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Banca de DEFESA: BENEDITO DE JESUS SERRAO RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BENEDITO DE JESUS SERRAO RODRIGUES
DATA: 24/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet - meet.google.com/nei-sgdi-drj
TÍTULO:

Apartação e indiferença: desígnios de apatia em Dois irmãos, de Milton Hatoum.


PALAVRAS-CHAVES:

Apartação. Indiferença. Apatia . Dois irmãos. Milton Hatoum


PÁGINAS: 93
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Este trabalho procura interpretar Dois irmãos, de Milton Hatoum, a partir da hipótese de narrador  apático, buscando encontrar nessa noção uma perspectiva de interpretação capaz de dialogar com a forma de composição do romance à narrativa de seu narrador Nael e às condições de uma falta mediada por um “trauma” (tal como postulado por Freud em Uma Neurose Infantil e Outros Trabalhos). Para tanto, o trabalho parte de uma hipótese de leitura de Dois irmãos, mapeando o testemunho de Nael, personagem e narrador do romance, em relação a um excesso de eventos e personagens, entre os quais se destacam: Domingas, Yaqub e Omar, com os quais se aparta sistematicamente.  Se o testemunho constante dos próprios traumas parece suficiente para qualificarmos Nael enquanto apático, aprofundando a noção de apatia, a partir de Freud, se reforça essa qualificação, à medida que lhe exige uma mediação de caráter filosófico e psicológico. Assim, enquanto atitude apática, na qual um indivíduo se define apartado e  indiferente de um outro, a apatia parece estar de acordo com a narrativa subjetiva de Nael, em suas constantes fronteiras, silêncios e tentativas de esquecimento. Por outro lado, como fenômeno social típico da modernidade, a apatia nos leva a problematizar o narrador de Dois irmãos enquanto apático, tendo em vista sua inserção em uma ordem social nova  articulada por fenômenos da modernidade em que pressupostos comportamentais parecem conjugar uma atitude blasé frente a esfera do urbano e das pessoas. A partir dessa premissa surge a seguinte pergunta: como se forma e se expressa, na espreita de um trauma, a apatia do narrador de Dois irmãos? Buscando responder a essa questão central, o trabalho desenvolveu-se no sentido de investigar a designação de apatia de Nael, tendo em vista a história de sua origem social e a sua forma de manifestação narrativa. Essa investigação nos levou a concluir que, formando-se no decorrer de uma apartação parcial e sistemática aos gêmeos, a apatia do narrador Nael se manifesta enquanto subjetivação da indiferença de um trauma, em que a constante necessidade de distancia entre os irmãos, parece depender de designações que o torne apático, convertendo-se assim em uma forma resistência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1201576 - TANIA MARIA PEREIRA SARMENTO PANTOJA
Interno - 2478712 - VILMA NONATO DE BRICIO
Externo à Instituição - ABILIO PACHECO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 07/02/2022 15:17
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