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CLAUDIA SOUSA CHAVES
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DESCRIÇÃO DE UMA NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Leporinus (CHARACIFORMES: ANOSTOMIDAE) DO RIO XINGU, PARA, BRASIL
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Data: 19/12/2022
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Os peixes da família Anostomidae são popularmente conhecidos no Brasil como aracus, piaus e piaparas estando amplamente distribuídos na região Neotropical, sendo que na Amazônia se concentra mais da metade das 150 espécies conhecidas. No rio Xingu são conhecidas 23 espécies de anostomídeos, e o presente estudo busca ampliar o conhecimento sobre a diversidade de Anostomidae da bacia do rio Xingu através da descrição de uma nova espécie. Para isso, foram utilizadas ferramentas da taxonomia tradicional e marcadores moleculares. Além disso, o padrão de distribuição e status de conservação da espécie foram avaliados. O material analisado é proveniente de coletas nos trechos superior, médio e baixo do rio Xingu, e encontra-se depositado nas coleções científicas do LIA, INPA, MZUSP, MPEG e MZUEL. Um total de 56 indivíduos foi analisado. Os dados merísticos, morfométricos e o padrão de colorido indicam que a espécie nova de Leporinus difere de seus congêneres. Os dados de DNA Barcode também corroboram esta hipótese, já que a espécie nova difere de todas as congêneres analisadas. As espécies congêneres mais próximas da espécie nova são Leporinus uniateiniatus e L. vanzoi, com quem possui distância genética de cerca de 3% no DNA Barcode. Características osteológicas da espécie são descritas, ilustradas e discutidas.
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RUTHE DE JESUS SANTOS
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Fungos macroscópicos comestíveis do sudoeste do Pará, Brasil
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Data: 31/08/2022
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O reino Fungi é um dos maiores e mais diversos grupos de organismos no ambientes terrestres no números de espécies e desempenham funções essenciais para a manutenção da vida em todo o ecossistema, especialmente em ambientes florestais, onde atuam como organismos saprofíticos, sendo um dos principais decompositores da matéria orgânica, Além disso, podem ser também parasitas de um grande número de plantas, muitas de grande importância econômica, como também fazerem associações mutualísticas de grandes benefícios com plantas vasculares (micorrízas), e com algas (liquens). Para os municípios de Altamira, Brasil Novo e Medicilândia, no sudoeste do Pará, o levantamento de macrofungos é escasso, deste modo o presente estudo tem como objetivo coletar, identificar e depositar espécies de macrofungos, principalmente os comestíveis, na região do médio Xingu e contribuir com maior conhecimento da diversidade local e o fortalecimento do Herbário Padre José Maria de Albuquerque (HATM). Esta dissertação está dividida em três capítulos. No primeiro capítulo foi realizado uma listagem de espécies de cogumelos comestiveis encontradas em região cacaueira destes municípios. Os táxons que apresentaram maior abundancia foram do gênero Auricularia (14 coletas), seguidos de Lentinus (12), Favolus (4) e Panus (4). Desta forma pode-se observar a diversidade de espécies de cogumelos para os municípios estudados e pode ser uma importante alternativa de benefícios para a saúde humana disponível na região, como também os depósitos de exsicatas das coletas realizadas contribuirá para enriquecer a coleção de fungos do Herbário HATM da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus de Altamira. O segundo capítulo consiste na análise do perfil de aminoácidos das espécies Auricularia delicata, Schizophyllum commune e mix de Panus lecomtei e Panus strigellus, coletados em lavouras antigas e recém formadas de cacau e matas adjacentes a estes cultivos, no sudoeste paraense. Através dos métodos AOAC 982.30 mod., AOAC 994. 12 mod. e AOAC 988.15 mod. utilizado para determinar os aminoácidos neste estudo, foram encontrados 19 aminoácidos nas amostras dos cogumelos estudadas, sendo nove essenciais e dez não essenciais. Os aminoácidos essenciais que apresentaram maiores porcentagens foram a valina, seguido de leucina e lisina. Já os aminoácidos não essenciais com maiores porcentagens foram os ácidos glutâmico e aspárticos seguidos de alanina. O presente estudo demonstrou que os cogumelos avaliados podem ser um alimento de grande diferencial nutricional, pois são uma fonte alternativa de aminoácidos essenciais para a dieta alimentar humana. E por fim, no terceiro capítulo a descrição de espécies do gênero Schizophyllum encontrados na área estudada. Como resultados obtidos, são descritas três espécies de Schizophyllum para as áreas amostradas da Amazônia: Schizophyllum aff. radiatum, Schizophyllum leprieurii e Schizophyllum umbrinum. As espécies deste grupo apresentam caracteres macro morfológicos altamente variáveis ou também muito semelhantes com muita sobreposição; tornando difícil a separação dos táxons, pelo menos de S. commune vs. S. radiatum vs. S. aff. radiatum. Desta forma, é necessário uma revisão taxonômica nestas espécies para elucidar se os nomes atribuídos para cada táxon em ambos os clados incluem uma ou mais espécies crípticas. Este estudo é apenas uma amostra da diversidade de macrofungos comestíveis para a região do sudoeste paraense. Porém, pioneira para a região, sendo necessário a continuidade de mais estudos para descrever melhor esta biodiversidade local.
