Notícias

Banca de DEFESA: RAFAELE HABIB SOUZA AQUIME

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELE HABIB SOUZA AQUIME
DATA: 31/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet (meet.google.com/hip-jqkq-zcn)
TÍTULO:

A MEDICALIZAÇÃO NO CREAS: PRÁTICAS DE GOVERNO PSICOLOGIZANTES EM ANÁLISE


PALAVRAS-CHAVES:

Psicologia. Medicalização. Psicologização. Governo das Condutas. Arqueogenealogia. CREAS. SUAS.


PÁGINAS: 250
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta tese discute as práticas medicalizantes e psicologizantes no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), especialmente no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Trata-se de um estudo histórico-genealógico, de cunho documental e bibliográfico cujas fontes são: documentos produzidos por trabalhadores (as) do CREAS localizado no município de Tomé-Açu, Pará, entrevista com a psicóloga desse estabelecimento assistencial, bem como os programas e serviços propostos pela referida política pública, elencados nos seguintes documentos oficiais: Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social e a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUAS). Interrogou-se como problema de pesquisa: Quais as práticas de saber, poder e subjetivação que a Psicologia opera no CREAS? De que modo? E quais são os efeitos? Deste modo, investigou-se os enquadramentos do sujeito psi pela análise genealógica da Psicologia como ciência do indivíduo, que privilegia a subjetividade normalizada e interiorizada, além das suas aproximações com o saber médico. Discutiu-se ainda as intercessões do processo de medicalização com a psicologização; o processo de institucionalização da Assistência Social no Brasil e os aspectos instituintes, instituídos, transversais, de autogestão e de restituição que compõem as intervenções no CREAS. Também debateu-se sobre os atravessamentos e reprodução de práticas confessionais à Psicologia sob o regime de verdade e o foco familista na responsabilização das demandas assistidas relacionadas as diferentes violações de direitos. Elencou-se como Analisadores: Matricialidade Sociofamiliar, Sujeito e Público Atendido, Gestão do Trabalho, Vigilância Socioassistencial, Território, Risco e Vulnerabilidade social e analisou-se as estratégias de governamentalidade no CREAS e as articulações com os dispositivos de segurança e de controle. Outra questão problematizada foram os saberes psi como produtores de modos de subjetivação baseado no empreendedorismo de si a partir da arte de governar neoliberal, bem como o debate a respeito das colonialidades de poder, ser, gênero, com destaque para a participação política da mulher no SUAS. E ainda foram mapeadas as contribuições do feminismo descolonial com as interseccionalidades de gênero, raça/etnia, e classe para descolonizar a Psicologia e romper com as encomendas de um saber “expert”. Por fim, apostou-se nas articulações micro e macropolíticas no CREAS e os encontros como potências criadoras, desmedicalizantes e despsicologizantes.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ESTELA SCHEINVAR
Externo ao Programa - 2618136 - FERNANDA CRISTINE DOS SANTOS BENGIO
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Interno - 2519133 - MARIA LUCIA CHAVES LIMA
Externo à Instituição - MARILENE PROENÇA REBELLO DE SOUZA
Externo à Instituição - SILVIO JOSE BENELLI
Notícia cadastrada em: 05/08/2021 14:19
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - jatoba.ufpa.br.jatoba1