" FIXAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE CARBONO NAS FLORESTAS DO MÉDIO XINGU-AMAZÔNIA ORIENTAL"
Biomassa aérea, alometria, mortalidade, recrutamento,
As florestas tropicais funcionam como os maiores sumidouros de dióxido de carbono, mas podem se tornar também as maiores fontes desse elemento para a atmosfera através da degradação florestal. Por isso, os estudos sobre a quantificação e distribuição espacial do carbono estocado, assim como o potencial de absorção de carbono pelas florestas são de grande importância no âmbito das mudanças climáticas. Nesse contexto, realizamos este estudo com o objetivo de avaliar a distribuição espacial e a dinâmica do carbono, em parcelas de florestas no Médio Xingu. Estimamos a biomassa das árvores com DAP igual ou superior a 10 cm, através de equação alométrica utilizando dados de inventário florestal (realizado utilizando módulos RAPELD, com 42 parcelas de 1 ha), na região de influência do rio Xingu – Amazônia Oriental. Avaliamos a dinâmica da vegetação e do estoque de carbono nos anos 2012, 2014 e 2016, assim como a influência espaço temporal no ganho de carbono. O incremento periódico anual em carbono foi de 2,5 ton ha-1 entre 2012 e 2014 e 1,84 ton ha-1 entre 2014 e 2016. A biomassa da vegetação apresentou forte influência da abundância de espécies de diâmetros inferiores. Identificamos que a floresta não se demonstrou estável, funcionando como sumidouro de carbono, com os incrementos superando as emissões, embora no período 2014 a 2016 a taxa de mortalidade tenha sido bem superior à de recrutamento. Além disso, o efeito temporal demonstrou-se mais importante no ganho de carbono que o efeito espacial.