Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: LETICIA LAGES ASSUNÇÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LETICIA LAGES ASSUNÇÃO
DATA: 26/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula PPGP e Google Meet
TÍTULO:

A HISTÓRIA DA MEDICALIZAÇÃO DA LOUCURA NOS ESTUDOS DE MICHEL FOUCAULT: UMA ANALÍTICA DAS RESISTÊNCIAS A PARTIR DA GENEALOGIA


PALAVRAS-CHAVES:

Medicalização; Loucura; Poder Psiquiátrico; Governo das condutas.


PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O projeto pretende analisar como as práticas de saber, poder e subjetivação produziram/produzem o louco e a loucura na contemporaneidade, através de discursos e práticas de medicalização excessivas- enquanto condução para uma normalidade que enquadra até chegar em limites aceitáveis socialmente. É a partir das obras e cursos de Michel Foucault enquanto fonte e cerne dessa pesquisa que um enfoque maior foi dado à década de 70. Assim, esta reflexão é corroborada nos cursos O poder psiquiátrico (1974) e Os anormais (1975), sem perder de vista as obras História da Loucura: na idade clássica (1961) e O Nascimento da Clínica (1963)- década de 60, para então alcançar um elo entre os caminhos traçados em direção ao adestramento da loucura (no sentido de condução dos corpos mediante um controle, uma ordem) até às práticas autoritárias de medicalização da loucura (enraizadas e socialmente aceitas por intermédio dos domínios de saber-poder), em nome da normalidade e da racionalidade como única via da verdade a ser seguida prioritariamente. É no intuito de acompanhar as descontinuidades e analisar práticas de saber, poder e subjetivação- estudo traçado/atravessado por meio da arqueogenealogia que a pesquisa fundamenta análises dessas transições consolidadas através de um levantamento bibliográfico, perpassando tanto pela filosofia quanto pela Psicologia. Desse modo, o objetivo a ser atingido é o de investigar esse percurso histórico de “adestramento da loucura”, como resultado de processos construídos historicamente, mediante uma esfera da visibilidade (a qual a medicina se assegurou para definir padrões de normalidade), pautada em discursos científicos privilegiados, e de um saber-poder médico capaz de situar o louco e a loucura no centro dos jogos de verdade e de poder. Contudo, a política da loucura tomou para si o poder de definição sobre tudo e todos, tornando a “medicalização da loucura” um embarque à deriva da Nau/Nave dos loucos (acontecimento histórico singular) que ao fortalecer uma indústria da normalidade enclausura os ditos anormais na terra do internamento- com a imposição de várias faces estigmatizadas na condução e controle dos comportamentos. Portanto, o socialmente aceito é mais favorável frente aos discursos e práticas medicalizantes autoritárias, porém atrelo essa medicalização da loucura a um “governar da loucura”- no sentido de conduzi-la até o seu ponto final, encerrando-a, e não no sentido de extinguir a medicalização e todo o avanço da ciência e da saúde, e muito menos fazer aqui uma ode à loucura, mas impor limites também para práticas medicalizantes excessivas e excludentes, cuja forma assumida seja de uma enorme peneira silenciadora do não-recomendado a sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3082318 - ERIC CAMPOS ALVARENGA
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Externo à Instituição - FLÁVIO LUIZ DE CASTRO FREITAS
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo à Instituição - MARILENE PROENÇA REBELLO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 18/08/2022 16:24
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - castanha.ufpa.br.castanha1