivax VK210, VK247 e P. vivax-like, circulantes nos garimpos da Guiana Francesa são encontrados no município de Oiapoque, no Brasil. A malária vivax no contexto da fronteira Franco-Brasileira tem como principal característica a intensa mobilidade da população em fluxo contínuo nos dois sentidos, a qual sustenta a doença.

  • NUBIA CAROLINE COSTA DE ALMEIDA
  • MARCADORES DA INFECÇÃO POR Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae E DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA E INFLAMATÓRIA NA FORMAÇÃO DA PLACA DE ATEROMA E PROGRESSÃO À DOENÇA CARDÍACA
  • Data: 20/02/2014
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  • As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte e são associadas a fatores ambientais, comportamentais tradicionais, fatores bioquímicos, genéticos, imunológicos e infecciosos. O presente estudo avaliou a influência de infecções bacterianas (C.trachomatis e C.pneumoniae) e de marcadores imunológicos e inflamatórios (PrtCR, TNF−α, IL−6, IL−8 e IL−10) em 159 pacientes internados para realização de revascularização do miocárdio (RM), 71 pacientes com doença de válvula mitral e aórtica internados para realização de troca de válvula (TV) e 300 indivíduos saudáveis. Dos grupos RM e TV foram coletadas amostras de sangue no pré-operatório e fragmentos de tecido cardiovascular durante a cirurgia e amostras de sangue do grupo controle, entre novembro de 2010 a outubro de 2012, em três hospitais em Belém, PA. A detecção de anticorpos para C.trachomatis e C.pneumoniae foi realizada por um ensaio imunoenzimático e confirmada pela microimunofluorescência. Os fragmentos de tecido (placa de ateroma, válvula cardíaca e aorta ascendente) foram submetidos à qPCR para detecção de DNA das duas espécies de Chlamydia. Foi realizada a análise de polimorfismo da região promotora de cada marcador e a quantificação relativa da expressão gênica de TNF-α, IL-8 e IL-10. As PrtCR e IL-6, tiveram a dosagem medida no plasma. A prevalência de anticorpos para C.trachomatis foi de 30,6%, 20,3% e 36,7% e para C.pneumoniae foi de 83,6%, 84,5% e 80,3% (RM, TV e controle, respectivamente). A presença de DNA do plasmídio críptico de C.trachomatis foi detectada em 7,4% das amostras, mas não o DNA da C. pneumoniae. O genótipo GG (rs1800795) de IL-6 demonstrou ser um fator de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular e o genótipo AA (rs4073) de IL-8 um fator de risco para o desenvolvimento de valvulopatias. A presença de anticorpos para C.pneumoniae foi um fator adicional ao risco de doença cardiovascular. A concentração plasmática de PrtCR e IL-6 foi maior em pacientes do que no grupo controle, associadas a presença do genótipo TT e GG, respectivamente. A presença de anticorpos para Chlamydia foi associada a uma maior secreção de PrtCR em pacientes com valvulopatias, assim como a de IL-6 e a presença de anticorpos para C.trachomatis. TNF-α e IL-8 apresentaram baixa expressão gênica em pacientes. A maior expressão de IL-10 foi associada à presença dos genótipos GG e AG. A susceptibilidade genética e presença de marcadores de infecção bacteriana (Chlamydia) representam um maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
  • SANDRA SOUZA LIMA
  • EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE EM BELÉM DO PARÁ
  • Data: 18/02/2014
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  • A tuberculose é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um problema de saúde pública mundial. A distribuição geográfica da tuberculose no Brasil concentra-se nos grandes centros urbanos, isto é, nos municípios que abrigam as capitais dos estados e as regiões metropolitanas. Este trabalho teve como objetivo descrever o padrão espaço temporal da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis, no município de Belém, Pará, no período de 2006 a 2010, utilizando os seguintes indicadores: incidência de casos de tuberculose, incidência de casos com coinfecção TB/HIV-1 e taxa de mortalidade por tuberculose. Foi utilizada a base de dados do SINAN, do SIM e do censo demográfico do IBGE/2010. Para diminuir a influência das flutuações aleatórias os indicadores foram estimados pelo método bayesiano global e local. Para identificar a existência de autocorrelação espacial dependência espacial foi utilizado o Índice de Moran Global e o Índice de Moran Local. Pelo método bayesiano foi possível identificar os bairros com elevadas taxas de incidência de tuberculose, de mortalidade e de coinfecção TB/HIV-1 que realmente necessitam de atenção especial. A análise espacial demostrou que a incidência da tuberculose e a incidência da coinfecção se distribuem de forma aleatória por todo o município e que a mortalidade está concentrada em uma grande área do município de Belém. A incidência da tuberculose e da coinfecção estão associada às condições socioeconômicas da população. A heterogeneidade da distribuição espacial da tuberculose, identificada em Belém, é um fator que confirma que a doença atinge segmentos da sociedade de maneira diferenciada.
  • ANA CAROLINA MUSA GONÇALVES
  • EFEITOS DA INIBIÇÃO DA ENZIMA NADPH OXIDASE SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO E A SÍNTESE DE OXIDO NÍTRICO EM CAMUNDONGOS INFECTADOS PELO Plasmodium berghei

  • Data: 13/02/2014
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  • A malária constitui uma das mais importantes doenças parasitárias negligenciadas e apresenta-se bastante difundida no mundo. A resposta à infecção causada pelos plasmódios manifesta-se primariamente pelo mecanismo de defesa natural do organismo hospedeiro com envolvimento dos fagócitos e, consequentemente, produção de grande quantidade de espécies reativas do oxigênio
    (ERO), tais como o radical superóxido por ação da enzima NADPH oxidase (NOX) durante a explosão respiratória realizada pelos fagócitos. Com o objetivo de avaliar os efeitos da inibição das enzimas NOX sobre o estresse oxidativo associado à malária causada pelo Plasmodium berghei, foram utilizados 230 camundongos divididos em 4 grupos: A = infectados com P. berghei e submetidos à inibição da NOX, B = submetidos à inibição da NOX, C= infectados com P. berghei e D = não infectados e sem uso do inibidor da NOX. Cada grupo foi subdividido em 5 subgrupos que foram
    submetidos à eutanásia após 24h, 5, 10, 15 ou 20 dias após o início do estudo. A inibição do complexo enzimático NADPH oxidase foi realizada com 1,5mM de apocinina em água potável e se iniciou cinco dias antes do período de estudo, sendo mantida diariamente até o dia de eutanásia dos animais, quando foram obtidos o cérebro e os pulmões dos animais para avaliação da peroxidação lipídica por meio das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e determinação dos
    metabólitos do óxido nítrico, através da quantificação de nitritos e nitratos (NN), bem como o sangue total para avaliação da parasitemia. Os resultados encontrados mostram que o grupo A (6,67%) apresentou menor sobrevida do que o grupo C (20%), sugerindo que o estresse oxidativo possa ter um papel protetor na malária, uma vez que quando houve diminuição da produção de superóxido, observou-se menor sobrevida. No entanto, não foram observadas relações entre o tratamento com a
    apocinina e os níveis de TBARS ou NN. Os resultados apresentados sugerem ainda que, embora a inibição da NADPH oxidase tenha diminuído a sobrevida, o uso dessa substância não promoveu alterações significativas no perfil oxidativo nas amostras pulmonares e cerebrais em camundongos infectados pelo P. berghei e, portanto, a síntese de radicais superóxido não seja um componente importante do estresse oxidativo do hospedeiro frente à infecção pelos plasmódios.

  • MICHELLI ERICA SOUZA FERREIRA
  • EFEITO DA INIBIÇÃO DA ATIVAÇÃO DO NF-KB SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO
    NA MALÁRIA CEREBRAL E PULMONAR EXPERIMENTAL CAUSADA PELO
    Plasmodium berghei

  • Data: 10/02/2014
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  • O estresse oxidativo é um desequilíbrio redox que já foi identificado com importante
    papel na patogenia da malária, com destaque nas formas graves da doença como
    no acometimento cerebral e no pulmonar. Em meio a doença e o estresse oxidativo
    uma partícula envolvida em vários processos fisiopatológicos é o fator de
    transcrição NF-kB, responsável pela transcrição de uma série de partículas que
    podem estar envolvidas no agravamento da doença. Utilizando modelo
    experimental murino infectado pelo Plasmodium berghei, realizou-se a avaliação da
    capacidade antioxidante total, peroxidação lipídica e permeabilidade da barreira
    hematocerebral. Ao promover a inibição do NF-kB constatou-se a diminuição da
    parasitemia dos camundongos no 15º e 20º dias após a infecção sem promover
    alteração na sobrevida. No tecido pulmonar poucas substâncias foram reativas ao
    ácido tiobarbitúrico no primeiro dia de análise e ocorreu o aumento da capacidade
    antioxidante a curto e longo prazo. No tecido encefálico o aumento da peroxidação
    lipídica ocorreu a longo prazo e a capacidade antioxidante aumentou de forma
    semelhante ao ocorrido no pulmão, além do prolongamento da manutenção da
    barreira hematoencefáfica com o uso do inibibor do NF-kB. Dessa forma
    concluímos que este fator de transcrição assim como o estresse oxidativo podem
    contribuir com o agravamento da malária.
    Palavras-chave: malária, NF-kB, CAPE, estresse oxidativo, antioxidantes

  • PAULA DO SOCORRO DE OLIVEIRA DA COSTA LAURINDO
  • Efeitos da Inibição da NADPH Oxidase sobre a defesa antioxidante em camundongos infectados pelo Plasmodium berghei.

  • Data: 10/02/2014
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  • A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. Atualmente, reveste-se de importância epidemiológica pela sua elevada incidência no mundo e potencial gravidade clínica, causando consideráveis perdas sociais e econômicas na população em risco, principalmente aquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento. As espécies do gênero Plasmodium são altamente suscetíveis a alterações no equilíbrio redox, as quais podem contribuir para manifestações da doença, tal como as malárias pulmonar e cerebral. As espécies reativas do oxigênio (ERO) tem envolvimento importante no desenvolvimento e progressão da malária. Como a NADPH oxidase é um complexo enzimático especializado em produzir ERO, principalmente o radical superóxido, parece importante avaliar o papel dessas enzimas no perfil oxidativo dessa doença. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar temporalmente os efeitos da inibição das enzimas NADPH oxidase sobre o perfil oxidativo e sobre a defesa antioxidante em camundongos infectados com o Plasmodium berghei. Para tal, 260 camundongos Swiss foram divididos em 20 grupos e submetidos a diferentes tratamentos. O tratamento para inibir o complexo enzimático NADPH oxidase foi realizado com 1,5mM de apocinina em água de beber. A apocinina é um composto orgânico natural, metóxi-catecol muito utilizado experimentalmente como um inibidor da NADPH oxidase. O grupo A correspondeu ao grupo de animais tratados com apocinina e infectados com P. berghei. O grupo B foi formado por animais que foram tratados com apocinina, porém não infectados. O grupo C foi composto pelos animais apenas infectados com P. berghei e o grupo D foi o controle não infectado e não tratado. Observou-se a sobrevida e foram coletadas as amostras de tecido pulmonar e cerebral de acordo com o tempo de infecção de cada grupo (1 dia, 5 dias, 10 dias, 15 dias e 20 dias de infecção). Avaliou-se a parasitemia, os níveis de peroxidação lipídica por meio das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) a e a capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC). O grupo A apresentou menor sobrevida do que o grupo C sugerindo que o estresse oxidativo possa ter um papel protetor na malária, uma vez que quando houve diminuição da produção de superóxido, foi observado menor sobrevida. No entanto, não foram observadas relações entre o tratamento com a apocinina e os níveis de TBARS, TEAC e DPPH. Os resultados apresentados sugerem que, embora a inibição da NADPH oxidase, via tratamento com inibidor apocinina, tenha diminuído a sobrevida, o uso dessa substância não promoveu alterações significativas no perfil oxidativo e antioxidante nas amostras pulmonares e cerebrais em camundongos infectados pelo P. berghei.

2013
Descrição
  • MARCIA MARIA RIBEIRO BASILIO
  • ESTUDO SORO-EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO PORHELICOBACTER PYLORI E A ASSOCIAÇÃO COM GRUPOS SANGUÍNEOS ABO E LEWIS EM DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO CENTRO DE HEMOTERAPIA E HEMATOLOGIA DO PARÁ (HEMOPA)

  • Data: 23/12/2013
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  • A Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa curva-espiralada e microaerófila, especializada na colonização do estômago humano, que infecta mais da metade da população mundial. Embora a maioria dos indivíduos infectados não mostrem sintomas clínicos, a infecção persistente pode causar úlcera gástrica, gastrite crônica atrófica e carcinoma gástrico.O presente estudo verificou a associação entre os marcadores de grupos sanguíneos ABO e Lewis e a infecção pelo H. pylori em doadores de sangue atendidos no Hemocentro Coordenador de Belém – HEMOPA. Para tal 321 doadores de sangue responderam a um questionário relatando condições socioeconômicas bem como antecedentes gastrointestinais que possam estar associados com a infecção. Destes indivíduos foram coletados amostras de sangue e saliva. No sangue foram realizados os seguintes testes tipagem sanguínea ABO e Lewis pelo método da hemaglutinação gel-teste, realizou-se a análise sorológica pelo método de ensaio quantitativo imunoenzimático (ELISA) para verificar a presença do anticorpo IgG anti-H.pylori e investigou-se a presença das seguintes mutações T59G, G508A e T1067A pelo método da PCR. Na amostra de saliva também foram investigados os antígenos ABH e Lewis pelo método dot-Elisa. O estudo demonstrou que a soroprevalência pela H. pylori foi de 77.88%, concordando com estudos prévios que também estimaram uma elevada taxa desta infecção na população de Belém. Adicionalmente, as distribuições de grupos sanguíneos ABO e Lewis com a bactéria H.pylori encontrou-se uma associação estatisticamente significativa nesta amostra de doadores de sangue, revelou uma estreita similaridade com aquela para a população em geral. Entretanto, nenhuma correlação significante foi detectada entre os fenótipos destes sistemas de grupos sanguíneos com a infecção pela H. pylori. Sendo que esta ausência de significância parece ser inerente ao erro amostral, e quando este viés amostral foi reduzido aumentando o tamanho amostral, verificou-se uma associação significante do fenótipo de grupo sanguíneo O/Le(a-b+) com a infecção pela H. pylori. Outro achado relevante foi que as amostras que apresentaram discordância entre os fenótipos Lewis no sangue e saliva estavam relacionadas com pelo menos um do SNPs estudados, que eram consistentes em quase todos os indivíduos com fenótipo Lewis discordantes, independentes se infectados ou não pela bactéria. Em relação aos aspectos epidemiológicos houve uma relação significativa entre o baixo nível socioeconômico, consumo reduzido de frutas e verduras e sintomas gástricos com a soropositividade para H. pylori. Em geral os resultados soroepidemiológicos da distribuição dos antígenos de grupo sanguíneos ABH e Lewis na amostra de doadores de sangue não diferiram daquelas estabelecidas para a população em geral, indicando que estes marcadores atuam na patogênese da infecção pela H. pylori, afetando a suscetibilidade e resistência dos indivíduos em relação à severidade das doenças gástricas.

  • LUCIMAR DI PAULA DOS SANTOS MADEIRA
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DOS VÍRUS DA HEPATITE B (VHB) E VÍRUS DA HEPATITE C (VHC) COINFECTANDO PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) NO ESTADO DO PARÁ
  • Data: 17/12/2013
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  • O Vírus da hepatite B (VHB), Vírus da hepatite C (VHC) e o Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) compartilham rotas comuns de transmissão, mas eles diferem na eficiência pela quais certos tipos de exposição e também diferem na prevalência nas regiões geográficas. A interação entre o HIV-1 e as infecções pelos VHB e VHC podem alterar a história natural e a resposta ao tratamento de ambas as doenças e também podem potencializar a replicação do HIV-1. O presente trabalho teve como objetivos detectar a prevalência das infecções pelos VHB e VHC e identificar os genótipos circulantes entre os portadores do HIV-1. Foram utilizadas 410 amostras de portadores do HIV-1 provenientes da Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE DIPE), coletadas no período de setembro 2007 a janeiro 2009. Os plasmas foram submetidos a um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA para detecção de anticorpos (anti-HBctotal, anti-HBcIgM, anti-HBs e anti-VHC) e antígeno (HBsAg). A identificação dos genótipos foi realizada por reação de sequenciamento, a partir dos produtos amplificados da reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR), e regiões do gene S e 5’NTR, para o VHB e VHC, respectivamente, e a construção de árvores filogenéticas. O grupo examinado incluiu 61% de indivíduos do sexo masculino, 53,3% solteiros, com renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos (72,7%) e 28,7% com o ensino médio completo. Dentre os examinados 69,7% declarou ser heterossexual, 1,7% relatou o uso de drogas endovenosa (UDE), 31,5% disse ter tido um parceiro portador de HIV-1 e 14,9 % referiu ter tido mais de um parceiro por mês. Foram encontrados marcadores para infecção passada ou persistente pelo VHB em 57,2% e em 3,4% pelo VHC. A infecção passada pelo VHB foi encontrada em 48,4% e em 8,8% coinfecção HIV-1 e VHB; a imunidade vacinal para o VHB foi demonstrada em 9,2% dos indivíduos. A genotipagem do VHB mostrou que todas as amostras pertenceram ao genótipo A, e as do VHC foram dos genótipos 1(75%) e 3(25%). Não houve associação estatística, entre a carga viral plasmática do HIV-1 e a contagem dos linfócitos T CD4+ com as coinfecções. Foi encontrada associação entre a contagem dos linfócitos T CD8+ entre os monoinfectados e os coinfectados HIV-1 e VHC (p=0,01), assim como entre os coinfectados HIV-1 e VHC e infecção passada pelo VHB (p=0,004). O uso de drogas endovenosas foi associado com a infecção pelo VHC e a orientação homossexual foi associada com a infecção crônica pelo VHB. É necessário, manter-se a vigilância por meio de novos estudos de epidemiologia molecular para conhecer os genótipos circulantes do VHB e VHC em portadores do HIV-1 no Estado do Pará e as mudanças dos fatores de risco que acompanham as três infecções.
  • ELAINE MARIA DE SANTANA
  • PERCEPÇÃO SOBRE O RISCO DE EXPOSIÇÃO A INFECÇÕES PELOS VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1, VÍRUS DA HEPATITE B E VÍRUS DA DENGUE, DOS ENFERMEIROS DE QUATRO UNIDADES DE SAÚDE PÚBLICAS DE PORTO VELHO, RONDÔNIA
  • Data: 17/12/2013
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  • Estudos sobre a percepção de risco são de suma importância para o melhor conhecimento de sua dimensão e interpretação. Este estudo envolveu 147 enfermeiros de quatro unidades de saúde públicas de Porto Velho, Rondônia, no ano de 2012. Foram descritas, a partir da aplicação de um questionário, as percepções dos enfermeiros inerentes aos riscos das exposições aos HIV, VHB e DENV relacionados aos convívios sexual, ocupacional e com o ambiente domiciliar e comunitário. Quanto ao perfil geral da população: 80,3 % eram mulheres e 19,7 % homens; a faixa etária mais abrangente foi a de até 40 anos com 71,4 %; para o estado civil 50,3 % foram de casados; a naturalidade com 59,9 % foram de lugares diferentes de Rondônia. O perfil ocupacional foi constituído de: carga horária semanal de até 40 horas com 53,1 %; o tempo de serviço até dez anos com 55,7 % e a escolaridade com 74,1 % para a pós-graduação. Os dados estatísticos referenciados sobre a exposição à infecção pelo HIV foram: quanto ao local de vulnerabilidade 52 % no trabalho; 95 % da população realizaram o teste sorológico para o HIV; 67 % declararam como motivo da testagem o fator controle e 14 % para o pós-acidente ocupacional; sobre a possibilidade de maior risco de exposição ao HIV, 86,4 % referiram durante o procedimento assistencial e 31,3 % na relação sexual desprotegida; o motivo afetivo obteve para o sexo desprotegido 52,4 % das declarações. Nas referências sobre o VHB: 96,6 % eram vacinados; 32 % sofreram acidente ocupacional; com 14 % de ocorrências de ruptura de pele; 22 % notificaram seus acidentes; a existência de tratamento pós-acidente nas unidades de saúde foi referida por 29 %; o uso de EPI na assistência de portador do VHB foi de 87 %. Para o DENV: confirmaram casos da doença 35,3 % para uma vez, 10,8 % para duas vezes e 2,1 % para três vezes; no que se refere ao exame sorológico, para quem teve um episódio da infecção 9,5 %, para dois episódios 4,8 % e para três episódios 0,7 %; o local de provável vulnerabilidade ao DENV com 81,4 % para qualquer lugar; não possuem saneamento básico na residência 66,7 %; e, sobre a existência de condições favoráveis ao ciclo evolutivo do mosquito transmissor da dengue 46,2 % disseram não existir. Identificar a origem e a complexidade dos fatores que comprometem a segurança e a prevenção de riscos foi à base fundamental do contexto deste estudo, ao descrever a percepção do indivíduo na relação com o convívio social, ocupacional e ambiental.
  • TATIANY OLIVEIRA DE ALENCAR MENEZES
  • Candida albicans ISOLADA DA CAVIDADE ORAL DE PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV-1: CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E SUSCETIBILIDADE ANTIFÚNGICA FRENTE AOS EXTRATOS BRUTOS HEXÂNICO, ETANÓLICO E ACETATO DE ETILA DE TRÊS ESPÉCIES VEGETAIS
  • Data: 13/12/2013
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  • A Candida albicans é a espécie mais relacionada com processos de colonização na cavidade oral de indivíduos normais e imunocomprometidos, mas a severidade da candidíase em pacientes HIV-1 positivos pode ser atribuída à virulência da levedura. O uso indiscriminado de antimicrobianos em pacientes com redução do número de linfócitos TCD4+, que apresentam constantes recidivas de candidíase oral ou esofágica é o fator que provavelmente influencia na ocorrência de resistência a diferentes drogas, sendo a caracterização fenotípica da Candida albicans, isolada desses pacientes, etapa relevante para a pesquisa de novos antifúngicos. Dentro dessa perspectiva, o objetivo foi avaliar a Candida albicans isolada da saliva de 300 pacientes HIV-1 positivos, através de testes fenotípicos, para relacionar os principais fatores de virulência da levedura, caracterizar os morfotipos mais frequentes e determinar a suscetibilidade antifúngica de extratos naturais como Eleutherine plicata (marupazinho), Psidium guajava (goiabeira) e Syzygium aromaticum (cravo-da-índia) como forma de tratamento alternativo da candidíase oral. As amostras foram semeadas em meios específicos para isolamento e posterior identificação através do sistema automatizado Vitek 2. Para a caracterização fenotípica foram realizados os seguintes testes: morfotipagem, tubo germinativo e enzimotipagem. A avaliação da atividade antifúngica foi realizada pelo método de difusão em meio sólido, utilizando discos de papel. Das amostras avaliadas verificou-se o isolamento de 123 do gênero Candida, e dessas 98 foram identificadas como Candida albicans, caracterizadas em sete morfotipos diferentes, os três mais frequentes foram 7208, 7308 e 3208. Todas as amostras de Candida albicans isoladas formaram tubos germinativos e mostraram-se produtoras de proteinases e fosfolipases com atividade de intermediária a alta. Das espécies vegetais analisadas, apenas a Syzygium aromaticum apresentou atividade antifúngica frente às cepas de Candida albicans, sendo que o extrato bruto hexânico apresentou melhor eficácia. Palavras-chave: Candidíase oral. Extratos naturais. HIV
  • CLAUDIA RIBEIRO MENEZES
  • MONITORIZAÇÃO DO USO DE ANTIMICROBIANOS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE À RESISTÊNCIA BACTERIANA EM UMA UTI ADULTO
  • Data: 11/12/2013
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  • A resistência bacteriana aos antimicrobianos é um problema de saúde pública emergente e de dimensão mundial. O uso inadequado de antimicrobianos pode ser um fator predisponente ao surgimento de infecções por micro-organismos multirresistentes. A monitorização do consumo de antimicrobianos é uma componente estratégica do controle da resistência bacteriana. Entre os métodos para mensurar o consumo de antimicrobianos a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a metodologia da ATC/DDD (Anatomical Therapeutic Chemical/ Defined Daily Doses) que tem como objetivo servir de ferramenta para análise da utilização de medicamentos. É utilizada para converter dados sobre o consumo de medicamentos de diferentes origens em unidades comparáveis e permite monitorar o consumo de antimicrobianos e correlacioná-lo com a multirresistência. O objetivo da pesquisa é descrever o padrão de consumo de antimicrobianos em duas UTI de adultos do Hospital de Clínicas Gaspar Viana (HCGV) na cidade de Belém-Pará, no período de 2010 a 2011 e, secundariamente, traçar um perfil epidemiológico dos pacientes atendidos na UTI, descrever as bactérias isoladas de pacientes internados na UTI e o perfil de resistência e susceptibilidade aos antimicrobianos rotineiramente utilizados, buscar associações entre o consumo de antimicrobianos e a geração de resistência bacteriana, determinar a frequência de resistência bacteriana nos pacientes selecionados e buscar associações entre o tipo de internação, o consumo de antimicrobianos e a geração de resistência bacteriana. O presente estudo será descritivo, retrospectivo, e servirá para indicar o consumo de antimicrobianos e a ocorrência de isolados bacterianos resistentes em pacientes admitidos em duas UTI de adultos do HCGV. A amostra será constituída de todos os pacientes admitidos nas UTI de adultos I e II do HCGV, no período de 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011, com uma estimativa de perdas de 10% das unidades amostrais. As informações serão obtidas por meio da análise dos prontuários dos pacientes, do sistema de informação da farmácia hospitalar, dos relatórios da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares e do setor de estatística hospitalar, de forma sistematizada, a partir de um formulário de coleta de dados.
  • SANDRO PATROCA DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE 13 VÍRUS PERTENCENTES AO GRUPO CHANGUINOLA (Reoviridae, Orbivirus)
  • Data: 09/12/2013
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  • O sorogrupo changuinola é constituído por 59 vírus antigenicamente relacionados, cujo isolamento tem sido feito a partir de invertebrados (flebótomus e mosquitos) e várias espécies de mamíferos silvestres. Esses vírus tem sido encontrados somente em regiões tropicais da América Central (Panamá) e do Sul (Brasil), mais especificamente nos estados do Pará, Acre e Amazonas, região Amazônica Brasileira, Norte do País. Os vírus do grupo Changuinola têm sido isolados frequentemente de flebótomus. O presente trabalho objetivou realizar a caracterização genética e análise evolutiva de 13 vírus pertencentes ao grupo changuinola (Reoviridae, Orbivirus) isolados de diferentes regiões geográficas dos estados do Pará e Amazonas entre os anos de 1961 e 1988. A análise morfológica empregando o método de microscopia eletrônica de transmissão (MET) revelou partículas virais com morfologia típica de Orbivirus. Dez segmentos de dsRNA foram observados para cada uma dos vírus do grupo Changuinola mediante a aplicação da técnica de eletroforese em gel de agarose. As sequências nucleótidicas confirmaram a presença de um genoma segmentado formado por 10 segmentos de dsRNA em cada sorotipo dos CGLV. A análise de similaridade e de homologia com as sequências de nucleótidos e aminoácidos disponíveis, revelou similaridade com outras espécies de Orbvirus conhecidas. O segmento 2 (VP2) do CGLV mostrou maior diferença em comparação com outros orbivirus encontrados. A Análise filogenética evidenciou a formação de um grupo monofilético distinto dos demais vírus pertencentes ao gênero Orbivirus, dados esses que corroboraram os achados sorológicos previamente descritos. Eventos de rearranjo genético foram evidentes entre os vírus do grupo Changuinola sugerindo que a troca de segmentos genômicos é um mecanismo de geração de biodiversidade entre esses agentes virais. Este trabalho corresponde ao primeiro relato científico onde se aborda a caracterização genética, morfológicas e evolutiva para os vírus do grupo Changuinola, dados estes importantes para o melhor entendimento a respeito da biologia e epidemiologia molecular desses agentes virais, podendo ser útil para o desenvolvimento de métodos de RT-PCR e derivados para a detecção do genoma desses agentes virais.
  • FABRISIA SILVA D ENCARNACAO
  • INTERAÇÃO PARASITO HOSPEDEIRO ENTRE METACESTÓIDES E Ageneiosus ucayalensis CASTELNAU 1855 (PISCES SILURIFORMES) ORIUNDOS DA BAIA DO GUAJARÁ-BELÉM- PARÁ: ASPECTOS MORFOLÓGICOS, MOLECULARES, BIOLÓGICOS E ANGIOGÊNICOS
  • Data: 06/12/2013
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  • Os helmintos parasitos interagem com seus hospedeiros modulando o sistema imune e desta forma garantindo o seu desenvolvimento, crescimento e longevidade nesses hospedeiros. Um dos meios encontrados para garantir esta permanência é a formação de uma vascularização que atua no transporte de oxigênio e nutrientes do hospedeiro para os parasitos e na excreção de metabólitos desses parasitos para o hospedeiro. Este processo é bem caracterizado no parasitismo de alguns helmintos como o Schistosoma mansoni, porém pouco se sabe a respeito desse aspecto em relação a outros helmintos parasitos. Assim, o presente trabalho tem como objetivos caracterizar os aspectos estruturais e moleculares básicos de larvas de Cestoda da família Proteocephalidae parasitos de Ageneiosus ucayalensis, assim como caracterizar aspectos da biologia e do parasitismo dessas larvas, incluindo processo angiogênico no hospedeiro. Exemplares de Ageneiosus ucayalensis da Baía do Guajará foram adquiridos ainda vivos de pescadores ribeirinhos e as larvas de Cestoda encistadas foram retiradas e submetidas à identificação através das técnicas de taxonomia clássica e biologia molecular. Técnicas histológicas e de microscopia eletrônica foram aplicadas para descrição dos aspectos celulares e estruturais do parasitismo por estas larvas. Entre as larvas de Cestoda, três morfotipos distintos, possivelmente pertencentes a gêneros e espécies distintas, em diferentes fases (Plerocercóide e Merocercóide) foram identificados. Os cistos estabelecem contato íntimo com a superfície dos vasos sanguíneos e os parasitos mostram aspectos ultraestruturais característicos de atividades de troca de metabólitos entre tecido do hospedeiro e parasitos. O conhecimento das moléculas envolvidas no estabelecimento do quadro deste parasitismo bem como a caracterização de fatores angiogênicos se fazem necessários em estudos futuros.
  • DJANE CLARYS BAIA DA SILVA
  • ESTUDO ULTRAESTRUTURAL DO SISTEMA EXCRETOR-SECRETOR DE Rhabdias paraensis SANTOS et al. 2011, PARASITO DE Rhinella marina
  • Data: 06/12/2013
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  • Estudos morfológicos de nematódeos podem esclarecer aspectos da interação do helminto com seu hospedeiro, visto que nematódeos possuem adaptações morfológicas e estruturais que permitem iniciarem e manterem a infestação. Adaptações morfológicas para sobrevivência de nematódeos parasitas são evidentes principalmente em estruturas como: superfície cutícular, boca e glândulas. A superfície cutícular reveste o corpo do nematódeo e pode facilitar a aderência ao tecido do hospedeiro, além de funcionar como estrutura de evasão da resposta imune ou da supressão da mesma. Glândulas, principalmente as esofágicas, anfídiais e as de excreção e secreção, constituem estruturas importantes na interação parasito-hospedeiro, devido secretarem inúmeras proteínas e outras moléculas ao meio que podem influenciar na fisiologia dos hospedeiros. Embora importante poucos trabalhos descrevem a ultraestrutura de glândulas de excreção e secreção, assim como a morfologia do sistema excretor-secretor de nematódeos. Este trabalho, portanto, se propôs a caracterizar aspectos ultraestruturais do revestimento corporal de Rhabdias paraensis Santos et al. 2011 e aspectos da morfofisiológica do sistema excretorsecretor, contribuindo para o entendimento dos processos de adaptação e interação parasito-hospedeiro, no parasitismo em pulmão de anfíbio da espécie Rhinella marina, da Amazônia Oriental. Os nematódeos da espécie Rhabdias parensis utilizados nesse estudo foram obtidas a partir da necropsia de 7 exemplares de Rhinella marina, capturados no bairro do Guamá em Belém-Pa. Os nematódeos foram fixados em Glutaraldeido 2,5% tamponado com Cacodilato de Sódio 0,1M e em Paraformaldeído 4%. Em seguida os nematódeos foram processados para histologia, microscopia a laser confocal e microscopia eletrônica de varredura e de transmissão, conforme metodologia de Pimenta e colaboradores (1997). Nematódeos da espécie Rhabdias paraensis possuem o corpo revestido por: cutícula, hipoderme e camada muscular. A cutícula apresenta especialização cuticular denominada de inflação cutícular e se subdivide em três camadas: camada cortical, camada média e camada basal, além de possuir uma camada adicional elétron-densa fracamente associada à camada cortical. A hipoderme é dividida em quatro cordões hipodermais e é do tipo parcialmente celular, apresentando células nos cordões laterais e sincício celular ao longo das posições intercordais do nematódeo e cujos núcleos são deslocados para a porção lateral do helminto. A musculatura somática divide o corpo do nematódeo em quatro cordões hipodermais e ultraestruturalmente apresenta uma porção contrátil rica em miofibrilas composta de miofilamentos de diferente espessura e na região não-contrátil númerosas mitocôndrias. O sistema excretor-secretor é do tipo tubular, apresentando um canal excretor sinuoso ao longo dos cordões laterais do helminto, que se caracteriza por possuir um lúmen central revestido pelo citoesqueleto e númerosos canalículos que se abrem no lúmen
  • TACIANA FERNANDES SOUZA BARBOSA COELHO
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO GENOMA COMPLETO DE CEPAS DAS VARIANTES ANTIGÊNICAS 2 E 3 DO VÍRUS DA RAIVA ISOLADAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
  • Data: 06/12/2013
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  • O Vírus da Raiva (VRAB) pertence à ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae, sendo o membro protótipo do gênero Lyssavirus. Morfologicamente a partícula do VRAB apresenta-se sob a forma cilíndrica semelhante a um projétil, com uma extremidade arredondada e outra mais plana. O RNA genômico da partícula infecciosa do VRAB contém cinco genes, cada um dos quais codifica uma proteína estrutural do vírus. Desta forma, cinco proteínas distintas compõem a partícula viral, sendo elas: N, P, M, G e L. Para a caracterização molecular do genoma do VRAB foram utilizadas 23 cepas virais isoladas na Amazônia brasileira, sendo 16 delas caracterizadas antigenicamente como variantes VAg3 e sete como VAg2. A identidade nucleotídica entre as amostras de VAg3 foi de 97%, enquanto que para as amostras de VAg2, a similaridade nucleotídca foi de 99%. Foi possível comprovar a circulação do genótipo 1 (GT1) e das variantes VAg2 e VAg3. A análise molecular proporcionou observar a organização genômica, bem como a conservação de motivos e residuos importantes para a função da proteina viral L. Mudanças sítios grupo-específicos e epítopos da proteína N também foram encontrados. Dentre as proteínas do VRAB, a proteina P mostrou-se a mais divergente entre a VAg2 e VAg3. Notou-se uma diferença no peptideo de fusão (posição 118 a 136) na proteína G, especificamente na posição 132, sendo observado Ácido glutâmico (Q) para VAg3 e Histidina (H) para VAg2. Os resultados deste estudo são relevantes, uma vez que disponibiliza novas sequências completas do genoma de várias cepas de VAg2 e VAg3 promovendo a comparação com os dados sorológicos, epidemiológicos e clínicos, bem como por gerar dados sobre as diferenças genéticas entre VAg2 e VAg3, além de propor evidências moleculares que possibilitam explicar o curso clínico da Raiva em relação às diferentes variantes e sugerir novos estudos qe possam eluciar tais questionamentos levantados.
  • FRANCISCO TIAGO DE VASCONCELOS MELO
  • HELMINTOFAUNA DE Plasgioscion squamosissimus (HECKEL, 1840) (OSTEICHTHYES: SCIAENIDAE) DA BAÍA DO GUAJARÁ-BELÉM, PARÁ, BRASIL

  • Data: 05/12/2013
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  • O Estado do Pará é banhado por numerosos igarapés e lagos que constituem duas grandes bacias hidrográficas do país. Este ecossistema forma um ambiente complexo com uma alta biodiversidade de peixes, a qual é explorada pela atividade pesqueira. O estado do Pará contribui com cerca de 40% da produção do pescado do Brasil e dentre os peixes desembarcados nos portos do Estado do Pará, a pescada branca Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) (Sciaenidae) se destaca por sua abundância e importância comercial. No entanto, estudos referentes a helmintos da ictiofauna Amazônica são escassos se comparados com a diversidade de espécies da região. Este trabalho propôs realizar o estudo da diversidade de helmintos parasitos de P. squamosissimus da Baía do Guajará em Belém Estado do Pará, Brasil. No período de um ano foram realizadas coletas de Plagioscion squamosissimus nos mercados do Ver-o-Peso, Porto da Palha e Icoaraci, totalizando uma amostragem de 30 pescadas adultas. Os peixes foram levados ao laboratório de Biologia Celular e Helmintologia "Profa. Dra. Reinalda Marisa Lanfredi" para serem analisados para helmintos. Deste modo os resultados do estudo da helminto fauna de Plagioscion squamosissimus resultou na descrição de uma nova espécie, publicação de três artigos e submissão de mais um artigo em revistas indexadas. A helminto fauna de Plagioscion squamosissimus do presente estudo inclui (representado pelas espécies, seguido da prevalência em parênteses): Brasicystis bennetti (43.5%), Neoechinorhynchus veropesoi: (40%), Trematoda: Cryptogonimidae (26%), Diplectanum sp. (30%), Euryhaliotrema sp. (100%), Aetheolabes sp. (25%); Anisakidae -larva - sp.1 (100%), Contracecum sp. -larva (30%); Proteocephalidae - larva (100%) e Trypanorhyncha - larva (14%). Apesar de ser considerado um hospedeiro com helminto fauna conhecida foi possível descrever novas espécies e adicionar novos dados sobre a morfologia das espécies de helmintos parasitos de P. squamosissimus da nossa região. No entanto, ainda será necessário aprofundadas análises para o diagnóstico específico de alguns helmintos encontrados com coleta de espécimes adicionais, e utilização de ferramentas complementares, como a biologia molecular, para a descrição e diagnóstico do epíteto específico.

  • LUIZ CLAUDIO LOPES CHAVES
  • CORRELAÇÃO ENTRE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO NEORRESERVATÓRIO GÁSTRICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À ‘GASTROPLASIA COM DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y DE ROUX’ PARA O TRATAMENTO DA OBESIDADE E INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORY
  • Data: 03/12/2013
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  • O Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria que coloniza a mucosa gástrica, sendo responsável por várias doenças gastrointestinais e, dentre elas, a úlcera gástrica, a úlcera duodenal, as gastrites e até mesmo o câncer gástrico. A obesidade é uma doença de prevalência crescente. Pelo insucesso no tratamento clínico nesse grupo de pacientes, a cirurgia tornou-se a sua principal alternativa e a gastroplastia com derivação gástrica em Y de Roux é o procedimento mais utilizado no Brasil e no exterior. Há poucos estudos sobre a prevalência do H. pylori em obesos com indicação de cirurgia bariátrica e o papel dessa bactéria no surgimento de lesões inflamatórias no neorreservatório gástrico no período de pós-operatório. A pesquisa foi realizada por meio de análise da endoscopia digestiva alta e do exame histopatológico, para que fosse investigada simultaneamente a presença da bactéria e de lesões inflamatórias no estômago. Em uma primeira fase foram examinados 216 pacientes obesos que se submeteram à cirurgia bariátrica para determinar a prevalência do H.pylori. A positividade se manifestou em 40,70% dos pacientes e não houve preferência por sexo, idade ou Índice de Massa Corpórea (IMC). O H.pylori foi demonstrado como responsável pela atividade inflamatória encontrada na mucosa gástrica desses pacientes (p<0,001). No pós-operatorio os pacientes foram investigados pela endoscopia digestiva alta e exame de histopatologia com a finalidade de avaliar a mucosa do neorreservatório gástrico e a presença de infecção por H. pylori. Aos 6 e aos 12 meses a endoscopia demonstrou que o neorreservatorio gástrico estava normal em 84% dos pacientes examinados, e a incidência de H.pylori foi de 11% aos 6 meses e 16% aos 12 meses, sendo a presença de processo inflamatório relacionado com a infecção pela bactéria (p<0,001). Nesta análise foi observado que: o H.pylori apresenta prevalência em obesos que vão submeter-se a cirurgia bariátrica similar a população em geral; que há baixa incidência de H.pylori aos 6 e 12 meses após a cirurgia, e que isto provavelmente deve-se a sua erradicação quando detectado no pré-operatório e que quando presente a doença inflamatória no neorreservatório gástrico ela tem relação direta com a infecção por H.pylori.
  • JACQUELINE CORTINHAS MONTEIRO
  • AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES DE TNF- α E INTERLEUCINA- 10 EM MULHERES INFECTADAS PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) E PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA 1 (HIV-1), NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 07/11/2013
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  • Muitos estudos têm demonstrado maior prevalência da infecção pelo HPV em pacientes infectados pelo HIV, bem como a associação desta infecção com a ocorrência de lesões precursoras do câncer do colo do útero. A persistência da infecção pelo HPV, em mulheres portadoras do HIV, parece estar relacionada com os níveis de LTCD4+/CD8-, carga viral plasmática do HIV-1 e ocorrência de polimorfismos nos genes de citocinas. Sendo assim, o presente estudo visou determinar a prevalência da infecção pelo HPV e investigar a ocorrência dos polimorfismos genéticos G-308A TNF-α e A-1082G IL-10, em mulheres portadoras do HIV-1. No período de abril de 2010 a dezembro de 2012 foram colhidos espécimes cervicais de 184 mulheres portadoras do HIV-1 que se submeteram a realização do PCCU, na UREDIPE, Entretanto, apenas 169 mulheres foram elegíveis para a pesquisa. De cada participante foi coletada duas amostras cervicais, uma destinada à análise citológica e a outra destinada à análise por biologia molecular. A pesquisa de HPV foi realizada através da técnica Nested-PCR, empregando-se os iniciadores MY09/11 e GP5+/6. A genotipagem do HPV foi realizada com o emprego do kit LINEAR ARRAY HPV Genotypin Test. A determinação dos polimorfismos genéticos foi realizada por meio PCR e posterior análise de fragmentos de restrição por digestão enzimática. A prevalência da infecção pelo HPV foi de 63,3%. O HPV-16 foi detectado em 40,4% dos casos, seguido do HPV-52 (12,8%). A infecção pelo HPV foi predominante no grupo de mulheres esfregaço citológico livre de alteração pré-maligna e, mais prevalente nas mulheres em idade reprodutiva, solteiras, com baixo nível de escolaridade e que utilizavam preservativos nas relações sexuais. Observou-se associação entre a infecção pelo HPV e as variáveis independentes: uso de preservativo, múltiplos parceiros sexuais e história pregressa de IST. As análises das frequências alélicas e genotípicas mostraram que o alelo TNF-α*A e o genótipo TNF-α AA apresentaram distribuição semelhantes independente da infecção pelo HPV. Já o alelo IL-10*G e o genótipo IL-10 GG exibiu frequências maiores no grupo sem HPV. Não se observou diferenças estatísticas entre as frequências alélicas e genotípicas e a infecção pelo HPV, tão pouco com os diferentes graus de lesão intra-epitelial. A alta prevalência do HPV encontrada no estudo corrobora com outros achados descritos na literatura. A predominância da infecção em mulheres com citologia livre de alteração pré-maligna reforça a ideia de que a infecção é, em sua maioria, assintomática. Neste estudo, os polimorfismos genéticos não mostraram associação com a infecção pelo HPV e nem com as lesões intra-epiteliais.

