A MULHER INFAMILIAR: um estudo psicanalítico do filme “Cidade dos Sonhos”, de David Lynch
Mulher; Feminino; Infamiliar; Cinema; David Lynch.
O cinema, representante de um tipo de arte muito em voga na contemporaneidade e que contribui para processos de subjetivação, é um grandioso campo de estudo de questões relativas ao sujeito, questões essas que possuem muito valor para a psicanálise. David Lynch, diretor norte-americano representante de um estilo cinematográfico denominado “cinema da mulher em apuros”, neste trabalho se tornou foco de estudo particularmente no que tange ao seu filme Cidade dos Sonhos. Visou-se fazer uma análise que abarcasse seu cinema e conceitos psicanalíticos como a mulher e o infamiliar, a alteridade, a repetição e a pulsão de morte, a fim de responder a questionamentos sobre a forma como a mulher é retratada em seus filmes, principalmente se é exposta como representante do estranho, do infamiliar. Partindo da pesquisa teórica foi possível destacar a relação entre os mencionados conceitos psicanalíticos e o filme em questão, principalmente após a realização da parte prática da pesquisa, que consistiu na realização de uma análise técnica de uma sequência de cenas do filme. Destaca-se como resultados a possibilidade de entrelaçamento dos conceitos referidos com a análise fílmica, o que possibilitou gerar uma discussão acerca de como a mulher é retratada no cinema, principalmente como figura do infamiliar. Em conclusão, foi apresentado o desfecho, que trouxe a articulação entre os conceitos trabalhados e o que a análise fílmica trouxe no que diz respeito à forma de projeção da mulher em tela.