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Banca de DEFESA: WANDREY ROBERTO DOS SANTOS BRITO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WANDREY ROBERTO DOS SANTOS BRITO
DATA: 02/06/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Aula- PPGBAIP- 3 piso ICB
TÍTULO:

PPREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO PELO VÍRUS T-LINFOTRÓPICO HUMANO 1 E 2 (HTLV-1 E HTLV-2) EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DO PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

HTLV-1/2; comunidades quilombolas; epidemiologia


PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Microbiologia
SUBÁREA: Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
ESPECIALIDADE: Virologia
RESUMO:

.O vírus T-linfotrópico humano (HTLV) foi o primeiro retrovírus descoberto em seres humanos, possuindo quatro tipos descritos (HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4). O HTLV-1 e o HTLV-2 estão amplamente distribuídos pelo mundo, com regiões de endemismo como ocorre na América do Sul. A entrada do HTLV-1 neste continente pode ter ocorrido pela costa leste do Brasil, a partir do tráfico de escravos vindo da África entre os séculos XVI e XIX. A entrada do HTLV-2 pode ter sido pelas antigas rotas de migração humanas. No Brasil, os estados com maiores prevalências do HTLV-1/2 são Bahia, Maranhão e Pará. Neste último, o HTLV-2 possui alta prevalência em populações indígenas. Em comunidades quilombolas, há apenas um estudo epidemiológico sobre HTLV-1/2. A carência do acesso a saúde dessas populações gera lacunas em relação aos dados dessas comunidades do estado do Pará, tornando a investigação da ocorrência desse vírus necessária nesses grupos. Nesse sentindo, este estudo descreveu a prevalência, os aspectos sociodemográficos, comportamentais e de risco para a exposição ao HTLV-1/2 em onze (11) comunidades quilombolas de diferentes regiões do Estado do Pará (Brasil). Participaram 859 indivíduos das seguintes comunidades quilombolas: Arimandeua, Aripijó, Bacuri, Cabanagem, São Benedito, Bonito, Umarizal, Nova Jutaí, Bela Aurora, Camiranga e Itamori. De cada participante foi coletado 4 ml de sangue venoso para as análises laboratorias. A partir do plasma foi feito o ensaio imunoenzimático (ELISA, Murex HTLV I + II, DiaSorin) como método de triagem para detecção de anticorpos anti-HTLV-1/2. O imunoensaio em linha (Inno-LIA HTLV I/II Score FUJIREBIO) e a PCR em tempo real foram usados para confirmação da infecção e detecção dos tipos virais. As prevalências foram estimadas por simples contagem com intervalo de confiança (IC95%). Testes não paramétricos foram feitos para associar os fatores de risco observados e a infecção. A maioria dos participantes da pesquisa eram mulheres (61,1%), com idade variando entre 30 e 59 anos. 46,6% vivem com apenas um salário mínimo, 40,6% são alfabetizados e 49,9% disseram ser casados/vivendo juntos. Um participante teve resulado positivo para o HTLV-1 e três para o HTLV-2. As prevalências encontradas foram de 0,92% para o HTLV-1 na comunidadede Itamoari, e de 2,22% e 3,17% para o HTLV-2 nas comunidades de Arimandeua e São Benedito, respectivamente. As taxas de infecção do HTLV-1 estão de acordo com os encontrados em outros trabalhos com populações quilombolas do Marajó (Estado do Pará) e do Centro-Oeste brasileiro. Contudo, os indíces de HTLV-2 são menores que os já reportados em populações indígenas do Pará, onde há endemicidade para o vírus. A anãlise mostrou resultado estatisticamente significativo para a transfusão de sangue e a infecção. Uma vez que os resultados do trabalho mostram a circulação dos vírus nas comunidades quilombolas do nordeste do Pará, faz-se necessárias políticas públicas a fim de mitigar a transmissão dos HTLV-1/2 nessas populações isoladas de grande vulnerabilidade sócio econômica, que por vezes desconhecem os riscos dessas infecções.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1258568 - ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
Presidente - 1751742 - GREICE DE LEMOS CARDOSO
Interno - 2181958 - IZAURA MARIA VIEIRA CAYRES VALLINOTO
Interno - 2492740 - ROSIMAR NERIS MARTINS FEITOSA
Notícia cadastrada em: 30/05/2022 12:33
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