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Banca de DEFESA: CHRISTIANE PANTOJA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CHRISTIANE PANTOJA DE SOUZA
DATA: 29/04/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

PERCEPÇÕES E SIGNIFICADOS DO ENVELHECIMENTO PARA MULHERES DA ILHA DE COTIJUBA


PALAVRAS-CHAVES:

Fenomenologia; Hermenêutica; Mulher; Envelhecimento; Sentidos; Cotijuba. 


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta pesquisa de orientação fenomenológica e hermenêutica investigou as percepções e significados do envelhecimento para 8 mulheres com idades entre 30 e 56 anos, residentes na Ilha de Cotijuba, vinculada a região metropolitana de Belém, Pará, Norte do Brasil, objetivando identificar seus entendimentos acerca da exigência por manterem-se dentro de padrões estéticos associados à juventude permanente. Teoricamente recorremos aos conceitos Husserlianos de “Mundo da Vida” e “Corpo Próprio”, e a noção Ricoeriana de “Narrativa”, dialogando também com a compreensão de “ser da presença” e “Cura” em Heidegger. A compreensão teórica do fenômeno envolveu também entendimentos encontrados na literatura sobre Corporeidade e Envelhecimento das Mulheres, ressaltando-se o autor Le Breton. A escolha da faixa etária considerou que em termos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais esse intervalo de tempo parece estar mais associado ao início de mudanças na vida que predispõem a reflexão sobre a passagem do tempo e sua expressão no corpo, embora o envelhecimento seja um fluxo de existência que ocorre durante toda a vida. No entanto, a não linearidade da vivência do processo de envelhecimento, que inclui modos de perceber, nos levou à propor a tese de que nem todas as mulheres se preocupam excessivamente com padrões estéticos, podendo relacionar-se com a passagem do tempo como qualidade da existência finita, desvelando o reconhecimento dos limites do corpo no processo de envelhecimento, o que sugere a vivência de um outro modo de preocupação que não é o padrão comercial para postergar o envelhecimento, mas o de aceitá-lo como parte do viver. Deste modo, o mundo da vida das colaboradoras da pesquisa foi considerado em relação ao processo massivo do que tem sido denominado de culto ao corpo e que vêm ocorrendo principalmente a partir dos séculos XX e XXI. Metodologicamente nos valemos de uma proposição de análise baseada na compreensão de Paul Ricoeur sobre a narrativa presente no discurso para apreender sentidos das vivências do envelhecimento das colaboradoras da pesquisa. Entre os procedimentos utilizou-se da dialética entre fala e escrita e de um fluxograma analítico. A estratégia permitiu identificar a aceitação da passagem do tempo como movimento da existência finita a partir da ligação com o sagrado, compreendido como vontade divina e manifesto implicitamente na congruência com o movimento da natureza geográfica, o cosmo, a terra. Neste contexto, o descontentamento com mudanças no corpo que envelhece foi expresso a partir do ponto de vista da necessidade de aceitação dos fatos da vida. Desta forma, mais do que a perda da aparência de juventude, a passagem do tempo foi percebida na forma positiva de amadurecimento emocional, aprendizado, responsabilidade, saber o que se quer, orgulho e gratidão pelas conquistas no viver, com base no trabalho em comunidade e no afeto. Conclui-se que as narrativas das mulheres da Ilha de Cotijuba desvelam sentidos valoração para as mulheres que não estão sustentadas na aparência física, mas no todo de suas vivências, entendimento que ao ser debatido publicamente pode ajudar outras mulheres na desconstrução dos modos opressores de subjetivação impostos pela “indústria da beleza”. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1153159 - ADELMA DO SOCORRO GONCALVES PIMENTEL
Interno - 1256459 - AIRLE MIRANDA DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 13/04/2021 10:14
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