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SHIRLEY FERNANDA DE ALMEIDA CAMPOS
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ETNO-ORNITOLOGIA E USO DE CURIÓS NO SUDOESTE DO PARÁ, BRASIL
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Data: 31/08/2022
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O uso das aves silvestres como animais de estimação é comum há séculos, implicando em um estímulo ao comércio e à caça ilegal desses animais. Dentre as aves com autorização para ser mantida como animal de estimação no Brasil, o curió (Sporophila angolensis) se destaca devido à beleza do canto, acarretando um número elevado de criação e comercialização ilegal da espécie. Apesar de ser considerada uma espécie pouco preocupante para a conservação no país, encontra-se na lista daquelas ameaçadas de extinção em alguns estados brasileiros. Em outras regiões do país, a finalidade de criação do Sporophila angolensis é restrita ao canto e à participação em competições desse tipo. Já na região norte brasileira, a espécie é frequentemente encontrada como animal de estimação devido à sua habilidade de ser um pássaro preseiro, que consiste na capacidade de animais cativos treinados conseguir capturar outras aves soltas da natureza. Uma investigação sobre a relação entre os criadores e o pássaro é importante para identificar se tal relação se desdobra em práticas benéficas ou nocivas à espécie. Este estudo tem como objetivo geral compreender o conhecimento etno-ornitológico e os usos acerca do curió por criadores dos municípios de Altamira e Brasil Novo, localizados no estado do Pará, Brasil. A partir de entrevistas semiestruturadas e conversas informais, mediante um roteiro, obtivemos informações sobre a percepção dos moradores a respeito do curió. Foram entrevistadas 20 pessoas, sendo a maioria homens (90%) e com a escolaridade de nível médio. Renda e idade não parecem ser determinantes para essa prática, que acaba se tornando parte muito importante da vida dessas pessoas por adquirirem um vínculo muito grande com o pássaro. A maioria tem como motivação para a criação a caça, que, para eles, é considerada esportiva, ficando o fator econômico em segundo plano. Essa preferência pela espécie é promovida devido à sua característica territorialista, encontrada principalmente nos machos, proporcionando a habilidade preseira e permitindo o seu uso na caça como curió-preseiro. Como dados preocupantes em relação à conservação da espécie, temos que somente 60% dos informantes possuem autorização para a criação de pássaros e, entre eles, apenas 50% têm todos os seus curiós legalizados. Além disso, a informação de que, para 85% dos entrevistados, ocorreu uma diminuição da espécie na região, causada principalmente pela caça e pelo uso de agrotóxicos. A relação cultural, as redes sociais e a valorização econômica da espécie também influenciam na demanda local. Constatamos o costume da realização de campeonatos de curiós-preseiros, que acontecem por meio de veiculação de vídeos desse método de caça, postados em grupos de WhatsApp. Os valores desses campeões variam de R$ 15.000 a R$ 30.000. Hoje a retirada de espécimes da natureza é menos frequente, porém ainda é expressiva, sendo os indivíduos jovens e machos os mais caçados. A criação e a caça com o curió-preseiro são culturais na região e têm importância econômica e social para os criadores. Percebemos que essa preferência pela espécie a transforma em uma espécie-alvo, estimulando a sua caça e o comércio. Campanhas educativas de monitoramento e de fiscalização são necessárias para favorecer a preservação da espécie na região.
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HITALO CHRISTHOFFER ALAMAR MELO
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Caracterização de nutrientes e metais pesados em peixes, solo e corpos d'água em áreas de cultivo de arroz na Ilha do Marajó, Pará, Brasil
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Data: 31/08/2022
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O Brasil lidera o Ranking de um dos maiores produtores agropecuários do mundo e no uso de insumos, fertilizantes e agrotóxicos, sendo considerado o maior consumidor desses químicos. Apesar dos benefícios do consumo desses produtos, o uso indiscriminado ou em excesso causam forte impacto ambiental, contaminando o ar, a água e o solo, podendo afetar a composição da biodiversidade local e de seus entornos, bem como a interação entre os organismos. Portanto, este estudo tem por objetivo determinar os teores de magnésio, cálcio, cádmio, crômo, ferro, zinco, manganês, chumbo e cobre em peixes, no solo e em corpos d’agua em áreas de influência agrícola em Cachoeira do Ararí, no Pará. Os resultados esperados das concentrações para solo, água e peixes serão comparados com os valores referência disponibilizados pela Resolução CONAMA 420/2009, Resolução Nº 357/2005, Resolução RDC nº 42/2013 e pelo Decreto nº 5.971/65. Os valores orientados servirão de base para inferir possíveis contaminações nos pontos de amostragem. Sendo assim, será possível realizar uma caracterização dos teores de metais na região, conhecer os possíveis impactos causados pela poluição por metais, além de fornecer informações que poderão auxiliar em estudos futuros sobre conservação e preservação ambiental.
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ÉRICA JOZIÉLEN CUNHA DA SILVA
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Plantas úteis na comunidade quilombola jacarequara, município de santa luzia do pará - pa
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Data: 30/08/2022
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As populações tradicionais, são assim reconhecidas por terem seus conhecimentos ligados à natureza, e estes são usados como forma de sobrevivência, dentre essas populações temos os remanescentes de quilombos. Uma forma de resgate de conhecimentos etnobotânicos são essas populações humanas tradicionais que detêm conhecimentos sobre plantas medicinais, alimentares, ornamentais, artesanais, paisagísticas, magico religiosos, dentre outros.Atualmente são reconhecidas no Pará 261 Comunidades Remanescentes de Quilombos, e 56 tem título de território Quilombola, dentre elas encontra-se Jacarequara, no município de Santa Luzia do Pará. . Objetivou-se realizar um levantamento das espécies úteis, identificar, conhecer e debater a dinâmica da comunidade com relação as espécies vegetais utilizadas. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com 26 moradores maiores de 18 anos utilizando o método “Bola de Neve” com indicações sucessivas até atingir um ponto de saturação, além de turnê guiada para coleta das amostras e fotografias para identificação com ajuda do sistema APG IV. Para as respostas foram construídos gráficos e tabelas com Excel, e s Calculados índices de valor de uso. 126 espécies foram citadas, 84 medicinal, 48 alimentar, 16 artesanal e 14 em outros usos, 65% dos entrevistados aprendeu com a mãe, avô ou tia sobre plantas medicinais, e o cultivo para alimentação é baseado na agricultura familiar. A comunidade Jacarequara demonstrou uma variedade de conhecimento de espécies de plantas, seus usos e formas de manipulação.
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LARISSA RODRIGUES FERREIRA
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PANC na visão de estudantes de Ciências Biológicas da Amazônia.