  • ROGERIO VALOIS LAURENTINO
  • INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS NO GENE MDR-1 EM PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA TIPO 1 (HIV-1) EM BELÉM, PARÁ
  • Data: 18/10/2013
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  • A glicoproteína-P é um transportador, codificado pelo gene humano MDR1 (ABCB1), de grande relevância clínica, pois apresenta ampla especificidade de substrato, incluindo uma variedade de drogas com diferentes estruturas atualmente em uso clínico, dentre elas os inibidores de protease. O presente trabalho teve por objetivo investigar de forma transversal, a influência do genótipo para os diferentes polimorfismos do MDR1 (C+139T, C1236T, T-76A, G2677T/A, C3435T) em portadores do vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) em Belém, Pará na terapia antirretroviral contendo inibidores de protease (IP) no esquema, por meio dos níveis de linfócitos T CD4+, da carga viral e da toxicidade do tratamento farmacológico analisando os níveis plasmáticos de marcadores bioquímicos (uréia, creatinina, TGO e TGP) utilizados como parâmetro para indicação clínica de lesão hepática ou renal. Foram incluídos no estudo 90 indivíduos portadores do HIV-1, atendidos na Unidade de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais que faziam uso de TARV por mais de seis meses, os dados foram coletados no período de outubro de 2010 a março de 2011. Os resultados observados sugerem que o uso de inibidores de protease no esquema de TARV favorece a toxicidade hepática, (p < 0,03), as médias dos marcadores bioquímicos também se apresentaram diferentes entre os tratamentos com e sem inibidores de protease (p < 0,001). A análise dos SNP apresentou uma frequência alélica e genotípica que difere das descritas em outras populações brasileiras. Nenhum dos SNP investigados apresentou uma associação com a carga viral do HIV-1, apenas o SNP na posição T-76A apresentou associação com o nível de linfócitos T CD4+. O SNP no exon 6 apresentou associação com o marcador TGO, no exon 12 foram encontradas associações com os marcadores creatinina, uréia e TGO, para o exon 17 foram observadas associações com os marcadores uréia, TGO e TGP, o exon 21 apresentou associações com os marcadores creatinina e uréia e o exon 26 apresentou associações significativas com os marcadores creatinina, uréia e TGP. Novos estudos sobre o papel dos polimorfismos do transportador MDR1 e enzimas envolvidas no metabolismo de drogas são necessários para elucidar o papel dos efeitos farmacogenéticos na terapêutica para o HIV e a toxicidade relacionada ao uso de antirretrovirais.
  • ELISANGELA DA SILVA FERREIRA
  • PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE LINFOMA NÃO-HODGKIN E A PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) EM PACIENTES ATENDIDOS EM BELÉM-PARÁ
  • Data: 17/10/2013
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  • A deficiência imunológica é uma das causas que pode levar ao desenvolvimento do linfoma não-Hodgkin (LNH). Os LNH são as neoplasias que mais acometem os portadores do HIV, sendo um risco de 60 a 100 vezes superior ao da população soronegativa. Os LNH surgem em todos os grupos de exposição para infecção por HIV, abrangendo todas as idades e diferentes países, com semelhantes características epidemiológicas e clínico patológicas. A escassez de dados de literatura que demonstrem o comportamento dessa neoplasia em infectados pelo HIV no estado do Pará motivou à realização do presente estudo, que teve como objetivo descrever o perfil clínico epidemiológico dos pacientes portadores de LNH e a prevalência da infecção pelo HIV em pacientes atendidos em um hospital público no estado do Pará. Trata-se de um estudo descritivo transversal com dados obtidos através da análise de prontuários de portadores de linfoma não-Hodgkin atendidos por médicos oncohematologistas no Hospital Ophir Loyola. Do total de 94 portadores de LNH, fizeram parte da amostra 62 pacientes cadastrados no período de 01 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, os quais preencheram os critérios de inclusão. Não foram realizados testes de significância devido o tamanho amostral não ser o suficiente para realização de inferência. O resultado do estudo mostrou que 51,6% eram do sexo masculino e 48,4% feminino, com idade média de 53 anos. A maioria dos pacientes (25,8%) possuía apenas o nível fundamental incompleto e 54,8% residia no interior do estado do Pará. A profissão mais acometida foi de trabalhadores rurais (19,4%). Os portadores de LNH não infectados pelo HIV foram 90,3%. Observou-se que tanto o grupo de indivíduos acometidos por HIV quanto os não infectados, a maioria encontrava-se nos estadios II e III do linfoma. Os pacientes negativos para o HIV apresentaram como sítio primário, na maioria, os linfonodos, sendo que 67% infectados pelo HIV as estruturas extra nodais. A maioria dos pacientes eram portadores do subtipo LNH difuso de grandes células B, tanto em pacientes HIV negativo (89%) quanto em positivo (83%). Todos os pacientes realizaram tratamento quimioterápico e 56% foram submetidos a sessões de radioterapia. Metade dos pacientes infectados por HIV estava em remissão e 60% dos soronegativos encontravam-se nesse estadio. Houve uma distribuição proporcional entre os sexos dos portadores de LNH infectados pelo HIV, sendo que os soropositivos tinham entre 30 a 39 anos (50%) e os HIV negativos estavam entre 60 e 69 anos (27%), mostrando que os infectados pelo HIV eram mais jovens do que os não infectados. Portanto, esse estudo pode servir como base para outros estudos epidemiológicos realizados nesta região, devido a carência de trabalhos e a esse respeito, bem como descrever o perfil dos portadores de LNH e HIV a fim de que se possa realizar uma análise do acometimento dessas patologias associadas, ao longo dos anos.
  • WALBER DA SILVA NOGUEIRA
  • DISTRIBUIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE EM BELÉM (PARÁ) E MESOREGIÃO: PERÍODO DE 2007 A 2011
  • Data: 16/10/2013
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  • A dengue é uma arbovirose muito frequente no Brasil. Constitui-se em um dos principais problemas de saúde pública no mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais, com 2,5 a 3 bilhões de pessoas expostas ao risco de serem infectadas. O objetivo do estudo foi demonstrar as características epidemiológicas de pessoas acometidas pela dengue, sua incidência assim como, sorotipo, circulante na Região Metropolitana de Belém (RMB) no período de 2007 a 2011. Foi realizado um estudo descritivo observacional e ecológico no qual foram avaliados características e aspectos epidemiológicos da dengue na RMB realizado a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), obtidos na Secretária de Saúde Pública do Estado do Pará (SESPA). As variáveis analisadas foram: notificações, casos confirmados, gênero, faixa etária, escolaridade, sorotipo, evolução clínica, confirmação e classificação. O total de casos notificados foi de 31.335, enquanto que o número de casos confirmados laboratorialmente foi de 12.346, destes, 43% de pessoas atingidas pela dengue do gênero masculino, e 57% do gênero feminino. A faixa etária mais atingida foi entre 20 e 39 anos com circulação dos quatros sorotipos da dengue no período estudado na RMB. Ocorreu elevação na notificação de casos de dengue no ano de 2007e em 2010. Dos 12.346 casos confirmados de dengue no período estudado 10.471, foi de dengue clássica, no período estudado. A precipitação pluviométrica isoladamente não pode ser considerada fator predisponente para aumento no numero de casos de dengue, entretanto, no presente estudo foi possível observar relação significativa entre a precipitação pluviométrica e o aumento do numero de casos de dengue, pressupondo haver maior representatividade quando ocorre aumento da precipitação pluviométrica concomitantemente com a temperatura. Portanto observou-se que há um padrão sazonal de incidência da dengue nos municípios pesquisados, coincidindo principalmente com os meses referentes ao período chuvoso (dezembro a maio). Destaca-se que, uma parcela significativa dos dados registrados no SINAN apresentavam dados epidemiológicos incompletos ou ausentes, dificultando uma análise mais aprofundada da real situação epidemiológica da dengue no estado do Pará, e em particular na RMB.
  • ALUISIO FERREIRA CELESTINO JUNIOR
  • DESENVOLVIMENTO E PADRONIZAÇÃO DE TÉCNICA DE RT-PCR EM TEMPO REAL PARA DETECÇÃO DO VÍRUS MAYARO (TOGAVIRIDAE: ALPHAVIRUS)
  • Data: 10/10/2013
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  • A Hepatite C ainda é causa importante de morbimortalidade no mundo inteiro. Cerca de 170 milhões de pessoas no planeta estão infectados por este vírus que hoje representa  a principal causa de demanda por transplante hepático no Brasil. O estudo procura identificar possíveis mutações ocorridas no vírus da hepatite C após tratamento com medicamentos que compõem o protocolo terapêutico recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil. Amostras de soro de 50 pacientes que tiveram diagnóstico através de biologia molecular serão processadas e sequenciadas para identificar possíveis mutações. Grande parte da resistência aos medicamentos usuais para hepatite C decorre da resistência dos vírus a este fármacos atualmente utilizados

  • MARTHA HELENA MEIRELES SANTANA
  • PERFIS CLÍNICO, EPIDEMIOLÓGICO E LABORATORIAL DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE TUBERCULOSE, NOTIFICADOS NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ
  • Data: 08/10/2013
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  • A tuberculose (TB) continua como grave problema de saúde pública no mundo e o surgimento de cepas do M. tuberculosis resistentes a antibióticos é um desafio para o controle da doença. O Pará registra em média, 3.000 novos casos de tuberculose por ano.O presente estudo tem por objetivo descrever e analisar as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais de indivíduos notificados por tuberculose no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Belém, Pará, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2011, com base em dados obtidos nas fichas de notificação de tuberculose do Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN), levantadas na Divisão de Arquivo Médico (DAME) do referido hospital. Foram analisados 2.242 casos de pacientes com idade de zero a 92 anos, de ambos os gêneros e os maiores índices da doença foram encontrados no gênero masculino (63,1%). A média da idade foi de 37 anos ea faixa etária mais acometid pela doença foi de 25 a 48 anos. Foram mais acometidos os indivíduos residentes em zonas urbanas (93,2%), de grupo étnico pardo (88%) e que possuíam grau de escolaridade entre 5 a 7 anos de estudo (45,2%).A forma clínica predominante da doença foi a pulmonar (61,3%), seguida da extrapulmonar pleura l(14,8%).O exame histopatológico (76,1% positivos) e a cultura do escarro (72,6% positivos) foram os exames que apresentaram maior sensibilidade no diagnóstico da tuberculose. Em 84,2% dos casos o RX de tórax evidenciou alterações suspeitas. A principal comorbidade foi a infecção por HIV-1 (21%).Com base na análise dos dados, verificou-se que a prevalência de casos notificados da doença em serviço de referência ainda permanece alta em se tratando o HUJBB um serviço de atenção à saúde de nível terciário.
  • MARIA LUCIA COSTA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MULHER NO CICLO GRÁVIDO PUERPERAL COM INFECÇÃO PELO HIV-1
  • Data: 04/10/2013
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  • Está pesquisa tem como objetivo descrever as características epidemiológicas das mulheres infectadas pelo HIV-1 no período grávido puerperal, atendidas no Sistema alojamento da Fundação da Santa Casa de Misericórdia do Pará e Unidade de Referência Materno Infantil e do Adolescente em Belém do Pará. O estudo foi do tipo epidemiológico descritivo, transversal. Foram selecionadas 64 puérperas, destas 07 não preencheram os critérios de inclusão e foi excluída da análise, na amostra ficaram 57 puérperas. As informações foram obtidas por meio do questionário, ficha perinatal, prontuário hospitalar e no prontuário da criança da Unidade de Referência Materno Infantil e do Adolescente. As informações foram armazenadas em um banco de dados no programa Acess, usou-se o programa Microsoft Office Excel 2010 para formulação das tabelas com porcentagens e por meio do programa SPSS 17.0 que juntamente com o programa BioEstat 5.0, foram utilizados para a aplicação dos testes estatísticos. Nos resultados obtivemos faixa etária entre 18 a 39 anos, sendo que a maior frequência ocorreu no grupo de 22 a 25 anos (28,1%). Houve predominância de mulheres com residência em Belém (71,9%), o grupo foi constituído em sua maioria (61,4%) de pessoas com até oito anos de estudo, a maioria 84,2%, relatou renda familiar com menos de um salário mínimo, maioria das puérperas era solteira (89,5%), situação conjugal 73,7% referiram ter companheiro, das puérperas 93,0% realizaram o pré-natal, quanto ao tratamento 19,3% não realizaram tratamento e 80,7% realizaram tratamento, nas palestras de educação a saúde 56,1% não foram as palestras, dos recém-nascidos 64,3% do sexo masculino, dentre os recém-nascidos 1 (1,7%) confirmado à transmissão vertical do HIV-1. Com base nos dados obtidos e na discussão foi possível concluir que: A maioria das mulheres com HIV-1 examinadas neste estudo foi de 18 a 39 anos, onde o maior percentual foi entre 18 a 29 anos; as puérperas, em sua maioria, procederam do município de Belém; a religião católica foi o maior percentual encontrado nas puérperas soropositivas; a escolaridade correspondeu a 8 anos de estudo, a maioria das puérperas apresentou-se como tendo uma atividade profissional do lar, mas sem vínculo empregatício, com remuneração familiar mensal inferior a um salário mínimo; no estado civil a maioria das entrevistadas foi solteira e vive com companheiro; a maioria das mulheres portadoras do HIV-1 realizou o pré-natal, iniciado até o quarto mês de gestação, no peso inicial das puérperas a maioria foi entre 45 a 50 quilos e no peso final entre 55 e 60 quilos. Na correlação das médias do peso inicial e final mostrou diferença significante, realizado no Teste t; a consulta de enfermagem e médica foi em número de 2 a 4 consultas; na educação à saúde a maioria das puérperas não participou das palestras; as variáveis dos recém-nascidos, a maioria das mulheres pariram fetos saudáveis do sexo masculino, o Apgar no 1º e 5º minuto de vida com 8 batimentos por minuto (bpm); 13 recém-nascidos foram de baixo peso (BP), um óbito fetal, 42 em bom estado geral; na transmissão vertical um dos recém-nascidos foi infectado pelo HIV-1, acredita-se que devido a mãe não aderir ao uso da terapia antirretroviral. PALAVRAS CHAVES - Perfil epidemiológico, mulher, ciclo grávido puerperal, Infecção, HIV-1.
  • ARISTOTELES GUILLIOD DE MIRANDA
  • A Epidemiologia das doenças infecciosas no início do século XX e a criação da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará
  • Data: 03/10/2013
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  • O final do século XIX mostrou duas características importantes na área da saúde. A primeira indicava a continuidade da ocorrência de doenças ocasionadas por agentes infecciosos que incluíam a febre amarela, malária, cólera e varíola. Por outro lado, a situação econômica do Estado do Pará com o início da perda da exclusividade na produção extrativista do maior gerador de riquezas para o Estado, a borracha, levou a uma situação em que se tornava cada vez mais difícil e caro a formação de novos médicos paraenses no exterior ou em outros Estados brasileiros. O início do século XX trouxe a abertura de faculdades na cidade de Belém, incluindo duas na área da saúde (Farmácia e Odontologia), além de uma regulamentação nacional para a criação e abertura de cursos de medicina. O Estado do Pará, sob a influência do esforço de Oswaldo Cruz com seu trabalho de eliminação de febre amarela na cidade de Belém, em uma aplicação prática dos novos conhecimentos gerado pela descrição de agentes infecciosos nas formas de transmissão por meio de vetores e a aplicação de novas maneiras de prevenção e controle de doenças (saneamento e vacinas), após se organizar, a princípio por meio de uma sociedade científica de forma inovadora, cria a oitava escola de medicina do país, em 9 de janeiro de 1919 com o nome de Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará.
  • MARIA DO SOCORRO BANDEIRA DE JESUS
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA TUBERCULOSE E RISCOS PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ÁREA URBANA DE PORTO VELHO, RONDÔNIA
  • Data: 01/10/2013
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  • A tuberculose (TB) é um problema grave, e ainda impõe grandes desafios frente ao seu controle e eliminação como problema de saúde pública. O estudo teve como objetivo caracterizar a distribuição da tuberculose na área urbana de Porto Velho, Rondônia, Brasil, em 2010, e conhecer os riscos para os profissionais dos serviços de atenção à TB. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN) do ano de 2010, livros de controles de TB, e foi realizado inquérito de prova tuberculínica (PT) em 348 profissionais de saúde. Os dados foram analisados por meio do Programa BIOESTAT versão 5.0. O teste do qui-quadrado, com intervalo de confiança de 95% e nível de significância igual ou menor a 0,05 foi aplicado para comparação entre os grupos. Para elaboração dos mapas foram utilizados os programas Surfer 9 e Software Global Mapper 13. A incidência de TB na população em 2010 foi de 74,47/100.000 habitantes, com 22,0% dos bairros da cidade considerados com alto risco de tuberculose para a população; A proporção de profissionais com TB foi de 2,74%. As maiores frequências de TB foram encontradas no pessoal de enfermagem, com 37,5% e técnicos de laboratórios, 25,0%, os bairros com baixo risco da doença para os profissionais, na maioria, foram considerados de médio e alto risco para a população; A prevalência da prova tuberculínica positiva acima de 10 mm foi de 54,0% e taxa de efeito booster 36,6%. As maiores frequências de PT positivas foram encontradas entre os técnicos e/ou auxiliares de enfermagem com 23,9%, assistentes administrativos, 17,0%, trabalhadores da área de diagnóstico, 15,6%, enfermeiros 14,4% e agente comunitários de saúde 12,8%, Houve ampla distribuição de profissionais com PT positivas nas unidades de saúde, com tendência de alto risco do agravo em 47,6% delas; A vulnerabilidade dos profissionais frente à ILTB mostrou-se agravada pelo contexto das condições de trabalho, pelos acidentes de trabalho com riscos para TB, e pouco uso do equipamento recomendado para proteção respiratória. As atividades profissionais de enfermeiro e ACS, a faixa etária de 42 a 49 anos, renda familiar de 2 a 4 salários mínimos, tempo de trabalho na saúde acima de três anos, as unidades de referências terciária e secundária, os serviços de urgência e a região 1 da cidade se apresentaram com potenciais de vulnerabilidades. Os resultados sugerem a necessidade de políticas públicas e de saúde capazes de promover mudanças do perfil epidemiológico da população; e reorganização dos processos de trabalho com um programa efetivo de biossegurança nas unidades de saúde para minimizar os riscos potenciais de TB. Torna-se importante a intensificação das ações preventivas na região 1 da cidade, a expansão do tratamento supervisionado em toda a atenção primária de saúde, maior atenção aos sintomáticos respiratórios e o exame dos contatos. Palavras chave: tuberculose, teste tuberculínico, pessoal de saúde, epidemiologia, distribuição espacial.
  • VIVIAN SUSI DE ASSIS CANIZARES
  • Aspectos microbiológicos, antimicrobianos e incidência de úlceras por pressão na cidade de Porto Velho- RO.

  • Data: 01/10/2013
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  • Apesar do crescente desenvolvimento tecnológico mundial, que tem proporcionado expressivo avanço no diagnóstico e tratamento de feridas, os números de portadores de lesões cutâneas crônicas têm aumentado significativamente neste século. Segundo dados divulgados pelo Medical College of Ohio, existiam aproximadamente 2,8 milhões de pacientes portadores de feridas crônicasem 2004 nos Estados Unidos, entre elas destaca-se as Úlceras por Pressão. Define-se  Úlcera por Pressão (UP), como uma hipóxia progressiva que culmina com lesão celular e posteriormente uma necrose, desenvolvida quando um tecido mole é aprisionado entre uma proeminência óssea e uma superfície externa, por um determinado período de tempo. São diversos os fatores causadores das UP, fatores internos e externos ao paciente. Entre os fatores externos vale destacar o que se segue. A cidade de Porto Velho, local proposto para a realização deste trabalho, situada na região amazônica, passa atualmente por um acentuado desenvolvimento regional, evidenciado por alterações no cenário político, social e demográfico. Estas alterações são advindas principalmente da construção das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, situadas no Rio Madeira, respectivamente a 8 km e 130 km da capital do Estado de Rondônia. Sabe-se que todo desenvolvimento urbano traz consigo aumento na demanda do sistema de transportes, que por sua vez requer a implementação de planos urbanísticos e ações públicas adequadas para absorver esta nova realidade. No entanto, não observa-se, até o momento, a efetivação de medidas para absorver este novo cenário. Desta forma observa-se a falta de estrutura viária, a precariedade na formação e seleção dos condutores e o despreparo dos órgãos públicos na condução deste, que se constitui um grave problema de saúde pública em Porto Velho. Assim sendo, os acidentes de trânsito nesta capital são considerados como a principal causa de óbitos e de ocorrência de invalidez e ferimentos graves, que podem levar ao surgimento de UP . Aliado aos problemas anteriormente mencionados, o interesse e motivação pelo tema foi se solidificando ao longo de anos de atividades práticas, onde se evidenciou um número significativo de pacientes que convivem com feridas por longo tempo, sem apresentar melhora. Além disso, apesar da inexistência de dados estatísticos, destaca-se o elevado número de pacientes com UP advindas de traumas ortopédicos decorrentes de acidentes de trabalho com a extração e beneficiamento de madeira (prática laboral presente em todo Estado de Rondônia) assim como aqueles decorrentes da violência. Reforçando esta evidência, destaca-se os dados a seguir. No ano de 2007 foram realizadas em Porto Velho, no Hospital de Base Ary Pinheiro, 6426 cirurgias, destas, 1478 (23%) foram para correções de traumas ortopédicos. Acredita-se ser de grande relevância este estudo, uma vez que não existem pesquisas científicas ou dados oficiais sobre o assunto em foco, que possam direcionar a implementação de estratégias preventivas e/ou curativas baseadas nas características regionais e locais.

  • MARCELO MONTEIRO MENDES
  • A ENFERMAGEM DIANTE DAS INCAPACIDADES FUNCIONAIS DA PET/MAH SEGUNDO MIF E A RELAÇÃO COM O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM BELÉM-PA
  • Data: 30/09/2013
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  • Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico as incapacidades funcionais de portadores de PET/MAH atendidos em um serviço especializado em Medicina Tropical em Belém-PA. Foram analisados 22 indivíduos sintomáticos para PET/MAH, dos quais 14 eram do sexo feminino (63,64%), 13 (59,09%) com idade superior a 50 anos. A média de idade dos pacientes foi de 50,89 anos (± 9,10). Através da análise laboratorial, evidenciou-se que a contagem de linfócitos TCD4+ dos pacientes variou de 448 a 2420 células/mm³ e a contagem de linfócitos TCD8+ de 357 a 1612 células/mm³. A contagem da carga proviral variou de 235 a 19.624 cópias/106 células PBMC. Ao relacionar o perfil da contagem de linfócitos TCD4+ e TCD8+ mostrou-se que a maioria dos pacientes necessita de alguma modalidade de assistência funcional para a realização de suas atividades de vida diária. Já para a carga proviral, os que apresentaram contagem superior a 10.000 cópias/106 células PBMC, são os que mais necessitam de assistência funcional. Foi possível, utilizando-se as teorias de enfermagem, relacionar as incapacidades funcionais com a atuação da enfermagem, a partir de um elenco de diagnósticos, segundo NANDA e intervenções de enfermagem de acordo com a NIC. O estudo conclui que os pacientes infectados com HTLV-1 sintomáticos para PET/MAH, apresentam incapacidades diagnosticada pela escala de MIF, em diferentes graus, de acordo com a contagem de linfócitos TCD4+ e TCD8+ e ainda carga proviral, e que as incapacidades variam de máxima assistência à independência total, e que de acordo com os sinais e sintomas por ele apresentados e as atividades de vida diária que estavam comprometidas, subsidiando-se nas teorias de enfermagem, é possível prestar uma assistência sistematizada, individualizada, adaptada e de caráter reabilitador a esses pacientes.
  • FÁBIA MARIA PEREIRA DE SÁ
  • Prevalência da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) em funcionárias públicas da Secretaria de Educação do Município de Ariquemes, Rondônia, Brasil.

  • Data: 30/09/2013
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  • A pesquisa visa estabelecer a prevalência, os genótipos e a correlação com fatores individuais do Papilomavírus Humano (HPV) entre funcionárias da Secretaria de Educação do Município de Ariquemes, Rondônia, Brasil. Para tanto, o trabalho foi dividido em etapas, a saber: aplicação de formulários com o intuito de estabelecer o perfil sócio-epidemiológico da população investigada, bem como o nível de conhecimento sobre o HPV e sua relação com o câncer de colo de útero; coleta das amostras cervicais para realização do PCCU (Preventivo do Câncer de Colo de Útero) e a biologia molecular, por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).

  • MARIA DO CEU AZEVEDO SOUZA
  • EFEITOS DA INIBIÇÃO DO TNF-α SOBRE A SÍNTESE DE ÓXIDO NÍTRICO, MARCADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DEFESA ANTIOXIDANTE EM CAMUNDONGOS INFECTADOS POR Plasmodium berguei
  • Data: 30/09/2013
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  • Diante da importância epidemiológica da malária, discute-se nos últimos anos o envolvimento de vias de regulação redox em diversos estágios da infecção pelo Plasmodium, que pode estar relacionado aos mecanismos patogênicos desencadeados pelo parasita, envolvendo radicais livres e defesas antioxidantes nas células hospedeiras, integradas à expressão de citocinas, como o interferon gama (IFN-γ) e o Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α), afim de debelar a infecção. Entretanto, estudos sugerem que citocinas pró-inflamatórias como o TNF-α estejam associadas à malária severa e fatal. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de um inibidor de TNF- (Infliximabe) sobre a síntese de óxido nítrico (NO), marcadores do estresse oxidativo e defesa antioxidante em camundongos infectados por Plasmodium berghei. Para tal, 180 camundongos foram divididos em 3 grupos (Grupo A, B e C) e 12 subgrupos com 15 animais cada. No grupo A, os animais foram inoculados com P. berghei, pré-tratados 48 horas com infliximabe/100mg (3mg/kg no 1 dia, ip); Grupos B os animais foram inoculados com P. berghei, pré-tratados 48 horas com solução de NaCL a 0,9% (3mg/kg no dia 1, ip); Grupos C os animais foram inoculados com hemácias não infectadas e pré-tratados 48hs com infliximabe/100mg (3mg/kg no dia 1, ip). Os animais foram submetidos à eutanásia nos períodos de 24 horas, 5 dias, 10 dias e 15 dias. Os parâmetros oxidativos foram avaliados pelos métodos de Substância Reativa ao ÁcidoTiobarbitúrico (TBARS), Capacidade Antioxidante Equivalente ao Trolox (TEAC), Nitritos e Nitratos (NN) e TNF-α. Dessa forma, a inibição do TNF-α causou a diminuição dos valores de TBARS, tanto em amostras pulmonares como cerebrais, bem como dos valores de TEAC. Também pode se observar que a inibição da síntese do TNF- α causou aumento dos valores do NO, em relação aos animais não tratados, como também causou aumento da parasitemia. Podemos observar que os efeitos do TNF- α sobre marcadores oxidativos, síntese de NO e evolução da parasitemia parecem depender de outros mediadores não analisados no presente estudo. Supomos que o inibidor funcionou, porém pode ter havido reação cruzada do kit de TNF- α e efeito rebote do organismo.
  • AURILEIDE NORONHA QUEIROZ
  • CONDIÇÕES DE SANEAMENTO E INCIDÊNCIA DE DOENÇA DIARREICA AGUDA EM QUATRO MUNICÍPIOS DO ARQUIPÉLAGO MARAJOARA - PARÁ NO ANO DE 2012

  • Data: 27/09/2013
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  • A doença diarreica aguda ainda é responsável por uma grande proporção de mortes (16%) em crianças menores de 5 anos, apesar do manejo dessa doença e dos consideráveis avanços no conhecimento dos diferentes mecanismos fisiopatológicos de ação, causados pelos diversos agentes enteropatogênicos. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico, das condições de saneamento básico e da incidência de doença diarreica aguda nos municípios de Anajás, Portel, Chaves e São Sebastião da Boa Vista, localizados no Arquipélago Marajoara, Pará-Brasil, no ano de 2012. Tratando-se de um estudo transversal, quantitativo que utilizou dados primários coletados em visita domiciliar e dados secundários disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Pará e pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Dos 400 domicílios visitados, 339 fizeram parte do estudo obedecendo-se aos critérios de exclusão. Nos quatro municípios houve predomínio de baixo nível de escolaridade entre os entrevistados (analfabetismo e nível fundamental); atividade econômica informal e baixa renda mensal (menor que um salário mínimo e de uma a dois salários mínimos). Observou-se elevado índice de domicílios construídos sobre terrenos alagadiços e alagados; construídos em madeira, inclusive o piso, cobertos com telhas de fibrocimento e com banheiros construídos na área externa do domicílio (com exceção de Chaves). Nos municípios em estudo, a maioria dos domicílios tem de três a quatro cômodos ocupados com uma a cinco pessoas. Houve predomínio de domicílios sem acesso à rede pública de esgotamento sanitário, sendo superior a 90% nos municípios de Anajás, Chaves e São Sebastião da Boa Vista, neste último, 48% dos domicílios visitados deposita os dejetos a céu aberto. Observou-se elevado índice de cobertura dos domicílios visitados pela coleta pública do lixo. A principal fonte de abastecimento da água de consumo em Chaves e São Sebastião da Boa Vista foi a rede pública. Em Anajás, Portel e Chaves houve elevada frequência de domicílios que armazenam a água de consumo em recipientes reutilizados como as embalagens de refrigerantes. Todas as amostras da água de consumo coletadas nos quatro municípios estiveram positivas para a presença de coliformes totais. A faixa etária mais acometida pela doença diarreica aguda foi a de menores de um ano de idade. No município de Portel houve elevada frequência de aplicação do plano de tratamento destinado a doença diarreica aguda com sinais de desidratação.Observou-se relação estatisticamente significativa entre o número de casos da doença diarreica aguda e o índice de precipitação no município de Chaves, no qual o maior número de casos foi registrado no mês de março, coincidindo com o maior índice de precipitação registrado pela Estação de Soure.Este estudo aponta para a necessidade de monitoramento de indicadores com vistas a identificar diferenciais nos perfis de morbimortalidade por doença diarreica aguda, permitindo a caracterização de grupos de maior risco na população, oferecendo os fundamentos para políticas do setor saúde que focalizem a promoção da equidade e o bem estar social por meio de intervenções em saúde pública em grupos mais vulneráveis da população, como as comunidades marajoaras.

  • AMANDA SOARES DE VASCONCELOS
  • Efeito da suplementação de Agaricus sylvaticus sobre o estresse oxidativo, defesa antioxidante e perfil lipídico em adultos HIV positivos em uso da terapia antirretroviral
  • Data: 27/09/2013
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  • A introdução da terapia antirretroviral é considerada o cuidado padrão global no tratamento da infecção pelo HIV Porém se levarmos em consideração uma adequada aderência ao tratamento, o uso prolongado desses medicamentos traz consigo efeitos adversos decorrentes como um quadro de estresse oxidativo sistêmico e a síndrome da lipodistrofia. Além da alta produção de radicais livres, os indivíduos HIV positivos apresentam uma redução na sua capacidade antioxidante total, consequência da própria infecção e também pela baixa capacidade de absorção dos micronutrientes. Desta forma, além das evidências da relação dos distúrbios lipídicos com o estresse oxidativo a suplementação alimentar com micronutrientes com atividade antioxidante poderia ser um complemento ao tratamento dos indivíduos infectados com sinais e sintomas da doença causada pelo HIV. Portanto, objetivou-se verificar o efeito da suplementação nutricional do cogumelo Agaricus sylvaticus sobre as alterações oxidativas, a defesa antioxidante e o perfil lipídico em adultos infectados pelo HIV e que fazem uso da terapia antirretroviral. Para realizar este estudo, selecionou-se 45 adultos entre 21 e 50 anos de idade, de ambos os sexos que foram suplementadas por um período de seis meses. Vinte e quatro sujeitos receberam suplementação de Agaricus sylvaticus e vinte e um receberam placebo. Foram obtidas amostras de sangue antes do início da suplementação e após seis meses de uso da mesma e fez-se análise dos marcadores do estresse oxidativo (TBARS), da capacidade antioxidante (TEAC), do perfil lipídico e dos marcadores imunológicos para a infecção pelo HIV. Observou-se que os valores de TBARS nos indivíduos que receberam o Agaricus sylvaticus diminuíram de forma significante após os seis meses de suplementação, já no grupo suplementado com o placebo os resultados não foram significativos. Também se constatou um aumento significante no valor do TEAC apenas no grupo suplementado de A. sylvaticus. Não foram observadas alterações significantes no perfil lipídico e nos marcadores imunológicos dos sujeitos estudados. No estudo das correlações o grupo suplementado com placebo apresentou correlação positiva significante entre TBARS e LDLc, e TBARS e colesterol total. Correlação negativa significante foi obtida entre TEAC e CV neste mesmo grupo. Já no grupo suplementado de Agaricus sylvaticus houve correlações negativas significantes entre HDLc e TBARS, TEAC e LDLc, HDLc e CV. Assim, os resultados sugerem o envolvimento do estresse oxidativo nas alterações causadas pela infecção por HIV e pelo uso da terapia antirretroviral, sendo que o uso de uma suplementação antioxidante provavelmente ajudaria a amenizar as consequências do estresse oxidativo sobre a fisiopatogenia desta doença.
  • SORAYA NEDEFF DE PAULA
  • ROTAVÍRUS: PREVALÊNCIA E FATORES QUE INFLUENCIAM SUA OCORRÊNCIA EM CRIANÇAS DE ZERO A QUATRO ANOS EM PORTO VELHO, RONDÔNIA.
  • Data: 26/09/2013
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  • A diarreia em crianças menores de cinco anos de idade por rotavírus ainda é na atualidade, um problema relevante de saúde pública no Brasil, traduzido nos danos ao desenvolvimento da criança, podendo inclusive levar ao óbito. Os objetivos dessa tese foram determinar a prevalência da infecção por rotavírus em nosso estado, associar aspectos epidemiológicos informados com a infecção, classify strains seconds VP4 and VP7,, identificar os diferentes perfis eletroforéticos, identificar a cobertura vacinal e fatores que dificultaram a vacinação. Estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado em um hospital infantil na cidade de Porto Velho – RO. Foram coletadas 167 amostras de fezes de crianças de zero a quatro anos no período de agosto de 2010 a junho de 2011. A identificação para positividade foi através de ensaio imunoenzimático, genotipagem por PCR e EGPA para identificação dos perfis eletroforéticos. Os resultados obtidos demonstraram uma prevalência de 22,8%. A maior taxa de infecção 60,5% ocorreu em crianças menores de dois anos. A sazonalidade não demonstrou característica marcante, mas sim um pico elevado em fevereiro. Não houve significância estatística entre positividade para rotavírus e fatores epidemiológicos, sociais e econômicos. Nas características das fezes observou-se que 50,0% referiram à presença de muco, 7,9% sangue, 5,3% parasitas e 23,7% a presença de restos alimentares. Os sinais e sintomas mais incidentes foram 86,8% vômitos; 76,3% febre; 52,6% anorexia; 47,4% dor abdominal; 31,6% emagrecimento; 7,9% náuseas e 5,3% astenia. A investigação sobre o percentual de crianças que receberam as duas doses da vacina foi 63,5% destas 52,6% foram positivas para rotavírus. O fator informado para a não realização da vacina foi o esquecimento com 17,4% dos responsáveis 14,4% não soube referir e 8,4% referiu falta da vacina na UBS. Os genótipos identificados foram: G9P8 (33,3%), G2P4 (20,8%), NTP8 (25,0%), G12NT (8,3%), G3P8 (4,2%), G9NT (4,2%), e G2+G9P8 (4,2%). O perfil curto foi representado por G2P4. A cobertura vacinal com duas doses não foi realizada em 80,0% dos sorotipos G2P4, G9P8 (50,0%), G3P8 (100,0%) e NTP8 (66,6%). Concluímos que os aspectos epidemiológicos não apresentaram significância estatística para positividade do rotavírus o que confirma que a infecção independe de classe social e/ou saneamento básico, houve predominância do genótipo G9P8, emergência do G12 e inexistência do genótipo G1. A cobertura vacinal mostrou baixa adesão. Sugere-se, aumentar a cobertura vacinal e o monitoramento das cepas circulantes.
  • JEANNE LUCIA GADELHA FREITAS
  • SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA DE CEPAS DO HIV-1 EM MÃES E CRIANÇAS SOB TERAPIA ANTIRETROVIRAL (TARV), EM PORTO VELHO-RO, 2010-2011
  • Data: 26/09/2013
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  • A Transmissão Vertical do HIV-1, a despeito do êxito do protocolo de prevenção- ainda é o maior dos desafios no controle da infecção no binômio mãe-filho. O diagnóstico tardio e a fraca adesão/interrupção da terapia antiretroviral, favorecem a emergência de subtipos/cepas resistentes e/ou transmitidas, com impacto no prognóstico reprodutivo. O presente estudo descreve o perfil epidemiológico, subtipos circulantes e a resistência genotípica do HIV-1 aos ARV usados (ou não) num grupo de gestantes, mães e crianças do Serviço de Atendimento Especializado em Porto Velho-RO, 2010 a 2011. O perfil sócio-comportamental e reprodutivo das 65 mulheres, foi obtido com entrevistas e aplicação de questionários, associados ao histórico clinico, imunológico e virológico levantados dos prontuários. A identificação dos subtipos virais foi pela análise filogenética e genotipagem dos genes da transcriptase reversa e protease do HIV-1, em laboratório de referência da rede RENAGENO. As gestante e mães possuem histórico de escolaridade/renda precárias, pré-natal tardio, gestações pós-diagnóstico (55,38%), filhos HIV+ (16,92%), parceiros atuais sorodiscordantes/sem sorologia (58,45%), com práticas de sexo desprotegido mesmo após diagnóstico. A prevalência da TV geral foi de 13,6%, acima do previsto na região Norte (13,4%) de treze anos atrás. A taxa de TV foi baixa quando o diagnóstico ocorreu antes da gestação (3,22%) se comparado ao realizado na gestação (37,50%) no parto (12,50%) e pós-parto (77,78%), todas acima da média nacional (8,0%) e a preconizada (2%) pelo MS. Das seis amostras (3 mães/3crianças) sequenciadas, identificou-se os subtipos B (33,33%) e F1 (33,33%). Todas as mães tiveram mutações de resistência associadas aos ITRN, refletindo amplo uso/tempo de exposição à TARV. A mutação M184V prevaleceu em 66,66% (2/3) das mães com subtipo F1. Nas crianças (2/3) em TARV, a principal mutação de resistência (I15V), esteve associada aos IP, com emergência precoce de cepas, possivelmente transmitidas da mãe. Na única criança virgem de TARV, todas as mutações ligadas à resistência aos ITRN e IP, mostraram-se suscetíveis aos ARV. A limitada amostra, não permitiu inferir ao total da casuística, porém auxilia no desenho da diversidade genotípica e do perfil de resistência aos ARV usados neste grupo. Enquanto estudo pioneiro na região, revela a tendência da epidemia molecular local, necessitando investigar melhor este (e outros) grupos, mediante grande fluxo populacional em Rondônia nos dois últimos anos, monitorando-se a transmissão das atuais (e novas) variantes virais nas futuras gerações.
  • LUCINDA MARIA DUTRA DE SOUZA MOREIRA
  • ASPECTOS CLINICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E LABORATORIAIS DAS INFECÇÕES POR Chlamydia trachomatis EM MULHERES E CRIANÇAS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, RONDÔNIA

  • Data: 20/09/2013
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  • A Chlamydia trachomatis, é bactéria Gram-negativo, apresenta variados sorotipos responsáveis por diversas doenças no homem, desde o nascimento até a fase adulta. É causa de infertilidade e DIP quando adquirida através de transmissão sexual e do tracoma, considerada a principal causa de cegueira evitável do mundo. Este estudo teve como objetivo determinar as prevalências da infecção genital por Chlamydia trachomatis em mulheres na idade fértil e do tracoma em crianças em idade escolar no município de Porto Velho-RO. Foi realizado um estudo epidemiológico, transversal, descritivo, de caráter exploratório. Para averiguar a epidemiologia de infecção por C.trachomatis, como doença sexualmente transmissível, foram examinadas amostras endocervicais de 343 mulheres em idade fértil, na faixa etária entre 15 a 50 anos, por demanda espontânea, em quatro Unidades de Saúde da Família (USF) de diferentes áreas, que procuravam realizar o PCCU, e para o estudo epidemiológico do tracoma foram submetidos a exame clínico de conjuntiva tarsal, 1127 escolares das quatro escolas selecionadas de cada polo da zona urbana de Porto Velho, com idade entre seis e doze anos. Após autorização através do TCLE foram realizados raspados em conjuntiva tarsal em 60 escolares que apresentaram no mínimo 5 folículos com ao menos 0,5 mm de diâmetro na conjuntiva da pálpebra superior. O diagnóstico de infecção por C. trachomatis foi realizada através do teste de Imunofluorescência Direta (IFD). Os resultados foram analisados estatisticamente através do SPSS V17, submetidos a teste Igualdade de duas proporções, ANOVA e Teste de Qui-Quadrado (χ2) para Independência com intervalo de confiança de 95%., nível de significância de 0,05 ( α= 5%). Os resultados mostraram que de 343 amostras endocervicais examinadas 57,14% (196/343) apresentaram positividade no teste de IFD para Chlamydia trachomatis. Por USF a positividade ao teste variou de 80,61% a 19,48%, diferenças estatisticamente significativas (p <0,001), exceto nos resultados do teste de IFD para C. trachomatis das mulheres atendidas na USF na região centro norte (p=0,432). Foram encontradas diferenças significativas entre a cervicite por C. trachomatis e cor da pele (p= 0,042), renda familiar (p= 0,011), parceiro fixo (p= 0,034), frequência de PCCU (p= 0,013) e sangramentos (p= 0,023) como queixa ginecológica. De 1127 escolares examinados para diagnóstico do tracoma, seguindo o protocolo preconizado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde, nas quatro escolas selecionadas, a prevalência foi de 6,39% de Tracoma na forma Folicular (p <0,001), variando de 11,21% a 2,56% nas quatro escolas, não apresentando diferenças significativas entre sexo e idade. Das amostras de raspados conjuntivais coletados de 60 escolares com Tracoma Folicular e submetidos ao teste de IFD para C. trachomatis, 63,33% foram negativas, 26,67% positivas e 10,00% não atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos. Os dados não apresentaram nesta sub-amostra, diferenças significativas quanto ao sexo e idade. Nos portadores de tracoma foram encontradas diferenças significativas nas respostas referentes a cor de pele, renda familiar, dificuldade para enxergar, lacrimejamento, frequência de banho, lavagem do rosto, uso de toalhas de rosto e banho e presença de moscas. Medidas de controle e tratamento de cervicites por C. trachomatis deverão ser adotadas pela gestão de saúde municipal e equipes de saúde da família, prevenindo a disseminação da doença que se encontra em prevalência alarmante. Com os resultados das amostras de material coletados em escolas de Porto Velho, fica confirmado a circulação do agente do tracoma em todas as regiões de localização das escolas do estudo. A busca ativa e a realização sistemática de investigação epidemiológica de todos os casos detectados é de extrema importância para o controle do tracoma
  • AUREA MARTINS GABRIEL
  • HELMINTOFAUNA DE Kentropyx calcarata Spix, 1825 (SQUAMATA:TEIIDAE): ESTUDO DE ESPÉCIMES DA COLEÇÃO HERPETOLÓGICA DO MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI
  • Data: 06/09/2013
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  • Os estudos sobre helmintofauna de lagartos da Amazônia ainda são pouco numerosos, apesar de sua relevância para a compreensão da ecologia, história natural, ciclo de vida e relação parasito-hospedeiro destes vertebrados. O registro de ocorrência de espécies parasitas já descritas, a descrição de novas espécies parasitas e a pesquisa em coleções herpetológicas tem sua importância na possibilidade ilimitada de obtenção de dados inéditos para a análise helmintológica de animais como os da espécie Kentropyx calcarata. Este hospedeiro é uma espécie heliofílica e ao explorar diferentes habitats na floresta devido ao seu comportamento de forrageador ativo, pode se infectar e disseminar uma variedade de helmintos. O objetivo deste estudo foi analisar a helmintofauna de lagartos da espécie K. calcarata, oriundos da Floresta Nacional de Caxiuanã, município de Melgaço, Estado do Pará; área de floresta primária, pouco antropizada e representativa do Bioma Amazônico. Foram selecionados dez espécimes de K. calcarata fixados em formaldeído 10%, conservados em etanol 70% e tombados na Coleção Herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) para a pesquisa de helmintos. Os parasitos foram coletados e processados para análise por microscopia de luz e eletrônica de varredura e analisados morfologica e morfometricamente para a definição do táxon específico. Oito espécimes de K. calcarata (80%) se apresentaram parasitados por nematódeos; três espécimes estavam parasitados por larvas do Filo Acanthocephala (30%) e um espécime não estava parasitado por helmintos (10%). Os nematódeos parasitos encontrados pertencem às Famílias Physalopteridae, Onchocercidae e Molineidae. A maior prevalência encontrada foi de helmintos da Família Physalopteridae, entre estes nematódeos do gênero Physaloptera. Porém, ainda são necessários estudos mais aprofundados para determinação das espécies de helmintos parasitas de K. calcarata da Amazônia.
  • HELIOMAR BORRALHO MIRANDA
  • INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE DIROFILARIOSE HUMANA EM MORADORES DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA, ILHA DO MARAJÓ, PARÁ, BRASIL
  • Data: 05/09/2013
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  • A dirofilariose ou “doença do verme do coração” é uma antropozoonose de caráter crônico em cães causada pelo nematódeo do gênero Dirofilaria. No humano a infecção ocorre de forma acidental, através da picada de mosquitos dos gêneros Culex, Aedes, Anopheles, Mansonia e Psophora. Em humanos, esta zoonose caracteriza-se pela fixação de larvas do helminto no pulmão (dirofilariose pulmonar humana), na região subcutânea e até mesmo na conjuntiva ocular. Na Europa esta zoonose é causada pela espécie Dirofilaria repens, na América do Norte e no Brasil as infecções caninas e em humanos são causadas pela espécie Dirofilaria immitis. No Estado do Pará estudos demonstraram o caráter endêmico da dirofilariose canina, principalmente em alguns Municípios da Ilha do Marajó. Este trabalho realizou uma investigação epidemiológica no Município de São Sebastião da Boa Vista, Ilha do Marajó, na comunidade as margens da estrada que leva a Vila Cocal. Foram analisados cães através de inquérito hematológico, por exame a fresco, método da gota espessa e pelo método de Knnot modificado. Cerca de 38,5% dos cães estudados apresentavam microfilárias de D. immitis. A investigação em humanos da ocorrência de dirofilariose humana teve a participação voluntária de 61 pessoas da referida comunidade e observou-se que 100% dos participantes mantinham contato com cães. Deste total, 8% já foram acometidos por doença pulmonar inespecífica, e dentre os participantes que já passaram por internação hospitalar, 12% teveram como causa pneumonia e 19,3% a malária. A análise laboratorial de amostras sanguíneas e de fezes dos 61 participantes, mostrou os seguintes dados: 33% forneceram fezes para pesquisa de parasitas intestinais e 70% deste grupo estava infectado por um ou mais parasitos intestinais; 83,6% apresentaram eosinofilia, 72,1% apresentaram taxas sérica de IgE total elevadas; na pesquisa por ELISA de IgG específico anti-Dirofilaria immitis, 16,39% apresentaram valores de absorbância elevados. Em nova análise sorológica, pós tratamento das parasitoses intestinais, o padrão soro-hematológico permaneceu inalterado. Deste modo, este estudo demonstra que além das condições ambientais propícias, os dados de anamnese e laboratoriais sugerem fortes indícios da exposição e/ou ocorrência de dirofilariose humana em moradores do município de São Sebastião da Boa Vista, Ilha do Marajó, Estado do Pará.
  • DANILO REYMAO MOREIRA
  • PAPEL DO ÓXIDO NÍTRICO NAS ALTERAÇÕES DO ESTADO REDOX EM CAMUNDONGOS INFECTADOS COM O Plasmodium berghei
  • Data: 30/08/2013
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  • A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. Atualmente, reveste-se de importância epidemiológica pela sua elevada incidência no mundo e potencial gravidade clínica, causando consideráveis perdas sociais e econômicas na população em risco, principalmente aquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento. As espécies do gênero Plasmodium são altamente suscetíveis a alterações no equilíbrio redox, as quais podem contribuir para manifestações da doença, tal como as malárias pulmonar e cerebral. Paralelamente, a relação entre o estado redox do parasita e das células hospedeiras é muito complexa, inclusive envolvendo a produção de óxido nítrico. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da indução ou da inibição da síntese de NO sobre as alterações oxidativas e sobre o curso da doença em camundongos infectados com o P. berghei. Para tal, 375 camundongos Swiss foram divididos em 25 grupos de 15 animais e submetidos a diferentes tratamentos. As substâncias foram utilizadas com o propósito de estimular a síntese de Óxido Nítrico (L-arginina) ou de inibir as enzimas responsáveis por sua síntese constitutiva (L-NMMA), induzível (Dexametasona) e ambas (L-NAME). Os parâmetros oxidativos foram avaliados pelos métodos de TBARS, TEAC, Nitritos e Nitratos e Ácido Úrico. Dessa forma, a inibição da iNOS causou aumento da sobrevida de animais infectados pelo P. berghei, muito provavelmente, por diminuir os efeitos tóxicos da estimulação da síntese de óxido nítrico até o ponto em que a mesma não comprometeu o funcionamento da microcirculação cerebral. Toda via, a inibição da NOS parece ter estimulado uma série de efeitos redox compensatórios que se hiperestimulados podem ser os responsáveis pelo agravamento do quadro pulmonar.
  • CASSIANO RICARDO DE SOUZA
  • MARCADORES SOROLÓGICOS DE HEPATITES B E C EM DOADORES DE SANGUE DE ARIQUEMES, RONDÔNIA, BRASIL
  • Data: 27/08/2013
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  • As hepatites virais constituem importante problema de saúde pública mundial, sendo sua distribuição heterogênea. Este estudo tem por objetivo, determinar as características epidemiológicas de doadores de sangue com sorologia positiva para as hepatites B e C, avaliando ainda a prevalência isolada e conjunta desses marcadores sorológicos, bem como a prevalência de demais agravos associados. Foram consideradas como amostra, 9924 doadores de sangue do Hemocentro de Ariquemes, Rondônia - HEMOAR, cujas doações foram realizadas entre o período de janeiro de 2010 à dezembro de 2012. Como resultados o estudo verificou a prevalência de doações entre o gênero masculino, com faixa etária entre 18 e 29 anos de idade. O marcador HBsAg se fez presente em 1,2%, o anti-HBc total, foi detectado em 11,7% dos doadores, com a prevalência para hepatite C de 0,46% entre os candidatos. Dentre os demais agentes para o qual o HEMOAR realiza a triagem sorológica. Entre os marcadores de maior prevalência além da Hepatite B, estão a sífilis, 4,62% e o HIV com 3,43%.
  • CHARLLYSE THAUANA DE PIERI
  • PERFIL DAS PERITONITES NOS PACIENTES REALIZANDO DIÁLISE PERITONEAL EM PORTO VELHO, RONDÔNIA, BRASIL
  • Data: 27/08/2013
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  • As infecções devido à diálise peritoneal causam morbidade e mortalidade dos pacientes, sendo assim é de grande importância traçar estratégias de medidas para minimizar os riscos de infecções nos pacientes em diálise peritoneal. Este trabalho teve como principal objetivo analisar o perfil dos episódios de peritonite nos pacientes que se encontravam realizando diálise peritoneal no NEFRON – Centro de Diálise de Rondônia em Porto Velho, Rondônia, assim como estimar a taxa de peritonite dos pacientes e juntamente identificar os agentes etiológicos causadores de peritonite verificando seu perfil de susceptibilidade a antimicrobianos e estabelecer o perfil epidemiológico dos pacientes que desenvolveram peritonite. Foram incluídos no estudo 62 pacientes realizando diálise peritoneal na Clínica Nefron no mês de Julho de 2012, sendo 27 indivíduos do gênero masculino e 35 do gênero feminino, variando a idade de 4 meses a 86 anos. Os dados epidemiológicos foram obtidos através de formulário com informações retidas dos prontuários médicos dos pacientes. No estudo foi realizada estatística descritiva apresentando a média para variáveis quantitativas e o percentual para variáveis categóricas. Realizou-se teste X2 a 5% de probabilidade para independência entre variáveis categóricas de uma mesma população em estudo, sendo essas variáveis, sexo, faixa etária e peritonite. Também foi realizado cálculo para estabelecer a taxa de peritonite. Houve predominância de hipertensão arterial sistêmica quanto a causa da insuficiência renal, 18 pacientes desenvolveram a peritonite, sendo 37 episódios da infecção, destes apenas 9 foram identificado o agente causador. Ocorreram três episódios de infecção por Staphylococcus spp. coagulase negativo e dois por Enterobacter spp., os demais foram causadores de uma episódio, sendo eles, Bacilos Gram-negativo, Bastonetes Gram-negativo, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Quanto a resistência, o medicamento que se mostrou mais positividade nos exames foi ampicilina e susceptibilidade foi tetraciclina. O tratamento mais utilizado foi amicacina + cefalotina. Para estabelecer a taxa de infecção foi delimitado o tempo de 18 meses, sendo a taxa para este período de 0,61 episódios/paciente-18 meses. A pesquisa constatou que a taxa de peritonite está abaixo do valor estabelecido como aceitável. O estudo epidemiológico identificou que não houve diferenças quanto ao gênero dos pacientes, a incidência de peritonite é independente tanto do sexo quanto a faixa etária pelo teste X2. PALAVRAS-CHAVES: Diálise peritoneal, Peritonite, Prevenção.
  • NATHILA KEITH CAMARA BORGES
  • Evolução clínica de portadores de HIV/AIDS em Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais, em Belém, Pará.
  • Data: 16/08/2013
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  • Desde os primeiros registros de doenças causadas pela Síndrome da Imunodeficiência humana, em 1981, nos Estados Unidos, o HIV tem sido alvo de inúmeras pesquisas. Esse estudo teve por finalidade descrever a evolução clínica dos portadores de HIV/AIDS matriculados na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-DIPE), em Belém-Pará, em 2000, em uma coorte retrospectiva, de 2000 a 2011. Os dados foram coletados dos prontuários dos portadores, e complementados pelos registros de dispensa dos medicamentos antirretrovirais pela farmácia. De um total de 154 indivíduos matriculados, apenas 75 foram incluídos na amostra, devido insuficiência de dados no prontuário para a observação da evolução clínica. A maioria da população tinha idade entre 18 a 45 anos; eram solteiros (54%); heterossexuais (47,5%); tinham ensino fundamental (41,6%); e, residiam em Belém e Ananindeua. A proporção foi de 1,6 homem : 1 mulher. A taxa de abandono foi de 22,7%; de transferência, 6,7%; e de óbito, 2,6%. Quanto ao tratamento antirretroviral, 22,7% eram regulares e 77,3%, irregulares. A contagem média inicial de linfócitos T CD4+ foi de 357,5 células/mm3. No diagnóstico de HIV, 49,3% dos indivíduos apresentavam algum sintoma da doença. A terapia antirretroviral (TARV) foi indicada a partir do segundo semestre pós-diagnóstico para alguns pacientes, e no 19° semestre todos a utilizavam. Na indicação de TARV, o valor médio de CD4 foi de 321,6 células/mm3. Os valores dos linfócitos T CD4+ foram mais elevados para os pacientes regulares no uso da TARV do que para os pacientes irregulares, com diferença estatística significativa (p < 0,001). Observou-se persistência de falha virológica em média de 17% entre os pacientes regulares. As infecções oportunistas mais prevalentes foram as gastrointestinais (29,3%), as dermatológicas (14,4%) e a candidíase oral e esofageana (12,5%). A incidência de doenças oportunistas e internações hospitalares foi superior entre os pacientes irregulares, com diferença estatística significativa, p = 0,0042 e p = 0,0018, respectivamente. Desse modo, para que haja uma melhor eficácia na atenção realizada ao portador de HIV/AIDS é mister uma melhor integração entre a equipe multiprofissional, a monitoração individual dos pacientes e investimento em projetos específicos dentro das unidades de saúde.
  • MARIA SEVERA DE VASCONCELOS ALCÂNTARA
  • PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES HIV POSITIVAS ATENDIDAS NA UNIDADE DE REFERÊNCIA MATERNO-INFANTIL E ADOLESCENTE (UREMIA) NA CIDADE DE BELÉM-PA

  • Data: 12/07/2013
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  • A epidemia do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) vem aumentando entre as mulheres, especialmente entre as mais jovens e as em idade reprodutiva. As mulheres grávidas infectadas pelo HIV constituem uma situação especial de assistência pré-natal. O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico de gestantes portadoras de HIV/AIDS, que estão cadastradas e em atendimento pré-natal na Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente – UREMIA na cidade de Belém, Pará. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo e transversal, cuja coleta de dados foi realizada no período de setembro a dezembro de 2011, por meio de um questionário - constituído de perguntas referentes aos aspectos sóciodemográficos, aos aspectos reprodutivos e do pré-natal e aos comportamentos de risco associados ao HIV - bem como de consulta aos prontuários destas. A amostra estudada foi constituída por 57 gestantes soropositivas. A média de idade foi de 26,07 anos (± 6,29), variando entre 15 a 47 anos e a mediana foi de 24 anos. A faixa etária de maior predomínio foi de 20 a 39 anos com 57,9% das amostras. As gestantes de cor parda são as mais acometidas (80,7%), seguidas pelas gestantes de cor negra (10,5%). Dentre os municípios do Estado do Pará, Belém apresentou o maior número de soropositivas (42,1%). Quanto à escolaridade, 40,4% delas não chegaram a concluir o ensino fundamental. 68,4% possuíam renda familiar até um salário mínimo. Em termos conjugais, 71.9% das gestantes mantinham relacionamento estável com o pai da criança. 68,4% tinham entre 13 e 16 anos de idade quando tiveram a primeira relação sexual. O número mediano de gestações prévias foi 2,0 (variando de 1 a 7gestações) e 75,4% tiveram aborto prévio. O início do pré-natal para a maioria foi com menos de 20 semanas de gravidez. Foi possível descrever o perfil das gestantes HIV positivo atendidas na UREMIA - Belém, caracterizando esse grupo de grande vulnerabilidade, pois a maioria delas encontra-se na faixa de idade reprodutiva, baixa escolaridade, companheiros estáveis, mas com história de vida com mais de três parceiros e que não faz uso regular de preservativos, pressupondo-se que houve predominância da via de transmissão sexual. Endente-se que cabe aos profissionais de saúde oferecer o cuidado integral à população infectada, propor ampla reflexão e discussão das situações que coloquem em risco os usuários para a contaminação com o vírus e, assim, desenvolver instrumentos eficazes para garantir o atendimento às pessoas infectadas e/ou doentes e para evitar que outras mulheres não infectadas se contaminem com o HIV, e as que possuem a soropositividade possam fazer escolhas certas, em especial, como a de ficar grávida para, assim, poder proteger a si e ao seu concepto.

