Educação. Sexualidades. Currículo.

Essa pesquisa busca contribuir com os debates acerca das discussões, referentes aos temas das questões sexuais nos currículos das escolas públicas do município de Soure. Sendo uma tentativa de compreender o que ocorre nos conflitos existentes, nas escolas com professores, alunos, técnicos, direção e toda comunidade escolar, sobre o tema das sexualidades e gêneros, que insistem em se colocar na pauta do dia, a escola se torna o campo dos debates, conflitos e questionamentos das mais diferentes temáticas, da aluna trans e o uso do nome social na caderneta de presença, do professor assumidamente homossexual que propõe eventos, para debater temas que envolvem o sexo e as sexualidades, do bullying com a aluna lésbica, das mais variadas formas de violências institucionais, físicas, psicológicas e outras. Nesse sentindo as escolas de Soure, não estariam tão distantes de outras, em grandes metrópoles, principalmente dentro de um cenário de globalização. Então quais seriam as especificidades de uma escola localizada na maior ilha fluviomarinha do mundo, dentro da floresta tropical com a maior biodiversidade do planeta? Em uma pequena cidade no interior da Amazônia, com uma população de pouco mais de 24 mil habitantes (IGBE, 2016), onde segundo alguns moradores; “aqui todo mundo se conhece”. Quais os problemas podem surgir dentro desse contexto social? Como a escola procura lidar com os conflitos de ordem sexual? Como os alunos encaram essa realidade? Essas são algumas dúvidas que me surgiram e eu procurei responder nessa pesquisa. Nesse sentido o objetivo principal desse trabalho, é promover o debate sobre sexualidade dentro do ambiente acadêmico e escolar, diante da sua evidente ausência nesses espaços. Entre os autores utilizados para fundamentação teórica nessa pesquisa, se destaca o filósofo francês Michel Foucault (1975), os educadores Paulo Freire (1996) e Guacira Lopes Louro (2009), entre outros autores de diferentes áreas do conhecimento.