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Banca de DEFESA: RUDRISSA DO COUTO ABREU PAMPLONA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RUDRISSA DO COUTO ABREU PAMPLONA
DATA: 27/04/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

A INCIDÊNCIA DA PALAVRA: ARTICULAÇÕES ENTRE CORPO E LINGUAGEM NA CLÍNICA DO AUTISMO


PALAVRAS-CHAVES:

Psicanálise; autismo; corpo; linguagem;


PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Partindo de um contexto clínico de atendimento de crianças diagnosticadas ou com suspeita de autismo, a pesquisa articula os conceitos de corpo e linguagem, pelos quais toma a psicanálise, com a constituição psíquica. Buscou-se traçar o caminho teórico-clínico pelo qual o significante se articula ao corpo. Mais especificamente, discutiu-se o que a clínica do autismo pode ensinar sobre as dificuldades nessa articulação, e quais os possíveis efeitos do ponto de vista do sujeito. Os caminhos metodológicos que adotamos para responder nossas interrogações sobre os entrelaçamentos entre corpo, linguagem e autismo seguem a orientação da pesquisa em psicanálise. Em um primeiro momento tratamos sobre o estatuto do corpo para a psicanálise, desenvolvendo o conceito de pulsão para fundamentar a noção de corpo. Na sequência, tratamos sobre o encontro do bebê com a linguagem, discutindo a formulação desse encontro a partir daquele que encarna o Outro para o bebê. Dimensionando a complexidade imposta pela linguagem, que inclui, necessariamente, as faltas significantes, discorremos sobre as marcas colocadas por essas primeiras experiências com o agente materno e sobre como a partir disso o encontro entre real, simbólico e imaginário vai se enodando, culminando com a discussão a respeito do estádio do espelho e a alienação do infans à linguagem. Seguindo, aprofundamos as operações de constituição do sujeito, alienação e separação, base para discutirmos, na sequência, sobre a perda imposta por ocasião dessas operações, e que culmina na formulação do objeto a. Tais operações recortam o corpo. Debatemos a respeito dos efeitos no sujeito de possíveis falhas nessas operações, que produzem os fenômenos linguageiros presentes no autismo. Constatou-se o fato de que o corpo se constitui na relação com o Outro, e por isso necessita da intervenção do Outro para que “funcione”. Diante disso, argumentamos que as manifestações sintomáticas presentes no autismo decorrem de falhas na constituição do corpo, ou seja, no recorte do corpo pela linguagem. Por fim, produzimos articulações conceituais e clínicas necessárias ao trabalho da psicanálise com crianças cuja relação com a linguagem encontra-se comprometida, concluindo que se a dificuldade do autista consiste em uma recusa à perda imposta pela linguagem, a orientação do trabalho analítico aponta, portanto, para um trabalho com o real não furado pelo simbólico.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3118391 - IZABELLA PAIVA MONTEIRO DE BARROS
Externo à Instituição - LUCIANO DA FONSECA ELIA
Presidente - 3153020 - ROSEANE FREITAS NICOLAU
Notícia cadastrada em: 13/04/2021 15:01
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