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Data: 26/08/2022
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As plantas alimentícias não convencionais são todas aquelas plantas ou partes de plantas que possuem aproveitamento para alimentação humana, no entanto muitas vezes são inexploradas ou subutilizadas. O presente trabalho verificou o conhecimento e a utilização de plantas alimentícias não convencionais por estudantes de Ciências Biológicas da região Amazônica. A coleta das respostas foi realizada de março a junho de 2022 por meio de formulário eletrônico no Google Forms®. Obteve-se um número de 82 participantes de 10 Universidades Públicas Federais, sendo prevalente o gênero feminino. O conhecimento do termo PANC (plantas alimentícias não convencionais) foi relatado por 56% dos participantes. Foram registradas 112 espécies de plantas, dessas a maioria nativa com alto percentual de consumo (71%) dentre as espécies mais citadas apareceram: Manihot esculenta Crantz (mandioca), Xanthosoma sagittifolium (taioba), Acmella oleracea (jambu) e Physalis angulata (camapu) onde os principais lugares de obtenção foram: quintais, hortas, sítios e feiras. As partes vegetais mais utilizadas por categorias foram os frutos (77%), raízes e caules (76%), folhas (68%) e flores ou sementes (61%). O potencial alimentício é elevado na forma in natura para frutos, flores e sementes. A origem do conhecimento sobre as PANC é predominantemente familiar (42%) seguida de professores (22%). A relevância desse conhecimento para área de estudo segundo os estudantes se dá pelas questões de qualidade de vida e possibilidades de ensino uma vez que as consideram mais importantes do ponto de vista alimentar e científico. Apesar de conhecidas, ainda são negligenciadas e carecem de melhor divulgação e popularização.
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WILLIAN DA SILVA GONCALVES
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RESPOSTA DE MAMÍFEROS E AVES AO MANEJO FLORESTAL DE IMPACTO REDUZIDO EM PORTEL/PA
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Data: 26/08/2022
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Florestas tropicais fazem parte dos ambientes mais diversos do planeta e provêm serviços ecossistêmicos vitais para a subsistência de seres humanos e manutenção da biodiversidade. A extração madeireira de impacto reduzido é uma alternativa econômica para usos de recursos menos nociva à biodiversidade. A fim de ampliar a compreensão do conhecimento desse tipo de uso da terra sobre as comunidades de aves e mamíferos, objetivamos procurar respostas na estrutura da comunidade resultante do Manejo Florestal Sustentável (MFS) em áreas de Exploração de Impacto Reduzido (EIR). Este estudo foi realizado na Fazenda Uberlândia em Portel/PA, com fitofisionomias de floresta ombrófila densa e floresta aberta. No monitoramento faunístico foram utilizados dois métodos, censo em transectos de 2,5 Km a 5 km de comprimento, e a outra metodologia através de cameras-trap, utilizando um total de 61 câmeras, ambas instaladas nas Unidades de Produção Anual (UPA). Foram utilizadas estimativas de densidade populacional com o software Distance 7.1, comparando os períodos pré e pós exploratório. Para examinar a resposta de cada grupo ao tempo de recuperação florestal em cada unidade de produção anual, utilizamos o NMDS. Registramos um total de 30 espécies ao longo da área de trilhas, divididas em dois períodos (pré e pós exploratório). No período pré foi encontrado uma riqueza de 23 espécies (15 mamíferos e oito aves), enquanto no pós foram 26 (15 mamíferos e 11 aves). Não encontramos diferença significativa na densidade populacional entre os períodos pré e pós-exploratório (t = -1,0285, df = 23,273, p-value = 0,3143) porém foi possível observar isoladamente algumas populações como Chiropotes utahikae e Saguinus niger que ocorreram apenas no período pré-exploratório. As amostragens por armadilhas fotográficas na Fazenda Uberlândia registraram 11736 imagens de animais e identificamos um total de 29 espécies (24 de mamíferos e cinco de aves), podendo observar mais espécies de médio e grande porte. Nossos resultados mostram que as florestas exploradas retêm valor de conservação para algumas espécies de mamíferos e aves, principalmente os de hábitos terrestres e é importante que limites na exploração madeireira sejam identificados evitando declínios nos aspectos da história de vida de alguns táxons.
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ADRIANA SOEIRO ALVES
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DIVERSIDADE MICROBIANA ISOLADOS DA CLOACA de Kinosternon scorpioides CRIADOS EM CATIVEIRO
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Data: 31/07/2022
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As elevadas densidades populacionais humanas e de animais domésticos promovem cada vez mais um contato maior com espécies silvestres. Este contato aproxima agentes infecciosos e/ou parasitários no sentido de encontrarem novos hospedeiros e novos ambientes nos quais existem condições de manutenção, multiplicação e transmissão dos mesmos. Os quelônios, assim como outros répteis, são considerados reservatórios regulares para certas bactérias patogênicas aos seres humanos. Por serem um alimento muito apreciado na culinária da Amazônia, as espécies sofrem intenso impacto antrópico, e entre as espécies de quelônios mais exploradas no Brasil, destaca-se o muçuã (Kinosternon scorpioides). Este trabalho teve como objetivo principal verificar a ocorrência das principais bactérias com potencial zoonótico presentes na cloaca de muçuãs (K. scorpioides) criados em cativeiro. Com a finalidade de verificar a microbiota de K. scorpiodes, foram colhidas amostras cloacais de 66 indivíduos desta espécie do criatório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Oriental (7310/2014-SEMAS-PA), localizado em Salvaterra Ilha de Marajó-PA. As amostras foram semeadas em placas de petri contendo Ágar MacConkey e Agar Xilose Lisina incubadas à temperatura de 37°C por 24-48h em estufa bacteriológica. Adicionalmente, as colônias foram replicadas em Ágar nutriente à temperatura de 37°C por 24h. A identificação das características morfológicas das colônias bacterianas foi realizada por meio de testes tintoriais e provas bioquímicas. Foram identificados 10 gêneros bacterianos, tendo com destaque para Escherichia coli, Proteus sp. e Edwarsiella sp. Os resultados revelam que os muçuãs atuam significativamente como reservatórios de bactérias gram negativas causadoras de toxi-infecções de importância na saúde pública.