  • CINTYA DE OLIVEIRA SOUZA
  • Caracterização genotípica e fenotípica de Escherichia coli diarreiogênicas de origem humana e ambiental isoladas no estado do Pará
  • Data: 10/07/2013
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  • A Escherichia coli é uma enterobactéria comensal do trato intestinal de humanos e animais e sua presença no ambiente é indicativo de contaminação fecal. A presença de determinados genes de virulência tornam essas bactérias patogênicas, podendo ser classificadas em categorias diarreiogênicas: E.coli enteropatogênica típica (EPEC-t) ou atípica (EPEC-a), E.coli enterotoxigênica (ETEC), E.coli enteroinvasora (EIEC), E. coli produtora da toxina de Shiga (STEC) e E. coli enteroagregativa (EAEC). Com objetivo de conhecer a frequência, a resistência antimicrobiana e as relações genéticas entre estas categorias no estado do Pará, foram pesquisados genes de virulência por PCR-multiplex e/ou monoplex entre 410 amostras de E.coli, sendo 344 de origem ambiental e 66 de origem humana. A resistência antimicrobiana foi avaliada pelo método de difusão em disco e as relações genéticas por PFGE. As cinco categorias de E.coli diarreiogênicas foram identificadas, sendo mais frequentes entre a origem humana (13,36%) do que ambiental (1,74%). A ETEC, EAEC e EPEC atípicas foram frequentes entre as duas origens. A EIEC e STEC foram exclusivas de origem humana, enquanto, a EPEC tipica foi exclusiva de origem ambiental. As maiores resistências foram observadas ao sulfametoxazol-trimetoprim (44,44%), ampicilina (40,28%) e tetraciclina (33,33%) e a única diferença de resistência entre as amostras humanas e ambientais foi à amoxicilina-ácido clavulânico. Não houve diferença estatística de resitência antimicrobiana entre as catogorias de E. coli, no entanto, a EAEC e EPEC apresentaram a maior diversidade de fenótipos de resistência. Os fenótipos de resistência mais frequentes foram AMP-STX-TE (24,32%), AM-STX (21,62%) e STX-TE (16,22%). A análise das relações genéticas revelou uma ampla variabilidade dos perfis de macrorrestrição entre todas as categorias de E. coli diarreiogênicas, tanto as de origem humana quanto ambiental, mesmo assim, foi possível a identificação de clones de origem humana que estavam geograficamente relacionados. Uma vez que as E. coli diarreiogênicas, puderam ser identificadas entre amostras humanas e ambientais, sendo a maioria resistente, sugere-se que as E. coli isoladas no Pará, podem apresentar potencial patogênico para o desenvolvimento de doença gastrointestinal e, que a água de rio, pode servir de fonte de infecção para população.
  • MISMA SUELY GONCALVES ARAUJO DE LIMA
  • Perfil epidemiológico de pacientes portadores de amebíase e giardíase em hospital público de ensino de Belém-Pará
  • Data: 28/06/2013
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  • A Entamoeba histolytica e a Giardia lamblia são protozoários que habitam o intestino do homem, gerando sintomas leves (náuseas, flatulência, desconforto e dor abdominal) ou graves (abscesso hepático e distúrbios hidroeletrolíticos) quando ganham a corrente sanguínea, ocasionando lesões extra-intestinais em vários órgãos. Apresentam uma distribuição geográfica mundial, principalmente em países em desenvolvimento e com altas desigualdades sociais, como o Brasil. No Estado do Pará existe grande dificuldade na obtenção de informações sobre os protozoários intestinais, principalmente porque a amebíase e a giardíase não são de notificação compulsória. Neste sentido, esta pesquisa teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico das hospitalizações por amebíase e giardíase em hospital de ensino público de Belém. Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo referente ao período de janeiro de 2005 a dezembro de 2011, através de 136 prontuários dos pacientes com amebíase ou giardíase. Os resultados evidenciaram que a maior parte dos pacientes foi hospitalizada por amebíase (77.2%), pertenceu ao gênero masculino (69.9%), faixa etária entre 31 e 45 anos (30.9%), escolaridade entre 05 e 08 anos (33.8%), renda entre 01 e 03 salários mínimos (8.8%), e pertenceram à zona urbana/rural fora do município de Belém (52.9%). Além disso, foram baixas a prevalência (3.8%), taxa de incidência (3.8%) e taxa de mortalidade (0.003%); o tempo médio de internação foi de 16.7 dias, sendo a amebíase e giardíase causas de internação por diagnóstico secundário (68.4%), mas também havendo diagnóstico primário principalmente por abscesso amebiano do fígado (48.7%). A maioria dos pacientes recebeu alta por melhora/cura (98.6%); o sistema digestório foi o mais acometido e os principais sinais/sintomas apresentados foram febre, astenia, emagrecimento, náuseas, vômitos e diarreia. As principais alterações hematológicas foram a anemia (91.2%), leucocitose (30.9%) e linfocitose (41.2%), e a maioria dos pacientes não teve alterações nos níveis hepáticos, renais, de glicose e proteínas. Os grupos de medicamentos mais consumidos foram os anti-inflamatórios/analgésicos/antitérmicos, antiparasitários, antieméticos, repositores hidroeltrolíticos e antibióticos, e destes, a Ceftriaxona, a Sulfametoxazol com Trimetoprima, a Ciprofloxacina, a Oxacilina e a Amoxicilina com Clavulato foram os mais consumidos.
  • PAULA LUCIANE LOBATO PONTES
  • DADOS EPIDEMIOLÓGICOS REFERENTES À INTERNAÇÃO DE PACIENTES POR LEISHMANIOSE VISCERAL EM HOSPITAIS PÚBLICOS DE ENSINO EM BELÉM
  • Data: 28/06/2013
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  • As leishmanioses são consideradas como uma zoonose, causadas por parasitas do gênero Leishmania. A importância dessas doenças para a saúde pública é devido não só a alta incidência e prevalência, mas também à sua ampla distribuição geográfica e a possibilidade de desenvolver formas graves, com taxas de mortalidade significativas em pacientes não tratados com Leishmaniose Visceral (LV). Esta pesquisa teve como objetivo avaliar os dados epidemiológicos dos pacientes internados por LV, além determinar a prevalência, incidência e taxa de mortalidade e identificar as principais infecções bacterianas. Foi realizado um estudo observacional descritivo referente ao período de janeiro de 2008 a dezembro de 2011, de casos de LV através da pesquisa em prontuários junto à Divisão de Arquivos Médicos (DAME) de dois hospitais públicos de ensino. Fizeram parte do estudo 306 pacientes internados nestes hospitais. Esta pesquisa evidenciou a ocorrência significativa no gênero masculino (61,4%), em crianças menores de 10 anos (70,9%), pacientes procedentes de municípios localizados no nordeste paraense e de área rural (71,57%). A prevalência deste estudo foi de 1,31% e taxa de mortalidade de 1,72%. As principais manifestações clínicas foram febre (98,7%) e hepatoesplenomegalia (97,7%). O tempo médio de internação foi de 25 dias. O fármaco mais utilizado foi o glucantime (84%). Dentre as infecções bacterianas, a pneumonia foi mais frequente com 28,1%. O estudo evidenciou uma elevada frequência de infecções bacterianas associadas a LV, longo período de internação e o acometimento de crianças. Estes fatores agravam o quadro clínico dos pacientes internados com LV, aumentando o risco de mortalidade neste grupo.
  • CINTHIA COSTA DE CASTRO
  • IDENTIFICAÇÃO DE FATORES RELACIONADOS À ADESÃO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM PORTADORES DO HIV ATENDIDOS EM BELÉM-PARÁ
  • Data: 28/06/2013
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  • A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, sendo que a adesão à Terapia Antirretroviral (TARV) é um processo dinâmico e multifatorial. O presente estudo tem como objetivo identificar os fatores associados à adesão a TARV em portadores do HIV/AIDS, acompanhados no ambulatório de uma Unidade de Referencia Estadual em DST/AIDS (URE/DIPE) de Belém, Pará. Foram avaliados 122 indivíduos, maiores de 18 anos, alfabetizados, em acompanhamento ambulatorial na URE/DIPE e que faziam uso da TARV. Os dados foram obtidos por meio de entrevista, coleta de informações no prontuário médico e conferencia de retirada de medicamentos na farmácia no período de doze meses a partir da data da coleta de dados. As informações acerca da adesão e não adesão foram analisadas em torno de variáveis agrupadas nos aspectos socioeconômicos e demográficos, comportamentais e de vulnerabilidade, relacionada a TARV, aos aspectos clínicos, ao tratamento e aos serviços de saúde, por meio de métodos estatísticos descritivos e inferenciais. Foi comprovado dois fatores preditores de adesão à TARV: paternidade/maternidade e abstinência alcoólica há pelo menos um mês, sendo que as cinco variáveis relacionadas significativamente a adesão foram: ter filhos, não ter consumido bebida alcoólica há pelo menos um mês, ganho de massa corporal durante a TARV, saber do diagnóstico há dois anos ou menos e satisfação com o serviço de saúde. O conhecimento dos fatores facilitadores da adesão permite a equipe e ao serviço de saúde intervir para aumentar a eficiência do tratamento e diminuir a chance do surgimento de resistência do HIV à TARV.
  • ANA LETÍCIA SCALDELAI BERNARDI
  • PESQUISA DE ARENAVÍRUS EM AMOSTRAS DE ROEDORES SILVESTRES DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
  • Data: 26/06/2013
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  • Os arenavírus pertencem a família Arenaviridae, gênero Arenavirus e são divididos em dois grupos de acordo com suas propriedades antigênicas: o grupo do Velho Mundo e o grupo do Novo Mundo. O grupo do Novo Mundo compreende os arenavírus nativos das Américas, como os vírus Machupo, Junin, Guanarito e Sabiá, sendo estes, os vírus de maior importância do grupo, pois são a causa de febres hemorrágicas em humanos. Os principais reservatórios dos arenavírus são os roedores, que ao serem infectados podem desenvolver a infecção de forma crônica. A mais importante via de transmissão aos humanos é a respiratória, através da inalação de aerossóis provenientes da urina e excreta desses animais. Os arenavírus já identificados no Brasil são os vírus Amaparí, Cupixi, Flexal e Sabiá, sendo este último o de maior importância devido a gravidade da doença causada. A análise de 1.395 amostras de roedores silvestres da Amazônia brasileira através da adaptação do teste de ELISA IgG, demonstrou a presença de arenavírus circulantes na região, indicando a susceptibilidade da população a infecções. Paralelamente o desenvolvimento de uma técnica de RT-PCR para detecção de arenavírus do grupo do Novo Mundo, mostrou boa sensibilidade e especificidade na identificação dos vírus Machupo, Junin, Guanarito, Sabiá, Flexal, Amapari, Paraná e Latino. Considerando que pesquisas focadas em tais vírus no País são muito precárias, as técnicas desenvolvidas tornam-se ferramentas úteis para futuros estudos sobre diagnóstico e endemismo viral, os resultados obtidos poderão contribuir para estudos sobre a circulação dos arenavírus não só no Brasil como em outros países das Américas
  • LUCIANE DE ANDRADE MELO
  • ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL E A PREVENÇÃO DE DOENÇAS CONGÊNITAS EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE ALTO PARAÍSO, RONDÔNIA, BRASIL
  • Data: 26/06/2013
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  • A gestação é considerada um fenômeno fisiológico, com riscos incertos, que podem contribuir com resultados neonatais adversos (Magalhães et al., 2006). A assistência pré-natal é fundamental à saúde materno-infantil, com o desenvolvimento de atividades relacionadas à promoção da saúde e identificação de riscos para a gestante e o concepto, permitindo a prevenção de inúmeras complicações, visando reduzir ou eliminar fatores e comportamentos de risco, associados a vários agravos à saúde (Brasil, 2006). O presente estudo buscou descrever a soroepidemiologia das infecções causadas pelos agentes T. gondii, VHB, T. pallidum, vírus da Rubéola, CMV e HIV identificadas em mulheres grávidas que realizaram o acompanhamento pré-natal no município de Alto Paraíso, Rondônia, Brasil, adotando como participantes 88 gestantes assistidas no período de setembro de 2011 a maio de 2012 pelo Programa Saúde da Família (PSF). Para tanto, foram utilizados os critérios sugeridos pelo Programa Nacional de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PNHPN), seguindo um roteiro de avaliação dos prontuários para o acesso às informações, caracterizando-se assim, em um estudo descritivo de natureza analítica, com a organização e tabulação dos dados por meio do Programa Biostat-5.0. Os resultados encontrados foram similares ou até mesmo considerados superiores aos apresentados em outros estudos, com a prevalência de sorologia positiva para sífilis em gestantes igual a 1,3%, sorologia negativa para rubéola, toxoplasmose, Hepatite B, HIV, ausência de até 44,3% dos exames preconizados, ausência também quanto à solicitação e realização de sorologia para CMV, além de esquema vacinal incompleto. Isso mostra uma importante vulnerabilidade programática na assistência pré-natal, evidenciada pelo não cumprimento das normas preconizadas pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde, como acesso tardio ao pré-natal e baixo acesso a testagem. Essas informações mostram a importância de uma melhor organização dos serviços de saúde para captar e acolher as gestantes precocemente e a necessidade de incentivos à produção de estudos locais destinados ao monitoramento e acompanhamento da atenção ao pré-natal, de forma a permitir acréscimos importantes no processo de implementação das ações próprias das Equipes de Saúde da Família (ESF).
  • GRAZIELA DE CARVALHO TAVARES DA ROCHA
  • MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS BUCAIS EM PORTADORES DO HIV- 1 NO MUNICÍPIO DE CACOAL, RONDÔNIA
  • Data: 14/06/2013
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  • A AIDS é um problema de saúde pública mundial e as manifestações patológicas orais podem servir como marcadores para o prognóstico da infecção pelo Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) por meio do aparecimento de doenças oportunistas. O presente estudo descreve as manifestações patológicas orais em indivíduos portadores do HIV-1 de Cacoal, Rondônia, assim como sua correlação com os níveis de carga viral plasmática do HIV e o número de linfócitos T CD4+. Foram analisados os prontuários de 113 pacientes atendidos no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Cacoal, RO, no período de 1999 a 2013. Foi observado um leve predomínio de portadores do HIV do gênero feminino, sendo que a maior parte dos pacientes eram casados, com baixo nível de escolaridade, com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos e com parceiro único. A prevalência de lesões orais foi baixa (28,3%), quando comparada a outros estudos no Brasil, sendo que a candidíase foi a lesão bucal mais freqüente (19,4%), predominando entre indivíduos do gênero masculino, na faixa etária compreendida entre 36 e 52 anos de idade. Não foi observada associação entre os fatores de risco para a aquisição do HIV e as alterações patológicas na cavidade oral e as lesões orais foram associadas, de forma significativa, com elevados índices de carga viral plasmática do HIV e baixo número de LTCD4+, na população examinada.
  • ANTONIO GREGORIO DIAS JUNIOR
  • Investigação do perfil de expressão de microRNAs em cultivos de células de carcinoma hepatocelular humano experimentalmente infectados com o Vírus dengue 2 (flaviviridae: flavivirus)
  • Data: 14/06/2013
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  • A espécie Vírus dengue (Flaviviridae, Flavivirus) contém quatro sorotipos (DENV 1- 4) transmitidos por mosquitos do gênero Aedes. O DENV é considerado o causador da arbovirose de maior relevância em termos de saúde pública, principalmente, em países tropicais e subtropicais. Os quadros clínicos podem ser assintomáticos, febre clássica, dengue hemorrágica e síndrome do choque por dengue. Os casos graves estão geralmente relacionados a uma produção exacerbada de citocinas inflamatórias com carga viral elevada, incluindo importante infecção de órgãos, como o fígado. Apesar de relevante, não há vacinas e/ou tratamentos terapêuticos específicos e eficazes. Nesse aspecto, os microRNAs (miRNA) são RNA não codificantes de aproximadamente 22 nucleotídeos com atividades regulatórias na expressão gênica, e vem sendo relacionados como potenciais biomarcadores/alvos terapêuticos em várias enfermidades. Com isso, este estudo visou a pesquisa de miRNA celulares em cultivos de hepatocarcinoma humano experimentalmente infectados com DENV2, de modo a contribuir com o entendimento da imunopatologia da dengue. Para isso, cultivos HepG2 e Huh7.5 foram infectados com uma multiplicidade de infecção 1 com a cepa viral 44/2 e avaliados pela suscetibilidade à infecção viral por imunofluorescência indireta (IFI) e títulos virais nos sobrenadantes em unidades formadoras de placas (PFU) por mL. O cultivo mais suscetível foi adicionalmente infectado e analisado até 96 horas pós-infecção (hpi) para pesquisa da curva de título viral (log2 de PFU/mL), viabilidade celular e produção de caspase 3 por imunocitoquímica. Após isso, foram realizados perfis de miRNA até 48 hpi por microarray e validados pelo ensaio da transcrição reversa seguida da reação em cadeia mediada pela polimerase em tempo real (RT-qPCR). Com a confirmada expressão de miRNA, foi verificada a expressão do receptor semelhante a Toll 8 (TLR8) e a citocina IL6. Em suma, o cultivo Huh7.5 foi o mais suscetível à infecção pela cepa viral 44/2, e apresentou picos de títulos virais em 48 e 72 hpi. A viabilidade celular foi decrescente com diminuição de aproximadamente 30% após 48 hpi. De modo semelhante, os níveis de caspase 3 foram identificados. O perfil de miRNA apresentou quatro principais miRNA com níveis de expressão alterados de forma relevante, porém, somente dois desses foram validados por RT-qPCR devido as suas relevâncias hipotéticas sugeridas sobre a regulação e mecanismos da imunopatologia devidos a infecção/replicação do DENV. Esses miRNA mostraram níveis de expressão aumentada em relação aos controles não infectados, assim como, foram também elevadas as produções de IL6 e TLR8. Em conclusão, verificou-se que os cultivos Huh7.5 ao serem infectados com o DENV2 foram destinados a morte celular em poucos dias pós infecção. Esse fenótipo foi observado com o aumento da expressão dos dois principais miRNA em paralelo a TLR8 e a citocina IL6.
  • PAULO SERGIO CARDOSO ESTEVES
  • “IMUNOHISTOQUÍMICA PARA LINFÓCITOS T REGULADORES FOXP3+ E APOPTOSE NAS FORMAS POLARES DE HANSENÍASE”

  • Data: 04/06/2013
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  • A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa granulomatosa crônica de notável impacto clínico-epidemiológico mundial, nacional e loco-regional. É adquirida por contato com o M. leprae e as manifestações clínicas irão depender da resposta imunológica do hospedeiro. Uma vez que a doença não é estável em nenhuma de suas formas clínicas, o estudo da apoptose e a imunomodulação tem sido apontados como fenômenos determinantes de todo um contexto imunopatológico e que merecem cada vez mais investigações. O presente estudo teve como objetivo correlacionar a imunomarcação para linfócitos Treg e caspase-3 nas formas tuberculóide e lepromatosa da hanseníase, bem como a correlação das mesmas com o perfil de citocinas pró e anti-inflamatórias nesses pólos, utilizando-se a análise de amostras teciduais e o método imunohistoquímico. Para isso, amostras de 49 pacientes do serviço de imunopatologia do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará foram divididas em 2 grupos, sendo 27 pertencentes à forma tuberculóide e 22 da lepromatosa para serem analisadas e posteriomente subemtidas à análise estatística pelo teste – t e correlação linear de Pearson. Os resultados, a discussão e conclusão obtidas dessas correlações reforçam ainda mais a tese de que ambos os fenômenos imunológicos, apoptose e imunomodulação na hanseníase, necessitam de mais esclarecimentos para uma melhor compreensão.

  • VALERIA LIMA CARVALHO
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE VÍRUS PERTENCENTES AO GRUPO GUAMÁ (Bunyaviridae, Orthobunyavirus) ISOLADOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
  • Data: 29/05/2013
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  • O grupo sorológico Guamá (Bunyaviridade: Orthobunyavirus) está entre os primeiros grupos de vírus identificados na Amazônia Brasileira, em Belém, Brasil, na década de 1950. Este estudo objetivou realizar a caracterização genética dos protótipos isolados na Amazônia Brasileira de cinco vírus do grupo Guamá, quais sejam o Virus Guamá (VGMA), Virus Bimiti (VBIM), Virus Moju (VMOJU), Virus Ananindeua (VANU) e Virus Catu (VCATU). Estes vírus foram sequenciados, obtendo-se para o segmento S-RNA, sequências completas desses cinco vírus, bem como, sequências completas para o segmento M-RNA e L-RNA do VGMA, VCATU e VBIM. A organização genômica dos vírus do grupo Guamá é compatível com a dos orthobunyavirus, com exceção da ausência da proteína NSs. Foram identificados para o grupo Guamá, motivos conservados no gene N para outros orthobunyavirus, alguns, inclusive, com funções envolvidas com a replicação viral, bem como, motivos conservados para o segmento L-RNA denominados de regiões I, II, III e IV, com os subseqüentes motivos da região III, Pré-A, A, B, C, D e E. Os sítios de glicosilação determinados para o grupo Guamá são diferentes daqueles descritos para os vírus do mesmo gênero, embora o sítio N60 tenha sido conservado para o VBIM. O sítio de clivagem entre NSm/Gc (A475) comum para diversos orthobunyavirus apresentou-se conservado para o grupo em estudo. Com base nas sequências nucleotídicas e aminoacídicas do segmento S-RNA, O VGMA e o VCATU, apresentaram alto grau de similaridade genética (98,9% nt/ 99,2% aa), e para os segmentos M-RNA e L-RNA, isto ocorreu entre o VGMA e o VBIM, sendo o VMOJU o mais divergente para todos os segmentos genômicos avaliados. De acordo com as análises filogenéticas, no segmento S-RNA, O VGMA teve maior relacionamento genético com o VCATU, enquanto, para os segmentos M-RNA e L-RNA, o maior relacionamento identificado ocorreu entre o VGMA e o VBIM. Os achados de caracterização molecular deste trabalho concordam com os dados sorológicos descritos para o grupo Guamá. Ressalte-se, entretanto que, as árvores filogenéticas construídas mostraram topologias diferentes, sugerindo padrão de rearranjo entre os membros do grupo Guamá. O VCATU, que apresenta padrões sorológicos e filogenéticos diferentes, provavelmente é um rearranjo do segmento S-RNA do VGMA e do segmento M-RNA do VBIM. Baseado nos dados obtidos, concluímos que o grupo Guamá representa um ótimo modelo para investigações acerca de rearranjo genético entre os orthobunyavirus.
  • JOAQUIM PINTO NUNES NETO
  • “CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE VÍRUS PERTENCENTES AO GRUPO DA FEBRE DOS FLEBÓTOMOS (BUNYAVIRIDAE: PHLEBOVIRUS) ISOLADOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA”

  • Data: 28/05/2013
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  • A Amazônia brasileira é considerada um dos mais ricos ecossistemas do mundo em termos de biodiversidade. De fato, a grande variedade de vertebrados e insetos hematófagos (mosquitos, culicoides, flebotomineos, carrapatos etc...) existentes na Amazônia têm sido associados à manutenção de um grande número de arbovírus e vírus zoonóticos. A destruição desse ecossistema naturalmente estável pode resultar na emergencia de novos arbovírus na região Amazônica. Os membros do gênero Phlebovirus (Bunyaviridae), dentre as centenas de arbovírus isolados na Amazônia brasileira, constituem um grupo viral antigenicamente relacionado, de considerável importância médica, cuja manutenção em natureza está basicamente relacionada á interação entre vertebrados silvestres e flebotomíneos. Na Amazônia brasileira, já foram isolados até o momento 22 tipos diferentes de phlebovírus, dos quais nove vírus ainda não se encontram registrados no ICTV, quatro são vírus registrados, porém não agrupados em complexos sorológicos: Virus Anhanga, Virus Itaporanga, Virus Uriurana e Virus Urucuri. Este estudo objetivou caracterizar geneticamente e avaliar os aspectos evolutivos de 14 membros do gênero Phlebovirus (Bunyaviridae), isolados na Amazônia brasilera. As sequências nucleotídicas completas de cada um dos segmentos genômicos de RNA (SRNA, MRNA e LRNA) foram obtidas para 12 dos 14 phlebovírus estudados             (exceto para os Virus Anhanga e Virus Urucuri). A organização genômica e caracteres genéticos (motivos conservados, sítios de glicosilação, resíduos de cisteína) foram compatíveis com o observado nos demias membros do gênero Phlebovirus previamente estudados. A análise de relacionamento genético, bem como a avaliação evolutiva empregando a reconstrução filogenética e análise de permutação de segmentos genômicos evidenciou que os phlebovírus incluídos no estudo, em especial os membros do Complexo Candiru, utilizam o mecanismo de rearranjo genético como mecanismo de geração de biodiversidade viral. Os resultados obtidos nesse estudo contribuirão para estudos futuros ao nível de epidemiologia molecular e evolução, bem como para o desenvolvimento de métodos moleculares para detecção rápida do genoma de phlebovírus associados a doença em humanos. 

  • SUZANNE ROBERTA CARDOSO FERNANDES
  • “INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS RECEPTORES TOLL-LIKE 3 E TOLL-LIKE 4 EM PACIENTES COM DOENÇA CARDÍACA ASSOCIADO COM A PRESENÇA DE MARCADORES SOROLÓGICOS PARA CHLAMYDIA TRACHOMATIS E C. PNEUMONIAE”
  • Data: 16/05/2013
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  • Diversos agentes infecciosos, incluindo a Chlamydia pneumoniae, têm sido associados com doença cardiovascular. O mecanismo exato através do qual a infecção por C. pneumoniae pode atuar no desenvolvimento da doença ainda não está bem esclarecido, mas há sugestões de que a sinalização da resposta imune inata possa estar envolvida. Estudos experimentais têm demonstrado que a ativação do sistema imunológico inato pela via da sinalização de receptores Toll-like contribui para o desenvolvimento da aterosclerose. Nesse sentido, este trabalho objetivou descrever a participação da C. pneumoniae e da C. trachomatis, e fatores associados com o hospedeiro (TLR-3 e TLR-4), na etiologia da formação da placa de ateroma em indivíduos com doença cardíaca coronariana. Foram incluídos 230 pacientes, dos quais 159 realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio e 71 foram para cirurgia de troca de válvulas. Foi formado um grupo controle incluindo 299 doadores de sangue voluntários. Todas as amostras foram submetidas ao ELISA para detenção de anticorpos contra C. pneumoniae e C. trachomatis. A identificação dos polimorfismos nos genes Tlr3 e Tlr4 foi realizada por meio da técnica de PCR em tempo real. Os resultados foram analisados pelo teste G e χ2. A prevalência de anticorpos contra C. pneumoniae foi alta, porém não apresentou diferença significativa entre os grupos. Já a prevalência de anticorpos contra C. trachomatis foi considerada baixa. As análises das distribuições alélicas e genotípicas dos genes Tlr3 e Tlr4 não mostraram diferenças estatisticamente significativas, entretanto, foram observadas diferenças significativas nas distribuições dos alelos 299Gly e 399Ile (TLR4) entre os grupos com sorologia positiva para C. trachomatis. O mesmo não foi observado para os grupos com sorologia positiva para C. pneumoniae. Por fim, podemos sugerir uma falta de associação entre a infecção por C. pneumoniae e a doença cardíaca coronariana. Entretanto, são necessários estudos adicionais que possam esclarecer um possível papel destes polimorfismos associados à infecção por C. trachomatis nas valvopatias e doença coronariana.
  • DAISY ELAINE ANDRADE DA SILVA
  • CONSTRUÇÃO DO MINIGENOMA DO VÍRUS OROPOUCHE (BUNYAVIRIDAE, ORTHOBUNYAVIRUS)
  • Data: 13/05/2013
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  • O desenvolvimento de sistemas de genética reversa para vírus de RNA de filamento negativo é um campo de pesquisa em constante crescimento que avançou nos estudos de vários aspectos do ciclo de vida dos vírus. O vírus Oropouche (VORO), família Bunyaviridae, é um agente infeccioso emergente que tem causado numerosas epidemias de “febre do Oropouche” no Brasil, Peru e Panamá. A “febre do Oropouche” constitui uma das arboviroses de maior importância em saúde pública na região Amazônica. No presente estudo, descrevemos o primeiro sistema de minigenoma para esse bunyavírus, como também os obstáculos que ainda existem para o desenvolvimento de tal sistema. Nós construímos cinco plasmídeos suportes que expressavam os genes das proteínas L, N, NSs e M do VORO inseridos no plasmídeo de expressão pTM1, além dos plasmídeos suportes que expressavam as proteínas L e N doados pelo Dr. Manfred, Universidade de Gottigen, Alemanha. O minigenoma do VORO consistia nas regiões dos terminais 3’ e 5’ do gene do segmento M flanqueado pelo gene repórter codificante da proteína Renilla Luciferase e foi construído para analisar a eficácia dos quatro plasmídeos suportes, pTM1-OROV-L, pTM1-OROV-N, pTM1-OROV-S, pTM1-OROV-M, na replicação e transcrição do genoma viral. Após co-transfecção das células BSR-T7/5 com os plasmídeos suportes e o plasmídeo do minigenoma, a replicação do RNA do minireplicon foi realizada pela determinação da atividade da luciferase. No sistema de minigenoma, a expressão do gene repórter foi detectada. Para elucidar a função da proteína não estrutural NSs do VORO, nós construímos o plasmídeo pTM1-OROV-NSs. A co-expressão da proteína NSs levou a diminuição da atividade da proteína repórter sem afetar a expressão do sistema controle. A proteína NSs de outro membro da família Bunyaviridae, vírus Bunyamwera (VBUN), também inibiu a atividade da Renilla no nosso sistema de minireplicon do VORO, ou seja, a proteína não estrutural NSs dos bunyavírus controla a atividade da polimerase viral por um mecanismo altamente conservado. Os resultados indicam que os plasmídeos suportes foram expressos e formam um complexo funcional de ribonucleoproteínas que direciona efetivamente a transcrição do RNA do minigenoma do VORO.
  • JOSÉ APRÍGIO NUNES LIMA
  • “CONSIDERAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS DA FAUNA FLEBOTOMÍNICA (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM POTENCIAL ÁREA ENDÊMICA DE LEISHMANIOSES NO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA, PARÁ BRASIL”
  • Data: 03/05/2013
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  • O presente estudo tem como objetivo identificar a fauna flebotomínica da área de abrangência do campus II do IEC,no sentido de verificar a presença de vetores agentes das leishmanioses humanas, tegumentar ou visceral.
  • ALESSANDRA DA CONCEICAO MIRANDA
  • Analise da Expressão IL-2 e TNF-α em Modelo Experimental Animal Infectado com o Vírus Mayaro (Togaviridae: Alphavirus).
  • Data: 30/04/2013
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  • O Mayaro vírus (MAYV) é um vírus considerado endêmico na Amazônia brasileira e enzoótico para América do Sul onde é amplamente distribuído. Diversos surtos têm sido descritos ao norte do Brasil e diagnosticado de forma endêmica no Estado do Para. O objetivo deste trabalho foi analisar a expressão de RNA mensageiro das citocinas IL-2 e TNF-α em camundongos (mus musculus) recém-nascidos infectados experimentalmente via subcutânea com o MAYV. A cepa selecionada foi proveniente de um caso humano de Febre do Mayaro oriundo do surto ocorrido em fevereiro de 2008, no município de Santa Bárbara, no Estado do Pará. O vírus foi inoculado na região dorsal dos camundongos com 0,02mL de suspensão viral a 10% contendo 10-9,5 DL50/0,02 mL da cepa. Após a infecção experimental, em intervalos de 24, 48, 72, 96 e 120 horas, três camundongos infectados com a cepa e três camundongos sabidamente sadios (controle negativo) foram anestesiados, eutanasiados e necropsiados, sendo os fragmentos do cérebro, fígado, rim e músculos esqueléticos extraídos para a análise da expressão de citocinas por RT-qPCR. Nas análises dos três primeiros dias após infecção, todos os fragmentos em estudo (cérebro, fígado, rim e músculo esquelético) e em todos os intervalos de tempo (24, 48 e 72 horas) foram confirmados por RT- PCR com infecção pelo MAYV. A expressão de mRNA das citocinas IL-2 e TNF-α utilizando a técnica de RT-qPCR não apresentou variação estatisticamente significativa nos órgãos e tecido muscular selecionados no intervalo de tempo de 24 horas, no cérebro observamos redução significativa de expressão de ambos os genes após 48 horas de infecção; no rim um aumento de expressão do gene IL-2 após 48 e 72 horas de infecção, porém redução de expressão do gene TNF-α no mesmo período; o fígado não apresentou variação de expressão gênica em nenhum dos genes alvo em todos os intervalos de tempo, já o músculo esquelético, teve aumento significativo de expressão dos genes da IL-2 e TNF-α, após 48 e 72 horas de infecção, sugerindo que tais citocinas pro inflamatórias podem ter um papel fundamental na patogêneses das doença artralgênicas.
  • ANDREA LIVIA LINS NEVES
  • “ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE TRIATOMÍNEOS SILVESTRES NOS MUNICÍPIOS DE ABAETETUBA E BARCARENA, ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 1980 A 2006”
  • Data: 29/04/2013
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  • Relacionar a ocorrência de surtos de doença de Chagas aguda com a presença de triatomíneos nos municípios de Abatetuba e Barcarna no período de 1980 a 2006, utilizando os Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s) que tratam e analisam informações de imagens digitais obtidas de satélites, bases cartográficas ou georreferenciadas e banco de dados é o objetivo deste trabalho.

  • LEANDRO JOSÉ RAMOS
  • “ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS E MORFO-CELULARES EM MUCOSA ORAL DE PACIENTES ANTES E APÓS A EXPOSIÇÃO ÀS DROGAS ANTI-TUBERCULOSE”
  • Data: 29/04/2013
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  • Introdução: A tuberculose (TB) continua sendo um grande problema de saúde a ser resolvido globalmente, especialmente em algumas regiões, como os estados brasileiros do Rio de Janeiro e Amazonas. A utilização de medicamentos anti-tuberculose envolvendo processos biossintéticos em crescimento celular, incluindo RNA transcrição, tradução de proteínas e biogénese da parede celular não mostrou evidência de benefícios em células orais, sendo que os mesmo sao administrados pela mesa. Objetivo: Determinar a freqüência de micronúcleos (MN), picnose, cariólise e cariorréxe na mucosa oral em pacientes com tuberculose pulmonar durante os primeiros dois meses de tratamento de drogas anti-TB. Métodos: Os pacientes com TB pulmonar a partir de uma Unidade Básica de Saúde em Ariquemes / RO, serão selecionados de forma aleatória, e estudantes da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (Faema) sem TB pulmonar e sem uso de drogas administradas por via oral, como negativo controles. Os participantes irão assinar um termo de consentimento livre e esclarecido e realizar enxague bucal com m água destilada, em três repetições. As paredes laterais do vestíbulo bucal serão raspadas com uma escova descartável, e as células examinadas com o auxílio de um microscópio binocular (ampliação 1000x).

    Introdução: A tuberculose (TB) continua sendo um grande problema de saúde a ser resolvido globalmente, especialmente em algumas regiões, como os estados brasileiros do Rio de Janeiro e Amazonas. A utilização de medicamentos anti-tuberculose envolvendo processos biossintéticos em crescimento celular, incluindo RNA transcrição, tradução de proteínas e biogénese da parede celular não mostrou evidência de benefícios em células orais, sendo que os mesmo sao administrados pela mesa. Objetivo: Determinar a freqüência de micronúcleos (MN), picnose, cariólise e cariorréxe na mucosa oral em pacientes com tuberculose pulmonar durante os primeiros dois meses de tratamento de drogas anti-TB. Métodos: Os pacientes com TB pulmonar a partir de uma Unidade Básica de Saúde em Ariquemes / RO, serão selecionados de forma aleatória, e estudantes da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (Faema) sem TB pulmonar e sem uso de drogas administradas por via oral, como negativo controles. Os participantes irão assinar um termo de consentimento livre e esclarecido e realizar enxague bucal com m água destilada, em três repetições. As paredes laterais do vestíbulo bucal serão raspadas com uma escova descartável, e as células examinadas com o auxílio de um microscópio binocular (ampliação 1000x).

  • VERA LUCIA MATIAS GOMES GERON
  • “PREVALÊNCIA DE INFEÇÕES POR CLAMÍDIA E SÍFILIS EM UMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS DE ARIQUEMES, RONDÔNIA-BRASIL”
  • Data: 26/04/2013
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  • Nas ultimas décadas tem se observado mudanças no perfil das doenças sexualmente transmissíveis, no que se transformou em um problema de Saúde Pública . Este trabalho tem por objetivo avaliar prevalência de infecções por Clamydia tracomatys e Treponema pallidum em uma população de universitários de Ariquemes, Rondônia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número é de 340 milhões de novos casos de DST curáveis como clamídia e sífilis. A infecção por Chlamydia trachomatis  e sífilis estão amplamente disseminada,  existem mais casos novos desta doença que qualquer outra doença sexualmente transmissível. No Brasil, estima-se que surjam a cada ano, cerca de 1.967.200 casos de Clamídia e 937.000 casos de sífilis.Mediante esta situação, destaca-se a necessidade de se obterem dados epidemiológicos e uma variedade de população para determinarem estratégias de intervenção mais apropriada. 

  • JEFFERSON PEREIRA E SILVA
  • “ANÁLISE MORFOLÓGICA, HISTOPATOLÓGICA, MOLECULAR E PROTEÔMICA DA RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Ortleppascaris sp. – Rhinella marina”
  • Data: 23/04/2013
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  • O secretoma constitui-se de um conjunto de moléculas dos mais diversos tipos/classes presentes em um organismo. Dentre estas, as proteínas estão presentes como moléculas desempenhando complexa funcionalidade, envolvidas em processos biológicos vitais na relação parasito/hospedeiro, desde adesão celular até respostas imunes. Em helmintos, esses antígenos representam um importante foco para estudos imunológicos e análises bioquímicas. A proteômica tem permitido a análise de um conjunto dessas moléculas, fornecendo informações úteis relacionadas desde o perfil proteômico desses parasitos ao estado metabólico do hospedeiro a partir de infecções helmínticas. Em análises proteômicas foram identificadas através da utilização de eletrofese bidimensional e espectrometria de massas (MALDI Tof-Tof) o perfil protéico a partir de extrato somático de larvas de Ortleppascaris sp. e fluido presente na encapsulação deste nematódeo no parênquima hepático de Rhinella marina. X proteínas foram identificadas no extrato somático e Y presente no fluido, das quais Z são comuns entre essas amostras e oriundas do hospedeiro. Estas moléculas podem estar envolvidas nas alterações histopatológicas induzidos por injúria causada por esses nematodas ou mesmo contribuir para estudos proteômicos relacionados a esses organismos

  • LEONARDO QUINTÃO SIRAVENHA
  • PREVALENCIA DO HERPESVÍRUS HUMANO 5 EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA ATENDIDOS NA CIDADE DE BELEM, PARÁ
  • Data: 23/04/2013
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  • O trabalho tem como objetivo descrever a epidemiologia da infecção pelo HHV-5 entre indivíduos que sofrem de doença renal crônica e que realizaram transplante renal na cidade de Belém, Pará em uma população de 220 indivíduos (100 portadores da doença renal crônica ou transplantada renal e 120 indivíduos saudáveis como população controle). Simultaneamente, Serão coletadas amostras de sangue que posteriormente serão submetidas a teste sorológico do tipo ELISA para triagem e as amostras positivas serão submetidas a teste de biologia molecular PCR.  

  • JORGE AUGUSTO LEAO PEREIRA
  • “AÇÃO DO METABÓLITO 5-HIDROXI-2-HIDROXIMETIL-GAMA-PIRONA SOBRE O FUNGO FILAMENTOSO Curvularia pallescens”
  • Data: 22/04/2013
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  • O fungo filamentoso Curvularia pallescens é um fungo, produtor de melanina, parasita de plantas e animais. Em fungos patogênicos a melanina representa um importante fator de virulência. O uso de inibidores da melanogênese pode ser usado como potencial droga antifúngica representando um novo alvo farmacológico. O 5-hidroxi-2-hidroximetil-gama-pirona (HMP), um metabólito secundário proveniente de fungos do gênero Aspergillus, é um inibidor especifico da enzima tirosinase, a qual esta envolvida diretamente envolvida na síntese de melanina. O objetivo deste trabalho é mostrar a ação deste metabólito na pigmentação e morfologia de Curvularia pallescens.

  • TASSIA FERNANDA FURO GOMES
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE LARVAS DE NEMATÓDEOS (ANISAKIDAE) PARASITOS DE PLAGIOSCION SQUAMOSISSIMUS (PERCIFORMES, SCIAENIDAE) NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 15/04/2013
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  • Este estudo teve por objetivo caracterizar morfologicamente e com o auxílio de técnicas moleculares larvas de helmintos da Família Anisakidae parasitas de P. squamosissimus na Amazônia Oriental. Foram encontradas larvas de três morfotipos diferentes que de acordo com as características morfológicas e morfométricas puderam-se sugerir o gênero dos parasitas em estudo: para o morfotipo 1 as análises foram parecidas com o gênero Anisakis., para o morfotipo 2 gênero Contracaecum e para o morfotipo 3 gênero Terranova . Considerando que as larvas do morfotipo 1 encontradas em P. squamosissimus da região metropolitana de Belém, apresentam todas as características morfológicas que o gênero Anisakis, contudo, isso não foi corroborado pela análise dos espaçadores transcritos internos, isto é, o padrão de restrição destes amplicons difere dos padrões relatados para as nove espécies do gênero Anisakis, e corroborando a análise de restrição, a seqüência de nucleotídeos dos espaçadores transcritos internos e do gene mitocondrial citocromo oxidase II aqui obtidas para o morfotipo 1 são muito divergentes daquelas obtidas para as nove espécies de Anisakis e mesmo de outros anisaquideos, como aqueles dos gêneros Terranova e Pseudoterranova. As análises filogenéticas para este grupo de organismos apresentam melhor resolução quando são baseadas nas seqüências concatenadas dos espaçadores transcritos internos e do gene mitocondrial citocromo oxidase II que indicaram os relacionamentos filogenéticos não resolvidos foram aqueles de A. ziphidarum, A. nascettii e A. typica. Sugerese a existência de um gênero não descrito para o Morfotipo 1 e a morfologia mostrou-se inconsistente para a descrição do táxon. Palavras- chave: P. squamosissimus, Anisakidae, Filogenia

  • LAYLA CRISTINE GOMES DE OLIVEIRA
  • A APLICABILIDADE DO USO DA POLPA DENTÁRIA COM MARCADOR DE INFECÇÕES PASSADAS
  • Data: 15/04/2013
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  • Estudos utilizando a polpa dentária como fonte de ácido nucleico vêm sendo descrito na literatura. Devido ser um tecido altamente vascularizado, naturalmente estéril, pois está localizado na cavidade pulpar. Porém existem poucos trabalhos que procuraram detectar o genoma viral nesse material biológico. O presente estudo tem como objetivo principal padronizar uma técnica de extração de ácidos nucleicos da polpa para detecção do Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C e Treponema pallidum a fim de viabilizar a detecção através de técnicas de biologia molecular. Também descrever as características demográficas, sociais e culturais de um grupo populacional residente em Viseu, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Estado do Pará; descrever o perfil soroepidemiológico do grupo com relação a marcadores de infecção pelo Vírus da hepatite B, Vírus da hepatite C e Treponema pallidum; estabelecer metodologia de amplificação de ácidos nucleicos dos agentes infecciosos listados a partir da polpa dentária; e descrever possíveis concordâncias entre os resultados sorológicos e de biologia molecular para evidenciar infecções. Foram coletas 48 amostras de sangue e dente, em seguida foram realizados testes sorológicos (ELISA) para triagem das amostras. As amostras positivas foram submetidas a extração do ácido nucleico do sangue (técnica Fenol-Clorofórmio e kit EXTRAzol) e da polpa (QIAamp DNA Micro Kit e kit RNeasy Plus Micro) a polpa foi removida utilizando o protocolo criado no presente estudo. Por seguinte os resultados foram analisados utilizando o programa BioEstat 5.0. A idade média da primeira relação sexual foi de 16 anos e apenas 4,2 dos entrevistados relataram ter o hábito de usar preservativos. Nos achados sorológicos, 35,4% das amostras foram positivas para o anti-HBc Total e não houve amostras reagentes para o Anti-HBc IgM e HBsAg. 18,7% das amostras foram reagentes para o VHC. Apenas 2,8% das amostras foram positivas na sorologia para T. pallidum, mas esta não se mostrou reativa para o teste V.D.R.L. modificado. Não houve amplificação tanto na polpa dentária, quanto no sangue periférico para o VHB, para VHC 16,6% das amostras amplificaram na polpa e 14,6% amplificaram no sangue e o T. pallidum, após várias tentativas, não foi possível padronizar a técnica de biologia molecular. Os achados sorológicos e da biologia molecular mostraram concordância para o VHC e não foi possível realizar concordância com o VHB e T. pallidum. Como conclusão foi padronizada a técnica de extração de ácidos nucléicos da polpa para o VHB e VHC, porém para o T. pallidum esse objetivo não foi alcançado; para o VHB só foram encontrados anticorpos anti-HBc indicando infecções passadas sem persistência, foram encontrados anticorpos para o VHC em 18,7% e 2,1% para o T. pallidum; foi possível estabelecer uma metodologia de amplificação utilizando a polpa dentária como fonte de ácidos nucléicos para o VHC; houve concordância em 88% dos resultados sorológicos e da biologia molecular para a evidenciação de infecções pelo VHC; o protocolo utilizado para extração da polpa é de fácil acesso e pode ser utilizado para detecção de outros patógenos.
  • PABLO HENRIQUE GONCALVES MORAES
  • DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Babesia vogeli EM CÃES DOMÉSTICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 15/04/2013
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  • A babesiose é uma doença hemolítica de ocorrência mundial causada por protozoários do gênero Babesia (Apicomplexa) que são transmitidos por carrapatos a diversos mamíferos, incluindo o homem. O objetivo deste estudo foi otimizar um método molecular para a detecção do 18S rDNA de Babesia canis, Babesia vogeli, Babesia rossi ou Babesia gibsoni com base em uma única semi-nested (snPCR), comparando sua eficiência com um protocolo de PCR simples, além de caracterizar filogeneticamente a cepa de Babesia spp. em cães naturalmente infectados da região Norte (Belém, área metropolitana). Para a etapa de otimização, 100 amostras de sangue de cães com suspeita de hemoparasitoses foram analisadas e, enquanto o protocolo de PCR simples indicou somente 5% (5/100) de amostras positivas, o protocolo de snPCR, com 22% (22/100) de amostras positivas, apresentou maior sensibilidade (p valor = 0,0000). Em seguida, 172 amostras de sangue de cães foram coletadas e pesquisadas para Babesia spp. por semi-nested PCR. Assim, um fragmento do gene 18S rDNA foi amplificado e sequenciado. O alinhamento de 27 sequências nucleotídicas produziu um fragmento de 1023 pb o qual não apresentou sítios polimórficos (identidade de 100%). Este genótipo único apresentou alta identidade com o gene 18S rDNA de B. vogeli. Esta pesquisa está de acordo com outros estudos que mostram a maior sensibilidade de detecção dos testes baseado em nested ou snPCR. Assim, como uma forma de prevenir resultados falso-negativos devido à baixa parasitemia, é sugerido que este protocolo seja preferencialmente usado nos estudos epidemiológicos de babesiose canina, em especial naqueles que tratam da sua prevalência. Adicionalmente, o presente estudo fornece uma caracterização molecular do parasito responsável pela babesiose canina em cães naturalmente infectados em Belém e sugere, com base na similaridade genética, que o gene 18S rDNA de B. vogeli pode representar o genótipo mais relatado ocorrendo na América do Sul. 

