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Banca de QUALIFICAÇÃO: FELIPE SAMPAIO DE FREITAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELIPE SAMPAIO DE FREITAS
DATA: 25/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/nat-injs-iop
TÍTULO:

A vida por um click: neoliberalismo, subjetividade e biopolítica na era da internet e da tecnologia.


PALAVRAS-CHAVES:

Neoliberalismo; Biopolítica; Governamentalidade dos dados; Homo Informaticus; Internet.


PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta proposta de tese tem como tema central a relação entre o sujeito e a constituição de subjetividade, no registro histórico contemporâneo dos avanços da tecnologia e da internet. Neste percurso, elencaremos, como principal pano de fundopara este debate, a inerência da internet (e de sua quase infinita gama de artifícios tecno-virtuais-digitais) em relação à vida, i.e, à subjetividade contemporânea. Com aporte teórico da filosofia de Michel Foucault e de outros autores, analisaremos alguns traços disto que chamaremos de subjetividade informacional, no registro das duas primeiras décadas do século XXI, tendo como pensamento transversal as diversas formas às quais os sujeitos têm suas vidas submergidas no âmbito do digital e do virtual. Algumas das especificidades a serem abordadas, inscrever-se-ão 1- na manifestação ininterrupta dos novos métodos de vigilância, que antes atuavam pela via física (de instituições como hospitais; fábricas; prisões etc.), mas que agora também se arvoram pelo viés do mundo virtual (internet; redes sociais; câmeras de vigilância); 2- no aparecimento dos dispositivos de precarização da vida/subjetividades (a exemplo, faça-se menção aos diversos aplicativos, ou apps, que pretendem “dinamizar” o trabalho) no registro tecno informacional; e, finalmente, 3- na intersecção entre vida, constituição de subjetividade e panoramas biopolíticos, operacionalizados a partir da chamada governamentalidade dos dados dos fenômenos de big-data, ou, do dataísmo contemporâneo. É desta forma que tais sujeitos contemporâneos têm suas vidas sempre sendo condicionadas, constituídas, moldadas e enviesadas por meio da internet: em nossas palavras, a partir de clicks, likes ou dislikes. Foucault fundamenta, em seu curso intitulado Nascimento da Biopolítica (1979), que um dos principais traços de constituição de subjetividade contemporânea seria o do homo oeconomicus, ou, o sujeito que segue o balizamento neoliberal/biopolítico de produção/produtividade intensa da e na vida, que se caracteriza enquanto consumidor e indivíduo-livre, ou seja, o chamado empreendedor-de-si (entrepreneur de soi). O neoliberalismo, enquanto arte de governar e conduzir subjetividades, elevou ainda mais seus panoramas biopolíticos, bem como, suas agendas de intensificação de produtividade, com tais avanços tecno-virtuais-digitais. Então, não somente como homo oeconomicus, mas, em um deslocamento analítico, enquanto homo informaticus (homem de informação) – aquele que está imerso em um mar de relações sociais, pessoais, públicas etc., marcadamente “digitais” – é que sedaria, em nossa interpretação, a constituição dos sujeitos contemporâneos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo ao Programa - 2181939 - ROBERTO DE ALMEIDA PEREIRA DE BARROS
Externo à Instituição - DOLORES CRISTINA GOMES GALINDO
Externo à Instituição - FILLIPA CARNEIRO SILVEIRA
Externo à Instituição - DAVID JUNIOR DE SOUZA SILVA
Externo à Instituição - MARCOS ALEXANDRE GOMES NALLI
Notícia cadastrada em: 20/10/2021 14:01
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