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Banca de DEFESA: ERLEN ASSIS DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERLEN ASSIS DE ALMEIDA
DATA: 23/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual - https://meet.google.com/vks-fjuj-hiw?hs=224
TÍTULO:

EFEITOS DO DESMATAMENTO NO COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO DA SUB-BACIA DO ESTREITO


PALAVRAS-CHAVES:

Desflorestamento, Desmatamento, Variaveis Hidrometeologicas, Tendências


PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Vários estudos indicam que a vegetação exerce um papel crucial no controle da erosão do solo, na regulação do ciclo de nutrientes, na preservação dos recursos hídricos e na qualidade e quantidade de água disponível. A remoção da vegetação resulta em mudanças nas taxas de evapotranspiração, fotossíntese e precipitação, impactando diretamente a disponibilidade hídrica. O avanço do desenvolvimento no Brasil geralmente está ligado à supressão da vegetação nativa. Estudos voltados para um desenvolvimento sustentável não apenas são importantes, mas também indispensáveis. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do desmatamento na dinâmica da resposta hidrológica ao longo de 37 anos na SB-ESTREITO (Sub-bacia do Estreito), essa bacia é parte da bacia do rio Tocantins até a usina hidrelétrica de Estreito, com uma área de aproximadamente 285.167,06 km², situada nos Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e parte do Distrito Federal, totalmente no bioma cerrado. Ao todo a SB-Estreito perdeu aproximadamente 26,6% (49.872 km²) de sua vegetação original presente em 1985. Foram gerados dados anuais da dinâmica da desflorestamento para a área de estudo, os quais foram analisados em conjunto com os dados históricos de vazão, de precipitação, resposta hidrológica (Rh) e de taxa de incremento de deflúvio (TID). A despeito do desflorestamento acumulado crescente durante os anos, os resultados indicam tendência para o período de 1985 a 2022 de decremento para os dados de precipitação, vazão e TID, enquanto que para os dados de Rh não apresentou tendencias.
A resposta hidrológica e as taxas de incremento de deflúvio na maioria dos estudos a respeito mostram estar associados à dinâmica das taxas de desflorestamento, indicando que a remoção da floresta gera uma resposta rápida nos valores de escoamento superficial e lateral devido à diminuição dos processos de interceptação e de infiltração após a remoção da floresta, todavia os resultado para o período de 37 mostraram os valores de vazão e TID não ter sido afetados, indicando o mesmo comportamento da precipitação, ou seja, o escoamento mostrou-se uma resposta mais lenta. Outra situação que os valores de desmatamento só foram atingir mais de 20% de perda de vegetação original na bacia em 2022, até 2021 a perda era em tono de aproximadamente 17%, incluindo nas APP a remoção da floresta foram e torno de 17% de cobertura original (1985-2022). A SB-estreito, tem como caracteristica principal a construção vários complexos hidrelétricos, transformando o rio numa sucessão de represas, com o intuito de observar se a contrução Estreito apresentou algum impacto seja no desflorestamento ou nas variáveis hidrometeorologicos, selecionou-se a década de 2012-2022, 2012 é marcado pela inauguração da usina de Estreito e também pelo lançamento do novo código florestal. Nenhuma variável hidrometeorológica apresentou tendência para o período de 2012 a 2022. Porém considerando o período de 2012-2022, a Rh mostrou-se crescente a partir de 2018 e acompanhando o desmatamento, tendo seu maior valor em 2022 (ano que a supressão atinge valores mais significativos). O TID predominou um comportamento padrão, para essa década, uma taxa de escoamento mais controlada que destoou em 2021, provocanto um escoamento mais rápido, quando o desflorestamento volta a incrementar nesse ano. Mediante aos dados levantados, conclui-se que a supressão da floresta ocorrida na área de estudo ainda não potencializou mudanças significativas, e que a identificação da escala em que o desflorestamento causa mudanças climáticas precisa continuar sendo investigada, talvez nos próximos anos os valores de vazão apresente alguma tendência de incremento devido ao crescimento do desmatamento principalmente no ano de 2022.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2492758 - BERGSON CAVALCANTI DE MORAES
Interno - 327745 - EDSON JOSE PAULINO DA ROCHA
Externo ao Programa - 1178906 - JOAO BATISTA MIRANDA RIBEIRO
Presidente - 2190726 - JOAO DE ATHAYDES SILVA JUNIOR
Notícia cadastrada em: 22/02/2024 09:26
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