  • NILTON ALVES DA SILVA
  • PREVALÊNCIA DE MARCADORES PARA O VÍRUS DA HEPATITE B (VHB) E O VÍRUS DA HEPATITE C (VHC) EM TRABALHADORES DE LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS PÚBLICOS E PRIVADOS DO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES, RONDÔNIA, BRASIL
  • Data: 05/04/2013
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  • Trabalho que visa quantificar a prevalência dos marcadores para os vírus da hepatite B e hepatite C em trabalhadores de laboratórios de análises clínicas de entidades públicas e privadas do município de Ariquemes no estado de Rondônia, visto que estes profissionais se enquadram na categoria de risco de contrair tais infecções, pois lidam diretamente e diariamente com os agentes causadores de tais enfermidades.

  • CRISTINA MOREIRA BARBOSA
  • Soroprevalência do Vírus da hepatite B em caminhoneiros que trafegam na BR 364 no Estado de Rondônia, BR
  • Data: 05/04/2013
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  • A infecção causada pelo Vírus da hepatite B (VHB) é um grande problema de saúde pública no Brasil e no Mundo e a epidemiologia deste agente entre os caminhoneiros no Brasil ainda é pouco conhecida. Sendo assim o presente estudo teve o objetivo de investigar a prevalência de marcadores sorológicos da infecção pelo VHB em caminhoneiros que trafegam a BR 364, no Estado de Rondônia, Brasil. O estudo foi de cunho descritivo transversal e foram coletados dados epidemiológicos e sangue de 240 caminhoneiros, no Posto Fiscal de Vilhena, o “Portal da Amazônia”, no período de março de 2012. As análises sorológicas foram realizadas no LACEN-RO com a finalidade de investigar a presença de marcadores sorológicos específicos do VHB: HBsAg, anti-HBs e anti-HBc total. As amostras positivas para anti-HBc total foram testadas para os marcadores HBeAg, anti-HBe, anti-HBc IgM. A prevalência global ao VHB foi de 33,75%, sendo que 30,83% apresentaram positividade ao anti-HBc total e 2,92% ao HBsAg. Eram vacinados 7,92%, 58,33% revelam-se susceptíveis. Os fatores de risco associados não apresentaram significância estatística. Pode-se concluir que a população de caminhoneiros estudada apresentou uma alta prevalência de infecção para o VHB, revelando uma alta circulação desse vírus nessa população, assim como são altamente susceptíveis, resultados que apontam para uma necessidade de intensificação nas de políticas públicas de saúde voltadas a essa população a fim de evitar a disseminação do VHB.
  • DÉBORAH PEREIRA DANELUSSI GOLIN
  • SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B (VHB) EM FUNCIONÁRIOS DE UM HOSPITAL MUNICIPAL DA CIDADE DE ROLIM DE MOURA, RONDÔNIA, BRASIL.
  • Data: 04/04/2013
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  • As hepatites virais estão entre as doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas que constituem um importante problema de saúde pública no Brasil. A infecção pelo Vírus da hepatite B (VHB) apresenta grande relevância em termos de saúde pública ocupacional, tendo em vista que os profissionais que trabalham na área de saúde estão constantemente expostos ao risco de ocorrência de acidentes de trabalho e, consequentemente, ao risco de contrair a infecção pelo vírus. O presente trabalho teve por principal objetivo descrever a prevalência de marcadores sorológicos da infecção pelo VHB em funcionários do Hospital Municipal Amélio João da Silva, na Cidade de Rolim de Moura, Rondônia, assim como os possíveis fatores associados ao risco de infecção por este agente viral. Participaram do estudo 141 profissionais de saúde, sendo 39 do gênero masculino e 102 do gênero feminino, no período de fevereiro a março de 2012, que atuam no hospital municipal de Rolim de Moura, Rondônia, Brasil. Os dados epidemiológicos foram obtidos por meio de inquéritos e os sorológicos por meio do método da eletroquimioluminescencia para a pesquisa de antígeno e anticorpo para o VHB. A análise estatística dos resultados foram realizados por meio do teste Z para igualdade das médias e do teste Qui-quadrado (χ2) para independência das proporções todos os testes com 5% de significância. A análise da prevalência dos marcadores sorológicos do VHB entre a população estudada demonstrou que 47,52% dos participantes revelaram imunidade vacinal ao VHB, 23,40% encontram-se suscetíveis à infecção pelo vírus, 28,37% apresentaram positividade para os marcadores sorológicos que indicam exposição prévia ao VHB e 0,71% demonstrou infecção crônica. O conhecimento da prevalência da infecção por este agente viral ressalta a importância dos cuidados profissionais para prevenir a aquisição de doenças ocupacionais que representam prejuízos aos trabalhadores da área da saúde. PALAVRAS-CHAVES: Soroprevalência, Hepatite B, Profissionais de saúde.
  • ETHIENNE LOBATO DOS SANTOS
  • POLIMORFISMOS NOS GENES FAS E FASL EM INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS (HTLV)
  • Data: 04/04/2013
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  • O presente estudo teve como objetivo de descrever os polimorfismos nos genes FAS e FASL em indivíduos portadores da infecção pelo Vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) e sua possível associação com a ocorrência de infecção sintomática em um grupo de 321 indivíduos, subdivididos em 86 indivíduos soropositivos para o HTLV, com 39 sintomáticos e 47 assintomáticos, e 235 controles soronegativos. A identificação dos alelos A e G do polimorfismo FAS-670A>G foi realizada por meio da técnica de PCR, utilizando sequências de iniciadores específicos e posterior digestão enzimática (RFLP) com a enzima MvaI. A identificação do polimorfismo FAS-1377G>A foi feita utilizando-se o método de PCR-RFLP com a enzima BstUI. A identificação dos alelos A e G do polimorfismo FASLGINV2nt-124A>G, bem como T e delT do polimorfismo FASLIVS3nt169T>∆T foi realizada através da técnica de ACRS, seguido de RFLP com as endonucleases de restrição FokI e HincII, respectivamente. A identificação do polimorfismo FASLG-844C>T foi feita utilizando-se o método de PCR-RFLP com a enzima DraIII. As análises das distribuições das genotípicas dos genes FAS e FASL nas populações estudadas sugerem uma possível associação do polimorfismo FAS-670A>G com a suscetibilidade ao HTLV. A análise combinatória dos genótipos revelou que a presença do alelo variante A na posição -1377FAS, seja em homo ou em heterozigose, pode ser um fator predisponente à infecção pelo HTLV. A análise combinatória dos genótipos revelou que a presença do alelo mutante G do polimorfismo FASLGINV2nt-124A>G, em homo ou heterozigose, foi mais frequente entre os controles, sugerindo uma proteção à infecção pelo HTLV aos portadores desse alelo. A análise de regressão logística múltipla revelou um risco aumentado de progressão para infecção sintomática pelo HTLV associada aos polimorfismos FAS-670A>G e FASLG-844C>T. Os portadores do alelo C do polimorfismo FASLG-844C>T apresentaram médias de linfócitos TCD8+ mais elevados, sugerindo uma melhor resposta imunológica. Não foi observada existência de associação entre os polimorfismos nos genes FAS e FASL com os níveis de carga proviral. Assim, faz-se necessário estudos posteriores, que visem investigar, por exemplo, a influência dos níveis de expressão dos genes FAS e FASL em indivíduos portadores da infecção pelo Vírus linfotrópicos de células T humanas (HTLV).
  • CLAUDIA PINHEIRO RUFINO
  • Detecção e caracterização molecular de Ehrlichia canis de cães de Belém, Pará
  • Data: 01/04/2013
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  • As hemoparasitoses são doenças causadas por patógenos transmitidos por vetores hematófagos. Estas se caracterizam por serem enfermidades de grande importância na Medicina Veterinária, uma vez que acometem várias espécies animais como cães, gatos, Dentre os hemoparasitos, a Ehrlichia canis é a espécie mais patogênica e o principal bioagente causador da Erliquiose Monocítica Canina – EMC. Assim, objetivando detectar e caracterizar molecularmente as cepas do hemoparasito Ehrlichia spp. circulantes na região metropolitana de Belém, Pará, foram analisadas, neste trabalho, 200 amostras de sangue total de cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia (HOVET/UFRA) durante o período de julho a outubro de 2011. Estas amostras foram escolhidas aleatoriamente, não necessariamente envolvendo animais com sintomatologia para Erliquiose Monocítica Canina - EMC. O diagnóstico de EMC foi feito através de um protocolo de nested PCR, o qual resultou em uma frequência de 24% (48/200) de positividade para os animais analisados, corroborando a frequência de EMC em estudos realizados em Belo Horizonte, Nanuque e Londrina. O sequenciamento do rDNA 16S destas amostras positivas sugere a exclusividade de Ehrlichia canis como o agente causador de EMC em Belém, Pará. Adicionalmente, a comparação destas sequências com outras sequências do rDNA 16S de E. canis disponíveis no GenBank, apresentaram de 99,5 a 100% de identidade, reforçando dados da literatura que sugerem a baixa variabilidade genética deste biogente. A despeito das análises epidemiológicas e hematológicas, assim como para a idade e sexo dos animais, não foram observadas correlações estatisticamente significativas entre a presença de E. canis e parâmetros como anemia, trombocitopenia, leucopenia e leucocitose, sugerindo que estes não são adequados para o diagnóstico diferencial de EMC.
  • MAURIMELIA MESQUITA DA COSTA
  • INFECÇÕES FÚNGICAS SISTÊMICAS EM PACIENTES PORTADORES DO HIV- 1
  • Data: 26/03/2013
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  • As micoses sistêmicas e oportunistas representam importantes comorbidades no pacientes soropositivos para o HIV-1 em todo o mundo. Na região Norte do Brasil, particularmente no Estado do Pará a ocorrência destas infecções é pouco conhecida. O objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência da criptocococose, da histoplasmose, da aspegilose e da paracoccidioidomicose, por meio de testes sorológicos, como coinfecções em indivíduos portadores do HIV-1. Amostras de soro de 418 portadores do HIV-1 selecionados em duas Unidades de Referência em Doenças Infecciosas do Estado do Pará foram testadas por meio do teste de aglutinação do látex para antígenos de Cryptococcus neoformans, e por meio do teste de Imunodifusão Dupla para anticorpos contra Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum var. capsulatum e Aspergillus fumigatus. Todas as amostras de soro também foram submetidas ao ensaio de Western blot para detecção de anticorpos contra antígenos específicos de P. brasiliensis, H. capsulatum e A. fumigatus a fim de determinar o perfil proteico/ glicoproteico de resposta a estes fungos. Os índices de prevalência observados para as coinfecções por C. neoformans, P. brasiliensis, H. capsulatum e A. fumigatus foram, respectivamente, de 2,6%, de 3,6%, de 10,7% e de 6,4%. Os casos de coinfecção por C. neoformans foram mais frequentes em pacientes com níveis de linfócitos T CD4+ inferiores a 200 células/ mm3. Pacientes soropositivos para P. brasiliensis apresentaram perfil proteico que incluíram respostas para a gp43 e a gp70. Entre os soropositivos para H. capsulatum foram observadas respostas para as glicoproteínas de 38 kDa, 70 kDa, 83 kDa e 91 kDa, enquanto para os soropositivos para A. fumigatus, as respostas mais frequetemente observadas foram contra as glicoproteínas de 90 kDa, de 88 kDa, de 33 kDa, de 19 kDa e de 18 kDa. A detecção da coinfecção HIV-fungos em pacientes ambulatoriais indica a necessidade de avaliar a adoção da investigação sorológica, visando o diagnostico precoce destas micoses.
  • ANDERSON LEVY BESSA DA LUZ
  • PERFIL GENOTÍPICO DO VIRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) IDENTIFICADO EM MULHERES GRÁVIDAS NO ESTADO DO PARÁ, BRASIL
  • Data: 20/03/2013
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  • O HIV-1 continua sendo um problema de saúde pública global com uma estimativa de 34 milhões de pessoas vivendo com o HIV em 2011. O presente trabalho teve como objetivo descrever a epidemiologia molecular do HIV-1 em mulheres grávidas portadoras do vírus e/ou com SIDA/AIDS e o perfil de resistência/susceptibilidade aos inibidores de protease e transcriptase reversa no Estado do Pará. Coletou-se amostra de sangue de 45 grávidas que faziam acompanhamento na UREMIA no período de 2005 a 2006. Realizou-se a técnica molecular Reação em Cadeia mediada pela Polimerase (PCR) Nested, para amplificação de duas regiões genômicas (pro e tr) do DNA proviral, seguindo da protease, 34 amostras (75,6%) foram amplificadas com êxito. A análise das sequências nucleotídicas revelou que 33 (97,1%) amostras eram do subtipo B e uma (2,9%) do subtipo C, o que foi confirmado na análise filogenética. Quanto a região da transcriptase reversa, somente 30 (66,7%) amplificaram, sendo que a maioria das amostras mostrou ser do subtipo B (90,0%), sendo seguido pelos subtipos F (6,7%) e C (3,3%). Quanto a resistência aos ARV, somente em duas grávidas (4,4%) foram encontradas cepas de HIV apresentado algumas resistência aos inibidores de protease utilizados atualmente. Além disso, verificou-se uma baixa prevalência de cepas com mutações de resistência aos inibidores de transcriptase reversa nucleotídicos (ITRN) (2,2%) e não nucleotídicos (ITRNN) (2,2%). Dessa forma, a maioria das cepas de HIV isoladas mostrou-se susceptibilidade aos ARV utilizados, indicando que há baixa circulação de cepas do HIV resistentes a estes medicamentos no Pará.
  • FABIOLA SILVEIRA GOMES
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO TESTE DE AGLUTINAÇÃO COM PARTÍCULAS DE LÁTEX UTILIZANDO ANTICORPO POLICLONAL PARA DETECÇÃO DA ANTIGENEMIA NA PARACOCCIDIOIDOMICOSE
  • Data: 28/02/2013
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  • A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença considerada endêmica na América Latina, causada pelos fungos termo-dimórficos Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii. O fungo, inicialmente, infecta os pulmões, mas também pode se disseminar pelo organismo do hospedeiro. Dessa maneira, os indivíduos podem desenvolver infecção subclínica ou as formas aguda ou crônica da doença. O diagnóstico definitivo da PCM pode ser determinado pelo exame direto ou cultura de amostras clínicas, no entanto, os dois são frequentemente negativos. Assim, testes sorológicos são altamente sensíveis e importantes no diagnóstico precoce e seguimento sorológico dos pacientes diagnosticados. A técnica conhecida como "padrão ouro", para o diagnóstico sorológico da PCM, é a Imunodifusão Dupla (ID). Por outro lado, a ID é possível apenas em laboratórios de referência que possuem infraestrutura adequada para o desenvolvimento desta técnica, o que requer o deslocamento dos pacientes às regiões em que o diagnóstico é realizado. O presente estudo objetivou desenvolver e avaliar um teste sorológico baseado na aglutinação passiva reversa de partículas de látex (LAT), revestidas com anticorpos policlonais anti-Paracoccidioides, para a detecção de antigenemia na PCM. Um pool de exoantígenos (P. brasiliensis (339, IOC, 113 e 101) e P. lutzii (01like e IEC-2005)) foi usado como preparação antigênica para a imunização de coelhos, dos quais foram obtidas IgG policlonal. Estas foram acopladas a partículas de látex de poliestireno (0,8 µm), em tampão salina glicina (pH 8,2). Os testes sorológicos foram realizados em amostras de pacientes com PCM (n=45), histoplasmose (n=14), aspergilose (n=4), criptococose (n=6), cromoblastomicose (n=2) e controles sem infecção (n=14). O LAT, para a detecção de antigenemia na PCM, apresentou sensibilidade e especificidade de 42% e 73%, respectivamente. A concordância entre o LAT desenvolvido neste estudo e a ID foi de 53%. Um LAT que detectou anticorpos foi produzido a fim de comparar o desempenho de ambos os LAT. Os valores de sensibilidade (71%), especificidade (75%) e concordância com a ID (77%) sugerem que o LAT para detecção de anticorpos seja melhor como ferramenta sorodiagnóstica na PCM, considerando-se os ensaios baseados em aglutinação. Sugere-se que a sensibilidade (LAT detectando antigenemia) foi limitada, devido ao arranjo policlonal de partículas sensibilizadas, bem como às prováveis concentrações de antígenos circulantes no soro de pacientes abaixo do limite detectável no LAT (12,5 µg/mL). Propõe-se que a avaliação de um LAT, utilizando anticorpos monoclonais, seja necessária para que se possa discutir a aplicabilidade real deste teste.
  • SAMARA TATIELLE MONTEIRO GOMES
  • INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DA INFECÇÃO PELO XENOTROPIC MURINE LEUKEMIA VIRUS-RELATED VIRUS (XMRV) EM POPULAÇÕES HUMANAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
  • Data: 18/02/2013
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  • A polêmica levantada sobre a presença de infecções humanas causadas pelo Xenotropic murine leukemia virus-related virus (XMRV) levou a investigar, pela primeira vez, os grupos de populações humanas da região amazônica do Brasil, semelhantes aos anteriormente pesquisados para este vírus. Aqui foi possível de mostrar que dos 803 indivíduos de ambos os sexos residentes na cidade de Belém, estado do Pará, e que foram divididos em quatro subgrupos, sendo estes, indivíduos saudáveis, pessoas infectadas com o HIV-1, pessoas com HTLV-1/2, paciente com câncer de próstata, não estavam infectados com o XMRV. A infecção foi investigada usando o método de Nested PCR (para a amplificação de gag) e qPCR (para a amplificação de pol). Não houve amplificação de qualquer segmento de gag ou pol de XRMV em qualquer uma das amostras examinadas, refutando os estudos anteriores que sugerem uma elevada prevalência do vírus e uma possível associação entre esta infecção com a etiologia do câncer da próstata.
  • RODRIGO PAES DE MENEZES
  • ANÁLISE RETROSPECTIVA DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E DAS RELAÇÕES SÓCIO-CLIMÁTICAS DOS CASOS NOTIFICADOS DE DENGUE NO ESTADO DE RONDÔNIA NO PERÍODO DE 2000 A 2009
  • Data: 10/02/2013
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  • A realização de investigações sobre o papel das dinâmicas populacionais humanas e das variedades climáticas sobre o perfil epidemiológico da dengue poderá contribuir para a identificação de fatores particulares da manutenção da circulação viral, podendo acrescentar elementos preciosos ao debate das estratégias de prevenção mais adequadas. O Estado de Rondônia, na última década tem apresentado profundas modificações no âmbito populacional e climatológico, muito delas devido ao grande movimento migratório, com sua conseqüente organização espacial e sua repercussão ecológica. O presente estudo se caracteriza como um estudo do tipo ecológico e retrospectivo, visando levantar uma análise epidemiológica de todos os casos notificados de dengue no Estado de Rondônia pelo SINAN, no período de 2000 a 2009, correlacionando as taxas de incidência com o crescimento populacional dos municípios, como também correlacionando com os boletins pluviométricos nos respectivos períodos. O objetivo deste trabalho foi descrever uma visão geral acerca da situação da dengue no Estado na última década, assim como de sua relação com fatores sócio-ambientais no mesmo período. Para isso, foram analisados 72.870 casos notificados em todo o Estado de Rondônia, sendo elaborados os coeficientes de incidência por município e por microrregião, segundo a divisão microrregional do IBGE. No estudo correlacional, os dados foram comparados com boletins censitários fornecidos pelo IBGE nos anos de 2000, 2002, 2007 e 2008, assim como pelos boletins climatológicos fornecidos pelo SEDAM. Tendo como referência a análise microrregional durante o período, foram constatados dois períodos epidêmicos estatisticamente significativos: de 2004 -2005 e 2008-2009. Foram obtidos coeficientes de correlação positivos entre o crescimento populacional e o aumento de ocorrência de dengue em quatro municípios: Cacoal, Ji-Paraná, Nova Brasilândia d´Oeste e Seringueiras. Analisando os índices de precipitação e estação das chuvas, os municípios que apresentaram valores de correlação positivos e significativos do aumento dos casos de dengue com o aumento das chuvas foram Cacoal, Vilhena, Porto Velho e Guajará-Mirim.
  • JOSÉ MIGUEL ALVES JÚNIOR
  • IMUNOEXPRESSÃO DE CITOCINAS DE DIFERENCIAÇÃO DO PERFIL Th 17 EM PACIENTES COM LESÃO FOVEOLAR DA HANSENÍASE
  • Data: 05/02/2013
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  • IMUNOEXPRESSÃO DE CITOCINAS DE DIFERENCIAÇÃO DO PERFIL Th 17 EM PACIENTES COM LESÃO FOVEOLAR DA HANSENÍASE
  • NEUSA MARIA ORO
  • PERFIL SÉRICO DAS CITOCINAS IFN-γ, TNF-α E TGF-β EM PACIENTES COM HANSENÍASE DE JI-PARANÁ/RONDONIA
  • Data: 30/01/2013
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  • O presente estudo analisou o perfil das citocinas IFN-γ, TNF-α e TGF-β, em pacientes de hanseníase atendidos no posto de saúde Adolfo Holf, do município de Ji-Paraná / RO, no período de 2010 e 2011, correlacionando os níveis séricos das citocinas com o grau de incapacidade física do paciente, com os perfis paucibacilar e multibacilar e reacional durante o tratamento. Utilizou-se para isso um estudo transversal de caráter descritivo, coletando os dados epidemiológicos por meio de um questionário e da análise do prontuário dos pacientes. Os níveis plasmáticos das citocinas foram investigados a partir de uma amostra de sangue total (5mL) coletada de cada paciente. As amostras foram coletadas em um sistema de colheita a vácuo, em tubo contendo EDTA como anticoagulante. O sangue foi centrifugado por cinco minutos a 3.000 rotações por minuto (rpm) objetivando o fracionamento do plasma e da fração celular, posteriormente armazenados à -20ºC, até o momento do uso. Tais amostras foram transportadas ao Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde foram realizados os ensaios imunoenzimáticos para quantificação das citocinas séricas. Verificou-se que nos 103 pacientes atendidos, a média de idade foi de 40 ± 14,81 anos e que 32 (31,1%) apresentaram a hanseníase na forma paucibacilar e 71 (68,9%) na forma multibacilar da doença. Não se observou associação estatisticamente significante entre os níveis séricos de IFN-γ (H= 0,0922 e p = 0,7614), TNF-α (H = 0,2224 e p = 0,6372) e TGF-β (H = 0,9563 e p = 0,3281) comparando-se com os grupos paucibacilar e multibacilar, o mesmo ocorreu com o grau de incapacidade física do paciente e com o perfil reacional durante o tratamento. Conclui-se com esse estudo que houve uma alta prevalência de casos de hanseníase na forma multibacilar e que esta se apresenta basicamente de maneira uniforme entre os gêneros, fato este que não ocorre entre os pacientes paucibacilares que mostraram uma prevalência entre os pacientes do grupo feminino. Ademais, os níveis de citocinas no sangue periférico desses pacientes foram independentes da apresentação clínica da hanseníase, o que pode estar relacionado ao reduzido tamanho amostral utilizado no estudo.
2012
Descrição
  • JAMILLA AUGUSTA DE SOUSA PANTOJA
  • Epidemiologia molecular do vírus dengue sorotipo 3 no Brasil.
  • Data: 20/12/2012
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  • O Virus Dengue (VDEN) pertence ao grupo B dos arbovírus, à família Flaviviridae, gênero Flavivirus, apresentando quatro sorotipos imunologicamente distintos, denominados: Virus Dengue 1 (VDEN1), Virus Dengue 2 (VDEN2), Virus Dengue 3 (VDEN3) e Virus Dengue 4 (VDEN4). Estudos moleculares vêm sendo amplamente realizados utilizando sequências parciais do genoma do VDEN empregando a análise filogenética, no qual se pode identificar grupos geneticamente distintos e genótipos dentro de cada sorotipo e o VDEN-3 encontra-se agrupado em quatro genótipos. Desta forma, este trabalho objetivou caracterizar de forma molecular e estudar a evolução do Vvírus Ddengue sorotipo 3 isolados no Brasil entre os anos de 2001 e 2008, através do sequenciamento do genoma completo das cepas em estudo e das análises da genômica estrutural, filogenética e evolutiva do VDEN-3.
  • CINTIA SAYAKA KODAMA
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VIRUS BE AR 775619 ISOLADO DE MOSQUITOS PERTENCENTES Á FAMÍLIA Psychodidae
  • Data: 20/12/2012
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  • Este trabalho consiste em aprofundar os conhecimentos acerca do genoma do sorogrupo Changuinola pertencente ao gênero Orbivirus da família Reoviridae, que agrupa vírus de RNA de dupla fita. Sabe-se pouco sobre a incidência e a distribuição do vírus Changuinola, no entanto, os primeiros relatos ocorreram nas áreas de floresta tropical da América, onde o principal artrópode vetor deste vírus encontra-se em abundância devido às condições favoráveis de adaptação e reprodução existentes. Os estudos sobre o sorogrupo Changuinola estão restritos a aspectos sorológicos e de caracterização morfológica e fisico-químicas não havendo dados a respeito da organização genômica. Portanto, estudos direcionados a obtenção de sequências nucleotídicas completas fornecerão dados para um melhor entendimento da epidemiologia molecular e evolução deste extenso grupo de arbovírus. As cinco cepas virais do sorogrupo Changuinola serão obtidas do acervo de vírus da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SAARB) do Instituto Evandro Chagas (IEC). Para a obtenção do RNA genômico será utilizado o equipamento MagNA Pure LC 2.0 (Roche, Alemanha) utilizando o kit MagNA Pure LC Total Nucleic Acid Isolation, seguindo as instruções do fabricante. Para a obtenção das sequências nucleotídicas completas serão utilizadas duas diferentes plataformas de sequenciamento: GS FLX Genome Sequencer 454 (Life Science, Roche) e ABI 3130 (Applied Biosystems). As análises filogenéticas serão realizadas basicamente utilizando os métodos de agrupamento de vizinhos, máxima verossimilhança e Bayesiano.

  • MONICA CUSTODIA DO COUTO ABREU PAMPLONA
  • O impacto da exposição e infecção vertical pelo Virus HIV-1 no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças atendidas em um serviço de atenção secundária em Belém do Pará.
  • Data: 18/12/2012
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  • Em virtude de o desenvolvimento infantil ser uma ação básica de saúde da criança, faz-se necessário seu monitoramento em todas as consultas com diversos profissionais. A criança exposta ao risco biológico do Hiv-1 faz-se necessário sua monitoração, uma vez que a detecção precoce permitirá um intervenção também precoce, repercutindo assim na qualidade de vida da população infantil. Dessa forma o presente estudo tem como objetivo avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor destas crianças durante o primeiro ano de vida

  • DEOCLECIANO GALIZA PRIMO
  • AVALIAÇÃO ENTOMOLÓGICA DO POTENCIAL DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA HUMANA NO MUNICIPIO DE GOIANÉSIA DO PARÁ NO ESTADO DO PARÁ
  • Data: 18/12/2012
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  • A malária, doença parasitária causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida pela picada da fêmea de mosquitos do gênero Anopheles está presente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. O Brasil, país tropical, é responsável por mais de 50% dos casos de malária registrados nas América os quais estão concentrados na região Amazônica. Nos últimos anos, a malária nesta região tem estado relacionada à áreas de assentamento e de desmatamento. Por isso este estudo objetivou fazer a avaliação entomológica do potencial de transmissão de malária humana no município de Goianésia do Pará, estado do Pará. Assim, foram escolhidas 3 áreas de Assentamento, Ararandeua, Santa Paula e Rouxinol, onde, no período de 2 anos realizou-se coletas de mosquitos adultos e imaturos. Os espécimes coletados foram utilizados para determinação da diversidade e densidade das espécies, do índice de picada/homem/hora (IPHH), das taxas de paridade (TP) e infecção (TI), índice de inoculação anual e para fazer a coleção tipo. Os resultados deste estudo mostraram baixa densidade e diversidade de espécies, já que foram coletados somente 385 espécimes em 2 anos e 6 espécies de mosquitos (Anopheles darlngi, An. albitarsis s.l., An. triannulatus, An. strodei; An. galvaoi e An. nuneztovari). O An. darlingi foi a única espécie que esteve presente em todos os períodos de coleta e nos 3 assentamentos estudados. O IPHH por ano foi: 2010- 3,14; 2011 – 0,33; 2012 – 0,34; a TP para o An. darlingi foi de 72,5%; a TI total foi de 2,98 (11/369), enquanto que por espécie foi An. darlingi- 1,90; An. albitarsis s.l.- 0,81 e An. nuneztovari – 0,27. A TI por Assentamento foi: Ararandeua – 0,0; Rouxinol – 2,76 (8/290) e Santa Paula – 3,33 (3/90) e por ano foi: 2010 – 1,20; 2011 – 4,00 e 2012 – 5,55 e o IIA foi: 2010 – 3,77 x 152 = 573,04; 2011 – 1,32 x 365 = 481,8; 2012 – 1,8 x 152 = 273,6. Estes resultados mostram que o município alvo deste estudo apresenta condições para a transmissão de malária, que a principal espécie vetora é o An. darlingi, que o risco de transmissão é maior no Assentamento Rouxinol e que as taxas e índices avaliados vem diminuindo anualmente, o que justifica o decréscimo registrado no número de casos de malária neste ano e neste município.
  • DAFNE SILVA FURTADO DE MENDONCA
  • Associação de genes KIR com manifestações clínicas da dengue.
  • Data: 13/12/2012
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  • A infecção pelo vírus da dengue (DV) é a maior causa mundial de morbidade por arbovírus devido aos estados de choque febril e hemorrágico que podem levar a complicações fatais da infecção pela dengue. Esse vírus é endêmico em muitas cidades dos trópicos, resultado de um dramático aumento na urbanização sem planejamento, criando condições ideais para a transmissão da doença pelo aumento do número de criatórios de mosquitos. Durante as últimas duas décadas a incidência aumentou gradualmente e tem recentemente se tornado alarmante, sobretudo desde a introdução do sorotipo 3 do vírus. Até agora, a dengue é a mais importante doença viral artrópode em humanos, com uma estimativa de 100 milhões de casos, sendo mais de 500 novos casos todo ano, incluindo cerca de 25 casos fatais, principalmente em crianças abaixo de quinze anos. Quatro sorotipos do vírus da dengue (DV-1, DV-2, DV-3 e DV-4) causam quadros que variam de manifestações brandas ou infecções assintomáticas à dengue hemorrágica, sendo esta uma epidemia com alta freqüência de severidade que ameaça a vida e continua a se expandir geograficamente na Ásia e na América do Sul. Acredita-se que a capacidade do DV de burlar a imunidade inata antiviral pode estar relacionada às diferenças de virulência entre as diferentes linhagens virais. No entanto, fatores genéticos do hospedeiro têm se mostrado importantes na evolução clínica da Dengue, uma vez que diversos genes já foram associados com a Dengue, dentre eles: genes do Complexo Principal de Histocompatibilidade – MHC, heterogêneas para HLA de classe I, mas significativas para classe II e uma associação foi descrita para classe III, especificamente TNF-α. Além de associações significantes com polimorfismo na região promotora de uma proteína de adesão, DC-SIGN. A investigação trará importantes evidências sobre a resposta imune inata na Dengue. Caso resultados positivos sejam obtidos mecanismos de proteção ou predisposição poderão ser elucidados. Isso será vital na avaliação dos estados indeterminados, gerando possíveis marcadores genéticos com potencial prognóstico-preditivos. Estudos posteriores, embasados nesses resultados podem vir a validar marcadores genéticos úteis em saúde pública.

  • ERICA RIBEIRO GOMES LIMA
  • FATORES DE RISCO DE CUNHO EPIDEMIOLÓGICO, VIROLÓGICO, IMUNOLÓGICO E GENÉTICO DE PORTADORES DO HIV-1, QUE INFLUENCIAM NA PROGRESSÃO PARA A AIDS EM BELÉM, PARÁ
  • Data: 05/12/2012
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  • São diversos os fatores que podem influenciar na suscetibilidade e progressão da infecção pelo HIV-1. Dentre os fatores do hospedeiro destacam-se os polimorfismos genéticos nos receptores de quimiocinas e seus ligantes. Uma deleção de 32 pares de bases (pb) no gene que codifica o receptor CCR5 impede a perfeita ligação do vírus à célula alvo e está associada à resistência na aquisição do HIV-1 e ao atraso na progressão para AIDS. A transição de G (guanina) para A (adenina) na posição 801 no gene que codifica o ligante natural do receptor CXCR4, o fator-1 derivado do estroma (SDF-1), tem sido relacionada com o atraso ou com a aceleração na progressão da doença. O presente estudo investigou as frequências dos polimorfismos CCR5∆32 e SDF-1 3’A e avaliou a ocorrência de associações entre os perfis genéticos e as quantificações de LTCD4+ e carga viral (CV), em portadores do HIV-1 que estavam, ou não, submetidos à TARV. Foram selecionados, aleatoriamente, 300 portadores do HIV-1, atendidos na Unidade de Referência para Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-DIPE) e 237 profissionais do sexo de Belém-PA, para compor o grupo controle de alto risco. A identificação do polimorfismo CCR5∆32 foi realizada por meio da técnica de PCR, utilizando sequências de iniciadores específicos, amplificando um fragmento de 187pb para o alelo selvagem e 157pb para o alelo com a deleção. A identificação do polimorfismo SDF-1 3’A foi realizada por meio da técnica de PCR, seguida de digestão enzimática (RFLP) com a enzima MspI. As distribuições das frequências alélicas e genotípicas, para ambos os polimorfismos, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre as duas populações avaliadas. Neste estudo, não foram identificados indivíduos homozigotos para o alelo variante ccr5∆32. Nos indivíduos que não estavam sob TARV, não foi verificada correlação significativa entre os marcadores de progressão (LTCD4+ e CV) e os perfis genéticos, sugerindo que estes polimorfismos não influenciam no curso natural da infecção pelo HIV-1. Entretanto, o alelo variante sdf-1 3’A, em homo ou heterozigose, foi associado a baixas quantificações de carga viral plasmática, em indivíduos que realisavam TARV.
  • ERICA RIBEIRO GOMES LIMA
  • FATORES DE RISCO DE CUNHO EPIDEMIOLÓGICO, VIROLÓGICO, IMUNOLÓGICO E GENÉTICO DE PORTADORES DO HIV-1, QUE INFLUENCIAM NA PROGRESSÃO PARA A AIDS EM BELÉM, PARÁ
  • Data: 05/12/2012
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  • São diversos os fatores que podem influenciar na suscetibilidade e progressão da infecção pelo HIV-1. Dentre os fatores do hospedeiro destacam-se os polimorfismos genéticos nos receptores de quimiocinas e seus ligantes. Uma deleção de 32 pares de bases (pb) no gene que codifica o receptor CCR5 impede a perfeita ligação do vírus à célula alvo e está associada à resistência na aquisição do HIV-1 e ao atraso na progressão para AIDS. A transição de G (guanina) para A (adenina) na posição 801 no gene que codifica o ligante natural do receptor CXCR4, o fator-1 derivado do estroma (SDF-1), tem sido relacionada com o atraso ou com a aceleração na progressão da doença. O presente estudo investigou as frequências dos polimorfismos CCR5∆32 e SDF-1 3’A e avaliou a ocorrência de associações entre os perfis genéticos e as quantificações de LTCD4+ e carga viral (CV), em portadores do HIV-1 que estavam, ou não, submetidos à TARV. Foram selecionados, aleatoriamente, 300 portadores do HIV-1, atendidos na Unidade de Referência para Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-DIPE) e 237 profissionais do sexo de Belém-PA, para compor o grupo controle de alto risco. A identificação do polimorfismo CCR5∆32 foi realizada por meio da técnica de PCR, utilizando sequências de iniciadores específicos, amplificando um fragmento de 187pb para o alelo selvagem e 157pb para o alelo com a deleção. A identificação do polimorfismo SDF-1 3’A foi realizada por meio da técnica de PCR, seguida de digestão enzimática (RFLP) com a enzima MspI. As distribuições das frequências alélicas e genotípicas, para ambos os polimorfismos, não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre as duas populações avaliadas. Neste estudo, não foram identificados indivíduos homozigotos para o alelo variante ccr5∆32. Nos indivíduos que não estavam sob TARV, não foi verificada correlação significativa entre os marcadores de progressão (LTCD4+ e CV) e os perfis genéticos, sugerindo que estes polimorfismos não influenciam no curso natural da infecção pelo HIV-1. Entretanto, o alelo variante sdf-1 3’A, em homo ou heterozigose, foi associado a baixas quantificações de carga viral plasmática, em indivíduos que realisavam TARV.
  • ANGELA MARIA RODRIGUES FERREIRA
  • EFICÁCIA DA VIGILÂNCIA DOS CONTATOS DE PORTADORES DE HANSENÍASE NO SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Data: 30/11/2012
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  • A Hanseníase ainda figura como uma das doenças endêmicas e negligenciadas de maior importância em saúde pública. O Brasil é o 2º colocado do mundo em números absolutos de casos. O Estado do Pará apresentou, em 2011, o coeficiente de detecção geral de 50,4/100.000 habitantes, considerado hiperendêmico, segundo o parâmetro da Organização Mundial da Saúde. O município de Belém, capital do Estado, em uma série histórica 2001 a 2011, não atingiu 50% de cobertura na ação vigilância dos contatos. O Ministério da Saúde classifica o parâmetro como precário, quando <50% de contatos são examinados. A vigilância dos contatos (VC) visa a possibilidade de detecção precoce e assim, interrupção da cadeia de transmissão da doença. Objetiva-se analisar a eficácia da vigilância dos contatos do programa de controle da hanseníase na Unidade Municipal de Saúde do Guamá. Material e método: Estudo epidemiológico, analítico descritivo e prospectivo. Foram entrevistados 54 casos-índice que informaram 247 contatos registrados e destes foram examinados 196 contatos no período de setembro de 2010 a setembro de 2011. Seguiram-se os procedimentos na ação VC: Convocação dos contatos por meio do caso-índice CI, visita domiciliar e convocação, exame dermatoneurológico, encaminhamento para vacina BCG quando indicada, ação educativa, notificação, tratamento e prevenção de incapacidade física quando caso novo. Tanto os CI como os contatos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para análise dos dados utilizou-se o software Epi Info® versão 3.5.1. A significância estatística dos resultados foi estimada considerando um IC a 95%. Resultado e discussão: Predominou o sexo feminino entre os contatos examinados e entre os casos novos CN detectados pela VC com 59,7 % e 59,0%, respectivamente. Em relação à faixa etária 30,6% foi menor de 15 anos, o ensino fundamental predominou com 52,5% e 75,0 % sobrevivem com renda familiar de até 02 salários mínimos. 90,3 % são contatos de caso-índice multibacilar. Foram detectados13 casos novos, destes 30,8% menores de 15 anos. Quanto ao intervalo de tempo entre o diagnóstico do CI e o primeiro exame do CN, 46,1% levou mais de 12 meses. Conclusão: A pesquisa evidencia que a vigilância é eficaz quando executadas todas as ações inerentes ao Programa de Controle da Hanseníase. O percentual de CN detectado pelo exame de contato foi de 6,6% e o percentual de contatos examinados entre os contatos registrados foi de 79.3%. Mediante o quantitativo examinado ser contato de portador multibacilar faz-se necessário o retorno dos contatos para seguimento e exames periódicos, assim como integração de todos os profissionais de saúde para a execução de ações educativas e busca dos contatos peri e intradomiciliares.
  • ANDREA LUCIANA SOARES DA SILVA
  • Associação de Polimorfismos do Complexo de Genes KIR e seus ligantes com infecção por Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax no Município de Goianésia do Para.
  • Data: 19/11/2012
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  • A malária é das parasitoses que representa uma das principais endemias mundiais, sendo responsável por aproximadamente 2,7 milhões de óbitos por ano As células natural killer fazem parte da resposta imune inata e induzem à morte as células-alvo, na ausência do reconhecimento de moléculas de HLA classe I por seus receptores, entre estes os Killer Immunoglobulin like Receptor (KIR). A variabilidade da resposta imune às infecções maláricas pode ser influenciada pelos genes KIR. No estudo serão investigados pacientes infectados e não infectados (população controle) de duas localidades de dois municípios (Itaituba e Goianésia).

  • TEREZINHA DE BASTIANI
  • A PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE POR MEIO DO TRATAMENTO DE CONTATOS INTRADOMICILIARES

  • Data: 06/11/2012
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  • A tuberculose (TB) continua entre as doenças infecciosas que mais acometem a humanidade e o surgimento de cepas do M. tuberculosis resistentes a antibióticos é um desafio para o controle da doença. O tratamento da infecção pelo M. tuberculosis para os contatos como meio de prevenção é uma das medidas de proteção para este grupo. O presente estudo traz os resultados do uso da isoniazida (INH) como forma de prevenção da tuberculose em 195 indivíduos, contatos de doentes com Tuberculose Multirresistente (TBMR) na rotina do serviço de atendimento no ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Belém, Pará, no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2009

  • TEREZINHA DE BASTIANI
  • A PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE POR MEIO DO TRATAMENTO DE CONTATOS INTRADOMICILIARES
  • Data: 06/11/2012
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  • A tuberculose (TB) continua entre as doenças infecciosas que mais acometem a humanidade e o surgimento de cepas do M. tuberculosis resistentes à antibióticos é um desafio para o controle da doença. O tratamento da infecção pelo M. tuberculosis para os contatos como meio de prevenção é uma das medidas de proteção para este grupo. O presente estudo traz os resultados do uso da isoniazida (INH) como forma de prevenção da tuberculose em contatos de doentes com Tuberculose Multirresistente (TBMR) na rotina do serviço de atendimento no ambulatório do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Belém, Pará, no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2009. Foram avaliados 80% (773/966) dos contatos identificados, dos quais 3% (23/773) já haviam feito algum tipo de tratamento para tuberculose, 3,5% (27/773) estavam com doença ativa e destes 48,1% (13/27) apresentavamse com tuberculose multirresistente. Dentre os que fizeram a prova tuberculínica, 40,4% (272/673) estavam infectados e 71,7% (195/272) iniciaram o tratamento com a isoniazida. O grupo foi constituído de 67% (130/195) de mulheres e 33% (65/195) homens. A faixa etária com maior número 37% (72/195) foi a de 5 a 14 anos e 70,8% (138/195) tinham entre cinco e 35 anos, sendo a maioria 76,1% (148/195) procedente de Belém e 91,3% (148/195) da região metropolitana. A convivência com o caso índice mostrou ser predominantemente intradomiciliar 95% (185/195) e os mais envolvidos foram os filhos 38,9% (76/195) e os irmãos 16,4% (32/195). Os contatos residiam em casas com até quatro cômodos 69,7% (122/175), com média de 3,2 e o número de pessoas por domicílio com média de 5,4, porém 67% (128/191) habitavam casas com três a seis indivíduos e 25,6% (49/191) com sete ou mais pessoas. A desnutrição em algum grau foi observada em 38,3% (46/120) dos contatos, dos quais 19,2% (23/120) apresentavam desnutrição grau III. A imunização com o BCG ID foi observada em 67,2% (131/195). A presença de co-morbidade foi de 4,6% (9/195) e a asma foi a mais frequente com 2,1% (4/195). Reações adversas leves à isoniazida foram informadas por 4 pessoas. O uso da medicação pelo tempo preconizado de seis meses foi 86,2% (168/195) e nenhuma variável interferiu no abandono. O acompanhamento pós-fase medicamentosa foi alcançado por 64,3% (108/195) dos que concluíram o tratamentopreventivo. Houve falência do tratamento de 1%, sendo que dois contatos que haviam completado o tratamento de seis meses adoeceram após a terapia preventiva, um deles com TBMR. O tratamento preventivo para os contatos de doentes de TBMR precisa ser continuado e a isoniazida pode ser uma opção, não a única, mas até o momento a mais factível.
  • SUENNY LEAL MELO
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE BELÉM – PARÁ – BRASIL, NO PERÍODO DE 2008 – 2010

  • Data: 31/10/2012
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  • A hanseníase é uma doença infecciosa que, se não tratada, pode levar a incapacidades e deformidades físicas. Sua distribuição não ocorre de maneira uniforme pelo espaço, manifestando maior concentração em áreas com maior número de pessoas por domicílio, de modo que, o conhecimento de seu comportamento espacial torna-se crucial na formulação de estratégias, visando a sua eliminação. Este foi um estudo ecológico, retrospectivo, que teve como objetivo descrever as questões epidemiológicas da distribuição espacial de casos de hanseníase no município de Belém, no período de 2008 a 2010. Os dados da amostra foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em Belém, bem como as informações da população foram prestadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (censo de 2010) e do site do DATASUS. Nos 71 bairros de Belém, foram relatados 1.024 pacientes no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2010, entretanto em 14 bairros de Belém não houve notificação de nenhum paciente. A maioria dos casos da doença se manifestou nos bairros e distritos administrativos mais populosos. A taxa de detecção geral do município de Belém expressou ser de "hiperendemicidade". Houve diferenças na taxa de detecção anual geral por distrito administrativo no decorrer do período estudado. A maioria dos casos era do sexo masculino e a análise de correspondência evidenciou que estes foram associados com o grupo multibacilar, enquanto que o sexo feminino foi associado ao grupo paucibacilar com 100% de confiabilidade. Além disso, o sexo masculino foi predominante em sete distritos administrativos, exceto o DAICO, no qual a maioria era do sexo feminino. Em relação à classificação operacional, a maioria dos casos era de multibacilares e estavam mais concentrados no bairro do Guamá (7,24%). A análise da relação entre o número de nervos acometidos e as formas clínicas, no momento do diagnóstico, mostrou discordância com a literatura. Concluiu-se que os serviços de saúde não foram capazes de detectar precocemente todos os casos na área, o que ajuda a manter a cadeia de transmissão da doença na cidade de Belém.

  • LILIAN CRISTINA MACEDO
  • Helmintofauna de Ameiva Ameiva (Linnaeus, 1758) (Squamata:Teiidae): Estudo em Espécimes de Hospedeiros Preservados em Coleção Científica do Museu Paraense Emílio Goeldi.
  • Data: 18/10/2012
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  • O Brasil abriga em seus biomas cerca de 20% da biodiversidade do planeta, algo em torno de 210 mil espécies e somente 1% do acervo biológico científico do mundo. O Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado na Amazônia brasileira, é uma das poucas instituições no país, que abriga a maioria do acervo biológico brasileiro. As Coleções Herpetológicas, assim como as demais coleções biológicas, são fontes inesgotáveis, de informação sobre a biologia dos espécimes de anfíbios, serpentes e lagartos ali depositados; entretanto, os parasitos - preservados juntos com seus hospedeiros - são colocados em segundo plano nestas coleções, negligenciando-se o fato de que estes também compreendem fonte disponível de investigação e biodiversidade ainda não abordada. Os hospedeiros deste estudo são da Família Teiidae, gênero Ameiva, de distribuição no Novo Mundo. De 35 espécies neste gênero, apenas seis ocorrem na América do Sul e somente A. ameiva é conhecida para o Bioma Amazônico brasileiro. Neste encadeamento de fatos realizaram-se estudos taxônomicos de helmintos de A. ameiva, de espécimes preservados na Coleção Herpetológica “Osvaldo Rodrigues da Cunha” do Museu Paraense Emílio Goeldi, provenientes da Reserva Ecológica de Caxiuanã, Municípios de Melgaço e Portel, noroeste do Estado do Pará. Quinze exemplares foram utilizados (dez machos e cinco fêmeas). Todos se apresentavam parasitados por helmintos em um ou mais sítios compreendidos pelo estômago, intestinos (delgado e grosso) e mesentério. Os parasitos foram processados e analisados para microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura, para estudos morfológicos e morfométricos. Foram encontrados helmintos representantes do Filo Acanthocephala e Filo Nematoda. O Filo Acanthocephala estava representado por formas larvares de helmintos encistados no mesentério e com características da Família Oligacanthorhynchidae. Pertencentes ao Filo Nematoda, foram encontrados helmintos adultos (machos e fêmeas) de duas espécies dos gêneros Spinicauda (Heterakidae) e Physaloptera (Physalopteridae). Animais de Coleções Científicas são úteis para a realização de estudos sobre a helmintofauna gastrintestinal de lagartos como A. ameiva, por possibilitar o conhecimento de uma diversidade em potencial de helmintos e ainda por diminuir o número de hospedeiros sacrificados para estudos dessa natureza. Permite também a confiabilidade de dados como: identificação de espécies, dados sobre a biologia do hospedeiro e propostas sobre a interação destes com o meio ambiente.

