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Banca de DEFESA: CARMEN HANNUD CARBALLEDA ADSUARA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARMEN HANNUD CARBALLEDA ADSUARA
DATA: 23/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do IFCH
TÍTULO:

EM BUSCA DO SOM DO MARACÁ: A ETNOPOLÍTICA DO CUIDADO NA CAMINHADA CONJUNTA ENTRE UMA PSICÓLOGA COMUNITÁRIA E UMA GUERREIRA DO POVO ÃWA NA LUTA POR TERRA, EDUCAÇÃO E DIGNIDADE


PALAVRAS-CHAVES:

Psicologia; Ética; Política; Afetos; Povo Ãwa.

 

PÁGINAS: 193
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A presente tese trata-se de uma tentativa de descrever e analisar as aprendizagens sensíveis provenientes da caminhada conjunta entre uma psicóloga comunitária e a liderança indígena Kamutaja, do povo Ãwa (Avá-Canoeiro do Araguaia), durante o período que compreende os anos de 2016 a 2023 no contexto da luta pela Terra Indígena Taego Ãwa e pela Escola Tutawa Ãwa, no Tocantins, norte do Brasil. Tomo como ponto de partida as memórias dessa luta conjunta, utilizando como fontes os documentos da associação indígena do povo Ãwa, os registros de meu diário de campo, fotografias e a história oral de Kamutaja, bem como literaturas diversas da
psicologia social, ciências sociais e educação. Como pano-de-fundo, a tese encontra-se inspirada também em toda a minha trajetória acadêmica e profissional junto a diferentes movimentos sociais, organizações e entidades, principalmente no trânsito entre o Sudeste e o Norte do País, em realidades urbanas e rurais, conforme descrito em meu Memorial. Durante a análise das aprendizagens retratadas, pontuo marcos de um projeto ético-político de psicologia junto aos povos indígenas - o que estou chamado de etnopolítica do cuidado. Com isso, de forma específica, pretende visibilizar histórias individuais e coletivas; demonstrar na práxis a inserção da psicologia junto a luta por território; evidenciar a importância do trabalho junto às lideranças comunitárias; indicar caminhos que possam potencializar a produção de conhecimento, novos saberes e práticas; produzir uma memória das trocas afetivas do trabalho de uma psicóloga indigenista a partir da construção de um projeto coletivo; e demonstrar que o trabalho com os Ãwa configura um processo de aprendizagem sensível para o fortalecimento de uma psicologia ética, política, popular na Sociologia em Marx (1968; 1986), e na escrevivência de Ãwa (2021, 2022). Metodologicamente optou-se pela abordagem da pesquisa-ação-participante (LANE; CODO, 1984; FALS BORDA, 1987; MONTERO, 2006) na produção dos dados, recorrendo-se também a entrevistas, história de vida (história oral) (ALBERTI, 2012; BOSI, 1979), diário de campo, registros audiovisuais, fontes bibliográficas e documentais. Os referidos dados serão analisados dialética e dialogicamente (LANE; CODO, 1984; MARX, 1968; FREIRE, 1970/1987), pressupõe-se que, assim, seja possível demonstrar que o trabalho com os Ãwa configura um processo de aprendizagem para a psicologia no Brasil, principalmente no campo do corpo, dos afetos e da política; tomando como eixos a ancestralidade, a memória e a resistência (reação) para pensar o cuidado na luta por territórios. Por fim, espera-se que os resultados contribuam para a instrumentalização da psicologia para a atuação junto aos povos originários, em especial aqueles em luta por território e de recente contato, como também desenvolver o conceito de “etnopolítica do cuidado”, que vai ao encontro com esse fortalecimento da ciência e da profissão na Amazônia a partir de uma perspectiva dos afetos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Interno - 1153159 - ADELMA DO SOCORRO GONCALVES PIMENTEL
Interno - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 2153023 - PAULO DE TARSO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - JOÃO IRINEU DA FRANÇA NETO
Externo à Instituição - PAULO JOSE BRANDO SANTILLI
Notícia cadastrada em: 31/03/2023 15:25
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