O campo curricular segue aberto e marcado por diferentes perspectivas teóricas, ampliando seu referencial, possibilitando novos modos de expressão, novas travessias e experimentações metodológicas. Esta pesquisa traça um mapa sobre o campo das pesquisas pós-criticas, de cunho pós-estruturalista, a respeito do método cartográfico de inspiração deleuzeana. Os procedimentos adotados no desenvolvimento desta pesquisa operam, também, tendo como inspiração a cartografia enquanto método confluente com o pensamento rizomático deleuziano. Esta pesquisa cartografou dissertações e teses do campo do currículo produzidas nos últimos cinco anos (2016, 2017, 2018, 2019, 2020) em programas de pós-graduação em educação e disponíveis na plataforma da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES que utilizam o método cartográfico de cariz deleuziano. Seu escopo investe nas virtualidades da cartografia para produzir outros modos de pensar educação e a pesquisa curricular operando com o pensamento da Diferença, especialmente com o encontro do pensamento de Deleuze e Guattari. Inicialmente foram selecionados vinte e oito trabalhos dentro dos recortes acima propostos, mas para melhor aproveitamento das cartografias, reduzimos esse quantitativo e fizemos outra seleção, escolhendo nove trabalhos ao final. Como resultados, constamos que para além de uma metodologia de pesquisa, a cartografia também é um movimento inspirador de novas práticas, novas formas de ver, tatear, experimentar, na produção do conhecimento no campo curricular. Apesar de todos os trabalhos selecionados serem cartografias deleuzeanas, cada cartografia cria suas ferramentas à medida que novas rotas precisam ser criadas; sujeito e objeto são totalmente ligados, não há uma coleta de dados e sim uma produção, o pesquisador é percebido como alguém que interage e altera o campo, produz junto, tem a capacidade de afetar e, também, ser afetado. A partir dessas considerações é possível inferir que existem tantas cartografias possíveis quantos campos a serem cartografados, o que reafirma a importância do investimento em uma proposição metodológica que se desenha inventiva. Em linhas gerais, a cartografia curricular não está para mera representação dos objetos, mas se propõe investigar e acompanhar processos peculiares de produção de acontecimentos, sem tracejo prévio de rota linear para alcançar objetivos previamente determinados.