  • SCHIRLEY DIAS DOS SANTOS
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR E PERFIL DE SUSCETIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE Escherichia coli DIARREIOGENICAS ISOLADAS DE ANIMAIS SILVESTRES CAPTURADOS NOS MUNICIPIOS DE MARABÁ, PARAUAPEBAS E CANNÃ DOS CARAJÁS, ESTADO DO PARÁ, BRASIL.

  • Data: 05/10/2012
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  • A Escherichia coli comensal, constitui a microbiota intestinal de seres humanos e animais homeotérmicos logo após o nascimento. Porém, essa espécie apresenta risco em potencial na transmissão quando detectado patótipos diarreiogênicos, responsáveis por enfermidades intestinais no homem. As Escherichia coli compreendem um grande número de sorotipos, e cinco patotipos (EPEC, STEC, ETEC, EIEC, EAEC) são associados à infecção intestinal, denominados de E.coli diarreiogênicas (ECD), sendo que a maioria deles tem como reservatório o homem, entretanto alguns sorotipos têm sido encontrados em animais. Objetivo: Identificar reservatórios de E.coli (especialmente ECD) em animais silvestres; detectar a presença de genes (eae, bfpA, stx, elt, est, ipaH e aggR) que codificam os fatores de virulência nas E. coli isoladas de animais silvestres, descrever os modelos de resistência a antimicrobianos das Escherichia coli diarreiogênicas e descrever a ocorrência de clones de Escherichia coli diarreiogênicas isoladas de animais silvestres e compará-los os perfis genotípicos dos isolados nas três áreas de estudo detectadas em três municípios: Marabá-PA (Flona do Tapirapé-Aquiri), Parauapebas-PA (Parque Zoobotânico / Flona Carajás, APA do Gelado, Manganês do Azul) e Canaã dos Carajás-PA (Serra Sul). Material e Métodos: No período de março de 2008 a dezembro de 2009, foram capturados 260 animais silvestres e identificados 630 amostras de E. coli, e colhidos swab retais ou porções dos intestinos delgado e grosso, fígado, baço e nódulos linfáticos mesentéricos. A suspensão das fezes ou do “pool” de órgãos foi semeada em meios seletivos indicadores e enriquecimento e incubados a 35 ºC por 24h. A caracterização bioquímica das amostras foi avaliada pelo sistema automatizado VITEK® 2 Compact (bioMérieux), das quais foram procedidas a extração do DNA por fervura e congelamento, seguida da PCR multiplex, contendo um conjunto de sete pares de iniciadores (EAE 1 e 2, BFP 1 e 2, STX1/2 F e R, ELT 1 e 2, EST 1 e 2, IPAH 1 e 2, AGGR 1 e 2), controles positivos (EPEC E2348/69, EHEC EDL 931, ETEC H10407, EIEC EC 299/07, EAEC 042), controle negativo (E. coli K12 DH5α) e eletroforese em gel de agarose a 2% em Tampão tris-borato-EDTA, posterior ao resultado foi realizado o perfil de suscetibilidade a antimicrobianos e Eletroforese em Gel de Campo Pulsado - PFGE   Resultados: Identificaram-se 630 amostras de E. coli de 260 animais silvestres distribuídos entre Roedor (71,1%): com destaque nas espécies Proechimys guyannensis, Neacomys guianae, Oryzomys capito, Oxymycterus sp, Oligoryzomys sp; Ave (12,7%): Sclerurus mexicanus, Arremon taciturnus, Dendrocincla merula, Conopophaga aurita, Turdus fumigatus, Galbula cyanicollis,Marsupial (12,1%): Monodelphis emiliae, Marmosa murina; Réptil (2,7%): Tupinambis nigropunctatus, Ameiva ameiva; Quelônio (1,1%): Chelonoidis carbonaria e Lagomorfo (0,3%): Sylvilagus brasiliensis. Dos 630 isolados de E. coli foram identificados 9 E. coli enteropatogenica-EPEC, a qual, essas 9 amostras foram submetidas  ao perfil de suscetibilidade a antimicrobianos pelo sistema automatizado VITEK® 2 Compact (bioMérieux) apresentando em todas as amostras sensíbilidade aos antimicrobianos e o resultado da Eletroforese em Gel de Campo Pulsado – PFGE esta em fase de avaliação Conclusão: Os animais silvestres constituem importantes reservatórios de E. coli diarriogênicas.

  • JURUPYTAN VIANA DA SILVA
  • HELMINTOFAUNA DO SISTEMA DIGESTIVO DE Tropidurus oreadicus, Rodrigues, 1987(Squamata : Tropiduridae) DE BELÉM-PA

  • Data: 05/10/2012
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  • Os helmintos são parasitos de uma ampla variedade de lagartos, entre eles a espécie Tropidurus oreadicus, um lagarto de pequeno porte com hábito diurno que habita frestas de rochas, caracterizado por não possuir bolsa acariana e lados do pescoço com escamas carenadas e imbricadas. Estudos sobre a taxonomia de helmintos são importantes não apenas para a saúde humana, mas para a compreensão da evolução do parasitismo entre grupos hospedeiros através da biologia parasitária, no entanto, poucos são os estudos da helmintofauna de lagartos. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a taxonomia de helmintos parasitos do tubo digestivo e glândulas anexas de Tropidurus oreadicus provenientes de Belém-Pa e da coleção herpetológica do Museu Paraense Emilio Goeldi através da microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Neste estudo foram encontrados helmintos em todos os hospedeiros analisados. Entre os lagartos coletados no município de Belém, no filo Plathyhelmintes, a classe Trematoda está representada por parasitos do gênero Paradistomum sendo observada uma prevalência de 100% de indivíduos parasitados que foram encontrados na vesícula biliar. O filo Nematoda está representado pelos gêneros Physaloptera, Strongyluris e Parapharyngodon sendo observadas 35%, 85% e 80% de prevalência respectivamente, sendo que o gênero Physaloptera foi encontrado parasitando o estômago e os gêneros Strongyluris e Parapharyngodon foram encontrados no intestino delgado e intestino grosso respectivamente. Entre os hospedeiros provenientes da coleção herpetológica do Museu Paraense Emilio Goeldi foram encontrados parasitos do filo Nematoda do gênero Physaloptera parasitando o estômago com uma prevalência de 50%, o gênero Strongyluris foi encontrado em 90% dos hospedeiros, parasitando o intestino delgado e o gênero Parapharyngodon foi encontrado em 70% dos hospedeiros, parasitando o intestino grosso. Assim, este trabalho contribui para o conhecimento da biodiversidade de helmintos na Amazônia.

  • CARLA MERCIA SOUZA DACIER LOBATO
  • PREVALÊNCIA, PERFIL DE RESISTÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE Streptococcus pneumoniae ISOLADO DE NASOFARINGE DE IDOSOS DA COMUNIDADE E INSTITUCIONALIZADOS

     

  • Data: 20/09/2012
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  • O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) se constitui em um agente potencialmente
    patogênico que pode viver no nasofaringe, de forma assintomática ou causar infecções
    invasivas e não invasivas no homem. Está associado a uma elevada taxa de morbimortalidade,
    sobretudo nos dois extremos da vida. Baixas taxas de colonização têm sido
    relatadas em adultos e apenas dados dispersos estão disponíveis para idosos. A ausência de
    publicações na literatura nacional, fez com que o objetivo deste trabalho, fosse analisar a
    prevalência, o perfil de resistência e a identificação molecular de Streptococcus pneumoniae,
    isolado do nasofaringe de idosos da comunidade e institucionalizados no município de Belém.
    Foi realizado um estudo transversal, de coleta prospectiva, constituído de idosos
    assintomáticos quanto à infecção respiratória, divididos em dois grupos: idosos oriundos da
    comunidade e idosos institucionalizados. Foram coletados 264 amostras através de swab de
    nasofaringe, sendo que 214 pertenciam a idosos da comunidade e 50 de idosos residentes em
    asilos. As amostras foram processadas de acordo com as técnicas recomendadas pelo Centers
    for Desease Control and Prevention (CDC), através do Protocolo Laboratorial para
    Streptococcus, 2010. O perfil de sensibilidade foi realizado através do disco de difusão para
    oxacilina, levofloxacina, sulfametoxazol-trimetoprim, clorafenicol, tetraciclina e
    vancomicina, com posterior microdiluição em caldo para penicilina para cepas resistentes à
    oxacilina. As amostras foram ainda submetidas à identificação molecular, pela técnica de
    polimerase em cadeia. Dos 264 idosos estudados, foram obtidas 18 amostras positivas (6,8%)
    para S. pneumoniae, sendo todos isolados em nasofaringe de pacientes oriundos da
    comunidade (8,4%), dentre os quais 42% apresentavam doença pulmonar obstrutiva crônica
    como doença de base, e nenhum isolamento para idosos institucionalizados. Indivíduos
    institucionalizados mostravam-se significativamente mais idosos que os oriundos da
    comunidade, sendo cerca de 64% dos idosos distribuídos na faixa etária acima de 81 anos de
    idade. A média de idade dos idosos da comunidade foi de 62,9 anos. Os idosos asilares não
    haviam recebido doses regulares da imunização para Influenza, com um percentual de 20%,
    sendo significativamente maior quando comparado com idosos ambulatoriais (p=0,0002). A
    frequência de episódios de infecção respiratória alta ou baixa nos últimos 30 dias foi maior
    entre os idosos da comunidade, quando comparada aos de idosos procedentes da instituição
    asilar (p=0,0038 ep=0,013, respectivamente). Oito amostras foram submetidas à identificação
    molecular, pela técnica de polimerase em cadeia, PCR, com três amostras não amplificando
    para o fragmento de gene Spn 9802. A avaliação das amostras quanto à suscetibilidade a
    antibióticos demonstrou resistência de 37,5% à oxacilina, com 100% sensíveis a vancomicina
    e levofloxacina. O método de microdiluição em caldo confirmou resistência plena à penicilina
    em 25% das cepas. Conclui-se que a prevalência de colonização por Streptococcus
    pneumoniae em idosos foi baixa, mas não insignificante semelhante a estudos em outros
    países, sendo maior em indivíduos oriundos da comunidade, sendo estes mais jovens, com
    infecções respiratórias mais frequentes nos últimos 30 dias precedendo a coleta do
    nasofaringe, quando comparado a idosos institucionalizados. A presença de resistência à
    penicilina entre cepas colonizantes impõe um melhor controle de uso de antimicrobianos na
    comunidade. A avaliação de fatores de risco e otimização de métodos de detecção de
    colonização nasofaringeana em pessoas idosas, necessita de estudos mais aprofundados.
    Palavras-chave: Streptococcus pneumoniae, colonização nasofaringeana, idosos.
    O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) se constitui em um agente potencialmentepatogênico que pode viver no nasofaringe, de forma assintomática ou causar infecçõesinvasivas e não invasivas no homem. Está associado a uma elevada taxa de morbimortalidade,sobretudo nos dois extremos da vida. Baixas taxas de colonização têm sidorelatadas em adultos e apenas dados dispersos estão disponíveis para idosos. A ausência depublicações na literatura nacional, fez com que o objetivo deste trabalho, fosse analisar aprevalência, o perfil de resistência e a identificação molecular de Streptococcus pneumoniae,isolado do nasofaringe de idosos da comunidade e institucionalizados no município de Belém.Foi realizado um estudo transversal, de coleta prospectiva, constituído de idososassintomáticos quanto à infecção respiratória, divididos em dois grupos: idosos oriundos dacomunidade e idosos institucionalizados. Foram coletados 264 amostras através de swab denasofaringe, sendo que 214 pertenciam a idosos da comunidade e 50 de idosos residentes emasilos. As amostras foram processadas de acordo com as técnicas recomendadas pelo Centersfor Desease Control and Prevention (CDC), através do Protocolo Laboratorial paraStreptococcus, 2010. O perfil de sensibilidade foi realizado através do disco de difusão paraoxacilina, levofloxacina, sulfametoxazol-trimetoprim, clorafenicol, tetraciclina evancomicina, com posterior microdiluição em caldo para penicilina para cepas resistentes àoxacilina. As amostras foram ainda submetidas à identificação molecular, pela técnica depolimerase em cadeia. Dos 264 idosos estudados, foram obtidas 18 amostras positivas (6,8%)para S. pneumoniae, sendo todos isolados em nasofaringe de pacientes oriundos dacomunidade (8,4%), dentre os quais 42% apresentavam doença pulmonar obstrutiva crônicacomo doença de base, e nenhum isolamento para idosos institucionalizados. Indivíduosinstitucionalizados mostravam-se significativamente mais idosos que os oriundos dacomunidade, sendo cerca de 64% dos idosos distribuídos na faixa etária acima de 81 anos deidade. A média de idade dos idosos da comunidade foi de 62,9 anos. Os idosos asilares nãohaviam recebido doses regulares da imunização para Influenza, com um percentual de 20%,sendo significativamente maior quando comparado com idosos ambulatoriais (p=0,0002). Afrequência de episódios de infecção respiratória alta ou baixa nos últimos 30 dias foi maiorentre os idosos da comunidade, quando comparada aos de idosos procedentes da instituiçãoasilar (p=0,0038 ep=0,013, respectivamente). Oito amostras foram submetidas à identificaçãomolecular, pela técnica de polimerase em cadeia, PCR, com três amostras não amplificandopara o fragmento de gene Spn 9802. A avaliação das amostras quanto à suscetibilidade aantibióticos demonstrou resistência de 37,5% à oxacilina, com 100% sensíveis a vancomicinae levofloxacina. O método de microdiluição em caldo confirmou resistência plena à penicilinaem 25% das cepas. Conclui-se que a prevalência de colonização por Streptococcuspneumoniae em idosos foi baixa, mas não insignificante semelhante a estudos em outrospaíses, sendo maior em indivíduos oriundos da comunidade, sendo estes mais jovens, cominfecções respiratórias mais frequentes nos últimos 30 dias precedendo a coleta donasofaringe, quando comparado a idosos institucionalizados. A presença de resistência àpenicilina entre cepas colonizantes impõe um melhor controle de uso de antimicrobianos nacomunidade. A avaliação de fatores de risco e otimização de métodos de detecção decolonização nasofaringeana em pessoas idosas, necessita de estudos mais aprofundados.

  • VALDIRA CARDOSO SANTOS
  • Perfil Epidemiológico dos Casos de Leishmaniose Visceral diagnosticados pelo Laboratório Central do Pará, no ano de 2010.

  • Data: 12/09/2012
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  • Introdução: As leishmanioses são doenças endêmicas graves que existem há muito tempo. Devido sua distribuição em vários países, hoje estão inseridas nas dez endemias mundiais prioritárias da Organização Mundial de Saúde. Em todo mundo, estima-se que 0,5 milhão casos novos de leishmaniose visceral surjam a cada ano e que a mortalidade global anual causada pela doença alcance 59.000 óbitos. No Brasil de acordo com os estudos revisados já foram encontrados casos autóctones de LV em 19 dos 27 estados brasileiros sendo, portanto, considerada uma doença reemergente em expansão no país. Objetivos: Conhecer as características socioeconômicas e epidemiológicas dos pacientes com Leishmaniose Visceral diagnosticada pelo Laboratório Central do Pará (LACEN-PA), no ano de 2010. Métodos: Para descrever o perfil epidemiológico dos casos positivos de Leishmaniose visceral diagnosticado pelo LACEN-PA, realizou-se um estudo descritivo transversal baseado na análise sistemática das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), recebidas pelo Laboratório Central do Pará no ano de 2010. Neste estudo foram analisadas 364 fichas do SINAN com resultados positivos. Resultados: A reação de imunofluorescência indireta (RIFI) foi o método de escolha para o diagnóstico dos exames (100%), o sexo masculino foi o mais afetado no estudo (58,5%), a média das idades para o sexo feminino foi de 9,9 enquanto para o sexo masculino foi de 15,1; ocorreu variabilidade significativa entre as idades dos pacientes do sexo masculino em relação ao sexo feminino (p=0,003) A população do estudo apresentou baixo grau de instrução, uma vez que, 42,1% dos investigados com 12 a 21 anos de idade, possuíam ensino fundamental incompleto, 9,9% possuíam ensino fundamental completo, e 9,9% ensino médio completo. Quanto aos sinais e sintomas, a febre foi o achado mais frequente entre os sexos (90,7%) e as manifestações como fraqueza (p=0,04), esplenomegalia (p=0,004), hepatomegalia (p=0,04), edema (p=0,01) e icterícia (p=0,01), foram significativamente mais prevalentes nas crianças em relação aos adultos. Conclusão: Na coleta de dados deste estudo houve algumas falhas por falta de dados não informados ou coletados de maneira incorreta. Faz-se, portanto, necessário à adoção de estratégias para a conscientização dos profissionais da saúde quanto à importância do correto preenchimento do sistema de informação e notificação de agravos (SINAN). No que se refere ao controle da doença, sugere-se a adoção de medidas preventivas, medidas de controle e educativas que de fato contribuam para eliminar a transmissão e impedir a ocorrência de novas epidemias.

  • NATALICE ANDRADE DA SILVA
  • EPIDEMIOLOGIA DA MALÁRIA EM CINCO MUNICÍPIOS DO NORDESTE PARAENSE

  • Data: 28/08/2012
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  • A malária humana é uma doença parasitária provocada por protozoários do gênero Plasmodium, a qual representa um grave problema mundial de saúde pública.  No Brasil, concentra quase a totalidade dos casos na Amazônia Legal. O presente trabalho propôs investigar as características epidemiológicas dos casos de malária autóctone em cinco municípios do nordeste paraense (Baião, Cametá, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba e Oeiras do Pará), de 2008 a 2010. Para isso, utilizou-se um estudo descritivo, transversal, no qual foram utilizados registros de casos de malária entre 2008 e 2010 obtidos da base de dados informatizada do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – Notificação de Casos de Malária (SIVEP- Malária), gerenciado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), sendo os resultados submetidos à análise estatística. No período de 2008 a 2010 foram notificados no estado do Pará 299068 casos de malária autóctone. Os municípios de estudo foram responsáveis por 25043 (8,4%) casos registrados nos três anos. Ao considerar o Índice Parasitário Anual (IPA) individualmente notou-se um aumento deste em Oeiras do Pará no ano de 2010 (IPA: 498,8), classificando este município como de alto risco de transmissão. As principais características epidemiológicas dos casos autóctones nos cinco municípios foram: homens (59,2%) de 20 a 29 anos (19,1%); de um a três anos de estudo (37,6%); tendo como principal nos últimos 15 dias, a agricultura (35,6%), domésticas (8,7%), caça e pesca (6,5%); sintomáticos (99,7%); infectados por P. vivax (96,4%); notificados por busca passiva (83,8%); procedentes da zona rural (81,7%) e distribuídos variando de mês em mês e de ano em ano sem que se possa evidenciar um padrão determinado nos municípios. Alguns campos das fichas de notificação encontravam-se sem preenchimento, dificultando a análise.  Apesar das limitações encontradas em um estudo baseado em dados secundários, foram identificadas características da malária no nordeste paraense, uma região de aumento do número de casos nos três anos de estudo (2008, 2009 e 2010). Contudo, há necessidade de conhecer a distribuição geográfica e temporal dos casos de malária em termos de as características de vetores, hospedeiros e meio ambiente, que requerem dados adicionais e trabalhos futuros

  • JOACELI PIRES PANTOJA
  • Perfil epidemiológico de doadores de sangue com marcadores sorológicos para hepatite B na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará.

  • Data: 28/08/2012
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  • O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil epidemiológico dos doadores de sangue com marcadores sorológicos para a hepatite B na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA), estimar a prevalência de marcadores sorológicos na população de doadores de sangue, comparar a ocorrência de marcadores sorológicos entre doadores iniciais e de repetição, conhecer os principais fatores de risco e verificar sua relação com os resultados dos testes sorológicos. A prevalência total de marcadores para o VHB foi de 1,3%, com 1,2% para o anti-HBc total, 0,04% para o HBsAg e 0,06% para a detecção da associação de anti-HBc e HBsAg. A maioria dos doadores de sangue participante do estudo era do sexo masculino. Não foi observada diferença estatística significativa de resultado positivo em relação ao sexo e estado civil. A análise estatística mostrou diferença significativa, revelando que a soropositividade entre doadores de sangue depende do nível de escolaridade, renda familiar, maior média de idade, ausência de vacinação para a hepatite B e doação inicial. Na análise multivariada, os marcadores sorológicos para a hepatite B foram associados com as seguintes variáveis: idade, transfusão sanguínea antes de 1993, tatuagem sem material estéril/descartável, uso compartilhado de material de manicure/pedicure, tratamento dentário invasivo, três ou mais parceiros sexuais em 12 meses e homem que relatou ter feito ou não sexo com homem. Conclui-se que esses fatores são significativos para a transmissão do VHB. Estes achados poderão propiciar estratégias de redução da hepatite B transfusional.

  • AMANDA KAROLINE PEREIRA DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DO PPARy EM CAMUNDONGOS INFECTADOS PELO Plasmodium berghei: CORRELAÇÃO COM O EXTRESSE OXIDATIVO E SÍNTESE DE ÓXIDO NÍTRICO
  • Data: 23/08/2012
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  • Alguns micronutrientes provavelmente constituem-se fatores chaves na melhora do estado oxidativo (com redução do desequilíbrio entre fatores pró-oxidantes e antioxidantes), o que trás como consequência uma melhora no metabolismo geral do organismo. Ainda não há um consenso entre os diversos autores que estudam o impacto da suplementação com micronutrientes no curso da infecção pelo HIV, no tratamento com os antirretrovirais, bem como seus efeitos sobre o estresse oxidativo e os distúrbios metabólicos (com ênfase para os fatores relacionados com a lipodistrofia) que estes pacientes apresentam, sendo necessárias mais pesquisas para elucidar estas teorias. Desta forma, é muito provável que a suplementação com A. sylvaticus associada à terapia antirretroviral possa trazer consigo uma diminuição do estresse oxidativo, com consequente melhoria dos distúrbios lipídicos e da condição clínica nesses indivíduos. Assim, este estudo torna-se importante pela tentativa de estabelecer novas estratégias de tratamento que tragam aos portadores do HIV uma significativa melhora na qualidade de vida.
  • FELIPE BONFIM FREITAS
  • PERFIL GENÉTICO DE CITOCINAS PRÓ E ANTI- INFLAMATÓRIAS EM PACIENTES PORTADORES DA INFECÇÃO PELO HIV- 1
  • Data: 23/08/2012
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  • No presente estudo foram investigadas as frequências dos polimorfismos IFNG+874T, TNFA-308A, IL6-174C, IL10-1082G e TGFB-509T em um grupo de 216 indivíduos infectados com HIV-1 e 294 controles soronegativos, com o objetivo de avaliar uma possível associação da infecção pelo HIV-1 com estes polimorfismos. A identificação dos alelos foi realizada por meio da reação em cadeia mediada pela polimerase e posterior análise de fragmentos de restrição por digestão enzimática (PCR-RFLP). As análises das frequências alélicas e genotípicas mostraram que o alelo IFNG+874A e o genótipo IFNG+874AA apresentaram frequências maiores no grupo soropositivo (75% e 51%, respectivamente). O agrupamento dos genótipos IL6-174CC e TGFB-509TT/TC mostrou frequências maiores no grupo controle (12%), enquanto que o agrupamento IFNG+874AA e TGFB-509CC foi mais frequente nos indivíduos infectados (51%), diferenças estas que foram estatisticamente significativas (p<0.05). Indivíduos que tinham o genótipo IFNG+874TT apresentaram níveis significativamente maiores de linfócitos TCD4+ comparados com o genótipo AT (p=0.0246) e AA (p=0.0498). A frequência do genótipo TGFB-509TT foi significativamente maior nos indivíduos que possuíam valores detectáveis de carga viral quando comparado com aqueles que tinham níveis indetectáveis (p= 0.0457). Nenhuma correlação significativa foi encontrada na análise das outras citocinas utilizadas neste estudo. Sendo assim, pode-se sugerir que a presença do alelo IFNG+874A e do genótipo IFNG+874AA, além dos agrupamentos citados acima estariam associados com maior suscetibilidade ou resistência a infecção pelo HIV-1. Somado a isso, os resultados sugerem que os genótipos TGFB-509TT e IFNG+874TT poderiam estar associados aos marcadores de progressão da doença. Dessa forma, conclui-se que os perfis genéticos de citocinas Th1 e Th2 poderiam influenciar diretamente na aquisição da infecção pelo HIV-1, modulando diversos perfis da resposta imune entre diferentes indivíduos e populações, e consequentemente, alterando a patogênese da infecção.
  • MAXWELL FURTADO DE LIMA
  • INVESTIGAÇÃO ECOEPIDEMIOLOGICA SOBRE CIRCULAÇÃO DE ARBOVIRUS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO JURUTI, DE 2007 A 2010
  • Data: 20/08/2012
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  • Este estudo teve como objetivo, avaliar os aspectos ecoepidemiológicos e a diversidade da fauna de insetos hematófagos na dispersão dos arbovírus, assim como dos vertebrados silvestres que servem de hospedeiros para esses agentes virais na área de influência do projeto Juruti, situado no município de Juruti, Estado do Pará, Brasil, no período de 2007 a 2010. Foram realizadas seis viagens para estudos, tendo sido capturados e identificados 349 vertebrados silvestres, destes 47 mamíferos distribuídos em 17 espécies e um réptil. Sendo as ordens Didelphimorphia e Chiroptera as mais prevalentes, e foram detectados anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) para Flavivirus e Phlebovirus em nove mamíferos. E foram capturadas 301 aves distribuídas em 90 espécies, sendo a mais prevalente a Glyphorhynchus (S.) spirurus com 25 exemplares (8,3%), seguida da Dendrocincla (F.) fuliginosa com 20 exemplares (6,6%), e da Phlegopsis (N.) paraensis com 17 (5,6%) sendo detectados anticorpos para arbovírus em 24 soros/plasmas. Também foram obtidos 12.557 insetos hematófagos por atração humana protegida e armadilhas luminosas tipo CDC, identificados a maioria dos espécimes até o nível de espécie. No geral a família Ceratopogonidae foi a mais prevalente com 7.529 (59,96 %), seguido das famílias Culicidae com 2.908 (23,16%) e Psychodidae com 2.120 (16,88%) exemplares. Dentre os culicídeos com 48 espécies, mostrou que as espécies Haemagogus janthinomys (218; 7,5%), Culex coronator (155; 5,33%) e Culex quinquefasciatus (102; 3,51%) foram as mais prevalentes. No tocante aos humanos, foram analisadas 2.745 amostras de sangue de residentes e de trabalhadores do projeto Juruti, sendo cinco (0,18%) casos febris agudos, e 2.740 (99,82%) de pessoas sem doença. Dessas, 1.160 (42%) apresentaram anticorpos para um ou mais arbovírus, enquanto que 58% foram negativos. Obteve-se 1.908 (69,50%) anticorpos IH para os arbovírus mais prevalentes em humanos e animais, sendo o gênero Flavivírus mais prevalente. Foi isolado de humanos febris em células C6/36 um Vírus Dengue 1 e três de Dengue 2. Os insetos, fragmentos de vísceras de animais, e sangue/soro inoculados em camundongos para tentativas de isolamento viral foram negativos. Em conclusão os sorotipos Dengue 1 e Dengue 2, circularam na área de influência do projeto Juruti, e existem indícios sorológicos que sugerem a ocorrência de outras arboviroses como dos Vírus Mayaro e Oropouche.
  • ADEMIR DE JESUS GARCIA SILVA
  • DERMATOFITOSES E SEUS AGENTES ETIOLÓGICOS EM PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE DERMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA), NO PERÍODO DE JUNHO DE 2010 A DEZEMBRO DE 2011.

  • Data: 07/08/2012
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  • As dermatofitoses são infecções da pele mais comuns no mundo e são causadas por fungos denominados dermatófitos. Sua ocorrência é universal, com maior prevalência em regiões de clima quente e úmido, causando relevante problema de saúde pública. Os dermatófitos são fungos queratinofílicos, que tem a capacidade de invadir tecidos queratinizados (pele, pelos e unhas) dos homens e animais. São constituídos por três gêneros: Epidermophyton, Trichophyton e Microsporum. As espécies de dermatófitos são classificadas em zoofílicas, geofílicas e antropofílicas, dependendo de seu habitat primário em animais, solo ou humanos, respectivamente. Este estudo teve como objetivo Investigar a frequência das infecções dermatofíticas e relacionar com os seus respectivos agentes etiológicos, em pacientes atendidos no Serviço de Dermatologia da UFPA no período, junho de 2010 a dezembro de 2011. As dermatofitoses foram diagnosticadas através do exame micológico direto usando clarificador KOH 20% + DMSO. Os isolamentos foram feitos em meio de cultura Ágar-Sabouraud e BHI. O Ágar Batata foi utilizado para a análise da colônia e microscopia das estruturas dos dermatófitos, segundo a técnica de Riddell. De um universo de 629 exames micológicos, 192 exames foram investigados com suspeita clínica de dermatofitose. Contudo, 39 (20,31%) pacientes foram diagnosticados com dermatofitoses. A espécie mais isolada foi T. tonsurans, seguido de T. rubrum, M. canis, M. gypseum, T. matagrophytes e E.floccosum.

  • WANDYRA ARAUJO BARROS
  • Tendência histórica da Tuberculose Multirresistente no Programa de Assistência do Hospital Universitário João de Barros Barreto

  • Data: 02/08/2012
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  • A tuberculose multirresistente (TBMR) é uma ameaça ao controle da tuberculose em todo o mundo, pois o uso indiscriminado dos medicamentos tem selecionado cepas do M. tuberculosis com resistência a alguns antibióticos. O custo do tratamento para TBMR é elevado, complexo, requer associação de pelo menos quatro fármacos e tempo prolongado de uso. No presente projeto, foram arrolados 312 indivíduos atendidos no Programa de Assistência a Portadores de Tuberculose Multirresistente, do Hospital Universitário João de Barros Barreto – HUJBB/Pará, no período de 1995 a 2009 que tiveram diagnóstico de tuberculose multirresistente - TBMR, confirmado através da realização do teste de sensibilidade, pelo método das proporções em meio Löwenstein-Jensen. Os dados foram coletados no Sistema Informatizado da TBMR e nos prontuários dos pacientes e mostraram que a média da proporção de casos de TBMR e dos casos de TB no Pará, foi de 0,55%. A frequência de TBMR no Estado do Pará mostrou crescimento no número de casos notificados até 2000, com estabilização até 2004, seguido de discreto aumento. O perfil dos pacientes acompanhados evidenciou que a maioria era procedente de Belém, tinha de seis meses a três anos de adoecimento, idade entre 21 a 50 anos, pertencentes ao sexo masculino, com quatro a sete anos de estudo, a maioria se encontrava desempregada, havia realizado dois ou mais tratamentos para tuberculose, portanto, com resistência secundária a três ou mais fármacos e residiam em casa de um a quatro cômodos, com cinco ou mais pessoas. As co-morbidades mais frequentes foram, o diabetes melittus, o alcoolismo e as drogas ilícitas. A forma clínica mais comum foi a pulmonar, com comprometimento bilateral cavitário. Os desfechos do tratamento mostraram que a maioria recebeu alta por cura (73,1%), a falência e o óbito por TB foi de 8,3% e 8,0% respectivamente. O abandono foi baixo (5,4%) e o óbito por outra causa foi de 3,8%. A incidência de TBMR no Pará aumentou a partir de 2002, foi mais frequente entre homens jovens. Os desfechos por cura e abandono foram compatíveis com a média nacional e a falência e o óbito por TB inferiores.

  • CHARLIANA ARAGAO DAMASCENO
  • ASPECTOS LABORATORIAIS, CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA SÍFILIS MATERNO-FETAL EM PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS.

  • Data: 17/07/2012
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  • Tanto a sífilis materna quanto a congênita são de notificação compulsória no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN) em virtude das elevadas taxas de infecção materna e também da transmissão vertical. Prévios estudos realizados no Brasil revelaram que a prevalência geral de sífilis foi de 0.53%, enquanto entre as puérperas foi de 1.6%. Entre 1998 a 2008 no Brasil foi registrado 46.530 casos de sífilis congênita (SC) em menores de um ano de idade, com registro de aproximadamente 1.189 óbitos. Em virtude da importância epidemiológica da sífilis materno-fetal e das dificuldades no diagnóstico clínico-laboratorial da sífilis congênita, o objetivo deste estudo foi investigar o desfecho da gestação em mulheres com sífilis que foram admitidas ao Centro Obstétrico da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), usando o diagnóstico sorológico, molecular, a imunofluorescência direta em tecido e histopatológico além de avaliar os fatores de risco relacionados a exposição materno-fetal. Este estudo foi realizado nos anos de 2004, 2006-2008, com mulheres admitidas ao parto ou curetagem, sendo os casos classificados como sífilis materna recente e latente, com base no diagnóstico clínico-sorológico. O grupo de estudo e controle foi subdividido em mulheres com desfecho letal (aborto, natimorto e neomorto) e puérperas com nascidos vivos. O DNA total de sangue periférico (mãe e recém-nascido), sangue de cordão umbilical, tecido de placenta e cordão umbilical foi usado na detecção do gene polA pela nested PCR (nPCR). As amostras de soro das mães foram analizadas pelo ELISA IgG, FTA-Abs IgG e IgM, enquanto aquelas dos recém-nascidos foram submetidas a imunoprecipitação do fator reumatoide antes da triagem com os testes treponêmicos (FTA-Abs IgM and Western Blot IgM). A imunofluorescência indireta foi usada para identificar o T. pallidum em tecido de placenta e cordão umbilical, e as alterações histopatológicas foram avaliadas conforme descrito por Russell 1974 e Schwartz 1995. No presente estudo, o diagnostico clinico e sorológico encontrou que a frequência de sífilis maternal foi de aproximadamente 1% (273/30.512), considerando aquelas que tinham nascidos vivos e aquelas com desfecho letal. Os resultados do FTA-Abs IgM e nPCR foram estatisticamente similares no caso da sífilis materna. Para os recém-nascidos, os resultados do FTA-Abs IgM e Western Blot IgM foram similares, porém diferiram daqueles obtidos pela nPCR, que detectou uma grande proporção de casos positivos. A sensibilidade da nPCR na detecção de sífilis maternal e congênita foi 69,7% e 78,6%, respectivamente. Quando as puérperas foram classificadas de acordo com a provável fase de infecção, a razão de detecção pela nPCR foi maior para a sífilis materna recente (79,8%) do que para a fase latente (52,8%). Os ensaios da IF e nPCR mostraram-se semelhantes na detecção do T. pallidum nos tecidos de placenta e cordão umbilical, com uma correlação positiva observada entre a presença da tríade histopatológica para a CS e a identificação desta espiroqueta pela IF e nPCR. Esta espiroqueta foi detectada por estes ensaios na maioria dos casos de perdas fetais (natimortos e neomortos) e entre os recém-nascidos vivos. Nas amostras de sangue, a nPCR foi mais sensível em detectar o treponema em amostras de sangue do recém-nascido e do cordão umbilical.Os casos de sífilis congênita nPCR(+) foram mais frequentes nas mulheres com sífilis recente, mães nPCR(+), e quelas que não tinham recebido tratamento durante o pré-natal. O risco de sífilis materna foi maior se as mulheres não receberam orientação sobre sífilis, iniciaram atividade sexual com £ 16 anos de idade, tinham múltiplos parceiros, usavam drogas, eram de baixa renda familiar e com pobre saneamento, e que tinham uma história de aborto. A nPCR e a IF tiveram um valor adicional, ao diagnóstico sorológico e aos achados histopatológicos, e mostraram-se um ensaio alternativo bastante acurado com possibilidade de tornar-se uma ferramenta acessível para ajudar a complementar o diagnóstico principalmente da CS, contribuindo para a eficácia diagnóstica, terapêutica e auxiliando na vigilância epidemiológica.

  • LUANA ALMEIDA DE SA
  • Níveis plasmáticos de NO em crianças e adolescentes portadores do HIV: correlação com função pulmonar.

  • Data: 09/07/2012
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  • A infecção pelo HIV é marcada pela presença de um estresse oxidativo e este pode exercer também influência sobre a função pulmonar. O radical livre óxido nítrico (NO) desempenha um papel importante na infecção pelo HIV-1 dependendo dos seus níveis de concentração no organismo. Esse papel por vezes é benéfico e outras vezes é prejudicial ao hospedeiro. Entretanto, pela sua função broncodilatadora, o NO pode influenciar alguns indicadores da função pulmonar. Portanto, objetivou-se avaliar os níveis de NO em crianças e adolescentes portadores do vírus HIV-1 e que fazem uso da terapia antirretroviral, correlacionando-o com parâmetros da função pulmonar. Para realizar este estudo, selecionou-se 36 crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos de idade, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: 21 sujeitos HIV positivos e 15 indívíduos hígidos que constituíram o grupo controle. Foram analisados os marcadores do estresse oxidativo (Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico - TBARS e Nitritos e Nitratos - NN) e da capacidade antioxidante equivalente ao Trolox (TEAC) e relacionada ao radical DPPH (DPPH), além da avaliação fisioterapêutica respiratória, realizada por meio dos testes de Pressão Inspiratória Máxima (Pimax), Pressão Expiratória Máxima (Pemax) e Pico de Fluxo Expiratório (PFE). Obtiveram-se valores significantemente elevados de TBARS e NN e diminuídos de TEAC e DPPH nos sujeitos infectados quando comparados aos controles. Os valores de Pimax foram significantemente maiores nos sujeitos infectados enquanto que para os valores de Pemax e PFE não houve diferença significante entre os grupos. Os estudos de correlação sugerem que, apesar dos sujeitos HIV positivos apresentarem níveis de TBARS e NN mais elevados com diminuição dos níveis de TEAC e DPPH, não ocorreram alterações negativas na função respiratória. Assim, os resultados sugerem o envolvimento do estresse oxidativo na infecção pelo HIV, com a participação da síntese de NO, o que leva a capacidade antioxidante reduzida nos sujeitos infectados. Além disso, a maior concentração de NO pode ter levado a uma broncodilatação nos sujeitos infectados, mas não foi possível afirmar que esta alta concentração influencia os parâmetros da função pulmonar.

  • LEA LIMA DOS SANTOS BARROS
  • CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES COM SEPSE NA UTI DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO E ASSOCIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO E MORTALIDADE DOS PACIENTES

  • Data: 06/07/2012
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  • JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: a sepse é um grave problema de saúde pública e representa a principal causa de morte nas UTIs do  mundo todo, estudos mostram que este evento acomete pessoas de todas as faixas etárias  e envolve todos os profissionais da equipe de saúde para o seu controle e redução da mortalidade. Esta pesquisa tem como objetivo identificar a prevalência e mortalidade além de fatores de risco para a ocorrência de sepse com critérios microbiológicos, com classificação em sepse ,  sepse grave e choque séptico, de natureza comunitária e hospitalar em pacientes críticos internados na UTI de um hospital público de ensino, com evolução até a alta ou óbito.

    MATERIAIS E MÉTODOS: foi realizado um estudo observacional descritivo referente ao período de janeiro de 2009 a dezembro de 2010, de casos de sepse através da pesquisa em prontuários junto à Divisão de Arquivos Médicos (DAME) de um hospital público de ensino.

    RESULTADOS: fizeram parte do estudo 212 paciente internados na UTI de um hospital público 

    de ensino onde 181 desenvolveram sepse. Esta pesquisa evidenciou uma elevada mortalidade da sepse na UTI (63%), sendo a mortalidade no choque séptico a mais representativa (53%), seguida da sepse grave (8,3%) e sepse clínica com 1,5% dos óbitos. A aquisição da sepse dentro da UTI  correspondeu a 07% dos casos. Os pacientes em choque séptico também registraram maior média de tempo de internação (13,6) e foram submetidos a maior número de procedimentos invasivos sendo que do total de procedimentos como CVC, 68% foram em pacientes com choque sépticos o que correspondeu a 34% do total de procedimentos realizados, esses pacientes também foram submetidos ao maior número de SV correspondendo  a 69% do total de sondagens e 33% do total de procedimentos e além disso também foram os mais submetidos a VM correspondendo a 78% do total de procedimentos de VM e 29% do total de todos os procedimentos (CVC, SV,VM, TQT).

    CONCLUSÃO: o estudo evidenciou uma elevada mortalidade na sepse na UTI principalmente em choque séptico e também evidenciou que nossos pacientes são mais graves submetidos a um elevado número de procedimentos invasivos, fazem uso de mais de um antimicrobiano e tem maior tempo de internação. Fatores estes que podem colaborar com o risco de desenvolvimento da sepse que na maioria das vezes já interna na UTI em estado grave ou com patologia grave que evolui para o óbito

  • LUCIANA DE CASSIA SILVA DO NASCIMENTO
  • TAXONOMIA E FILOGENIA DE NEMATÓDEOS DO GÊNERO Rhabdias, PARASITOS DE PULMÃO DE ANFÍBIOS DE OITO MUNICÍPIOS DA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL

  • Data: 06/07/2012
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  • Nematódeos do gênero Rhabdias (Família Rhabdiasidae) são parasitos de pulmão e cavidade abdominal de anfíbios e répteis, possuindo no seu ciclo uma fase parasitária hermafrodita e outra de vida livre, dióica. As fêmeas hermafroditas apresentam como características principais: esôfago claviforme, cápsula bucal no formato de taça, anel nervoso localizado próximo ao final do terço anterior do esôfago, abertura oral circular rodeada ou não por lábios e/ou pseudolábios e inflação cuticular. O Brasil é o país que apresenta a maior biodiversidade de anfíbios, entretanto existem poucos dados sobre a fauna helmintológica desses animais. Assim, este trabalho visa avaliar a diversidade morfológica e molecular de nematódeos do gênero Rhabdias parasitos de anfíbios da Amazônia Oriental. Para isto, seis espécies de anfíbios (Phyllomedusa hypochondrialis, Elachistocleis helianeae, Phrynohyas venulosa, Leptodactylus petersii, Leptodactylus macrosternum e Rhinella marina) de diferentes localidades foram analisadas. Após a coleta, foram realizadas as medidas morfométricas, análise por microscopia eletrônica de varredura e histológica, bem como técnicas de biologia molecular e filogenia. Apenas Leptodactylus petersii, Leptodactylus macrosternum e Rhinella marina estavam parasitados por helmintos do gênero Rhabdias. Os espécimes de nematódeos encontrados representam oito espécies novas pertencentes ao gênero Rhabdias, distribuídas da seguinte forma: Rhabdias paraensis, parasito de R. marina, município de Belém; Rhabdias n. sp. 1, parasito de R. marina, município de Ananindeua; Rhabdias n. sp. 2, parasito de R. marina, município de Marituba; Rhabdias n. sp. 3, parasito de R. marina, município de Salvaterra; Rhabdias n. sp. 4, parasito de R. marina, município de Santa Cruz do Arari; Rhabdias n. sp. 5, parasito de R. marina, município de Capitão Poço; Rhabdias n. sp. 6, parasito de R. marina, município de Pinheiro; Rhabdias n. sp. 7, parasito de L. petersii e L. ocellatus, município de Breves. Em relação à análise filogenética, os nematódeos do gênero Rhabdias representam quatro subclados, distribuídos em Rhabdias parasitos de anfíbios africanos, Rhabdias parasitos de répteis, Rhabdias parasitos de Leptodactylus e Rhabdias parasitos de Rhinella. Essa é a primeira descrição de Rhabdias parasitando L. petersii e o primeiro relato de parasitismo em R. marina  nos municípios de Ananindeua, Marituba, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Capitão Poço, assim como é o primeiro relato de parasitismo em L. ocellatus no município de Breves.

  • LUCIANA DAMASCENA DA SILVA
  • Diversidade genotípica dos genes msp-1, msp-2 e glurp de Plasmodium falciparum em áreas endêmicas brasileiras

  • Data: 06/07/2012
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  • A malária é uma doença infecciosa de grande prevalência e importante expressão mundial por apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade, principalmente, em países tropicais e subtropicais. O Plasmodium falciparum é o agente causador das formas mais graves da doença, apresentando extensa diversidade genética. As populações naturais desta espécie parasitária não são homogêneas, a estrutura populacional é altamente diversa e complexa e as infecções são frequentemente compostas de diversos parasitos geneticamente distintos. Na região Amazônica a malária se caracteriza como instável, com transmissão de hipo a mesoendêmica, sendo a situação epidemiológica da doença na região ainda preocupante. Os Estados do Pará e Rondônia mantém focos expressivos da doença, com difusão ampla, impactos socioeconômicos agravantes e difícil controle em diversos municípios. Diante disso, o presente trabalho se propôs a analisar a diversidade genotípica de Plasmodium falciparum em áreas endêmicas do Estado do Pará e Rondônia, utilizando msp-1, msp-2 e glurp como marcadores genéticos. Foram detectados 24 genótipos de P. falciparum para os genes analisados, sendo nove, oito e sete genótipos para os loci polimórficos de msp-1 (bloco 2), msp-2 (bloco 3) e glurp (região R2), respectivamente. Das sete localidades analisadas os valores de HE variaram de 0,4-0,9. Os maiores valores foram para o gene msp-2 no município de Pacajá (HE=0,9) e os mais baixos para o gene glurp no município de Novo Repartimento (HE=0,4). Quanto a MOI a variação foi em amplitude menor, de 0,2 a 0,5, os maiores valores foram detectados para os genes msp-1 e msp-2 nos municípios de Novo Repartimento e Pacajá, respectivamente. Os dados apresentados neste trabalho correspondem ao primeiro relato de diversidade genotípica dos genes msp-1, msp-2 e glurp de P. falciparum na região analisada, demonstrando os genótipos circulantes, suas frequências e proporção de infecções multiclonais. Na região predominam moderados índices de diversidade e as frequências genotípicas não foram similiares entre os municípios analisados, pois, alguns genótipos apresentaram distribuição geográfica restrita. Estes dados estão de acordo com estudos correlatos realizados em outras regiões com características epidemiológicas semelhantes. A msp-2 foi o marcador mais polimórfico, contudo, a diversidade dos demais marcadores foi similar, de modo que, o uso dos três genes em conjunto constitui uma estratégia acurada de investigação da diversidade genotípica de P. falciparum, sendo também eficiente para distinção entre recrudescências e reinfecções em estudos de avaliação da eficácia de drogas antimaláricas, com uma probabilidade reduzida (P<0,05) de parasitos distintos compartilharem o mesmo genótipo em uma única infecção

  • TINARA LEILA DE SOUZA AARAO
  • Citocinas pró e anti-inflamatórias e sua correlação com a expressão Fator de Crescimento do Nervo (NGF) e seu receptor (NGF-R) em lesões de pele de pacientes hansênicos.

  • Data: 26/06/2012
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  • A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo M. leprae, afetando pele e sistema nervoso periférico. Ela constitui um importante problema de saúde pública no Brasil e em vários países do mundo por causar incapacidade física permanente e apresentar altos níveis endêmicos com distribuição variada em diferentes regiões. Indivíduos sintomáticos evoluem com quadro clinico variado. A resposta imunológica do hospedeiro determina o curso clinico da doença A forma tuberculóide resulta de alta imunidade celular com padrão de resposta tipo Th1. A lepromatosa se caracteriza pela baixa imunidade celular com padrão de resposta humoral tipo Th2. As lesões de pele e nervo são conseqüência da interação do M.leprae com a célula de Schwann. As metaloproteinases de matriz (MMPs) formam uma família de endopeptidades cálciodependentes capazes de degradar componentes da matriz extracelular, influenciando em processos como migração e interações célula-célula, elas atuam na indução de lesão tecidual participando de doenças inflamatórias, infecciosas e relacionadas ao sistema nervoso . A regulação da expressão e função de MMPs e de seus inibidores (TIMPs), é fundamental na manutenção da homeostase da matriz extracelular, degradação tecidual e a migração de células inflamatórias. A expressão de MMP-2 e MMP-9 encontra-se aumentada em lesões de nervo periférico de pacientes hansenicos sugerindo a participação dessas MMPs na hanseníase. O objetivo deste trabalho é correlacionar o padrão de imunoexpressão tecidual de fatores de crescimento, matriz extracelular e metaloproteinases nas formas clínicas da hanseníase e em estados reacionais. Para isso serão incluídas para analise 50 amostras de pele com diagnóstico confirmado de hanseníase das diversas formas clínicas e reações hansênicas. A marcação das citocinas será feita através da técnica de imunohistoquímica em material parafinado de acordo com o protocolo de Su-Ming Hsu, et.al, 1981. Os resultados obtidos serão armazenados em planilhas do EXCEL 2007 e analisados por meio do programa EPI-INFO versão 3.5.1 e serão apresentados em forma de gráficos e tabelas.

