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Banca de DEFESA: CARLA ADRIANA VIEIRA DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLA ADRIANA VIEIRA DO NASCIMENTO
DATA: 23/08/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma Google Meet (https://meet.google.com/ayq-weeq-pjm)
TÍTULO:

AS MODIFICAÇÕES, AS POSSIBILIDADES E A LIBERDADE DE ESCOLHA DAS OCUPAÇÕES DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA FÍSICA QUE ESTÃO NO ENSINO SUPERIOR


PALAVRAS-CHAVES:

Deficiência Física. Estudantes. Ensino Superior. Ocupação. Logoterapia.

 


PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a Lei Brasileira
de Inclusão e a Lei de Cotas têm contribuído para o ingresso de Pessoas com Deficiência no
Ensino Superior. Conforme os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira, das 38.272 matrículas de estudantes com deficiência no Ensino Superior em
2017, 14.449 foram de Pessoas com Deficiências Físicas, identificadas como o grupo maioritário
de Pessoas com Deficiência no Ensino Superior. A literatura realiza apontamentos sobre a
presença e as implicações de um contexto acadêmico desfavorável aos estudantes universitários
com deficiência física, devido barreiras, como as arquitetônicas e atitudinais, que podem
contribuir para a retenção dos estudantes com deficiência, ocasionar um atraso na integralização
dos componentes curriculares, prolongar a permanência no curso de graduação por um período
maior do que o previsto pelo currículo da instituição, o aumento da evasão e desistência destes
alunos (as) nas instituições de ensino, podendo implicar na ocupações do dia a dia. Esta pesquisa
objetivou compreender as ocupações de Pessoas com Deficiência Física que estão no Ensino
Superior. Assim, tratou-se de uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa do
tipo estudo de casos múltiplos. Participaram da pesquisa 02 estudantes universitárias de cursos de
graduação com deficiência física de uma Universidade Pública Federal brasileira. Os dados do
estudo foram coletados através da aplicação de um formulário do Google Forms, da realização de
uma entrevista semiestruturada por vídeo chamada com cada participante e de registros em diário
de campo. As informações obtidas foram analisadas tendo como base a análise de conteúdo cujas
categorias analíticas foram: forma ocupacional, propósitos ocupacionais e significados
ocupacionais. As estudantes universitárias revelaram modificações na forma ocupacional de se
engajar em atividades acadêmicas. As modificações ocorreram a medida em que houve uma
decisão de ser mais ativa e ter maior envolvimento em experiências ocupacionais do curso, e
também, devido as influências interpessoais e novas realidades do contexto universitário.
Verificou-se modificações no repertório ocupacional após o ingresso na universidade, pois
identificou-se uma certa priorização de ocupações relacionadas a faculdade. Além disso, em
reposta as exigências da vida acadêmica, identificou-se formas de adaptação ocupacional. Ambas
as estudantes universitárias atribuíram múltiplos propósitos às suas ocupações para além da
inserção futura no mercado de trabalho que podem se relacionar a um ocupar-se para ofertar algo
de si ao mundo e a um ocupar-se para algo ou alguém diferente de si. As ocupações relacionadas
ao ensino superior desvelam significados ocupacionais que se voltam a utilidade e produtividade
atribuído ao ocupar-se na universidade, e também, aprendizado e construção contínua,
autoconhecimento mediados por uma força divina. Os achados desvelam também que o contexto
universitário pode configurar-se como um espaço de tensão existencial para busca e encontros de
sentido (s) que pode se manifestar por meio de ações e decisões mediante as barreiras
arquitetônicas e atitudinais vivenciadas na universidade, e assim, pode expressar um “ocupar-se
para” o exercício da liberdade para fazer escolhas. Este estudo, ao desvelar as ocupações de
estudantes universitárias com deficiência física possibilitou um espaço para que essas estudantes
pudessem narrar as suas percepções sobre o seu ocupar-se no ensino superior cujos conteúdos
contribuíram para a compreensão de algumas das nuances que envolve a forma, os propósitos e
os significados do seu ocupa-se e o poder de resistência do espírito envolvido para sustentar a
escolha de permanecer no curso de graduação. Nesse sentido, esta pesquisa pode colaborar com
as discussões sobre a inclusão e permanência de universitários (as) com deficiência física ao
lançar um olhar não sobre o porquê muitos evadiram, mas “para que” ou “pelo que” permanecem
mesmo com a possibilidade de encontrar barreiras na universidade, visto que o ocupar-se de ser
universitário (a) pode apresentar uma combinação de oportunidades, desafios e exigências
pessoais latente nas escolhas ocupacionais e nas experiências vividas na universidade por cada
estudante com deficiência física participante da pesquisa.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1256459 - AIRLE MIRANDA DE SOUZA
Externo à Instituição - DEBORA RIBEIRO DA SILVA CAMPOS FOLHA
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Presidente - 1805405 - VICTOR AUGUSTO CAVALEIRO CORREA
Notícia cadastrada em: 17/08/2021 10:18
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