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Banca de DEFESA: GABRIELLE DE KASSIA CARRERA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIELLE DE KASSIA CARRERA DE OLIVEIRA
DATA: 12/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do PPGP
TÍTULO:
PORQUE ESCREVER PARECE COM NÃO MORRER: uma leitura psicanalítica do romance Um Sopro de Vida de Clarice Lispector”

PALAVRAS-CHAVES:

Escrita; Criação literária; Morte; Psicanálise; Um sopro de vida.


PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Este trabalho traz reflexões acerca da escrita como contorno à morte a partir da leitura do romance Um Sopro de Vida, escrito por Clarice Lispector em seus últimos anos de vida e publicado postumamente, no ano de 1978, por sua amiga Olga Borelli. Sendo assim, no foco deste estudo está a relação que os dois personagens centrais da narrativa, Autor e Ângela Pralini, estabelecem com a escrita. Para tanto, em primeiro lugar, buscou-se abordar as especificidades das narrativas clariceanas, partindo da noção de estilo para a psicanálise. Em seguida, atentou-se às considerações freudianas sobre a criação literária, desde as suas primeiras publicações que correspondem ao período do primeiro dualismo, até a descoberta de um além do princípio do prazer e, consequentemente, da mudança do primeiro para o segundo dualismo pulsional. Posteriormente, realizou-se um percurso pelos textos freudianos a fim de colher suas pontuações sobre a morte e sua relação com o psiquismo.  Diante disso, a partir da leitura do romance, pôde-se identificar que o impulso que deu origem à construção da narrativa, no caso do personagem Autor que cria a personagem Ângela Pralini, parte da necessidade de fazer algo diante da desestruturação trazida pela proximidade do próprio fim biológico, o que aponta para o que há de mais irrepresentável na vida psíquica do sujeito: a própria morte. Porém, a empreitada do personagem Autor não se encerra na tentativa de utilizar a escrita para contornar a iminência de seu fim biológico, pois o que mais lhe interessa no momento não é o destino de seu corpo, mas de seu espírito. Por esse motivo, interessou também pensar a noção de entre-duas-mortes, discutida por Jacques Lacan. A partir disso, viu-se que a morte não se restringe apenas ao fim biológico, mas abrange também o esquecimento e o desaparecimento do sujeito na dimensão simbólica, o que caracterizaria a segunda morte. Conclui-se então que, na narrativa de Lispector, a afirmação da escrita como sinônimo de vida figura como um recurso para evitar a segunda morte inscrevendo o sujeito nesse espaço entre duas mortes.  


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3284676 - CAMILA BACKES DOS SANTOS
Presidente - 2618255 - HEVELLYN CIELY DA SILVA CORREA
Externo à Instituição - MARCELA MARIA DE PAIVA AZEVEDO
Interno - 3153020 - ROSEANE FREITAS NICOLAU
Notícia cadastrada em: 19/02/2024 11:40
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