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LETICIA LIMA CORREIA
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ANÁLISE DA PRESENÇA DE RESÍDUOS PLÁSTICOS EM MORCEGOS DA AMAZÔNIA OCIDENTAL BRASILEIRA
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Data: 01/07/2022
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Plásticos são produtos derivados de petróleo, que estão presentes em todos os ambientes (urbanos e rurais). Causando problemas em humanos e animais silvestres, com isso, atingindo os morcegos, espécies de importante papel para a biodiversidade. Assim, o nosso objetivo é identificar a presença de resíduos plásticos nos morcegos da Amazônia ocidental brasileira. Especificamente, iremos; i. Identificar e quantificar os resíduos plásticos do sistema respiratório e digestório dos morcegos estudados; ii. Verificar a diferença na concentração de resíduos plásticos entre os tecidos estudados; iii. Correlacionando o tamanho das espécies e a concentração de resíduos plásticos dos tecidos avaliados; iv. Avaliar a diferenças no acúmulo de resíduos entre as diferentes guildas tróficas e ambientes (urbano e rural). As espécimes foram coletadas em três cidades do Pará, Altamira, Brasil novo e Vitória do Xingu, incluindo pontos de áreas urbanas e rurais. Serão analisadas um total de 173 indivíduos de 43 espécies diferentes, compreendendo todos os níveis tróficos (Insetívoro (aéreo, catador e de clareira), Frutívoro, Onívoro, Nectarívoro, Hematófago, Herbívoro e Piscívoro). As coletas foram feitas de modo padrão utilizando de 6 a 8 redes de neblina de 8m esticadas após o por do sol permanecendo por 6hs. Será analisado o sistema digestório desde o esôfago até ao ânus, onde o estômago será separado do intestino. O sistema respiratório será retirado desde as cavidades nasais até os pulmões. Após as amostras serem pesadas e medidas, as mesmas serão acondicionadas em potes de vidros com KOH para dissolver os tecidos, após isso as amostras iram para estufa por sete dias com temperatura constante a 60°C, posteriormente será filtrado com uma membrana de porosidade 0,2 𝜇𝑚 com o auxílio de uma bomba a vácuo. As membranas serão armazenadas em placas de petri de vidro, protegidas por envelopes de papel alumínio, e levados novamente para estufa por 24H com a temperatura a 60°C. As amostras serão analisadas em microscópio estereoscópio de aumento de 100 vezes. Cada item será fotografado e identificado quanto a cor, tamanho e formato. Para os procedimentos em laboratório será tomado todos os cuidados quanto a roupas 100% algodão e todo o matérias de análise será lavado previamente com água destilada e filtrada. Também será feito o branco do ambiente, assim, será possível ver a quantidade de contaminação existente no ambiente, e que possam interferir no resultado das análises com uma contaminação que não seja do ambiente natural das espécimes e também será feito o branco dos locais de coleta para poder confrontar as partículas ambientais com as partículas encontradas nos espécimes de morcegos. Com isso, é esperado que entre as guildas tróficas analisadas, as espécimes que são insetívoras aéreas apresentem uma maior quantidade de resíduos plásticos no sistema respiratório, do que nas espécies que são insetívoras catadoras ou de clareira. Que as espécies de níveis tróficos maiores apresentem uma maior quantidade de resíduos plásticos, como as carnívoras e onívoras. E que possa haver diferença entre os tecidos estudados (respiratório e digestório) e que as espécies de áreas urbanas apresentem uma maior quantidade de resíduos plásticos do que nas espécies de áreas rurais.
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EDUARDA SILVA DE LIMA
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NEPOMORPHA (HETEROPTERA) AQUÁTICOS EM LAGOS DOS LAVRADOS DE RORAIMA
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Data: 30/06/2022
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O bioma amazônico é um dos mais ricos e diversos da Terra, principalmente quanto sua fauna, flora e ecossistemas. Os Lavrados de Roraima compõem um desses ecossistemas, possuindo características específicas e incomparáveis. Sua hidrografia é formada por lagos repletos de indivíduos endêmicos e espécies em extinção, cuja heterogeneidade estaria intimamente relacionada à sua vegetação e variáveis limnológicas que circundam o ambiente, o que faz com que algumas das espécies residentes nesse ecossistema sejam diferentes das verificadas em regiões próximas. Dentre os organismos aquáticos mais sensíveis a essas variáveis limnológicas encontram-se os invertebrados, em especial os da classe Insecta, subordem Heteroptera e infraordem Nepomorpha, representantes significativos que participam ativamente na manutenção e equilíbrio de ambientes aquáticos, possuindo morfologia incomum, variabilidade de nichos e alimentação, o que as faz ocupar quase sempre o topo das cadeias tróficas. No entanto, ainda há poucas informações sobre Nepomorpha nos Lavrados de Roraima, o que dificulta ações de conservação e representa risco, uma vez que essa área começa a ser ocupada por pastagens e plantações de soja, explicitando necessidade de sanar os déficits Lineano, Wallaceano e Hutchinsoniano existentes. Assim, objetivou-se avaliar o efeito das variáveis ambientais sobre a estrutura das espécies de Nepomorpha em lagos dos Lavrados do Estado de Roraima, determinando sua abundância, riqueza e composição. Os lagos estudados encontram-se no município de Boa Vista, Roraima, caracterizado como um sistema campestre e savânico. Foram validados para a amostragem 26 lagos e o material fora coletado em agosto de 2015, durante o final do período chuvoso amazônico e no início do período de estiagem. Foram utilizadas redes entomológicas aquáticas durante 30 segundos, repetidos em 10 vezes ao redor do lago, sem espaçamento definido. O material coletado foi encaminhado, na época, para o Laboratório de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos do INPA e hoje encontra-se no Laboratório de Insetos Aquáticos do Xingu, onde será identificado por meio de observação de características morfoanatômicas, conforme chaves de identificação da entomofauna aquática amazônica atuais. Além disso, para fazer a caracterização limnológica dos lagos utilizaremos uma Análise de Componentes Principais; para testar o efeito das variáveis sobre a riqueza e abundância utilizaremos uma Regressão Linear Simples; e para relacionar as variáveis ambientais à composição de Nepomorpha usaremos uma Análise de Redundância. Com isso, espera-se reduzir os déficits citados, auxiliando em ações de conservação, além de apresentar uma lista de espécies para os lagos dos Lavrados.
