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Banca de DEFESA: FELIPE SAMPAIO DE FREITAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELIPE SAMPAIO DE FREITAS
DATA: 19/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Hibrído
TÍTULO:

A vida por um click: governamentalidade algorítmica e produção de subjetividade na internet


PALAVRAS-CHAVES:

Biopolítica. Governamentalidade algorítmica. Subjetividade informacional. Atualíssima contemporaneidade. Internet.


PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta tese tem como proposta central o debate sobre a constituição de subjetividade na relação entre o sujeito contemporâneo e o neoliberalismo em suas facetas biopolíticas. Instituindo como principal ponto de partida a inerência da internet (e de sua quase infinita gama de artifícios tecno-virtuais-digitais) em relação à subjetividade contemporânea e seus modos de vida, neste percurso, com o aporte teórico da filosofia de Michel Foucault, bem como, de outros autores, analisaremos alguns traços disto que chamaremos de “atualíssima contemporaneidade”, isto é, o momento datado no registro das duas primeiras décadas do século XXI, que consta transversalizado por novas formas subjetivantes a partir das quais os sujeitos tem suas vidas submergidas no âmbito da internet e do mundo informacional. Apesar de o debate sugerido ser amplo, elencaremos alguns âmbitos a serem abordados, os quais entendemo-los como de suma importância ao diagnóstico do que seriam os sujeitos constituídos no tempo da internet. Eles inscrever-se-ão: 1 – na constituição de subjetividade intrínseca ao capitalismo neoliberal, o qual promove um modelo de subjetividade onde o que se estabelece como princípio seria a produtividade, a eficácia e o auto-empresariamento; 2 – na manifestação ininterrupta dos novos métodos de vigilância, os quais outrora atuavam somente pela via física-analógica (de instituições como hospitais; fábricas; prisões etc.), mas que no século XXI também se arvoram pelo viés do mundo virtual-modulado (internet; redes sociais; câmeras de vigilância); 3 – no aparecimento dos dispositivos de precarização-rarefação da vida/subjetividades (a exemplo, mencionem-se os diversos aplicativos/apps que pretendem “dinamizar” o mundo do trabalho contemporâneo) pelo registro tecno-informacional; 4 – finalmente, na intersecção entre a vida, a constituição de subjetividade e os panoramas biopolíticos, operacionalizados a partir das chamadas governamentalidades digitais, ou governamentalidades 2.0, contemporâneas. É desta forma que tais sujeitos contemporâneos têm suas subjetividades sempre constituídas e enviesadas por meio da internet: a partir de clicks, likes ou dislikes. Foucault demonstra, em Nascimento da Biopolítica (1979), que um dos principais traços de constituição de subjetividade contemporânea seria o do homo oeconomicus, isto é, do sujeito que segue o balizamento neoliberal/biopolítico de produção/produtividade intensa da e na vida. O neoliberalismo, enquanto arte de governar e conduzir subjetividades, elevou seus panoramas biopolíticos, bem como, suas agendas de produtividade, com tais avanços tecno-virtuais-digitais. Nossa tese é de que o homo oeconomicus agregou nova face sob os arredores das circunstâncias tecnoinformacionais atuais, sendo dinamizado e potencializado no tempo da internet — imerso em um mar de relações sociais, pessoais e públicas marcadamente “digitais”.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DAVID JUNIOR DE SOUZA SILVA
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Externo à Instituição - FLÁVIO LUIZ DE CASTRO FREITAS
Interno - 1525297 - KÁROL VEIGA CABRAL
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Interno - 1111203 - MÁRCIO MARIATH BELLOC
Externo ao Programa - 2181939 - ROBERTO DE ALMEIDA PEREIRA DE BARROS
Notícia cadastrada em: 13/09/2023 16:11
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