  • DAYSE NOGUEIRA SARMENTO
  • AVALIAÇÃO DE EXOANTÍGENOS BRUTO DE ISOLADOS DE PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS NO  DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE EXPERIMENTAL

  • Data: 31/05/2012
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  • A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica de natureza granulomatosa que tem como agente etiológico o fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. O principal método de diagnóstico desta infecção fúngica é dado pela visualização do fungo em espécimes clínicos. Contudo, métodos sorológicos têm dado auxílio ao diagnóstico e seguimento durante a terapia medicamentosa. Porém, resultados falso-negativos nestes ensaios sorológicos podem dificultar o diagnóstico da PCM, se preparações antigênicas oriundas de isolados regionais não forem utilizadas. O objetivo deste trabalho será avaliar o desempenho de exoantígenos de quatro isolados de P. brasiliensis, recuperado de diferentes regiões geográficas, no diagnóstico sorológico da PCM experimental. Para tanto serão analisadas as características micromorfológicas das leveduras dos diferentes isolados e seguida à preparação de exoantígenos bruto a partir de filtrado de cultura. Serão utilizados os ensaios sorológicos: Imunodifusão (ID), ELISA, Western blotting (WB), Aglutinação em látex e teste de Avidez, para analisar as preparações antigênicas dos isolados B-339 (São Paulo), Pb-01 Like (Goiás),  Pb-WT(Pará) e Pb-1744 (Pará) e soro de camundongos BALB/c experimentalmente infectados com os diferentes isolados, que serão obtidos de períodos de 1, 2 e 3 meses de acompanhamento.

  • ANADEIVA PORTELA CHAGAS
  • ECOEPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM ÁREAS SOB INFLUÊNCIA DA MINERAÇÃO DE BAUXITA NO MUNICÍPIO DE JURUTI, PARÁ

  • Data: 16/05/2012
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  •  

    Transformações ambientais influenciam o padrão de transmissão da leishmaniose
    visceral (LV). Juruti, um município minerário no estado do Pará, Brasil, sofre
    transformações ambientais que poderão favorecer o avanço da doença. Este estudo
    foi realizado para descrever aspectos ecoepidemiológicos da LV em áreas de
    vulnerabilidade ambiental em Juruti, durante a etapa de prospecção mineral (2007) e
    primeiro período de atividade na mina de bauxita. Foram eleitas localidades
    sentinelas em duas áreas diretamente impactadas pelas transformações ambientais:
    1- interface urbano-rural (Santa Maria: SM e Paraense: PA) e 2- entorno da mina
    (Capiranga: CA). Foi investigada a soroprevalência da LV humana e canina (ELISA)
    e a frequência de Lutzomyia longipalpis em abril (estação chuvosa) e outubro
    (estação seca) de 2007. Adicionalmente, um monitoramento entomológico da
    frequência mensal de flebotomíneos (24 meses) em SM e PA permitiu catalogar a
    fauna flebotomínica, descrever a distribuição espaço temporal dos insetos e
    investigar a taxa de infecção por Leishmania. Foram instaladas duas armadilhas
    CDC em cinco residências de cada localidade, no intra e peridomicílio, totalizando 20
    CDCs. As capturas foram mensais, em três noites consecutivas (18 às 6h), de julho
    de 2009 a junho de 2011. A identificação de espécies adotou critérios morfológicos e
    a infecção natural por Leishmania investigada nas fêmeas capturadas. A
    soroprevalência e os níveis de IgG nas populações humanas foram baixos e não
    diferiram entre áreas. Contudo, para a população canina esses indicadores diferiram
    entre áreas. Na interface urbano-rural, a soroprevalência de LV foi alta em cães,
    sobretudo na estação chuvosa (PA: 70%; SM: 40%), e os níveis de IgG revelaram-se
    elevados (400 a 900U/mL). Ao contrário, ao entorno da mina, baixa soroprevalência
    e niveis de IgG foram descritos nos cães. Os levantamentos entomológicos
    revelaram maior frequência de flebotomíneos na Área 1 (457; 79%), principalmente
    Lu. longipalpis (399; 79%). Capturou-se o total 36.418 flebotomíneos em 2 anos,
    70% deles em PA. A amostra continha 32 espécies de Lutzomyia,
    predominantemente Lu. longipalpis (27.951; 76,8%), mas também diversos vetores
    de leishmaniose tegumentar (LT) em baixa frequência. Em Paraense, observou-se
    elevada proporção de Lu. longipalpis na amostra (85%, 23.878/27.951), que se
    correlacionou à precipitação pluvial nos dois anos (r=0,82; r=0,78; p<0,05). Em
    Santa Maria, a reduzida proporção de Lu. longipalpis (14%; 4.073/27.951) não se
    correlacionou com os períodos chuvosos (r=-0,17; r=0,49; p>0,05). Em PA, 1/821
    (0,12%) Lu. longipalpis e 2/173 (1.2%) Lu. Antunesi foram encontrados infectados
    com Leishmania. Os aspectos ecoepidemiológicos descritos subsidiam estratégias
    para vigilância e intervenções dirigidas à prevenção da LV. A baixa frequência do
    vetor Lu. longipalpis em Capiranga indica que, a despeito das transformações
    ambientais ao entorno da mina e da presença da enzootia de LV canina com
    prevalência moderada, a vigilância entomológica seria preferencial a eutanásia de
    cães naquela área. Na interface urbano-rural, as superiores taxas de
    soroprevalência, com altos níveis de IgG, e apreciável abundância do vetor durante
    a estação chuvosa, inclusive com infecção natural por Leishmania, justificam
    intervenções incluindo a eutanásia de cães. A possível transmissão de leishmânias
    dermotrópicas a humanos merece ser considerada naquela área. Ações integradas
    para o saneamento ambiental devem ser contínuas e preferencialmente
    intensificadas de setembro a novembro, meses que antecedem as chuvas naquela
    região.
    Palavras-chave: Leishmaniose visceral, soroprevalência, vigilância entomológica

    Transformações ambientais influenciam o padrão de transmissão da leishmaniosevisceral (LV). Juruti, um município minerário no estado do Pará, Brasil, sofretransformações ambientais que poderão favorecer o avanço da doença. Este estudofoi realizado para descrever aspectos ecoepidemiológicos da LV em áreas devulnerabilidade ambiental em Juruti, durante a etapa de prospecção mineral (2007) eprimeiro período de atividade na mina de bauxita. Foram eleitas localidadessentinelas em duas áreas diretamente impactadas pelas transformações ambientais:1- interface urbano-rural (Santa Maria: SM e Paraense: PA) e 2- entorno da mina(Capiranga: CA). Foi investigada a soroprevalência da LV humana e canina (ELISA)e a frequência de Lutzomyia longipalpis em abril (estação chuvosa) e outubro(estação seca) de 2007. Adicionalmente, um monitoramento entomológico dafrequência mensal de flebotomíneos (24 meses) em SM e PA permitiu catalogar afauna flebotomínica, descrever a distribuição espaço temporal dos insetos einvestigar a taxa de infecção por Leishmania. Foram instaladas duas armadilhasCDC em cinco residências de cada localidade, no intra e peridomicílio, totalizando 20CDCs. As capturas foram mensais, em três noites consecutivas (18 às 6h), de julhode 2009 a junho de 2011. A identificação de espécies adotou critérios morfológicos ea infecção natural por Leishmania investigada nas fêmeas capturadas. Asoroprevalência e os níveis de IgG nas populações humanas foram baixos e nãodiferiram entre áreas. Contudo, para a população canina esses indicadores diferiramentre áreas. Na interface urbano-rural, a soroprevalência de LV foi alta em cães,sobretudo na estação chuvosa (PA: 70%; SM: 40%), e os níveis de IgG revelaram-seelevados (400 a 900U/mL). Ao contrário, ao entorno da mina, baixa soroprevalênciae niveis de IgG foram descritos nos cães. Os levantamentos entomológicosrevelaram maior frequência de flebotomíneos na Área 1 (457; 79%), principalmenteLu. longipalpis (399; 79%). Capturou-se o total 36.418 flebotomíneos em 2 anos,70% deles em PA. A amostra continha 32 espécies de Lutzomyia,predominantemente Lu. longipalpis (27.951; 76,8%), mas também diversos vetoresde leishmaniose tegumentar (LT) em baixa frequência. Em Paraense, observou-seelevada proporção de Lu. longipalpis na amostra (85%, 23.878/27.951), que secorrelacionou à precipitação pluvial nos dois anos (r=0,82; r=0,78; p<0,05). EmSanta Maria, a reduzida proporção de Lu. longipalpis (14%; 4.073/27.951) não secorrelacionou com os períodos chuvosos (r=-0,17; r=0,49; p>0,05). Em PA, 1/821(0,12%) Lu. longipalpis e 2/173 (1.2%) Lu. Antunesi foram encontrados infectadoscom Leishmania. Os aspectos ecoepidemiológicos descritos subsidiam estratégiaspara vigilância e intervenções dirigidas à prevenção da LV. A baixa frequência dovetor Lu. longipalpis em Capiranga indica que, a despeito das transformaçõesambientais ao entorno da mina e da presença da enzootia de LV canina comprevalência moderada, a vigilância entomológica seria preferencial a eutanásia decães naquela área. Na interface urbano-rural, as superiores taxas desoroprevalência, com altos níveis de IgG, e apreciável abundância do vetor durantea estação chuvosa, inclusive com infecção natural por Leishmania, justificamintervenções incluindo a eutanásia de cães. A possível transmissão de leishmâniasdermotrópicas a humanos merece ser considerada naquela área. Ações integradaspara o saneamento ambiental devem ser contínuas e preferencialmenteintensificadas de setembro a novembro, meses que antecedem as chuvas naquelaregião.

     

  • NATHALIA NOGUEIRA CHAMMA SIQUEIRA
  • Avaliação de dois testes de diagnóstico rápido para malária em área endêmica do Estado do Pará

  • Data: 08/05/2012
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  • O controle e o combate à malária dependem fundamentalmente do diagnóstico rápido e acurado.  A microscopia pela Gota Espessa (GE) é o método de escolha para o diagnóstico laboratorial desta protozoose, pois permite a quantificação da parasitemia, a identificação das espécies de plasmódios e a diferenciação das formas parasitárias presentes no sangue. Apesar destas vantagens, a GE possui limitações que comprometem sua realização em áreas de difícil acesso.  Assim, métodos alternativos vem sendo desenvolvidos, dentre os quais destacam-se os Testes de Diagnóstico Rápido (TDR). Os TDR são testes imunocromatográficos de execução simples que apresentam acurácia no diagnóstico de Plasmodium falciparum e não-falciparum. Em países como o Brasil, onde as espécies de plasmódios coexistem, é muito importante que o TRD seja capaz de identificá-las. Portanto, este estudo realizado em área endêmica do Estado do Pará, teve como objetivo avaliar dois testes de diagnóstico rápido para malária humana (PALUTOP+4® e OptiMAL-IT®) que se baseiam na captura dos antígenos, HRP-2 e pLDH e permitem o diagnóstico de P. falciparum e não-falciparum. Em abril de 2007 e agosto de 2008, foram coletadas 178 amostras de sangue de indivíduos com sintomatologia sugestiva de malária que buscaram o Serviço Público de Saúde no município de Tucuruí (PA). As amostras foram incluídas no estudo para a confecção de lâminas de GE e realização dos TDR e da nested PCR. Os resultados dos TDR foram individualmente confrontados com os resultados obtidos pela GE considerando a capacidade de detecção de cada teste rápido em diferentes níveis de parasitemia.  A nested PCR foi utilizada como segundo padrão ouro e comparada à microscopia, a fim de assegurar a qualidade desta avaliação. Foram determinados os valores de sensibilidade, especificidade, acurácia, valores preditivos positivo e negativo dos dois testes rápidos em relação a GE. Do total de 178 amostras analisadas pela GE, 64,61% (115/178) foram positivas e 35,39% (63/178) negativas. O OptiMAL-IT® detectou 47,75% (85/178) de amostras positivas e 52,25% (93/178) de negativas. O PALUTOP+4® detectou 75,84% (135/178) de amostras positivas e 24,16% (43/178) de negativas. Pela nested PCR, 66,85% (119/178) foram positivas e 33,15% (59/178) negativas. Quanto à avaliação da capacidade de detecção dos TDR em diferentes parasitemias, observou-se redução de sensibilidade proporcional ao decréscimo da densidade parasitária, apontando melhor desempenho em amostras com parasitemias maiores que 100 parasitas/µL de sangue. Estes resultados foram observados nos dois testes, independente da espécie de plasmódio. Os parâmetros estatísticos obtidos pelo OptiMALIT® em relação à GE foram: sensibilidade = 73,91%, especificidade = 100,00% e acurácia = 83,15%. O PALUTOP+4® obteve: sensibilidade = 85,22%, especificidade = 53,75% e acurácia = 72,31%. Enquanto a nested PCR obteve: sensibilidade = 100,00%, especificidade = 93,65% e acurácia = 97,75%. As concordâncias encontradas pelo índice Kappa foram: 66,73% para o OptiMAL-IT® (concordância boa), 40,51% para o PALUTOP+4® (concordância moderada) e 95,01% para o nested PCR (concordância ótima). A partir das análises feitas neste estudo, conclui-se que os dois TDR avaliados em área endêmica do Pará apresentaram melhor desempenho em amostras com parasitemias ≥ 100 parasitas/µL de sangue e que o TDR OptiMAL-IT® pode ser utilizado com cautela como alternativa diagnóstica em áreas de difícil acesso, embora ambos os testes avaliados necessitem de outros estudos que assegurem sua aplicação em larga escala

  • FLAVIO SILVA DA COSTA
  • CORRELAÇÃO ENTRE RESPOSTA INFLAMATORIA E A VIRULÊNCIA DAS CEPAS (cagA+ e cagA-) DE  HELICOBACTER PYLORI  NA GASTRITE CRÔNICA

  • Data: 02/05/2012
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  • O H. pylori promove infecção gástrica pela ativação da resposta imune do hospedeiro, manifestada pela produção de citocinas no epitélio e pela infiltração de neutrófilos, macrófagos e linfócitos na mucosa. Estes achados são mais pronunciados devido a produção acentuada de citocinas pró-inflamatórias, especialmente o TNF-α na colonização com cepas cagA positivas em detrimento as cepas cagA negativas. Há também a produção de anticorpos e linfócitos T ativados, o que inclui os componentes Th1 e Th2, especialmente o primeiro. A resposta imune Th1 parece ser o principal fator na patogênese relacionada com a infecção pelo H. pylori, comparado a outros tipos de gastrite. Neste trabalho foram avaliadas por Imunohistoquímica e análise histopatológica, 33 amostras de biópsias gástricas de diferentes cepas para o gene cagA e que apresentaram gastrite crônica, variando de leve a moderada, provocadas por H. pylori, apresentando cepas distintas, positivas e negativas para gene cagA e correlacionadas com fatores quantitativos da expressão das citocinas TNF-α, TGF-β, atividades celulares e alterações celulares. Como resultado, evidenciamos que as análises revelaram fortes correlações em grande parte das avaliações realizadas.
  • ANTONIO GUILHERME MANESCHY FARIA
  • AVALIAÇÃO DA AÇÃO ANTIMICROBIANA DA COPAÍBA, ASSOCIADA OU NÃO A MEDICAÇÃO INTRACANAL, FRENTE AO Enterococcus faecalis
  • Data: 18/04/2012
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  • O presente trabalho investigou a ação antimicrobiana do óleo de copaíba, associado ou não a outras medicações de uso rotineiro na clínica endodontica, frente ao Enterococcus faecalis, presente nas infecções persistentes do canal radicular. Foram selecionados 60 dentes incisivos bovinos, padronizados quanto a anatomia e dimensões, sendo utilizado apenas aqueles que apresentavam raízes retas e não achatadas. Após a instrumentação os dentes foram divididos aleatoriamente em seis grupos com dez amostras cada, de acordo com o tipo de medicação empregada, PRP (grupo 1); Hidróxido de Cálcio e água destilada (grupo 2); Copaíba (grupo 3); Copaíba e Hidróxido de Cálcio (grupo 4); Copaíba e PRP (grupo 5); e Copaíba, Hidróxido de Cálcio e PRP (grupo 6). As amostras foram esterilizadas e armazenadas em água destilada antes e durante todo o experimento. A instrumentação dos canais radiculares foi realizada tendo como substância química auxiliar o hipoclorito de sódio a 1%. As raízes foram então fixadas na plataforma de contaminação, os canais radiculares inoculados com 10μL da suspensão bacteriana (3,0 X 108 UFC/mL de E. faecalis), e o conjunto incubado a 36oC por 15 minutos. Os medicamentos foram aplicados nos canais radiculares nos grupos de dentes, seguidos de incubação a 36oC por 24 horas. Cada raiz foi irrigada com 5μL de solução salina estéril e um cone de papel absorvente inserido em cada canal por 5 minutos. Cada cone foi transferido para um tubo de ensaio contendo 1mL de solução salina, de onde foram realizadas diluições seriadas de 1/10, 1/100, 1/1.000, 1/10.000. Das duas ultimas diluições realizou-se plaqueametos em meio de cultura Agar-Sangue incubado a 36oC por 24 horas, e realizada a contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Os resultados mostram que a copaíba teve o pior desempenho quanto a sua ação antimicrobiana frente ao E. faecalis quando comparada às outras medicação com diferença estatística significativa (p<0,05), entretanto sua eficiência aumentou significativamente quando ela foi associada a outros medicamentos.
  • ELAINE PATRICIA TAVARES DO ESPIRITO SANTO
  • Características Bioquímicas, Imunogênicas e Moleculares de fungos do gênero Trichosporon

  • Data: 13/04/2012
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  • O gênero Trichosporon compreende agentes de infecções superficiais e disseminada. A partir da revisão taxonômica realizada por Gueho et al. (1992), várias espécies substituíram o táxon T. beigelii e a taxonomia do gênero foi modificada progressivamente. Informações relacionadas à sua patogenicidade e fatores de virulência, são ainda pouco conhecidos, assim como a identificação de antígenos e qual o papel destes na biologia do microrganismo. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os isolados fúngicos de Trichosporon para conhecer seus aspectos bioquímicos, imunogênicos e moleculares. As amostras investigadas (33) foram submetidas à identificação pelo sistema VITEK 2 e seus resultados foram concordantes em 87,88% quando comparados com a identificação prévia realizada com o sistema ID 32C. Morfologicamente os isolados demonstraram características compatíveis com o gênero Trichosporon. A avaliação da termotolerância evidenciou maior percentual de inibição do crescimento quando os isolados foram submetidos à temperatura de 37ºC (57,58%). Urease (100%) e gelatinase (48,48%) foram às únicas enzimas produzidas pelos isolados de Trichosporon que demonstraram também capacidade de crescimento em diferentes pressões osmóticas, concentrações de sal e pHs. Antígeno total e exoantígenos produzidos a partir de isolados de Trichosporon demonstraram perfil protéico / glicoprotéico diversificado. Os exoantígenos foram utilizados no ensaio de Western Blotting onde os soros de camundongos infectados experimentalmente com T. asahii, T. inkin e T. mucoides reconheceram principalmente os antígenos de T. asahii. Contudo, antígenos de T. inkii foram reconhecidos apenas por soro de camundongos anti-T. inkin.  Antígenos da espécie de T. mucoides foram reconhecidos apenas por anticorpos presente no soro de camundongos infectados por T. mucoides. A análise molecular realizada com primers específicos para determinadas regiões não permitiu identificação á nível de espécie, porém apenas confirmou a identificação do gênero Trichosporon.

  • ROSALBA VELASCO GUIMARAES SILVA
  • PERFIL LIPIDO E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HANSENIANOS

  • Data: 10/04/2012
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  • A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta causada pelo Mycobacteruim leprae ou bacilo de Hansen que tem afinidade pela derme e sistema nervoso periférico. Embora seja uma doença curável, permanece como um problema de saúde pública no Brasil, sendo este o segundo país mais endêmico do mundo. O impacto da doença sobre a saúde leva a uma diminuição na qualidade de vida destes pacientes, interferindo em vários aspectos, entre eles, os nutricionais.  Alguns trabalhos também demonstram alterações nos níveis de lipídios de indivíduos com hanseníase. Este estudo investigou o perfil lipídico e o estado nutricional de pacientes portadores de hanseníase. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com delineamento transversal realizado com 84 pacientes adultos, de ambos os gêneros, na faixa etária de 20 e 60 anos, classificados como paucibacilares (PB) e multibacilares (MB), pós tratamento poliquimioterápico, acompanhados na Unidade de Referência Especializada Dr. Demétrio Medrado (Belém-Pa). A coleta de dados foi realizada entre janeiro e julho de 2010, e constou de dados sócioedemográfico, clínicos, do consumo alimentar, antropometria (peso e estatura), circunferência da cintura, e exames bioquímicos dos componentes do perfil lipídico (colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérideos). Os resultados mostraram predominância de pacientes do sexo masculino (65.48%) com idade entre 30 a 60 anos, renda familiar de um até três salários mínimos (63.10%), nível de escolaridade até o fundamental (65.48%), sedentários (76,19%), não fumante (46.43%) e que não faziam uso de álcool (69.05%). Os níveis médios do colesterol total nos PB foi 193,8 mg/dL e nos MB 203,5 mg/dL, a média do LDL-c na forma PB foi 116,9 mg/dL e na MB 121mg/dL. Quanto ao HDL-c masculino nos PB observou-se valores médios de 51,7 mg/dL e 52,8 mg/dL nos MB, em relação ao HDL-c feminino dos PB a média foi 50,3 mg/dL e nos MB 53,5 mg/dL. Os TG apresentaram um valor médio na forma PB de 123,4 mg/dL e na MB 147,4 mg/dL. A avaliação do estado nutricional indicou que 41.67% dos pacientes eram eutróficos, entretanto 55.96% apresentaram excesso de peso. O consumo alimentar dos pacientes foi considerado baixo em todos os grupos alimentares. Foi observado associação significativa do consumo alimentar com HDL-c do gênero masculino e dos triglicerídeos em pacientes acima do peso ideal. Pode-se dizer que os componentes do perfil lipídico dos pacientes encontravam-se normais e a avaliação do estado nutricional indicou predominância de sobrepeso obesidade.

     

  • MARINÉIA PORTO DE OLIVEIRA
  • PERFIL PROTEICO DE PACIENTES HANSENIANOS PORTADORES DE MAL PERFURANTE PLANTAR

  • Data: 10/04/2012
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  • A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, um parasita intracelular obrigatório, que apresenta tropismo pelos nervos periféricos e pele. O dano neural determina alterações sensitivas e motoras que ocasionam a instalação de incapacidades físicas como a úlcera plantar ou mal perfurante plantar (MPP).O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil proteico de pacientes hansenianos portadores de mal perfurante plantar cadastrados na Unidade de Referência Especializada (URE) Demétrio Medrado (Belém-PA). A amostra do estudo foi constituída por 75 pacientes hansenianos distribuídos em 02 grupos: grupo 1 formado por 31 pacientes com MPP e o grupo 2 por 44 pacientes isentos de lesão plantar. A coleta de dados foi realizada através de um formulário contendo informações como características sóciodemográficas, parâmetros antropométricos e bioquímicos, além de informações a respeito do consumo alimentar obtidas por meio do Questionário de Frequência Alimentar (QFA). Na avaliação nutricional relacionada aos parâmetros antropométricos foram registrados 64,6% dos hansenianos ulcerados com excesso de peso (sobrepeso/obesidade) segundo o Índice de massa Corpórea (IMC), enquanto que, 64,5% foram classificados como obesos na avaliação da Prega Cutânea Triciptal (PCT), por outro lado, a mensuração da Circunferência Muscular do Braço (CMB) evidenciou a desnutrição em 54,8% dos ulcerados.  Na análise dos parâmetros bioquímicos observou-se 74,2% e 54,8% dos hansenianos com MPP com níveis normais de albumina e transferrina sérica, respectivamente. Entretanto, foram observados níveis séricos elevados de Proteína C Reativa (PCR) em 51,6% dos ulcerados (p<0,001), quando comparados ao grupo sem MPP. Quanto à avaliação do consumo alimentar, de modo geral observou-se baixo nível do consumo de alimentos proteicos. De acordo com os resultados obtidos a maioria dos pacientes hansenianos portadores de MPP apresentou excesso de peso e redução de massa muscular, processo inflamatório instalado evidenciado pelos níveis elevados de PCR, além de baixo consumo de proteínas.

  • ARY CHAVES DA COSTA BRAGA
  • INVESTIGAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO EM GESTANTES COM MALÁRIA NO MUNICÍPIO DE ANAJÁS, PARÁ.
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 04/04/2012
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  •  

    A pesquisa foi realizada para investigar as alterações lipídicas das pacientes grávidas com
    malária residentes no município de Anajás, na Ilha do Marajó, estado do Pará, Brasil. O
    estudo contou com a participação de 223 pacientes, distribuídas por três grupos: Os grupos A
    – representado por grávidas com malária e B – por grávidas sem malária, ambos de Anajás,
    área endêmica da ilha; e o grupo C – constituído por pacientes grávidas sem malária, de
    Belém, considerada área não endêmica. Foram analisados os níveis de triglicerídeos,
    colesterol total e as frações HDL e LDL, além do exame da gota espessa. As grávidas de
    Anajás sem malária apresentaram colesterol total, HDL e LDL mais baixos do que as de
    Belém (p-valor<0.05). As pacientes do grupo A apresentaram os menores valores de
    colesterol total e frações dentre os três grupos. Quanto aos triglicerídeos não houve
    significância nas grávidas com malária. Não houve alteração dos lipídios associada ao número
    de malárias anteriores. A parasitemia mostrou relação negativa apenas com as frações LDL e
    HDL. O HDL apresentou valor de corte para malária de 47 mg/dL com boa sensibilidade,
    especificidade e acurácia, separando as grávidas com malária das demais em qualquer
    trimestre gestacional.

    A pesquisa foi realizada para investigar as alterações lipídicas das pacientes grávidas commalária residentes no município de Anajás, na Ilha do Marajó, estado do Pará, Brasil. Oestudo contou com a participação de 223 pacientes, distribuídas por três grupos: Os grupos A– representado por grávidas com malária e B – por grávidas sem malária, ambos de Anajás,área endêmica da ilha; e o grupo C – constituído por pacientes grávidas sem malária, deBelém, considerada área não endêmica. Foram analisados os níveis de triglicerídeos,colesterol total e as frações HDL e LDL, além do exame da gota espessa. As grávidas deAnajás sem malária apresentaram colesterol total, HDL e LDL mais baixos do que as deBelém (p-valor<0.05). As pacientes do grupo A apresentaram os menores valores decolesterol total e frações dentre os três grupos. Quanto aos triglicerídeos não houvesignificância nas grávidas com malária. Não houve alteração dos lipídios associada ao númerode malárias anteriores. A parasitemia mostrou relação negativa apenas com as frações LDL eHDL. O HDL apresentou valor de corte para malária de 47 mg/dL com boa sensibilidade,especificidade e acurácia, separando as grávidas com malária das demais em qualquertrimestre gestacional.

     

  • JORGE RIBEIRO DOS REIS
  •  

    INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO Virus da influenza A
    EM AVES DOMÉSTICAS E SUÍNOS DO ESTADO DO PARÁ, BRASIL.

     

    INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DO Virus da influenza A EM AVES DOMÉSTICAS E SUÍNOS DO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

     

  • Data: 08/03/2012
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  •  

    e suínos de criação doméstica em comunidades rurais do estado do Pará,
    Brasil, visando explorar a ocorrência do vírus, caracterizar os subtipos infectantes e
    identificar as espécies animais acometidas. A investigação foi realizada em amostras
    de fezes (n=629 amostras testadas) de ave aquática da espécie Cairina moschata
    (pato), swab de secreção da oro faringe (n=435) de aves galináceas, incluindo
    Gallus gallus domesticus (galinha), Meleagris gallopavo (peru) e Numida meleagris
    (galinha-d’angola) e swab de secreção nasal (n=125) de mamíferos da espécie Sus
    domesticus (suíno). O RNA foi extraído diretamente das amostras e analisado por
    RT-PCR em tempo real, PCR e nested PCR. As amostras foram coletadas em
    comunidades rurais do estado do Pará, Brasil, incluindo os municípios de Vigia
    (n=136 amostras), São Caetano de Odivelas (n=119), Salinópolis (n=76), Marapanim
    (n=110), Curuçá(n=115), Maracanã (n=121), Magalhães Barata (n=52), São João de
    Pirabas (n=49), Augusto Corrêa (n=230), Viseu (n=213), Salvaterra (n=49), Soure
    (n=10), São Sebastião da Boa Vista (n=69) (as três últimas na Ilha do Marajó), e as
    Ilhas do Combu, Murutucu e Grande (n=51), belonging to the metropolitan region
    of Belém. As populações de aves aquáticas selvagens são os reservatórios naturais
    do Virus da influenza A, portanto, as aves da espécie Cairina moschata foram
    incluídas. Dados meteorológicos no estado do Pará revelam a predominância de
    duas estações climáticas: uma caracterizada por chuvas frequentes com
    temperaturas amenas e outra com menor pluviosidade e temperaturas mais
    elevadas. Entre as amostras analisadas, 67% foram coletadas durante a estação
    mais chuvosa e 33% na estação mais quente. Duas amostras positivas a partir de
    amostras fecais de aves aquáticas da espécie Cairina moschata (pato) foram
    identificadas, uma colhida na estação mais chuvosa na cidade de Augusto Corrêa e
    outra colhida na estação mais quente na cidade de Curuçá. Os resultados sugerem
    que as duas cidades onde os vírus foram detectados são possíveis rotas de entrada
    do Virus da influenza A por aves migratórias. Este estudo sugere a necessidade de
    ampliar a área do programa de vigilância do vírus da influenza em aves migratórias,
    para proporcionar um melhor conhecimento da circulação do vírus

     

    A presença de Virus da influenza A foi investigada entre as populações de

    aves e suínos de criação doméstica em comunidades rurais do estado do Pará,

    Brasil, visando explorar a ocorrência do vírus, caracterizar os subtipos infectantes e

    identificar as espécies animais acometidas. A investigação foi realizada em amostras

    de fezes (n=629 amostras testadas) de ave aquática da espécie Cairina moschata

    (pato), swab de secreção da oro faringe (n=435) de aves galináceas, incluindo

    Gallus gallus domesticus (galinha), Meleagris gallopavo (peru) e Numida meleagris

    (galinha-d’angola) e swab de secreção nasal (n=125) de mamíferos da espécie Sus

    domesticus (suíno). O RNA foi extraído diretamente das amostras e analisado por

    RT-PCR em tempo real, PCR e nested PCR. As amostras foram coletadas em

    comunidades rurais do estado do Pará, Brasil, incluindo os municípios de Vigia

    (n=136 amostras), São Caetano de Odivelas (n=119), Salinópolis (n=76), Marapanim

    (n=110), Curuçá(n=115), Maracanã (n=121), Magalhães Barata (n=52), São João de

    Pirabas (n=49), Augusto Corrêa (n=230), Viseu (n=213), Salvaterra (n=49), Soure

    (n=10), São Sebastião da Boa Vista (n=69) (as três últimas na Ilha do Marajó), e as

    Ilhas do Combu, Murutucu e Grande (n=51), belonging to the metropolitan region

    of Belém. As populações de aves aquáticas selvagens são os reservatórios naturais

    do Virus da influenza A, portanto, as aves da espécie Cairina moschata foram

    incluídas. Dados meteorológicos no estado do Pará revelam a predominância de

    duas estações climáticas: uma caracterizada por chuvas frequentes com

    temperaturas amenas e outra com menor pluviosidade e temperaturas mais

    elevadas. Entre as amostras analisadas, 67% foram coletadas durante a estação

    mais chuvosa e 33% na estação mais quente. Duas amostras positivas a partir de

    amostras fecais de aves aquáticas da espécie Cairina moschata (pato) foram

    identificadas, uma colhida na estação mais chuvosa na cidade de Augusto Corrêa e

    outra colhida na estação mais quente na cidade de Curuçá. Os resultados sugerem

    que as duas cidades onde os vírus foram detectados são possíveis rotas de entrada

    do Virus da influenza A por aves migratórias. Este estudo sugere a necessidade de

    ampliar a área do programa de vigilância do vírus da influenza em aves migratórias,

    para proporcionar um melhor conhecimento da circulação do vírus

     

  • HERIKA REGINA VIEIRA SANTIAGO
  • OCORRÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE
    MICROSPORÍDIO (FUNGI: MICROSPORIDIA) EM Plagioscion
    squamosissimus HECKEL, 1840 (PERCIFORMES: SCIANIDAE)
    ORIUNDO DO MUNICÍPIO DE PONTA DE PEDRAS - ILHA DE
    MARAJÓ/PARÁ

    OCORRÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DEMICROSPORÍDIO (FUNGI: MICROSPORIDIA) EM Plagioscionsquamosissimus HECKEL, 1840 (PERCIFORMES: SCIANIDAE)ORIUNDO DO MUNICÍPIO DE PONTA DE PEDRAS - ILHA DEMARAJÓ/PARÁ

  • Data: 10/02/2012
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  • A região amazônica é considerada uma das regiões mais produtivas de pescado do país.
    Estima-se que cerca de 40% da produção pesqueira brasileira é originária desta área. Os
    parasitos de peixes possuem uma distribuição mundial, afetando todas as espécies, de águas
    tropicais a águas polares, em qualquer que seja o habitat do hospedeiro e o nicho ecológico.
    Dentre os parasitas, os microsporídios são o objeto de estudo deste trabalho. O filo
    Microsporidia Balbiani, 1882 inclui microrganismos que apresentam caracteres específicos de
    eucariotas (presença de núcleo) e dos procariotas (unidades ribossomais típicas), são um
    grupo de parasitas unicelulares, eucarióticos, intracelulares obrigatórios, agentes etiológicos
    de uma enfermidade denominada microsporidiose. Há aproximadamente 1.300 espécies
    formalmente descritas em 160 gêneros, mas isso certamente representa uma pequena fração
    da diversidade real. Os microsporídios são infectantes para peixes teleósteos de água doce,
    água salgada e estuário, os quais podem reduzir o número de peixes selvagens de uma região
    e, assim, reduzir a produtividade da pesca. Microsporídios que infectam peixes são sempre
    prejudiciais aos seus hospedeiros; alguns podem causar lesões graves e perigo de vida a seu
    hospedeiro, mas os dados fisiopatológicos são praticamente inexistentes. O presente trabalho
    tem como objetivo identificar e caracterizar morfologicamente microsporídio parasita de
    Plagioscion squamosissimus Heckel, 1840 (Perciformes: Scianidae) oriundo do município de
    Ponta de Pedras - Ilha de Marajó/Pará. Para o presente estudo 80 espécimes de Plagioscion
    squamossisimus foram capturados nos meses de fevereiro, março, novembro e dezembro do
    ano de 2010 e fevereiro, março, junho e julho de 2011. Após necropsia, cistos foram retirados
    do fígado. Para as técnicas de Microscopia de Luz, fragmentos de tecido hepático e esporos
    foram fixados em solução fixadora de Davidson. Para as técnicas de Microscopia Eletrônica,
    cistos e esporos foram fixados em Glutaraldeído a 2% em tampão cacodilato. Com base nas
    observações por microscopia eletrônica e de luz pode ser confirmado que os cistos em questão
    são parasitas do filo Microsporidia, com a identificação morfológica e biológica semelhante à
    descrita para o gênero Microgemma. No entanto, alguns caracteres morfológicos observados
    nos esporos, objeto deste estudo, diferem de outras espécies pertencentes ao gênero acima
    citado.

    A região amazônica é considerada uma das regiões mais produtivas de pescado do país.Estima-se que cerca de 40% da produção pesqueira brasileira é originária desta área. Osparasitos de peixes possuem uma distribuição mundial, afetando todas as espécies, de águastropicais a águas polares, em qualquer que seja o habitat do hospedeiro e o nicho ecológico.Dentre os parasitas, os microsporídios são o objeto de estudo deste trabalho. O filoMicrosporidia Balbiani, 1882 inclui microrganismos que apresentam caracteres específicos deeucariotas (presença de núcleo) e dos procariotas (unidades ribossomais típicas), são umgrupo de parasitas unicelulares, eucarióticos, intracelulares obrigatórios, agentes etiológicosde uma enfermidade denominada microsporidiose. Há aproximadamente 1.300 espéciesformalmente descritas em 160 gêneros, mas isso certamente representa uma pequena fraçãoda diversidade real. Os microsporídios são infectantes para peixes teleósteos de água doce,água salgada e estuário, os quais podem reduzir o número de peixes selvagens de uma regiãoe, assim, reduzir a produtividade da pesca. Microsporídios que infectam peixes são sempreprejudiciais aos seus hospedeiros; alguns podem causar lesões graves e perigo de vida a seuhospedeiro, mas os dados fisiopatológicos são praticamente inexistentes. O presente trabalhotem como objetivo identificar e caracterizar morfologicamente microsporídio parasita dePlagioscion squamosissimus Heckel, 1840 (Perciformes: Scianidae) oriundo do município dePonta de Pedras - Ilha de Marajó/Pará. Para o presente estudo 80 espécimes de Plagioscionsquamossisimus foram capturados nos meses de fevereiro, março, novembro e dezembro doano de 2010 e fevereiro, março, junho e julho de 2011. Após necropsia, cistos foram retiradosdo fígado. Para as técnicas de Microscopia de Luz, fragmentos de tecido hepático e esporosforam fixados em solução fixadora de Davidson. Para as técnicas de Microscopia Eletrônica,cistos e esporos foram fixados em Glutaraldeído a 2% em tampão cacodilato. Com base nasobservações por microscopia eletrônica e de luz pode ser confirmado que os cistos em questãosão parasitas do filo Microsporidia, com a identificação morfológica e biológica semelhante àdescrita para o gênero Microgemma. No entanto, alguns caracteres morfológicos observadosnos esporos, objeto deste estudo, diferem de outras espécies pertencentes ao gênero acimacitado.

2011
Descrição
  • REBECA SALDANHA DA FONSECA NAZARE
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VIRUS TUCUNDUBA NA AMAZONIA BRASILEIRA, CEPAS BeAR E BeH 409029

  • Data: 22/12/2011
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  • O Vírus Tucunduba (VTUC) é um membro da família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavírus, e foi isolado pela primeira vez na floresta do Oriboca, próximo a Belém, estado do Pará, a partir de um lote de mosquitos Wyeomyia sp. no ano de 1955. O VTUC também foi isolado a partir do sangue de um paciente febril com acometimento do sistema nervoso residente no município de Belém no ano de 1984. Até o momento não existe relato de isolamento do VTUC fora do Brasil. O trabalho em questão teve por objetivo determinar as sequências completas, realizar estudos em genômica descritiva, bem como avaliar os aspectos evolutivos associados ao VTUC. Como metodologia, utilizou-se duas cepas do VTUC (BeAr 278 e BeH 409029), obtidas a partir da coleção de vírus da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas. As cepas virais foram propagadas em células VERO para subseqüente extração de RNA. Para obtenção do genoma completo de ambasas cepas foi empregada a plataforma de pirosequenciamento, utilizando o equipamento GSFLX 454 (Roche). As sequências obtidas pela  plataforma foram utilizadas para montagem do genoma empregando programas de Bioinformática (Newbler, Mira e Geneious). A análise descritiva do genoma foi realizada empregando os programas computacionais Geneious e alternativamente o pacote DNA star (Lasergene). A avaliação dos aspectos evolutivos foi realizada empregando análises filogenéticas e comparação topológicas pelos métodos de NJ, ML e Bayesiana. Como resultados, o VTUC foi completamente seqüenciado evidenciando um genoma com 12.446 nt (S=1.075; M4.517; L=6.854) e organização genômica similar aos demais orthobunyavirus. Observou-se a presença de ORF truncada (17 aa) homóloga à região inicial da NSs dos orthobunyavirus. As análises filogenéticas comparativa dos três segmentos de RNA evidenciaram similaridade com sequencias completas e parciais do segmento SRNA de vírus isolados no Peru e confirmaram que o VTUC pertence ao grupo Bunyamwera e mais especificamente ao complexo Wyeomia. Estes correspondem aos primeiros dados referentes à sequência completa deste agente viral e poderão ser utilizados futuramente para o desenvolvimento de métodos moleculares para detecção do genoma deste arbovírus em amostras de pacientes associados a quadros de encefalite com etiologia indeterminada.

  • RAFAELA RESPLANDE DO ESPIRITO SANTO
  • INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS NOS GENES IFN-y, TNF-a, TGF-b1 E IL-10 COM A INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C (VHC)

  • Data: 19/12/2011
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  •  

    A infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) é um importante fator de risco para a
    progressão da doença hepática, e pode levar à cirrose e carcinoma hepatocelular. Fatores
    genéticos do hospedeiro podem estar envolvidos na susceptibilidade e progressão da doença
    hepática, tais como, polimorfismos nos genes de citocinas e o padrão de expressão destas.
    Assim, este trabalho objetiva correlacionar os polimorfismos IFN-γ +874T/A e TNF-α -
    308G/A e os níveis séricos destas citocinas com a susceptibilidade e apresentação clínica da
    hepatite C. Para tanto, foram utilizados 63 pacientes portadores crônicos do VHC, sendo
    divididos em dois subgrupos (cirróticos e não cirróticos). Como controle, foram selecionados
    100 indivíduos soronegativos para o VHC, VHB e HIV. A observação dos polimorfismos foi
    realizada através de técnicas de biologia molecular, como PCR-ARMS e PCR-RFLP. Os
    níveis séricos das citocinas foram determinados por ensaios imunoenzimáticos, tipo ELISA.
    O polimorfismo IFN-γ +874T/A foi relacionado à susceptibilidade à infecção crônica. As
    frequências alélicas e genotípicas das citocinas não foram associadas com a pior progressão
    da doença crônica. Os níveis séricos do TNF-α estão correlacionados com a hepatite C
    crônica e a sua progressão. Portanto, a presença do genótipo TA para o IFN-γ +874T/A pode
    representar um fator de risco para a hepatite C crônica. Além disso, os níveis séricos mais
    baixos de TNF-α entre indivíduos portadores do VHC podem ter contribuído para a
    cronicidade da hepatite C, assim como, os elevados níveis séricos desta citocina entre
    cirróticos reforçaram o seu papel fibrogênico, relacionando-se com a pior progressão da
    doença hepática.
    Palavras-chave: Hepatite C crônica, citocinas, polimorfismos, nível sérico.

    A infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) é um importante fator de risco para aprogressão da doença hepática, e pode levar à cirrose e carcinoma hepatocelular. Fatoresgenéticos do hospedeiro podem estar envolvidos na susceptibilidade e progressão da doençahepática, tais como, polimorfismos nos genes de citocinas e o padrão de expressão destas.Assim, este trabalho objetiva correlacionar os polimorfismos IFN-γ +874T/A e TNF-α -308G/A e os níveis séricos destas citocinas com a susceptibilidade e apresentação clínica dahepatite C. Para tanto, foram utilizados 63 pacientes portadores crônicos do VHC, sendodivididos em dois subgrupos (cirróticos e não cirróticos). Como controle, foram selecionados100 indivíduos soronegativos para o VHC, VHB e HIV. A observação dos polimorfismos foirealizada através de técnicas de biologia molecular, como PCR-ARMS e PCR-RFLP. Osníveis séricos das citocinas foram determinados por ensaios imunoenzimáticos, tipo ELISA.O polimorfismo IFN-γ +874T/A foi relacionado à susceptibilidade à infecção crônica. Asfrequências alélicas e genotípicas das citocinas não foram associadas com a pior progressãoda doença crônica. Os níveis séricos do TNF-α estão correlacionados com a hepatite Ccrônica e a sua progressão. Portanto, a presença do genótipo TA para o IFN-γ +874T/A poderepresentar um fator de risco para a hepatite C crônica. Além disso, os níveis séricos maisbaixos de TNF-α entre indivíduos portadores do VHC podem ter contribuído para acronicidade da hepatite C, assim como, os elevados níveis séricos desta citocina entrecirróticos reforçaram o seu papel fibrogênico, relacionando-se com a pior progressão dadoença hepática.

  • VANIA NAKAUTH AZEVEDO
  • PERFIL SOROLÓGICO E MOLECULAR DE CITOCINAS PRÓ E ANTIINFLAMATÓRIAS EM PACIENTES PORTADORES DE INFECÇÕES VIRAIS

  • Data: 13/12/2011
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  •  

    O conhecimento do perfil das citocinas presentes em indivíduos com dengue ou com a
    infecção pelo HTLV-1 pode ser um instrumento importante na detecção de pacientes com
    tendência para desenvolver formas graves da doença. No presente estudo foi feita a
    quantificação da concentração sérica das citocinas IL-6, IL-8 e IL-10 em um grupo de 79
    indivíduos infectados pelo vírus da dengue, um grupo de 100 indivíduos com suspeita clínica
    de infecção pelo vírus da dengue, mas com diagnóstico laboratorial negativo, um grupo de 47
    indivíduos sintomáticos infectados com o HTLV-1 e um grupo de 50 portadores
    assintomáticos do HTLV-1 e um grupo controle; também foram investigados a frequência dos
    polimorfismos nos genes da IL-6 (-634 C/G), IL-8 (-353A/T) e IL-10 (-1082 G/A), assim
    como a ocorrência de associação dos polimorfismos com os níveis séricos destas citocinas nos
    grupos populacionais envolvidos. Foi utilizado o teste de ELISA para a detecção das
    concentrações das citocinas, enquanto que na avaliação dos polimorfismos foi utilizada a
    reação em cadeia mediada da polimerase, seguida da digestão dos produtos gênicos
    amplificados (RFLP). Os níveis séricos da IL-6 foram mais baixos nos pacientes com dengue,
    quando comparado com o grupo controle, entretanto foram mais elevados no grupo dengue
    negativo do que no grupo controle. Os níveis das citocinas IL-8 e IL-10 se apresentaram
    elevados tanto em indivíduos infectados pelo vírus da dengue, como no grupo dengue
    negativo, sem que houvesse um perfil exclusivo dessas citocinas num determinado grupo.
    Também não foram encontradas associações entre os níveis das citocinas IL-6, IL-8 e IL-10
    nos grupos HTLV assintomáticos e sintomáticos. O genótipo GG do polimorfismo da IL-6 (-
    634 C/G), genótipo AT do polimorfismo da IL-8 (-353A/T) e o genótipo AA da IL-10 (-1082
    G/A) prevaleceram no grupo dengue, no grupo HTLV-1 e no grupo controle, entretanto não
    ocorreram diferenças estatísticas na distribuição das freqüências genotípicas e alélicas. Os
    polimorfismos genéticos também não influenciaram na concentração das citocinas dos grupos
    estudados. Dessa forma, para uma melhor compreensão do papel dessas citocinas e seus
    polimorfismos, outros estudos deverão incluir uma amostragem maior, com dosagens das
    citocinas em várias fases da doença, introdução de grupos com formas clínicas mais graves da
    dengue (dengue hemorrágica e síndrome do choque), avaliação de outros locus poligênicos,
    além de estudos que confirmem as associações alélicas nas demais regiões do país.

    O conhecimento do perfil das citocinas presentes em indivíduos com dengue ou com ainfecção pelo  HTLV-1 pode ser um instrumento importante na detecção de pacientes comtendência para desenvolver formas graves da doença. No presente estudo foi feita aquantificação da concentração sérica das citocinas IL-6, IL-8 e IL-10 em um grupo de 79indivíduos infectados pelo vírus da dengue, um grupo de 100 indivíduos com suspeita clínicade infecção pelo vírus da dengue, mas com diagnóstico laboratorial negativo, um grupo de 47indivíduos sintomáticos infectados com o HTLV-1 e um grupo de 50 portadoresassintomáticos do HTLV-1 e um grupo controle; também foram investigados a frequência dospolimorfismos nos genes da IL-6 (-634 C/G), IL-8 (-353A/T) e IL-10 (-1082 G/A), assimcomo a ocorrência de associação dos polimorfismos com os níveis séricos destas citocinas nosgrupos populacionais envolvidos. Foi utilizado o teste de ELISA para a detecção dasconcentrações das citocinas, enquanto que na avaliação dos polimorfismos foi utilizada areação em cadeia mediada da polimerase, seguida da digestão dos produtos gênicosamplificados (RFLP). Os níveis séricos da IL-6 foram mais baixos nos pacientes com dengue,quando comparado com o grupo controle, entretanto foram mais elevados no grupo denguenegativo do que no grupo controle. Os níveis das citocinas IL-8 e IL-10 se apresentaramelevados tanto em indivíduos infectados pelo vírus da dengue, como no grupo denguenegativo, sem que houvesse um perfil exclusivo dessas citocinas num determinado grupo.Também não foram encontradas associações entre os níveis das citocinas IL-6, IL-8 e IL-10nos grupos HTLV assintomáticos e sintomáticos. O genótipo GG do polimorfismo da IL-6 (-634 C/G), genótipo AT do polimorfismo da IL-8 (-353A/T) e o genótipo AA da IL-10 (-1082G/A) prevaleceram no grupo dengue, no grupo HTLV-1 e no grupo controle, entretanto nãoocorreram diferenças estatísticas na distribuição das freqüências genotípicas e alélicas. Ospolimorfismos genéticos também não influenciaram na concentração das citocinas dos gruposestudados. Dessa forma, para uma melhor compreensão do papel dessas citocinas e seuspolimorfismos, outros estudos deverão incluir uma amostragem maior, com dosagens dascitocinas em várias fases da doença, introdução de grupos com formas clínicas mais graves dadengue (dengue hemorrágica e síndrome do choque), avaliação de outros locus poligênicos,além de estudos que confirmem as associações alélicas nas demais regiões do país.