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ISAAC SIDOMAR CABRAL DA SILVA FERNANDES
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REVISÃO TAXONÔMICA DE Parancistrus Bleeker, 1862 (SILURIFORMES, LORICARIIDAE)
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Data: 23/06/2022
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Loricariidae é a mais diversificada família, abrigando o maior número de gêneros e espécies dentro de Siluriformes, muitos deles carecendo de uma revisão taxonômica, como no caso de Parancistrus. A revisão do gênero foi feita através dos métodos da taxonomia tradicional. Foram examinados exemplares provenientes de diferentes museus e coleções ictiológicas, incluindo os holótipos (imagens e/ou exemplares) juntamente à série tipo das espécies de Parancistrus; adicionalmente foram feitas comparações com Spectracanthicus e Baryancistrus, gêneros próximos de Parancistrus, para um melhor detalhamento taxonômico do gênero. Parancistrus sp. “marrom”, a terceira espécie para o gênero é proposta. Parancistrus aurantiacus, a espécie tipo do gênero, é restrita à bacia dos rios Tocantins-Araguaia, e pode ser diferenciada de Parancistrus nudiventris e Parancistrus sp. “marrom” pela presença de placas na região ventral (vs. a ausência de placas) e seu colorido marrom claro com manchas pálidas (vs. preto com bolinhas brancas em P. nudiventris e marrom claro sem manchas pálidas em Parancistrus sp. “marrom”). Parancistrus nudiventris e Parancistrus sp. “marrom” são restritos à bacia do rio Xingu. Neste trabalho são feitas redescrições das espécies já conhecidas e a descrição da nova espécie proposta. As semelhanças e diferenças entre estes três taxa são apresentadas e discutidas. Mapas com a distribuição geográfica, as principais ameaças à conservação das espécies, as ilustrações de todas as espécies reconhecidas no gênero além da chave de identificação das espécies e do gênero são apresentadas.
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THAIS NASCIMENTO PEREIRA
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Mercúrio e arsênio no rio Xingu em áreas sob a influência da UHE Belo Monte (PA)
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Data: 22/06/2022
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Os grandes projetos hidrelétricos representam riscos ao ambiente, que se estendem desde o desmatamento à poluição por metais com potencial tóxico. O mercúrio (Hg) e o arsênio (As) são elementos encontrados em áreas de reservatórios, sejam de mineração ou de hidrelétricas. Na Amazônia, a contaminação por mercúrio e arsênio possui um agravante, por esse bioma ter um estoque natural de mercúrio no solo e a presença de arsênio no rio Amazonas e seus afluentes, advinda da intemperização dos Andes. Em seres humanos, esses elementos possuem potencial carcinogênico. Este estudo objetiva avaliar mercúrio e arsênio totais em duas espécies de peixes do rio Xingu, em oito pontos de coleta no período da seca, em áreas de influência da Hidrelétrica Belo Monte. Os dados obtidos serão comparados com estudos realizados no período de cheia do rio. Serão utilizados 120 peixes, sendo 60 Cichla melaniae e 60 Baryancistrus xanthellus. Em campo, serão retirados brânquias, fígado e músculo e coletadas amostras de água e sedimento. A análise de Hg e As totais em tecidos de peixes será feita por meio de Espectrometria de Absorção Atômica com Vapor Frio e a de Hg e As totais em água superficial e sedimentos por meio de Espectrometria de Massas com Plasma Acoplado por Indução. Acredita-se que o teor de mercúrio será maior que o de arsênio nos peixes estudados. Quanto a água e sedimentos, o As demonstrará valores maiores que o de Hg. Acredita-se ainda que a quantidade desses metais-traço será menor na época da seca.
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ONDINA LILLAN PINTO DO COUTO
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Uma nova espécie de Corydoras Lacépède, 1803(Siluriformes: Callichthyidae) da bacia do rio Xingu, Brasil
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Data: 16/06/2022
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Uma espécie nova de Corydoras é descrita do rio Bacajá, bacia do rio Xingu, estado do Pará, Brasil. A espécie nova pode ser distinguida de suas congêneres pela combinação das seguintes características: (a) ramo no canal sensorial temporal no esfenótico, que dá origem ao canal supraorbital, com dois poros; (b) placa dentária superior do arco branquial com três ou mais séries; (c) aba carnosa nos cantos da boca, ventralmente ao barbilhão maxilar, com formato triangular, não formando uma estrutura alongada similar a um terceiro barbilhão; (d) hipobranquial 1 pouco ossificado, com porção cartilaginosa de tamanho pelo menos duas vezes maior que a ossificada; (e) contato entre o processo posterior do parieto-supraoccipital e a placa nucal; (f) uma mancha marrom-escuro a preta, semelhante a uma máscara, cruzando transversalmente a órbita; (g) linha mediana do flanco desprovida de padrão de coloração conspícuo; (h) placas dorsolaterais apenas com pequenas manchas marrom-escuras a pretas, irregulares, arredondadas ou verticalmente alongadas; (i) região anterior da nadadeira dorsal desprovida de uma grande mancha escura conspícua.
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CATALINA OCAMPO CARVAJAL
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DISTRIBUIÇÃO E CONSERVAÇÃO DO MACACO-ARANHA-DE-TESTA-BRANCA, ATELES MARGINATUS (PRIMATES, ATELIDAE), NA AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 02/06/2022
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Compreender a distribuição das espécies ameaçadas é fundamental para a sua conservação. Ateles marginatus é uma espécie de primata de grande porte, altamente frugívora, pouco conhecida e ameaçada de extinção que habita o arco de desmatamento no leste da Amazônia brasileira, uma região que vem sofrendo taxas de desmatamento sem precedentes ao longo de décadas. Neste estudo, combinamos registros de ocorrência de espécies com dados climáticos e ambientais em modelos de distribuição de espécies usando MaxEnt para determinar a distribuição de A. marginatus e sobrepor sua área de ocupação (AOO) com áreas protegidas, desmatamento atual e futuro e atividade de fogo para avaliar a impacto dessas ameaças sobre a espécie. Nós encontramos que a temperatura anual média, sazonalidade da precipitação, precipitação do trimestre mais seco e produtividade primária líquida foram as variáveis mais importantes na determinação da distribuição de A. marginatus. Nosso modelo previu uma ocorrência altamente irregular em uma área de 303.658,2 km2 (29% de sua extensão de ocorrência). Cinquenta e seis por cento de sua AOO encontra-se em áreas atualmente desprotegidas. Além disso, 18% e 24% de sua AOO foram impactadas pelo desmatamento (1988-2007) e fogo (2021), respectivamente. Finalmente, com base em uma projeção de desmatamento futuro, também estimamos que a AOO atual da espécie pode perder 67% da floresta até 2050. Nossos resultados destacam que uma grande parte das florestas primárias e bem desenvolvidas habitadas por A. marginatus pode desaparecer, comprometendo assim a persistência desta espécie no longo prazo.
