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Banca de QUALIFICAÇÃO: RONILDA BORDO DE FREITAS GARCIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RONILDA BORDO DE FREITAS GARCIA
DATA: 22/09/2023
HORA: 17:00
LOCAL: Híbrido
TÍTULO:

Mulheres negras quilombolas: direitos humanos e as políticas públicas afirmativas na educação no Ensino Superior na Amazônia Paraense


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres Negras. Escrevivência. Genealogia. Políticas Públicas. História Oral.


PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O presente trabalho vem trazer importantes contribuições e reflexões sobre as mulheres negras quilombolas, direitos humanos e políticas públicas afirmativas no âmbito da educação no Ensino Superior na Amazônia Paraense. Para tanto, analisa-se, em uma breve história, o contexto das mulheres negras quilombolas que foram excluídas de uma sociedade que carrega o mito de uma democracia que não valoriza a população negra. Diante dessa realidade, é importante destacar que essa temática me atravessa como autora deste trabalho e me faz querer aprofundar e entender mais sobre o cotidiano de formação das mulheres negras nos processos de ingresso, permanência e realização do Ensino Superior, especialmente, das mulheres negras quilombolas. Busca-se estabelecer uma analítica da interface da formação com a garantia dos direitos humanos, sobretudo, a partir da ênfase no direito à Educação no Ensino Superior por meio das políticas públicas de ações afirmativas. Essa pesquisa tem como objetivo geral analisar as escrevivências de uma mulher negra quilombola na Universidade Pública na Amazônia Paraense, acessando o Ensino Superior por cotas na Universidade Federal do Pará. Para tanto, os objetivos específicos são: a) historicizar as memórias de uma mulher negra Quilombola, suas vivências e seus atravessamentos na Universidade Federal do Pará; b) analisar por meio da escrevivência as resistências e tensões vividas por mim como mulher negra quilombola amazônida durante a graduação; c) pretende-se avaliar o impacto psicossocial das políticas de ações afirmativas nas mulheres negras quilombolas, analisando como elas são subjetivadas e criam relações de pertencimento na experiência acadêmica. Para alcançar os objetivos propostos, a metodologia desta pesquisa tem uma abordagem qualitativa, buscando na genealogia de Michel Foucault e na escrevivência de Conceição Evaristo uma autobiografia, na Nova História Cultural por meio da Micro-história e da História Oral. Diante disso, iremos trabalhar com alguns conceitos da genealogia em Michel Foucault, como forma de pensar a positividade do poder como insurreição dos saberes sujeitado e ativação dos saberes locais. Por fim, justifica-se este estudo, problematizando o acontecimento de que as mulheres negras na Amazônia Paraense, assim como, as mulheres quilombolas, indígenas entre outras venham ser protagonistas nos espaços ainda não ocupados por elas, mesmo enfrentando dilemas e tensões na implantação das políticas públicas afirmativas pelo fato de que há conflitos na comunidade acadêmica e na sociedade quanto às cotas em função da defesa de privilégios de branquitude presentes em diversos espaços e relações sociais, o que implica em sofrimento no âmbito da saúde mental e coletiva de mulheres negras quilombolas atrelado às desigualdades sociais e raciais, materializadas pelo preconceito, racismo, sexismo e pela discriminação negativa que estão presentes na vida delas em um país que acredita no mito da democracia racial.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DOLORES CRISTINA GOMES GALINDO
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 1525297 - KÁROL VEIGA CABRAL
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo à Instituição - MANOEL RIBEIRO DE MORAES JUNIOR
Notícia cadastrada em: 20/09/2023 15:44
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