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Banca de QUALIFICAÇÃO: MAX JOSE COSTA E COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAX JOSE COSTA E COSTA
DATA: 05/04/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet - meet.google.com/joo-rbse-qqm
TÍTULO:

A dedicação está no açaí”: A comoditização e seus efeitos na várzea insular de Abaetetuba/PA


PALAVRAS-CHAVES:

Alimentação; Várzea; Relações ecológicas; monocultura


PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

 

A região das ilhas de Abaetetuba é mais uma extensão da Amazônia, formada por rios, furos e igarapés, ricos em sedimentos das chamadas várzea-flúvio-marinhas do estuário paraense (LIMA e TORINHO, 2001), o que favorece cultivos como o açaí (Euterpe oleracea Mart). Paradoxalmente, o açaí, uma importante espécie frutífera que serve como base alimentar da população das várzeas (TAGORE, CANTO, SOBRINHO, 2018), agora, ao substituir a vegetação original em favor da monocultura dessas palmeiras, ameaça não só a biodiversidade do ecossistema, como tal processo tende a trazer escassez da diversidade, implicando na insuficiência e autonomia alimentar dos povos tradicionais que ocupam esse ambiente. Globalmente, a tendencia em se tornar uma commoditie, também implica na cadeia alimentar, que sofre diretamente com a devastação das espécies, produz a crise nesses sistemas e afeta drasticamente a sustentação da vida, enquanto gera milhões de dólares para as empresas que modificam a alimentação com o uso da biotecnologia (SHIVA, 2003). O presente trabalho estuda efeitos provocados pelo aumento de cultivo de açaizais em áreas de domínio de várzea no estuário paraense. Especificamente se detém na parte insular do município de Abaetetuba, nordeste paraense, onde se observam extensos cultivos dessa palmeira dominando a paisagem, em substituição a vegetação original de várzea. Investiga a intensificação do cultivo de palmeiras de açaí, para estimar que essa mudança se junta àquela, expressa na forma de grandes empreendimentos intensivos de capital, transformando a várzea em um território em disputa (ACSELRAD, 2013), cujo efeito maior é a desterritorialização (HAESBAERT, 2004) de povos tradicionais da várzea. Para tanto, levanta algumas questões: quais efeitos a monocultura do açaí tem provocado nos territórios dos povos tradicionais da área insular do município de Abaetetuba? Estariam esses efeitos provocando insegurança alimentar, uma vez que já se percebe forte dependência do consumo de produtos comercializados na cidade, os quais antes eram encontrados localmente? As novas práticas de cultivo teriam alterado as relações ecológicas tradicionais no ecossistema da várzea? Para tanto propõe-se fazer uma etnografia da mudança na várzea com base no diálogo com agentes sociais diretamente envolvidos nesse sistema, por meio de oficinas que visam construir a autocartografia desse território. O ato de cartografar permite assim que os agentes se representem em sua territorialidade (ALMEIDA, 2012).



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2244124 - ELIANA TELES RODRIGUES
Interno - 2318419 - LIVIO SERGIO DIAS CLAUDINO
Externo ao Programa - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Notícia cadastrada em: 28/03/2022 10:42
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