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Banca de QUALIFICAÇÃO: ELIENE SANTOS DE FARIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIENE SANTOS DE FARIA
DATA: 27/03/2019
HORA: 16:00
LOCAL: NEB, UFPA
TÍTULO:

 E então, o que ensinar para bebês? Narrativas de uma professora de berçário


PALAVRAS-CHAVES:

Pesquisa autobiográfica. Docência com bebês. Currículo para berçário


PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta dissertação apresenta por meio da pesquisa narrativa, os processos de subjetivação [D1] pelos quais venho me constituindo professora de bebês, trazendo à reflexão o processo (auto)formativo, abrangendo formação docente, memória, percursos e entrelaçamentos com histórias de vida, com o intuito de tecer narrativas que levem à compreensão quanto à especificidade da docência e do currículo para bebês, reconhecendo a incompletude da formação docente, que abre espaço para construções e reconstruções constantes. Para tanto, a pesquisa busca trazer à discussão sobre os caminhos por mim percorridos na constituição da minha docência com bebês, caracterizada por especificidades que a diferencia de todas as outras, marcada pela força do imbricamento do cuidar e educar e da potência das relações com e junto aos bebês,   assim como pela busca da harmonia entre tempos, espaços e relações. Assim, longe da intenção de apenas narrar uma história de vida, este movimento investigativo, busca acrescentar conhecimento com uma postura epistemológica acerca da docência com bebês, partindo da reflexão e produção de sentidos da prática pedagógica de uma professora de berçário. Para essa ação investigativa, opta-se pela pesquisa auto-biográfica e investigação narrativa (FONTANA, 2004; NÓVOA e FINGER, 2014; JOSSO, 2010), como um percurso teórico-metodológico capaz de fundamentar o estudo. Assim, busco produzir novas compreensões dos registros narrativos investigados, apropriando-me da Análise Textual Discursiva como metodologia de análise do material empírico[D2] , sendo utilizado como instrumentos disparadores de memória, artefatos considerados significantes para elucidar as experiências vivenciadas ao longo do caminho, tais como cadernos de registros, planos de aula, projetos pedagógicos, fotografias e fragmentos de diário pessoal, que marcam de forma relevante o meu processo formativo, que se desenha inicialmente marcado pelas incertezas e medos consequentes de uma formação acadêmica fragilizada e foi se constituindo em meio à dinâmica das interações com outros docentes carregados por suas muitas histórias e práticas, na relação com os bebês, nas organizações dos tempos, estruturas e orientações institucionais e nos processos formativos mediados pelos cursos de pós-graduação, participação em grupo de estudos, formações externas, buscas investigativas pessoais em um processo reflexivo- construtivo que nunca está pronto, nunca transborda,  sempre há espaço para crescer, lançar fora velhas práticas mediante à novas concepções que viabilizem maior qualidade na educação das crianças pequenininhas.


 [D1]Precisas trazer na revisão da literatura o que significa

 [D2]MORAES, R. GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. Ijuí: Unijuí, 2007

 

Os dados construídos, a partir dos instrumentos listados acima, foram convertidos em um documento tratado por meio de Análise textual discursiva, usando como referencial Moraes e Galiazzi (2007). De acordo com os autores, ―a análise textual discursiva corresponde a uma metodologia de análise de dados e informações de natureza qualitativa, com a finalidade de produzir novas compreensões sobre os fenômenos e discursos‖ (MORAES e GALIAZZI, 2007, p 7), além de ser compreendida como um ―processo auto-organizado de construção de novos significados em relação a determinados objetos de estudo, a partir de materiais textuais referentes a esses fenômenos‖ (MORAES, 2003, p. 209). Esse tipo de análise é uma abordagem que transita entre a análise de conteúdo e análise do discurso. Ela ―opera com significados construídos a partir de um conjunto de textos‖ (MORAES, 2003, p 192); ou seja, é um exercício de ―elaborar sentido‖. Os textos são vistos como ―significantes‖, sendo possível atribuir ―sentidos simbólicos‖. Logo, pretende-se construir compreensões com base nos textos analisados, ―expressando sentidos e significados que possibilitam ler‖ (MORAES, 2003, p 193). Nessa perspectiva, compreendo, assim como Moraes (2003), que na análise textual discursiva os materiais analisados formam um conjunto de significan antes, onde o pesquisador/intérprete atribui aos materiais analisados significados, levando em consideração seus conhecimentos e teorias. Nesse movimento de atribuição de sentidos e significados, a emergência e comunicação do novo se torna o objetivo da análise. Segundo Moraes (2003), a análise textual discursiva organiza argumentos em torno de quatro focos, onde os três primeiros compõem um ciclo, são eles: 1. Desmontagem dos textos: também denominado de processo de unitarização, implica examinar os materiais em seus detalhes, fragmentando-os no sentido de atingir unidades constituintes, enunciados referentes aos fenômenos estudados. 2. Estabelecimento de relações: processo denominado de categorização, implicando construir relações entre as unidades de base, combinando-as e classificando-as no sentido de compreender como esses elementos unitários podem ser reunidos na formação de conjuntos mais complexos, as categorias. 3. Captando o novo emergente: a intensa impregnação nos materiais da análise desencadeada pelos dois estágios anteriores possibilita a emergência de uma compreensão renovada do todo. O investimento na comunicação dessa nova compreensão, assim como de sua crítica e validação, constituem o último elemento do ciclo de análise proposto. O metatexto resultante desse processo representa um esforço em explicitar a compreensão que se apresenta como produto de uma nova combinação dos elementos construídos ao longo dos passos anteriores. O texto segue focalizando o ciclo como um todo, aproximando-o de sistemas complexos e auto-organizados: 4. Um processo auto-organizado: o ciclo de análise descrito, ainda que composto de elementos racionalizados e em certa medida planejados, em seu todo constitui um processo auto-organizado do qual emergem novas compreensões. Os resultados finais, criativos e originais, não podem ser previstos. Mesmo assim é essencial o esforço de preparação e impregnação para que a emergência do novo possa concretizar-se. (p 191-192) (grifo meu). Referente a isso, com a desmo Referente a isso, com a desmontagem ou unitarização do corpus ―pretende-se conseguir perceber os sentidos dos textos em diferentes limites de seus pormenores‖ (MORAES, 2003, p195). Ou seja, ―unitarizar é interpretar e isolar ideias elementares de sentido sobre os temas investigados


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1152848 - CELITA MARIA PAES DE SOUSA
Presidente - 617.587.792-68 - DANIELE DOROTEIA ROCHA DA SILVA DE LIMA - UFPA
Externo à Instituição - KÁTIA ADAIR AGOSTINHO
Notícia cadastrada em: 25/03/2019 09:58
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