SER BELA CANSA E DÓI: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE O CORPO DE MULHERES ANORÉXICAS NA CONTEMPORANEIDADE.
Corpo feminino; contemporaneidade; anorexia nervosa; fenomenologia.
O corpo na contemporaneidade apresenta-se como um projeto inacabado que pode ser modificável e remodelável de acordo com o desejo e padrões de beleza vigentes. Diante disso, principalmente as mulheres estão sendo impactadas por esses padrões, a partir da mídia, com a valorização do corpo magro, fator importante que contribui para o desenvolvimento da Anorexia Nervosa.Utilizamos o referido transtorno alimentar para realizar um recorte de uma discussão a respeito de corpo feminino. Assim faz-se um breve histórico sobre o corpo para compreender quais os fatores que apoiam a visão que temos sobre corpo feminino na contemporaneidade. Salientamos aspectos relacionados a beleza, questões socioculturais referentes ao corpo anoréxico feminino. Nesta dissertação de mestrado foi feita uma revisão integrativa com o objetivo conhecer o panorama dos conteúdos que estão sendo produzidos a respeito das vivências do corpo de mulheres anoréxicas na contemporaneidade. As bases de dados escolhidas foram Scielo, Google Acadêmico e Lilacs, no período de 2013 a 2018, os critérios de inclusão foram trabalhos científicos nacionais e internacionais realizados com mulheres anoréxicas a partir de 18 anos. Utilizando os descritores “mulheres anoréxicas”; “corpo feminino anoréxico”; “anorexia na contemporaneidade”, foram encontrados 29 artigos. Após leitura integral das publicações, 16 (dezesseis) foram selecionados para análise. A Anorexia Nervosa foi abordada enquanto uma psicopatologia com aspectos psíquicos e sociais que contribuem para sua ocorrência. O corpo feminino foi discutido sobre a perspectiva de adoecimento e sofrimento devido a busca obsessiva pela magreza e as conclusões das publicações salientavam aspectos sociais, psicológicos e/ou familiares como determinantes para o desenvolvimento do transtorno, além de ressaltarem a importância do tratamento multidisciplinar. Exercitando a postura fenomenológica tal como compreendida por Martin Heidegger discutimos o corpo anoréxico feminino enquanto um recorte para problematizarmos o modo como nós temos vivenciado nossos corpos na contemporaneidade.