  • BRUNA PEDROSO TAMEGAO LOPES CAVALLEIRO DE MACEDO
  • “Associação de polimorfismos do complexo de genes KIR com a infecção pelo HTLV – 1 e suas manifestações clínicas, na população do Estado do Pará”

  • Data: 09/12/2011
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  •  

    Com o objetivo de definir o perfil epidemiológico da infecção pelos Vírus linfotrópico
    de células T humanas (HTLV-1 e HTLV-2), na população de doadores de sangue
    inaptos, da Fundação HEMOPA, na cidade de Belém do Pará, analisaram-se 113 fichas,
    em relação a fatores de risco associados à transmissão destes retrovírus, entre portadores
    e não portadores dos HTLV. Observou-se infecção em 76% (n=50) dos doadores
    inaptos pelo HTLV-1 e em 24% (n=16) pelo HTLV-2; 62% (n=70) dos portadores eram
    do sexo masculino e 38% (n=43) do sexo feminino, havendo uma maior tendência da
    infecção por indivíduos deste sexo (p=0,007). Os fatores de risco que exibiram
    resultados significativos foram: ter recebido transfusão sangüínea (p=0,0003), mais
    especificamente para HTLV-2 (p=0,02); ter sido amamentado por ama de leite
    (p=0,006), mais especificamente para HTLV-1 (p=0,04); ter sido submetido à cirurgia
    (p=0,01), discriminadamente para HTLV-1 (p=0,03) e HTLV-2 (p=0,04); compartilhar
    lâmina/barbeador (p=0,02), mais especificamente para HTLV-1 (p=0,02); não usar
    preservativo nas relações sexuais (p=0,0003), discriminadamente para HTLV-1
    (p=0,001) e HTLV-2 (p=0,002). Apesar das diversas etapas existentes no processo de
    triagem de doadores de sangue, cujo objetivo é eliminar potenciais candidatos
    portadores de doenças transmissíveis pelo sangue, em especial as de curso crônico e
    assintomático, existem vieses que impossibilitam um processo isento de falhas.

    Com o objetivo de definir o perfil epidemiológico da infecção pelos Vírus linfotrópicode células T humanas (HTLV-1 e HTLV-2), na população de doadores de sangueinaptos, da Fundação HEMOPA, na cidade de Belém do Pará, analisaram-se 113 fichas,em relação a fatores de risco associados à transmissão destes retrovírus, entre portadorese não portadores dos HTLV. Observou-se infecção em 76% (n=50) dos doadoresinaptos pelo HTLV-1 e em 24% (n=16) pelo HTLV-2; 62% (n=70) dos portadores eramdo sexo masculino e 38% (n=43) do sexo feminino, havendo uma maior tendência dainfecção por indivíduos deste sexo (p=0,007). Os fatores de risco que exibiramresultados significativos foram: ter recebido transfusão sangüínea (p=0,0003), maisespecificamente para HTLV-2 (p=0,02); ter sido amamentado por ama de leite(p=0,006), mais especificamente para HTLV-1 (p=0,04); ter sido submetido à cirurgia(p=0,01), discriminadamente para HTLV-1 (p=0,03) e HTLV-2 (p=0,04); compartilharlâmina/barbeador (p=0,02), mais especificamente para HTLV-1 (p=0,02); não usarpreservativo nas relações sexuais (p=0,0003), discriminadamente para HTLV-1(p=0,001) e HTLV-2 (p=0,002). Apesar das diversas etapas existentes no processo detriagem de doadores de sangue, cujo objetivo é eliminar potenciais candidatosportadores de doenças transmissíveis pelo sangue, em especial as de curso crônico eassintomático, existem vieses que impossibilitam um processo isento de falhas.

  • ISABELLA GUIRELLI SANTANA
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    ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS NOS GENES IFN-γ, TGF-β E TNF-α COM
    A INFECÇÃO POR PAPILLOMAVÍRUS HUMANO (HPV)

    AVALIAÇÃO DA CORRELAÇÃO ENTRE POLIMORFISMOS NOS GENES IFN-γ, TGF-β E TNF-α E A INFECÇÃO POR  PAPILLOMAVÍRUS HUMANO (HPV)

     

  • Data: 07/12/2011
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  • O Papillomavirus humano (HPV) está relacionado com o desenvolvimento de lesões cervicais e até mesmo neoplasias. Apesar da infecção ser um fator necessário para o câncer cervical, a presença viral por si só não é capaz de acarretar esta doença. Desta maneira, a resposta imune ao HPV pode ser um ponto-chave para o aparecimento de lesões cervicais e carcinoma. O nível de citocinas presentes na resposta imune viral pode ser influenciado por mutações presentes nos seus genes codificadores. No presente estudo foram investigadas as distribuições genotípicas e alélicas conforme os polimorfismos + 874 T/A de IFN-g, - 308 G/A do TNF-α e – 509 T/C TGF-β1 e sua provável relação com uma diferenciada susceptibilidade à infecção por HPV, principalmente os de alto risco; além da presença de lesões cervicais relacionadas com a infecção por este vírus. Para tanto foram verificadas mulheres infectadas ou não pelo HPV, que realizaram PCCU, provenientes dos estados do Pará ou do Acre, Brasil. A determinação da infecção pelo HPV e a tipagem deste já haviam sido realizadas em estudos anteriores. Já a observação dos polimorfismos foi realizada através de técnicas de biologia molecular, como PCR-ARMS (amplification refractory mutation system – Sistema de amplificação refratário à mutação) e PCR-RFLP (restriction fragment length polymorphism - Comprimento do fragmento do polimorfismo de restrição). No entanto, não observamos nenhuma diferença significativa nas distribuições alélicas e genotípicas de acordo com os polimorfismos estudados, ao se comparar pacientes portadoras de HPV à controles não infectadas; mulheres com HPV de alto risco com outras sem infecção por este vírus e, finalmente, entre mulheres portadoras do vírus e com lesões cervicais à infectadas mas sem alterações colpocitológicas. Desta maneira pode-se dizer que os polimorfismos + 874 T/A de IFN-g, - 308 G/A do TNF-α e – 509 T/C TGF-β1 não interferem na infecção por HPV, independentemente do tipo viral, nem no aparecimento de lesões cervicais relacionadas a este vírus nas populações estudadas.

  • MARLINDA DE CARVALHO SOUZA
  • SOROPREVALENCIA E GENÓTIPOS DE VIRUS DA HEPATITE C EM CANDIDATOS A DOAÇÃO DE SANGUE NO ESTADO DO ACRE

  • Data: 06/12/2011
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  • A transfusão sangüínea já foi a principal fonte de infecção pelo Vírus da hepatite C (VHC) até que, a partir de 1991, a pesquisa de anticorpos anti-VHC passou a fazer parte da rotina dos hemocentros no Brasil. Com o objetivo de determinar a soroprevalência e os genótipos do VHC em candidatos à doação de sangue no Hemocentro Coordenador do Acre, foi desenvolvido um estudo epidemiológico e retrospectivo no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2008, cujos dados epidemiológicos foram obtidos a partir do sistema informatizado do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre – (HEMOACRE). Os resultados revelaram um total de 36.351 candidatos que efetuaram doação de sangue no HEMOACRE, dos quais 0,6% (232/36.351) foram bloqueados na triagem sorológica pelo método de ELISA sendo que em amostras de sangue de 0,2% dos indivíduos (76/36.351) foram realizados os teste de RT-PCR e destes 0,11% (41/36.351) fizeram a genotipagem para o VHC. Foram coletadas amostras de 25 indivíduos e encaminhadas ao Hemocentro Coordenador do Pará – (HEMOPA) para confirmação da infecção e genotipagem e os resultados destes nos 51 indivíduos restantes foram obtidos a partir dos prontuários dos mesmos, no Serviço de Assistência Especializada de Rio Branco, Acre. O estudo revelou que, dos 76 candidatos com sorologia positiva para o anti-VHC, 0,11% (41/36.351) confirmaram a presença da infeccão pela RT-PCR, sendo que, 48,7% (20/41) apresentaram genótipo do tipo 1, 26,8% (11/41) genótipo 3, e em 10 (24,4%) não foi informado o genótipo viral. A maioria dos candidatos com infecção confirmada era do sexo masculino 75,6% (31/41), casados 56,1% (23/41), com idade acima dos 40 anos 83,0% (34/41), baixa escolaridade 46,3% (19/41) e residiam no município de Rio Branco 75,6% (31/41). A falta de um laboratório de biologia molecular no HEMOACRE evidencia um grande número de bolsas descartadas pelo teste de ELISA para o anti-VHC em doadores de sangue, uma vez que, durante os anos estudados em 46,05% das amostras analisadas não foi confirmada, a presença do vírus quando realizado o teste de RT-PCR.

  • FLAVIA CORREA BASTOS
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    CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE ISOLADOS DE Shigella spp NO ESTADO
    DO PARÁ

    CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE ISOLADOS DE Shigella spp NO ESTADODO PARÁ

     

  • Data: 05/12/2011
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  • Shigella spp. são bactérias Gram-negativos, não esporuladas, em forma debastonete que pertencem à família Enterobacteriaceae responsável pela shigelose ou disenteria bacilar, uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Um total de 122 amostras de Shigella spp. foram identificadas em uma coleção de isolados de pacientes com diarreia, no Pará, Brasil entre 1979 e 2009. A caracterização bioquímica e sorológica foi realizada segundo recomendações de Ewing (1986) e Kauffmann (1954). A resistência aos antimicrobianos das amostras foi determinada pelo método de disco difusão e usando o sistema de VITEK-2. A detecção dos genes de virulência foi realizada por uma técnica de PCR com oligonucleotídeos específicos. A caracterização genética foi realizada pela análise do padrão de macrorrestrição obtido pela enzima XbaI, definido por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE). As amostras de Shigella pertenciam principalmente aos sorotipos S. flexneri (81 de 122 [66,4%]) e S. sonnei (40 de 122 [32,8%]). A maior taxa de resistência foi encontrada em tetraciclina (94,2%), seguido de cloranfenicol (63,9%), e trimetoprim/sulfametoxazol (63,1%). Multirresistência a pelo menos três drogas foi mais comum entre S. flexneri que S. sonnei (42% vs 10%). Cinco amostras (4,1%) foram sensíveis a todos antimicrobianos testados. Todas as amostras foram sensíveis à ceftazidima, ciprofloxacina, ácido nalidíxico e nitrofurantoína. Altas taxas de resistência em Shigella a múltiplas antimicrobianos são um grave problema de saúde pública no Brasil. A PCR mostrou que todos os isolados foram positivos para três genes invasivos: ipaBCD, ipaH e ial. A sequência set1A foi detectada em 27 (40,2%) amostras (51,8% S. flexneri e 48,2% S. sonnei), enquanto que set1B esteve presente em 40 (59,8%) amostras (todas S.flexneri 2a). Nossos resultados mostraram a prevalência de ipaBCD, ipaH e ial em todas as cepas testadas apesar de sua sorogrupos, e a prevalência de set1A juntamente com set1B em amostras de S. flexneri 2a testados. A análise do padrão de macrorrestrição obtido pela enzima XbaI revelou a presença de uma diversidade de padrões de PFGE nas amostras de Shigella spp. analisadas. Contudo, uma relação significativa de similaridade foi identificada, sendo que vários subgrupos estreitamente relacionados, apresentando um índice de similaridade maior que 60%, foram identificados entre amostras, independentemente dos dados epidemiológicos dos pacientes e características fenotípicas e genotípicas das mesmas.

  • LUANA LORENA SILVA RODRIGUES
  • OCORRÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) IDENTIFICADO EM ESPÉCIME ANAL E CERVICAL DE PORTADORAS DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) ATENDIDAS EM BELÉM, PARÁ

  • Data: 29/11/2011
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  • Alguns estudos tem demonstrado que a presença do Papilomavírus humano (HPV) pode estar envolvida no desenvolvimento de carcinoma anorretal, principalmente em portadores do vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1). O presente estudo é do tipo transversal e tem como objetivos identificar a frequência da infecção anal e cervical pelo HPV em portadoras do HIV-1 de Belém, Pará, descrever as espécies de HPV e correlacionar com as informações epidemiológicas obtidas. Foram coletados espécimes anais de 114 mulheres e espécimes cervicais de 51 mulheres atendidas no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (URE-DIPE), no período de maio à dezembro de 2010. As amostras foram submetidas à técnicas de biologia molecular para detecção do DNA do HPV e identificação das espécies. Realizou-se uma PCR consenso objetivando amplificar o fragmento ORF L1 do HPV de 450 pares de bases. A média de idade das participantes do estudo foi de 38,22 anos, sendo que a maioria iniciou a vida sexual entre 10 e 15 anos de idade (49%), usa preservativo durante o sexo vaginal (81%), pratica sexo anal (54%) e não usa preservativo durante o sexo anal (64%). Somente 23% das integrantes da pesquisa tinham história de verruga anal e 19% tinham história de verruga genital. Dos swabs anais submetidos à PCR, 29 amplificaram o segmento alvo, equivalendo a uma ocorrência geral de 27%. Foram sequenciados 20 dos 29 swabs anais positivos na PCR, dos quais identificou-se dez espécies de HPV. A maior parte (65%) das espécies identificadas pertencia ao grupo de baixo risco, no qual o HPV-6 foi mais frequente (23%). Apenas três (15%) das espécies isoladas eram de alto risco, sendo elas o HPV-16, HPV-58 e HPV-59; enquanto, que 20% eram prováveis espécies de alto risco. Dos esfregaços cervicais analisados, apenas seis foram positivos na PCR, correspondendo a uma ocorrência de 12% de infecção pelo HPV. A metade (3/6) das espécies de HPV isoladas pertencia ao grupo de alto risco, sendo dois (67%) HPV- 16 e um (33%) HPV-35, enquanto, que a outra metade pertencia ao grupo de baixo risco, onde
    o HPV-70 foi o mais prevalente (2/3; 67%). Houve infecção concomitante (anal e cervical) em duas participantes (1,85%) e as espécies identicadas foram HPV-66 e HPV-102 parainfecção anal e HPV-16 e HPV-35 para infecção cervical. A análise comparativa entre as infecções demonstrou que a ocorrência da infecção anal é diferente da ocorrência da infecção cervical (p=0,032). Não houve diferença significativa na distribuição das espécies de HPV identificadas tanto nos swabs anais (p=0,9900) quanto nos esfregaços cervicais (p=0,8281) das portadoras de HIV-1. De acordo com a Regressão logística, somente o início precoce da vida sexual foi correlacionado com a infecção anal (p=0,0368) pelo HPV. A ocorrência das infecções pelo HPV observadas no estudo são similares às descritas na literatura, onde a infecção anal é, em geral, mais frequente que a cervical. Além disso, as espécies de baixo risco são comumente detectadas na região anal de portadores de HIV-1 e o início precoce da vida sexual é considerado fator de risco para a aquisição de HPV nesta população.

  • ROSILEIDE DE SOUZA TORRES
  • PERFIL LIPÍDICO DE PORTADORES DE HIV-1 E OU AIDS E SUA CORRELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL

  • Data: 16/11/2011
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  • Segundo estimativas da UNAIDS (2011) em 2015 teremos 1 milhão de novas infecções de HIV por ano, 11,6 milhões de pessoas estarão em terapia antirretroviral e teremos 18,8 milhões de órfãos. Dislipidemia é freqüentemente observada em pacientes infectados pelo HIV. Sua patogênese é complexa e inclui fatores relacionados ao vírus e ao tratamento antirretroviral. O objetivo do estudo foi descrever o perfil lipídico e sua correlação com o estado nutricional dos pacientes portadores de HIV-1 ou com AIDS, atendidos no Serviço de Atendimento Especializado do Hospital Universitário João de Barros Barreto da UFPA. Nesse estudo foram estudados 119 pacientes, sendo 61% do sexo masculino, com peso médio de 62,8 ± 11,0 Kg e 39% do sexo feminino com peso médio de 55,4 ± 13,8 Kg. Com diferença significativa < 0,05. A altura dos pacientes foi em média de 1,63 ± 0,08 m variando de 1,17 a 1,79 m e 1,53 ± 0,07 m, variando entre 1,33 e 1,68 m, com diferença estatística significante (p <0,05). A idade média dos pacientes foi de 41,1 ± 11,6 anos, maior entre os homens, sem diferença estatística. Todos os pacientes do estudo matriculados no SAE do HUJBB estão sob o uso de antirretroviral (TARV). Apenas 10,9 % dos pacientes analisados apresentaram baixo peso, sendo, mais prevalentes nos do sexo feminino. O estado nutricional mostrou relação com o tempo de uso de TARV, ocorrendo declínio do peso. Dos 119 pacientes avaliados, 85 deles estavam com a taxa de colesterol total dentro da faixa desejável, sendo maior no grupo de pacientes com estado nutricional de peso adequado, com prevalência maior no percentual dos indivíduos do sexo masculino, com diferença estatística significativa quando comparado ao sexo feminino (p<0,05). Ao final do estudo concluiu-se que na amostra estudada o tratamento com TARV promoveu influencia nos níveis de lipídios sanguíneos.

  • TALITA POMPEU DA SILVA
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    AVALIAÇÃO DA QUIMIOPROFILAXIA COM CLOROQUINA EM
    GESTANTES ACOMETIDAS POR Plasmodium vivax

    AVALIAÇÃO DA QUIMIOPROFILAXIA COM CLOROQUINA EM GESTANTES ACOMETIDAS POR Plasmodium vivax

  • Data: 09/11/2011
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    A malária é uma doença infecciosa febril aguda, que tem importância epidemiológica por sua
    gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas com densidade vetorial
    favorecedoras da transmissão. As gestantes e as crianças apresentam-se com taxas variáveis
    de morbimortalidade e são inseridos nos grupos de risco. Este estudo tem por objetivo analisar
    os efeitos da quimioprofilaxia com cloroquina em gestantes com malária por P. vivax, durante
    o seu ciclo gravídico puerperal. Foi realizado um estudo observacional de seguimento
    longitudinal, desenvolvido no Município de Anajás- PA em demanda forçada de mulheres
    grávidas com exame positivo de gota espessa para infecção malárica por P. vivax, atendidas
    na Unidade básica de saúde de Anajás. As gestantes foram submetidas ao tratamento
    convencional com cloroquina e posteriormente receberam a quimioprofilaxia com a mesma
    droga durante toda a gravidez. Foram acompanhadas com entrevistas clínico-epidemiológicas
    e realização de exames parasitológicos e inespecíficos seriados até o desfecho gravídico. Seus
    recém-nascidos foram submetidos a uma única avaliação com exame parasitológico imediato
    ao nascimento. As análises foram feitas sob a forma de estatísticas descritivas de
    intercorrências durante a gravidez, tipo de desfecho e resultados de avaliações clínicas
    direcionadas e exames parasitológicos. Foram incluídas nos estudo 23 gestantes com idade
    entre 16 anos e 36 anos. O desaparecimento da tríade sintomática ocorreu no máximo em até
    96 horas após início do tratamento e a negativação da parasitemia assexuada ocorreu em até
    72 horas. Foram observadas recaídas em 56 % (13/23) gestantes acompanhadas. Houve
    diferença entre o crescimento uterino e a idade gestacional em 26 % das gestantes. Trabalho
    de parto prematuro ocorreu em 8,7% (2/23), 4,3 % (1/23) de natimorto, crescimento intrauterino
    restrito em 8,7% (2/23). A cloroquina utilizada na quimioprofilaxia parece não ter
    garantido que episódios de recaídas acontecessem em mais da metade das gestantes avaliadas.
    Palavras Chaves: Cloroquina. Gestante. Quimioprofilaxia

    A malária é uma doença infecciosa febril aguda, que tem importância epidemiológica por suagravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas com densidade vetorialfavorecedoras da transmissão. As gestantes e as crianças apresentam-se com taxas variáveisde morbimortalidade e são inseridos nos grupos de risco. Este estudo tem por objetivo analisaros efeitos da quimioprofilaxia com cloroquina em gestantes com malária por P. vivax, duranteo seu ciclo gravídico puerperal. Foi realizado um estudo observacional de seguimentolongitudinal, desenvolvido no Município de Anajás- PA em demanda forçada de mulheresgrávidas com exame positivo de gota espessa para infecção malárica por P. vivax, atendidasna Unidade básica de saúde de Anajás. As gestantes foram submetidas ao tratamentoconvencional com cloroquina e posteriormente receberam a quimioprofilaxia com a mesmadroga durante toda a gravidez. Foram acompanhadas com entrevistas clínico-epidemiológicase realização de exames parasitológicos e inespecíficos seriados até o desfecho gravídico. Seusrecém-nascidos foram submetidos a uma única avaliação com exame parasitológico imediatoao nascimento. As análises foram feitas sob a forma de estatísticas descritivas deintercorrências durante a gravidez, tipo de desfecho e resultados de avaliações clínicasdirecionadas e exames parasitológicos. Foram incluídas nos estudo 23 gestantes com idadeentre 16 anos e 36 anos. O desaparecimento da tríade sintomática ocorreu no máximo em até96 horas após início do tratamento e a negativação da parasitemia assexuada ocorreu em até72 horas. Foram observadas recaídas em 56 % (13/23) gestantes acompanhadas. Houvediferença entre o crescimento uterino e a idade gestacional em 26 % das gestantes. Trabalhode parto prematuro ocorreu em 8,7% (2/23), 4,3 % (1/23) de natimorto, crescimento intrauterinorestrito em 8,7% (2/23). A cloroquina utilizada na quimioprofilaxia parece não tergarantido que episódios de recaídas acontecessem em mais da metade das gestantes avaliadas.

  • PRISCILA ROCHA DE REZENDE
  • AVALIAÇÃO DO RISCO DE INFECÇÃO PELO VIRUS DA HEPATITE C EM PACIENTES HEMOFÍLICOS DO PARÁ

  • Data: 03/11/2011
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  • A hepatite C é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em hemofílicos que receberam hemocomponentes, como fator de coagulação, antes do processo de inativação viral na década de 1980. Os fatores associados à infecção pelo HCV, a soroprevalência desta infecção e as características de exposição a este vírus, em pacientes hemofílicos atendidos no Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará – HEMOPA, foi avaliada a partir de dados sócio-demográficos e epidemiológicos, e de anti-HCV investigado por ELISA. Foi proposto o estudo descritivo e do tipo caso-controle, os quais foram definidos como pacientes que fizeram uso de hemocomponentes somente após setembro de 1993 e como controles aqueles pacientes que nunca fizeram uso de hemocomponentes. Foram entrevistados 130 pacientes portadores de hemofilia do tipo A e B. A idade média dos pacientes participantes foi de 20 anos. A análise dos resultados de teste sorológico demonstrou soroprevalência de anticorpos anti-HCV igual a 24,2% nos pacientes hemofílicos. A soroprevalência do HCV observada entre os hemofílicos foi equivalente entre caso e controle, sugere que existem outros fatores de risco associados à infecção pelo HCV em hemofílicos, que não o uso de hemoderivados.

  • MARIA HELENA GUIMARAES PEREIRA
  • ESTUDO DA CITOLOGIA ONCÓTICA CONVENCIONAL, DETECÇÃO DNA-CÉRVICE UTERINA NO RASTREAMENTO DE LESÕES PRÉ- NEOPLÁSICAS EM MULHERES PROVENIENTES DOS MUNICÍPIOS DE PLÁCIDO DE CASTRO E RIO BRANCO- ACRE
  • Orientador : JUAREZ ANTONIO SIMOES QUARESMA
  • Data: 02/11/2011
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  • ESTUDO DA CITOLOGIA ONCÓTICA CONVENCIONAL, DETECÇÃO DNA-CÉRVICE UTERINA NO RASTREAMENTO DE LESÕES PRÉ- NEOPLÁSICAS EM MULHERES PROVENIENTES DOS MUNICÍPIOS DE PLÁCIDO DE CASTRO E RIO BRANCO- ACRE
  • MARLY DE FATIMA CARVALHO DE MELO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 26/10/2011

  • ELAINE AZEVEDO SOARES LEAL
  • INFECÇÃO PELO PAPILOMAVIRUS HUMANO: PREVALÊNCIA DOS GENÓTIPOS, EVOLUÇÃO CLÍNICA E RESPOSTA DO SISTEMA DE SAÚDE 

  • Data: 03/10/2011
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  •  

    Identificar a prevalência dos genótipos, a evolução clínica e a resposta do sistema de saúde às
    mulheres infectadas pelo HPV em dois municípios do Estado do Acre. Rio Branco, capital do
    Estado, com, aproximadamente, metade da população do Estado e em torno de 172.400
    mulheres acima de 10 anos (IBGE) e na Reserva Extrativista do Alto Juruá (Vila
    Restauração), localizada a 939 km de Rio Branco - pelo Rio Tejo, onde vivem 5.821
    habitantes, sendo 45,4% mulheres. A amostra de conveniência foi constituída por livre
    demanda, com mulheres portadoras de lesão cervical, com mulheres sem história de alteração
    cervical que habitualmente, realizam a colpocitologia oncótica e com mulheres que nunca
    realizaram o exame. Foram colhidas amostras para pesquisa do DNA-HPV pela técnica de
    PCR. A amostra foi de 122 mulheres, sendo que 82 (67,2%) de Rio Branco e 40 (32,8%) da
    Restauração. A idade média foi de 35,5 anos (19-61 anos), a da menarca foi de 13,1 anos, a
    do início da vida sexual foi de 16,6 anos (a mínima de 12 anos) e a da primeira gestação foi
    de 18,5 anos (a mínima de 13 anos). A média de parceiros sexuais foi de 3,3 parceiros e de
    filhos de 3,6. 44 (36,1%) têm ensino fundamental incompleto, 29 (23,8%) são tabagistas e 17
    (13,9%) tiveram algum tipo de DST, sendo a mais encontrada o HPV 13 (10,7%). 75 (61,5%)
    realizam o exame colpocitológico anualmente e 17 (13,9%) nunca o realizaram. Em relação
    aos resultados dos exames colhidos na pesquisa, na colpocitologia oncótica, 24 (19,7%)
    mulheres tiveram alteração celular (LSIL ou HSIL) e 15 (12,3%) mulheres tiveram seus
    exames positivos para o DNA-HPV. O tipo de HPV mais encontrado foi o 16 (26,7%). As
    duas populações estudadas apresentam uma epidemiologia propícia à infecção pelo HPV,
    dificuldade de acesso à colpocitologia oncótica, à investigação e ao tratamento das patologias
    cervicais, o que pode contribuir para o número, ainda, elevado de mulheres com câncer de
    colo uterino no Estado.

    Identificar a prevalência dos genótipos, a evolução clínica e a resposta do sistema de saúde àsmulheres infectadas pelo HPV em dois municípios do Estado do Acre. Rio Branco, capital doEstado, com, aproximadamente, metade da população do Estado e em torno de 172.400mulheres acima de 10 anos (IBGE) e na Reserva Extrativista do Alto Juruá (VilaRestauração), localizada a 939 km de Rio Branco - pelo Rio Tejo, onde vivem 5.821habitantes, sendo 45,4% mulheres. A amostra de conveniência foi constituída por livredemanda, com mulheres portadoras de lesão cervical, com mulheres sem história de alteraçãocervical que habitualmente, realizam a colpocitologia oncótica e com mulheres que nuncarealizaram o exame. Foram colhidas amostras para pesquisa do DNA-HPV pela técnica dePCR. A amostra foi de 122 mulheres, sendo que 82 (67,2%) de Rio Branco e 40 (32,8%) daRestauração. A idade média foi de 35,5 anos (19-61 anos), a da menarca foi de 13,1 anos, ado início da vida sexual foi de 16,6 anos (a mínima de 12 anos) e a da primeira gestação foide 18,5 anos (a mínima de 13 anos). A média de parceiros sexuais foi de 3,3 parceiros e defilhos de 3,6. 44 (36,1%) têm ensino fundamental incompleto, 29 (23,8%) são tabagistas e 17(13,9%) tiveram algum tipo de DST, sendo a mais encontrada o HPV 13 (10,7%). 75 (61,5%)realizam o exame colpocitológico anualmente e 17 (13,9%) nunca o realizaram. Em relaçãoaos resultados dos exames colhidos na pesquisa, na colpocitologia oncótica, 24 (19,7%)mulheres tiveram alteração celular (LSIL ou HSIL) e 15 (12,3%) mulheres tiveram seusexames positivos para o DNA-HPV. O tipo de HPV mais encontrado foi o 16 (26,7%). Asduas populações estudadas apresentam uma epidemiologia propícia à infecção pelo HPV,dificuldade de acesso à colpocitologia oncótica, à investigação e ao tratamento das patologiascervicais, o que pode contribuir para o número, ainda, elevado de mulheres com câncer decolo uterino no Estado.

     

  • MARCELA DE SOUZA FIGUEIRA
  • O EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL DE Agaricus sylvaticus SOBRE ALTERAÇÕES OXIDATIVAS E DA DEFESA ANTIOXIDANTE ASSOCIADAS À INFECÇÃO PELO HIV EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

  • Data: 30/09/2011
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  • A infecção pelo HIV é marcada pela ocorrência de um estresse oxidativo que parece exercer importante papel na rápida progressão da doença, por estimular a replicação do HIV, causar dano celular e induzir a apoptose. Uma capacidade antioxidante elevada torna-se necessária para controlar estes danos, o que requer a ingestão adequada de nutrientes como o zinco, cobre, selênio e vitaminas A, C e E, os quais estão deficientes em pacientes infectados pelo HIV, destacando-se crianças e adolescentes, principalmente nas regiões tropicais, de forma que se faz necessária a suplementação nutricional com alimentos ricos em antioxidantes. Portanto, objetivou-se verificar o efeito da suplementação nutricional do cogumelo Agaricus sylvaticus sobre as alterações oxidativas, da defesa antioxidante e sobre o estado nutricional em crianças e adolescentes nascidos com o HIV e que fazem uso da terapia antirretroviral. Para realizar este estudo, selecionou-se 43 crianças e adolescentes entre 1 e 18 anos de idade, de ambos os sexos que foram suplementadas por um período de três meses: 15 receberam suplementação com Agaricus sylvaticus, 14 receberam placebo e 14 constituíram o grupo controle. Foram analisados ao início e ao final do período de estudo marcadores do estresse oxidativo (malondialdeído - MDA e nitritos e nitratos - NO) e da capacidade antioxidante equivalente ao Trolox (TEAC) e relacionada ao radical DPPH (DPPH), além da avaliação nutricional antropométrica, realizada por meio dos índices P/I, E/I e P/E e IMC. Antes da suplementação, verificou-se valores significantemente elevados de MDA e NO e diminuídos de TEAC e DPPH nos sujeitos infectados quando comparadas com os controles e a maioria foi classificada em estado nutricional eutrófico. Após a suplementação verificou-se uma redução significante dos valores de MDA e NO e aumento significante nos valores de DPPH tanto no grupo suplementado com Agaricus sylvaticus quanto no grupo placebo. Valores aumentados de TEAC foram observados somente no grupo suplementado com Agaricus sylvaticus. Houve correlação negativa significante entre MDA e TEAC e correlação positiva significante entre TEAC e DPPH no grupo suplementado com Agaricus sylvaticus, correlação negativa significante entre MDA e DPPH em ambos os grupos suplementados, correlação negativa significante entre NO e DPPH somente no grupo placebo. As outras correlações estudadas não apresentaram significância estatística. Não foram observadas mudanças significantes no estado nutricional dos sujeitos. Os resultados sugerem o envolvimento do estresse oxidativo na infecção pelo HIV, com a participação da síntese de NO, o que leva a capacidade antioxidante reduzida nos sujeitos infectados. Paralelamente, a suplementação com o Agaricus sylvaticus não apresentou efeito benéfico sobre as alterações oxidativas, da defesa antioxidante, ou sobre o estado nutricional dos sujeitos, tendo as modificações ocorridas provavelmente devido ao efeito placebo.

  • MEDIA BARBOSA FIGUEIREDO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 30/09/2011

  • LUCIO FLAVIO DEMETRIO DA SILVA
  • EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM ANTIOXIDANTES SOBRE AS ALTERAÇÕES OXIDATIVAS E PRODUÇÃO DE INTERFERON GAMMA E FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA EM TECIDO PULMONAR DE CAMUNDONGOS INFECTADOS POR Plasmodium berghei

  • Data: 23/09/2011
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  • Recemente tem-se discutido o envolvimento das vias de regulação redox nos diversos estágios da infecção pelo Plasmodium, que podem estar relacionadas aos mecanismos patogênicos desencadeados, bem como pela produção de radicais livres e aumento das defesas antioxidantes nas células hospedeiras, integradas à expressão de citocinas como o interferon gama (IFN-γ) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), com o intuito de debelar a infecção. A relação entre o estado redox do parasita e das células hospedeiras é complexa, inclusive envolvendo a produção de óxido nítrico (NO),a partir da estimulação da enzima óxido nítrico sintase induzível pelo IFN-γ e o TNF-α. Para investigar o efeito da suplementação de antioxidantes sobre as alterações oxidativas e sobre as citocinas inflamatórias em tecidos pulmonares de camundongos infectados pelo Plasmodium berghei, 200 camundongos foram divididos em quatro grupos denominados grupo controle negativo, grupo controle positivo, grupo suplementado com N-acetilcisteína (NAC) e o grupo suplementado com Agaricus sylvaticus. Amostras de tecido pulmonar foram coletadas 24 h, 3, 5, 7 e 10 dias após a inoculação do plasmódio. As amostras foram submetidas à dosagens de malondialdeído (MDA), capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC), dosagem de nitratos e nitritos (NN), dosagem de IFN-γ e dosagem de TNF-α, assim como a avaliação da parasitemia dos animais infectados. A NAC e o A. sylvaticus induziram a alterações no estado redox, principalmente com o aumento da capacidade antioxidante em amostras pulmonares dos camundongos infectados. O A. sylvaticus provocou valores menores de MDA em relação ao grupo NAC (3.722 ± 1.868 e 6.458 ± 1.869; respectivamente, p< 0,01). A capacidade antioxidante foi maior em animais suplementados com A. sylvaticusdo que em animais suplementados com a NAC (27,45 ± 5,78 e 17,99 ± 3,53; respectivamente, p< 0,0001).Houve correlação significante entre o MDA e o TEAC (R= 0,579; p< 0,0001)somente nos grupos suplementados com o A. sylvaticus. Contrariamente, a suplementação com NAC provocou aumentodos níveis de NN nas amostras pulmonares, enquanto que o uso de A. sylvaticus inibiu sua produção (1.3340 ± 8.980 e 608 ± 173; respectivamente, p= 0,01). Os níveis de NN não se correlacionaram com os níveis de MDA nos grupos suplementados com antioxidantes. O A. sylvaticus induziu maiores níveis de IFN-γ em relaçãoà NAC (1.193 ± 10.993 e 8.844 ± 8.097; respectivamente, p= 0,008). Ambos os antioxidantes foram capazes de reduzir os níveis de TNF-α em relação ao grupo Controle Positivo (CP – 5.017 ± 1.922; NAC – 1.705 ± 2.365; AS – 1.392 ± 2.135; NAC x CP – p= 0,022; AS x CP – p= 0,015). A parasitemia nos grupos suplementados evoluiu mais lentamente que o no grupo controle positivo até o sétimo dia de infecção, diminuindo até décimo dia de infecção (CP – 52,1 ± 9,1; NAC – 37,3 ± 6,5; AS – 33,0 ± 5,8; CP x NAC – p= 0,003; CP x AS – p= 0,002).Embora tanto a NAC quanto A. sylvaticus promoveram alterações benéficas nos animais infectados, provavelmente cada substância atuou por mecanismos de ação distintos. Esses dados sugerem que os efeitos da suplementação de antioxidantes poderão nos fornecer subsídios para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para a malária

  • GISELLE MARIA RACHID VIANA
  • PERFIL GENÉTICO DE POPULAÇÕES DE Plasmodium falciparum RESISTENTES À CLOROQUINA E SULFADOXINA – PIRIMETAMINA EM ÁREAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 20/09/2011
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  • Os registros de malaria no Brasil ocorrem na Amazônia brasileira e o P. falciparum é o responsável por aproximadamente 15% destes casos, possuindo distribuição focal. Os primeiros relatos de resistência do P. falciparum à Cloroquina (CQ), um dos principais medicamentos na luta contra a malária, foram registrados em 1960. Por outro lado, a resistência à combinação Sulfadoxina e Pirimetamina (SP) foi primeiramente relatada em Goiás em 1970 e seis anos depois no Maranhão. Resistência do P. falciparum à CQ tem sido associada a mutações no gene P. falciparum resistente à CQ relacionado ao transportador (pfcrt) com a mutação K76T considerada como o evento crítico, enquanto mutações adicionais (códons 72-75) aumentariam a resistência e, talvez, à mutações no gene do P. falciparum resistente a multi-drogas 1 (pfmdr1). Para a SP, a resistência está associada a pontos de mutação nos genes P. falciparum dihidrofolato redutase (pfdhfr) e dihidropteroato sintetase (pfdhps). O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil genético de populações de P. falciparum resistentes a Cloroquina e Sulfadoxina-Pirimetamina em áreas da Amazônia brasileira. Para atingir este objetivo, foram analisados 190 isolados de P. falciparum coletados nas décadas de 80 e 90, oriundas de localidades dos Estados do Amapá, Pará e Rondônia. Após a extração do DNA das amostras, foi realizado o sequenciamento direto para determinar a presença de mutações nos genes pfcrt, pfmdr1, pfdhfr and pfdhps e examinados os loci de microssatélites acerca dos genes pfcrt, pfmdr1, pfdhfr and pfdhps. Para o gene pfcrt, nenhum alelo ancestral sensível à CQ (CVMNK) foi encontrado nas amostras analisadas e todos os isolados apresentaram o genótipo SVMNT, que tem sido reportado como associado a altos níveis de resistência à CQ nos países da América do Sul. Entretanto, foram detectados dois alelos SVMNT, um no qual o S foi codificado pelo TCT e outro pelo AGT. O alelo STCTVMNT foi o mais frequente neste estudo. Os dois alelos apresentaram um único haplótipo em comum, sugerindo que estes dois perfis são provenientes do mesmo ancestral. Além disto, este haplótipo é semelhante àqueles encontrados em outros países da América do Sul. Os parasitos coletados apresentaram o alelo 1034C/1042D/1246Y para o gene pfmdr1, com pequenas exceções que apresentaram o alelo duplo 1042D/1246Y. Estes alelos compartilharam o mesmo haplótipo, sugerindo que são provenientes de um mesmo ancestral. Para o gene pfdhfr, os parasitos coletados apresentaram um dos três alelos (51I/108N, 51I/108N/164L ou 50R/51I/108N), sendo o alelo triplo 50R/51I/108N o mais frequente. Os três alelos encontrados possuíam dois haplótipos, o que sugere origens independentes. As amostras coletadas resultaram no alelo 437G/540E/581G para o gene pfdhps, o mais prevalente, e também no 437G/581G. Em relação à origem destes alelos, os dois alelos encontrados compartilharam um haplótipo em comum.  Baseado na análise de Diagrama de Redes, os isolados analisados compartilharam conexões entre si, o que implica que há migração interna entre os locais e que as populações do parasito foram conservadas ao longo do período examinado. Além disto, as análises dos valores de FST foram baixos comparados com os de outros estudos. Em conjunto, estes resultados sugerem que os alelos resistentes relacionados aos genes pfcrt, pfmdr1, pfdhfr e pfdhps estão fixados nas localidades da região Amazônica brasileira como consequência da forte pressão seletiva da droga.

  • EDICLEI LIMA DO CARMO
  • ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA TOXOPLASMOSE NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

  • Data: 19/09/2011
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  • Toxoplasma gondii é o agente etiológico da toxoplasmose, uma das infecções mais comuns e prevalentes em todo o mundo. Esse protozoário pode infectar várias espécies animais e, em humanos, pode causar complicações severas, principalmente em crianças infectadas congenitamente e indivíduos imunocomprometidos. Sua prevalência varia com as características geográficas, climáticas, sociais e culturais de cada região. No Brasil, a prevalência da infecção por T. gondii é alta entre humanos e animais domésticos, com destaque para a região Amazônica, área considerada endêmica para a infecção. O principal objetivo deste estudo foi realizar a avaliação soroepidemiológica da toxoplasmose humana e animal na área urbana da Região Metropolitana de Belém (RMB), Estado do Pará, Brasil. Foram avaliados, pela pesquisa de anticorpos anti-T. gondii, 2.740 humanos, 171 cães, 124 gatos e 113 galináceos de criação doméstica (aves “caipiras”) oriundas dos municípios de Ananindeua e Belém, ambos pertencentes a RMB, além de bovinos de corte, abatidos em matadouro fiscalizado e que abastece a área estudada. Para tentativa de isolamento de cepas de T. gondii, os órgãos (coração e cérebro) das aves soropositivas foram digeridos em solução ácida de pepsina e inoculados em camundongos (bioensaio). Alíquotas da suspensão de tecidos digeridos das aves bioensaiadas (amostras primárias) foram congeladas para posterior realização da reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR), para detecção direta de DNA do parasito. Para confirmação dos resultados do bioensaio, as amostras de tecido pulmonar e cerebral dos camundongos inoculados (amostras secundárias) também foram submetidas à PCR. A soroprevalência geral entre os humanos foi de 77,9% para IgG e de 11,9% para IgM. Estes foram subdivididos em cinco grupos: gestantes (IgG: 78,9%; IgM: 14,2%); candidatos a transplante renal (IgG: 85,5%; IgM: 2,9%); portadores do HIV (IgG: 83,7%; IgM: 3,8%); portadores de sintomas oculares sugestivos de toxoplasmose (IgG: 83,5%; IgM: 6,4%); portadores de doença febril-linfadenopática (IgG: 67,6%; IgM: 27,2%) e indivíduos da demanda espontânea do Instituto Evandro Chagas (IgG: 72,0%; IgM: 10,4%). Foi realizada também a análise da associação entre diferentes variáveis e a soroprevalência. Nos humanos observou-se que a diferença de soropositividade para IgG foi significativa entre as diferentes faixas de idade, com tendência de aumento com a evolução etária (P<0,0001). Esse aumento não foi verificado para IgM, sendo a maior frequência observada em crianças de 2 a 9 anos. Pela análise multivariada (regressão logística) o consumo de carne mal cozida foi o principal fator de risco para a infecção (P<0,05). Nos cães, a soroprevalência foi de 57,9% e os principais fatores de risco foram o habitat, contato com gatos e consumo eventual de carne crua ou mal cozida e de restos de alimentos. No grupo dos gatos a soroprevalência foi de 49,2% e os principais fatores de risco foram o acesso a rua e o contato com outros gatos. Entre os bovinos e aves a soroprevalência encontrada foi de 40,6% e 68,1%, respectivamente. Amostras de tecidos de 23 aves soropositivas foram submetidas ao bioensaio, que foi positivo para apenas quatro aves. Na análise molecular direta das amostras primárias das aves bioensaiadas, a PCR foi negativa. Em relação às amostras secundárias, a PCR confirmou os resultados obtidos no bioensaio. Baseado nos resultados é possível concluir que: a) a prevalência de toxoplasmose humana e animal na RMB é elevada, reflexo da alta disseminação do parasito T. gondii nesta área, b) A presença de animais domésticos sentinelas para infecção na área, em especial as aves e gatos, é um indicador da contaminação ambiental com oocistos de T. gondii, c) A infecção via ingestão de cistos teciduais não está descartada, devido a elevada soroprevalência em bovinos de corte e aves, e ao isolamento de cepas do parasito nos tecidos destes últimos, d) Diferentes animais domésticos soropositivos coabitando com humanos são indicativos de que estes estão expostos a vários fatores de risco para a infecção pelo T. gondii.

  • LAUDEMIR ROBERTO FERREIRA ARAUJO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : JEANNIE NASCIMENTO DOS SANTOS
  • Data: 29/06/2011

  • VERA DA COSTA VALENTE
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 29/06/2011

  • MARIA ALICE FREITAS QUEIROZ
  •  

    INVESTIGAÇÃO DO POLIMORFISMO CYP2B6 G516T E SUA
    RELAÇÃO COM O PERFIL IMUNOLÓGICO, VIROLÓGICO E DAS
    FUNÇÕES HEPÁTICA E RENAL EM INDIVÍDUOS PORTADORES
    DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) EM
    BELÉM, PARÁ

    INVESTIGAÇÃO DO POLIMORFISMO CYP2B6 G516T E SUARELAÇÃO COM O PERFIL IMUNOLÓGICO, VIROLÓGICO E DASFUNÇÕES HEPÁTICA E RENAL EM INDIVÍDUOS PORTADORESDO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 1 (HIV-1) EMBELÉM, PARÁ

     

  • Data: 28/06/2011
  • Mostrar Resumo
  • Polimorfismos em enzimas do citocromo P450 (CYP) parecem influenciar significativamente a variabilidade da resposta e o nível de toxicidade de diversas drogas antirretrovirais. O presente trabalho teve como objetivo investigar a presença do polimorfismo CYP2B6 G516T em indivíduos portadores do HIV-1 procedentes da cidade de Belém, estado do Pará e correlacioná-lo com o perfil imunológico, virológico e das funções hepática e renal. Foram analisadas amostras de sangue de 84 pacientes infectados pelo HIV-1, coletadas no período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011. Foi realizada a técnica molecular de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase (PCR) para a amplificação da região genômica de 526 pb, localizada no éxon 4 do gene CYP2B6 humano. O produto amplificado foi submetido à análise de RFLP, usando-se a endonuclease BsrI para identificação dos genótipos de CYP2B6 G516T. A análise mostrou que sete pacientes tinham genótipo G/G (8,4%), 71 apresentaram genótipos G/T (84,5%) e seis pacientes tinham o alelo mutante (T/T) CYP2B6 G516T (7,1%). Foi constatado não haver uma relação estatisticamente significante entre a presença do polimorfismo CYP2B6 T516G e alterações em marcadores da função hepática (aspartato
    aminotransferase - AST/TGO e alanina aminotransferase - ALT/TGP) e da função renal (uréia e creatinina). Da mesma forma, não foi observada correlação significativa entre o polimorfismo CYP2B6 T516G, os níveis de linfócitos T CD4+ e a carga viral plasmática dos indivíduos analisados. Portanto, apesar do alelo mutante CYP2B6 G516T estar associado ao menor clearance do efavirenz e aumento de sua concentração plasmática, estas alterações parecem não refletir diretamente na resposta ao tratamento. 

  • MARCIA DE NAZARE MIRANDA BAHIA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 11/05/2011

  • NATHALIA DANIELLY BORGES MARQUES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 10/05/2011

  • LUIS HENRIQUE SEABRA DE FARIAS
  • Leishmania (Viannia) braziliensis: ESTUDO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA E A INTERAÇÃO COM CÉLULA HOSPEDEIRA EM CEPAS CAUSADORAS DE LEISHMANIOSE CUTÂNEA E MUCO-CUTÂNEA NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 28/04/2011
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  • O protozoário do gênero Leishmania é um parasita intracelular obrigatório que se multiplica, principalmente, no interior de macrófagos do hospedeiro mamífero. Este parasito pode provocar diversas manifestações clínicas dentre elas a leishmaniose cutânea localizada (LCL) e a leishmaniose mucocutânea (LMC). O objetivo deste trabalho foi comparar fatores de virulência entre cepas de Leishmania (V.) braziliensis obtidas de paciente com diferentes manifestações clínicas. Dentre estes fatores de virulência podemos destacar o fosfolipídio Fosfatidilserina (FS) presente na composição da membrana plasmática das células, assim como nos parasitos e os açúcares de superfície, que são os principais componentes da molécula de lipofosfoglicano (LPG), importante para a adesão do parasito com a célula hospedeira. Resultados obtidos no presente trabalho demonstraram que cepas de L.(V.) braziliensis obtidas de pacientes, diagnosticadas com LCL e LMC, apresentaram viabilidade mitocondrial mesmo expondo a FS na sua superfície, entretanto não foi possível identificar diferenças, entre as cepas, na expressão de FS da análise por microscopia de fluorescência. Porém, quando analisadas por citometria de fluxo foi observada uma diferença significativa quanto à exposição de FS na superfície. Segundo as análises realizadas, a cepa LCL expôs maior quantidade de FS na superfície quando comparada à cepa LMC. Foi observado também que a maior expressão ocorreu em parasitos com 10 dias de cultivo (fase estacionária tardia), quando comparado com parasitos no 4ª e 7o dia de cultura (fase logarítmica e estacionária inicial). Além disso, outras moléculas de superfície, como o lipofosfoglicano (LPG) e os açúcares de superfície apresentam importante função no processo de interação parasito-célula hospedeira, assim como na adesão das formas promastigotas na parede do intestino do vetor flebotomíneo. Para análise destes açúcares de superfície foram realizados ensaios de aglutinação utilizando lectinas específicas. Foram detectadas diferenças no padrão de aglutinação relacionadas à concentração de açúcares quando comparadas em diferentes dias de cultivo, o que não foi detectado na cepa de LMC. Porém, esta última apresentou o açúcar acetil-galactosamina, que não foi detectado na cepa de LCL. Sendo assim, este estudo demonstrou a importância da identificação dos fatores de virulência presentes na superfície dos parasitos uma vez que a identificação desses fatores proporciona um melhor entendimento sobre o mecanismo de interação da leishmania com a célula hospedeira, bem como o mecanismo de evasão desses parasitos à resposta imunológica, e ainda uma melhor avaliação e diagnóstico das diferentes formas clínicas da doença.

