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Banca de DEFESA: BELANNY BARBOSA LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BELANNY BARBOSA LOPES
DATA: 03/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Luiz Carlos de Lima Silveira (Sala 17)
TÍTULO:

Ausência de efeito do ruído de luminância sobre as respostas corticais provocadas por estímulos pseudoisocromáticos


PALAVRAS-CHAVES:

Estímulos pseudoisocromáticos, ruído de luminância, visão de cores, eletrofisiologia visual, potencial cortical provocado visual.


PÁGINAS: 51
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O ruído de luminância em um estímulo pseudoisocromático caracteriza-se pela distribuição aleatória espacial de diferentes valores de luminância. Esta característica possibilita eliminar pista de brilho entre o alvo e o fundo dos estímulos, permitindo que a percepção da diferença entre eles ocorra apenas por seus conteúdos cromáticos. Tem sido observado que mudanças em parâmetros do ruído de luminância modificam a discriminação perceptual entre as cores do alvo e do fundo do estímulo. Não se sabe onde e como as informações de luminância e cor interagem para levar a tais modificações perceptuais. O objetivo desta dissertação foi avaliar a influência de modificação do ruído de luminância sobre respostas corticais provocadas por estímulos pseudoisocromáticos. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, protocolo #991.803. A amostra foi composta por 16 participantes tricromatas saudáveis, com idade entre 24 e 36 anos (26,5 ± 3,4 anos), sendo nove mulheres e sete homens. Os estímulos foram gerados no sistema ViSaGe e foram compostos por redes verde-vermelhas pseudoisocromáticas de 6° com frequência espacial de 2 cpg em um campo de 7,25°. O mosaico foi composto por 2448 círculos que variavam em tamanho e luminância. Dois experimentos testaram duas diferentes formas de manipulação do ruído de luminância, mantendo-se a luminância média (15 cd/m2) do estímulo em todas as condições: (i) No primeiro experimento, foram testados 16 participantes da amostra. Nele, houve variação da amplitude de luminância entre quatro condições: amplitude de 20 cd/m2; amplitude de 12 cd/m2; amplitude de 4 cd/m2 e amplitude de 1 cd/m2, mantendo-se o número de níveis de luminância em todas as condições (cinco níveis). (ii) No segundo experimento, foram testados sete participantes da amostra. Houve variação do nível de luminância entre três condições: 2, 5 e 11 níveis de luminância, mantendo-se a amplitude de luminância em 20 cd/m2 em todas as condições. A atividade cortical foi registrada por eletródios de superfície de ouro posicionados em Oz (ativo), Fpz (referência) e Fz (terra). Foi realizada amplificação de 50000 vezes, digitalizado em 1000 Hz e filtrado entre 0,1 e 100 Hz. A magnitude da resposta foi medida entre a linha de base e pico de amplitude do componente negativo (N1) esperado em torno de 120 ms e dos componentes positivos P1 e P2, esperados em torno de 70 e 230 ms, respectivamente. O tempo de resposta foi quantificado como o tempo para o valor do pico dos componentes N1, P1 e P2. Foi usado ANOVA de um critério para comparar as amplitudes e latências do componentes gerados pelas diferentes condições de estimulação. Os resultados do primeiro experimento mostraram que não houve efeito significativo da modificação da amplitude de luminância do ruído do estímulo sobre a amplitude dos componentes P1 (F[3,60] = 0,6452, p = 0,5929), N1 (F[3,60] = 0,0744, p = 0,97) e P2 (F[3,60] = 0,5183, p = 0,67655). O mesmo aconteceu com as latências, não houve efeito da modificação da amplitude de luminância sobre a latência dos componentes P1 (F[3,60] = 1,0987, p = 0,3578), N1 (F[3,60] = 0,0509, p = 0,98) e P2 (F[3,60] = 1,0384, p = 0,3831). Assim como aconteceu no primeiro experimento, os resultados do segundo experimento mostraram que não houve efeito significativo da manipulação do número de níveis de luminância do ruído do estímulo sobre a amplitude dos componentes P1 (F[2,18] = 0,1847, p = 0,8339), N1 (F[2,18] = 0,121, p = 0,89) e P2 (F[2,18] = 0,1057, p = 0,8998), bem como não foi observado efeito significativo da modificação do nível de luminância sobre a latência dos componentes P1 (F[2,18] = 0,8327, p = 0,5457), N1 (F[2,18] = 0,347, p = 0,71) e P2 (F[2,18] = 1,1412, p = 0,3423). A principal constatação desta dissertação foi que, apesar de produzirem mudanças nas respostas psicofísicas dos sujeitos, as alterações de amplitude e níveis de ruído de luminância, não produzem modificações equivalentes nas respostas corticais. Assim, supõe-se que as alterações de discriminação de cores observadas psicofisicamente pelas manipulações do ruído de luminância não devem ocorrer no córtex visual primário, mas sim em substratos anátomo-funcionais em níveis corticais superiores.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2570109 - ANA LEDA DE FARIA BRINO
Externo ao Programa - 271.617.148-34 - DORA FIX VENTURA - USP
Presidente - 1734253 - GIVAGO DA SILVA SOUZA
Interno - 1870683 - PAULO RONEY KILPP GOULART
Notícia cadastrada em: 02/09/2019 13:44
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