Notícias

Banca de DEFESA: JESSICA MODINNE DE SOUZA E SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JESSICA MODINNE DE SOUZA E SILVA
DATA: 06/10/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet (https://meet.google.com/ntd-vvgv-xpn)
TÍTULO:

RESISTÊNCIA BORDADA: AS ARPILLERAS DAS MULHERES ATINGIDAS POR BARRAGENS


PALAVRAS-CHAVES:

Arpilleras. Estudos Decoloniais. Violência contra as Mulheres. Biopolítica. Corpo-Território.


PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Falar sobre as mulheres que não residem em áreas urbanas parece se equiparar a um
pedido de silêncio em alguns espaços. O apagamento trazido por esta práticas
homogeneizantes coaduna com o não dito, com o que deve ser calado. Em vista dessas
problematizações, questiona-se: os saberes das mulheres, que não são parte de lutas
feministas de características urbanas, não possuem valor para as lutas feministas que se
constituem na Amazônia e para além dela? É possível pensar em um feminismo à
brasileira? E em um feminismo amazônico que privilegie o nosso território como centro
dos debates? Para quais corpos esses feminismos se dobram nas dinâmicas de
reconhecimento da heterogeneidade? Para pensar nestas questões, proponho como foco
as atividades artesanais das mulheres atingidas por barragens devido ao teor
profundamente territorial e comunitário de seus trabalhos com as arpilleras. Esta
pesquisa buscará construir uma analítica sobre a(s) violência(s) contra a mulher(es)
narrada(s) pelas integrantes do Movimento de Atingidos por Barragens através dos
bordados que compõem a exposição “Arpilleras – Bordando a Resistência”. Para tanto,
aponto como objetivos específicos: 1) esquadrinhar a história da construção do
Movimento de Atingidas(os) por Barragens – MAB, sobretudo em sua ala formada por
mulheres; 2) esquadrinhar a história que compreende a confecção de Arpilleras na
América Latina; 3) problematizar a relação entre a colonialidade, corpo-território e a
produção de violência narrada pelas mulheres do MAB. Para subsidiar tais objetivos,
farei uso das perspectivas metodológicas da Arqueogenealogia foucaultiana e da
Cartografia de Gilles Deleuze e Félix Guattari, mirando, paralelamente, na História
Cultural e na sua relação com pesquisa documental. O Brasil é o país da América Latina
com maior extensão e também com uma das maiores pretensões de se achar em
condições de aplicar estratégias econômicas de outros contextos sócio-históricos. As
vivências que atravessam as narrativas das arpilleras se constrói no bem-viver e na
militância política. As violências que sofrem são frutos de políticas neoliberais e de
colonialidade de seus corpos-territórios, portanto, de relações capitalistas que
fragmentam e enquadram suas vidas em uma série de precariedades.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 411.449.450-20 - ALCINDO ANTÔNIO FERLA - UERGS
Externo à Instituição - CLÁUDIA ANDRÉA MAYORGA BORGES
Externo à Instituição - DOLORES CRISTINA GOMES GALINDO
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo à Instituição - MARILDA CASTELAR
Externo à Instituição - PEDRO PAULO GASTALHO BICALHO
Notícia cadastrada em: 01/10/2021 10:37
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - bacaba.ufpa.br.bacaba1