  • JOSE RIBAMAR MESQUITA TEIXEIRA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 28/03/2011

  • POLIANA TORRES LAVIOLA GARCEZ
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 07/02/2011

  • FERNANDO DE ASSIS FERREIRA MELO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 25/01/2011

  • PABLO RODRIGO DE ANDRADE E SILVA
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  • Data: 24/01/2011

2010
Descrição
  • MARCELA NUNES VIDEIRA
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  • Orientador : EDILSON RODRIGUES MATOS
  • Data: 22/12/2010

  • EVELINE BEZERRA SOUSA
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  • Orientador : JEANNIE NASCIMENTO DOS SANTOS
  • Data: 20/12/2010

  • ROZINEIA DE NAZARE ALBERTO MIRANDA
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  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 10/12/2010

  • ANA DE NAZARE MARTINS DA SILVA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 03/12/2010

  • ROSIMAR NERIS MARTINS FEITOSA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 29/11/2010

  • AUBANEIDE BATISTA GUERRA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : LUIZ FERNANDO ALMEIDA MACHADO
  • Data: 05/11/2010

  • GLENDA ROBERTA OLIVEIRA NAIFF FERREIRA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : MARLUISA DE OLIVEIRA GUIMARAES ISHAK
  • Data: 27/10/2010

  • EDUARDO FERREIRA MOTA
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  • Orientador : MARIA FANI DOLABELA
  • Data: 07/10/2010

  • CLELEA DE OLIVEIRA CALVET
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  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 01/10/2010

  • ALEXANDRE DO ROSARIO CASSEB
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 30/09/2010

  • NEILA PATRICIA MONTEIRO BRITO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 27/09/2010

  • CAROLINA MIRANDA DE SOUSA
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  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 24/09/2010

  • TALITA ANTÔNIA FURTADO MONTEIRO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 24/08/2010

  • TATIANA FORTE GURJAO
  • EPIDEMIOLOGIA DA INFECÇÃO POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM MULHERES ATENDIDAS NO LABORATÓRIO DE CITOPATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

  • Data: 02/08/2010
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  • A Chlamydia trachomatis é uma bactéria sexualmente transmissível, cuja infecção constitui sério problema de saúde pública e apresenta grande impacto no sistema reprodutivo das mulheres. O objetivo do presente estudo foi descrever a prevalência das infecções por C. trachomatis, correlacionar dados epidemiológicos com o risco de aquisição da infecção e comparar os resultados de imunofluorescência direta e reação em cadeia da polimerase no diagnóstico laboratorial dessa bactéria. De junho a dezembro de 2009, foram coletadas 132 amostras endocervicais e uretrais de mulheres atendidas no Laboratório de Citopatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA). O teste de IFD foi utilizado para detecção do antígeno de C. trachomatis em amostras uretrais e endocervicais. O ensaio de PCR foi utilizado para detecção direta do plasmídeo de C. trachomatis somente em amostras endocervicais, sendo o resultado obtido analisado pelo teste do Qui-Quadrado. Em relação ao diagnóstico laboratorial, para o teste de IFD observou-se uma positividade de 31,4% enquanto que por PCR 3,6%. Os resultados mostram que a C. trachomatis está amplamente distribuída na população estudada e a disseminação desta provavelmente por meio de práticas sexuais de risco como o não uso de preservativos, início precoce da atividade sexual, vida sexualmente ativa e multiplicidade de parceiros. Faz-se necessário a conscientização e adoção de práticas sexuais seguras para quebrar a cadeia de transmissão não somente da C. trachomatis, mas também de outros agentes transmitidos pela via sexual.

  • DELIA CRISTINA FIGUEIRA AGUIAR
  • EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DOS ANTÍGENOS DE GRUPOS SANGUINEOS ABH EM PRIMATAS NÃO-HUMANOS DO NOVO MUNDO NA REGIÃO AMAZÔNICA E A INFECÇÃO PELA BACTÉRIA Helicobacter pylori

  • Data: 30/06/2010
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  • Os antígenos ABH são histo-antígenos, porém foram descritos pela primeira vez na superfície dos eritrócitos humanos. Sua presença nessas células ocorre apenas nos grandes macacos e no homem, e, em mamíferos mais primitivos nos tecidos e fluidos corpóreos. Este estudo descreve a expressão dos antígenos A, B e H tipo-humano em diferentes órgãos das espécies Aotus infulatus, Callithrix jacchus, Cebus apella e Saimiri sciureus, oriundas do Centro Nacional de Primatas (CENP). Foi identificada a presença da bactéria Helicobacter sp. no tecido gástrico dos primatas do CENP e de primatas de vida livre. As diferenças de expressão ocorreram principalmente nos órgãos de origem endodermal e, provavelmente, sob controle da enzima FUT-2 tipo-humana. Nos órgãos de origem mesodermal houve uma redução ou ausência da marcação dos antígenos A e B, particularmente da substância precursora H, indicando que esses órgãos estão sob o controle da enzima FUT-1 tipo-humana. A mucosa gástrica foi avaliada quanto à presença de alterações histopatológicas e relacionada com a presença pela bactéria e a expressão dos antígenos de grupos sanguíneos ABH nesse tecido. Não foi encontrada nenhuma relação entre o processo inflamatório e a infecção, indicando que a inflamação encontrada também deve estar associada a outros fatores etiológicos, visto que as origens das gastrites são de natureza multifatorial. Não houve associação entre os fenótipos de grupo sanguíneo ABO dos animais com a presença da bactéria e/ou do processo inflamatório. Esses resultados indicam que as espécies de primatas do Novo Mundo estão suscetíveis à infecção natural pela Helicobacter sp, como em humanos, além disso propõem a possibilidade de identificação de novas espécies do gênero Helicobacter, e no esclarecimento dos mecanismos patogênicos causados nesse primatas.

  • EVALDO HIPOLITO DE OLIVEIRA
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  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 22/06/2010

  • NILTON GHIOTTI DE SIQUEIRA
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  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 11/06/2010

  • SIMONE REGINA SOUZA DA SILVA CONDE
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  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 31/05/2010

  • ELANE GUERREIRO GIESE
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 10/05/2010

  • MAYRA DE OLIVEIRA E SILVA
  • Filogenia e Caracterização Genética do Vírus Dengue 2 circulante no Brasil.

  • Data: 06/05/2010
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  • Foram selecionadas 21 cepas do vírus dengue 2 para o estudo filogenético e molecular da região estrutural no período de 1999 a 2008, as quais foram cedidas pela Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas/IEC. Somente a proteína do envelope foi escolhida nas análises filogenéticas. A porcentagem de identidade foi de 96,3 % a 99,8%. Na análise de seqüência de aminoácidos, na proteína do capsídeo, apenas uma cepa apresentou substituição na posição 75 relacionado com o sinal de localização celular (SNL), responsável pela migração da proteína do citoplasma para o núcleo, no entanto não afeta no transporte da proteína. As árvores filogenéticas foram geradas por diversos métodos que demonstraram a mesma topologia, sendo a árvore de escolha a de máxima verossimilhança. As cepas do estudo agruparam-se no genótipo Sudeste asiático/Americano dividindo-as em dois sub-clados (I e II) de modo que essa distribuição já foi descrita anteriormente no Paraguai e na Malásia relacionado com a entrada de um novo clado e posição geográfica. A hipótese evolutiva do modelo de relógio molecular para o VDEN2 foi aceita com tempo de divergência de 8,537x10-4 que se aproxima com outros estudos e a obtida para o grupo de flavivírus transmitidos por mosquito (7.5x10-5). As cepas originaram-se de um ancestral comum há aproximadamente 257,47 anos, corroborando com dados de dois estudos sobre a evolução do VDEN. Este fato evidencia a rápida capacidade dessas cepas em gerar diversidade viral devido à alta taxa de substituição.

  • ALLAN KARDEC RIBEIRO GALARDO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 11/03/2010

  • OLINDA MACÊDO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 26/02/2010

  • LUIZ MARCELO DE LIMA PINHEIRO
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B EM DOADORES DE SANGUE NO ESTADO DO PARÁ, NORTE DO BRASIL

  • Data: 15/01/2010
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  • O vírus da hepatite B (VHB) é composto por uma molécula de DNA circular parcialmente fita dupla e seu genoma é totalmente codificante apresentando quatro fases de leitura aberta designadas de pre-S/S, pre-C/C, P e X. Os genótipos e subtipos do VHB apresentam uma distribuição geográfica, característica nas diferentes regiões do mundo. Não há uma correlação direta entre os genótipos e subtipos, pois, alguns subtipos podem ser encontrados em mais de um genótipo diferente. A estrutura molecular do gene S (Pre-S1, Pre-S2 e S), estudados em doadores de sangue, é similar às descobertas para os demais grupos de amostras já estudados em outros trabalhos. Em nosso trabalho os genótipos e subgenótipos não apresentaram relação com algum dos fatores de risco aqui relatados. O subgenótipo A1 se mostrou mais prevalente em nossa população. Os subtipos, determinante com subdeterminante, não conseguiram caracterizar genótipo ou subgenótipo. O genótipo F e o H já relatado em outros estudos como sendo dois grupos distintos, aqui parecem ser um só grupo. Não foram encontradas neste estudo mutações que indicassem o escape vacinal na população estudada. Os subgrupos encontrados no genótipo A podem ser os subgenótipos já relados em trabalhos anteriores, que tratam dos subgenótipos A3, A4 e A5. Apesar da evidência de grupos e subgrupos nas análises filogenéticas, para a espécie do vírus da hepatite b, do gênero Orthohepadnavirus, os níveis de similaridade de sequência, os valores de divergência e o comprimento dos ramos da árvore NJ sugerem uma única espécie para o vírus estudado.

2009
Descrição
  • WALEDYA ARAUJO LOPES DE MELO E ASSIS
  • PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS E SUA CORRELAÇÃO COM O CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM RIO BRANCO – ACRE
  • Data: 15/12/2009
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  • As doenças parasitárias chamam a atenção pela mortalidade resultante e pela freqüência com que produzem déficits orgânicos, associando-se freqüentemente a quadros de diarréias crônicas e desnutrição, comprometendo o desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens da população. As crianças menores de cinco anos refletem bem o grau de contaminação de uma região, por serem indivíduos que têm pouca capacidade de deslocamento e maior vulnerabilidade. O tratamento em massa de populações de risco para parasitoses intestinais proporciona uma rápida e acentuada diminuição das taxas de prevalência dessas doenças. Neste estudo observouse uma prevalência geral de enteroparasitoses de 26,2%, sendo que os parasitos patogênicos mais frequentes foram G. lamblia, entre os protozoários e A. lumbricoides, entre os helmintos. A segunda helmintíase mais presente foi a himenolepíase, diferenciando o município de Rio Branco das demais cidades brasileiras. Através dos dados epidemiológicos obtidos foi possível promover a revisão da seleção de medicamentos e comparar dois métodos de programação de medicamentos no município de Rio Branco, afirmando o fato de que a epimiologia é uma útil ferramenta para escolha de medicamentos antiparasitários destinados ao público infantil na rede pública de saúde municipal.
  • KATARINE ANTONIA DOS SANTOS BARILE
  • PREVALÊNCIA DOS GENES DE VIRULÊNCIA vacA, cagA e babA2 E CARACTERIZAÇÃO NUCLEOTÍDICA DA SUBUNIDADE 23S DO RNAr RELACIONADA À RESISTÊNCIA À CLARITROMICINA DAS CEPAS DE Helicobacter pylori ISOLADAS DE PACIENTES COM DOENÇAS GÁSTRICAS DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 14/12/2009
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  • A Helicobacter pylori é um importante patógeno humano associado ao desenvolvimento de doenças gástricas, e nos últimos anos a falha na terapêutica tem aumentado, principalmente relacionada à casos de cepas bacterianas resistentes a claritromicina. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a presença do genótipo triplo positivo (vacAs1m1/cagA/babA2) da H. pylori e sua correlação com as alterações histopatologicas em pacientes com cancer gastrico e caracterizar a varibilidadade do gene 23S RNAr da bactéria em biópsias de pacientes com patologias gástricas da região Norte do Brasil. Todos os 102 indivíduos com câncer gástrico apresentaram-se infectados pela H. pylori e 58,8% destes apresentavam nizados por cepas de genótipo virulento triplo positivo, o qual demonstrou significante correlação com as alterações severas na mucosa gástrica, com risco quatro vezes maior de apresentarem inflamação acentuada e atividade neutrofilica, e seis vezes mais chance de expressarem metaplasia intestinal, do que os colonizados por outras cepas da bactéria. Em relação às mutações no gene 23S RNAr, 41 sequencias foram analisadas e 75.6% apresentaram substituições nucleotídicas: A2142G, T2182C, G2224A, T2215C, A2192G, G2204C e T2221C. Destas mutações identificadas, 83,9% são conhecidas (A2142G, T2182C, G2224A e T2215C) e relacionadas a casos de resistência claritromicina e 16.1% são novas (A2192G, G2204C e T2221C) e ainda não descritas em nenhuma população. Os resultados deste estudo evidenciam elevada taxa de pacientes com câncer gástrico infectados por cepas de H. pylori genótipo triplo positivo associado à gravidade das alterações histopatológicas, sugerindo-se que a có-expressão destes genes potencializam o aparecimento de lesões pré-malignas importantes na gênese do adenocarcinoma gástrico, e revelaram ainda uma elevada prevalência de variações no gene 23S RNAr da H. pylori associadas à resistência a claritromicina, observando ainda novos pontos de mutação em nossa população. Este estudo demonstra a necessidade de caracterizar o perfil destas cepas em relação aos genes de virulência e resistência da H. pylori para realização de uma terapia adequada e melhor prognóstico destes pacientes.

  • CARLOS DAVID ARAUJO BICHARA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 14/12/2009

  • LIVIA CARICIO MARTINS
  • CORRELAÇÃO DA EVOLUÇÃO CLÍNICA DE ISOLAMENTO DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA COM DIFERENTES EXPRESSÕES FENOTÍPICAS A PARTIR DA CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E ESTUDO EXPERIMENTAL EM HAMSTERS DOURADOS

  • Data: 30/10/2009
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  •  

    A febre amarela é uma arbovirose causada pelo VFA que pertence à família
    Flaviviridae, gênero Flavivirus. A infecção pode se apresentar assintomática,
    oligossintomática, moderada, grave e maligna. Estima-se que pelo menos 90% dos
    casos de febre amarela sejam das formas leves e oligossintomáticas, e que somente
    10% sejam das formas graves. Assim, o objetivo desse trabalho foi correlacionar a
    evolução clínica de isolamentos do VFA com diferente expressão fenotípica a partir
    da caracterização genética e de estudo experimental em hamsters dourados. Para
    caracterização molecular foram obtidas sequências parciais da proteína E e da
    junção terminal NS5/ 3 RNC de dezessete isolamentos do VFA proveniente de
    artrópodes e humanos, em diferentes períodos e locais de obtenção. Para o estudo
    experimental, foram selecionadas cinco amostras do VFA isoladas de casos
    humanos: duas amostras provenientes de casos graves/ fatais, uma proveniente de
    caso grave/ não fatal e duas de casos leves/ não fatais, sendo desenvolvidos
    estudos histopatológicos, bioquímicos e imunológicos comparativos nos hamsters. A
    análise filogenética para a proteína E e região NS5/ 3 RNC não diferiram muito
    entre si, ambas demonstraram a circulação no Brasil dos genótipos I e II, contudo
    apenas uma amostra foi caracterizada como genótipo II. As amostras caracterizadas
    como genótipo I formaram dois clados que se distribuíram por período de
    isolamento. No estudo experimental os hamsters mostraram suscetibilidade à
    infecção pelo VFA; o PCR em tempo real demonstrou a detecção do vírus do 1º- 4º
    dias pós-infecção (d.p.i) no sangue e do 4º-7º d.p.i no fígado dos hamsters
    infectados; anticorpos IH foram detectados no soro dos animais a partir de 5 d.p.i.
    até 90 d.p.i.; as dosagens de uréia e creatinina não mostraram alterações
    significativas quando comparadas com os controles não-infectados. Na análise
    histopatológica as alterações mais evidentes ocorreram no fígado dos hamsters
    infectados, contudo também foram observadas em menor intensidade nos demais
    órgão analisados. Foi confirmada a detecção do VFA por imunohistoquímica no
    fígado, rim, baço e coração. Os resultados obtidos demonstraram que as amostras
    fatais e grave/não fatal apresentaram-se mais virulentas e patogênicas, enquanto os
    leves se comportaram como mais imunogênicas. Não foi observada correlação entre
    a forma clínica com o genótipo envolvido na infecção e nem alterações genéticas
    significantes nas regiões gênica do VFA sequenciadas neste estudo.

    A febre amarela é uma arbovirose causada pelo VFA que pertence à famíliaFlaviviridae, gênero Flavivirus. A infecção pode se apresentar assintomática,oligossintomática, moderada, grave e maligna. Estima-se que pelo menos 90% doscasos de febre amarela sejam das formas leves e oligossintomáticas, e que somente10% sejam das formas graves. Assim, o objetivo desse trabalho foi correlacionar aevolução clínica de isolamentos do VFA com diferente expressão fenotípica a partirda caracterização genética e de estudo experimental em hamsters dourados. Paracaracterização molecular foram obtidas sequências parciais da proteína E e dajunção terminal NS5/ 3 RNC de dezessete isolamentos do VFA proveniente deartrópodes e humanos, em diferentes períodos e locais de obtenção. Para o estudoexperimental, foram selecionadas cinco amostras do VFA isoladas de casoshumanos: duas amostras provenientes de casos graves/ fatais, uma proveniente decaso grave/ não fatal e duas de casos leves/ não fatais, sendo desenvolvidosestudos histopatológicos, bioquímicos e imunológicos comparativos nos hamsters. Aanálise filogenética para a proteína E e região NS5/ 3 RNC não diferiram muitoentre si, ambas demonstraram a circulação no Brasil dos genótipos I e II, contudoapenas uma amostra foi caracterizada como genótipo II. As amostras caracterizadascomo genótipo I formaram dois clados que se distribuíram por período deisolamento. No estudo experimental os hamsters mostraram suscetibilidade àinfecção pelo VFA; o PCR em tempo real demonstrou a detecção do vírus do 1º- 4ºdias pós-infecção (d.p.i) no sangue e do 4º-7º d.p.i no fígado dos hamstersinfectados; anticorpos IH foram detectados no soro dos animais a partir de 5 d.p.i.até 90 d.p.i.; as dosagens de uréia e creatinina não mostraram alteraçõessignificativas quando comparadas com os controles não-infectados. Na análisehistopatológica as alterações mais evidentes ocorreram no fígado dos hamstersinfectados, contudo também foram observadas em menor intensidade nos demaisórgão analisados. Foi confirmada a detecção do VFA por imunohistoquímica nofígado, rim, baço e coração. Os resultados obtidos demonstraram que as amostrasfatais e grave/não fatal apresentaram-se mais virulentas e patogênicas, enquanto osleves se comportaram como mais imunogênicas. Não foi observada correlação entrea forma clínica com o genótipo envolvido na infecção e nem alterações genéticassignificantes nas regiões gênica do VFA sequenciadas neste estudo.

  • HAMILTON ANTONIO DE OLIVEIRA MONTEIRO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 30/10/2009

  • JOANA DA FELICIDADE RIBEIRO FAVACHO
  • Estudo ecoepidemiológico, clínico e laboratorial do tracoma em três Municípios da Ilha do Marajó, Pará, Brasil.
  • Data: 15/09/2009
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  • Estudo ecoepidemiológico, clínico e laboratorial do tracoma em três Municípios da Ilha do Marajó, Pará, Brasil.
  • ROBERTA ARAUJO DA SILVEIRA
  • Identificação dos polimorfismos nos genes MBL (Manose-Binding Lectin) em pacientes portadores de hanseníase

  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 28/08/2009
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  • No presente estudo foram investigadas as frequências das mutações no éxon 1 do gene Mbl2 em um grupo de 96 pacientes diagnosticados com hanseníase e 159 indivíduos controles negativos, com o objetivo de avaliar uma possível associação entre os polimorfismos neste gene e a infecção pelo Mycobacterium leprae. A identificação dos alelos MBL*A, *B, *C e *D foi realizada por meio da reação em cadeia mediada pela polimerase, utilizando sequências de iniciadores específicos e posterior digestão enzimática com as endonucleases de restrição As análises das distribuições nas frequências alélicas e genotípicas do éxon 1 não mostram qualquer diferença significativa entre pacientes com hanseníase e indivíduos controles negativos (p>0,05), assim como, as diferenças nas frequências entre os pacientes paucibacilares e multibacilares não foram estatisticamente significantes. Desse modo, pode-se sugerir a ausência de associação entre esses polimorfismos e a suscetibilidade à infecção pelo Mycobacterium leprae. A despeito dos resultados aqui obtidos, julgamos necessário um estudo mais aprofundado com um número de amostras maior, para que se possa inferir com mais precisão acerca das associações entre os polimorfismos aqui estudados e a progressão da hanseníase.

  • RUBENILSON CALDAS VALOIS
  • Avaliação de Fatores de Risco para infecção pelo vírus da hepatite C em candidatos à doação de sangue como Potencial Instrumento de Redução de Risco transfusional
  • Orientador : JOSE ALEXANDRE RODRIGUES DE LEMOS
  • Data: 17/08/2009

  • MARIA IZETE MACHADO DE SOUSA
  • PREVALÊNCIA PARA O VIRUS DA HEPATITE B (VHB) E DA HEPATITE C (VHC) EM TRABALHADORAS DO SEXO DAS CIDADES DE RIO BRANCO (ACRE) E MACAPÁ (AMAPÁ)

  • Data: 16/06/2009
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  •  

    O Vírus da hepatite B (VHB) e o Vírus da hepatite C (VHC) são agentes de grande
    importancia em saúde pública por conta do alto número de pessoas infectadas e das
    manifestações clínicas graves que podem acometer o hospedeiro humano. Este trabalho
    verificou a presença de marcadores no soro para a presença de infecção pelo VHB e VHC
    entre 59 profissionais do sexo nas cidades de Macapá (Amapá) e Rio Branco (Acre). Os
    marcadores sorológicos (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc/IgG, anti-HBc/IgM, HBeAg, anti-
    HBe e anti-VHC) foram detectados usando ensaios imunoenzimáticos do tipo ELISA. A
    prevalência para o VHB foi de 22,1% (excluindo o anti-HBs de forma isolada), 18,7% das
    mulheres foram positivas para marcadores sorológicos que indicam infecção prévia a esse
    vírus, 1,7% demonstrou infecção inicial, 1,7% infecção crônica e 10,1% mostrou evidência
    de imunização prévia; 5% mostraram positividade ao anti-VHC, não havendo indicação de
    co-infecção VHB/VHC. Em Macapá (n=39), a prevalência de soropositividade para o VHB
    foi de 15,4%, 12,8% mostraram-se reagentes a marcadores sorológicos que indicam
    infecção prévia ao VHB, 10,2% evidenciaram imunização por vacinação prévia a esse
    agente: 7,7% foi reagente ao anti-VHC. Em Rio Branco (n=20), 35% das mulheres
    mostraram positividade a marcadores do VHB (exceto anti-HBs isoladamente), sendo que
    25% demonstraram exposição prévia ao VHB, 5% infecção inicial, 5% infecção crônica e
    10% imunização prévia a esse vírus, não sendo mostrada positividade ao anti-VHC neste
    grupo. As mulheres sororretativas possuíam faixa etária entre 21 e 47 anos e três (5,5%)
    relataram a ocorrência prévia de hepatite, sendo que estatisticamente essas duas variáveis
    mostraram-se significativas (p= 0,01 e p= 0,0071, respectivamente). A maioria das
    mulheres eram solteiras, de baixo nível sócio-econômico e de escolaridade. As mulheres
    envolvidas neste trabalho são altamente suscetíveis ao VHB e VHC (66,1%) e com alto
    risco de exposição, indicando a necessidade de campanhas preventivas específicas
    direcionadas aos grupos de risco para prevenir a disseminação dos dois vírus.
    Palavras Chave: VHB, VHC, soroepidemiologia, profissionais do sexo.

    O Vírus da hepatite B (VHB) e o Vírus da hepatite C (VHC) são agentes de grandeimportancia em saúde pública por conta do alto número de pessoas infectadas e dasmanifestações clínicas graves que podem acometer o hospedeiro humano. Este trabalhoverificou a presença de marcadores no soro para a presença de infecção pelo VHB e VHCentre 59 profissionais do sexo nas cidades de Macapá (Amapá) e Rio Branco (Acre). Osmarcadores sorológicos (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc/IgG, anti-HBc/IgM, HBeAg, anti-HBe e anti-VHC) foram detectados usando ensaios imunoenzimáticos do tipo ELISA. Aprevalência para o VHB foi de 22,1% (excluindo o anti-HBs de forma isolada), 18,7% dasmulheres foram positivas para marcadores sorológicos que indicam infecção prévia a essevírus, 1,7% demonstrou infecção inicial, 1,7% infecção crônica e 10,1% mostrou evidênciade imunização prévia; 5% mostraram positividade ao anti-VHC, não havendo indicação deco-infecção VHB/VHC. Em Macapá (n=39), a prevalência de soropositividade para o VHBfoi de 15,4%, 12,8% mostraram-se reagentes a marcadores sorológicos que indicaminfecção prévia ao VHB, 10,2% evidenciaram imunização por vacinação prévia a esseagente: 7,7% foi reagente ao anti-VHC. Em Rio Branco (n=20), 35% das mulheresmostraram positividade a marcadores do VHB (exceto anti-HBs isoladamente), sendo que25% demonstraram exposição prévia ao VHB, 5% infecção inicial, 5% infecção crônica e10% imunização prévia a esse vírus, não sendo mostrada positividade ao anti-VHC nestegrupo. As mulheres sororretativas possuíam faixa etária entre 21 e 47 anos e três (5,5%)relataram a ocorrência prévia de hepatite, sendo que estatisticamente essas duas variáveismostraram-se significativas (p= 0,01 e p= 0,0071, respectivamente). A maioria dasmulheres eram solteiras, de baixo nível sócio-econômico e de escolaridade. As mulheresenvolvidas neste trabalho são altamente suscetíveis ao VHB e VHC (66,1%) e com altorisco de exposição, indicando a necessidade de campanhas preventivas específicasdirecionadas aos grupos de risco para prevenir a disseminação dos dois vírus.

     

  • JOYCE FAVACHO CARDOSO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 18/05/2009

  • LUCINDA ASSUNCAO GUSTAVO SOUZA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 08/05/2009

  • NUBIA CAROLINE COSTA DE ALMEIDA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : MARLUISA DE OLIVEIRA GUIMARAES ISHAK
  • Data: 28/04/2009

  • RENATA BEZERRA HERMES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 28/04/2009

  • FABIOLA SILVEIRA GOMES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 24/04/2009

  • MAURO SERGIO MOURA DE ARAUJO
  • INVESTIGAÇÃO DO POLIMORFISMO DE EXON-1 DO GENE MBL (Mannose-Binding Lectin) EM PACIENTES PORTADORES DE TUBERCULOSE
  • Data: 31/03/2009
  • Mostrar Resumo
  • A lectina ligante de manose (MBL) é uma proteína considerada de fase aguda com importante papel na primeira linha de defesa do sistema imune inato, cujos níveis séricos são determinados geneticamente. A MBL ativa a via da lectina do complemento, além de mediar a opsonização e fagocitose de microrganismos. Vários estudos associam os níveis séricos de MBL à suscetibilidade ou resistência a agentes infecciosos entre eles o Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose humana. Neste estudo, com o objetivo de avaliar a ocorrência de uma possível associação entre os polimorfismos e a tuberculose, avaliamos as freqüências das mutações no éxon 1 do gene MBL em um grupo de 167 pacientes com tuberculose, subdivididos em 3 grupos: pacientes com tuberculose pulmonar, pacientes com tuberculose extrapulmonar, pacientes com tuberculose multirresistente a drogas, e grupo controle com 159 profissionais da saúde, negativos para tuberculose. A identificação dos alelos MBL *A, *B, *C e *D foi realizada por meio da reação em cadeia da polimerase, utilizando seqüências de iniciadores específicos e posterior digestão enzimática. As análises das freqüências alélicas e genotípicas do éxon 1 não mostraram qualquer diferença significativa entre pacientes com tuberculose e grupo controle (p>0,05). Não foram observadas associações significativas entre os grupos de tuberculose pulmonar, extrapulmonar e tuberculose multirresistente a drogas, quando relacionados entre si e ao grupo controle. Os dados obtidos em nosso estudo não demonstraram evidencias de qualquer influência das variações do éxon 1 do gene MBL na tuberculose ativa, sugerindo que os polimorfismos nessa região do gene não tem nenhuma influencia na susceptibilidade à tuberculose.
  • EDNELZA DA SILVA GRACA AMORAS
  • Caracterização dos Níveis Plasmáticos e do Polimorfismo +874T/A no Gene INF- y em Pacientes com Diferentes Apresentações Clínicas da Tuberculose
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 27/03/2009

  • LUCIANA MARIA CUNHA MARADEI PEREIRA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : JOSE ALEXANDRE RODRIGUES DE LEMOS
  • Data: 03/03/2009

2008
Descrição
  • IZELIA DA PENHA OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DO ÁGAR EOSINA AZUL DE METILENO MODIFICADO PARA A IDENTIFICAÇÃO PRESUNTIVA DE LEVEDURAS DO GÊNERO Candida

  • Data: 12/09/2008
  • Mostrar Resumo
  • As espécies do gênero Candida mostram alta freqüência de colonização e infecção do hospedeiro humano, sendo importante causa de infecções nosocomiais, algumas vezes de difícil diagnóstico, o que tem motivado a busca por métodos fenotípicos alternativos simples, confiáveis e de baixo custo, que possam ser aplicados às rotinas de laboratórios para a identificação presuntiva destas espécies. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicabilidade do ágar eosina azul de metileno modificado (EMBM) para a identificação presuntiva de 83 leveduras do gênero Candida isoladas de amostras clínicas de pacientes atendidos no Instituto Evandro Chagas, Pará. Os resultados mostraram que as leveduras pesquisadas apresentaram crescimento abundante no ágar EMBM, exibindo os seguintes padrões de coloração: lilás, rosa e azul, sendo que as espécies C. glabrata, C. curvata, C. sphaerica, C. melibiosica e C. krusei apresentaram colônias com uma única coloração, enquanto C. albicans, C. tropicalis, C. guilliermondii, C. parapsilosis e C. sake exibiram dois tipos de coloração. Foram descritas as características das colônias, sendo que 90,4% das espécies revelaram aspecto liso, 28,9% apresentaram franjas periféricas e apenas na espécie C. albicans foi observado brilho verde metálico em 54,8% destas. Através desses achados concluiu-se que o ágar EMBM associado ao microcultivo foi útil na identificação presuntiva de C. albicans, através da característica de brilho verde metálico, podendo também ser utilizado como método de triagem para outras leveduras deste gênero, desde que seja avaliada simultaneamente a micromorfologia, não sendo útil para a identificação de C. glabrata, C. sake e C. sphaerica.

  • IZELIA DA PENHA OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DO ÁGAR EOSINA AZUL DE METILENO MODIFICADO PARA A IDENTIFICAÇÃO PRESUNTIVA DE LEVEDURAS DO GÊNERO Candida

  • Data: 12/09/2008
  • Mostrar Resumo
  • As espécies do gênero Candida mostram alta freqüência de colonização e infecção do hospedeiro humano, sendo importante causa de infecções nosocomiais, algumas vezes de difícil diagnóstico, o que tem motivado a busca por métodos fenotípicos alternativos simples, confiáveis e de baixo custo, que possam ser aplicados às rotinas de laboratórios para a identificação presuntiva destas espécies. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicabilidade do ágar eosina azul de metileno modificado (EMBM) para a identificação presuntiva de 83 leveduras do gênero Candida isoladas de amostras clínicas de pacientes atendidos no Instituto Evandro Chagas, Pará. Os resultados mostraram que as leveduras pesquisadas apresentaram crescimento abundante no ágar EMBM, exibindo os seguintes padrões de coloração: lilás, rosa e azul, sendo que as espécies C. glabrata, C. curvata, C. sphaerica, C. melibiosica e C. krusei apresentaram colônias com uma única coloração, enquanto C. albicans, C. tropicalis, C. guilliermondii, C. parapsilosis e C. sake exibiram dois tipos de coloração. Foram descritas as características das colônias, sendo que 90,4% das espécies revelaram aspecto liso, 28,9% apresentaram franjas periféricas e apenas na espécie C. albicans foi observado brilho verde metálico em 54,8% destas. Através desses achados concluiu-se que o ágar EMBM associado ao microcultivo foi útil na identificação presuntiva de C. albicans, através da característica de brilho verde metálico, podendo também ser utilizado como método de triagem para outras leveduras deste gênero, desde que seja avaliada simultaneamente a micromorfologia, não sendo útil para a identificação de C. glabrata, C. sake e C. sphaerica.

  • PAULA DO SOCORRO DE OLIVEIRA DA COSTA LAURINDO
  • EPIDEMIOLOGIA DE SÍFILIS E DA INFECÇÃO POR CHLAMYDIA SP. EM MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO DOS ESTADOS DO PARÁ, AMAPÁ E ACRE

  • Data: 29/08/2008
  • Mostrar Resumo
  • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 340 milhões de casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) curáveis tenham ocorrido apenas em 1999. Dentre as DST curáveis estão as infecções por Chlamydia trachomatis, com aproximadamente, 89 milhões de casos e a sífilis, causando cerca de 12 milhões de casos. A soroprevalência dessas doenças na população de mulheres profissionais do sexo ainda é pouco conhecida na Região Norte do Brasil. Este trabalho teve como objetivo descrever a soroprevalência de sífilis e Chlamydia sp. em mulheres profissionais do sexo dos Estados do Pará, Amapá e Acre. No período de janeiro de 2005 a agosto de 2007, foram coletadas amostras de sangue de 380 mulheres procedentes de várias localidades do estado do Pará, de 26 mulheres da cidade de Santana, no Estado do Amapá e de 22 mulheres da cidade de Rio Branco, no Acre. As amostras foram submetidas a um ensaio enzimático do tipo ELISA para detecção de anticorpo IgG anti-Chlamydia sp. Para a detecção de sífilis foi realizada a técnica Rapid Plasma Reagin (RPR) e posteriormente, um ELISA para a detecção de anticorpos totais anti-T. pallidum. A prevalência de anticorpos anti-Chlamydia sp. encontrada foi 94% na população do estado do Pará, 80,8% no estado do Amapá e 85,7% no estado do Acre. O baixo grau de escolaridade e a prática sexual com parceiros de outros estados foram os fatores mais associados com à infecção por Chlamydia sp. A prevalência de anticorpos anti-T.pallidum encontrada foi 37,8%, no estado do Pará; 34,6% no estado do Amapá e 23,8%, no estado do Acre. Os fatores associados à aquisição da infecção foram a faixa etária, o baixo grau de escolaridade, a renda familiar e uso de drogas não endovenosas.

  • NELBA TANIA GOMES PINHEIRO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : LUIZ FERNANDO ALMEIDA MACHADO
  • Data: 28/08/2008

  • FELIPE BONFIM FREITAS
  • "INVESTIGAÇÃO DOS POLIMORFISMOS NO EXON I DO GENE MBI (MAMNOSE BINDING LECTIN) E SUA ASSOCIAÇÃO COM A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)"
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 12/08/2008

  • LUIZ WAGNER DE OLIVEIRA LIMA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : JUAREZ ANTONIO SIMOES QUARESMA
  • Data: 23/07/2008

  • LUCIMAR DI PAULA DOS SANTOS MADEIRA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : MARLUISA DE OLIVEIRA GUIMARAES ISHAK
  • Data: 23/06/2008

  • MILENA MAGALHAES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : EDUARDO JOSE MELO DOS SANTOS
  • Data: 30/04/2008

  • JOSE EDUARDO GOMES ARRUDA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 25/04/2008

  • IZAURA MARIA VIEIRA CAYRES VALLINOTO
  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DO POLIOMAVÍRUS JC EM POPULAÇÕES
    DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: UM MARCADOR BIOLÓGICO DAS
    MIGRAÇÕES HUMANAS
    EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DO POLIOMAVÍRUS JC EM POPULAÇÕESDA AMAZÔNIA BRASILEIRA: UM MARCADOR BIOLÓGICO DASMIGRAÇÕES HUMANAS

  • Data: 10/04/2008
  • Mostrar Resumo
  •  

    O JC é um poliomavírus pertencente à família Papovaviridae, que
    apresenta tropismo por células renais e cuja infecção tem sido verificada em
    uma grande parcela da população humana, incluindo diferentes grupos étnicos.
    O presente trabalho teve como objetivo investigar a prevalência da infecção
    pelo JCV em populações humanas da Amazônia brasileira, por meio da análise
    dos aspectos moleculares e filogenéticos do vírus. Amostras de urina de dois
    grupos urbanos da população de Belém (indivíduos sadios e portadores do
    HIV-1), de indivíduos afro-descendentes da região do Rio Trombetas e de
    indígenas das tribos Wai-Wai, Urubu-Kaapor, Tembé, Assurini, Arara do
    Laranjal, Aukre, Parakanã, Surui e Munduruku foram investigados para a
    presença do vírus mediante a amplificação das regiões VP1 (230 pb) e IG (610
    pb), pela técnica da PCR. Seqüências nucleotídicas (440 nt) de 48 amostras
    foram submetidas à análise filogenética. Os resultados confirmaram a
    ocorrência, na população urbana sadia, dos Tipos A (subtipo EU), B (subtipos
    Af-2, africano, e MY, asiático) e C (subtipo Af-1), na de portadores do HIV-1, do
    Tipo B (subtipo Af2), na de afro-descendentes, do Tipo B (subtipos Af-2 e MY)
    e na indígena, do Tipo B (subtipo MY). Um achado inesperado foi a detecção
    da presença de outro poliomavírus, o BKV, nas amostras de afro-descendentes
    e de portadores do HIV-1.O presente estudo mostra, pela primeira vez, a
    ocorrência da infecção por poliomavírus JC e BK em populações humanas da
    Amazônia brasileira. Os resultados demonstram uma ampla variabilidade
    genética das cepas circulantes na região, sendo a presença dos subtipos
    europeu, asiático e africanos associada à origem étnica das amostras
    populacionais aqui investigadas, reforçando a idéia de que o JCV é um bom
    marcador para estudos populacionais, refletindo a historicidade passada e
    recente das populações humanas. Além disso, a identificação de mutações
    específicas de subtipos virais, permite sugerir que esses grupos de mutações
    teriam ocorrido após a entrada do vírus na região amazônica.

    O JC é um poliomavírus pertencente à família Papovaviridae, queapresenta tropismo por células renais e cuja infecção tem sido verificada emuma grande parcela da população humana, incluindo diferentes grupos étnicos.O presente trabalho teve como objetivo investigar a prevalência da infecçãopelo JCV em populações humanas da Amazônia brasileira, por meio da análisedos aspectos moleculares e filogenéticos do vírus. Amostras de urina de doisgrupos urbanos da população de Belém (indivíduos sadios e portadores doHIV-1), de indivíduos afro-descendentes da região do Rio Trombetas e deindígenas das tribos Wai-Wai, Urubu-Kaapor, Tembé, Assurini, Arara doLaranjal, Aukre, Parakanã, Surui e Munduruku foram investigados para apresença do vírus mediante a amplificação das regiões VP1 (230 pb) e IG (610pb), pela técnica da PCR. Seqüências nucleotídicas (440 nt) de 48 amostrasforam submetidas à análise filogenética. Os resultados confirmaram aocorrência, na população urbana sadia, dos Tipos A (subtipo EU), B (subtiposAf-2, africano, e MY, asiático) e C (subtipo Af-1), na de portadores do HIV-1, doTipo B (subtipo Af2), na de afro-descendentes, do Tipo B (subtipos Af-2 e MY)e na indígena, do Tipo B (subtipo MY). Um achado inesperado foi a detecçãoda presença de outro poliomavírus, o BKV, nas amostras de afro-descendentese de portadores do HIV-1.O presente estudo mostra, pela primeira vez, aocorrência da infecção por poliomavírus JC e BK em populações humanas daAmazônia brasileira. Os resultados demonstram uma ampla variabilidadegenética das cepas circulantes na região, sendo a presença dos subtiposeuropeu, asiático e africanos associada à origem étnica das amostraspopulacionais aqui investigadas, reforçando a idéia de que o JCV é um bommarcador para estudos populacionais, refletindo a historicidade passada erecente das populações humanas. Além disso, a identificação de mutaçõesespecíficas de subtipos virais, permite sugerir que esses grupos de mutaçõesteriam ocorrido após a entrada do vírus na região amazônica.

     

  • REGIANE SIQUEIRA DE VILHENA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 24/03/2008

  • ALDAIR DA SILVA GUTERRES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 13/03/2008

  • RANILDA GAMA DE SOUZA
  • PERFIL NUTRICIONAL DE PORTADORES DO HIV-1 E OU AIDS E SUA CORRELAÇÃO COM A TARV, NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ, BRASIL.

  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 04/03/2008
  • Mostrar Resumo
  • A estimativa de pessoas vivendo com HIV-1 no Brasil, até junho de 2008, é de
    432.890 casos, sendo que 3% destes residem na região Norte. O presente trabalho teve como
    objetivo descrever o perfil nutricional de portadores do HIV-1 no Estado do Pará e sua
    correlação com fatores da dieta usual, aspectos demográficos, sociais e laboratoriais que
    possam estar influenciando a sua qualidade de vida. O grupo populacional constou de 58
    indivíduos, atendidos na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e
    Parasitárias Especiais (URE-DIPE) e avaliados longitudinalmente (19 meses). Houve
    predominância do sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 50 anos e com escolaridade
    menor que 8 anos. O perfil antropométrico da maioria, com relação ao peso corporal (% peso
    atual, % peso usual e IMC) mostrou eutrofia, porém quando avaliadas as reservas de gordura
    (prega cutânea triciptal, PCT) e proteínas (circunferência braquial, CB e circunferência
    muscular braquial, CMB), a maioria mostrou desnutrição. A contagem de linfócitos T CD4+
    foi maior do que 350 células/mm³ e a carga viral, menor do que 10.000 cópias/mL. Níveis de
    colesterol total, LDL-colesterol, triglicerídeos, glicemia, ferro sérico e hemograma
    encontravam-se dentro dos padrões de referência, mas não o de HDL-colesterol. A correlação
    dos resultados laboratoriais com o estado nutricional mostrou significância estatística em pelo
    menos uma variável antropométrica (CMB), a exceção da contagem de linfócitos T CD4+ e
    triglicerídeos. O uso da TARV foi observado em 83% do grupo, no entanto, não houve
    correlação com o perfil nutricional. A dieta usual mostrou equilíbrio qualitativo
    (normoproteica, normoglicídica e normolipídica), porém insuficiente quantitativamente
    (hipocalórica). A correlação entre a alimentação utilizada e o perfil nutricional mostrou
    diferença estatística apenas quando associada ao consumo de proteínas e carboidratos.

2007
Descrição
  • RONALDO DANTAS DE MELO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 27/12/2007

  • ROSILENE MALCHER RAMOS LEITE
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : MARISTELA GOMES DA CUNHA
  • Data: 14/12/2007

  • MARGARIDA MARIA MACHADO DE SOUZA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : KARLA TEREZA SILVA RIBEIRO
  • Data: 13/12/2007

  • CONCEICAO DE MARIA ALMEIDA VIEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO ANTIGÊNICA, MORFOLÓGICA E MOLECULAR DO VIRUS BREU BRANCO, UM NOVO MEMBRO DA FAMÍLIA REOVIRIDAE, GÊNCEERO ORBIVIRUS.

  • Data: 06/12/2007
  • Mostrar Resumo
  • O vírus Breu Branco (BE AR 492347) foi isolado de mosquitos triannulatus de que ele pudesse ser incluído no grupo antigênico Anopheles A ( Anopheles (Nys.), coletados em Tucuruí, Pará. Dessa forma, houve inicialmente a expectativaOrthobunyavirus,  Bunyaviridae entanto, ele não mostrou reação com os soros hiperimunes dos vírus pertencentes a esse grupo antigênico em testes de fixação do complemento. Devido a esse interessante resultado, as pesquisas foram expandidas de maneira que fosse possível uma ampla caracterização do vírus Breu Branco e assim facilitasse sua classificação taxonômica. Para efeito dessa ampla caracterização, foram estudados aspectos biológicos, físico-químicos, antigênicos, morfológicos, e moleculares, cujo objetivo foi o de caracterizar físicoquímica, biológica, antigênica, molecular e morfologicamente, o vírus Breu Branco e para isso foi feito teste de DCA, infecção em cultivos celulares e em hamsters, testes bioquímicos, sorológicos, além de caracterização genética e morfológica. Os órgãos dos hamsters mais acometidos foram fígado, pulmão e sistema nervoso central. Os cultivos usados mostram-se sensíveis. Houve alteração dos níveis de uréia, creatinina, ALT e AST. O vírus Breu Branco não apresenta envelope e nem hemaglutinina. Apresenta morfologia, tamanho e genoma compatíveis com a morfologia, tamanho e genoma dos membros do gênero RNA de dupla fita com dez segmentos. Mostrou alto grau de relacionamento genético com as cepas BE AR 494475 e BE AR 486204 sendo os primeiros orbivirus brasileiros com o genoma totalmente sequenciado e que juntos constituem o quinto no mundo ), onde estão inseridos vírus isolados a partir desse gênero de mosquitos. NoOrbivirus, família Reoviridae, ou seja, partículas esféricas, 70 nm de diâmetro e RNA de dupla fita com dez segmentos. Mostrou alto grau de relacionamento genético com as cepas BE AR 494475 e BE AR 486204 sendo os primeiros orbivirus brasileiros com o genoma totalmente sequenciado e que juntos constituem o quinto no mundo.

  • HELEN CRISTIANE ARAUJO SOUZA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 16/10/2007

2006
Descrição
  • RENATO FERNANDES PINHEIRO DA SILVA
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
  • Data: 04/10/2006

  • DANIELE REGINA DA SILVA FERNANDES
  • INVESTIGAÇÃO DE TRÊS POLIMORFISMOS DE GENES DE INTERLEUCINAS EM RELAÇÃO À INFECÇÃO PELO HIV E A SIDA/AIDS, NA POPULAÇÃO DE BELÉM- PA

  • Data: 22/02/2006
  • Mostrar Resumo
  •  

    A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma síndrome de evolução fatal
    causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em células do
    sistema imunológico. O HIV invade células que apresentam na sua superfície moléculas
    CD4, especialmente os linfócitos T auxiliares. Nos últimos anos diversas publicações
    têm relatado que alterações nos níveis de citocinas podem afetar a resposta imune de um
    individuo infectado por agentes infecciosos, como é o caso do HIV, ocasionando em
    aumento ou redução da replicação do agente em questão. Muitos polimorfismos de
    genes de interleucinas têm sido amplamente estudados na tentativa de estabelecimento
    de uma relação causal entre seus alelos mutantes com e a severidade dos diversos tipos
    de infecções. Em nosso trabalho, procuramos estabelecer, uma possível relação entre os
    polimorfismos de região promotora do gene TNF- a G(-308) A e da IL-10 C(-592) A e
    da região 3´UTR da IL-12 A(1188)C, com a infecção pelo HIV e/ou conseqüentemente
    com a evolução clínica para SIDA/AIDS. Nossos resultados nos mostram que, nenhum
    dos polimorfismos, pelo menos de forma isolada, pode ser relacionado com a infecção
    pelo HIV ou com a evolução para AIDS propriamente dita, ou mesmo com uma maior
    severidade da doença.

    A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma síndrome de evolução fatalcausada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em células dosistema imunológico. O HIV invade células que apresentam na sua superfície moléculasCD4, especialmente os linfócitos T auxiliares. Nos últimos anos diversas publicaçõestêm relatado que alterações nos níveis de citocinas podem afetar a resposta imune de umindividuo infectado por agentes infecciosos, como é o caso do HIV, ocasionando emaumento ou redução da replicação do agente em questão. Muitos polimorfismos degenes de interleucinas têm sido amplamente estudados na tentativa de estabelecimentode uma relação causal entre seus alelos mutantes com e a severidade dos diversos tiposde infecções. Em nosso trabalho, procuramos estabelecer, uma possível relação entre ospolimorfismos de região promotora do gene TNF- a G(-308) A e da IL-10 C(-592) A eda região 3´UTR da IL-12 A(1188)C, com a infecção pelo HIV e/ou conseqüentementecom a evolução clínica para SIDA/AIDS. Nossos resultados nos mostram que, nenhumdos polimorfismos, pelo menos de forma isolada, pode ser relacionado com a infecçãopelo HIV ou com a evolução para AIDS propriamente dita, ou mesmo com uma maiorseveridade da doença.

  • MARGARETE DO SOCORRO MENDONCA GOMES
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Data: 27/01/2006

  • MARCIA SOCORRO CAVALCANTE PORCY
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : RICARDO ISHAK
  • Data: 19/01/2006

  • MARLICE LEARTE MARECO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : MARLUISA DE OLIVEIRA GUIMARAES ISHAK
  • Data: 19/01/2006

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