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Banca de DEFESA: ESTER LILIAN LOUREIRO BENITAH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ESTER LILIAN LOUREIRO BENITAH
DATA: 24/01/2017
HORA: 15:00
LOCAL: sala 17 NTPC/PPGNC
TÍTULO:

ANÁLISE DA CORRESPONDÊNCIA VERBAL/NÃO VERBAL DO RELATO DE PESCADORES SOBRE SUA INTERAÇÃO COM OS BOTOS NA ILHA DE MOSQUEIRO, REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

pesca, boto, interação, teste de associação implícita.


PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A pesca artesanal é uma atividade muito expressiva na região norte do Brasil. Com importante impacto para a economia local, esta é fonte de emprego e alimento, principalmente para as populações ribeirinhas. Esta atividade acaba interagindo muito frequentemente com espécies de pequenos cetáceos, os botos tucuxi (Sotalia sp.) e cor-de-rosa (Innia geoffrensis), que habitam as áreas costeiras e rios do estado do Pará. Adquirir informações acerca dessa interação, no entanto, é desafiador, pois muitas vezes os relatos dos pescadores não correspondem com a realidade, uma vez que questões acerca do imaginário local em relação aos botos, a exemplo das lendas que acabam desenhando uma imagem negativa destes, bem como questões de competição por pescado e outros pontos relacionados à prática pesqueira, podem influenciar no que é relatado. Neste cenário, o presente estudo buscou analisar a correspondência entre o relato verbal e o comportamento não-verbal de pescadores com relação à sua interação com os botos. A pesquisa foi realizada na colônia de pescadores Z-9, localizada na praia Baía do Sol, Ilha de Mosqueiro, região metropolitana de Belém, e contou com a participação de 30 indivíduos, que foram entrevistados e em seguida realizaram um teste de associação implícita (TAI), que indicou o grau de associação do boto como um estímulo positivo (agradável) ou negativo (desagradável). Dos 30 entrevistados, 43,33% (n=13) apresentaram d-score positivo no TAI, indicando leve a moderada associação automática do boto com agradável, e os outros 46,66% (n=17) apresentaram d-score negativo, indicando leve a moderada associação automática do boto com desagradável. Nos relatos verbais os entrevistados afirmaram que o boto-rosa ocorre com mais frequência nos arredores da ilha e que ele atrapalha a pesca, chegando a afirmar que não gostavam do boto por este motivo. Embora considerem o boto, em especial o cor-de-rosa, uma ameaça à sua atividade, quase metade dos entrevistados não mostraram associação negativa com os referidos mamíferos aquáticos. Este fato pode ser explicado pela variação das áreas de pesca, mostrando que os que mantém suas atividades em áreas mais afastadas e em água salgada possuem menor contato com o boto-rosa. Além disso, não separamos as espécies de boto durante o teste e uma vez que o boto declarado nas entrevistas como “mau” foi o cor-de-rosa, a manutenção das duas espécies como entidade única pode ter influenciado para o resultado equilibrado dos d-scores do teste de associação implícita. Pretendemos realizar testes futuros com incluindo a definição dos locais de pesca e a separação das espécies em categorias diferentes para uma abordagem mais detalhada.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1152799 - CARLA CRISTINA PAIVA PARACAMPO
Externo ao Programa - 2344780 - JOAO MARCELO BRAZAO PROTAZIO
Presidente - 1366607 - MARIA LUISA DA SILVA
Interno - 1870683 - PAULO RONEY KILPP GOULART
Notícia cadastrada em: 23/01/2017 11:47
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