Notícias

Banca de DEFESA: LAUANY CÂMARA CHERMONT PINHEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAUANY CÂMARA CHERMONT PINHEIRO
DATA: 01/09/2021
HORA: 10:30
LOCAL: Plataforma Google Meet (meet.google.com/xzg-zcny-izr)
TÍTULO:

PSICOLOGIA E RELAÇÕES RACIAIS: UM ESTUDO SOBRE OS USOS DO DISPOSITIVO DE BRANQUITUDE NA PSICOLOGIA POLÍTICA E SOCIAL BRASILEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

Branquitude. Relações raciais. Racismos. Psicologia.


PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Tratar sobre os usos da branquitude na psicologia brasileira, é primeiramente problematizar e reconhecer o lugar que a pessoa branca ocupou na história e as reverberações desta ocupação até os dias atuais. Não há como desatrelar os estudos sobre relações raciais do processo diaspórico pelo qual pessoas negras foram escravizadas. A escravidão durou mais de 300 anos no Brasil, deixando mesmo após a Lei Áurea de 1888, muitas conotações negativas, e cruéis capturas subjetivas referente a existência da pessoa negra. No entanto, é comumente silenciado e não problematizado sobre o lugar de quem efetivou, legitimou e legitima muitas vezes esses processos, reforça racismos e é positivado em sua existência: o sujeito branco. A história da escravidão no Brasil é ampla e complexa, mas é importante destacar que toda a lógica é alicerçada no projeto de exploração baseado no mercantilismo que se atualizou no que hoje conhecemos como capitalismo. O colonialismo, patriarcalismo, sexismo e mercantilismo se relacionam diretamente com o racismo, enquanto lógicas que o construíram e ainda o mantém atualizado sob lógicas sofisticadas. Como objetivo geral, esta pesquisa busca problematizar os usos do dispositivo de branquitude em artigos, dissertações e teses na Psicologia brasileira. Como objetivos específicos: analisar sobre os usos do dispositivo de branquitude e a relação com a discussão racial da psicologia enquanto saber no Brasil; problematizar os usos do dispositivo de branquitude nos arquivos selecionados; analisar os contextos políticos em que se materializam os usos deste conceito. Para o alcance dos objetivos, será utilizado como metodologia a genealogia de Michel Foucault que possibilitará a formação e análise de séries discursivas a partir dos arquivos selecionados. Referente à seleção dos documentos a serem analisados, fora utilizado como descritor a palavra branquitude. A busca foi realizada nas seguintes plataformas, periódico Portal de periódicos eletrônicos de Psicologia (PEPSIC), nas revistas: Psicologia Ciência e profissão, Revista Psicologia Política, Revista Psicologia & Sociedade, e no Catálogo de dissertações e teses da CAPES totalizando 22 arquivos, dentre estes 17 foram encontrados completos e 1 destes, apenas o resumo. Destarte, será realizada a análise dos documentos encontrados, ou seja, a análise dos 18 documentos. Quanto ao período escolhido para a realização da pesquisa, não houve uma demarcação temporal. Contudo, frente aos arquivos coletados, observou-se que o período em que foram produzidos vão do ano de 2000 ao ano de 2019, sendo a maioria das produções publicadas nos anos de 2012, 2017, 2018 e 2019. Sugiro a compreensão da branquitude como um dispositivo, “Dispositivo de branquitude”, tendo em vista esta ser transpassada por elementos históricos, institucionais, políticos, econômicos, sociais, alicerçados pelo colonialismo e pela colonialidade e fundante de um racismo estrutural. Problematizar a branquitude enquanto dispositivo, possibilitou complexificar a discussão sobre raça, bem como analisar o exercício da branquitude nas relações de poder a partir de uma hierarquia racial, que silencia sua raça e atribui raça ao outro. Outrossim, perceber e analisar o apontamento das lacunas e dos silêncios da branquitude nos arquivos acerca da pouca produção sobre o sujeito branco enquanto objeto de estudo na psicologia, estando os estudos sobre racismo em sua maioria localizados nas violências sofridas por pessoas negras a partir de uma perspectiva não racializada.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo ao Programa - 2574533 - LUCIA ISABEL DA CONCEICAO SILVA
Interno - 2519133 - MARIA LUCIA CHAVES LIMA
Interno - 1796306 - PEDRO PAULO FREIRE PIANI
Externo à Instituição - PEDRO PAULO GASTALHO BICALHO
Notícia cadastrada em: 17/08/2021 12:18
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - jatoba.ufpa.br.jatoba2