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FABRICIO OTAVIO DO NASCIMENTO PEREIRA
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COMPOSIÇÃO DA ASSEMBLEIA DE ANUROS EM ÁREA DE MANEJO FLORESTAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 31/05/2022
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A redução da biodiversidade tem despertado esforços de ecólogos, conservacionistas e da sociedade em geral para entender os efeitos das atividades econômicas sobre suas perdas. Este estudo avalia o efeito do manejo florestal de impacto reduzido, atividade econômica vista como aliada a conservação da Biodiversidade, sobre a composição da assembleia de anuros e os efeitos dos ambientes criados pelo manejo e do tempo pós exploração na assembleia de anuros. Para tanto, foram analisados os efeitos do tipo de fitofisionomia, e tempo de exploração do manejo florestal. O estudo foi desenvolvido na Amazônia Paraense, na unidade de manejo da Fazenda Uberlândia, município de Portel. A coleta de dados em campo ocorreu em meados do período com maior intensidade de chuvas (fevereiro a março de 2021), com amostragem em 84 transectos lineares (25m), no mínimo 500 m distantes entre si. O tempo transcorrido desde a exploração florestal foi de um a seis anos, e de dezessete anos. Analisamos quatro tipos de ambiente, que se formaram em decorrência da exploração, pátio, estrada secundária, ramal de arraste e mata. Em cada transecto foram coletadas quatro variáveis ambientais com o intuito de descrever as características estruturais de cada um dos ambientes: altura média da serapilheira, temperatura, umidade e quantidade de luz. Primeiramente fizemos um teste de autocorrelação espacial de utilizando o índice I de Moran. Analisamos os dados a partir de uma nMDS e com os scores do primeiro eixo gerados pela nMDS, realizamos uma ANOVA vs. tipo de ambiente do manejo, também fizemos um teste de Tukey a posteriori, para exemplificar em quais ambientes estavam as diferenças significativas. Além disso, fizemos outra ANOVA para verificar diferenças significativas na riqueza de espécies entre os ambientes. Os impactos da exploração, resultaram em modificações na paisagem, transformando áreas de florestas em um mosaico de habitats modificados e ricos em poças artificias. Nossos resultados indicam que as espécies que utilizam corpos de água lóticos dominaram nos ambientes de pátio e estradas secundárias onde existe maior depósito de água. Esse processo pode ser benéfico para a assembleia no curto prazo, tendo em vista que os primeiros anos apresentam os efeitos mais significativos do manejo, mas esse resultado pode ter um efeito homogeneizador, tornando a composição da fauna que a princípio era rica em especialistas florestais, em espécies mais adaptadas a ambientes mais abertos e assim diminuindo a diversidade funcional local
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MAIARA DOS SANTOS RODRIGUES
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LACUNAS E TENDÊNCIAS EM ESTUDOS DE DIVERSIDADE GENÉTICA DE ESPÉCIES AMAZÔNICAS
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Data: 30/05/2022
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A diversidade genética tem uma forte contribuição na conservação das espécies vegetais, esses estudos auxiliam na criação de estratégias eficazes, priorizando a manutenção da diversidade da espécie. Um levantamento de trabalhos já realizados sobre diversidade genética de espécies vegetais da Amazônia, através de uma cienciometria também pode auxiliar nos processos de conservação das populações nativas, pois pode auxiliar os pesquisadores em suas tomadas de decisões. Portanto, foi realizada uma análise cienciométrica sobre diversidade genética intraespecífica de espécies vegetais nativas da Amazônia. Para obtenção dos dados foi realizado um levantamento bibliográfico no Portal de Periódicos Capes, a pesquisa foi limitada apenas por tópicos em um intervalo de tempo de 1990 a 2020. Com os resultados foi possível observar que os Marcadores moleculares foram os mais frequentemente utilizados para acessar a diversidade genética, sendo empregados em 222 publicações (89,15%). Em 2017 os maiores números de publicações foram encontrados, sendo 25 artigos (11,26% do total de artigos), seguido de 2015 com 17 (7,65% do total de artigos). O ano de 2008 apresentou uma maior tendência no número de publicações se comparado ao número total de artigos publicadas no ISI, seguido do ano de 2003. Os artigos encontrados estão distribuídos em 72 periódicos diferentes. O periódico Genetics and Molecular Research apresentou o maior número de publicações encontradas, com 21 trabalhos (9,45% do total de artigos), seguido das revistas Genetic Resources and Crop Evolution, com 13 artigos (5,85% do total de artigos). Dentro do número total de artigos, foram encontrados dados para 74 espécies distribuídas em 36 famílias botânicas, a família estudada em um maior número de artigos foi a Malvaceae, em 44 publicações (19,81% do total de artigos), seguido das famílias Euphorbiaceae, em 34 publicações (15,31% do total de artigos). O número de trabalhos encontrados estudando as diferentes famílias, não representam a variedade de espécies analisadas dentro delas. A família que teve o maior número de espécies estudadas foi a Arecaceae, com 16 espécies (21,62%), seguido das famílias Fabaceae, com 11 espécies (14,86%). A análise de diversidade genética com Theobroma cacao foi realizada em 35 publicações (15,76% do total de artigos), sendo a espécie mais estudada, seguido de Manihot esculenta, na qual foi analisada em 23 publicações (10,36% do total de artigos). O T. cacao foi a espécie estudada que teve uma maior amplitude de diferentes populações coletadas pelo mundo (29 países). O DNA nuclear foi o mais estudado, sendo analisado em 211 publicações (95,04% do total de artigos). O marcador mais usado foi o SSR, em 122 publicações (54,95% do total de artigos), seguido do marcador SNP, em 35 publicações (15,76% do total de artigos). Os estudos que tinham por finalidade geral fornecer subsídios para a conservação da espécie estudada, foram os mais encontrados, em 99 publicações (44,59% do total de artigos). Seguido dos que tinham por finalidade fornecer subsídios para o melhoramento, sendo encontrados em 59 publicações, (26,57% do total de artigos).
