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Banca de DEFESA: KARLA DALMASO SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KARLA DALMASO SOUSA
DATA: 12/06/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Aula do PPGP
TÍTULO:

PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL AO PACIENTE JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ ₋ O ACONTECIMENTO PRAÇAÍ


PALAVRAS-CHAVES:

PRAÇAÍ; Genealogia; Resistências; Psicologia Social; Desinstitucionalização.


PÁGINAS: 127
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Esta pesquisa teve como objeto as práticas de saber, poder e subjetivação que produziram o Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário no Pará: O PRAÇAÍ, desde a sua emergência, no Pará. As perguntas norteadoras do problema de pesquisa foram: Quais são as práticas envolvidas nas relações de saber e poder exercidas para a criação do Programa PRACAÍ e que efeitos de subjetivação produziram? Quais resistências foram produzidas para impedir o programa de ser implementado? Em que medida, o PRAÇAÍ constituiu uma prática em consonância com os princípios de cuidado em liberdade da Reforma Psiquiátrica brasileira e do Movimento de Luta Antimanicomial, provocando insurgências relevantes no estado do Pará? O objetivo geral foi: Problematizar as práticas de saber-poder-subjetivação que produzem o Programa de Atenção ao Paciente Judiciário no Estado do Para/PA, desde a emergência e alguns de seus efeitos. Os objetivos específicos foram: Descrever e interrogar os mecanismos de poder que fazem emergir o Programa PRAÇAÍ; - Descrever e problematizar as práticas do saber-poder-subjetivação materializadas na implementação e execução do programa PRAÇAÍ; - Descrever e analisar as práticas de resistência à implantação e execução do PRAÇAÍ; - Descrever e pensar quais práticas de insurreição são realizadas e os gargalos que tentam sufocá-las. Utilizou como metodologia a genealogia a partir de Michel Foucault e a pesquisa documental com contribuições da História Cultural com análise de documentos de criação do Programa PRAÇAÍ, o uso do diário de campo, a História Oral e a Escrita de si de uma trabalhadora do referido Programa. A tese afirmada é a de que, apesar de inúmeros obstáculos, o PRAÇAÍ foi constituído como uma importante iniciativa de desinstitucionalização e tem fabricado rupturas nas práticas manicomiais e punitivas que acoplaram à internação penal o objeto periculosidade. Saberes forenses e médicos de perícias legais, articuladamente à lógica de poder punitivo-penal produziu a subjetividade louco-criminoso e a associou à periculosidade. Como resultados, conclui-se que o PRAÇAÍ possibilitou a desinternação e desinstitucionalização da maior parte das pessoas internadas-presas no Hospital de Custódia do Pará e continua a operar essa prática, mesmo com tensões e inúmeras dificuldades institucionais. As memórias de quem atuou na criação e articulação da execução do Programa trazem elementos relevantes da análise de saberes, poderes e subjetividades constituídas e materializadas na desinstitucionalização de pessoas internadas-presas no Hospital de Custódia do Pará e também, a desconstrução da categoria periculosidade e de louco-infrator.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 1525297 - KÁROL VEIGA CABRAL
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Interno - 1796306 - PEDRO PAULO FREIRE PIANI
Externo à Instituição - PEDRO PAULO GASTALHO BICALHO
Externo à Instituição - RAFAELE HABIB SOUZA AQUIME
Notícia cadastrada em: 30/05/2023 15:30
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