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Banca de QUALIFICAÇÃO: HELDER CORREA LUZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELDER CORREA LUZ
DATA: 23/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: PPGP/UFPA
TÍTULO:

Subjetividade e trabalho precário: um estudo cartográfico/arqueogenealógico com os docentes da Educação Básica da Rede Pública de Ensino de Belém-Pará


PALAVRAS-CHAVES:

Subjetividade; Precarização; Resistência; Desejo; Sofrimento.


PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Este projeto pretende analisar como os modos de gestão do trabalho no Capitalismo Mundial Integrado (CMI), ou seja, sob a insígnia da globalização e do neoliberalismo, atuam nos processos de constituição de subjetividades precarizadas, cujo foco será o trabalhador docente da rede pública da educação básica do município de Belém. Para tanto, faz-se necessário compreender de que forma as práticas de gestão laboral precarizadas operam na “captura” e/ou na “despotencialização” da subjetividade dos docentes; como se dão as relações de saber-poder no âmbito da escola, assim como as estratégias de resistência utilizadas pelos professores, no sentido de criar novos modos de existências ante às forças que os subjetivam. Dessa forma, esta tese será relevante porque permite problematizar os modos de gestão correlacionados com a produção das subjetividades de docentes, visando contribuir e intervir na subjetivação e no cuidado integral quanto à saúde de professores e professoras. Vale ressaltar que esta pesquisa lança luz sobre os paradoxos e as controvérsias, cartografando as tensões presentes na integralidade do “cuidado de si” e na saúde de trabalhadores. Com efeito, optamos por analisar os campos de tensão permanente entre prazer e sofrimento no trabalho, em suas dimensões inventivas, sem perder o foco dos processos capitalísticos que tentam precarizar e minar a liberdade e a resistência dos trabalhadores. Esta pesquisa está ancorada nas pistas cartográficas e arqueogenealógicas presentes em conversações com Gilles Deleuze, Félix Guattari, René Lourau e Michel Foucault, onde busca-se acompanhar os processos diagramáticos e analisar os paradoxos, bem como seguir as redes de controvérsias de modo documental e etnográfico. Desse modo, defendemos a tese de que a precarização imposta pelo CMI é um mecanismo capaz de “capturar” e/ou “despotencializar” a subjetividade do trabalhador docente, de forma que este se molde ao ambiente de trabalho, onde há utilização de tecnologias, formas de controle e jogos de poder, que geram a intensificação desta precarização, o assujeitamento e a modelização do processo de produção de subjetividade. Ao final desta pesquisa, pretendemos responder aos seguintes questionamentos: É possível produzir novas tecnologias, técnicas e práticas de cuidado de si? É possível produzir uma vida livre? É possível viver uma vida como obra de arte, uma vida digna, potente, criativa, num mundo atual, onde tudo tende à homogeneização, à autofagia de todas as formas de vida, ao aprisionamento do ser, ao assujeitamento a um modelo de vida que não é um modelo de escolha, mas de imposição, ainda que (às vezes) de forma inconsciente?


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNO JAY MERCES DE LIMA
Interno - 3082318 - ERIC CAMPOS ALVARENGA
Presidente - 1637740 - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS
Interno - 4467138 - LEANDRO PASSARINHO REIS JUNIOR
Externo ao Programa - 1508844 - MARCOS VALERIO SANTOS DA SILVA
Interno - 2153023 - PAULO DE TARSO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - SILVIO JOSE BENELLI
Notícia cadastrada em: 02/08/2022 15:54
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