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MARIA JOSÉ TAVARES DE OLIVEIRA
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Distribuição de Microplásticos na Coluna da Água de Reservatórios da Amazônia Brasileira: aspectos sazonais e espaciais
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Data: 29/04/2022
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A ocorrência e poluição de microplásticos tem causado grande preocupação ao redor do mundo, devido aos impactos ambientais causados por tais poluentes. As pesquisas sobre estas partículas plásticas em água doce estão aumentando, no entanto ainda existem poucos estudos sobre a distribuição nas águas de reservatórios. Neste estudo, investigamos a presença, abundância e características dos microplásticos na coluna de água em quatro reservatórios de hidrelétricas na região Amazônica brasileira durante o período de menor pluviosidade. O nosso desenho amostral selecionou reservatórios das usinas hidrelétricas da Amazônia, localizadas em distintas sub-bacias hidrográficas (Samuel no rio Madeira, Curuá-Una no Tapajós, Tucuruí em Tocantins-Araguaia e Belo Monte no rio Xingu). Foram coletadas um total de 47 amostras de águas nos três compartimentos do sistema: a montante, jusante e dentro do reservatório. A abundância de microplásticos atingiu média de 120,5 – 892,3 partículas/m³ nos compartimentos analisados. Os microplásticos foram dominados por fragmentos (56 %) e fibras (39%), com predominância dos tamanhos menores do que 200 µm. A cores azul (24,19%), transparente (22,73%), preto (22,07%) e vermelho (12,88%) ocuparam a maior porcentagem em todas as amostras. Houve diferença significativa na abundância média de microplásticos nos reservatórios Samuel e Belo Monte, onde os compartimentos jusante e montante, respectivamente, apresentaram as maiores abundâncias e dentro do reservatório, a menor abundância. No geral, foi encontrado maiores abundâncias a montante dos reservatórios, o que pode ter uma importante contribuição potencial para a poluição por microplásticos dentro dos reservatórios e um potencial sumidouro de microplásticos em sistemas de água doce.
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BIANCA CRISTINA CIRINO SARAIVA
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Caracterização da Distribuição de Microplásticos em Reservatórios da Amazônia
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Data: 27/04/2022
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A ocorrência e poluição de microplásticos tem causado grande preocupação ao redor do mundo, devido aos impactos ambientais causados por tais poluentes. As pesquisas sobre estas partículas plásticas em água doce estão aumentando, no entanto ainda existem poucos estudos sobre a distribuição nas águas de reservatórios. Neste estudo, investigamos a presença, abundância e características dos microplásticos na coluna de água em quatro reservatórios de hidrelétricas na região Amazônica brasileira durante o período de menor pluviosidade. O nosso desenho amostral selecionou reservatórios das usinas hidrelétricas da Amazônia, localizadas em distintas sub-bacias hidrográficas (Samuel no rio Madeira, Curuá-Una no Tapajós, Tucuruí em Tocantins-Araguaia e Belo Monte no rio Xingu). Foram coletadas um total de 47 amostras de águas nos três compartimentos do sistema: a montante, jusante e dentro do reservatório. A abundância de microplásticos atingiu média de 120,5 – 892,3 partículas/m³ nos compartimentos analisados. Os microplásticos foram dominados por fragmentos (56 %) e fibras (39%), com predominância dos tamanhos menores do que 200 µm. A cores azul (24,19%), transparente (22,73%), preto (22,07%) e vermelho (12,88%) ocuparam a maior porcentagem em todas as amostras. Houve diferença significativa na abundância média de microplásticos nos reservatórios Samuel e Belo Monte, onde os compartimentos jusante e montante, respectivamente, apresentaram as maiores abundâncias e dentro do reservatório, a menor abundância. No geral, foi encontrado maiores abundâncias a montante dos reservatórios, o que pode ter uma importante contribuição potencial para a poluição por microplásticos dentro dos reservatórios e um potencial sumidouro de microplásticos em sistemas de água doce.
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SUZANA LIGOSKI ZEFERINO
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MODELOS LINEARES GENERALIZADOS NA PREDIÇÃO DO TAMANHO DE CLAREIRAS DE EXPLORAÇÃO FLORESTAL PLANEJADA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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Data: 25/02/2022
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Mesmo com o uso de todas as medidas do manejo florestal, com base nas legislações e normas técnicas vigentes, a floresta tropical sofrerá efeitos da exploração florestal de impacto reduzido, os quais são vistos diretamente nas áreas de exploração efetiva por meio de clareiras, estradas, pátios de estocagem, e de forma indireta na morte de indivíduos adjacentes as áreas de exploração. Neste estudo procuramos avaliar os efeitos do manejo florestal em áreas de Floresta Ombrófila Densa (FOM), Floresta Ombrófila Densa Periodicamente Alagada (FOMPA) e Floresta Ombrófila Aberta com Cipós (FOAC) na região leste do Pará, por meio da avaliação de danos ocasionados pela exploração florestal às árvores remanescentes próximas as clareiras e da relação entre o tamanho das clareiras com as variáveis diâmetro a altura do peito (DAP), altura comercial, e tipo de fitofisionomia; e também a predição do tamanho das clareiras formadas pela exploração florestal. Foram comparados entre as florestas, os danos nas árvores remanescentes próxima as clareiras e ajustados modelos de equação para predizer o tamanho das clareiras a partir de variáveis dendrométricas e fitofisionomia. Foram utilizados dados obtidos em 653 clareiras numa Unidade de Produção Anual n.14 (UPA 14), pertencente a área de manejo da fazenda Uberlândia, administrada pela empresa LN Guerra LTDA. Utilizamos informações do número de danos provocados nas árvores remanescentes na área das clareiras, os quais foram categorizados em danos leves, moderados e irreversíveis, e informações quanto as dimensões das clareiras, por meio do diâmetro maior e menor da clareira. Adicional há estes dados, utilizamos o inventário florestal 100% e dados de monitoramento da UPA-14. Realizamos análises exploratórias e posteriormente aplicados métodos de Modelagem Linear Generalizada (GLM) com a utilização das famílias Gaussiana, Gamma e Gaussiana Inversa, com as funções de ligação e transformação das variáveis utilizadas para a predição da área de clareiras com as variáveis DAP, Altura comercial, volume e tipo de fitofisionomia. Das 653 clareiras analisadas, 171 estavam em FOM, 165 em FOMPA, e 317 em FOAC. As clareiras em geral oscilaram entre 27,65 a 548,46 m² (115,98 ± 69,07). Dos 15 modelos ajustados, apenas 6 apresentaram significância estatística ao nível 5%, dentre estes o modelo M12 foi o que melhor se ajustou ao banco de dados, apresentando um dos menores valores de critério de informação de Akaike (AIC) e critério de informação Bayesiano (BIC) e melhor distribuição dos resíduos aleatorizados. Os resultados demonstram a necessidade de uso de prerrogativas no manejo florestal que levem em consideração o tipo de fitofisionomia. A predição de tamanhos de clareiras demonstrou ser de suma importância para uma melhor conservação da floresta e, consequentemente, aprimoramento de técnicas de impactos reduzidos no manejo florestal.
