Banca de QUALIFICAÇÃO: ETIENE MONTEIRO DE ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ETIENE MONTEIRO DE ANDRADE
DATA: 07/12/2018
HORA: 08:30
LOCAL: CEMEC
TÍTULO:

Raiva humana transmitida por morcegos: O que sabe e como se informa a população de Curuçá, um município da Amazônia brasileira.

PALAVRAS-CHAVES:

raiva, agressões por morcegos, conhecimento, comunicação em saúde, prevenção

PÁGINAS: 27
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O objetivo deste estudo foi verificar o que a população de Curuçá sabe sobre a transmissão, prevenção e riscos da raiva, especialmente sobre a transmissão por morcegos, e observar os meios utilizados pela população para se informar. O município de Curucá, no Nordeste do Pará, tem grande parte de sua área de reserva extrativista, onde a exploração do homem aos recursos naturais integra a rotina dos moradores. Tal realidade aproxima a população do ambiente dos morcegos tornando as agressões a humanos comuns. Foi realizado um estudo observacional transversal, no período de outubro de 2017 a setembro de 2018 no município de Curuçá, onde foram entrevistados 377 indivíduos, que responderam a um questionário semiestruturado para avaliar o seu conhecimento sobre a raiva e os meios utilizados para obter informações. Utilizou-se uma amostragem estratificada proporcional, considerando os setores censitários como estratos. Como resultados, verificou-se que grande parte dos entrevistados (68,9%) já havia desenvolvido alguma atividade no mangue e que mais da metade da população já sofreu agressão por algum animal (53,1%), sendo que 24,6% dos agredidos foram vítimas de morcegos e a maioria dos agredidos (56%) não buscou serviços de saúde. A respeito do conhecimento sobre a raiva, 72,9% disseram que sabiam o que é a doença, mas desconheciam questões relacionadas aos animais transmissores, sintomas e formas de transmissão. Quanto à obtenção de informações sobre a doença, 18,5% disseram que nunca tinham ouvido falar sobre a raiva e 67,9% não souberam dos surtos ocorridos em 2004 e 2005 no Pará. Além disso, a TV, meio pelos qual as pessoas mais acessam informações em geral 82,2%, não costuma abordar conteúdos regionalizados, principalmente, sobre zoonoses coma a raiva, mas as rádios locais têm potencial para ser o espaço de desenvolvimento dessas ações de comunicação em saúde já que o veículo é o segundo mais usado pela população para obter informações 60,1%. Estes resultados indicam que são necessárias ações informativas para melhorar o conhecimento da população sobre o risco das agressões por morcegos para a transmissão da raiva e sobre as medidas preventivas necessários em casos de agressões por morcegos e outros animais. Porém essas medidas devem levar em consideração as peculiaridades locais e os meios pelos quais a população local se informa para que a ação seja efetiva.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2476944 - CARLA CRISTINA GUIMARAES DE MORAES
Interno - 1913765 - ISIS ABEL BEZERRA
Interno - 1768614 - MARCOS CESAR DA ROCHA SERUFFO
Externo ao Programa - 1295787 - PEDRO SOARES BEZERRA JUNIOR