Notícias

Banca de DEFESA: ADRIANA ELISA DE ALENCAR MACEDO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA ELISA DE ALENCAR MACEDO
DATA: 29/04/2019
HORA: 14:30
LOCAL: AUDITÓRIO DO IFCH
TÍTULO:

A COLONIA CORRECCIONAL DE MENORES ABANDONADOS E DELINQUENTES NA AMAZÔNIA PARAENSE NO INÍCIO DO SÉCULO XX.


PALAVRAS-CHAVES:

Colonia Correccional, Menores Abandonados e Delinquentes, Educandário Nogueira de Faria, assistência à infância, ilha de Cotijuba.


PÁGINAS: 193
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A Colonia Correccional de Menores Abandonados e Delinquentes, posteriormente chamada de Educandário Nogueira de Faria, foi construída na ilha de Cotijuba distrito pertencente a Belém do Pará, no início do século XX para ser o local onde receberia menores considerados vadios, abandonados e delinquentes. Escolher a ilha de Cotijuba localizada a 45 minutos de viagem de barco de Belém não foi uma escolha neutra. Longe da capital paraense, escondia e calava a infância desvalida. Como instituição foi criada como consequência da alta criminalidade infanto-juvenil, resultado do declínio da borracha e das políticas para a infância desvalida da época. Este discurso convencia a população de que a construção da colônia seria a melhor solução para estes menores. Dizer que a colônia foi construída para restringir o avanço da criminalidade infanto-juvenil, direciona a análise para um discurso de controle, ou seja, discurso de uma minoria economicamente favorecida, camuflando seus diversos atravessamentos, como por exemplo, o higienismo. O governador da época, Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, militar de profissão, juntamente com o desembargador Raimundo Nogueira de Faria, investiram na construção da Colônia na ilha de Cotijuba, trazendo um discurso político de “educação, cuidado e proteção”. O objetivo geral desta pesquisa é analisar historicamente como a Colonia Correccional de Menores Abandonados e Delinquentes, na Ilha de Cotijuba, no Pará, no início do século XX, se inseriu na assistência para a infância e, de forma específica, descrever e problematizar as práticas que envolviam os menores na Colônia, a trajetória dessas políticas na governabilidade dos menores no Pará. Metodologicamente, faremos uso da pesquisa documental e da história oral. Neste sentido, coletaram-se algumas histórias orais de um ex-educando e dois ex-funcionários da Colônia, bem como se pesquisou documentalmente nos jornais e nos processos judiciais da época nos quais se encontraram algumas pistas sobre a Colônia. Diante disto, consideramos que a Colonia se constituiu como um lugar com características asilares, em que o isolamento, a despersonalização, o higienismo e as práticas disciplinares foram realizadas em nome da defesa da sociedade e de uma suposta redenção dos menores ali confinados.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Externo à Instituição - IRENE RIZZINI
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo ao Programa - 2574533 - LUCIA ISABEL DA CONCEICAO SILVA
Interno - 2519133 - MARIA LUCIA CHAVES LIMA
Presidente - 1796306 - PEDRO PAULO FREIRE PIANI
Notícia cadastrada em: 25/04/2019 14:50
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - jatoba.ufpa.br.jatoba2