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DHYENE RAYNE DOS SANTOS BECKER
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ALTERAÇÕES MORFOANATÔMICAS E BIOQUÍMICAS DURANTE A MATURAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES NATIVAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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Data: 25/02/2022
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Dentre as diversas famílias botânicas existentes na região Amazônica, destacam-se a família Moraceae e Lauraceae, que são compostas de algumas espécies nativas de grande valor econômico e social como é o caso da Bagassa guianensis e Dicypellium caryophyllaceum. Entretanto, poucos são os estudos relacionados a essas espécies, principalmente, sobre maturação, morfologia, anatomia e bioquímica. Neste contexto, esse estudo tem como objetivo caracterizar as estruturas morfológicas e anatômicas, além da constituição bioquímica presente nas sementes de Bagassa guianensis e Dicypellium caryophyllaceum em diferentes estágios de maturação. No estudo foram analisados biometria, coloração e aspectos bioquímicos durante a maturação dos frutos. Para os frutos de B. guianensis foram caracterizados 4 estádios de desenvolvimento das sementes e para os frutos de D. caryophyllaceum foram caracterizados 2 estádios de desenvolvimento das sementes com base nas características morfológicas, com a coloração dos frutos associados a biometria de frutos e sementes, teor de umidade das sementes e teores de reservas. As sementes de B. guianensis foram consideradas como oleaginosas com um conteúdo de 34% de lipídios. As sementes obtidas de frutos com coloração com pigmentação aparente verde, apresentavam-se com embrião totalmente formados, e apesar dos menores valores biométricos, os teores de proteínas e açucares foram observados em grandes quantidades nesse estádio de desenvolvimento das sementes. A análise de composição bioquímica da semente madura de D. caryophyllaceum demonstrou que os lipídios são uma das principais reservas que compõe as sementes com um conteúdo de 19%, sendo a semente classificada como oleaginosa, devido à sua maior proporção de extrato etéreo e os maiores valores de aminoácidos e amido foram observados no fruto maduro, representado pelo estádio II. Entender os processos fisiológicos de maturação e características bioquímicas das espécies florestais nativas facilitará a escolha de melhor época para colheita, conservação de germoplasma, desenvolvimento da espécie e produção de mudas.
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DELZIANE ARAUJO BEZERRA
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ASPECTOS MORFOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS DE SEMENTES E PLÂNTULAS DE FABÁCEAS NATIVAS DA AMAZÔNIA
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Data: 24/02/2022
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As principais reservas existentes nas sementes, que são utilizadas durante o processo de germinação e desenvolvimento das plântulas, são carboidratos, proteínas e lipídios, sendo estes de suma importância para o estabelecimento e desenvolvimento da planta. Estudos que caracterizem essas reservas em espécies florestais da Amazônia são escassos, diante disto o objetivo deste trabalho foi descrever a morfologia de sementes e plântulas, identificar o tipo de germinação e quantificar o conteúdo das reservas presente nas sementes e cotilédones durante o processo germinativo de duas espécies de Fabaceae nativas da Amazônia. As sementes de D. odorata e V. americana foram coletadas em fragmentos de florestas e áreas de pastagens no município de Vitoria do Xingu; após coleta, foi realizado beneficiamento, biometria e pesagem. Foram colocadas para germinar em casa de vegetação em sacos plásticos. Avaliou-se o tipo de germinação, morfologia das sementes e plântulas. Para descrição morfológica das sementes foram descritos: dimensões, forma, cor e textura. Na descrição das plântulas foram considerados apenas plantas normais, sendo descritas em fases sequenciais de desenvolvimento. Foi realizado as análises bioquímicas da semente quiescente e dos cotilédones em cada fase de desenvolvimento pós-seminal, sendo quantificados açúcares solúveis totais, açúcares redutores, amido, aminoácidos totais, proteínas solúveis, fracionamento de proteínas e lipídios. De acordo com os resultados obtidos as duas espécies estudadas têm como principal reserva os lipídios, e os carboidratos solúveis totais ou de reservas como segunda principal fonte energética. As proteínas solúveis e de reserva e aminoácidos presentes nas sementes foram baixos. As plantas utilizaram estratégias diferentes de germinação e mobilização de reservas em D. odorata foi observado o consumo das reservas até a formação da plântula e abscisão dos cotilédones, em V. americana quando as plântulas estavam completamente formadas, as reservas tendiam a aumentar novamente, possivelmente pelo acúmulo de reservas oriundas da fotossíntese nos cotilédones que não se desprendem da planta. Apesar das espécies pertencerem a mesma família botânicas, elas apresentam características bem distintas em relação a composição da semente, germinação, desenvolvimento da plântula e mobilização de reservas.
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