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Banca de DEFESA: KEISE ADRIELLE SANTOS PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KEISE ADRIELLE SANTOS PEREIRA
DATA: 31/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: LABVIR- ICB UFPA
TÍTULO:

ESTUDO SOROEPIDEMIOLÓGICO DO SARS-CoV-2 EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DOS ESTADOS DO PARÁ E TOCANTINS


PALAVRAS-CHAVES:

SARS-COV-2; Soroprevalência; Quilombolas; Pará; Tocantins.


PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Microbiologia
SUBÁREA: Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
ESPECIALIDADE: Virologia
RESUMO:

O surgimento de um novo coronavírus humano (SARS-CoV-2) em Wuhan, China em
dezembro de 2019 ocasionou um surto de COVID-19 que se espalhou rapidamente pelo
mundo. A Organização Mundial da Saúde definiu a situação como uma nova pandemia e uma
emergência de saúde pública de preocupação internacional em 2020. A ausência de dados
soroepidemiológicos para as populações quilombolas e a subnotificação de casos mascaram a
situação vivenciada por estas comunidades desde o início da pandemia. Assim, o presente
trabalho tem como objetivos investigar e descrever a prevalência do SARS-CoV-2 e os
aspectos epidemiológicos de risco para a exposição ao vírus em comunidades quilombolas,
localizadas nos Estados do Pará e Tocantins. Fizeram parte do estudo 551 quilombolas, sendo
352 do Pará e 199 do Tocantins. Os dados epidemiológicos foram obtidos por meio da
aplicação de questionários semiestruturados. O sangue venoso periférico (10 mL) foi coletado
por um sistema de colheita à vácuo em dois tubos contendo EDTA como anticoagulante. A
detecção de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 foi realizada pelo método de ensaio
imunoenzimático. A análise univariada e teste qui-quadrado ou teste G foram utilizados para
verificar as associações entre as variáveis do estudo e a presença de anticorpos IgG anti-
SARS-CoV-2. Na análise geral, observou-se que o contato com indivíduos infectados e o
confinamento foram associados a presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2. Nos
quilombos do Pará o uso da máscara foi considerado fator de proteção, enquanto que nos
quilombos do Tocantins o uso da máscara e a lavagem das mãos foram associados a presença
de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2. A perda de olfato foi comum em ambos os estados. Nos
quilombos do Tocantins os sintomas característicos da COVID-19 associados a presença de
anticorpos foram febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor abdominal, diarreia, perda do olfato
e perda do paladar. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as
características sociodemográficas e comportamentais dos indivíduos reagentes para anticorpos
anti-SARS-CoV-2 nos quilombos dos estados do Pará e Tocantins. Este é o primeiro estudo
soroepidemiológico realizado em comunidades quilombolas que fornece informações
importantes que podem auxiliar na compreensão das desigualdades socioeconômicas,
características comportamentais e dinâmicas de transmissão viral associadas ao risco de
infecção por SARS-CoV-2. Os dados encontrados enfatizam o cenário epidemiológico de
suscetibilidade das comunidades quilombolas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1258568 - ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
Interno - 1751742 - GREICE DE LEMOS CARDOSO
Interno - 2181958 - IZAURA MARIA VIEIRA CAYRES VALLINOTO
Presidente - 2492740 - ROSIMAR NERIS MARTINS FEITOSA
Notícia cadastrada em: 10/03/2023 09:48
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